Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Atualidades Brasil
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Sumário
Luis Felipe Ziriba
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Atualidades Brasil. . .......................................................................................................................... 4
1. Parte 1 – Brasil: Território, Posição, Índice de Desenvolvimento Humano e
População.......................................................................................................................................... 4
1.1. Território, Fronteiras, Transporte e Energia........................................................................ 4
1.2. A População Brasileira............................................................................................................ 11
1.3. IDH Brasil: 2019.. ....................................................................................................................... 17
2. Parte 2 – Atualidades Brasil: Política, Economia e Fatos..................................................21
2.1. A Política Brasileira.. ................................................................................................................21
2.2. Economia Brasileira............................................................................................................... 38
2.3. O Caso Marielle....................................................................................................................... 72
2.4. As Milícias no Rio de Janeiro................................................................................................ 72
2.5. A Crise na Segurança Pública no Brasil............................................................................. 73
2.6. O Mais Médicos na Berlinda. . ...............................................................................................90
2.7. A Transposição do Rio São Francisco............................................................................... 106
2.8. Cultura e Atualidades no Brasil em 2020: alguns Pontos Fundamentais. . ............... 112
2.9. Brics e o Brasil...................................................................................................................... 122
Questões de Concurso................................................................................................................ 132
Gabarito.......................................................................................................................................... 153
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 2 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Apresentação
Caro(a) aluno(a), é um prazer imenso estar junto a você nessa etapa de preparação rumo à
conquista de algo tão importante na vida: a estabilidade profissional no serviço público.
Peço licença para me apresentar. Meu nome é Luis Felipe Ziriba. Sou formado em Geografia
desde 2004, pela Universidade de Brasília, e sou também servidor do Incra – SEDE, desde 2008,
no cargo de Analista em Desenvolvimento e Reforma Agrária. Ministro aulas para concursos
desde 2001. Comecei em sala aos 20 anos de idade em Pré-Vestibulares, tendo seguido para
concursos de admissão à carreira militar, tais como EsPCEx, ESA, entre outros, nas disciplinas
Geografia Geral e do Brasil. Lecionei também em preparatórios (matéria Geografia Geral e do
Brasil) para cursos de admissão à carreira diplomática – Instituto Rio Branco. Já no início da
década findada (2010-2019), parti também rumo ao desafio de lecionar as matérias Atualida-
des do Brasil e Mundo, além de Realidade/Atualidades do Distrito Federal.
Assim, entre tantas matérias diferentes e interessantes, lá se vão 18 anos preparando alu-
nos nos melhores cursos do Distrito Federal para os mais concorridos concursos do Brasil.
Bom, obrigado pelo espaço e confiança depositada e vamos, então, ao que realmente im-
porta a você. O tempo urge!
Com vistas a auxiliá-lo(a) nessa preparação, dividi nosso material em duas partes: na pri-
meira parte, destaco aspectos do território nacional (incluído transportes e energia) e contexto
populacional; na segunda, serão abordados aspectos de nossa política, economia e temas
mais importantes em atualidades (cultura, sociedade, segurança, relações internacionais, en-
tre outros).
Destaco, por fim, caro(a) aluno(a), ser extremamente necessário que realize a leitura inte-
gral dos temas abaixo e dos seus respectivos textos complementares, mesmo que haja em
editais recortes balizando períodos específicos, tal como pode (e costuma) acontecer. Tenha
em mente que será apenas promovendo a leitura retórica acerca dos temas, desde seu início
até o fim, que será possível, portanto, a clarificação dos contextos mais recentes de Atualida-
des. E juro… Não há como fugir disso! Pode confiar nessa informação. A disciplina de Atua-
lidades não está restrita, simplesmente, a uma coleta de notícias com base no(s) recorte(s)
estipulado(s) pelos editais. Em Atualidades existem contextos que devem ser entendidos para
que possamos atingir o nível necessário de conhecimento pedido pelas bancas em concursos.
Então, vamos começar. Peço, por favor, que faça o caderno de exercícios apresentado
como fixação de conteúdo e acréscimo didático. Avalie nosso curso em nossa platafor-
ma. Obrigado!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
ATUALIDADES BRASIL
1. Parte 1 – Brasil: Território, Posição, Índice de Desenvolvimento Hu-
mano e População
Obs.: os pontos descritos são os nossos pontos extremos nas quatro direções: Norte (Monte
Caburaí, em Roraima), Sul (Arroio do Chuí), Leste (Ponta do Seixas) e Oeste (Nascente
do Rio Moa).
O Brasil faz fronteira com dez (10) países. Dentro do continente Sul-Americano, não somos
“vizinhos” apenas de dois países: o Chile e o pequeno Equador. No mapa abaixo, temos as
principais extensões de fronteiras, com destaque para o Peru (2º lugar) e Bolívia (com mais de
3.000 km de fronteira, em boa parte pela Amazônia). Destaca-se que estes dados de tamanho das
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
fronteiras são estanques, ou seja, não sofrerão alterações em curto ou médio prazo, à medida
que os tratados com os países fronteiriços ao Brasil foram ratificados há tempos; também
não vêm ocorrendo reivindicações fronteiriças de nações vizinhas.
Brasil-Suriname - 593km
Brasil-Guiana - 1.606km
Brasil-Venezuela - 2.199km
Brasil-Colômbia - 1.644km
Brasil-Peru - 2.995km
Brasil-Bolívia - 3.423km
Brasil-Paraguai - 1.366km
Brasil-Argentina - 1.261km
Brasil-Uruguai - 1.069km
Fronteira Terrestres - 16.886km
Costa Marítima - 7.408
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
São 5 regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Essa configuração atende a
uma divisão de 1969 do IBGE, a qual levou em conta similaridades humanas e naturais entre
os estados para o agrupamento em regiões:
• MAIOR REGIÃO (2019): Norte (45.2% do território nacional);
• REGIÃO COM MAIOR NÚMERO DE ESTADOS: Nordeste (com 9);
• MAIOR POPULAÇÃO: Sudeste (aproximadamente 86 milhões perfazendo em torno de 42%
população do Brasil).
Vale destacar que os estados brasileiros podem se desmembrar internamente em outros me-
nores, bastando haver a aprovação pela Câmara dos Deputados e a consulta à população dos
estados. Mas eles não podem se destacar do Brasil para formar outro país. Há pleitos em tor-
no de desmembramento de estados em análise atualmente para o Piauí, o Maranhão, a Bahia,
entre outros. O pleito que neste sentido fora levado mais adiante deu-se no Pará, em 2011,
quando sua população em plebiscito não aceitou a fragmentação do estado em 3 outros es-
tados (capitais em Marabá, Santarém e Belém).
Por fim, em 2021, o Brasil possuía 5.570 municípios. Os Estados com mais municípios
atualmente são: Minas Gerais (853) e São Paulo (645). Na rabeira, temos Roraima, com apenas
15, e o Amapá, com 16 municípios.
O Distrito Federal não é um Estado, e sim uma Unidade da Federação, tendo apenas Bra-
sília (a Capital Federal) como seu único município.
TEXTO COMPLEMENTAR
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
TEXTO COMPLEMENTAR
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O Parque Eólico
Em 2019 funcionavam no Brasil 368 usinas eólicas, além de 133 novas em constru-
ção. Predominantes em regiões de vegetação baixa, como no centro da Bahia, ou no
litoral do Nordeste e Região Sul, onde a incidência de ventos é bastante favorecida, se
utilizam da energia de movimento do vento para produção de eletricidade. Um princípio
simples, mas que requer implementações tecnológicas. A produção eólica responde
por quase 6% da eletricidade total no Brasil, tendo crescido exponencialmente ao longo
dos últimos 15 anos. Em estados como o Ceará e Rio Grande do Norte, que não pos-
suem grandes hidrelétricas, já representam grande parte da produção de energia local.
Termelétricas
Incentivos ao emprego de termelétricas, sobretudo, as com uso de biomassa,
buscam diversificar a matriz energética elétrica, que até 2006 tinha 83,2% de sua potên-
cia composta por hidrelétricas. Licor negro (resíduo da produção de papel) e bagaço
de cana são as principais fontes de biomassa (renováveis). Gás natural e derivados
de petróleo são as fontes fósseis mais comuns (não renováveis). Dentro do mapa
nacional de termelétricas, tem-se termelétricas por todo o país, contudo aqueles que
se utilizam de biomassa estão no Centro-Sul e as que queimam gás natural e petróleo
(fontes não renováveis e poluidoras) na Amazônia, via de regra.
Nuclear
Localizadas em Angra dos Reis (RJ), as usinas nucleares Angra 1 e 2 utilizam o
átomo do elemento químico urânio para produção de 1.990 MW de energia elétrica,
distribuída no eixo Rio-São Paulo. Em construção, Angra 3 deve fornecer 1.350 MW. O
Brasil é o 23º país do mundo em potência nuclear instalada (2018).
Força Maremotriz
Essa modalidade de produção de energia se utiliza a força das marés. Presente em
países como Reino Unido e Canadá, esse método consiste em usar o “vai e vem” das
marés para movimentar turbinas e, com isso, gerar eletricidade. É um processo similar
ao usado em parques eólicos, com uma vantagem: por ser mais densa, a água exerce
uma força maior sobre as turbinas e, consequentemente, gera mais energia.
Uma das principais formas de exploração da energia das marés é por meio do uso de
turbinas instaladas em barragens, dessa forma as marés criam um desnível suficiente-
mente elevado entre os lados da barragem, de modo que as turbinas sejam acionadas.
As energias oceânicas ainda não fazem parte da agenda energética do Brasil. Não
existem políticas de incentivos nem iniciativas para a realização de um inventário obje-
tivo do potencial energético. Exemplo disso é que o país não possui uma legislação
específica para fontes renováveis de energia do mar.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
POVOADO: aqui entra um ponto curioso. Somos, tal qual vimos acima, um país populoso
(com uma alta população absoluta), mas seríamos também, de fato, um país povoado? Res-
pondo: não. O conceito de povoado remete à densidade populacional, ou seja, à quantidade
de habitantes por Km2 de um determinado lugar. É o dado relativo à Densidade Demográfica.
Bom, caro(a) aluno(a), neste quesito o Brasil não está listado em posição alta no ranking dos
mais populosos. Aliás, muito pelo contrário.
Ao diluirmos a enorme população brasileira por nosso gigante território nacional, em um
ranking de, mais ou menos, 190 países, o Brasil se encontra por volta do 159º lugar. É interes-
sante perceber que, para nós, habitantes de grandes cidades, ou de centros urbanos médios,
que sejam, isso parece irreal mas o que acontece no Brasil é que a nossa população se en-
contra mal distribuída, e muito concentrada, principalmente nas grandes cidades das Regiões
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Sul, Sudeste e Nordeste. Mas, de fato, na divisão total, temos apenas uma média em torno de
24 hab/km2, uma média baixa ao compararmos em termos globais.
Para quem tiver interesse em saber as posições dos países no ranking de povoamento,
espie este link recomendado abaixo:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_densidade_populacional
Portanto, em termos globais, somos considerados um país POPULOSO (grande popula-
ção total), mas não muito POVOADO (média-baixa densidade demográfica).
Leia agora, caro(a) aluna(a), matéria publicada abaixo na página da revista Veja on-line e
republicada pela revista Exame, em 28/08/2019, sobre o nosso atual panorama populacional
em termos gerais e também regionais. Vale uma leitura atenta:
Em: https://exame.abril.com.br/brasil/brasil-tem-mais-de-210-milhoes-de-habitantes-
-aponta-ibge/
MATÉRIA
Diário Oficial da União trouxe nesta quarta-feira (28) a mais nova estimativa da po-
pulação brasileira feita pelo IBGE
O Diário Oficial da União (DOU) traz nesta quarta-feira (28 de agosto) a mais nova
estimativa da população brasileira feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es-
tatística (IBGE). De acordo com os dados, o País já conta com mais de 210 milhões
de habitantes, quantidade superior aos 208 milhões registrados em 2018. O número
atualizado é de 210.147.125 de habitantes.
Três Estados do Sudeste estão no topo da lista dos mais populosos. São Paulo lide-
ra com 45.919.049 de habitantes – a capital do Estado tem hoje 12.252.023 pesso-
as. Em seguida, vêm Minas Gerais, com 21.168.791 de habitantes, e Rio de Janeiro,
com 17.264.943.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Entre outros objetivos, a nova estimativa será utilizada para o cálculo das cotas dos
fundos de participação de Estados e municípios. Os dados têm data de referência em
1º de julho de 2019 e estão organizados por Estados, Distrito Federal e municípios.
Já os municípios com menor população são Serra da Saudade (MG), com 781 habi-
tantes, Borá (SP), com 837 habitantes, e Araguainha (MT), com 935 habitantes.
Segundo o IBGE, 324 municípios têm mais de 100 mil habitantes. Juntos eles são
apenas 5,8% do total de 5.570 municípios do país, mas respondem por 57,4% da po-
pulação brasileira ou 120,7 milhões de habitantes, sendo que 48 deles têm mais de
500 mil habitantes.
Por outro lado, 3.670 municípios – 68,2% do total – são habitados por menos de 20
mil pessoas. Juntos eles têm 32 milhões de habitantes ou 15,2% da população total
do país.
Em último está Roraima (600 mil), seguida do Amapá (840 mil) e do Acre (880 mil), todas na
Região Norte, a 2a menos populosa do país.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Note haver no mapa acima, acerca de nosso povoamento relativo, uma nítida concentra-
ção populacional na fachada litorânea (faixa que vai do litoral a mais ou menos 150-200 km
em direção ao interior). Fora isso, os pontos no interior do Brasil que possuem alto índice de
adensamento são os chamados Enclaves Territoriais.
Os Enclaves Territoriais são estruturas artificialmente criadas, tais quais cidades, polos in-
dustriais, entre outros, que, ao surgirem (incentivados, via de regra, pelo Estado), conseguem
atrair para áreas antes sem qualquer desenvolvimento, ou com baixo nível de adensamento
populacional (e de desenvolvimento econômico), contingentes populacionais expressivos. Dois
exemplos clássicos de enclaves no Brasil são Brasília e a Zona Franca de Manaus, enclaves
indutores de enorme sucesso em termos de desenvolvimento e atração populacional, podendo
estes serem percebidos no mapa de Densidade Demográfica como pontos bastante averme-
lhados, ou seja, de alto adensamento, em contraste à grande parte interior de nosso território.
Para finalizar, vale destacar que o Brasil possui áreas em ANECÚMENOS, ou seja, em par-
tes de um território onde os fatores naturais são impeditivos ao desenvolvimento humano. Os
desertos, as áreas congeladas e partes alagadas e as selvas são exemplos globais neste sen-
tido. Em nosso país, temos a Floresta Amazônica e, em menor escala, o semiárido nordestino,
com a vegetação da Caatinga, nossos exemplos de anecúmenos territoriais.
Criado em 1938, o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – realiza, a cada de-
cênio (desde 1940), o Censo Demográfico: a contagem de nossa população que nos traz uma
radiografia precisa acerca de uma gigantesca gama de fatores humanos e sociais de nosso
imenso país e de sua população. Nos períodos entre censitários, o Instituto promove amos-
tragens anuais com vistas a se manter atualizada a contagem decenal: o PNAD – Pesquisa
Anual por Amostra de Domicílio.
Para 2020, o IBGE mais uma vez realizaria o Censo decenal (sendo nosso último de 2010).
Ou pelo menos iria, em tese. Contudo, contingenciamentos de recursos e principalmente as
dificuldades impostas pela Covid fizeram com que os trabalhos fossem adiados.
Em função das orientações do Ministério da Saúde relacionadas ao quadro de emergência de
saúde pública causado pela COVID-19, o IBGE decidiu adiar a realização do Censo Demográ-
fico para 2021.
A decisão levava em consideração a natureza de coleta da pesquisa, domiciliar e predominan-
temente presencial, com estimativa de visitas de mais de 180 mil recenseadores a cerca de 71
milhões de domicílios em todo o território nacional.
Considera, do mesmo modo, a impossibilidade de realização, em tempo hábil, de toda a ca-
deia de treinamentos para a operação censitária, cuja primeira etapa se iniciaria em abril de
2020, de forma centralizada, e posteriormente replicada em polos regionais e locais até o
mês de julho.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Para a realização da operação censitária em 2021, o IBGE estabeleceu formalmente com o Mi-
nistério da Saúde o compromisso de realocar o orçamento do Censo 2020, em prol das ações
de enfrentamento ao coronavírus mantidas pelo Ministério.
Eis que uma outra reviravolta ocorre, e o Censo, que seria realizado inicialmente em 2020 (se-
guindo tradição histórica de realização do macrolevantamento a cada decênio), após ser adia-
do em 2021, sofre outra mudança. Com a simples justificativa emanada pelo Ministro da Eco-
nomia, Paulo Guedes, de não haver dinheiro, o Censo será realizado (veremos, né?!), portanto,
somente em 2022.
O Brasil chegou ao ano de 2021 com as seguintes taxas de crescimento populacional, en-
velhecimento e fecundidade:
• Crescimento populacional no Brasil entre 2015-2019: 0,7% ao ano.
• Brasil: população com mais de 65 anos (2018): 9.2%. Embora não sejamos ainda uma
sociedade tipicamente envelhecida, estamos em rota acelerada de envelhecimento.
A taxa de fecundidade é o número médio de filhos por mulher em idade adulta (15-49
anos). Ela é considerada repositiva quando se encontra acima de 2 filhos por mulher, não sen-
do, portanto, há mais de uma década o caso do Brasil (com taxa em 1,7), nem em mais de 70
países hoje, segundo a ONU.
É importante compreendermos que, à medida que atualmente ocorre um padrão compor-
tamental, o qual vem desde a década de 1980 (quando saímos da EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA
1
Considerada como não repositiva.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/12/15/brasil-perde-cinco-posicoes-no-ranking-mundial-de-idh.
ghtml
Entre os três critérios tomados como base no IDH – renda, expectativa de vida e escola-
ridade –, o que puxa para baixo nossa posição é exatamente o indicador escolaridade.
Para se ter uma ideia, o Brasil, entre os países emergentes, possui escolaridade acima ape-
nas da Índia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
CHILE 10,4
ARGENTINA 10,60
RÚSSIA 12
URUGUAI 8,70
BRASIL 7,80
COLÔMBIA 8,3
CHINA 7,9
EQUADOR 9
VENEZUELA 10,3
PARAGUAI 8,5
ÍNDIA 6,5
Fonte: Pnud, 2019
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
2.1.1. Os Partidos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Novidade recente na busca por maior lisura ao processo eleitoral no Brasil ocorreu por
meio da proibição do financiamento privado de campanhas por empresas. Entre 1993 e 2014,
as empresas brasileiras podiam fazer doações para campanhas eleitorais. O limite legal era
2% do faturamento bruto da empresa no ano anterior à eleição. O beneficiário podia tanto ser o
candidato, quanto o partido político, que transferia o recurso para os candidatos. A nova regra
valeu já para as eleições municipais de 2016. Com vistas a facilitar a compreensão do novo
modelo, confira do sítio na internet Politize um quadro bastante elucidativo sobre as regras e
suas mudanças. Em: http://www.politize.com.br/financiamento-privado-de-campanhas/
As maiores bancadas na Câmara atualmente (legislatura 2019-2022):
• 1. PT: 53 deputados;
• 2. PSL: 41 deputados;
• 3. PP: 40 deputados;
• 4. PL: 39 deputados;
• 5. PP: 38 deputados;
• 6. PSD: 36 deputados.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Alguns dados e fatos chamaram a atenção neste pleito e podem aparecer em questões ou
futuros temas de redação de Atualidades em concursos. Então, vamos a eles!
Nas eleições de 2018, o número de jovens entre 16-17 anos que se inscreveram para votar
caiu proporcionalmente frente às eleições de 2014. Se antes foram 23% do contingente total
os cadastrados a participar (o voto não é obrigatório nesta idade, nem para os acima de 70
anos), agora (em 2018) foram 21% do total apenas, demonstrando uma nítida queda no inte-
resse deste grupo etário por participar do processo democrático.
Outro dado chama a atenção, sendo destacado pelo ex-presidente do TSE Luiz Fux, em seu
discurso de despedida do cargo em meados do mês de ago/2018. Diz respeito ao fato de ter-
mos atingido o número de 50% de eleitores cadastrados pelo sistema biométrico, sendo meta
do TSE atingir a totalidade dos eleitores até 2022. O TSE realizou também um enorme avanço,
sem dúvidas, ao ter cadastrado mais de 6.000 eleitores pelo seu nome social. São transexuais
e travestis que, pela primeira vez na história, já poderão votar com um nome escolhido.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Além destes avanços, Luiz Fux, ao passar o bastão para Rosa Weber, destacou que, nas
eleições de 2018, avançamos bastante, pois, com o auxílio de órgãos de investigação e judi-
ciários, como a Polícia Federal, Ministério da Justiça e ABIN, inicia-se, ao menos em tese, o
combate às chamadas fake news, ou seja, a disseminação de notícias e fatos falsos atribuídos
a candidatos. Mas é bem verdade que, mesmo havendo pioneiramente um esforço dos órgãos
oficiais com vistas a contar as fake news, o que vimos, de fato, foi uma enxurrada destes tipos
de mensagens, principalmente por meio do WhatsApp e do Facebook nas eleições. Não à toa,
uma CPI para investigar exatamente estas fake news fora aberta em fins de 2019 na Câmara
dos Deputados.
Em maio de 2021, o Presidente do TSE é o Ministro do STF Luís Roberto Barroso.
O QUE SÃO FAKE-NEWS: fake news são informações deturpadas, emanadas por agentes
que visam disseminar informações, dados, ou notícias falsas. Via de regra, servem para dene-
grir pessoas ou grupos opostos, podendo, logicamente, também promover ações positivas (de
forma falsa) de alguém ou de determinado(s) grupo(s).
Embora estejam atualmente em pauta como nunca, as fake news são uma prática antiga,
sendo disseminadas historicamente via panfletos ou veículos específicos de mídia. Contudo,
com as facilidades inerentes à propagação das redes sociais na última década, em especial,
as fake news ganharam proporções gigantescas. Foram, como já se sabe, inclusive a tônica
das eleições presidências nas duas maiores nações americanas, os EUA (em 2016) e no Bra-
sil (2018).
No caso mais específico brasileiro, a motivação pela criação da CPMI da Fake News foi
a suspeita de uso de notícias falsas e desinformação, além de assédio e incitação a outras
práticas criminosas na internet, durante as eleições de 2018.
A CPMI das Fake News foi instalada em setembro de 2019, com o senador Ângelo Coronel
(PSD-BA) sendo eleito presidente e a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) nomeada relatora.
Em abril de 2020, a CPMI foi prorrogada e passou a focar também na disseminação de
desinformação sobre a pandemia do COVID-19 e do negacionismo do coronavírus.
Até Abr/2021, a CPMI das fake news continuava em atividade se tornando uma das CPMIs
mais longevas de toda história do Congresso Nacional.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Em: https://congressoemfoco.uol.com.br/eleicoes/veja-quem-sao-os-governadores-eleitos-em-2018/
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
organização criminosa, composta por pelo menos três grupos de poder, encabeçada pelo go-
vernador Wilson Witzel”.
A suspeita é de que o governador tenha recebido, por intermédio do escritório de advocacia
de sua mulher, Helena Witzel, pelo menos R$ 554,2 mil em propina. O MPF descobriu transfe-
rência de R$ 74 mil de Helena Witzel para a conta pessoal do governador.
