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tensão na vida política brasileira. A sucessão de Epitácio Pessoa na presidência da República era
disputada, de um lado, por Artur Bernardes, candidato oficial, hostilizado porém pela jovem
oficialidade do Exército, e, de outro, por Nilo Peçanha, que era apoiado pela Reação
Republicana. A vitória de Bernardes nas eleições de 1º de março de 1922, longe de trazer
tranquilidade ao país, iria provocar, ao lado de outros fatores, o levante dos 18 do Forte
(5/7/1922), marco inicial das revoltas tenentistas que se estenderiam por toda a década de 1920,
culminando na Revolução de 1930. Outro acontecimento importante do início de 1922 foi a
Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro, marco de um rompimento com a tradição
acadêmica e início de uma nova estética na arte brasileira.
Em janeiro de 1927 o PCB recuperou a legalidade, e formou-se o Bloco Operário, frente eleitoral
que elegeu Azevedo Lima para a Câmara dos Deputados. Já em agosto, porém, o PCB voltava a
ser ilegal. Buscando ampliar suas alianças, em dezembro o partido enviou seu secretário
geral Astrogildo Pereira à Bolívia para conversar com Luís Carlos Prestes, o líder da Coluna
Prestes que havia desafiado o governo e se encontrava exilado naquele país. Em outubro, o
Bloco Operário Camponês (BOC), nova denominação do Bloco Operário, elegeu dois membros
do PCB para o Conselho Municipal do Rio de Janeiro: Otávio Brandão e Minervino de Oliveira.