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NOME DO

ANHANGUERA ALUNO
EDUCACIONAL
CURSO DE PEDAGOGIA

ANDREA FRANCO MUNHOZ

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO INFANTIL

Santo André
2020
ANDREA FRANCO MUNHOZ

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO INFANTIL

Relatório apresentado à Anhanguera


Educacional, como requisito parcial para o
aproveitamento da disciplina de Estágio
Curricular Supervisionado em Educação Infantil
do Curso de Pedagogia.

;.

Santo André
2020
SUMÁRIO

1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS..................................................................................7
2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP).........................................................8
3 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE
ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA.....................................................................9
4 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA
BNCC....................................................................................................................10
5 CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS
DIGITAIS...............................................................................................................11
6 PLANOS DE AULA...............................................................................................12
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................13
REFERÊNCIAS...........................................................................................................14
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INTRODUÇÃO

Diante da proposta do estágio supervisionado na modalidade de “Educação


Infantil”, a primeira questão que quero assinalar é que a formação do professor não
se reduz a uma questão meramente técnica, à adoção de medidas isoladas sobre
aspectos do problema. Entendemos também, que boa parte dos problemas relativos
à formação de professores não está vinculada a grandes proposições teóricas, mas
dependem, sim, de medidas concretas que convertam em realidade a vasta
produção teórica, no campo educacional, sobre a temática da formação de
professores. O Estágio foi realizado na unidade de ensino EMEI JOSÉ FERRARI,
unidade esta que atende crianças com idade de 4 a 6 anos. Escola de Educação
Infantil, grupo 4 e 5. A unidade escolar está situada na cidade de São Caetano do
Sul.
Considerando o estágio supervisionado na Educação Infantil como parte da
produção acadêmica na área de Educação, onde uma gama enorme de problemas
são apontados vemos que vários pesquisadores apontam que o distanciamento
entre tais investigações e a prática docente escolar como um dos fatores
responsáveis pelo descompasso entre saber fazer e ação pedagógica (Schenetzler,
2000; Maldaner, 2000); Megid, 1998).
Schenetzler (2000) destaca ainda, que os professores tendem a não utilizar
os métodos de ensino que lhes foram artificiosamente ensinados no decorrer de sua
formação (em Faculdades de Educação), mas somente aqueles que foram
usualmente utilizados na sua educação, ou seja, de tanto vermos como são dadas
as aulas acabamos por construir uma concepção de como deve trabalhar o
professor, que a falta de outro (ou melhor) modelo, impõem-se como padrão.
Observa-se também no estágio que as práticas cotidianas dos professores
têm assumido duas direções distintas: - Algumas têm tentado caminhar na direção
da mudança com propostas de aplicação de metodologias alternativas de novas
experiências; outras, caindo no pessimismo, têm exacerbado o peso do macro sobre
o microssocial, ficando na constatação que pouco ou nada pode ser feito com
práticas pedagógicas apenas para cumprir prazos.
Não basta ao professor saber, ele deve também saber fazer (Carvalho e Gil,
2000). Não basta apenas o professor saber que aprender é também apoderar-se de
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uma nova linguagem, a linguagem cientifica escolar, ele também precisa saber fazer
com que seus alunos aprendam a argumentar, isto é, que eles sejam capazes de
reconhecer às afirmações contraditórias, as evidências que dão ou não suporte às
afirmações. Eles precisam saber criar um ambiente propício para que os alunos
passem a refletir sobre seus pensamentos, aprendendo a reformulá-los.
Assim, se queremos que os futuros professores construam seu conhecimento
sobre o ensino não podemos apresentar propostas didáticas acabadas, mas criar
condições para que construam um trabalho que conduzam os professores, a partir
de suas próprias concepções, a ampliar seus recursos e modificar suas ideias e
atitudes de ensino. Conceitos espontâneos adquiridos de maneira natural, não
reflexiva e não critica têm se constituído em verdadeiros obstáculos às mudanças no
ensino de ciências.
Muitas pesquisas (Carvalho e Gil,1993; Gené e Gil, 1987; Beach e Pearson,
1998) apontam que os maiores obstáculos para que os professores adotem uma
pratica inovadora e criativa, além da já discutida deficiência no conteúdo, são suas
ideias sobre ensino e aprendizagem, ou seja, “as ideias docentes do senso comum”.
Estas pesquisas mostram que os professores têm ideias, atitudes e comportamentos
sobre o ensino formado durante o período em que foram alunos, adquiridos de forma
não-reflexiva, como algo natural, óbvio, escapando assim a crítica, o que se
transformam em um verdadeiro obstáculo para uma mudança na prática docente.
Portanto, é necessário colocar nos cursos de formação de professores, o
estágio como forma de questionar e resolver problema, ou seja, atividades
desafiadoras, para que os futuros professores tomem consciência da importância
que estes aspectos têm no desenvolvimento do ensino e aprendizagem.
Os futuros professores só poderão analisar criticamente o ensino e
construírem propostas inovadoras se vivenciarem estas propostas em seus cursos
de formação. Para tanto, várias atividades na formação docente devem ser
direcionadas para este fim e, a relação entre teoria e prática, entre o fazer e o saber
fazer aparecem como fundamentais nesta questão.
É necessário que os professores saibam construir atividades inovadores que
levem os alunos a evoluir (de suas concepções espontâneas às cientificas), mas é
necessário também que eles saibam dirigir o trabalho dos alunos para que possam
atingir os objetivos propostos. O saber fazer nestes casos é, muitas vezes, bem
mais difícil que o fazer (planejar a atividade). Este saber fazer, que deve ser uma
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das propostas de estágio supervisionado precisa ser pensado como um laboratório