Por conta dessa suspeita, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pede reparação aos
cofres públicos no valor de R$ 1,1 milhão do governador do Rio de Janeiro.
A descoberta do esquema criminoso teve início com a apuração de irregularidades na con-
tratação dos hospitais de campanha, respiradores e medicamentos para o enfrentamento da
pandemia do coronavírus.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o governo do RJ estabeleceu um es-
quema de propina para a contratação emergencial e para liberação de pagamentos a organi-
zações sociais (OSs). Estas prestam serviços ao governo especialmente nas áreas de Saúde
e Educação.
Witzel, vale destacar, foi um dos maiores aliados de Jair Bolsonaro em sua eleição. Os
dois, contudo, romperam a aliança ainda nos primeiros meses de 2019, tornando-se, rapida-
mente, inimigos políticos.
Eleito em segundo turno, bradando um discurso “contra tudo que está aí”, com vantagem
de mais de 10 milhões de votos (55,13% dos votos válidos) sobre seu adversário Fernando
Haddad (PT), o capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro sai do baixo clero da Câmara
dos Deputados, na qual foi parlamentar por quase 30 anos, para se tornar (para surpresa de
muitos analistas políticos) o 380 presidente do Brasil.
E já em seu discurso de posse, Bolsonaro vocifera com a bandeira do país em punho que
“ela nunca mais será vermelha”, uma clara oposição ao PT – Partido dos Trabalhadores –,
que governou o país entre 2003-2016, com Lula e depois Dilma Rousseff.
Como primeira medida de governo, Bolsonaro forma um ministério mais enxuto – e com a
sua cara e preceitos. Ou seja, baseado no conservadorismo liberal. Reduzindo em 22 pastas
ministeriais principais (com Dilma havia chegado a 39 pastas), as principais novidades na
Esplanada são: a extinção do Ministério do Trabalho e a criação do Superministério da Eco-
nomia ao fundir o Ministério do Planejamento e Fazenda nessa pasta.
O núcleo ministerial mais radical (todos seguidores do autointitulado filósofo Olavo de
Carvalho) do Executivo, agora comandado por Bolsonaro, residia em um triunvirato ministe-
rial envolvendo o Ministério das Relações Exteriores (Ministro Ernesto Araújo, já demitido em
fins de Mar/2021), o da Família e dos Direitos das Mulheres (Ministra Damares) e o da Educa-
ção. Nesta última pasta, Abraham Weintraub, ex-Ministro da Educação, que havia assumido
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
o cargo em abril de 2019, após a demissão de Ricardo Velez, acabou saindo do governo em
meados de 2020. Para o seu lugar, assume em definitivo o Pastor Milton Ribeiro.
Bolsonaro, seguindo promessa feita em campanha (em que seu gesto mais simbólico
eram arminhas simuladas com as duas mãos), promove logo na largada de seu governo de-
cretos facilitando a posse de armas. Contudo, em maio de 2019, viu-se que suas pretensões
armamentistas estavam eivadas por inúmeras inconstitucionalidades. O Presidente chegou,
por meio de decreto personalista, a versar que fosse facilitada a posse de fuzis por parte da
população civil interessada. Porém, a abertura (e facilidades) por parte da população brasileira
para adquirir armas ainda segue para ser analisada mais profundamente em primeira instância
pelo Congresso Nacional.
Acerca de que se facilite a aquisição de armas de fogo para a população, premissa de cam-
panha que vem sendo arduamente perseguida por Jair Bolsonaro, tais medidas emanadas
pelo executivo federal desde a posse do atual Presidente vêm sofrendo um severo controle
por parte do Ministério Público Federal – órgão moderador que emanou uma série de ques-
tionamentos sobre isso. Destacou, por exemplo, em out/2019, via nota técnica, parecer em
que considera evidente que, ao flexibilizar-se a aquisição de armas por policiais, terá como
resultado uma enorme facilitação ao desvio de armas para milícias.
As tratativas acerca de flexibilizar o armamento para a sociedade civil seguem em curso, con-
tudo. Bolsonaro, em reunião ministerial divulgada em rede nacional, deixou claro perseguir a
intenção de armar toda a população (segundo suas próprias palavras). Os decretos arma-
mentistas que o Presidente emanou na entrada de 2021 são os mais sérios e contundentes
desde que assumiu o governo e vêm sendo analisados pelo Congresso Nacional, mas já pos-
suem vigor a partir de abr/2021.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Reforma da Previdência
No plano externo, o governo de Jair Bolsonaro se alinha, como há muito tempo não se via,
com os EUA. Seguindo (de forma nada velada) uma diretriz acima de tudo política, à medida
que o Presidente Bolsonaro, junto a seu ex-chanceler Ernesto Araújo (que ficou à frente do
Min. Rel. Exteriores de jan/19 a mar/21), se identificava enormemente com as plataformas
políticas adotadas por Donald Trump (Presidente dos EUA entre 2017-2020). Bolsonaro, em
sua primeira viagem oficial aos EUA, em fev/2019, volta de Washington oferecendo vanta-
gens aos turistas americanos, como isenção de custas para vistos a todos os americanos que
aqui desejassem desembarcar como turistas. Além disso, nessa mesma viagem, garantiu-se
a compra de trigo plantado nos EUA, com isenção de taxas alfandegárias por parte de nosso
país. Em contrapartida, Trump devolve apenas uma vaga sinalização de que apoiaria o ingres-
so brasileiro na enfraquecida Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômi-
co (OCDE), e ambos encerram os protocolos desta visita trocando entre eles camisas de suas
respectivas seleções de futebol.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
1. Socialismo
Bolsonaro abriu seu discurso dizendo que o Brasil “ressurge depois de estar à beira do so-
cialismo”. Ele fez duras críticas a Cuba, especialmente ao programa Mais Médicos, que levou
médicos cubanos para trabalhar no Brasil, e também à Venezuela.
Os cubanos deixaram o programa, iniciado durante o governo da ex-presidente Dilma Rou-
sseff, com o rompimento do acordo de colaboração por parte de Havana após a eleição de
Bolsonaro.
Meu país esteve muito próximo do socialismo, o que nos colocou numa situação de corrupção ge-
neralizada, grave recessão econômica, altas taxas de criminalidade e de ataques ininterruptos aos
valores familiares e religiosos que formam nossas tradições.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Segundo Bolsonaro:
A história nos mostra que, já nos anos 60, agentes cubanos foram enviados a diversos países para
colaborar com a implementação de ditaduras. Há poucas décadas tentaram mudar o regime brasi-
leiro e de outros países da América Latina. Foram derrotados!
Bolsonaro acrescentou que o Brasil está trabalhando com os Estados Unidos para que a “a
democracia seja restabelecida na Venezuela, mas também nos empenhamos duramente para
que outros países da América do Sul não experimentem esse nefasto regime”.
O Foro de São Paulo, organização criminosa criada em 1990 por Fidel Castro, Lula e Hugo Chávez
para difundir e implementar o socialismo na América Latina, ainda continua vivo e tem que ser com-
batido.
2. Economia
Não pode haver liberdade política sem que haja também liberdade econômica. E vice-versa. O li-
vre mercado, as concessões e as privatizações já se fazem presentes hoje no Brasil. A economia
está reagindo, ao romper os vícios e amarras de quase duas décadas de irresponsabilidade fiscal,
aparelhamento do Estado e corrupção generalizada. A abertura, a gestão competente e os ganhos
de produtividade são objetivos imediatos do nosso governo. Estamos abrindo a economia e nos
integrando às cadeias globais de valor. Em apenas oito meses, concluímos os dois maiores acordos
comerciais da história do país, aqueles firmados entre o Mercosul e a União Europeia e entre o Mer-
cosul e a Área Europeia de Livre Comércio, o EFTA. Pretendemos seguir adiante com vários outros
acordos nos próximos meses. Estamos prontos também para iniciar nosso processo de adesão à
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Já estamos adiantados,
adotando as práticas mundiais mais elevadas em todo os terrenos, desde a regulação financeira até
a proteção ambiental.
3. Amazônia
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Após a divulgação dos números, Bolsonaro demitiu o então Diretor-Geral do órgão, Ri-
cardo Galvão.
Em primeiro lugar, meu governo tem um compromisso solene com a preservação do meio ambiente
e do desenvolvimento sustentável em benefício do Brasil e do mundo. Nesta época do ano, o clima
seco e os ventos favorecem queimadas espontâneas e criminosas. Vale ressaltar que existem tam-
bém queimadas praticadas por índios e populações locais, como parte de sua respectiva cultura e
forma de sobrevivência. Problemas, qualquer país os têm. Contudo, os ataques sensacionalistas
que sofremos por grande parte da mídia internacional devido aos focos de incêndio na Amazônia
despertaram nosso sentimento patriótico. É uma falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da hu-
manidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que a nossa floresta é o pulmão do
mundo. Valendo-se dessas falácias, um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da
mídia e se portou de forma desrespeitosa, com espírito colonialista. Questionaram aquilo que nos é
mais sagrado: a nossa soberania.
Um deles por ocasião do encontro do G7 ousou sugerir aplicar sanções ao Brasil, sem se-
quer nos ouvir”, disse, em alusão indireta ao presidente da França, Emmanuel Macron.
Bolsonaro também reforçou que o Brasil “não vai aumentar para 20% sua área já demar-
cada como terra indígena, como alguns chefes de Estado gostariam que acontecesse”. Disse
ainda que os indígenas “são seres humanos, exatamente como qualquer um de nós”.
Também criticou o cacique Raoni Metuktire, do povo caiapó, liderança indígena de desta-
que internacional.
A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes alguns
desses líderes, como o cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangei-
ros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia.
Infelizmente, algumas pessoas, de dentro e de fora do Brasil, apoiadas em ONGs, teimam em tratar
e manter nossos índios como verdadeiros homens das cavernas.
Bolsonaro afirmou que a mentalidade colonialista não pode regressar à ONU e criticou
França e Alemanha.
Não podemos esquecer que o mundo necessita ser alimentado. A França e a Alemanha, por exem-
plo, usam mais de 50% de seus territórios para a agricultura, já o Brasil usa apenas 8% de terras
para a produção de alimentos. 61% do nosso território é preservado.
Segundo o presidente brasileiro, seu governo tem uma política de “tolerância zero para com
a criminalidade, aí incluídos os crimes ambientais”.
Ele disse que qualquer “iniciativa de ajuda ou apoio à preservação da Floresta Amazônica,
ou de outros biomas, deve ser tratada em pleno respeito à soberania brasileira”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Também rechaçamos as tentativas de instrumentalizar a questão ambiental ou a política indige-
nista, em prol de interesses políticos e econômicos externos, em especial os disfarçados de boas
intenções. Estamos prontos para, em parcerias, e agregando valor, aproveitar de forma sustentável
todo nosso potencial.
4. Criminalidade
O presidente brasileiro destacou a redução da criminalidade que, segundo ele, tem ocorri-
do em seu governo. “Hoje, o Brasil está mais seguro e ainda mais hospitaleiro”, afirmou.
Citou os quase 70 mil homicídios anuais no Brasil, dizendo que os policiais militares “eram
o alvo preferencial do crime”, sem citar o caso que na semana gerou comoção no Brasil da
menina Ágatha Félix, de oito anos, que foi atingida por um tiro e morta no Complexo do Ale-
mão, no Rio, por policiais.
Também disse que supostos “presidentes socialistas” que o antecederam no Brasil “des-
viaram centenas de bilhões de dólares comprando parte da mídia e do parlamento”.
E citou seu ministro da Justiça e Segurança Pública, o ex-juiz Sergio Moro, atribuindo a ele
o julgamento e punição dessas pessoas “graças ao seu patriotismo, perseverança e coragem”.
5. Ideologia
Na parte final de seu discurso, Bolsonaro investiu contra o que chamou de “sistemas ide-
ológicos de pensamento que não buscavam a verdade, mas o poder absoluto” e relacionou
isso ao ataque que sofreu durante a campanha, quando foi esfaqueado.
Afirmou que “a ideologia” teria se instalado “no terreno da cultura, da educação e da mídia,
dominando meios de comunicação, universidades e escolas”.
Também teria invadido “lares” para, em suas palavras, “investir contra a célula mater de
qualquer sociedade saudável, a família”.
“Tentam ainda destruir a inocência de nossas crianças, pervertendo até mesmo sua iden-
tidade mais básica e elementar, a biológica”, afirmou.
O presidente brasileiro destacou também o “politicamente correto” que, segundo ele, “pas-
sou a dominar o debate público para expulsar a racionalidade e substituí-la pela manipulação”.
“A ideologia invadiu a própria alma humana para dela expulsar Deus e a dignidade com que
Ele nos revestiu”, afirmou. Essa “ideologia”, segundo ele, deixou “rastro de morte, ignorância e
miséria por onde passou”.
E disse Bolsonaro que ele próprio foi “vítima”, quando foi esfaqueado por um “militante de
esquerda”. O então candidato à Presidência foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira, em
setembro de 2018.
O autor do crime foi detido e julgado incapaz de responder pelos próprios atos, porém se-
gue preso como um preso digamos “normal” na penitenciária de segurança máxima de Campo
Grande, no Mato Grosso do Sul (uma das 5 penitenciárias federais deste tipo no Brasil). Sua
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
defesa considera que Adélio foi considerado inimputável no julgamento do caso da facada,
tendo sido “absolvido impropriamente”, no jargão jurídico. Portanto, seu status não pode ser
considerado como preso, devendo ser levado a um hospital psiquiátrico.
Em set/2020, o Presidente volta a abrir a Conferência da ONU. Pela primeira vez, a As-
sembleia Geral das Nações Unidas foi realizada em um ambiente virtual, por causa da Co-
vid-19. Os líderes mundiais enviaram vídeos gravados com seus pronunciamentos para a 75ª
Assembleia Geral das Nações Unidas. Como tradição, o Brasil foi o primeiro a ser ouvido.
Em seu discurso, de quase 15 minutos, o Presidente da República, Jair Bolsonaro, la-
mentou as mortes provocadas pelo novo coronavírus e falou sobre as medidas adotadas
pelo Governo Brasileiro para enfrentar a doença. “Desde o princípio, alertei, em meu País, que
tínhamos dois problemas para resolver: o vírus e o desemprego, e que ambos deveriam ser
tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade”, disse.
O Presidente Bolsonaro também lembrou que, apesar da crise mundial, a produção rural
não parou, mantendo a preservação de matas nativas. “Nosso agronegócio continua pujante e,
acima de tudo, possuindo e respeitando a melhor legislação ambiental do planeta”.
Destacou ainda a política ambiental brasileira. “Os focos criminosos são combatidos com
rigor e determinação. Mantenho minha política de tolerância zero com o crime ambiental.
Juntamente com o Congresso Nacional, buscamos a regularização fundiária, visando identi-
ficar os autores desses crimes”.
Confira os principais temas do discurso do Presidente Jair Bolsonaro:
Covid-19: o Presidente ressaltou a importância de combater o novo coronavírus e o desem-
prego. Para isso, o Governo Brasileiro implementou medidas econômicas para o pagamento de
um auxílio emergencial a 65 milhões de pessoas, além disso destinou mais de 100 bilhões de
dólares para ações de saúde, socorro a pequenas e microempresas, assim como compensou
a perda de arrecadação dos estados e municípios.
Produção rural: mesmo com a crise do novo coronavírus, o Presidente Bolsonaro ressaltou
que a produção rural não parou, e que os caminhoneiros, marítimos, portuários e aeroviários
mantiveram ativo todo o fluxo logístico para a distribuição interna e a exportação.
Meio Ambiente: o Presidente Bolsonaro ressaltou a tolerância zero com crimes ambientais
e que o Brasil é líder em conservação de florestas tropicais com a matriz energética mais limpa
e diversificada do mundo. Segundo o Presidente, o País está ampliando e aperfeiçoando o emprego
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Por fim, em relação à política externa brasileira, dois pontos devem ser destacados. O primeiro
reside na formação de um amplo ACORDO ECONÔMICO ENTRE MERCOSUL - UNIÃO EURO-
PEIA, uma costura que se encontra bastante abalada, em fase de quase término de relações,
bem verdade, após ter caminhado em céu de brigadeiro ao longo de 2018, até os primeiros
meses de 2019. E não podia ser diferente: houve por parte de nossa política externa uma falta
de maturidade e consenso, relacionado ao direcionamento de nossa política externa acerca de
temas tão sensíveis, tais quais o meio ambiente e os direitos humanos. Tal promoção de um
discurso “soberanista” e as viradas de costas por parte de nosso governo frente às exigências
emanadas por potências europeias na defesa, principalmente da Amazônia, repercutiram gra-
vemente no acordo econômico em tela.
Nessa entrada de nova década (2021), o escopo de negociações (e recentes rusgas e frus-
trações) não poderia ser pior. O Parlamento Europeu aprovou, em 7 de outubro de 2020, uma
resolução que manifesta oposição à ratificação do acordo comercial entre União Europeia e
Mercosul por preocupações exatamente com a política ambiental no Brasil.
Aprovado por 345 votos a favor, 295 contra e 56 abstenções, o texto diz que nosso país vai con-
tra os “compromissos feitos no Acordo de Paris, particularmente no combate ao aquecimento
global e na proteção da biodiversidade” (ler, nesta mesma aula, sobre o tema Acordo de Paris).
O alerta consta, na verdade, como emenda a um relatório de 2018 sobre as políticas comer-
ciais do bloco. O documento concluía que a integração com os sul-americanos teria o poten-
cial de diversificar as cadeias produtivas da Europa e poderia criar um mercado conjunto de
aproximadamente 800 milhões de habitantes.
Outro ponto (um segundo) importante em relação à política externa brasileira diz respeito a
uma completa blindagem do Itamaraty frente a conversas com países que se autodeterminam
como sendo de esquerda, com exceção à China, embora as relações com o gigante oriental
comunista não sejam as melhores também.
Chega-se ao exagero de praticamente ter se anulado qualquer contato entre os presidentes
do Brasil, Jair Bolsonaro (de direita) e Alberto Fernandez (de direita).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, do primeiro dia de governo de Jair Bolsonaro (1
de janeiro de 2019), até os últimos dias de mar/2021, foi o diplomata Ernesto Araújo, um bas-
tião de uma política externa fortemente baseada em uma ideologia de direita. Araújo não se
eximia em deixar claro ao que viera: representar uma fissura em torno de paradigmas e agen-
das impressas, sustentando a ferro e fogo o discurso do conservadorismo e antiglobalista.
Em relação ao antiglobalismo, Ernesto Araújo se posicionou de forma contundente com vis-
tas à promoção de uma ruptura frente a noções consolidadas pelas relações internacionais
em termos globais (ou seja, o globalismo), tais quais o aquecimento global vetorizado por
atividades antrópicas (que ele chama, ridicularizando, como um “climatismo”) e as ações
conjuntas globais em defesa da Amazônia.
Por fim, quem assume nos primeiros dias de abril de 2021 a pasta como novo chanceler de
Jair Bolsonaro é o diplomata Carlos Alberto Franco França, que afirmou, ao tomar posse, que
o serviço diplomático do Brasil no exterior trabalhará por uma “verdadeira diplomacia da saú-
de” com vistas a conseguir vacinas e medicamentos necessários para o enfrentamento da
pandemia da Covid-19 no país.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/03/03/desempenho-do-pib-do-brasil-em-2020-supera-o-de-la-
tinos-e-europeus-mas-pais-deve-ficar-para-tras-este-ano.ghtml
Findada a década de 11-20 (e lembrando que uma década só termina ao fim do último ano
com 0), encerramos a nossa pior década desde os anos 1900 em termos de crescimento (PIB)
econômico. Sim, isso mesmo, caro(a) aluno(a). Em 120 anos, a década de 2010 foi a nossa
verdadeira “década perdida”, sendo pior até que a década de 1980 – outra década que recebeu
esta alcunha de “perdida” também em função das perdas econômicas. Sendo assim, caro(a)
aluno(a), para questões de Concurso que abordem o cenário de crescimento econômico em
panoramas gerais no Brasil, fique atento(a) quando afirmarem ter sido a década passada (11-
20) a nova década perdida, pois os resultados já consolidados, de fato, confirmam plenamen-
te tal assertiva, ok?
E sem querer me estender muito em torno da análise de números, caro(a) aluno(a), mas
é de suma importância analisar, de forma prática e resumida, alguns indicadores acerca dos
cenários mais atualizados de nossa economia. Portanto, observe abaixo o comportamento
dos indicadores de crescimento do PIB nacional agrupado por décadas (não precisa decorar
os números, e sim entender os contextos, ok?). Em 12 décadas, de fato, a pior em termos de
crescimento do PIB foi exatamente a que se encerrou no dia 31 de dezembro de 2020.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/03/03/com-recessoes-e-pandemia-pib-do-brasil-tem-pior-de-
cada-em-120-anos.ghtml
A recessão econômica de 2020, associada aos nossos fracos desempenhos de anos ante-
riores e uma economia que não consegue sustentar níveis duradouros de crescimento de seu
PIB, rebaixou nosso país nesta entrada de década entre o ranking das maiores economias glo-
bais. Entre os anos de 2012 e 2020, descemos, simplesmente, de um patamar em que éramos
a 7ª maior economia do mundo (2012) para, atualmente, ocupar a 12ª posição.
Nossa política econômica nesta década que inicia precisa recuperar a força do crescimen-
to econômico de forma consistente, perseguindo indicadores robustos. Novamente conseguir
atingir indicadores de crescimento do PIB que possam, além de retomar o crescimento do PIB
(que esteve em alta, entre 2017-2019, mas a níveis modestos), projetar-se em patamares com-
patíveis a nosso imenso potencial.
A retomada do crescimento não deve se apequenar em torno de indicadores minúsculos (e
frustrantes) e que mal conseguem superar o crescimento anual de nossa própria população,
hoje em torno de 0.7%/ano.
Ou seja, devemos buscar crescer ao menos acima de 2.5% a 3% ao ano. Somente assim,
haverá distribuição de riqueza, incremento na renda per capita, além de vermos de volta um
cenário de nossa política econômica em que o rol de certezas, consiga, finalmente, superar o
das incertezas.
O Brasil não pode mais carregar a pecha (e tal carga vem de longa data, diga-se de pas-
sagem) de ser uma perfeita representação de ter uma economia do tipo “ioiô” – alusão a um
brinquedo que subirá, mas invariavelmente descerá de novo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
A produção de valor dentre os 3 setores tradicionais – serviços (terceiro setor), indústria (se-
gundo setor) e agropecuária (primeiro setor) – se distribui da seguinte forma no Brasil em
2021, em números aproximados:
• Serviços: 75%
• Indústria: 20%
• Agropecuária: 5%
Obs.: um pouco mais à frente nesta aula falaremos sobre o corrente processo de desindus-
trialização e a produção de valor no agronegócio (de forma resumida), temas também
muito importantes em Atualidades.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
de portos e ferrovias em curso até 2022 (inclusive muito importante que acompanhem tais
iniciativas sobre este assunto, caro(a) aluno(a)). E devem ser levadas a cabo também, ainda
neste mandato do Presidente Jair Bolsonaro, as Reformas Tributária e Administrativa.
Em suma, a nossa economia na entrada desta nova década vem enfrentando os desafios
relativos a um deficit fiscal imenso (veremos sobre este tema um pouco mais abaixo) e de
uma baixa taxa de crescimento econômico (tal qual vimos acima). Estes são, sem dúvida, os
nossos maiores desafios não só para o ano de 2021, mas também para os anos seguintes.
