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O Brasil Pós-Vargas: Política, Economia, Sociedade e Cultura
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
O Brasil Pós-Vargas: Política,
Economia, Sociedade e Cultura
• Introdução;
• A Volta do “Pai dos Pobres”;
• Criando-se um Novo Mito: o Governo de JK.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Estudar a transição do curto período democrático brasileiro dos anos 50 para o con-
turbado período da Ditadura Civil, Empresarial e Militar brasileira da década de 60.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE O Brasil Pós-Vargas: Política, Economia, Sociedade e Cultura
Contextualização
“Leia” o documentário indicado a seguir de forma crítica. Lembre-se de que mes-
mo os documentários são obras de ficção e carregam em si intenções e ideologias
de quem os produziu, assim como a própria história que nos foi deixada como lega-
do pelos nossos antepassados. Segundo o professor Darcy Viglus, e specialista em
Metodologia de Ensino, “A utilização do filme como recurso didático deve facilitar
a aprendizagem, fazendo com que o aluno encontre uma nova maneira de pensar e
entender a história, uma opção interessante e motivadora, que não seja meramente
ilustrativa e nem substitua o professor, mas que seja um momentocrítico e reflexi-
vo de aprofundamento da história. Um momento, como diria Almeida(1994), de
alfabetização midiática”.
Explor
Bons estudos!
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Introdução
Vou, mas volto já! De Dutra a Getúlio (1946-1954)
Após a experiência democrática ocorrida com o alinhamento do estado brasi-
leiro na Segunda Guerra Mundial com países, como, por exemplo, Estados Unidos
e Inglaterra, a pressão pela abertura democrática no país ganhou contornos cada
vez mais nítidos e insustentáveis para a manutenção da ditadura do Estado Novo
(1937-1945). Getúlio foi perdendo apoio dentro do seu círculo íntimo de amigos
no poder. O Estado Novo que fora projetado por Getúlio e seus assessores deveria
ter vida longa; a política de longevidade se sustentava na frágil política autoritária
com viés populista e modernizante do país. As críticas ao governo se baseavam nas
contradições do apoio de uma ditadura a democracias.
Outra frente de combate à ditadura do Estado Novo se deu em uma data simbó-
lica para a Revolução de 1930, 24 de outubro, quando foi lançado o Manifesto dos
Mineiros (1943). Esse manifesto frisava que a Revolução de 1930 havia se afasta-
do de seu curso, que era a implantação da democracia sem as mazelas praticadas
pelas oligarquias durante a Primeira República. No governo getulista, a política do
toma-lá-dá-cá continuava vigorando como no velho sistema da República Velha.
Estava na hora de se implantar no país um verdadeiro regime democrático.
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Apesar de toda manobra para se fazer uma transição sem conflitos, no dia
25 de outubro de 1945, Getúlio Vargas nomeou seu irmão para o cargo de chefe
de polícia do Distrito Federal, depondo do cargo João Alberto, “tenente” que fora
seu aliado de longa data. Apesar das oposições à nomeação, Getúlio se manteve
irredutível, mesmo após a mobilização das tropas do exército, comandadas pelo
general Góis Monteiro, ameaçar a posição do governo. Nem mesmo Dutra, candi-
dato à presidência, indicado por Getúlio, foi capaz de demovê-lo da ideia.
Após esse conflito, Getúlio Vargas foi obrigado a renunciar e não fez a transição
que se desenhava desde o final de 1944. Getúlio retirou-se do poder e se “exilou”
em sua terra natal, São Borja, no Rio Grande do Sul. O interessante dessa história
é que um dos pilares da Revolução de 1930 foi também o homem que através de
mais uma manobra militar ajudou a depor o chefe do governo que ajudou a forjar.
Chegava ao fim a “Era Vargas”, que durou quinze anos. Essa manobra militar, no
entanto, não provocou rupturas profundas com o antigo governo, ela fez apenas
uma pequena correção de rota para manter a governabilidade do país.