no qual os futuros professores vão testar suas hipóteses de ensino, nas quais as
reflexões sobre teoria e prática devem estar presentes (Carvalho, 2001).
Em meu estágio priorizei o seguinte: Unidade teoria e prática e articulação
entre formação inicial e continuada. Dei prioridade a estes pontos, pois eles me
permitiram olhar os futuros professores diante de problemas reais, de modo que
reflitam sobre suas próprias concepções sobre o ensino no sentido de buscarem
construir uma prática inovadora, ou seja, o campo de estágio pensado como um
laboratório.
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1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS

O papel do professor e do ensino na educação infantil: a perspectiva de


Vigotski, Leontiev e Elkonin

A escola de Educação Infantil é um espaço sistematizador de cultura, que


oferece à criança oportunidades de desenvolvimento, ampliando seus
conhecimentos acerca da linguagem, da interação com o outro, do pensamento “[...]
reorganizando funções psicológicas como atenção, memória, imaginação
As crianças brincam, falam, aprendem, desenvolvem seus afetos. A pré-
escola como ampliadora de horizontes oferece possibilidades para que elas
tenham condições de realizar suas elaborações e é mediante ao que é apresentado
que vão se estabelecendo enquanto sujeito social. Oliveira conta que
Vygotsky, Leontiev e Elkonin consideram o desenvolvimento humano como
resultante de uma dupla história, que envolve as condições do sujeito e as
sucessivas situações nas quais ele se envolve e às quais responde. Também para
ele a atividade da criança só é possível graças aos recursos oferecidos tanto pelo
instrumental material quanto pela linguagem utilizada ao seu redor, sendo a
mediação feita por outras pessoas particularmente fundamental na construção do
pensamento e da consciência de si.
Nesse sentido, o professor de Educação Infantil como possibilitador,
organi- zador e mediador, necessita compreender a dimensão de sua
responsabilidade. O ato de ser professor nos revela que o que fazemos não é
qualquer coisa. Para educar e cuidar na pré-escola precisamos estar preparados
para
isso, necessitamos de formação. E se somos professores principiantes e iniciantes n
essa atividade esse é o melhor momento para refletir sobre nossas ações, pois
é durante os três primeiros anos como profissionais que consolidamos nossa
práti- ca.
A partir do século XX, diversas transformações tecnológicas, científicas,
éticas e sociais interferiram no modo como a criança é concebida. Considerada
sujeito de socialização, de conhecimento e de criatividade, quebrando os conceitos
de criança como vítima, inocente, adulto em potencial ou adulto em espera, ela
passa a ter a sua infância reencontrada, cheia de sentimento, intuição, linguagens,
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lógica e corpo. Logo, as instituições educacionais passaram a se configurar como