Sigamos então!
O que é neoliberalismo?
Fonte: https://www.politize.com.br/neoliberalismo-o-que-e/
O termo neoliberalismo já era registrado em alguns escritos dos séculos XVIII e XIX, mas
começou a aparecer com mais força na literatura acadêmica no final dos anos 1980, como
uma forma de classificar o que seria um ressurgimento do liberalismo como ideologia pre-
dominante na política e economia internacionais. A ideia é que, durante um certo período de
tempo, o liberalismo perdeu predominância para o keynesianismo, inspirado pelo trabalho de
John Maynard Keynes, que defendeu a tese de que os gastos públicos devem impulsionar a
economia, especialmente em tempos de recessão. Keynes era favorável ao Estado de bem-es-
tar social.
A partir dos anos 1970, o mundo passou a vivenciar um declínio do modelo do Estado de
bem-estar social, o que deu espaço para que ideias liberais aos poucos voltassem a ter pre-
ferência na política. Uma das primeiras experiências consideradas neoliberais no mundo foi
levada a cabo pelo Chile. Em 1975, o ditador chileno Augusto Pinochet entrou em contato com
acadêmicos da Escola de Chicago, que recomendaram medidas pró-liberalização do mercado
e diminuição do Estado. Entre tais medidas, estavam a drástica redução do gasto público,
demissão em massa de servidores públicos e privatização de empresas estatais. As eleições
de Margareth Thatcher no Reino Unido e de Ronald Reagan nos Estados Unidos no início dos
anos 1980 também foram indicativos desse fenômeno. Ambos são considerados até hoje lí-
deres neoliberais.
Mas o conjunto mais claro de ideias chamadas de neoliberais veio no ano de 1989, quando
o economista John Williamson publicou um artigo apresentando um conjunto de regras eco-
nômicas acordadas por economistas de grandes instituições financeiras. Essas regras, que
ficariam conhecidas como Consenso de Washington, seriam o mínimo denominador comum,
os pontos com que todas as principais instituições financeiras do mundo concordavam. Nos
anos seguintes, esse ideário neoliberal orientaria a elaboração das políticas econômicas re-
comendadas por grandes agências internacionais e, de fato, foram implementadas em vários
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
países em desenvolvimento a partir do início dos anos 1990 – inclusive no Brasil. O conjunto
de regras neoliberais seria:
• disciplina fiscal;
• redução dos gastos públicos;
• reforma tributária;
• juros de mercado;
• câmbio de mercado;
• abertura comercial;
• investimento estrangeiro direto;
• privatização de empresas estatais;
• desregulamentação (flexibilização de leis econômicas e trabalhistas);
• direito à propriedade intelectual.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
(cujo objetivo é trazer rigor à disciplina fiscal no setor público) e adotou o tripé macroeconômi-
co, que coloca ênfase no superavit primário (ou seja, contenção de gastos para gerar economia
para o pagamento de juros da dívida pública), além de tornar o câmbio flutuante, definido pelo
mercado. A política do tripé macroeconômico continuou a ser seguida durante o governo Lula,
entre 2003 e 2010. Também no governo Lula foram feitas diversas concessões (negociação
semelhante à privatização) de infraestrutura à iniciativa privada, como rodovias federais.
Um artigo de maio de 2016, assinado por dois economistas do próprio FMI, chamou a
atenção justamente por questionar a eficiência do receituário neoliberal. Eles afirmam que em
alguns casos, em vez de entregar crescimento econômico, medidas neoliberais aumentaram a
desigualdade e prejudicaram um crescimento duradouro.
Segundo os autores, dois aspectos do neoliberalismo podem acabar desequilibrando a
trajetória de crescimento econômico de países que adotam tais medidas:
• livre movimento de capitais;
• a austeridade fiscal (redução da dívida pública e do tamanho do Estado).
No longo prazo, essas medidas podem causar instabilidades e também aumentar a desi-
gualdade de renda, o que acaba minando o crescimento econômico – que é o grande objetivo
de medidas neoliberais. Essa visão, apesar de ter sido compartilhada por economistas do FMI,
não reflete o posicionamento da instituição como um todo, mas mostra que, mesmo nessa
organização, há divergências sobre sua eficiência.
A controvérsia sobre a eficácia do neoliberalismo em melhorar a situação de países em
desenvolvimento continua em aberto, visto que muitos economistas discordam desse conjun-
to de medidas econômicas. De qualquer forma, é importante entender que o neoliberalismo é
uma doutrina econômica que continua a influenciar muitas decisões de políticas públicas no
Brasil e no mundo.
TEXTO COMPLEMENTAR
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
A Reforma Administrativa
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Atualmente, vale o destaque: os gastos com servidores são crescentes e se tornam chave
para correções orçamentárias, ainda mais se levando em conta o tamanho do rombo orça-
mentário nacional que já dura 7 anos fiscais. Este representando mais de 12% do orçamento
federal, indicador proporcionalmente superior ao de países desenvolvidos.
O Agronegócio e a Desindustrialização
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
A Desindustrialização
Dentro desse processo desindustrializante, ocorre, também, quase que uma completa nu-
lidade em termos de iniciativas locais com vistas à consolidação de marcas nacionais. E para
piorar, percebe-se a pressão sobre nossos produtos aqui fabricados de similares chineses bem
mais baratos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O Brasil, em 2021, segue se desindustrializado de forma radical (vide a saída Ford do país,
por exemplo). Inclusive, é muito provável que atualmente o Brasil seja em termos globais o
país que mais rápido vem se desindustrializando.
As contas públicas nacionais combalidas, e sem fechar no azul desde 2014, permanece-
ram em 2019 em situação de deficit primário, completando, assim, o quinto ano seguido de
deficit em contas públicas, sendo que, para 2019, houve a manutenção deste deficit em torno
de 90 bilhões de reais. Para 2020, enormemente influenciado pelos gastos no combate à
Covid-19 e, principalmente, no auxílio emergencial, o deficit foi quase 10 vezes maior que o
anterior, chegando à casa dos 750 bilhões de reais.
O deficit primário é o saldo do que o governo arrecada, pelo que ele gasta, excetuados os
pagamentos de juros das dívidas. Ou seja, o Brasil gasta mais que arrecada desde 2014.
Acompanhe a série de deficit, iniciada em 2014:
Em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/01/29/no-6º-ano-seguido-de-deficit-contas-do-governo-regis-
tram-rombo-de-r-95-bilhoes-em-2019.ghtm
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Em 2020, o deficit saltou para 750 bi. aproximadamente. Esse resultado crítico possui rela-
ção estreita com os esforços relacionados ao combate à epidemia de Covid-19, principalmente
o auxílio emergencial (primeira fase de R$ 600), que teve custo aproximado de 300 bi. de reais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Temas de Atualidades
TEXTO COMPLEMENTAR
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Até o início de novembro de 2019, uma pessoa poderia ir para prisão logo após a
condenação em 2ª instância. Então, se o juiz de 1ª instância condenasse o cidadão e,
após recorrer na 2ª instância, o juiz o condenasse novamente, a pessoa já iria presa.
O fato é que o condenado ainda poderia recorrer na 3ª instância, como no caso de
Lula e de vários figurões (empresários e políticos) condenados pela Lava Jato, mas
iria aguardar esse julgamento preso. Porém, entre idas e vindas em suas súmulas
(tais quais ocorridas em 2016, quando, por duas vezes, decidiu o Superior Tribunal
pela prisão já em segunda instância), o STF muda seu entendimento e, por 6 votos a
5, decide que a pessoa só poderá ser presa após a condenação nas 3 instâncias. Ou
seja, agora uma pessoa só pode ser presa após ver esgotado todos os seus recursos,
com exceção, claro, de mandados de prisão provisória e preventiva. Lula, o ex-pre-
sidente, havia sido condenado em 2ª instância e, por isso, estava preso, mas, após a
mais recente mudança, não é mais. Então, por isso, ele foi solto e recorre em liberdade.
Por fim, vale destacar dois pontos. O primeiro, extremamente importante, diz res-
peito ao fato de que tal matéria é, em tese, da alçada decisória do Congresso Nacio-
nal. O STF sumulou porque o momento suscitou, e quer queiramos, ou não, a prisão
em segunda instância estava em desconformidade ao que reza a Constituição. Sendo
assim, lembrando possuir o STF o papel precípuo de defensor de nossa Carta Magna,
para que volte a ocorrer a prisão em segunda instância, o procedimento correto, e que
irá dirimir uma série de polêmicas, é exatamente se promover a discussão no Congres-
so Nacional com vistas a se aprovar uma Emenda Constitucional. Tal papel, o Con-
gresso deve desempenhar ainda em 2020. Por fim, o ex-presidente Lula pode recorrer
em liberdade, tal qual vimos, contudo não pode se candidatar a nenhum cargo eleti-
vo, pois a Lei da Ficha Limpa impede aqueles que já possuem uma condenação em
segunda instância a concorrer a qualquer tipo de mandato eletivo.
A Operação Lava Jato foi deflagrada oficialmente em março de 2014 pela Justiça Federal
em Curitiba, com apoio da Polícia Federal, iniciando, assim, a primeira fase daquela que se tor-
naria a maior operação anticorrupção da história do Brasil.
A operação possui primeiras instâncias em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo, com esfe-
ras recursais nos TRF-4 de Curitiba e TRF-2 do Rio de Janeiro e Tribunais Superiores em Brasília.
Baseada na Operação Mãos Limpas, realizada na Itália nos anos 1990, e sob o arbítrio do
Juiz Sergio Moro, em suas preliminares, foram investigadas (e depois processadas) quatro
organizações criminosas lideradas por doleiros – figuras operadoras do mercado paralelo de
câmbio que possuem condições de lavar o dinheiro sujo com mais facilidade. Estes doleiros
tinham postos de gasolina, inclusive sendo proprietários de um dos maiores postos de Brasília,
bem no centro da cidade (por isso, o nome Lava Jato). Logo em seguida, o Ministério Público
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Federal recolheu provas e concluiu por um imenso esquema criminoso de corrupção envolven-
do a Petrobras, partidos centrais da base vencedora das campanhas presidenciais de 2010 e
2014 (leia-se PT, PMDB e PP) e uma série de políticos de diversas esferas, inclusive do PSDB,
partido que era, diga-se de passagem, epicentro da oposição.
Vale destacar que a maior vítima da corrupção, segundo o MPF, foi a Petrobras.
E vale a curiosidade, a Lava Jato lançou em suas fases nomes engraçados: 7ª fase, ou Ju-
ízo Final, a 9ª denominada My Way, a 10ª chamada Que País é Esse, ou a 17ª e 18ª chamadas
de Pixuleco I e II, respectivamente. Por fim, Gabriela Hardt atualmente substituiu o juiz Sergio
Moro, quando este virou Ministro da Justiça, tornando-se aos 43 anos a Juíza titular da 13ª
Vara Federal de Curitiba.
Em 2021, após mais de 74 fases a fim de assegurar estabilidade e caráter duradouro ao
trabalho, a sistemática da força-tarefa é incorporada aos Grupos de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (Gaecos).
TEXTO COMPLEMENTAR
Moro e os Hackers
A PF deflagrou uma operação em meados de 2019 que puxa, ao que tudo indica, o
fio da meada que pode levar à descoberta de uma organização criminosa especializa-
da em captura de informações em aplicativos de e mensagens.
A operação Spoofing prendeu 3 homens em fins de jul/2019 (sendo um deles, inclu-
sive, DJ) e uma mulher, acusados de serem os responsáveis por acessos a celulares de
gente graúda, como os Ministros da Justiça e Economia Sergio Moro e Paulo Guedes
e até o próprio presidente Jair Bolsonaro. Bolsonaro, com seu jeito sem rédeas, decla-
rou: “Não estou nem um pouco preocupado se, porventura, algo vazar aqui do meu
telefone. Não vão encontrar nada aqui que me comprometa”. Já Sergio Moro levou a
ferro e fogo, pois os Hackers estariam capturando mensagens entre ele, quando ainda
era Juiz titular da Lava Jato, e procuradores da própria Lava Jato. Tais mensagens,
obtidas pelo site Intercept e divulgadas gradualmente em parte de seu conteúdo, tanto
pela revista Veja, como pelo jornal Folha de São Paulo, mostram o ex-juiz e ex-minis-
tro da Justiça em deliberada atuação que fere os princípios da magistratura, orien-
tando procuradores sobre estratégias de investigação, coleta de provas e tomada de
depoimentos em processos. Caso sejam comprovados tais atos por parte de Moro,
será uma mácula inequívoca frente aos trabalhos da Lava Jato.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
TEXTO COMPLEMENTAR
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 53 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
TEXTO COMPLEMENTAR
Moro e a Crise Política
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 54 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
o acusam ser o mentor intelectual no afrouxamento nas punições que a (sua) Operação
Lava Jato poderia (deveria) ter promovido acerca de ilícitos também cometidos por
vários outros caciques da política nacional de outras agremiações partidárias que não
apenas o PT, e do grupo aliado peemedebista. Moro prende Lula, Zé Dirceu, Sérgio
Cabral e Eduardo Cunha (este último um inimigo figadal de Dilma Rousseff), mas vira
descaradamente as costas aos ilícitos cometidos por Aécio Neves, Geraldo Alckmin
e toda uma cepa de políticos do PSDB nitidamente envolvidos nos atos de corrupção
que a própria Lava Jato concluiu.
No exercício de função como ministro, Moro perde uma queda de braço já na lar-
gada, ao ver a Coaf – Conselho de Controle de Atividades Financeiras – se despe-
dir de sua pasta e rumar, contra a sua vontade, para a gerência de Paulo Guedes no
recentemente reestruturado Superministério da Economia (o qual fundiu o Ministério
do Planejamento). Em seguida, Moro tem de aceitar a decisão do STF que determina a
ilegalidade (outra pauta em que Moro se colocava declaradamente em oposição) das
prisões em segunda instância. Lula, seu algoz, sai da cadeia de imediato em função da
decisão sumulada em novembro de 2019 (ver Texto Complementar).
16 meses após sua posse como Ministro da Justiça e deixando claro sua inten-
ção, sempre que possível, de chegar ao STF por indicação do seu chefe, o Presidente
Jair Bolsonaro, ruídos entre o mandatário e o subordinado ocasionam a demissão do
Diretor-Geral da Polícia Federal, o delegado Maurício Valeixo, homem de confiança
de Moro. Na verdade, o fato é que o Presidente Jair Bolsonaro, como sempre, sem o
menor polimento, apenas avisa a Moro (isso após o Ministro ter experimentado várias
perdas de força) de sua decisão unilateral de troca no comando da Polícia Federal. Era
a gota d’água de uma relação que, sabia-se em todo meio político de Brasília, jamais
fora pacífica. A força da caneta Bic presidencial de Bolsonaro impôs a Moro mais uma
derrota no âmbito de sua esfera de atuação. Assim, como um desfecho triste de um
romance (pouco duradouro), Moro pede demissão e sai magoado, levando consigo um
pedaço considerável do que resta do “bolsonarismo”. Mas ele cai atirando, ao afirmar
categoricamente em coletiva que o governo de seu ex-chefe buscara, por meio da Polí-
cia Federal, e de outros órgãos, promover uma gerência absoluta sobre as investiga-
ções do órgão. Moro destaca considerar tal ingerência um absurdo frente à autonomia
prevista legalmente nas investigações no âmbito da Polícia Federal.
Ao deixar o ministério, em mesma coletiva, o ex-ministro chega a destacar que nem
em governos anteriores, tal qual dos presidentes Lula e Dilma (os quais o magistrado
à sua maneira contribuiu diretamente em derrubar), houve ação tão escancarada dire-
cionada por parte do chefe do executivo federal com vistas a influir sobre a autonomia
de investigações garantidas pela constituição.
Por fim, associado à saída de Moro e também às recentes saídas de dois Ministros
da Saúde em menos de um mês, os médicos Luiz Mandetta e Nelson Teich, e tudo isso
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 55 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
TEXTO COMPLEMENTAR
Bolsonaro versus o STF
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 56 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Bom, visto tal preâmbulo sobre a mais importante corte do país, o qual serve a
auxiliar-nos em nossa matéria e, também, muito importante para outras disciplinas,
tal qual o Direito Constitucional, vamos agora falar sobre os pontos em Atualidades
mais importantes sobre a atuação do STF; e onde residem celeumas graves que con-
frontam o Superior Tribunal e o Executivo, mais precisamente na figura do atual Presi-
dente Jair Bolsonaro, “talquei”?
Desde que assumiu a Presidência, em 2019, Bolsonaro dispara deliberadamen-
te contra o que menciona considerar ser “uma ditadura do STF”. Mas o que o Chefe
do Executivo nacional busca ao se lançar abertamente contra a instância máxima do
Judiciário brasileiro?
Vamos lá, e é mais simples do que parece, então sigamos:
Bolsonaro acredita, de modo inequívoco, que a atuação do STF visa inviabilizar
seu governo de todas as formas. Ele já declarou isso a interlocutores próximos. Suas
pautas de costumes, tais quais liberalização de armas a ponto em que, em tese, possuir
fuzis e armas de grosso calibre sejam possíveis a “qualquer cidadão de bem”, como o
próprio presidente sempre destaca, vêm sendo, ao longo destes primeiros anos do seu
governo, tolhidas pela corte suprema. Esse é só um exemplo. Outras emanações de
Bolsonaro, encampadas por seu séquito, também são compelidas a ferro e fogo pelo
STF. Vejamos algumas destas abaixo:
1 – O STF E OS ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS (Tema ultraimportante em Atualidades
em 2021!!!)
A atuação do STF nesses anos de governo Bolsonaro vem expondo uma clara
orientação de combate a quaisquer manifestações antidemocráticas por parte dos
cidadãos e, principalmente, funcionários públicos e parlamentares. Para alguns, tal
disposição da suprema corte é intransigente; para outros e, inclusive, lógico, para o
próprio STF, trata-se apenas resguardar o estado democrático de direito. Exemplos de
ações severas e contundentes por parte da corte sobre pessoas e grupos que saíram
em defesa de pautas consideradas “antidemocráticas” foram as prisões da ativista
Sara Winter, em 2020, e, mais recentemente, do deputado declaradamente bolsona-
rista Daniel Silveira. Daniel, desde que entrou em sua primeira legislatura em 2019,
deixou claro que sua intenção era causar. Ao longo da campanha, em que foi eleito
pelo PSL no Rio de Janeiro (ex-partido de Bolsonaro), partiu ao meio uma placa de rua
em homenagem à vereadora morta a tiros, Marielle Franco, em um crime ainda sem
condenados. Silveira, um ex-cobrador de ônibus e também um ex-policial militar do
Rio de Janeiro, foi preso em flagrante (após desafiar o STF a prendê-lo) por crime ina-
fiançável em meados de fev/2021, após divulgar em rede social vídeo no qual defende
o AI-5 — instrumento mais duro da ditadura militar — e a destituição dos ministros do
Supremo Tribunal Federal, o que é inconstitucional em um dos poucos casos de ilícito
que, de fato, a Constituição não veda a prisão em rito sumário de um parlamentar .
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Logo em mar/2021, sua prisão foi substituída por prisão domiciliar com monitora-
mento por tornozeleira eletrônica.
2 – O IMPEACHMENT DE MINISTRO(S) DO STF
O presidente Jair Bolsonaro em 2021 se lançou com vistas a dar ensejo, de forma
inédita em nossa história recente, ao impeachment de um ministro do STF, no caso em
tela, Alexandre de Moraes. O impeachment de um Ministro do STF é um movimento
possível, mas o rito é complicado (tal qual vimos no início deste texto complementar,
envolve a atuação do Senado Federal) e, após uma discussão que desgastou mais
ainda a relação entre o Tribunal e o Chefe do Executivo Federal, o STF, por meio do voto
do Ministro Kássio Nunes Marques, ministro este escolhido pelo próprio Bolsonaro em
2020 para assumir uma cadeira no tribunal, sentenciou em sua relatoria sua oposição
frente à abertura de processo de impedimento do Ministro Moraes, enterrando de vez
este assunto. No Senado, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) cria uma lista
tríplice na qual o presidente da República teria que basear sua escolha de quem ocu-
paria as próximas cadeiras de Ministro do STF.
3 – O INQUÉRITO DAS FAKE NEWS
Iniciado em 2019, ou seja, poucos meses após Bolsonaro tomar posse, um inqué-
rito encampado por Alexandre de Moraes, Ministro do STF (processo feito, é bem ver-
dade, sem qualquer aval da Procuradoria-Geral da República, o que surpreendeu muita
gente e gerou desconforto no meio político e jurídico), em mais de 10.000 páginas,
identificou uma rede imensa de apoiadores de Bolsonaro que promove ações explíci-
tas de ódio contra a corte suprema, sugerindo, inclusive, a morte de Ministros, entre
outros pontos. O chamado “inquérito das fake news”, além de identificar uma rede
imensa de apoiadores anônimos do Presidente e sua rede de ações de todos os tipos
na internet contra o STF e a democracia (em que a maioria dos inquiridos deixa explí-
cito ser a favor do retorno da ditadura militar buscando defender argumentos, tais
quais como sendo a liberdade associada à ditadura, e a democracia como uma prisão),
cravou haver a participação de políticos, tais quais o próprio filho do Presidente, Carlos
Bolsonaro e o ex-ministro da educação Abraham Weintreaub, que defendeu a prisão
de ministros do STF e saiu (para alguns, ele fugiu mesmo) do país dois dias depois de
deixar a pasta. O mesmo inquérito identificou também a participação nestes atos do
dono da loja Havan, Luciano Hang, e mandou prender o jornalista declaradamente bol-
sonarista Oswaldo Eustáquio. Oswaldo era um militante conhecido nas redes sociais
que havia defendido o fechamento do Congresso ou do Supremo. De acordo com as
investigações, ele é suspeito de financiar manifestações ao longo dos anos de 2019 e
2020 que ocorreram em Brasília e que contaram também com a participação de Sara
Winter, presa também pelo STF por razões parecidas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
4 – LULA E O STF
O ex-presidente Lula, maior rival de Jair Bolsonaro, obteve ao longo dos últimos
dois anos algumas vitórias importantes com as graças do STF. Primeiro foi solto após
cumprir mais de 500 dias de prisão por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção
passiva, à medida que o tribunal jogou na ilegalidade sua prisão após sumular serem
ilegais prisões no caso de seus crimes em 2ª instância. (Ver texto complementar: Lula
Livre e a Prisão em Segunda Instância nesta mesma aula.)
Por fim, na entrada do mês de abr/2021, o ex-presidente Lula (2003-2010) recebeu
um salvo conduto da Suprema Corte para concorrer às eleições de 2022, quando a
Corte decidiu por 8 votos a 3 que o processo de condenação de Lula levado a cabo pela
Justiça Federal de Curitiba era irregular por incompetência territorial. Ou seja, Sergio
Moro, e seus juízes que o acompanhavam, não possuía competência para julgá-lo. O
processo de apenação de Lula, nos crimes nos quais já havia sido julgado, retorna à
estaca zero e Lula passa a ser potencial concorrente nas eleições de 2022.
O crime existe, e isso aí nós temos que fazer o possível para que esse crime não aumente, mas nós
tiramos dinheiros de ONGs. Dos repasses de fora, 40% ia para ONGs. Não tem mais. Acabamos
também com o repasse de dinheiro público. De forma que esse pessoal está sentindo a falta do
dinheiro.