Com a queda de Vargas, o Ministro do Supremo Tribunal Federal, José Linhares, foi convocado
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pelas Forças Armadas para assumir o cargo até a realização das eleições livres e diretas de dois
de dezembro de 1945. Ficou no cargo até final de janeiro de 1946, quando Dutra assumiu a
presidência, eleito de forma direita e democrática. Disponível em: https://goo.gl/LGqV1d.
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Em meados de 1945, Vargas baixou um decreto, a Lei dos Atos Contrários
à Economia Nacional, que visava impedir a formação de trustes e cartéis,
assim como a manipulação especulativa dos preços. Essa medida, que
não chegou a ter efeito prático, suscitou a oposição de uma parte do
setor industrial e do embaixador dos Estados Unidos, Adolpho Berle Jr.,
temeroso de que ela tivesse como alvo os investimentos norte-ameri-
canos no país [...] a lei não tinha por objetivo limitar a entrada de capi-
tais estrangeiros legítimos, buscando tão somente proteger a economia
popular, como acontecia nos Estados Unidos. [...] Discursando na cidade
de Petrópolis em 29 de setembro, numa homenagem que lhe era pres-
tada pelo Sindicato dos Jornalistas, com a presença de líderes da UDN,
Adolpho Berle Jr. defendeu a realização de eleições livres e não eximiu
Vargas das suspeitas de continuísmo.1
Outra surpresa nesse conturbado cenário político partiu de Getúlio Vargas, que
fundou dois partidos políticos, o Partido Social Democrático (PSD) e o Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB). A base do PSD era composta pelos políticos nomeados
por Getúlio para agirem como interventores nos Estados na “Era Vargas”, era
um partido de Centro, composto também pelas elites rurais e pela ascendente
burguesia industrial. Já o PTB tinha a intenção de atrair a massa trabalhadora
urbana e era composto pela classe média ligada ao serviço público federal. Era um
partido sem muita chance de concorrer e eleger um presidente, por isso apoiou o
candidato indicado por Getúlio para defender o PSD, o general Dutra.
1 FAUSTO, Boris. A vida política. In: GOMES, Ângela de Castro (Coord.). História do Brasil Nação: 1808-2010.
V. 4. Olhando para dentro (1930-1964). Rio de Janeiro: Objetiva, 2014, pp. 107-108.
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2 FREIRE, Américo. Redemocratização e eleições 1945. In: FGV. CPDOC. Entre dois governos: 1945-1950. Dis-
ponível em: https://goo.gl/xzeKwb. Acesso em: 17 mar. 2015.
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Constituição dos Estados Unidos do Brasil (de 18 de Setembro de 1946). Para ler na
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Uma ação do governo que fortaleceu ainda mais o poder das Forças Armadas
foi a criação da ESG – Escola Superior de Guerra (1949), pela lei 785/49, que é um
instituto de altos estudos de política, defesa e estratégia, voltada para a formação
de oficiais militares. Após a Segunda Guerra, houve um estreitamento nas relações
do Exército brasileiro com o militarismo estadunidense. Outra medida que fincou
os pés, ou melhor, as garras da águia americana no país foram os incentivos que
favoreceram a instalação no país de grandes empresas estrangeiras.
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máquina partidária, o Partido Social Progressista (PSP), cuja razão de ser
concentrava-se em sua pessoa [...] No começo dos anos 50, Ademar não
tinha força para disputar a Presidência da República, mas podia valorizar
seu apoio a um dos candidatos [...] engrossou a corrente getulista.3
Estava dessa forma sendo sedimentada a volta do “pai dos pobres” ao centro
e ao alto do poder da República. Apesar do apoio recebido, Dutra não retribuiu a
gentileza a seu padrinho político, pois achava que Getúlio descontinuaria sua polí-
tica. Articulou então a candidatura do quase anônimo advogado mineiro Cristiano
Machado, mas a maioria dos chefes políticos não embarcou no delírio de Dutra e
abandonou a candidatura do candidato mineiro. A UDN insistiu mais uma vez na
candidatura de Eduardo Gomes com o apoio dos antigos integralistas.