espaços divulgadores e organizadores de cultura, que permitem a construção da
criança como ser social.
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2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)

1. O que é o PPP e qual a importância desse documento para o ambiente


escolar?
Apesar de se constituir enquanto exigência normativa, o Projeto Político-
Pedagógico é antes de tudo um instrumento ideológico, político, que visa sobretudo,
a gestão dos resultados de aprendizagem, através da projeção, da organização, e
acompanhamento de todo o universo escolar.
A escola é um espaço para que o(a) aluno(a) se manifeste e tenha autonomia
em seu próprio aprendizado. Nela, o Corpo Diretivo, a Equipe Pedagógica, o Corpo
Docente e Funcionários exercem papéis de agentes mobilizadores e articuladores,
atuando no desenvolvimento de diversas ações formativas, que são avaliadas
contínua e processualmente. As reflexões, que são constantes, devem nortear o
Projeto Político Pedagógico da Instituição e acompanhar a realidade na qual os
alunos e alunas encontram-se inseridos e, a partir delas, estabelecer as diretrizes de
trabalho, revendo, adaptando e atualizando a proposta educativa praticada na
Instituição.

2. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo


que define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem se apropriar na
educação básica. Sendo assim, todas as escolas devem organizar seu currículo a
partir desse documento. Com base na leitura que você realizou, como as
competências gerais da Educação Básica se inter-relacionam com o PPP?

As aprendizagens essenciais da Base Nacional Comum Curricular - BNCC


estão expressas em dez competências gerais. Elas definem a base educacional,
norteando os caminhos pedagógicos. De acordo com o Ministério da Educação-
MEC, as competências gerais são mobilizações de conhecimentos de acordo com
os princípios éticos, estéticos e políticos, que visam à formação humana em suas
múltiplas dimensões. O objetivo é perpetuar no ensino uma comunicação integral, a
mobilização de conhecimentos, atitudes, valores e habilidades para suprir as
demandas do cotidiano, a fim de garantir o crescimento do aluno como cidadão e
qualificá-lo para o mercado de trabalho.
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A proposta da BNCC diante da Educação Infantil é colocar o estudante como


agente ativo da sua própria educação, fazendo com que ele saiba identificar
problemas, compreender conceitos, propor soluções, interagir com os colegas de
classe, argumentar, entre outras habilidades. Aprendizagens sintonizadas com as
necessidades dos alunos geram maior engajamento e preparam-nos para os
desafios da sociedade atual. Na educação Infantil, por exemplo, os cinco campos de
experiência – O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons,
cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaços, tempos,
quantidades, relações e transformações – são o foco da aprendizagem, que deve se
encaixar na proposta.

3. A avaliação da aprendizagem é um elemento crucial no processo de


ensino e de aprendizagem, visto que oportuniza indícios dos avanços escolares e
dos pontos que precisam ser aperfeiçoados. Com base na leitura que você realizou
do PPP, de que modo a escola apresenta o processo de avaliação?