O Presidente Jair Bolsonaro, é bem verdade, não apresentou provas que sustentassem
sua afirmação. Motivado por um relatório governamental que recebera, o qual denunciava
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
irregularidades em uma gama de repasses para ONGs que lidam com saúde indígena, uma
semana depois reiterou sua posição de completa oposição às atividades das Organizações.
No Congresso Nacional, cresce também a intenção por parte dos parlamentares de se criar
uma CPI das ONGs com vistas a se detectar qual o uso de recursos e influência estrangeira
destas instituições no Brasil e, principalmente, na Amazônia.
Vale destacarmos que tais posturas como a de Bolsonaro – desconfianças em relação ao
trabalho de ONGs – não são uma particularidade deste governo que tomou posse em 2019.
Houve, por exemplo, ao longo da administração de Luiz Inácio Lula da Silva, também discursos
de que a atuação das ONGs precisava ser vigiada de perto. “Grande parte dessas ONGs não
está a serviço de suas finalidades estatutárias”, afirmou, por exemplo, o então Ministro da Jus-
tiça, Tarso Genro, em 2008. “Muitas delas escondem interesses relacionados à biopirataria e à
tentativa de influência na cultura indígena, para apropriação velada de determinadas regiões,
que podem ameaçar, sim, a soberania nacional” disse o comandante-geral da Amazônia na
mesma época, General Augusto Heleno, um crítico enfático da política indigenista do governo
Lula, por ele vista como: “lamentável, para não dizer caótica”.
Mas qual é o perfil das ONGs na Amazônia?
Para responder este questionamento em tela, me basearei inicialmente e, é importante
fazermos este recorte, em matéria publicada pelo Nexo Jornal, um veículo de jornalismo ele-
trônico brasileiro que publica textos jornalísticos multidisciplinares sobre política, economia,
acontecimentos internacionais, cultura, ciência e saúde, tecnologia, arte e outros temas, em
perspectiva de contextualização (jornalismo de contexto), além da cobertura factual, inte-
ratividade com dados e recursos multimídias, que se encontra inserido como parte da Slow
Media (mídia vagarosa, em tradução livre), em que se declara preconizador de um jornalismo
reflexivo e de profundidade como veículo da mídia independente brasileira.
Sigamos então, ok?
Com base em matéria publicada pelo Nexo Jornal de 1º/09/2019 intitulada Qual o papel das
ONGs ambientais na Amazônia (em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/09/01/
Qual-o-papel-das-ONGs-ambientais-na-Am%C3%B4nia), um levantamento do IPEA – Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada – sobre as ONGs brasileiras indica que há 102.080 organi-
zações da sociedade civil com sede em municípios da Amazônia Legal. Esta imensa estimati-
va, contudo, difere radicalmente dos números que o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – revela: 15.919 apenas.
Pelo IPEA, 12,4% das ONGs do Brasil são sediadas em municípios da Amazônia Legal (área
do planejamento estatal que envolve todos estado da Região Norte, mais o Mato Grosso e
parte do Maranhão). E são diversas as áreas de atuação de ONGs na Amazônia. Outro levanta-
mento do IPEA demonstra que quase metade (49,9%) das ONGs atua em “defesa de direitos e
interesses”, nomenclatura abrangente a qual inclui associações de moradores, centros comu-
nitários e organizações de defesa de direitos de grupos de minorias, meio ambiente e proteção
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 60 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
animal. ONGs desse tipo também são majoritárias (41,3%) no restante do país. Na Amazônia,
a atuação pode se traduzir em ações de vigilância ambiental, capacitação de povos indígenas
para a agricultura, assistência à saúde e projetos de educação, entre outras atividades. Dessas
ONGs, 422 são de defesa do meio ambiente e proteção animal. “A atuação das ONGs ajuda as
populações indígenas, ribeirinhas, extrativistas a conhecer melhor seus direitos sociais”, disse
ao Jornal Nexo Ageu Lobo, beiradeiro e presidente da Associação de Moradores das Comuni-
dades de Montanha e Mangabal, localizada na região de Itaituba, Pará. “Ajudam os povos nas
aldeias e comunidades com oficinas que realizam e ajuda as pessoas a irem até as cidades
para cobrar seus direitos”.
Atuando na Amazônia ao menos desde a década de 1960, as ONGs e outras entidades que
não estão vinculadas ao governo ocupam a floresta com projetos de infraestrutura e reprimin-
do ações contra povos indígenas promovidas desde a ditadura militar (1964-1985). Exemplo
é o CIMI (Conselho Indigenista Missionário), que, mesmo não se definindo como ONG, nasceu
em 1972 após denunciar o chamado Massacre do Paralelo 11, ocorrido em 1966 em uma
região entre Rondônia e Mato Grosso, quando uma empresa seringalista foi responsável pela
chacina de uma aldeia do povo indígena Cinta-Larga. De acordo com o IPEA, 3.626 organiza-
ções que atuam na Amazônia obtiveram verba federal entre 2010 e 2018, no valor de R$ 6,8
bilhões. O aporte representou 5,7% do total destinado a ONGs pelo governo no período. A desti-
nação de recursos de origem governamental diminuiu com os anos e tende, tal qual Bolsonaro
enfatiza, a secar. As informações do IPEA são relativas apenas a entidades registradas em mu-
nicípios da Amazônia Legal, sendo que ainda não existe um estudo detalhado sobre a atuação
de organizações internacionais em território brasileiro, aponta o instituto de pesquisa. ONGs
internacionais que atuam na Amazônia, por exemplo, também estão sediadas no Sudeste.
CIMA
(www.cima.org.br)
O Centro de Cultura, Informação e Meio Ambiente, CIMA, é uma entidade civil, que não con-
ta com lucro para existir tal qual versa em seu estatuto. Possui sua sede no Rio de Janeiro e
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 61 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
desenvolve ações relacionadas à educação, cultura, e meio ambiente, contando com parcerias
com instituições governamentais, privadas e multilaterais.
O objetivo dessa entidade é a contribuição por meio de diferenciadas ações e de maneira
eficiente, à busca de uma melhor qualidade de vida, segundo sua página oficial.
Nas áreas de meio ambiente e de educação, o CIMA organizou inúmeros projetos, entre
eles, podemos citar o “Protetores da Vida”, “A Natureza e a Paisagem”, que são Programas de
Educação para o Desenvolvimento Sustentável, mobilizando vários setores a proteger os ecos-
sistemas existentes na Bacia da Baía de Guanabara. A expedição do projeto passou por muitos
estados e ainda por sítios paleontológicos do Brasil e teve seu registro compilado numa expo-
sição realizada no Museu Nacional, intitulada “Em busca dos Dinossauros”.
Além dos programas citados ainda houve a implantação do “Programa Coca-Cola de Valo-
rização do Jovem”, em colégios estaduais e municipais de inúmeros estados e ainda o “Gente
é pra Brilhar”, que promove a estimulação de ações que causam a inclusão do indivíduo na
sociedade, como, por exemplo, a capacitação de adolescentes na produção de documentários
e também na área audiovisual. Esse evento direcionado ao público jovem permite o acesso ao
mercado da mídia, chamado de “RioTecnomídia”.
E finalmente o PROCEL, um programa que promove o combate e a educação para que não
haja o desperdício de energia, sendo este, para o público pouco inteirado sobre as atividades
desta ONG, o maior programa em termos de repercussão de sua atuação em âmbito nacional.
WWWF
(https://www.wwf.org.br/)
Contribuir para que a sociedade brasileira conserve a natureza, harmonizando a atividade humana
com a conservação da biodiversidade e com o uso racional dos recursos naturais, para o benefício
dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 62 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Greenpeace
(https://www.wwf.org.br)
Em 1971, uma equipe de 12 pessoas, entre jornalistas, hippies e ecologistas, partiu de Van-
couver, Canadá, a bordo de um velho barco de pesca rumo ao Ártico. Esses ativistas acredita-
ram que a ação de indivíduos comuns poderia fazer a diferença e sua missão era testemunhar
e tentar impedir os testes nucleares realizados pelos EUA nas ilhas Amchitka, no Alaska.
Para levar adiante tal empreitada, o grupo tentou arrecadar fundos com a venda de bro-
ches. Verde (Green) e Paz (Peace) eram as palavras de ordem, mas, segundo eles mesmo
dizem, “não cabiam separadas no broche”. E assim nascia o nome Greenpeace.
Interceptados antes de chegar a seu destino, os ativistas não impediram os Estados Uni-
dos de detonarem a bomba.
Mas sua obstinação e coragem despertou a atenção do planeta. Após forte pressão popu-
lar, os testes nucleares foram suspensos em Amchitka, então declarada santuário de pássaros.
O protesto pacifista teve ainda consequências muito além da esperada. A ideia de que
alguns indivíduos podiam fazer a diferença por um planeta mais verde e pacífico se tornou
realidade e arrebatou uma legião de seguidores. Foi também o embrião do que é hoje a maior
organização ambientalista do mundo.
O Greenpeace oficialmente destaca não aceitar doações de estados, nem de partidos po-
líticos. Possui ainda atualmente 3 navios ao redor do mundo: Rainbow Warrior, Arctic Sunrise
e Esperanza.
No Brasil, o Greenpeace chega em 1992, ano em que o país abrigou a primeira e a mais
importante conferência ambiental da história, a Eco-92.
Conservação Internacional
(https://web.conservation.org/global/brasil/Pages/default.aspx)
É uma organização brasileira sem fins lucrativos, que trabalha a proteção da natureza para
o bem-estar humano. Seu trabalho primordial consiste em conservar a natureza promovendo a
sustentabilidade e o bem-estar humano por meio de projetos socioambientais, educacionais e
culturais que geram uma sociedade mais saudável e sustentável. Segundo sua página oficial,
busca tudo isso a partir dos de três eixos centrais:Capital Natural, Produção Sustentável e
Governança.
Uma ação interessante que a CI promove consiste na busca por fundos e ações multila-
terais a que se protejam os hotspots, que, em tradução livre, são os lugares em que se mani-
festam imensa biodiversidade de fauna e flora. No Brasil inúmeras iniciativas desde a década
de 1990 foram alçadas por esta associação com vistas a redimensionar a proteção destes
lugares. Vale a pena conhecê-las.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 63 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Essa foi a primeira ONG destinada a defender os últimos remanescentes de Mata Atlânti-
ca no país. O ideal de conservação ambiental da entidade, criada em 20 de setembro de 1986,
associa-se ao objetivo de profissionalizar pessoas e partir para a geração de conhecimento
sobre o bioma. A proposta representa também um passo adiante no amadurecimento do mo-
vimento ambientalista no país.
A história da Fundação SOS Mata Atlântica foi construída por meio da mobilização perma-
nente e da aposta no conhecimento, na educação, na tecnologia, nas políticas públicas e na
articulação em rede para consolidação do movimento socioambiental brasileiro.
Atualmente, fica o registro, apenas 5%, ou menos, da Mata Atlântica original ainda está de pé.
TEXTO COMPLEMENTAR
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 64 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
As queimadas representam em torno de 70% das emissões de gases de efeito estufa do país.
Para o ano de 2020, ocorrem novos recordes de queimadas e consequentemente de emissões.
Com vistas a tentar conter tal passivo ambiental, o vice-presidente Hamilton Mourão, figura
central do Conselho da Amazônia – um dispositivo de regulação de políticas de desenvolvi-
mento sustentável na Amazônia, reeditado por Bolsonaro em janeiro de 2020 –, revelou que,
em poucos dias (a partir de 15 de julho de 2020), o Presidente editará um decreto PROIBINDO
AS QUEIMADAS NA AMAZÔNIA PELO PRAZO DE 4 MESES.
TEXTO COMPLEMENTAR
O Satélite Amazônia 1
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 65 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
No dia 5 de novembro de 2015, ocorreu aquele que seria o maior acidente ambiental da
história do Brasil até então. A Barragem do Fundão de rejeitos de mineração se rompe. Admi-
nistrada pela empresa joint-venture Samarco – criada pela união entre a brasileira Vale do Rio
Doce e a inglesa Bp.Hilton –, a barragem de rejeitos de mineração de ferro, nas cercanias de
Mariana, na área conhecida como sendo o Quadrilátero Ferrífero, o nosso maior polo de pro-
dução mineral situado em Minas Gerais, se rompe e leva uma carga de mais de 40 milhões de
metros cúbicos de lama para uma área de raio de mais de 700 km. Em rios em Minas Gerais e
no Espírito Santo, mais de 11 milhões de toneladas de peixes mortos foram retirados de suas
águas em relação direta com a tragédia e 19 pessoas morreram.
Eis que três anos depois, em janeiro de 2019, outra tragédia em Minas Gerais com o
mesmo tipo de barragem ocorre. Em Brumadinho, exatamente na hora do almoço e em dia
de expediente comum, a barragem da Mina do Feijão, administrada pela Vale do Rio do Doce
se rompe. A primeira leva de vítimas ocorre exatamente no refeitório lotado que ficava logo
abaixo da barragem e aqui valem alguns destaques. Essa era, de fato, uma tragédia anun-
ciada, pois, embora fosse uma barragem desativada, o modelo obsoleto de construção dela
era do tipo a montante (o mesmo de Mariana), em que diques vão sendo gradativamente
construídos para segurar a entrada de novos rejeitos. A fiscalização por parte da Secretaria
de Meio Ambiente de Minas Gerais e de uma gama lateralmente de órgãos públicos foi falha,
e a Vale tinha ciência de que a barragem poderia se romper a qualquer hora. Em documentos
internos da empresa Vale do Rio Doce, revelados logo após o acidente, soube-se que esta e
outras várias barragens da mesma empresa estavam em vigente estado de “atenção”. Até
agora, mais de 280 mortes foram confirmadas, ou seja, mais de 10 vezes mais vidas ceifadas
que em Mariana, revelando uma lógica perversa que demonstra não termos aprendido com
nossos erros.
O Brasil é atualmente o maior produtor de minério de ferro do mundo, quase 10% das nos-
sas exportações (atrás apenas do complexo da soja) se concentra apenas nessa commodity.
Importa-nos, mais que nunca, questionarmos a que preço sustentamos tal posição e se vale a
pena de fato.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 66 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
TEXTO COMPLEMENTAR
TEXTO COMPLEMENTAR
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 67 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Depois das crises envolvendo a ação (ou ausência de ação) na Floresta no final do
ano passado, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a reativação do Conselho em janei-
ro de 2020, por meio das suas redes sociais. Sua mensagem comunicava a transferên-
cia de comando do Conselho, que era do Ministério do Meio Ambiente, para a Vice-pre-
sidência da República. Como na antiga formulação, o órgão teria por objetivo:
[…] coordenar as diversas ações em cada ministério voltadas para a proteção, defesa
e desenvolvimento sustentável da Amazônia. (Jair Bolsonaro em postagem no Face-
book no dia 21/01/2020).
Até aqui, apenas sabíamos que ele funcionaria como um órgão de controle e coor-
denação de atividades já exercidas por outros setores governamentais. Mas o que seria
“controle e coordenação”?
Segundo o Vice-presidente da República e chefe do Conselho, Hamilton Mourão,
muitos setores diferentes do Governo realizam atividades diferentes, mas conexas,
relacionadas à Amazônia. O Ministério da Defesa, por exemplo, entre outras atividades,
cuida da atuação do exército na mata amazônica, protegendo seu território. O Ministé-
rio da Ciência e Tecnologia, entre muitas outras atividades, propõe diretrizes de pesqui-
sa e avanço tecnológico na região.
Para que todos começassem a “falar a mesma língua” e cooperar nestas mais diver-
sas realizações, criou-se um órgão de cúpula com o objetivo de reunir os chefes de
todos esses setores para deliberar e decidir sobre assuntos que envolvem a Floresta
Amazônica. Isto, segundo Mourão, possibilitará, inclusive, ações mais rápidas de con-
trole emergencial, o que faltou para as queimadas que ocorreram no fim do ano passa-
do.
Assim, “renasceu” o Conselho Nacional da Amazônia Legal, oficialmente reativado
no dia 12/02 com a publicação do Decreto n. 10.239/2020. Este Decreto estabeleceu as
competências, o funcionamento e a composição do órgão.
Um conselho é um órgão colegiado que delibera sobre alguns assuntos e toma deci-
sões. Colegiado significa ser formado por um “colégio”, isto é, membros que se rela-
cionam como “colegas”, com a mesma dignidade. São canais de discussão e debate
democrático.
Segundo o Decreto n. 10.239/2020, são membros do colegiado que forma o Conse-
lho da Amazônia Legal, além do Vice-presidente, os chefes dos seguintes ministérios:
Casa Civil, Justiça e Segurança Pública, Defesa, Relações Exteriores, Economia, Infra-
estrutura, Agricultura, Minas e Energia, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Desenvol-
vimento Regional, Secretaria-Geral da Presidência, Secretaria de Governo e Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência.
A maior crítica envolvendo o novo Conselho foi a exclusão dos Governadores de
Estado dentre seus membros. Na formação antiga, participavam das deliberações os
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 68 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
governadores dos estados que compunham a Amazônia Legal. Agora, participam, além
do Vice-presidente da República, apenas chefes de Ministérios do Poder Executivo
Federal. O Presidente do Conselho, no entanto, afirmou que os governadores continua-
rão sendo consultados, embora não participem oficialmente do colegiado.
Já sabemos que o Conselho é um órgão colegiado, formado pela Vice-presidência
da República e por 14 ministérios. Segundo o Decreto n. 10.239/2020, este grupo de
pessoas se reunirá a cada três meses, e excepcionalmente quando o seu Presidente
(isto é, o Vice-presidente da República) o convocar.
Eles discutirão, em relação à Amazônia Legal, assuntos como proteção ambiental,
coordenação e integração de ações dos mais diversos setores governamentais, desen-
volvimento científico e inovação, repressão e prevenção de atividades ilícitas etc.
Um conselho, além de deliberar, decide sobre alguns assuntos. Normalmente, as
decisões de um conselho são colegiadas, isto é, se resolvem pelo número de votos dos
seus membros. Mas, no caso do Conselho da Amazônia, os membros não possuem
poder de voto. A última decisão sempre ficará a cargo do seu Presidente, após mani-
festação dos outros membros (art. 5º do Decreto n. 10.239/2020).
As competências do Conselho da Amazônia estão definidas no art. 3º do Decreto n.
10.239/2020, e são bastante autoexplicativas.
As competências definidas são bastante abrangentes, como “fortalecer a presença
do Estado na Amazônia Legal” (art. 3º, V) ou “coordenar as ações destinadas à infraes-
trutura regional” (art. 3º, IX), regras que possibilitam muitas medidas diferentes.
Algumas das principais competências do Conselho da Amazônia são:
• coordenar e integrar as ações governamentais relacionadas à Amazônia Legal;
• propor políticas e iniciativas relacionadas à preservação, à proteção e ao desenvol-
vimento sustentável da Amazônia Legal;
• opinar, quando provocado pelo Presidente da República ou por quaisquer de seus
membros, sobre propostas de atos normativos do Governo Federal relacionados à Ama-
zônia Legal;
• acompanhar a implementação das políticas públicas com vistas à inclusão social
e à cidadania na Amazônia Legal;
• apoiar a pesquisa científica, o desenvolvimento tecnológico e a inovação;
• coordenar ações de prevenção, fiscalização e repressão a ilícitos e o intercâmbio
de informações;
• acompanhar as ações de desenvolvimento sustentável e o cumprimento das
metas globais em matérias de adaptação e mitigação das mudanças climáticas.
A Força Nacional Ambiental foi mencionada na mesma mensagem que reativou o
Conselho da Amazônia. No entanto, pouco se sabe ainda sobre o seu funcionamento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 69 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
TEXTO COMPLEMENTAR
O número de focos de incêndio no Pantanal, que em média se situam na casa dos 5.000 em
períodos de seca, em 2020 atingiu a marca de 15.000 focos em setembro, consumindo algo
em torno de 20% da superfície do bioma.
É evidente que, mesmo havendo um fenômeno natural que contribuiu enormemente (a au-
sência de entrada de qualquer massa úmida, as quais começam a subir e atingir a região no
mês de setembro), fatores antrópicos, tais quais a expansão contínua da fronteira agrícola
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 70 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Figura: Arco do Desmatamento e Limites da Amazônia Legal: note que o Pantanal NÃO SE ENCONTRA NESTE
ARCO DE INTENSA ATIVIDADE DE QUEIMADAS:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 71 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
próprio ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, em vídeo recente divulgado de uma reunião
ministerial realizada em abril de 2020, deixou claro ser importante que “se deixasse passar a
boiada” justamente enquanto a mídia e a opinião pública estivessem com suas atenções vol-
tadas à Covid-19.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 72 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
variadas, praticam uma justiça particular. Esses grupos não nasceram no Rio de Janeiro nes-
tes tempos, tal como pode parecer. Desde as décadas de 1950 e 1960, é percebida a ação em
grandes centros urbanos de grupos de extermínio que agem à margem do devido processo
legal. Foi assim, por exemplo, com o Esquadrão da Morte nos anos do regime militar atuando
no Rio e em São Paulo.
Na verdade, o que acontece no Rio de Janeiro atualmente possui estrita relação com uma
ação da política de segurança pública e a respectiva criação das UPPs, nascidas em 2008 (e
ainda em vigor), e sua incisiva ação repressora ao tráfico de drogas e principalmente à facção
Comando Vermelho. Lateralmente a estas atividades de estado, ocorrem as iniciativas de pro-
teção de áreas por parte de policiais, bombeiros e militares, na ativa ou na reserva, mas fora
do serviço, atuando, em uma primeira fase, com vistas a proteger a população da volta de tra-
ficantes. Em seguida, seguindo roteiro exato do que vimos acontecer ao longo desta década,
estes grupos se apoderam das áreas promovendo uma série de novas funções e novas repre-
sentações aos quais não estão legalmente incumbidos, quais sejam:
• cobrança da taxa de proteção, marcando com símbolos as casas dos moradores que
a pagam e, assim, oferecendo proteção contra quaisquer crimes, seja um roubo ou a
venda de drogas;
• exploração clandestina ao cobrar e centralizar serviços de gás, televisão a cabo, má-
quinas caça-níqueis, cocos verdes, crédito pessoal, imóveis e transporte alternativo;
• oposição aos narcotraficantes e ao domínio territorial de facções;
• segurança alternativa provida por policiais, bombeiros, vigilantes, agentes penitenciá-
rios e militares, fora de serviço ou ativos, como integrantes da milícia.
A vereadora Marielle Franco, ao que indica o MP, foi morta exatamente por combater gru-
pos milicianos, que chegaram até a grilar áreas e construir prédios clandestinos, tal qual vi-
mos no bairro da Muzema na Zona Oeste do Rio de Janeiro (área de predomínio absoluto de
milícias), onde, em março do ano de 2019, dois prédios construídos em completa irregulari-
dade por milicianos desabaram, causando a morte de 24 pessoas.
www.grancursosonline.com.br 73 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
ter uma ideia do que isto representa, atualmente algo em torno de 12% dos homicídios no Mun-
do ainda têm ocorrência no Brasil. O segundo país com mais homicídios em números totais, o
México, não possui nem a metade dos números brasileiros. Há, sem dúvidas, uma epidemia de
violência em curso por aqui e a pequena redução de 2018 em nada muda este cenário drástico.
