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Ser que um povo pacfico precisa cair na armadilha da fora violenta, destruidora
de vidas e sentimentos?
O que ser que lderes da situao ou da oposio poderiam aprender com a histria?
O que ser que cada um de ns pode aprender?
Parece que todos tem suas razes, no ? Difcil achar uma nica resposta certa, mais
fcil achar mais perguntas.
A nica coisa certa que talvez no possamos mudar o mundo e o pas. Porm, sempre
poderemos mudar a ns mesmos.
... JK era uma homem aberto, auditivo, receptivo, fino sistematizador. Recebia informaes
novas e as incorporava de forma permanente, redisciplinando seu esprito.
No tinha preconceitos ideolgicos: ouvia adversrios e opinies discordantes, e no se
importava com a orientao filosfica ou doutrinria do interlocutor. Aceitava a palavra dos
estigmatizados de esquerda ou direita.
Ele era infenso a preconceitos, manobras invejosas, baixezas, delaes e policialismos.
Nunca externou o elitismo dos que se arrogam o direito de pensar melhor s porque esto no
poder. O dilogo deveria ser elemento de progresso, no instrumento de afirmao.
Tratava com os assessores diretos um dilogo democrtico e solto: ficava ouvindo em
silncio posies divergentes dos auxiliares, confiando mais nas objees do que no louvor
direto.
O exemplo de JK mostra que o lder poltico no precisa ser arrogante: pode usar a
humildade como fora, no como fraqueza.
Lendo esse depoimento de Houaiss, talvez mais humano que poltico, impossvel no
questionar a mim mesmo. Como ser que estou ouvindo o outro? Como ser que estou usando
o meu poder? Sinto que, mesmo se fosse fico e no relato de fatos reais, o exemplo seria
oportuno. No s para lderes polticos. Mas para todos ns cidados e seres humanos.
Afinal, temos muito poder, e nem sempre sabemos us-lo.