As atividades avaliativas do(a) educando(a) deverão ser adequadas à faixa


etária e ao período em que estiver matriculado(a). Objetivando uma avaliação
contínua, a criança será constantemente acompanhada, orientada, mediante
registros e comunicação quanto ao desenvolvimento do processo educativo. A
avaliação considerará o desempenho da criança, a capacidade em solucionar
problemas propostos, diagnósticos dos avanços e dificuldades, características
inerentes ao processo de aprendizagem. A avaliação basear-se-á em dois
pressupostos: • Observação atenta e criteriosa sobre as manifestações de cada
criança; • Reflexão sobre o significado dessas manifestações de acordo com o
desenvolvimento do(a) educando(a).
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3 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE


ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA

1) Considerando os conhecimentos abordados sobre a docência na educação


infantil, aponte três atividades que fazem parte da rotina de trabalho do
professor e explique como essas atividades devem ocorrer.

1) Estimular o interesse em relação às diversas formas de linguagem do


mundo contemporâneo, aprendendo a utilizá-las crítica e criativamente;
2) Desenvolver a capacidade de participar e agir em função do bem estar
coletivo;
3) Desenvolver a capacidade de localizar, acessar, analisar, sintetizar e
interpretar as informações (dados, fatos e situações).

2) Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o professor


tendo como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da Proposta
Curricular.
A Coordenação Pedagógica, e os professores da Instituição avaliam o
desenvolvimento escolar do(a) aluno(a) e, juntos, elaboram novas estratégias para
auxiliar o(a) aluno(a) que não vem apresentando resultados satisfatórios. Algumas
ações são implementadas com a finalidade de oferecer condições ao(à) aluno(a) de
obter uma formação escolar de qualidade, citam-se: a) Conversa com o(a) aluno(a),
buscando compreender o motivo da sua dificuldade e a partir desse dado, planejar
com os professores outras estratégias de aprendizado; b) Orientação ao(à) aluno(a)
quanto a atitudes e comportamentos em sala de aula, em casos de indisciplina e/ou
desrespeito aos colegas e ou professor(a); c) Orientação ao(à) aluno(a) sobre as
diferentes formas de organizar o seu dia, em função da qualidade do horário de
estudos em casa; d) Contato com a família, orientando-a quanto às dificuldades
enfrentadas pelo(a) aluno(a).

3) No que se refere às atribuições da equipe administrativa, descreva a importância


da relação da direção com a equipe pedagógica para a qualidade dos processos
educativos no contexto escolar.
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Em consonância com o que propõe a Base Nacional Comum Curricular -


BNCC, a proposta educativa tem sido norteada pelo que define as aprendizagens
essenciais que os alunos têm direito de adquirir, observando a revisão do Currículo
Escolar. As mudanças têm sido acompanhadas pela Equipe Diretiva, pelo Setor
Pedagógico e pelo Corpo Docente que, em momentos de Formação Continuada,
têm se envolvido com o processo de adequação do novo ensino, adaptando-se às
novas perspectivas pedagógicas por meio de um planejamento educacional
satisfatório para atender aos alunos e alunas matriculados(as) nesta instituição.
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4 A ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA


BNCC

1. Como podemos entender o termo Transversalidade?


A transversalidade diz respeito à possibilidade de se instituir, na prática
educativa, uma analogia entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados
(aprender sobre a realidade) e as questões da vida real (aprender na realidade e da
realidade).

2. Qual a importância de se trabalhar com os TCTs na escola?

Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) têm a condição de explicitar