De cada 100 mortos, 71 são negros e, em termos proporcionais, somos o aproximada-
mente o nono lugar no mundo, com uma taxa de 28 mortes para grupo de 100.000 habitantes,
sendo que Honduras está em primeiro, com 110, e El Salvador, em segundo, com 80.
Há algumas questões importantes a serem levadas em conta na análise deste crescimen-
to dos homicídios no Brasil, as quais vão além do senso comum, e por vezes simplista, mas
oportuno, sem dúvidas, que versa sobre fatores como o despreparo da polícia e a morosidade
de justiça. Listo abaixo três fatores que colaboram bastante para que este cenário de guerra
tenha praça no país.
A INTERIORIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA: até algum tempo, o Brasil podia ser considerado um
lugar onde, via de regra, a vida nas cidades do interior era tranquila. Ostentavam-se indicado-
res de violência, de fato, em cidades grandes. Havia, portanto, uma metropolização muito bem
marcada da violência. Contudo, ao longo dos últimos anos, o que se percebe é que a violência
seguiu com força para as cidades do interior, geralmente nas chamadas fronteiras, ou seja, nas
áreas de entrada de atividades, tanto minerais, de produção de energia e, principalmente, em
algumas fronteiras agrícolas. Para muitas áreas no país, a vida nas cidades pequenas já não
é mais sinal de tranquilidade. Em regiões metropolitanas, o mesmo fenômeno ocorre. Várias
cidades pequenas em estados como Bahia, Alagoas ou Maranhão, só para dizer alguns, osten-
tam números de homicídios superiores ao de muitas capitais.
A EPIDEMIA DE CRACK: o Brasil é hoje considerado no mundo o país com o maior número
de usuários de crack. Essa droga, derivada da cocaína e de alto poder viciante, vem penetrando
as ruas de norte a sul do país ao longo das duas últimas décadas, promovendo um rastro de
violência, tanto por parte dos usuários quanto por parte das facções que buscam o comando
deste lucrativo e crescente negócio. Para se ter uma ideia, estima-se haver algo perto de 1 mi-
lhão de usuários de “pedra”, tal qual é chamada comumente a droga no país.
A LETALIDADE POLICIAL E A CULTURA DO ENFRENTAMENTO: outro ponto que chama a
atenção acerca da violência no Brasil, e que eleva para cima o número de homicídios no país,
é a quantidade de mortes causadas pela atividade policial. Esta cultura do enfrentamento vem
desde os tempos do Regime Militar, quando a polícia passou a fazer a vez tanto de opressão
criminal como de opressão política, recebendo praticamente um salvo-conduto para matar. De
lá para cá, cresceram os instrumentos de controle sobre a atividade policial e seus desman-
dos, tais quais o Ministério Público e corregedorias especializadas, mas o número de mortes
relacionadas à atividade policial não para de crescer, estimando-se estar na casa dos 4.000
mortes anuais. Na outra ponta, cresce também o número de mortes de policiais, já estando na
casa das 400 mortes (mas nem todos em trabalho) por ano em todo o país.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 74 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Somente na entrada de 2017, nos 15 primeiros dias do ano, 134 pessoas morreram em pre-
sídios sob a custódia do Estado. Para muitos, tais dados são irrelevantes, pois, visto o quanto o
Brasil anda violento, o que tem valido mesmo para alguns (mas não para este que aqui vos fala)
é a ótica que versa que “bandido bom é bandido morto”. Contudo, vale a pena nos atermos a
algo que não há como ser negado. O Estado brasileiro gasta muito com presídios e gasta mal.
Em 2017, o número de presos no país atingiu a casa dos 700.000. Se levarmos em conta
que em 2002 eram apenas 232.000, tal evolução no número de presidiários realmente salta
aos olhos. Assim, chegamos à terceira maior população carcerária do mundo, atrás apenas
da China e dos EUA, países com sistemas penais e judiciários infinitamente mais severos
que o nosso.
O que chama a atenção neste quadro também é que o número de presos por roubos, crime
que sempre liderou as estatísticas, é hoje menor que o número de presos por tráfico de drogas.
Na população de presidiárias femininas, esse número já é de 40%. Outro dado que puxa para
cima o número de presidiários é o número de presos provisórios, ou que já venceram a pena, o
qual se estima também que ronde a casa dos 40%.
Ainda em relação à questão prisional no país, um fato drástico também vem sendo colo-
cado em pauta e merece atenção: as principais organizações criminosas em atuação atual-
mente no Brasil têm sua origem em presídios. São facções como o PCC – Primeiro Comando
da Capital –, que nasceram com um discurso voltado ao assistencialismo intraprisional, para
em seguida transcender as fronteiras e se lançarem nas ruas, comandando ações de roubos e
tráficos de drogas.
O crescimento do PCC, hoje disparada a maior organização criminosa do Brasil, suscitou a
formação de outras organizações concorrentes pelo país, as quais atualmente lutam pelo con-
trole de presídios e também do tráfico de drogas e outras atividades criminosas em inúmeras
cidades brasileiras. Assim, como exemplo, temos a luta pelo tráfico de drogas e controle de
presídios no Amazonas promovida entre a Família do Norte versus PCC. No Ceará a explosão
recente do número de homicídios em Fortaleza está, umbilicalmente, ligada na luta por pontos
de tráfico de drogas promovida entre os Guardiões do Estado (grupo local) e o PCC. Já em Na-
tal e Mossoró, ambas no Rio Grande do Norte, o conflito atual reside no enfrentamento entre o
PCC e a facção Sindicato do Crime.
E, nessa guerra entre facções, impressiona a forma como o Estado brasileiro não conse-
guiu se antecipar em momento algum a ascensão destes grupos e o tanto que se percebe ser
quase impossível conter estes grupos criminosos e suas ações no atual nível em que chega-
ram. Esses embates se espalharam pelas grandes cidades do Brasil em 2019 também.
Wilson Witzel, um juiz federal nascido em São Paulo com atuação em inúmeras varas no
estado do Rio de Janeiro, se lançou em 2018 pela primeira vez como candidato a um cargo
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 75 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
eletivo. Com apenas 1% das intenções de votos no início da campanha, Witzel se elege como
Governador do Rio de Janeiro com 60% dos votos no segundo turno, derrotando o ex-prefeito
da capital Eduardo Paes, do DEM.
Witzel, logo nos primeiros dias de seu governo (de viés declaradamente de ultradireita),
anuncia medidas radicais no combate ao crime no estado. Apoiado por um descontentamento
geral da população carioca assolada por indicadores crescentes de violência ao longo dos últi-
mos dois anos, o governo adota uma política de completa chancela às ações da polícia militar
e civil no estado, com vistas a eliminar do mapa bandidos em áreas onde o poder paralelo do
tráfico é evidente.
Autoriza-se, a que qualquer suspeito em áreas de risco ou pontos conhecidamente de trá-
fico de drogas, caso seja visto portando armas (fuzis principalmente), seja sumariamente exe-
cutado. O Estado abre mão, bem verdade, do processo legal dando as costas a ditames relati-
vos aos direitos humanos e ao preceito basilar que determina ser direito do cidadão o devido
processo legal. O governo do Rio de Janeiro – tanto com Witzel, que está afastado em função
do processo de impeachment, como com o seu substituto Claudio Catro – justifica agir com
tamanha veemência exatamente para colocar sob controle uma situação considerada perdida.
E a política de segurança do atual governo recebe apoio de parte da sociedade carioca
que reza na cartilha do “bandido bom, é bandido morto” e do próprio governo federal. Incentiva
sem concessões o extermínio de suspeitos em áreas tomadas pelo poder paralelo do tráfico
no Rio de Janeiro. Mas como tal medida drástica não poderia deixar de ser alvo de críticas, o
governador é acusado de promover um genocídio nas comunidades mais pobres e ir contra
a dispositivo constitucional que versa encabeçando o art. 5º de que todos são iguais perante
a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade.
Como resultado direto dessa política, nos anos de 2019 e 2020, desde que são atualizados
os dados anuais de mortes em função da ação policial no Estado, o número de casos sus-
peitos de mortes relacionadas à ação da polícia chega à enorme média de 5 mortes por dia,
transformando a polícia do Rio de Janeiro em uma das mais letais do mundo. Eis que, no dia 6
de maio de 2021, a Polícia Civil do Rio de janeiro invade a “comunidade” do Jacarezinho com
vistas a cumprir mandados de prisão, resultando em 29 mortes, sendo um deste um policial
civil de 48 anos e todos os outros suspeitos – na imensa maioria com passagens pela Justiça
relacionadas com tráfico de drogas e crimes como roubo. 30 armas são apreendidas nessa
que se tornou a operação mais letal já vista na cidade.
Por fim, destaca-se que o STF proibiu incursões das Polícias em “comunidades” sem au-
torização do próprio tribunal enquanto dure a pandemia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 76 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 77 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Vale destacar que, em meio a essa iniciativa de enrijecer a lei penal, principalmente para crimes
de corrupção e terrorismo, como vimos acima, o STF iniciou pela 3a vez a discussão acerca de
se extinguir a prisão em segundo instância (ver o Texto Complementar: Lula e o STF). E o pró-
prio Tribunal Superior já havia sumulado a possibilidade de prisão em segunda instância em
fev/16 e out/16. Por fim, em novembro de 2019, súmula ao contrário, ou seja, não permitindo
mais a prisão antes de esgotados todos os 3 graus de jurisdição judiciária, salvo prisões pre-
ventivas e provisórias, foi emitida pelo Superior Tribunal.
Eis que, finalmente, a Lei n. 13.964/2019, conhecida como Pacote Anticrime, é aprovada
pelo Congresso e sancionada pelo presidente da República Jair Bolsonaro, entrando em vigor
nos primeiros dias de 2020 e reunindo um conjunto de propostas e reformas apresentadas
pelo ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e por uma comissão de juristas
coordenada pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Pelas redes sociais, o ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse que a
nova lei tem avanços importantes e afirmou que nem todas as medidas propostas foram apro-
vadas pelo Congresso, dizendo que “em 2020, vamos resgatar o que ficou de fora”.
Bolsonaro manteve a criação da figura do juiz de garantias (ainda sub judice frente à pos-
sibilidade de execução de tal dispositivo),mas vetou um dos pontos desse trecho. Esse juiz
passará a ser o “responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela sal-
vaguarda dos direitos individuais”. O ponto vetado pelo presidente previa que presos em fla-
grante ou por força de mandado de prisão provisória seriam encaminhados à presença de um
juiz de garantias no prazo de 24 horas, para realização da audiência de custódia. O texto tam-
bém vedava o uso de videoconferência nesses casos. Caberá ao juiz de garantias atuar na fase
da investigação e decidir, por exemplo, sobre a autorização de quebra dos dados resguardados
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 78 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
por sigilo constitucional. Atualmente, o juiz que participa da fase de inquérito é o mesmo que
determina a sentença posteriormente.
Legítima Defesa: altera o Código Penal e passa a considerar a legítima defesa de agentes
de segurança pública quando se “repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida re-
fém durante a prática de crimes”. O código entende como legítima defesa, inclusive para civis,
se uma pessoa usa com moderação meios necessários para se defender ou proteger uma
vítima, repelindo “injusta agressão, atual ou iminente”.
Tempo Máximo de Cumprimento da Pena: amplia o limite de tempo de cumprimento das
penas privativas de liberdade (prisão, impedimento do direito de ir e vir) de 30 para 40 anos.
As penas privativas de liberdade são reclusão (crimes graves), detenção (crimes menos gra-
ves) e prisão simples (contravenções penais).
Comércio Ilegal de Arma de Fogo: o projeto também endurece a pena nos casos de venda
ilegal de arma. A punição atual é reclusão de quatro a oito anos e multa. O projeto aumenta
para 6 a 12 anos e multa. De acordo com o texto, esta pena valerá também para quem entre-
gar arma, acessório ou munição, sem autorização, para policial disfarçado.
Cadeia de Custódia: cria um conjunto de regras da chamada cadeia de custódia (ações
para manter e documentar vestígios coletados em locais onde ocorreram crimes). As regras
vão disciplinar a atuação das autoridades desde a coleta de material no local do crime até
o descarte.
Presos Perigosos em Presídios Federais: amplia o período de permanência de presos pe-
rigosos em presídios federais. A lei previa prazo máximo de 360 dias. Agora, o período foi
ampliado para três anos, renováveis por mais três.
Presídios de Segurança Máxima: estados e Distrito Federal poderão construir presídios de
segurança máxima ou adaptar as instalações já existentes ao regime de segurança máxima.
“Informante do Bem”: determina que a administração pública, direta ou indireta, manterá
ouvidorias para garantir que “qualquer pessoa tenha o direito de relatar informações sobre cri-
mes contra a administração pública, ilícitos administrativos ou quaisquer ações ou omissões
lesivas ao interesse público”.
Confisco Alargado de Bens: nos casos com pena máxima superior a seis anos de prisão, a
Justiça poderá decretar a perda dos bens obtidos a partir do crime. Os bens recolhidos serão
equivalentes à diferença entre o valor do patrimônio do condenado e o valor da sua renda.
Decisões Colegiadas em Casos de Organização Criminosa: amplia os crimes que podem
ser julgados por varas criminais colegiadas. A possibilidade de decisão colegiada já existe
em lei, para o caso de crimes de organização criminosa. A nova redação prevê o uso desse
recurso também no caso do crime de associação criminosa armada.
Prescrição da Pena: inclui uma nova hipótese em que pode ser suspensa a contagem da
prescrição de penas: quando houver recursos pendentes de julgamento em tribunais supe-
riores. A prescrição ocorre quando termina o prazo para que a Justiça promova a punição
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 79 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
contra um acusado de crime. A prescrição varia de acordo com o delito e a pena aplicada no
caso concreto.
Saída Temporária: o texto proíbe a saída temporária da prisão aos condenados por crime
hediondo que resultaram em morte. A saída temporária é um benefício concedido a quem
cumpre pena em regime semiaberto, em datas específicas.
Delação Premiada: muda regras sobre delação premiada. Pelo texto, há a obrigação de o
colaborador narrar apenas os atos ilícitos relacionados diretamente com os fatos investiga-
dos. Lembrando, caro(a) aluno(a), que há uma Lei de 2013, a Lei de Organizações Criminais
(Lei n. 12.850/2013), que esmiuçou a questão da chamada “colaboração premiada”.
Homicídio com Arma de uso Restrito: foi vetado o dispositivo previsto no texto aprovado
pelo Congresso que aumentava a pena do crime de homicídio quando o criminoso usa, na
ação, arma de fogo de uso restrito ou proibido. A pena atual é de 6 a 20 anos. Pela proposta,
passaria para 12 a 30 anos.
Crimes contra a Honra: foi vetado o dispositivo previsto no texto aprovado pelo Congresso
que aumentava as penas dos crimes contra a honra (calúnia, difamação, injúria) cometidos
na internet. O texto previa que a pena poderia ser aplicada até o triplo “se o crime é cometido
ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de computadores.”
Defesa de Agentes de Segurança: Bolsonaro vetou três pontos do trecho do projeto apro-
vado pelo Congresso que estabelecia que o Estado deveria disponibilizar defensores aos agen-
tes de segurança investigados por fatos relacionados à atuação em serviço. Os pontos veta-
dos determinavam, por exemplo, que a defesa desses agentes deveria ser feita por defensor
público e que, na ausência deste, um defensor deveria ser contratado e pago pela instituição à
qual o agente está vinculado.
Identificação de Perfil Genético de Criminosos: o presidente vetou alterações feitas pelo
Congresso na Lei de Execução Penal. A lei original prevê que “os condenados por crime pra-
ticado, dolosamente e com violência de natureza grave contra pessoa”, por exemplo, “serão
submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA”.
Um dos trechos vetados por Bolsonaro alterava esse texto da lei, tornando obrigatória tam-
bém a coleta de DNA de condenados por “crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por
crime sexual contra vulnerável”. Determinava ainda que a extração de amostra de DNA deve-
ria ser feita “por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional”, o que não consta da lei
em vigor atualmente. Ainda neste tema, o presidente vetou trecho do projeto que estabelecia
que o DNA coletado de condenados “só poderá ser utilizado para o único e exclusivo fim de
permitir a identificação do perfil genético” e proibia o uso da amostra para, por exemplo, bus-
ca familiar. Bolsonaro vetou, ainda, o trecho que determinava o descarte da amostra biológica
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 80 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
assim que o perfil genético fosse identificado, para impedir o seu uso para outros fins; e o que
fixava que a coleta de DNA deveria ser feita por “perito oficial”.
Progressão de Pena: outro veto atinge o trecho do texto que trata da progressão do regime
de pena dos condenados. O ponto vetado estabelecia que os condenados que cometem falta
grave na prisão passariam a readquirir a condição de “bom comportamento” após um ano da
falta “ou antes, após o cumprimento do requisito temporal exigível para a obtenção do direito”.
Improbidade Praticada por Agente Público: Bolsonaro vetou alterações feitas pelo Con-
gresso na lei que trata das sanções aplicáveis a agentes públicos no caso de enriquecimento
ilícito. O trecho vetado criava a possibilidade de o Ministério Público, nestes casos, celebrar
acordo de não persecução cível, ou seja, para evitar processo na Justiça, e estabelecia os
critérios para o acordo, como o integral ressarcimento do dano e o pagamento de multa.
Interceptação de Conversas e Escutas Ambientais: Bolsonaro vetou pontos do trecho do
projeto aprovado pelo Congresso que alterava a lei que trata de interceptação de conversas e
escutas ambientais. Um dos pontos vetados estabelecia que “a instalação do dispositivo de
captação ambiental poderá ser realizada, quando necessária, por meio de operação policial
disfarçada ou no período noturno, exceto na casa (…).” A captação ambiental consiste em uma
pessoa gravar a própria conversa privada com outra pessoa sem conhecimento da outra.
Defesa de Policiais e Bombeiros em Inquéritos por Uso de Força Letal: Bolsonaro vetou
três alterações feitas pelo Congresso no Código de Processo Penal Militar. Esses trechos esta-
beleciam as situações em que policiais e bombeiros investigados em inquéritos sobre uso de
força letal no exercício profissional podem ter um defensor. Um dos pontos vetados previa que,
havendo a necessidade de indicação de defensor para o agente, ele seria “preferencialmente”
um defensor público e que, se não houver defensor público no local, que a União ou o estado
deveria “disponibilizar profissional” para acompanhar o processo. Outro ponto vetado determi-
nava que a contratação de um defensor de fora dos quadros públicos deveria ser precedida de
manifestação indicando a ausência de defensor público na região em que corre o inquérito. O
terceiro ponto vetado especificava que os custos com a atuação desse defensor de fora dos
quadros públicos “ocorrerão por conta do orçamento próprio da instituição a que este esteja
vinculado à época da ocorrência dos fatos investigados”.
Seguem as 17 leis alteradas pelo Pacote Anticrime (Lei n. 13.964 de 24/12/2019, com
entrada em vigor em 23/01/2020)
Fonte: https://anamariaprates.com.br/conheca-as-17-leis-alteradas-pelo-pacote-anticrime/
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 81 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
www.grancursosonline.com.br 82 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 83 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum; d) comércio ilegal de
armas de fogo; e) tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição; f) organização
criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado (artigo 1º).
2. Novas regras de progressão de regime conforme artigo 122 da LEP (artigo 2º).
V – LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (LEI N. 8.429 DE 02/06/1992) – alterações
pela Lei 13.964 de 24/12/2019, com entrada em vigor em 23/01/2020.
1. Possibilidade de celebração de acordo de não persecução cível na improbidade.
VI – INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS (LEI N. 9.296 DE 24/07/1996) – alterações pela Lei
13.964 de 24/12/2019, com entrada em vigor em 23/01/2020.
1. Regulamentação captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos
(artigo 8-A).
2. Novo tipo penal: realização de captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos
ou acústicos (artigo 10-A).
VII – LEI DE LAVAGEM DE CAPITAIS (LEI N. 9.613 DE 03/03/1998) – alterações pela Lei
13.964 de 24/12/2019, com entrada em vigor em 23/01/2020.
1. Possibilidade de ação controlada e da infiltração de agentes no crime de lavagem
de capitais.
VIII – ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI N. 10.826 DE 22/12/2003) – alterações pela
Lei n. 13.964 de 24/12/2019, com entrada em vigor em 23/01/2020.
1. Alteração de pena para o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido
(artigo 16), para o crime de comércio ilegal de arma (artigo 17), para o crime de tráfico interna-
cional de arma (artigo 18).
2. Conduta equiparada a comércio ilegal de arma e a tráfico internacional de arma para
quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação de importação,
sem autorização da autoridade competente, a agente policial disfarçado, quando presentes
elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente (artigos 17 e 18).
3. Aumento de pena para o reincidente específico (artigo 20).
4. Criação do Banco Nacional de Perfis Balísticos (artigo 34-A).
IX – LEI DE DROGAS (LEI N. 13.343 DE 23/08/2006) – alterações pela Lei n. 13.964 de
24/12/2019, com entrada em vigor em 23/01/2020.
1. Novo tipo penal: venda ou entrega de drogas a agente disfarçado.
X – LEI DO SISTEMA PENITENCIÁRIO FEDERAL (LEI N. 11.671 DE 08/05/2008) – altera-
ções pela Lei 11.671 de 08/05/2008, com entrada em vigor em 23/01/2020.
1. Competência do juízo federal da execução penal para apreciar fatos ou incidentes rela-
cionados à execução da pena ou infrações penais ocorridas no estabelecimento penal federal
(artigo 2º).
2. Inclusão de presos em estabelecimentos penais federais – novas regras: regime fecha-
do; cela individual; visitas em dias determinados com comunicação por interfone, com filma-
gem e gravação; duas horas diárias de banho de sol; monitoramento dos meios de comunica-
ção (artigo 3º).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 84 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 85 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
TEXTO COMPLEMENTAR
No Brasil, tal qual versa nossa Constituição de 1988, é privativo à União legislar
sobre DIREITO PENAL. É interessante perceber que, ao mesmo tempo em que legislar
sobre tal tema é de competência privativa da União, ocorre também uma descentraliza-
ção nas políticas/ações de segurança pública no Brasil. Explico: as Unidades Federa-
das são responsáveis por conduzir suas políticas de segurança, sendo 27 Corporações
de Polícia Militar (comandadas por um Comandante-Geral escolhido pelo Governador)
e, também, 27 Polícias Civis (comandadas estas por um Diretor-Geral, também esco-
lhido pelo Governador), além de haver a instrumentalização de um corpo de segurança
pública por parte dos municípios por meio da formação (que não é obrigatória) das
Guardas Civis.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I – direito civil, comercial,
penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
Tal qual vimos acima, e vale este parêntese, o tema segurança pública se encontra
descentralizado (mesmo a matéria Direito Penal sendo privativa da União), com atua-
ção das polícias estaduais (PMs e Civil) e até municipal. Contudo, importa-nos perceber
que, ao longo dos últimos anos, duas iniciativas importantes frente à federalização do
tema foram tomadas por parte do governo federal.
A primeira diz respeito à formação da FORÇA NACIONAL. Unidade composta por
policiais militares, civis, bombeiros militares e peritos dos estados e do Distrito Federal,
a FNSP atua na preservação da ordem pública, segurança das pessoas e patrimônio,
além de calamidades. Os integrantes da Força Nacional permanecem cedidos por um
período de até dois anos, ressalvada estipulação contrária entre os pactuantes para as
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 86 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Os Homicídios 2017/2019
Em 2017, o Brasil atingiu o número recorde de 60.000 homicídios no ano. O maior número
no mundo e uma das 10 maiores taxas globais em termos proporcionais. Para 2019, o que se
constatou, contudo, foi uma queda nestes últimos dois anos no número de homicídios totais
no Brasil.