A curiosidade das eleições ficou por conta da UDN, que tentava impugnar as
eleições presidenciais, sem obter êxito. Getúlio Vargas tomou posse do governo
no dia 31 de janeiro de 1951. Para “melar” as eleições, a UDN alegou que Getúlio
não obtivera mais de 50% dos votos, no entanto essa regra não existia na legisla-
ção brasileira da época, foi apenas mais um choro de perdedor, que não se confor-
mava com a derrota nas urnas. Para Fausto,
Desse modo, os liberais punham a nu suas contradições. Defensores em
princípio da legalidade democrática, não conseguiram atrair o voto da
grande massa nas eleições mais importantes. A partir daí, passaram a
contestar os resultados eleitorais com argumentos duvidosos ou, cada vez
mais, a apelar para a intervenção das Forças Armadas.4
Nesse contexto, já haviam se formado duas forças políticas opostas dentro das
Forças Armadas – os nacionalistas e os opositores do nacionalismo. Os naciona-
listas propunham um Estado forte nas relações internacionais, a industrialização
independente do capitalismo internacional, sem, no entanto, fechar as portas para
3 FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp, 2001, p. 223.
4 FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp, 2001, p. 224.
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Nessa altura do governo, Getúlio nomeou seu velho amigo Oswaldo Aranha para o
ministério da Fazenda, cargo que havia ocupado na “Era Vargas” nos idos da década de
1930. A “política” adotada pela fazenda, que ficou conhecida como “Plano A ranha”,
visava controlar a expansão do crédito e o câmbio nas transações com o estrangeiro.
Essa última medida já estava em funcionamento desde o início do ano (1953).
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derivadas da exportação de café para outros setores econômicos”. Essa medida
favoreceu especialmente a indústria. Apesar da irritação dos cafeicultores, o go-
verno getulista não abandonou a política do café. Quem se irritou dessa vez foram
os norte-americanos, pois o governo brasileiro manteve a política de sustentação
do alto valor do café no exterior; mesmo assim, os êxitos não foram satisfatórios.
Havia uma legislação no país que restringia o direito à greve dos trabalhadores.
Houve repressão policial e a greve durou aproximadamente 24 dias. Os acordos
foram realizados em separado. O interessante dessa greve é que além da reivindi-
cação salarial, os trabalhadores trouxeram a discussão do direito à greve, que era
irregular. O prestígio de Getúlio e do PTB ficaram arranhados com esse episódio
em São Paulo. Seus “pelegos” não conseguiram intermediar a situação entre sin-
dicatos e patrões. Os comunistas, que estavam fazendo oposição ao governo ge-
tulista, articularam a greve e acusaram Getúlio de abandonar os trabalhadores e se
ligar aos imperialistas.
5 FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp, 2001, pp. 227-228.
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A greve dos marítimos, que contou com a participação de mais de cem mil tra-
balhadores, reivindicava aumento salarial e melhores condições de trabalho, entre
outros benefícios. Os marítimos acusaram a diretoria da Federação dos Marítimos
de vinculação com o Ministério do Trabalho e pediram sua substituição. Getúlio
aproveitou-se da situação e substituiu o ministro do Trabalho. Em seu lugar colocou
João Goulart, que assumiu o ministério e conseguiu uma negociação eficaz com
os trabalhadores em greve. A diretoria dos marítimos também foi substituída por
Jango, que colocou pessoas próximas a ele e aos trabalhadores.
6 FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp, 2001, p. 230.
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desfechando um tiro no coração”. Criava-se assim a construção de um mito da
História do Brasil.
Getúlio não foi exatamente o pai que um pobre desejaria ter. Como no filme
da Branca de Neve, a madrasta caberia muito mais à personalidade do presidente.