a ligação entre os diferentes componentes curriculares de forma integrada, bem
como de fazer sua conexão com situações vivenciadas pelos estudantes em suas
realidades, contribuindo para trazer contexto e contemporaneidade aos objetos do
conhecimento descritos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
No contexto da Educação Infantil, os planos de aula devem abordar o
cruzamento entre as habilidades dos componentes e os conteúdos dos Temas
Contemporâneos Transversais (TCTs). Nesta proposta sugere-se abordar os Temas
Contemporâneos Transversais, TCTs, por meio de módulos de aprendizagem e
estratégias que permitam espaços interdisciplinar em que dois componentes
curriculares tratam o assunto transversal de forma integrada.
Um dos grandes estudiosos na Educação, Jean Piaget, já alertava para o fato
de que, na educação no futuro, as fronteiras disciplinares tenderiam a desaparecer e
que os educadores precisariam adotar cada vez mais atitudes que levassem os
educandos a observar as conexões entre as áreas de conhecimento sem, no
entanto, negligenciar o campo de sua especialidade. Eis um dos maiores desafios
posto aos educadores: conferir às abordagens pedagógicas, nas dimensões do
Currículo, dos Projetos Pedagógicos e aos Planos de Aula, o alcance da
integralidade do seu objetivo somado aos temas da contemporaneidade na
perspectiva da educação integral e transformadora.
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3. Dos TCTs listados, quais podem ser trabalhados de forma transversal no seu
curso de graduação?

- Cultura Digital
- Autoconhecimento e Autocuidado
- Trabalho e Projeto de Vida

4. O Guia apresenta uma metodologia de trabalho para o desenvolvimento dos


TCTs, baseado em quatro pilares. Quais são estes pilares? Comente sua
perspectiva sobre essa metodologia.

Trabalho com as Competências Socioemocionais que envolve:


Autoconhecimento e Autocuidado: Favorece ao educando e à
educanda a condição de conhecer-se, compreender-se na diversidade humana e
apreciar-se. Ainda nesse sentido, oferece ao discente a condição de cuidar da saúde
física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e
capacidade para lidar com elas. O reconhecimento das emoções e sentimentos, e
como estas influenciam nas atitudes, corrobora para a importância do
desenvolvimento das habilidades emocionais.
Trabalho e Projeto de Vida: Conduz o sujeito a valorizar e
apropriar-se de conhecimentos e experiências. Entender o mundo do trabalho e
fazer escolhas alinhadas à cidadania e ao seu projeto de vida com liberdade,
autonomia, criticidade e responsabilidade são resultantes nesta competência. Além
disso, habilita o discente para a compreensão sobre o valor do esforço e
capacidades, como determinação e autoavaliação.
Empatia e Cooperação: Exercita a empatia, o diálogo, a resolução
de conflitos e a cooperação coloca o(a) estudante como agente ativo. Fazer-se
respeitar e promover o respeito ao outro e aos Direitos Humanos, com acolhimento e
valorização da diversidade, sem preconceitos de qualquer natureza, refletem a
maturidade de um processo. O diálogo como mediador de conflitos e acolhimento da
perspectiva do outro são as habilidades proporcionadas nesse processo.
Responsabilidade e Cidadania: Evidencia o agir pessoal e
coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação. Favorece ao(à) educando(a) tomar decisões com base em princípios
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éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Reflete na participação


ativa de cada cidadão(ã) na avaliação de problemas atuais, levando em conta
desafios como valores conflitantes e interesses individuais.
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1 CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS


DIGITAIS

SITUAÇÃO-PROBLEMA (SP)
Como aluno do curso de licenciatura, você precisará estagiar em uma escola
da cidade onde mora. Para tanto, necessitará refletir sobre questões importantes
para o bom desempenho de suas ações: qual escola escolher? Qual a proposta
pedagógica da escola selecionada? Como aplicar de forma prática e significativa os
conhecimentos aprendidos ao longo da graduação? Como propor que a relação
entre ensino e aprendizagem aconteça de forma dinâmica? Como romper com ciclos
tradicionais de ensino e aprendizagem e buscar a aplicação de propostas atuais e
dinâmicas que colocam o estudante no centro do processo? A partir destes
questionamentos, você é convidado a conhecer a situação-problema, ou seja, uma
problematização ligada à sua realidade profissional e ao campo de estágio que está
realizando.
1 Dicas e exemplos para levar a gamificação para a sala de aula
2 Ao usar elementos de jogos nas aulas, o aprendizado se torna mais envolvente e
promove uma postura mais exploratória e ativa dos estudantes

A gamificação permite que o aprendizado seja prazeroso, significativo e


envolvente. Isso porque se utiliza de elementos dos jogos (os famosos “games”),
como forma de engajar as pessoas a atingir um objetivo. Mas, além de funcionar
como uma estratégia pedagógica que engaja, a gamificação pode promover uma
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postura mais exploratória e autoral por parte dos alunos.