Foram 19% menos assassinatos de um ano para outro. Em números absolutos, a diminui-
ção representa 41.635 mortes em 2019 ante 51.558 em 2018. Todas as unidades da federação
tiveram queda, de acordo com registros de suas secretarias de Segurança Pública.
O resultado mais recente confirmou uma tendência de redução de número de assassinatos
já registrada entre 2017 e 2018. Na contagem estão incluídos óbitos por homicídio doloso, com
intenção de matar (incluindo feminicídio), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.
É interessante observar que tal queda atende a fatores que envolvem a ação fundamental
dos governos estaduais, embora o discurso do governo federal vá em outra direção. Mas veja-
mos, então, alguns fatores os quais, segundo especialistas, resultaram em tal queda acentu-
ada percebida. Lembrando, antes de tudo, que, embora seja expressiva tal queda percebida, o
Brasil, mesmo assim, ainda ostenta provavelmente o maior número de homicídios no mundo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 87 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
É interessante perceber, tal qual vimos em nossa aula, que o espocar de facções crimino-
sas nascidas estas em sua maioria dentro de presídios ao longo do território nacional, com
vistas, sobremaneira, a segurar o domínio territorial em atividades criminosas do PCC, resultou
diretamente no aumento da violência e, consequentemente, dos homicídios no Brasil ao longo
das duas últimas décadas até chegarmos aos 60.000 casos em 2017.
Porém, o que se percebe, ao que tudo indica, é que as facções criminais no Brasil se
organizaram melhor e reduziram suas ações de violência dentro das cidades, reduzindo
também ações criminosas envolvendo umas contra as outras. Se as facções estão na ori-
gem do aumento da violência e homicídios, pressupõe-se, logicamente, que a redução no
número de homicídios passa também por elas. Aliás, ainda sobre esta questão, o Estado de
São Paulo, por exemplo, possui hoje as menores taxas de homicídios do Brasil, estando tal
evento positivo, segundo especialistas, relacionado exatamente às formas mais “pacíficas”
de ação do PCC.
Um outro ponto que deve ser levado em conta ao analisarmos a queda no número de
homicídios no Brasil diz respeito ao fato de que, em boa parte das facções, os respectivos
líderes destes grupos encontram-se presos (tal qual o PCC) e em presídios de segurança
máxima federais. Neste aspecto, o Judiciário no Brasil atuou de forma enérgica e, justiça
seja feita, o sistema prisional brasileiro, ao incrementar em sua estrutura várias prisões fe-
derais de segurança máxima, vem conseguido de forma eficaz segurar tais criminosos atrás
das grades.
Após décadas de contato com a crescente criminalidade, as Sec. Estaduais de Seg. Pú-
blica, ao que tudo indica, aprenderam as lições e conseguiram empreender métodos mais
eficientes no combate ao crime. Houve também em algumas Unidades Federadas uma maior
valorização salarial e de condições gerais tanto para as PMs quanto para as Polícias Civis.
É pacífico também que a atuação do governo federal, em conluio com os Estados, me-
lhorou bastante. Exemplos são as atuações do Ministério da Seg. Nacional e também da For-
ça Nacional.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 88 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
A Questão do Feminicídio
Mesmo com queda considerável nos índices de homicídios no Brasil nos últimos dois anos,
percebe-se, contudo, a ocorrência no país de uma crescente na taxa de feminicídios. O con-
ceito de feminicídio diz respeito aos crimes relacionados às mulheres enquanto sua condição
de gênero. Em 2015, o Brasil alterou o Código Penal Brasileiro e incluiu a Lei n. 13.104, que
tipifica o feminicídio como homicídio, reconhecendo o assassinato de uma mulher em função
do gênero. Não são todas as mulheres assassinadas que entram na conta do feminicídios.
Por exemplo, em um acerto de contas de drogas que envolva várias pessoas e que, no meio,
estejam algumas mulheres, não entra nessa conta. Mas, no total, a conta no Brasil foi drástica
e estima-se que em 2019 uma mulher tenha sido vítima de feminicídio a cada sete horas no
Brasil, totalizando 1.314 casos em 2019.
TEXTO COMPLEMENTAR
www.grancursosonline.com.br 89 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Temer e que, entre outras coisas, prevê multa de até 50 milhões de reais a empresas
que se utilizem de informações de pessoas (como nome e e-mail) sem autorização
prévia.
Por fim, nesse campo cibernético, uma outra novidade ganha força dentro do âmbito
legislativo, com a discussão no segundo semestre de 2019 acerca da instalação de
uma CPI das Fake News, com vistas a se apurar o uso ilegal de WhatsApp na campanha
de 2018 pelo atual Presidente Jair Bolsonaro. Mas, como pau que dá em Chico também
dá em Francisco em nossa esfera política, mesmo protocolada pelo PT a iniciativa de
se abrir tal CPI, vale destacar que o candidato Fernando Haddad, do PT (e rival direto de
Bolsonaro nas eleições), também tem um teto de vidro nessa questão, tendo, inclusive,
sido condenada a sua chapa a pagar multa por ter usado ilegalmente o WhatsApp para
impulsionar de forma irregular conteúdo contra seu rival.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 90 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
MATÉRIA
Cerca de 19% dos médicos brasileiros que entraram no Mais Médicos desistiram de
participar do programa até o mês de maio. Dados obtidos peloG1 junto ao Ministério
da Saúde mostram que 1.325 profissionais com registro profissional brasileiro se
desligaram do programa até agora.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 91 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Após a saída de Cuba do programa, em novembro, um edital foi aberto para preen-
cher as 8.517 vagas que foram deixadas. No total, 7.120 vagas foram preenchidas em
seguida por médicos formados no Brasil.
Cuba decide deixar programa Mais Médicos no Brasil e cita declarações ‘ameaçado-
ras’ de Bolsonaro.
Novo edital
O ministro da Saúde à época, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que novas ações para
o Mais Médicos estão em análise. Em entrevista ao G1, em fevereiro, Mandetta disse
que o programa seria “reformulado” .
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 92 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
“Um novo programa para ampliar a assistência na Atenção Primária está sendo ela-
borado e será divulgado em breve”, informa o Ministério da Saúde.
Em julho de 2013, governo federal cria o programa Mais Médicos para fixar profissio-
nais em regiões mal atendidas.
No primeiro edital, todas as vagas foram ofertadas a médicos com registro no Con-
selho Regional de Medicina do Brasil.
Em dezembro de 2018, um segundo edital foi lançado para preencher 1.397 vagas
remanescentes com brasileiros formados no exterior.
No início de maio de 2018, um terceiro edital é lançado com 2.000 vagas para muni-
cípios vulneráveis.
A Reforma da Previdência
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 93 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Principais Pontos
Homens:
• 65 anos de idade;
• 15 anos de contribuição.
Para os servidores públicos, a idade mínima é a mesma, mas o tempo mínimo de contribui-
ção é de 25 anos para homens e mulheres.
A aposentadoria por tempo de contribuição, em que não é preciso ter idade específica,
vai acabar.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 94 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
VALOR DO BENEFÍCIO:
Com isso, são necessários 40 anos de trabalho para ter direito a 100% da aposentadoria.
Com isso, são necessários 35 anos de trabalho para ter direito a 100% da aposentadoria.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 95 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Exemplo: uma mulher de 57 anos e 28 anos de contribuição se aposentaria daqui a dois anos
com as regras vigentes atualmente. Com essa transição, ela poderá se aposentar após quatro
anos depois de a reforma começar a valer (2 anos que faltam + 2 anos de pedágio).
No caso dos servidores que entraram no funcionalismo antes de 2003, a regra garante inte-
gralidade de salários na aposentadoria (ou seja, não fica sujeito ao teto do INSS).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 96 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 97 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 98 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 99 de 154
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Na transição serão exigidos 52 anos para mulheres e 55 anos para os homens, mais pedá-
gio de 100% do tempo que falta para se aposentar hoje.
É preciso cumprir um pedágio de 30% do tempo que falta para se aposentar hoje.
Capitalização
As mudanças foram suspensas e, com isso, idosos e deficientes de baixa renda têm direi-
to a receber um salário mínimo (998 reais, hoje).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Como é hoje:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O fator é uma fórmula que leva em conta a expectativa de vida, idade e tempo de contribui-
ção. Quanto mais novo o segurado, mais desconto ele terá na aposentadoria.
Para todas as contas, são considerados 80% das maiores contribuições de 1994 em dian-
te. O período anterior a isso é contado apenas como tempo e o valor não entra no cálculo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Para redistribuir as águas do Rio São Francisco, o projeto está dividido em dois eixos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Fonte: https://arte.folha.uol.com.br/poder/2019/12/09/projeto-integracao-rio-sao-francisco/
META 1N
O trecho de 140 km, maior do eixo, vai da captação do Rio São Francisco, no município
de Cabrobó (PE), até o reservatório de Jati, em Jati (CE). No eixo norte, foi o maior avanço do
governo Bolsonaro, que hoje tem 96,6% da meta cumprida. Quando recebeu a obra do governo
Temer, a meta estava em 92,5%.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
META 2N
O trecho é menor. São 39 km, que começam no reservatório Jati e terminam no reservató-
rio Boi II, no município de Brejo Santo (CE). Foi o maior avanço do governo Temer no eixo norte.
Em dezembro de 2018, no fim do mandato do peemedebista, 99,5% do trecho estava feito.
Quando ele assumiu, a meta estava em 80,6%.
META 3N
META 1L
META 2L
É o maior trecho, com 167km. Começa na saída do reservatório Areias e segue até o reser-
vatório Barro Branco, em Custódia (PE).
META 3L
Com 34 quilômetros, o trecho está situado entre o reservatório Barro Branco e o reservató-
rio Poções, em Monteiro (PB).
Em termos globais, aproximadamente 84% das obras foram realizadas nas gestões Lula e
Dilma, até abril de 2016. O governo Temer afirmou ter chegado aos 100% e inaugurou o eixo.
Durante a gestão Bolsonaro, a abertura da comporta entre Pernambuco e Ceará foi o ter-
ceiro marco de avanço do projeto de transposição, que é a maior obra hídrica do país.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Quando chegou ao governo federal, Bolsonaro assumiu a obra quase pronta em termos de
“avanço físico” do projeto, isto é, a construção das grandes estruturas que permitem a trans-
posição das águas. Nesse aspecto, faltavam menos de 5% do eixo norte, e o eixo leste já esta-
va entregue.
Mas ainda estavam pendentes serviços complementares, como a construção de muretas
de proteção dos canais e de sistemas de drenagem de águas pluviais, tratamento de taludes,
melhorias nas estradas de serviço e conclusão das ações ambientais.
Também faltavam consertos de estruturas que, segundo a metodologia de acompanhamen-
to da obra do Ministério do Desenvolvimento Regional, já são consideradas 100% executadas.
1,3% foi o percentual da estrutura física do eixo norte que avançou em 2019, primeiro ano
do governo Bolsonaro.
Em 2019, de janeiro a novembro, a gestão Bolsonaro investiu R$ 582 milhões no projeto
da transposição (R$ 300 milhões apenas para a energia necessária ao bombeamento da água
em uma topografia com grandes alturas). Os investimentos das gestões anteriores, somados,
passaram dos R$ 10 bilhões.
5% foi o valor investido pela gestão Bolsonaro em 2019, em relação ao total já investido
pela União no projeto.
Ao longo de seus 13 anos de execução e depois de diversos adiamentos de entrega, o cus-
to do projeto foi de R$ 4,5 bilhões para R$ 12 bilhões. O salto orçamentário pode ser atribuído
a diversos fatores, como erros de projeto, problemas contratuais com as empreiteiras respon-
sáveis e dificuldades administrativas para a desapropriação de terrenos.
A bomba, que permite que as águas cheguem ao município de Monteiro (PB) e à região de
Campina Grande, no eixo leste, havia sido colocada em funcionamento em março de 2017. No
entanto, em razão de vazamentos na barragem Cacimba Nova, na cidade de Custódia (PE), a
bomba ficou desligada de abril a julho e depois de agosto a outubro de 2019. Em novembro
daquele ano, foi religada, depois de adaptações e reparos no sistema.
Outra bomba foi religada no final de agosto de 2019, mas no eixo leste. Ela também já havia
sido inaugurada, mas ficou em obras durante nove meses, porque vazões anormais haviam
sido detectadas na barragem Negreiros, no município de Salgueiro (PE).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O governo Bolsonaro promete a conclusão do eixo norte do projeto para 2021. Ainda preci-
sam ser implantados sistemas de drenagem e de operação e controle.
Também falta instalar nas três estações de bombeamento do eixo o restante das bombas
previstas no projeto, de forma a garantir a vazão projetada. “Só há uma bomba em cada esta-
ção, o que implica numa capacidade de pouco mais de 10% da vazão prevista”, afirmou ao jor-
nal Folha de S. Paulo o professor o da UFPB Francisco Sarmento, que coordenou por 14 anos
os estudos e planejamentos hidrográficos da transposição.
Além do projeto de transposição, o Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco prevê
a necessidade de mais R$ 30 bilhões, do poder público e da iniciativa privada, para garantir a
revitalização da bacia. O plano do Comitê cobre o período de 2016 a 2025, mas já prevê que as
iniciativas de revitalização tomem mais tempo do que isso.
Os projetos incluiriam, por exemplo, obras de saneamento, ações de monitoramento am-
biental e diversificação da matriz elétrica na região da bacia, dependente do São Francisco.
Dificuldades Pendentes
Deterioração
Em setembro de 2019, reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelou que trechos da obra
apresentavam sinais de deterioração no eixo leste: paredes de concreto rachadas, estações de
bombeamento paralisadas, barreiras de proteção rompidas, sistema de drenagem obstruído e
assoreamento do canal. Técnicos atribuem os problemas à má qualidade dos materiais, bem
como à inauguração prematura da obra, que entrou em funcionamento sem estar plenamen-
te pronta para a operação. O bombeamento de água pelos canais do eixo já foi interrompido
em razão de riscos e acidentes técnicos, o que também expôs o concreto às intempéries do
semiárido.
Obras Estaduais
Para que o projeto atinja as 12 milhões de pessoas previstas, é necessário que sejam con-
cluídas também as obras complementares em cada um dos estados beneficiados pelo projeto
(Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte). Os cronogramas estão atrasados, segun-
do o portal UOL.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Manutenção
Dada a topografia da região, o gasto com energia para bombeamento das águas para gran-
des alturas chega a R$ 300 milhões anuais, segundo o governo federal. O governo Bolsonaro
estuda a possibilidade de privatizar ao menos parte da operação da estrutura construída pelo
governo federal, um plano já aventado pela gestão Temer.
A Paternidade do Projeto
Em março de 2017, o então presidente Michel Temer inaugurou todo o eixo leste do projeto,
que corta Pernambuco e Paraíba.
Nove dias depois, Dilma e Lula, já ex-presidentes, organizaram uma “inauguração popular”
da obra. O evento simbólico, com grande público, foi uma forma de os petistas reivindicarem o
mérito pelo projeto. Pensada desde que o Brasil ainda era um Império, a transposição ganhou
projeto efetivo e saiu do papel nos governos petistas.
Em abril de 2016, menos de um mês antes de Dilma ser afastada da Presidência em razão
da abertura de processo de impeachment contra ela, a maior parte da construção do eixo leste
já estava pronta.
83,8% era o percentual das obras físicas do eixo leste que estavam concluídas em
abril de 2016.
Para Temer, ninguém pode ter a paternidade da obra. Disse o então presidente, em viagem
à Paraíba para a cerimônia de inauguração:
Nós empreendemos muitos esforços nesses poucos meses de governo para que pudéssemos che-
gar a este ponto. Mas não quero a paternidade dessa obra, porque ninguém pode tê-la. A paternida-
de é do povo brasileiro e do povo nordestino.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
no campo econômico como geopolítico na América do Sul, o que nos projeta como sendo um
país atrativo à entrada de contingentes populacionais oriundos de países vizinhos (povos es-
tes, diga-se de passagem, com legado de enorme enraizamento cultural, tal qual os peruanos
e os bolivianos), seja pelo fato de termos estado ao longo das últimas décadas cada vez mais
abertos ao mundo e em crescente disposição à recepção de imigrantes e refugiados, isso, ao
menos, até ver-se a entrada do Presidente Jair Bolsonaro.
Entre impasses e alterações, a pasta da Cultura na Esplanada dos Ministérios bate como
uma bola de pinball de uma parede a outra, passando por idas e vindas constantes desde o
governo do ex-presidente Michel Temer (2016-2018), seguindo-se em mesmo processo no
atual governo de Jair Bolsonaro (2019-atual). Decreto publicado no Diário Oficial da União
transferiu a Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania (antigo Ministério da Cul-
tura), comandado por Osmar Terra (atualmente o titular é Onix Lorenzoni), para o do Turismo,
chefiado por Marcelo Álvaro Antônio. Conforme Terra disse à época, a troca de pasta ocorre
por motivos operacionais, pois as demandas da secretaria o estavam sobrecarregando. No
fundo a extinção do Ministério da Cultura e sua transformação em Secretária é, na verdade, um
nítido esforço de enfraquecimento da pasta.
Assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, a mudança ocorreu um dia após o economista
Ricardo Braga ter sido exonerado da subpasta. Quem assumiu a secretaria foi o dramaturgo
Roberto Alvim, substituído em fins de fevereiro de 2020 pela atriz Regina Duarte, após ter em
17 de janeiro de 2020 parafraseado Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha
Nazista em vídeo institucional da Secretaria de Cultura, fato este que gerou diversas manifes-
tações de repúdio no Brasil e até no exterior. Antes disso, a cultura perdeu status de ministério
e passou por tensões, em especial em relação às políticas de incentivo, que culminaram com a
alteração da chamada Lei Rouanet, além de controvérsias que reacenderam a discussão sobre
a censura à produção artística.
A volta da censura?
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Em seguida Carlos Bolsonaro, vereador e filho de Jair Bolsonaro tuitou considerar ser difícil
realizar as tais “transformações” em meio ao ambiente democrático.
No campo do audiovisual, Jair Bolsonaro determinou que se suspendessem editais de pa-
trocínio a séries de TV e filmes que contivessem temática gay em tela. Há, na verdade, uma
cruzada nítida impressa pelo Governo Federal em torno de obstaculizar produções culturais
mais liberais.
Grupos radicais de direita intensificaram sua atuação neste ano de 2020. Houve, até a entrada
do mês de maio, uma série de manifestações em fins de semana seguidos, sendo a imensa
maioria com a participação, inclusive, do Presidente Jair Bolsonaro, as quais bradam pela In-
tervenção Militar, fechamento do STF e até reedição do AI-5, entre outras bandeiras totalitárias.
Esses grupos possuem a liderança de um grupo principal denominado “Brasil dos 300”, uma
organização que, segundo a Polícia Civil do DF, possui cunho paramilitar com atuação ativa em
defesa exatamente destas bandeiras que há meses se encontra acampado na Esplanada dos
Ministérios.
O que se constata, de fato, em termos globais é que a Internet deu voz a discursos de vários
tipos. Muitos destes trazem incutidos em si visivelmente um combate direto à razão, à ciência
– e veja o absurdo, por exemplo, do caso dos defensores do terraplanismo. Ou seja, aqueles
que defendem sem a menor base teses que vão contra princípios basilares da sociedade oci-
dental, tais quais o humanismo e a progresso. Esses discursos vêm sendo denominados como
um “novo obscurantismo”.
O movimento denominado Escola sem Partido foi constituído em 2004. Após anos atrela-
do a um obscurantismo, o movimento acabou ganhando enorme projeção ao ser encampado
como uma das principais bandeiras do atual presidente Jair Bolsonaro.
Os defensores do Escola sem Partido vociferam acerca de se combater aquilo que cha-
mam de “doutrinação ideológica” nas escolas e universidades.
Visam estabelecer marcos legais com vistas a conter ao que eles consideram serem dou-
trinações político-partidárias ideológicas em escolas e universidades no Brasil. Sendo assim,
anseiam promover um regramento à atividade de expressão de professores, principalmente
em ciências humanas, como História, Geografia, Antropologia, Filosofia e Sociologia.
Bastante criticado por pedagogos, professores e parte da sociedade civil organizada, mas
aplaudido também por muitos conservadores, o Escola sem Partido, em sua página na inter-
net, se autodeclara como sendo uma organização que diz ser declaradamente de combate
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A cultura é cercada de externalidades positivas. Mas o que são estas externalidades posi-
tivas? As externalidades positivas são um conjunto de ganhos imateriais promovidos por meio
do contato das populações com as diferentes formas de arte. Bom, basta pensarmos que nin-
guém sai o mesmo após assistir a um filme, uma peça teatral, após ler um livro ou visitar uma
bela exposição. A cultura é modificadora, faz pensar e liberta.
Há, contudo, uma discussão que é sadia em sua origem, é bem verdade, aqui em nosso
país, mas que vem sendo deturpada e reside em buscar-se entender o papel do estado frente
ao fomento à cultura. Vamos esmiuçar, então, um pouco este tema, ok?
Em todo o mundo civilizado (inclusive nos Estados Unidos), a cultura recebe incentivos es-
tatais. Importa-nos entender, de início, uma analogia que farei abaixo e promovermos um exer-
cício de percepção acerca desta importante relação entre o estado e a promoção de atividades
culturais. Assim, sigamos: repare que uma praça não tem a obrigação de gerar lucro direto para
as cidades (e gera escalas de renda mesmo assim, por meio de pessoas que delas dependem,
tais quais o pipoqueiro, o vendedor de algodão doce etc.), as mesmas, junto com os parques,
devem ser mantidas pelas prefeituras independente de qualquer relação econômico-financei-
ra. O lucro de uma praça, e também dos parques, não pode ser mesurado contabilmente, con-
tudo é enorme à medida que os ganhos advêm exatamente daquilo de mais precioso: das
escalas da vida que ali se procedem em um ambiente profícuo à diversão, aos encontros e, no
caso dos parques, à realização de atividades físicas, dos passeios com animais de estimação,
expressões múltiplas (tais quais dança e música) e, claro, do próprio contato do homem com
a natureza.
Visto o exposto acima, o ponto a que quero chegar é que este mesmo pensamento, ou
seja, fora de uma escala contábil pura e simples, deve também envolver o entendimento acer-
ca do papel do Estado enquanto agente de suporte às atividades culturais, buscando, inclu-
sive, como condição fundamental, desassociar o incentivo estatal à cultura de impressões
partidárias/ideológicas. E é assim, com independência no aporte de recursos, que funciona
no mundo civilizado, isso quer queira, ou não, o nosso atual governo. O lucro, tanto de praças
e parques, tal qual de atividades culturais, não é apenas direto e não deve ser, portanto, colo-
cado na ponta do lápis. O lucro na cultura transcende uma escala contábil, como já destaquei,
possuindo conteúdo ao permear toda uma cadeia de relações e valores que vão desde a for-
mação de cidadãos mais críticos, até o próprio deleite individual e/ou coletivo que a arte traz.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Embarca em subjetividades, sem dúvidas, mas o acesso à cultura fomentado pelo Estado
jamais deve ser suprimido.