Em suas passagens pelo comando do país, nunca desistiu do poder pelo poder;
colocou rédeas nos movimentos sociais; manipulou e desarticulou o movimento
trabalhista; enxotava para clandestinidade ou reabilitava os militantes de esquerda
de acordo com seus interesses eleitoreiros; seu governo censurou e torturou como
em qualquer ditadura; viveu no céu e no inferno com os udenistas; era reticente
com o capitalismo estrangeiro, mas incentivava os capitalistas brasileiros que
estavam alinhados com os ideais nacionalistas; controlou e foi controlado pelas
forças armadas; com a igreja católica foi pragmático, dava e recebia algo em
troca. Esse foi o governo getulista em uma época em que a informação chegava
sempre mais tarde do que deveria. Getúlio montou até um órgão de propaganda
para fabricar sua imagem. Atrás dos grandes feitos realizados pelo presidente
“pai dos pobres”; escondia a madrasta má dos contos de fada com a máscara de
um pai bondoso.
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Os getulistas não tiveram vida fácil para chegar ao poder. Com 36% dos votos,
JK venceu as eleições, contra 30% de Távora, 26% de Ademar de Barros e 8%
de Plínio Salgado. A dobradinha getulista JK e Jango saiu vitoriosa nas eleições
(1955). Durante a campanha, foi publicada uma carta falsa nos jornais, que acu-
sava os getulistas de terem realizado um pacto com os argentinos para instalar no
Brasil, através de um levante armado, uma “república sindicalista” em conluio com
Peron. A suposta carta teria sido enviada pelo deputado argentino Antônio de
Jesus Brandi para Jango na época em que este era ministro do Trabalho.
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Seja como for, a questão é que a elite não desistiu do Golpe. Houve até uma
campanha para impedir a posse de JK. Acabamos de ver quase que um vídeo tape
desse filme nas eleições para a presidência do Brasil no ano de 2014.
A meta é o desenvolvimento...
Juscelino, ao assumir o governo, encontrou uma economia que crescia a uma
taxa média de 6,2% ao ano entre 1951-1954, “mas, em 1955, o PIB cresceu
quase inverossímeis 8,8% e a inflação, medida pelo IPC-RJ, manteve-se em tono
de 22% a 23%, em 1954/1955”.8 Ao final do mandato de Café Filho, estava no
Ministério da Fazendo o paulista José Maria Whitaker, uma imposição feita pelo
governador paulista Jânio Quadros, para tentar melhorar a política cambial em
favor dos exportadores de café.
7 FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp, 2001, p. 233.
8 ABREU, Marcelo de Paiva. O processo econômico. In: GOMES, Ângela de Castro (Coord.). História do Brasil
Nação: 1808-2010. V. 4. Olhando para dentro (1930-1964). Rio de Janeiro: Objetiva, 2014, p. 212.
9 ABREU, Marcelo de Paiva. O processo econômico. In: GOMES, Ângela de Castro (Coord.). História do Brasil
Nação: 1808-2010. V. 4. Olhando para dentro (1930-1964). Rio de Janeiro: Objetiva, 2014, p. 213.
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obras públicas que realizou em suas administrações. Para o país, propôs um am-
bicioso Plano de Metas, que ficou conhecido como “Cinquenta anos em cinco”.
Esse plano e a habilidade que teve para amansar os ânimos da elite e dos militares
deixaram em segundo plano a animosidade que havia marcado o início de seu go-
verno, dando chance para que JK conseguisse realizar grande parte de suas metas
para o país.