Os aspectos que poderiam ser abordados, por exemplo, no caso de
atividades que visem o desenvolvimento das competências de investigação
científica. “A gamificação deve ter desafios que promovam a observação, elaboração
de hipóteses a percepção de padrões e singularidade, organização de informações e
tomada de decisão, como um jogo de detetive, em que se vai coletando pistas e
criando modelos de explicação e testando esses modelos”.
3 Exemplo prático
Ao participar de uma ação gamificada que faz uso do QR Codes (Código QR),
os estudantes têm a oportunidade de decifrar pistas e missões contidas nesses
códigos. Esse caminho pode ser usado em qualquer componente curricular e
conteúdo. Auxilia no desenvolvimento da criatividade, autonomia, promover o
diálogo e resolver situações problemas.
Saiba mais
Os QR Codes são códigos de barras em 2D (bidimensionais) que pode ser
facilmente escaneado pela maioria das câmeras de celulares e também a partir de
aplicativos para celulares e/ou tablets. Esse código é convertido em texto
(interativo).
Para as atividades com os estudantes, você pode esconder pistas e propor
que a turma use seus celulares para descobrir o significado, que estará oculto, em
cada QRCode. Imagine, por exemplo, que você esteja trabalhando a história da Arte
Moderna. Você pode transformar as imagens em QR Codes para que os  alunos
desvendem uma pista atrelada ao tema da aula e ajudar na compreensão do tópico.
Alguns sites oferecem a possibilidade de gerar esses códigos gratuitamente
só indicando o link da página que você gostaria que os alunos fossem direcionados,
como é o caso do QR Code Generator.
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5 PLANOS DE AULA

PLANO DE AULA

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome da Escola: E.M.E.I “JOSÉ FERRARI


Professor: Andrea Franco Munhoz
Nível/Ano: Pré-escola
Período: Manhã
Número de alunos: 15

TEMA: LENDO, BRINCANDO E APRENDENDO

 OBJETIVO GERAL:
 Desenvolver a produção de textos em linguagem escrita por meio do ditado
para o professor;
 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Recuperar os principais elementos da narrativa com base na linguagem que
se usa para escrever;
 Obter o máximo de questionamentos dos alunos;
 Utilizar o celular para realização de gravações dos ditados.

CONTEÚDO:
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Em roda, leia para os alunos o conto Chapeuzinho Vermelho e
avise que esse texto e A Bela Adormecida serão recontados pelo grupo e ditados
para você. Proponha que o material faça parte de um livro e diga que todos vão
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ganhar um exemplar de presente.


2ª etapa 
Relembre oralmente o conto  Chapeuzinho Vermelho e inicie a atividade
de produção do texto coletivo pelos alunos. Registre com exatidão os
acontecimentos ditados pela garotada e, em alguns momentos, ajude a recuperar a
história com base em alguma passagem da narrativa. Por exemplo: "Qual o
caminho feito pelo lobo para chegar à casa da vovó antes que a Chapeuzinho
Vermelho?" Releia aos poucos os trechos ditados. Ofereça alternativas que possam
aproximá-los do enredo da história.
 3ª etapa 
Releia o texto produzido pelos estudantes. Diga que ele terá de ficar muito bem
escrito, assim como no livro, pois será compartilhado com outras pessoas e
todos precisam compreendê-lo. Interrogue-os sobre a adequação da narrativa com
base nos elementos da linguagem que se usa para escrever. Por exemplo, se o
texto produzido contiver muitas marcas de oralidade (como "aí", "né" e "então") ou
repetição excessiva de palavras, retome o conto que serviu de referência,
questionando se é assim que está registrado.
 4ª etapa 
Apresente o texto produzido pelos alunos em roda. Depois leia A Bela
Adormecida para a turma.
 5ª etapa 
Inicie a reescrita coletiva do texto A Bela Adormecida, seguindo as mesmas
orientações da 2ª e da 3ª etapa. Se necessário, dê novas recomendações aos
estudantes para evitar, por exemplo, que um personagem saiba de algum detalhe
da história que ele não presenciou. Ajude-os a enfrentar esses obstáculos.
6ª etapa 
Discuta com todos as ilustrações que serão feitas para cada história e digite os
textos, deixando espaços para inseri-las. Garanta uma cópia para cada estudante.
Solicite ou faça marcações coloridas em algumas palavras ou frases que se
repetem no texto e sejam significativas para os alunos.