Estima-se que mais de um milhão de famílias possuam no imenso rol das atividades culturais
em curso atualmente no Brasil fonte de sustento primário.
Pensando nessa relação entre Estado e cultura e seus mecanismos de fomento, o legislador
criou a possibilidade, por meio da chamada Lei Rouanet (que se tornou Lei de Incentivo à Cultura,
e veremos isso à frente), que grupos empresariais associem suas marcas a investimento em
cultura, tendo como retorno direto uma série de isenções fiscais além de uma melhora na sua
relação com o público em geral, à medida que passam, assim, a ser vistos como os verdadeiros
mecenas do Brasil. Aos que se opõem à tal prática, é importante disseminar que este mecanis-
mo funciona muito bem, porém com erros e distorções que devem ser corrigidos e que já vêm
sendo. Vale dizer, e precisamos compreendermos também que todos os setores industriais no
Brasil recebem isenções governamentais. Assim, a geladeira que você tem, o carro que dirige e
até o fósforo que usa foram fabricados com isenções muito superiores às relativas à indústria
cultural. Em números, o conjunto de isenções no Brasil destinados à cultura não responde nem a
1% das que são oferecidas a todas as outras atividades industriais somadas.
Por fim, vale destacar que o principal fundo atualmente de fomento à atividade audiovisual
(de longe aquela com maior força em termos financeiros no Brasil), o FSA – Fundo Setorial do
Audiovisual –, possuiu uma capacidade arrecadatória da ordem de mais de 1 bilhão de reais,
sendo que ele se encontra totalmente vinculado à própria atividade. Ou seja, quem produz au-
diovisual contribui para o próprio fundo. E ele mesmo redistribui os valores dentro da própria
atividade gerando, assim, um ciclo sustentado e cada vez mais forte de fomento à própria
atividade.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Os termos Indústria Cultural e Cultura de Massa, embora similares, não são a mesma coisa.
Vamos analisá-los, pois as provas podem cobrar tais congruências (e incongruências) e, sen-
do assim, não vale a pena perder uma questão de concurso por causa disso.
O primeiro termo, ou seja, Indústria Cultural, advém de uma busca iniciada por marxistas, isto
lá pelas décadas de 20 e 30 do século passado, rezando na cartilha da Escola de Frankfurt,
com vistas a popularizar o acesso a atividades culturais. A indústria cultural é um termo re-
lacionado às mídias e comunicações de massa. A crítica marxista imposta vai no sentido de
perceber que diferentes grupos sociais dominantes começavam a utilizar a cultura e as artes
a partir da lógica de mercado capitalista. Para os autores (Theodor Adorn e Max Horkhermeir,
autores do livro “Dialética do Esclarecimento” de 1944), isso é extremamente nocivo, pois, ao
atender aos ideais de lucro, mercado, aceitabilidade, esses produtos da cultura serão consumi-
dos como os demais e perdem seu potencial de crítica social e de crítica ao próprio sistema,
criando uma alienação cada vez maior em seus consumidores. Para os mesmos autores, a
arte é um processo de reflexão sobre uma situação e, por isso mesmo, demanda momento
para a sua produção, técnicas e estudos. A arte como produto industrializado e produzido em
massa, consequentemente, carece de alguns elementos pela necessidade do mercado de ser
constantemente abastecido e renovado. Com isso, o próprio processo criativo se torna meca-
nizado e sempre orientado para agradar ao mercado, ao consumidor, as classes que dominam
o mercado e ao lucro, dessa forma seu potencial crítico é minimizado.
Visto isto, tem-se a crítica também à Cultura de Massa que é, exatamente, a formação de gru-
pos hegemônicos, voltados ao interesse tão somente do capital, os quais reproduzem modelos
culturais que promovem uma homogeneização dos indivíduos. De certa maneira, a indústria
cultural produz a cultura de massa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
TEXTO COMPLEMENTAR
Eis que, pela primeira vez em toda sua história, o Oscar seleciona um documentário
produzido no Brasil para concorrer ao prêmio máximo do cinema. Em sua 92a edição,
junto a mais 4 obras (todas feitas nos EUA), o festival incluiu o documentário Demo-
cracia em Vertigem na categoria de melhor documentário de 2019. Dirigido por Petra
Costa e produzido pela plataforma americana de streaming Netflix, por 120 minutos,
o que se vê na tela é nossa história política nos últimos anos que culminou no impe-
achment da primeira presidente mulher do Brasil, Dilma Rousseff. O filme não levou a
estatueta, perdendo a competição para American Factory, ou Indústria Americana (dis-
ponível no Netflix), mas não deixa de ser interessante que nossa primeira indicação na
categoria de documentários seja exatamente sobre a crônica polarização política que
experimentamos ao longo dos últimos anos.
Aqui neste texto, caro(a) aluno(a), faço minha única incursão de tom personalíssi-
mo em toda nossa matéria e peço, portanto, licença a você:
ASSISTA AO FILME!
Pronto.
É uma obra muito bem-feita, que não é narrada em tom panfletário (recebendo crí-
ticas muito elogiosas por quase a totalidade dos veículos especializados em cinema
no Brasil e no mundo), fundamental para a compreensão de um dos processos mais
importantes de nossa história e que se encontra diretamente ligado a vários aspectos
de nossa aula de Atualidades Brasil.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
TEXTO COMPLEMENTAR
O Brasil experimenta neste ano de 2020 um processo similar ao que fora vivenciado
a época do impeachment da ex-Presidente Dilma Rousseff, o qual se encontra umbi-
licalmente relacionado ao momento que vivemos de extrema divisão ideológica em
nossa sociedade. Com a ascendência do pensamento de ultradireita ao longo dos últi-
mos anos, eis que, entre os meses de maio e junho de 2020, vimos ocorrer uma série
de manifestações em que, tal qual relatado no filme que concorreu ao Oscar de melhor
documentário, Democracia em Vertigem, de Petra Costa, que relata os momentos da
deposição de Dilma Rousseff, novamente foi necessário dividir-se grupos antagônicos
em manifestações com vistas a se garantir a integridade física de todos envolvidos.
Em meio à maior pandemia dos últimos 100 anos, foram às ruas das maiores cidades
brasileiras manifestantes; de um lado, os apoiadores incondicionais de Jair Bolsonaro;
de outro, seus opositores.
Dentro desse contexto, chamou a atenção a presença de um grupo denominado
Brasil dos 300, comandado pela ex-ativista de esquerda e ex-feminista que se autode-
nomina Sara Winter.
“Olá, nós somos os 300 do Brasil, o maior acampamento contra a corrupção e a
esquerda do mundo” disse Sara Fernanda Giromini, mais conhecida como Sara Winter,
a uma reportagem entre as várias que se interessaram em cobrir esse curioso (e porque
não esquisito) grupo que se autoproclama também como bastiões da defesa da pátria.
As bandeiras do Brasil dos 300 saíram apenas no plano ideológico, ou de defesa de
valores já consagrados pelo Presidente Jair Bolsonaro, tais quais a defesa da família,
do direito ao armamento e a amor à pátria (...) e seguem em colisão aos poderes cons-
titucionais constituídos. Ao longo das várias manifestações conduzidas por apoiado-
res do Presidente, em que até em algumas o próprio líder, Jair Bolsonaro, esteve pre-
sente acenando fervorosamente de fora das dependências do Palácio do Planalto, os
manifestantes bradaram xingamentos ao ministro Alexandre de Moraes e, entre outros
devaneios, expressaram fragorosamente suas pautas, tais quais o retorno da ditadura
militar, com gestos em completa e escancarada alusão a Klu Klux Klan – grupo antisse-
mita branco dos EUA. Também saem em defesa de atos institucionais tirânicos, tal qual
o AI-5 (ato institucional número 5, de 13 de dezembro 1968, que, entre outros pontos,
versava o fechamento por tempo indeterminado do STF.
Frente a tudo isso, Sara Winter acabou sendo expulsa do DEM, acusada formalmen-
te pelo presidente do partido a que era filiada e pelo qual chegou a concorrer a uma
vaga de mandato de Deputada Federal em 2018 (sem sucesso na empreitada, obteve
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
TEXTO COMPLEMENTAR
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
foi sim. Segundo Cláudia, o religioso clamou por sua vida e o sangue estancou. O outro
milagre é relatado pelo maestro José Maurício Moreira, 50 anos. Em entrevista ao “Vati-
can News”, ele afirmou que era deficiente visual, não enxergava nada, e que certa vez
pediu em pensamento para a Irmã lhe aliviar a dor do glaucoma: “de um momento para
o outro, passei a enxergar normalmente”. Uma história, digamos, que vale destaque
porque não deixa de ser curiosa, envolve uma senhora que tinha unha encravada no pé
e tropeçara em um altar. Enquanto blasfemava e clamava por Dulce, a unha desencra-
vou.
Irmã Dulce, além de estar umbilicalmente envolvida a populações de miseráveis e
de enfermos, sabia transitar muito bem entre poderosos e políticos, contendo a admi-
ração e capacidade de receber apoio às suas causas quando necessário de modo for-
midável de figurões não tão santos. Era amiga pessoal, por exemplo, de José Sarney e
Antônio Carlos Magalhães, e, entre “globais”, era comum ver o escritor Paulo Coelho a
exaltá-la, além de Fafá de Belém, Fernanda Montenegro, entre outros.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Desde a primeira cúpula, em 2009, o BRICS tem expandido significativamente suas ativi-
dades em diversos campos, mas foi o campo financeiro que garantiu, desde o início, maior
visibilidade ao agrupamento. Os então quatro países-membros passaram a atuar de forma
concertada, a partir da crise de 2008, no âmbito do G20, FMI e Banco Mundial, com propostas
concretas de reforma das estruturas de governança financeira global, em linha com o aumento
do peso relativo dos países emergentes na economia mundial. O papel desempenhado pelo
BRICS foi fundamental para a reforma das quotas do FMI, aprovada em Seul, em 2010.
No mesmo campo, a cooperação BRICS levou ao lançamento das duas primeiras insti-
tuições do mecanismo: o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e o Arranjo Contingente de
Reservas (ACR). A criação do banco visou a responder ao problema global da escassez de
recursos para o financiamento de projetos de infraestrutura.
A partir de 2015, o BRICS passou a buscar novas áreas de cooperação, sempre tendo
presente a necessidade de obter benefícios palpáveis para os cinco países. Para o Brasil, as
áreas de saúde, ciência, tecnologia e inovação, economia digital e cooperação no combate ao
crime transnacional são prioritárias nesse esforço de avançar novas áreas de atuação.
A XI Cúpula foi realizada em Brasília, em 13 e 14 de novembro de 2019, no Palácio Ita-
maraty, sob o lema “BRICS: crescimento econômico para um futuro inovador”. Antecedendo o
encontro de líderes, a presidência brasileira organizará dezenas de encontros que terão como
prioridades: (i) o fortalecimento da cooperação em ciência, tecnologia e inovação; (ii) o refor-
ço da cooperação em economia digital; (iii) o adensamento da cooperação no combate aos
ilícitos transnacionais, em especial ao crime organizado, à lavagem de dinheiro e ao tráfico de
entorpecentes; e (iv) o incentivo à aproximação entre o Novo Banco de Desenvolvimento e o
Conselho Empresarial.
TEXTO COMPLEMENTAR
O Brasil e o Canabidiol
O Brasil é um dos países que produz uma das maiores quantidades de pesquisas
acerca do uso de canabidiol no mundo, o santo elixir que é uma das 113 substâncias
químicas canabidioides encontradas na Cannabis Sativa. Contudo, após mais de 30
países aprovarem o uso da substância para fins medicinais (inclusive nossos vizinhos
Uruguai, Argentina e Colômbia), foi somente no início de dezembro de 2019 que a
Anvisa – órgão oficial de regulação de medicamentos no Brasil – liberou finalmente a
prescrição legal de remédios feitos da maconha.
A importação de medicamentos com base na maconha (que bem verdade já ocorria,
desde 2015, mas era cara e demorada), a partir de agora, fica facilitada com a chancela
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
oficial. O Brasil, porém, ainda discutirá o uso da maconha para fora do âmbito medicinal
(ou seja, recreativo) em fase futura. Holanda, EUA (em alguns estados) e Uruguai, entre
outros países, já legalizaram a cannabis também para seu uso recreativo. A nova regu-
lamentação no Brasil (atendendo a pleitos conservadores) não permite que a cannabis
seja plantada em território nacional para nenhum fim.
O canabidiol é usado com bastante eficiência para tratamentos diversos, como
epilepsia, esquizofrenia, psicose, ansiedade, artrite, entre outros. Segundo a Anvisa, a
eficiência é ultracomprovada e não produz efeitos colaterais conhecidos na maconha
quando fumada, tais quais perda de memória e fome incessante, conhecida também
como “larica”.
Mesmo perdida a batalha por parte dos grupos conservadores, liderados por Osmar
Terra, o Ministro da Cidadania de Bolsonaro, eles foram até o fim na seara de discussões
no Congresso Nacional empreendidas em fase pré-liberalização pela Anvisa, defenden-
do a não legalização do uso medicinal da maconha com a alegação de que, entre outros
motivos, na maioria dos países que permitiram o uso medicinal da maconha, o que se
viu como resultado direto (comprovadamente) foi uma abertura rápida ao uso recreati-
vo.
Polêmicas à parte, abre-se com a regulamentação um enorme mercado no Brasil.
Os remédios à base de canabidiol já representam algo em torno de 7% dos ganhos
da indústria farmacêutica global, criando por aqui uma expectativa de faturamento na
casa dos R$ 5 bilhões até 2023 e solução para ao menos 500.000 crianças que pos-
suem epilepsia e não se adaptam a tratamentos tradicionais.
TEXTO COMPLEMENTAR
Presidente Jair Bolsonaro, temeroso acerca das perdas econômicas que se avizinha-
vam, já na largada, se posicionou de forma radicalmente contra as medidas que em
uníssono foram sendo tomadas por todos os 27 governadores de estado do país. Os
Chefes dos Executivos locais expediram decretos entre os meses de março e início de
abril de 2020, ou seja, logo no início dos esforços do combate ao vírus, determinando a
realização de medidas de isolamento social, com o consequente fechamento de vários
tipos de comércio. Na outra ponta, pairou discurso emanado pelo presidente Jair Bol-
sonaro acerca de “se preservar vidas ou empregos?”, como se um fato estivesse disso-
ciado do outro. Ou seja, na ilusão de que houvesse, de fato, uma opção real.
O Presidente defendeu o chamado “isolamento vertical”, ou seja, isolar-se apenas
crianças e idosos, ou pessoas nos chamados grupos de risco, em vez de se imprimir
o “isolamento horizontal”, tal qual fora realizado, que é quando o maior número possí-
vel de pessoas deve permanecer dentro de casa, independentemente de apresentarem
fatores de risco ou não para a doença. O distanciamento horizontal pode ser feito em
diferentes níveis de rigidez.
O mais rígido termo é já bem conhecido como LOCKDOWN. Nele somente as ati-
vidades consideradas essenciais (como farmácias e supermercados) são permitidas
funcionarem normalmente (sendo que nessa segunda cepa de Covid pós-Carnaval,
bebidas alcoólicas não podem ser vendidas após determinados horários). Pode, inclu-
sive, haver um monitoramento das ruas pela polícia frente ao movimento de pessoas
em atividades consideradas não essenciais (o chamado toque de recolher). Nessa
toada, o governador de São Paulo (João Doria) e de Goiás (Ronaldo Caiado), aliados
de primeira hora do Presidente desde a campanha de Bolsonaro à Presidência, chega-
ram a romper com ele exatamente por discordarem destas modalidades de isolamen-
to. O mandatário nacional retrucou, chamando todos os governadores que procederam
tal qual orientação da OMS – Organização Mundial de Saúde –, ou seja, que realiza-
ram o isolamento horizontal, como “irresponsáveis”, alegando nas entrelinhas estarem
promovendo um complô contra o seu governo ao intencionarem “quebrar a economia
nacional”. Ainda dentro deste raciocínio negacionista, e que vai, inclusive, contra sua
própria política de estado para a saúde, outrora comandada por Ministros da Saúde (o
oncologista Nelson Teich assumiu em 16/04 em lugar de Luiz Henrique Mandetta, mas
este último não durou nem um mês no cargo, sendo demitido em 14/05) que versa exa-
tamente a que seja promovido o isolamento social, o Presidente Bolsonaro imprime um
modus operandi peculiar, passando a se locomover cada vez mais pelas ruas da capi-
tal federal e pelo país, seja comendo pastel em feira, inaugurando obras, a passeio, ou
a trabalho remoto (como no fim do ano no Guarujá). Sem qualquer proteção frente ao
contágio por Covid (leia-se uso máscara, luvas e prática de distanciamento). Em
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
pronunciamento nacional, Bolsonaro chegou a dizer ser esta pandemia apenas uma
“gripezinha”, exaltando em sequência se encontrar imune aos efeitos da Covid por pos-
suir “um histórico de atleta”.
A politização em relação ao Covid-19 se seguiu em torno da decisão acerca da(s)
vacina(s) a ser(em) aplicada(s), de fato, e aderida(s) pelo Governo. Em fins de 2020,
se digladiariam em tom de embate público o Presidente Jair Bolsonaro e João Dória,
governador de São Paulo. O Presidente dizia ser totalmente contra a vacina chinesa,
que por aqui teve colaboração à sua feitura do Instituto Butantan, na capital paulista. Já
Doria, como havia de se supor, dizia não abrir mão da vacina que seu estado havia dado
suporte na feitura. Venceu o governador.
Economia e Auxílio
Dentro do âmbito inevitável de paralisia econômica que assolou o país (as previsões eram
de redução do PIB em taxa em torno de 6% a 8% em 2020, mas se confirmaram em “apenas”
4.1% de queda do PIB), o governo federal se apressou e enviou ao Congresso Nacional medida
emergencial de auxílio à população de informais, que beirou, segundo últimas estimavas, a
casa de 100 milhões de pessoas. Foi o chamado “coronavoucher” de 600 reais, distribuído já
em abril de 2020 em sua primeira parcela, com seguimento por mais três meses (e prorrogação
por mais 3 de 600 reais), nas agências da Caixa a todos que se encaixarem no seguinte perfil:
• ser maior de 18 anos;
• não possuir emprego formal;
• a renda familiar per capita tem que ser de até meio salário mínimo (R$ 522,50), ou a ren-
da total de até 3 salários mínimos (R$ 3.135,00);
• não ter recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 no ano de 2018;
• exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI);
• ser ou não contribuinte Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
• ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo;
• ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020;
• não receber benefício previdenciário ou assistencial como seguro-desemprego ou pro-
gramas de transferência de renda federal, exceto Bolsa Família.
Além disso, a proposta do governo aprovada pelo Congresso Nacional estabelece que até
2 membros da mesma família possa receber o benefício, somando uma renda de R$ 1.200.
E as mulheres que sustentam seus lares sozinhas poderão acumular dois benefícios indi-
vidualmente.
Outras medidas econômicas em 2020 com vistas a assistir a população frente ao abalo
econômico gerado pelo coronavírus são as antecipações do 13º salário de aposentadorias do
INSS e do PIS/Pasep. No âmbito estadual, bancos regionais, como o BRB – Banco de Brasília
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
–, lançaram linhas de créditos com juros mais baixos para suporte a empresários de pequeno
e médio porte.
Investigações e CPI
Neste mar de notícias ruins, inclui-se ainda a investigação conduzida pelo Ministério Pú-
blico Federal, com auxílio da Polícia Federal, de que respiradores em alguns estados, tais quais
Pará e Rio de Janeiro, foram adquiridos em regime de emergência de forma superfaturada.
Nos dois estados, inclusive, os governadores foram intimados a depor pela Polícia Federal e
o do Rio de janeiro já está afastado esperando julgamento de impeachment. No DF, a situação
é parecida, tendo sido preso o Secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo, em setembro de
2020 em operação que visa apontar culpados acerca de irregularidades em compra de testes
para Covid-19 dentro do âmbito da Operação Falso Negativo.
Para o Governo Federal, o Senado aprova o início dos primeiros dias de maio de 2021 da
CPI da Covid, presidida pelo Senador Renan Calheiros (MDB-AL) com vistas a apurar as res-
ponsabilidades relacionadas ao Governo Federal em relação ao surto de Covid no país.
Em maio de 2021, o Brasil fora ultrapassado pela Índia em número total de mortes pelo
Covid, mas ainda ocupa (apenas atrás de Índia e dos EUA) a terceira colocação no ranking
global de mortes por Covid, devendo atingir a cifra de maio milhão de mortos em julho.
Veja abaixo, caro(a) aluno(a), as diferenças entre surto, epidemia, pandemia e endemia.
Surto: acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma
região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o
esperado pelas autoridades. Em algumas cidades (como Itajaí-SC), a dengue é tratada como
surto (e não como epidemia), pois acontece em regiões específicas (um bairro, por exemplo).
Epidemia: a epidemia se caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões. Uma
epidemia a nível municipal acontece quando diversos bairros apresentam uma doença, a epi-
demia a nível estadual acontece quando diversas cidades têm casos. Na entrada de 2020,
o Brasil experimentou um surto de dengue. Somente em janeiro deste ano, foram mais de
30.000 casos suspeitos de dengue no país. Outra doença que tem como vetor o Aedes Aegyp-
ti, a Chikungunya, apresentou 959 casos prováveis no início de 2020. A taxa de incidência é de
0,46 casos por 100 mil habitantes. O Nordeste e o Sudeste são as regiões mais afetadas, com
índices de 0,58 por 100 mil e 0,52 por 100 mil, respectivamente. O estado do Rio de Janeiro
registra 28,5% das notificações, onde também foi registrada uma morte pela infecção.
Pandemia: em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior dos cenários. Ela acontece quan-
do uma epidemia se espalha por diversas regiões do planeta. Em 2009, a gripe A (ou gripe
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
suína) passou de epidemia para pandemia quando a OMS começou a registrar casos nos seis
continentes do mundo. A AIDS, apesar de diminuir no mundo, também é considerada uma
pandemia. Assim como o atual surto de coronavírus, que virou uma pandemia.
Endemia: a endemia não está relacionada a uma questão quantitativa. Uma doença é classifi-
cada como endêmica (típica) de uma região quando acontece com muita frequência no local.
As doenças endêmicas podem ser sazonais. A febre amarela, por exemplo, é considerada
uma doença endêmica da região Norte do Brasil.
Dentro do enorme bojo de assuntos (e controvérsias) acerca da Covid no Brasil e das me-
didas emanadas pelo governo federal no combate ao vírus, entram, como não podia deixar de
ser, os tratamentos preventivos, tais quais propalados insistentemente pelo Presidente Bolso-
naro. Perdendo força nesta entrada de 2021, mas ainda em voga, tal qual podemos perceber
em matéria abaixo do G1 de janeiro de 2021, em meio à segunda onda de pandemia em Ma-
naus. Vejamos abaixo:
MATÉRIA
Em: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2021/01/15/bolsonaro-insiste-em-tratamento-preco-
ce-sem-comprovacao-contra-a-covid-estudos-mostram-que-nao-ha-prevencao-contra-a-doenca-com-ajuda-
-de-medicamentos.ghtml
“Todos os países com seriedade, que seguem a ciência, eles já compreenderam que
esses medicamentos não são eficazes contra a Covid. Se esses medicamentos ti-
vessem qualquer comprovação científica, seria impossível que esses países, onde
existem pesquisadores muito sérios e instituições muito respeitadas e competentes,
não estivessem recomendando para a sua população”, disse Ethel Maciel, professo-
ra titular da Universidade Federal do Espírito Santo e pós-doutora em epidemiologia
pela universidade Johns Hopkins.