Outro projeto que nasceu quase que por acaso foi a construção da rodovia
Belém-Brasília, um conjunto de onze rodovias que ligam a Capital Federal a Be-
lém, no Pará. A obra teria saído de uma reunião com governadores da Amazônia
e do Nordeste, que reivindicaram a integração daquelas regiões com o Planalto
Central. “Em 19 de maio de 1958, Juscelino sancionava o decreto nº 3.710,
criando a Comissão Executiva da Rodovia Belém-Brasília – RODOBRÁS, vinculada
à SPVEA e presidida pelo seu Superintendente [...] Waldir Bouhid, Superinten
dente da SPVEA”.10
Figura 9
Fonte: Acervo/Estadão
Esse foi o espírito empreendedor de JK. Fazia acontecer sem se preocupar com
as possíveis consequências para a economia no futuro. “Sua postura em relação
às restrições impostas pela realidade fiscal era explicitada pelo famoso mote, que
acompanhou seu ambicioso Plano de Metas (1957-1961). A ideia era transmitir o
sentimento de que quase tudo era possível naquele momento da história do país”.
10 PANDOLFO, Sergio Martins. Rodovia Belém-Brasília. Uma epopeia composta por dois médicos: JK e Waldir
Bouhid. Disponível em: https://goo.gl/fxczqB. Acesso em: 17 mar. 2015.
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Outra característica que fez de Juscelino um político habilidoso foi que “teve sucesso
em consolidar a mensagem de que era nacionalista, a despeito de ter adotado uma
política econômica que claramente beneficiou as empresas multinacionais”.11
11 ABREU, Marcelo de Paiva. O processo econômico. In: GOMES, Ângela de Castro (Coord.). História do Brasil
Nação: 1808-2010. V. 4. Olhando para dentro (1930-1964). Rio de Janeiro: Objetiva, 2014, p. 213.
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https://goo.gl/u5U93i.
12 ABREU, Marcelo de Paiva. O processo econômico. In: GOMES, Ângela de Castro (Coord.). História do Brasil
Nação: 1808-2010. V. 4. Olhando para dentro (1930-1964). Rio de Janeiro: Objetiva, 2014, pp. 217-218.
13 ABREU, Marcelo de Paiva. O processo econômico. In: GOMES, Ângela de Castro (Coord.). História do Brasil
Nação: 1808-2010. V. 4. Olhando para dentro (1930-1964). Rio de Janeiro: Objetiva, 2014, pp. 219-220.
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No movimento sindical, durante o governo JK, começaram a surgir novas lide-
ranças com a presença mais ativa dos comunistas e dos janistas, ainda “empas-
telados” pelo Estado. Essas novas lideranças criaram estruturas paralelas à estru-
tura oficial. No estado de São Paulo, foi criado o Pacto de Unidade Intersindical
(1955). Os sindicatos “pactuados” pelo PUI agregou trabalhadores de diversas
categorias: metalúrgicos, gráficos, têxteis, economia. O PUI teve vida curta; após
uma greve em 1957, houve pressão patronal e divergências internas que o leva-
ram à dissolução.
14 FAUSTO, Boris. História do Brasil. 10ª ed. São Paulo: Edusp, 2002, p. 431.
15 FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp, 2001, p. 235.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
JK: um cometa no céu do Brasil – Bloco I
TV Senado. JK: um cometa no céu do Brasil I.
https://youtu.be/X3qtOekbab8
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Referências
ABREU, Marcelo de Paiva. O processo econômico. In: GOMES, Ângela de Castro
(Coord.). História do Brasil Nação: 1808-2010. V. 4. Olhando para dentro
(1930-1964). Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.
CARONE, E. O Estado Novo: 1937-1945. 5ª ed. São Paulo: Bertrand Brasil, 1988.
FAUSTO, Boris. A vida política. In: GOMES, Ângela de Castro (Coord.). História
do Brasil Nação: 1808-2010. V. 4. Olhando para dentro (1930-1964). Rio de
Janeiro: Objetiva, 2014.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 10ª ed. São Paulo: Edusp, 2002, p. 431.
Sites visitados
Constituição dos Estados Unidos do Brasil (de 18 de setembro de 1946). Dis-
ponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao46.
htm>. Acesso em: 17 mar. 2015.
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