7ª etapa 
Cole na contracapa de cada exemplar uma apresentação explicando que os textos
foram produzidos pelos alunos com base no ditado para o professor das histórias
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conhecidas.
8ª etapa 
Compartilhe as ilustrações e releia as histórias produzidas.

METODOLOGIA:
Produção de textos orais com base na linguagem escrita de contos.
Apresentação de teatros com base nos contos.

RECURSOS:
Livros paradidáticos
Folhas
 Lápis de cor
 Computador com impressora
 Tesoura 
 Cola branca 
 Telefone Celular

AVALIAÇÃO:
O foco do projeto não deve ser a memorização dos contos pelos
estudantes, mas a  produção das reescritas com a recuperação dos principais
acontecimentos das narrativas. Levando isso em conta, analise os textos
desenvolvidos pela turma em relação à presença de elementos da linguagem
escrita. Durante o processo, observe os pontos frágeis do processo de revisão para
serem retomados em outras ocasiões, com outros exemplos. 

REFERÊNCIAS:
 Chapeuzinho Vermelho, Irmãos Grimm, 32 págs., Ed. Cosac Naify,tel. (11)
3218-1444, 25 reais; 
 A Bela Adormecida, Charles Perrault, 32 págs., Ed. Peirópolis, tel. (11) 816-
0699, 24 reais;
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 Os Três Porquinhos Pobre ,Èrico Veríssimo,Ed. Globo.

PLANO DE AULA
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome da Escola: E.M.E.I “JOSÉ FERRARI


Professor: Andrea Franco Munhoz
Nível/Ano: Pré-escola
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Período: Manhã
Número de alunos: 15

TEMA: MUSICALIDADE

 OBJETIVOS
 Conhecer a obra de Caetano Veloso e sua relação com a produção poética
brasileira;
 Mostrar aos alunos um pouco da importância que a música para nós.
 Levar os alunos a gravar áudios em celular com a reprodução das músicas.

CONTEÚDO:
Música Popular Brasileira
METODOLOGIA:
1ª etapa 
Introdução
Na trajetória de um artista, são comuns mudanças que demonstram
sua evolução e suas ideias. Há aqueles que são fieis a um único estilo e projeto
artístico, mas quando se trata de Caetano Veloso, percebemos uma tendência à
experimentação.
Na abertura de Livro Só, de Caetano Veloso, Eucanaã Ferraz
comenta: "Tal tendência à dissonância talvez se relacione com o fato de a música
de Caetano ser devoradora da modernidade da Bossa Nova, especialmente de
João Gilberto. Mas decerto, aponta igualmente para o afastamento desta mesma
linhagem em direção às artes mais violentas de vanguarda e à cultura pop,
especialmente o rock´n´roll. Por todo efeito, o que se produz está em divergência
com as noções convencionais de equilíbrio e harmonia" (2003, p. 18).
Inicie a aula na sala de informática e proponha uma discussão com
os alunos, perguntando:
 O que é a Música Popular Brasileira (MPB)?
 Quais são os principais representantes deste estilo musical?
 Qual é a importância da MPB no cenário nacional?
Provavelmente eles deverão lembrar algumas músicas de Chico
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Buarque, Gilberto Gil ou Roberto Carlos. Pergunte então, se conhecem Caetano


Veloso, quais músicas deste cantor já ouviram e o que acham das letras. Em
seguida, convide a turma para conhecer o site do compositor baiano e assistir a
cinco vídeos sobre sua vida e obra.