“O Brasil precisa deixar isso pra trás. O Brasil precisa colocar o nosso dinheiro, que
é um dinheiro público, naquilo que é realmente efetivo: as vacinas e as medidas
emergenciais, para que as pessoas possam fazer isolamento social com dignida-
de”, completou Maciel.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
saúde amazonense, após recorde das internações por Covid-19 e com uma nova va-
riante do coronavírus circulando no estado.
‘Terrível o problema em Manaus. Agora, nós fizemos a nossa parte’, diz Jair Bol-
sonaro
“Problemas. A gente está sempre fazendo o que tem que fazer. Problema em Ma-
naus. Terrível, o problema em Manaus. Agora, agora, nós fizemos a nossa parte. Re-
cursos, meios. Hoje, as Forças Armadas ‘deslocou’ para lá um hospital de campanha.
O ministro da Saúde esteve lá segunda-feira e providenciou oxigênio”.
Antes disso, outras pesquisas já haviam acusado a ineficácia das substâncias para
prevenção e tratamento da infecção pelo coronavírus. A revista científica “Nature”,
uma das mais renomadas do mundo, publicou dois estudos que apontaram que a
cloroquina e a hidroxicloroquina não são úteis contra a Covid-19.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Em: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2021/01/15/bolsonaro-in-
siste-em-tratamento-precoce-sem-comprovacao-contra-a-covid-estudos-mostram-
-que-nao-ha-prevencao-contra-a-doenca-com-ajuda-de-medicamentos.ghtml
A Vacinação
Por fim, o Brasil iniciou em janeiro, em torno de um mês atrasado em relação aos países
da União Europeia e os EUA, a vacinação em massa com vistas a combater a Pandemia de
Covid-19. As 7 vacinas aprovadas pela Anvisa (entre registros definitivos e emergenciais)
por terem cumprido os protocolos relacionados à 3ª fase de experimentação são, na entrada
de maio/2021: as vacinas da Pfizer/BioNTech e a Covishield (Fiocruz/AstraZeneca/Oxford).
Possuem um registro definitivo, concedido pela Anvisa. Agora, a vacina da Janssen (Johnson
& Johnson), a CoronaVac (Instituto Butantan/Sinovac) e a Covishield (com IFA produzido na
Índia) receberam autorização para uso emergencial.
Depois, os imunizantes contra o coronavírus da Moderna e da Sinopharm foram autoriza-
dos por meio do consórcio COVAX Facility. Dessa forma, “sete vacinas poderão ser usadas no
país com a aprovação da Anvisa”.
Para facilitar o recebimento de doses dos imunizantes distribuídos pelo COVAX Facility,
a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 465 foi aprovada no dia 9 de fevereiro. “A propos-
ta tem por objetivo deixar clara a dispensa de registro ou da autorização temporária de uso
emergencial para as vacinas importadas pelo Ministério da Saúde provenientes da iniciativa
global Covax Facility”, afirmou a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, na ocasião.
Nestes casos, as vacinas poderão ser distribuídas ao Plano Nacional de Imunização (PNI)
e precisarão apenas da avaliação do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde
(INCQS), órgão associado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Previsão: até dezembro de 2021, todos os adultos vacinados.
E o Governo Federal já comemora a vacinação, nesta entrada de maio de 2021, de grande
parte (85%) da população idosa do Brasil (+60 anos) com ao menos uma dose de vacina contra
o Coronavírus. A estimativa (bastante otimista) emitida pelo Governo Federal é que, na entrada
de dezembro de 2021, toda a população adulta já se encontre vacinada.
FIM
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/FUB/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2018) Acerca
de temas diversos da atualidade, julgue o próximo item.
Atualmente, o massivo investimento em ciência e tecnologia tem feito o setor secundário do
Brasil desempenhar papel de grande destaque no produto interno bruto nacional, que, atual-
mente, está entre os dez maiores do mundo.
O Brasil se tornou o maior exportador de soja em tempos recentes sendo o segundo maior
produtor global. Provavelmente deveremos consolidar, contudo, primeiro lugar no ranking de
produção em pouco tempo, vale o destaque.
Certo.
O Brasil possui em sua pauta de exportações uma participação de 50% de commodities. O con-
ceito de commodities se refere a produtos primários minerais e agrícolas de uso global, com
valor de venda determinado por bolsas específicas, sendo a principal a Bolsa de Chicago. As
commodities não possuem valor agregado nem pesquisa em manufatura e tecnologia indus-
trial, além disso, impactam enormemente o meio ambiente.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A área de influência de Brasília alcança GO e MG. Não à toa, a RIDE – Região Integrada de
Desenvolvimento Econômico do Entorno e DF –, que faz as vezes de Região Metropolitana do
DF, possui municípios de ambas as UFs (29 do GO e 4 de MG).
Certo.
Ponto interessante em Atualidades. Não confundir com megalópoles, conceito que se refere
à aglomeração de metrópoles. No caso, as megacidades são exatamente estas cidades (não
aglomerações) com mais de 10 milhões de habitantes. A maioria destas estão na Ásia. O lu-
gar onde mais crescem é, justamente, na Ásia e na África. O Brasil possui apenas uma: São
Paulo, considerada uma das 6 maiores cidades do mundo.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Os itens errados são o I e o III. No I, o erro está ao afirmar que a população carcerária advém
de pessoas que, em sua totalidade, cumprem penas já sentenciadas pela justiça. O que temos
hoje no Brasil é, na verdade, um contingente enorme de pessoas ainda esperando julgamento,
presos em prisão temporária e/ou preventiva com prazos em muito expirados.
Letra b.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
comandada por Alberto Fernandez Presidente, com Cristina Kirchner Vice, para 2020-2023.
Bolsonaro já se antecipou e disse não telefonar parabenizando seu maior parceiro no bloco.
Letra d.
Os itens III e IV estão errados, porque, respectivamente, a questão migratória global é uma pau-
ta conflituosa em política internacional, ao contrário do que o item afirma, e também o Brasil
faz parte do jogo migratório, sendo receptor atualmente de quase 100.000 venezuelanos em
apenas 3 anos, além de ter recebido ao longo desta década que se encerra imigrantes haitia-
nos, bolivianos, peruanos, entre outros.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A assertiva não deixa dúvidas. A preservação do patrimônio cultural em todas suas formas,
com sua guarda em museus, possui, de fato, um viés fundamental também muito bem mar-
cado à salvaguarda de nossos bens.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Com a participação no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o Brasil firmou impor-
tantes acordos bilaterais com países estratégicos.
Primeiramente, o Fórum Econômico de Davos, realizado anualmente na Suíça, não possui mis-
são que sirva como praça que acordos comerciais sejam firmados. Outro ponto importante a
ser destacado é que o atual Presidente Jair Bolsonaro, em sua primeira participação em Davos,
teve uma atuação morna, sem arrancar aplausos nem críticas.
Errado.
As redes sociais, como sabemos bem, proporcionam (em tese) debates, mas não vêm favore-
cendo consensos acerca de temas relevantes.
Errado.
013. (CESPE/2019) Acerca de temas da atualidade que envolvem o Brasil e o mundo, julgue o
item seguinte.
O fato de os países árabes serem grandes importadores de produtos da cadeia produtiva do
agronegócio brasileiro pode influenciar a política externa brasileira relativa ao Oriente Médio.
Em tese, o que se espera de nossa política externa, comandada atualmente pelo Ministro Er-
nesto Araújo, é que ocorra maturidade por nossa parte acerca de temas sensíveis do Oriente
Médio, tais quais religião e costumes. Em termos comerciais, houve, ao compararmos com
20 anos atrás, um crescimento considerável tanto em termos absolutos como proporcionais
entre o Brasil e o Oriente Médio. Além do mais, a nossa balança comercial com eles é do tipo
superavitária.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A reforma trabalhista completou 2 anos em set/2019 após ser aprovada pelo Congres-
so Nacional.
Certo.
É o que se percebe: com mais de 60.000 homicídios em 2017, o Brasil, ao liderar com folga
tal ranking macabro globalmente, ainda se equiparou ao que se estima de perdas humanas
em um ano na pior guerra civil (na Síria) em curso atualmente no mundo. Vale destacar que
em 2019 o governo federal anuncia ter havido, frente a 2017, uma queda de mais de 20% nos
homicídios totais no país.
Certo.
016. (IESES/PREF SÃO JOSÉ-SC/2019) Com relação à aplicação dos recursos oriundos do
Fundo Partidário assinale a alternativa correta:
a) Deve ser usado na manutenção das residências dos membros do partido.
b) Permite a transferência de recursos para outros partidos.
c) Não é permitido o pagamento de despesas com alimentação.
d) Pode ser destinado à criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de dou-
trinação e educação política.
Art. 17. Constituem gastos partidários todos os custos e despesas utilizadas pelo órgão do partido
político para a sua manutenção e consecução de seus objetivos e programas.
§ 1º Os recursos oriundos do Fundo Partidário somente podem ser utilizados para pagamento de
gastos relacionados (Lei n. 9.096/1995, art. 44):
I – à manutenção das sedes e serviços do partido;
II – à propaganda doutrinária e política;
III – ao alistamento e às campanhas eleitorais;
IV – à criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação
política;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
As queimadas podem até ocorrer por fatores naturais, como raios e energia eletroestática no
ar, mas, na imensa maioria das vezes, são de origem humana. Na Amazônia, em 2019, veri-
fica-se um aumento destes eventos em comparação a anos anteriores. Seus danos se dão
tanto em relação ao quase banimento de organismos que enriquecem o solo, quanto em rela-
ção ao aumento da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, como também prejuízos
estruturais, tal qual citado no item B.
Letra b.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Estão erradas a III e a IV respectivamente porque o número de brasileiros nos EUA é o maior
entre todos países no globo e a influência norte-americana nas Américas se consolidou não
apenas nos países mais desenvolvidos, mas de forma praticamente hegemônica.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Quando Donald Trump deu início à disputa de tarifas no ano passado, o Brasil havia acabado
de registrar uma supersafra, o que permitiu ao maior exportador de soja do mundo atender
quase que exclusivamente à voraz demanda da China. Mas, depois dos volumes recordes ex-
portados e de problemas climáticos no período de cultivo, os estoques brasileiros estão em
queda e a próxima safra está a meses de distância.
Isso poderia criar um problema para a China, o maior consumidor de soja do mundo. Depois
que Trump intensificou a disputa comercial na semana passada, o gigante asiático decidiu
suspender as compras de produtos agrícolas dos EUA. A Argentina (um país sul-americano)
pode ser uma opção, mas os agricultores atualmente estão estocando grãos antes das pró-
ximas eleições.
Já há evidências de um aperto na oferta. Os estoques de soja do Brasil estão 80% abaixo do
nível registrado no mesmo período do ano passado, e as exportações do país caíram 8% até
julho. Para a China, as exportações mostram queda de 11%. Os prêmios dos preços para em-
barques do país estão em alta.
(Adaptado. Acesso em agosto de 2019. Disponível em: http://bit.ly/2yZRUiV)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
os EUA imprimiram sanções comerciais ao Brasil, sendo que, na verdade, tal contenda foi em
relação à China.
Letra d.
Atualmente a Rússia se encontra suspensa do G8, como retaliação em função das ações em-
preendidas pelo país na questão da Crimeia, em 2014, sendo estes, portanto, os atuais pa-
íses do G7.
Letra b.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
teoria da relatividade geral de Albert Einstein prevê que uma massa suficientemente compacta
pode deformar o espaço-tempo para formar um buraco negro.
Letra d.
Entre as causas para a queda identificada nas pesquisas citadas no trecho, é correto indicar
a) os escândalos de corrupção publicados pela imprensa.
b) o aumento vertiginoso dos índices de violência urbana.
c) a forte crise econômica que atinge o país.
d) a rápida deterioração do sistema público de saúde.
e) o colapso do sistema público de educação.
Macri não conseguiu colocar a economia do país nos trilhos. Há recessão (queda do PIB em
2017 e 2018 na casa dos 2% ao ano), inflação galopante (uma das maiores do mundo, em
torno de 40% para 2019) e derretimento do valor do peso frente ao dólar. Como resultado, ele
experimentou níveis baixíssimos de popularidade chegando ao fim do mandato em que tenta-
va ser eleito novamente, perdendo, contudo, o posto para o grupo rival de Alberto Fernandez,
com Cristina Kirchner Vice.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Angela Merkel se tornou uma das principais lideranças globais. Postulada quase unanimemen-
te como sendo a mulher mais importante do mundo ao longo destes últimos 15 anos, destila
na condução de seu governo um estilo conciliador e umbilicalmente ligado aos preceitos de
unicidade europeia. No comando de uma das maiores potências globais, e país mais rico e
populoso da Europa desde 2005, declara perceber ser a hora de passar o bastão em 2021.
Seu partido, acima citado, se chama União Democrática Cristã (CDU), de viés ideológico cen-
tro-direita.
Letra a.
A votação teve clima de referendo para Donald Trump, que completou dois anos na Casa
Branca, pois:
a) o Presidente manteve sua maioria no Senado, perdendo a maioria da Câmara dos represen-
tantes para os Democratas.
b) a população manifestou boicote à eleição em protesto contra o Presidente.
c) os candidatos eram todos contrários à política do presidente contra imigrantes.
d) o Presidente aguardava as eleições para continuar sua guerra contra a Coreia do Norte.
e) o Presidente dependia das eleições para saber se iria continuar com sua política de corte de
gastos militares.
Trump segue com maioria na Câmara e, assim, busca se sustentar no recente processo de
impeachment contra ele aberto em dez/2019.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Benítez possui um direcionamento político parecido com nosso presidente Jair Bolsonaro, de
viés de direita-radical. Seu pai foi auxiliar de primeira mão do último ditador do país, Alfredo
Strossner.
Letra d.
027. (INÉDITA/2020) A população mundial cresce nesta entrada de nova década ainda em
taxa superior a 1% ao ano em média, ostentando indicadores de fecundidade repositivos, ou
seja, acima da média de 2 filhos por mulher em idade reprodutiva.
Estima-se que a média de filhos por mulher em 2019, muito puxada pela África, esteja em
trono dos 3.2.
Certo.
029. (INÉDITA/2020) O Brasil em termos globais pode ser ainda classificado como um país
tipicamente populoso, visto que o nosso contingente populacional total está ranqueado entre
um dos dez maiores do mundo em 2019.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
030. (INÉDITA/2020) Segundo a ONU, em seu mais recente estudo sobre a população global,
o World Population Prospects-2019, o grupo de países atualmente que experimenta uma de-
pressão demográfica, ou seja, a queda em seus totais populacionais, está localizado funda-
mentalmente em áreas onde ocorrem guerras, tais quais a Síria, o Iraque, o Iêmem.
Houve uma massiva entrada de governos à esquerda na América do Sul na década anterior
(2000-2010). Estes governos entraram no poder por via democrática.
Errado.
033. (INÉDITA/2020) A China e os Estados unidos são hoje ao mesmo tempo os maiores pro-
dutores industriais e as maiores economias do mundo. A formação de um campo comercial
unificado entre estas duas potências se encontra em fase inédita, tendo em vista que ambos os
países não vêm medindo esforços com vistas a consolidar, já para 2020, acordos comerciais
liberalizantes em quase todas as esferas e, assim, consolidar um modelo de trocas comerciais
estruturado praticamente sem qualquer entrave aduaneiro entre estes dois gigantes globais.
Embora seja longo o texto do item, vale destacar que não há, por parte dos dois países, inicia-
tivas claras com vistas a liberalizar o comércio entre ambos.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
034. (INÉDITA/2020) A ONU tem atualmente como chefe máximo no cargo de Secretário-Ge-
ral, em mandato que se sucede entre o quinquênio 2017-2021, o português António Guterres.
Ao convocar a população dos EUA nas eleições com este lema, America First, Trump vence as
eleições de 2016 impulsionado por votos de uma massa de americanos ansiosos em recupe-
rar postos de emprego perdidos em função da dispersão de parques industriais para outros
países, principalmente a China.
Certo.
036. (INÉDITA/2020) Os EUA intensificam as sanções econômicas frente a China, já que ocor-
re ano a ano, desde 2010, um distanciamento do tamanho do PIB norte-americano frente a de
seu rival oriental. A década que se encerra (2010-2020) marca, portanto, a consolidação de
uma dianteira disparada do tamanho do PIB chinês frente ao PIB dos EUA.
A guerra comercial tem a ver com deficit dos EUA em balança comercial frente a China e o
avanço da tecnologia 5G comandada pela China em curso. Em relação ao PIB, o Produto Inter-
no Bruto dos EUA ainda é maior que o da China, numa razão de 40%, devendo, contudo, haver
a ultrapassagem do PIB chinês sobre o norte-americano até 2030.
Errado.
037. (INÉDITA/2020) A política impressa por Donald Trump, desde seus primeiros dias de go-
verno frente ao comércio exterior, pode ser considerada agressiva e isolacionista.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Sem sombra de dúvidas. É um isolacionismo que se demonstra por meio de saída de blocos
econômicos e revisões tarifárias várias, frente, por exemplo, ao Nafta, o acordo de livre comér-
cio firmado com EUA e México em 1994.
Certo.
038. (INÉDITA/2020) É fato inequívoco que o mercado interno chinês ainda prescinde de es-
calas atrativas de consumo e renda. Em função das imposições restritivas do partido comu-
nista local, os gastos com bens de consumo por parte da imensa população local ainda se
encontram longe do que se observa em países bem menores, tais quais a Bélgica, ou mesmo
a Argentina.
O mercado interno chinês cresce espantosamente e já muito maior em gastos que qualquer
país, com exceção dos EUA. Aliás, no mercado de consumo de luxo, a China lidera o ranking
global faz alguns anos.
Errado.
Na verdade, a premissa inicial do item está correta, mas há erros após. Há um balanceio nas
relações comerciais que se deve, entre outros fatos, sem dúvidas, à cotação de moedas im-
portantes, tais quais a moeda chinesa. Contudo, o que se percebe é que a cotação dela se
encontra desvalorizada frente ao dólar, o que torna mais competitivos os produtos fabricados
na China. A China controla a inflação global, de certa forma, e sua moeda subvalorizada contri-
bui a que ocorra superavit comerciais em sua balança comercial principalmente com os EUA.
Sendo assim, é errado afirmar que a moeda chinesa vem se valorizando ostensivamente frente
ao dólar. Por fim, vale destacar que os EUA reclamam enormemente frente ao processo que
consideram artificial imposto pela China de desvalorização de sua moeda exatamente para
vender mais baratos seus produtos ao exterior.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
040. (INÉDITA/2020) Acerca dos principais pontos de Atualidades Brasil, julgue como certo
ou errado os itens abaixo conforme seus conhecimentos:
Algumas díades (questões fronteiriças) ganharam espaço no ano de 2019, causadas sobrema-
neira em função dos posicionamentos antagônicos ideológicos de Brasil (a direita) e Venezue-
la (a esquerda). Uma delas se deve ao fechamento da fronteira entre os dois países, por prazo
aproximado de 3 meses, por parte da Venezuela no primeiro semestre de 2019.
Embora não haja questões em voga em Atualidades acerca de limites territoriais entre o Bra-
sil e seus países vizinhos (são 10), o ano de 2018/2019 expôs algumas questões acerca de
imigrantes venezuelanos que aqui adentraram fugindo da Crise Econômica por lá instalada. O
Brasil, como forma de tripudiar o vizinho (se utilizando marotamente do argumento da “ajuda
humanitária”), disse que enviaria mantimentos para o país, sendo tal proposta rechaçada por
Nicolas Maduro que, logo em seguida, ficou “emburrado” e promoveu o fechamento (por sua
livre e espontânea vontade) de suas fronteiras com o Brasil entre os meses de mar a jul/2019.
Certo.
041. (INÉDITA/2020) Em 2019, o Brasil marcou um total de 5.570 municípios. Os Estados com
mais municípios atualmente são Minas Gerais e São Paulo.
Os dados acima conferem com a realidade de nossa malha urbana em 2019 com SP e MG na
liderança em número total de municípios.
Certo.
042. (INÉDITA/2020) No balanço dos modais de transporte em 2019, o meio rodoviário pos-
sui predominância sobre todos os outros meios no país, com algo em torno de 60% da carga
transportada.
Depois do modal rodoviário no Brasil, vem o modal ferroviário que transporta em torno de 20-
25% da carga no país seguido pelo hidroviário e o aéreo.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A produção de energia pela força dos ventos (eólica) ganhou impulso no Brasil ao longo dos
últimos 15 anos. Hoje essa matriz em crescimento responde por praticamente 6% da energia
do Brasil em média.
Errado.
Nesse quesito o Brasil não está listado em posição alta no ranking dos mais populosos. Aliás,
muito pelo contrário.
Ao diluirmos a enorme população brasileira por nosso gigante território nacional, em um
ranking de mais ou menos 190 países, o Brasil se encontra por volta do 159º lugar.
Errado.
045. (INÉDITA/2020) Contribui para ser baixa atualmente a taxa de densidade demográfica do
Brasil o tamanho continental do Brasil e a presença de anecúmenos, áreas onde a fixação de
pessoas é dificultada por fatores naturais, tais quais a Floresta Amazônica.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Os estados mais populosos do Brasil são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. As
regiões mais populosas são Sudeste e Nordeste.
Certo.
049. (INÉDITA/2020) Acerca dos temais mais importantes de Atualidades em 2019 no Brasil,
julgue os itens abaixo.
A Operação Lava Jato tem suas instâncias iniciais em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.
A operação possui primeiras instâncias em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo, com esferas
recursais nos TRF-4 de Curitiba e TRF-2 do Rio de Janeiro e Tribunais Superiores em Brasília.
Certo.
050. (INÉDITA/2020) A Petrobras deve ser vendida por completo até fins de 2019, saindo das
mãos estatais e indo por completo para a iniciativa privada.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
052. (INÉDITA/2020) As milícias no Rio de Janeiro possuem estrita relação com áreas em que
o Comando Vermelho, maior facção criminosa no estado, se uniu a militares tais quais PMs e
Bombeiros, em favelas da Zona Sul e Centro.
As milícias possuem atuação principalmente na Zona Oeste. Sua ação, na verdade, em pri-
meira fase, se deve à expulsão de traficantes e do poder paralelo por parte de grupos de mili-
tares na ativa ou não.
Errado.
São instrumentos de acordos já existentes em nosso estatuto jurídico que, contudo, vêm sen-
do usados ostensivamente na Lava Jato. Acordos de Leniência são para pessoas jurídicas e
as delações premiadas são para pessoas físicas.
Certo.
O novo Ministério tem o economista liberal Paulo Guedes como chefe da pasta.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
GABARITO
1. E 19. d 37. C
2. C 20. d 38. E
3. C 21. b 39. E
4. C 22. d 40. C
5. C 23. c 41. C
6. b 24. a 42. C
7. d 25. a 43. E
8. a 26. d 44. E
9. C 27. C 45. C
10. C 28. C 46. C
11. E 29. C 47. C
12. E 30. E 48. E
13. C 31. E 49. C
14. C 32. E 50. E
15. C 33. E 51. E
16. d 34. C 52. E
17. b 35. C 53. C
18. a 36. E 54. C
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.