 2ª etapa 

Durante esta etapa, também é interessante a turma notar como Caetano propõe
uma releitura dos gêneros mais autênticos da música brasileira (samba e maracatu,
por exemplo) e sua preocupação com a incorporação de procedimentos poéticos
mais modernos, como o uso da oralidade, do bilinguismo e do neologismo.
1) "Onde eu nasci passa um rio" [Domingo - 1967]
Trata-se de um poema composto por 5 estrofes de 7 sílabas poéticas. No
comentário do autor sobre a composição "Coração Vagabundo" (Letra Só, p. 31),
confessa: "Assim como `Onde eu nasci passa um rio´, essa canção tem muito da
poesia de Drummond, daqueles poemas que a gente sabia de cor. Mas é muito
ingênua, muito abaixo de Drummond, não é como outras canções mais bonitas".

2) "Tropicália" [Caetano Veloso - 1967]


Nesta canção, composta em versos livres, Caetano procura denunciar a miséria
brasileira durante o período da ditadura militar. A letra está repleta de alusão a este
conturbado período da história brasileira.

3) "Acrílico" [Caetano Veloso 2 - 1969]


Também composto por versos livres, "Acrílico" é um dos raros textos que Caetano
compôs sem ser pensado para letra de música (Letra Só, p. 18). Segundo ele, seu
interesse maior era pela possibilidade de inventar palavras. Esta ideia surgiu da
leitura da revista Invenção, que Augusto de Campos lhe deu de presente.

4) "De palavra em palavra" [Araçá Azul - 1972]


Trata-se de um texto bastante moderno e totalmente influenciado pela ideologia
concretista; daí a dedicatória a Augusto de Campos.

A seguir peça que os alunos componham cartazes sobre a letra de Língua e o que
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entendem como a essência da obra poética de Caetano Veloso.  Separe um tempo


da próxima aula para exposição dos trabalhos dos alunos.
RECURSOS:
Material necessário 
 Computadores com acesso à internet e caixas de som
 Cartolinas e material para a produção dos cartazes
 Letras das seguintes músicas: 1) "Onde eu nasci passa um rio" [Domingo -
1967]; 2) "Tropicália" [Caetano Veloso - 1967]; 3) "Acrílico" [Caetano Veloso
2 - 1969]; 4) "De palavra em palavra" [Araçá Azul - 1972];
 Telefone celular para gravação dos áudios.

AVALIAÇÃO:
Observe com o trabalho final se os alunos compreenderam que a
obra de Caetano Veloso sempre passou por muitas mudanças, e que esta é a
essência da produção do artista. Analise também se entenderam a sua produção
poética para a Música Popular Brasileira.
REFERÊNCIAS:
www.novaescola.com
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio na modalidade de Educação Infantil foi muito importante


para minha formação docente sendo que os alunos estão amadurecendo para a
alfabetização e as atividades a serem trabalhadas podem ser mais elaboradas com
estratégias mais avançadas e recursos didáticos enriquecidos.
E, foi esta a realidade percebida durante esta fase do estágio
supervisionado onde todos os envolvidos no processo educativo (professores,
pedagogos, gestores, coordenadores e supervisão escolar) estão em busca
constante de mudanças fazendo da ação coletiva, do respeito ao aluno e sua
diversidade cultural, da cultura organizacional escolar e das novas propostas de
ensino, fortes aliados para o sucesso da educação.
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REFERÊNCIAS

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