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JUNÇÃO NEUROEFETORA: sinapse entre o

SISTEMA NERVOSO neurônio pós e célula-alvo. [qualquer órgão


AUTÔNOMO efetor].

SN. Somático: responsável pela motilidade


[voluntário].
SN. Autônomo: involuntário, possui sua autonomia.
Pode ser chamado de SN Visceral, pela sua atividade
sob as vísceras.

 Controla e regula funções corporais [atividades


orgânicas, contração do coração, secreção de
glândulas...];

 No somático, há um neurônio grande que parte


do SNC e se comunica com o m. esquelético;
mas no autônomo há 2 neurônios → composto
de NEURÔNIO PRÉ-GANGLIONAR (parte
do sistema nervoso central e faz sinapse com
outro neurônio fora do central no local
chamado de GÂNGLIO AUTONÔMICO →
o 2º neurônio que faz comunicação direta com
o órgão que recebe a mensagem [órgão efetor])
ANA +
PAULA S. ALMEIDA
NEURÔNIO – MED XI
PÓS GANGLIONAR (2º 1
neurônio - faz sinapse com o órgão efetor);

 A sinapse que ocorre entre esses neurônios é


do tipo QUÍMICA [neurotransmissores] –
TODO NEURONIO PRÉ-GANGLIONAR
LIBERA ACETILCOLINA
[independentemente de ser simpático ou
parassimpático]; Já o PÓS-GANGLIONAR
pode ter vários neurotransmissores diferentes;

 Pode ser do tipo SIMPÁTICO (estimula) ou


PARASSIMPÁTICO (“freia”).
ANA PAULA S. ALMEIDA – MED XI 2

SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO:


Mobiliza para a ATIVIDADE, com grande gasto
energético. Está relacionado à reação de luta/fuga
[descarga encefálica simpática, maciça e
simultânea em todo o corpo].
 Temos como resposta do de luta/fuga:
taquicardia (aumento da frequência cardíaca
– para maior oxigenação dos músculos
esqueléticos), aumento da pressão arterial
(sangue circula com maior força), aumento da
frequência respiratória (absorver maior
quantidade de O2), bronquiodilatação
(facilita a troca gasosa), dilatação pupilar
(midríase), vasodilatação (dos músculos
esqueléticos) periférica e vasoconstrição em
outros territórios (trato gastrointestinal),
produção hepática de glicose (energia) e
redistribuição do fluxo sanguíneo para
musculatura.
{ação dos transmissores em diferentes receptores}
Neurônios pós ganglionares do SNS liberam
noradrenalina, que vai se ligar à receptor adrenérgico
alfa ou beta, que são receptores metabotrópicos (2°
mensageiro- recebeu o estímulo e gera a atividade, é axônio longo pelo gânglio autonômico ser distante
como se ele ficasse responsável pela atividade que a do órgão efetor.
noradrenalina o mandou fazer – assim, o 2°
mensageiro passa a informação pra dentro da célula.

O
gânglio autonômico do parassimpático é bem
ANA PAULA
próximo S. efetor.
ao órgão ALMEIDA Já no –simpático,
MED XI é longe 3
– o neurônio pós-ganglionar é longo.
O SN SIMPÁTICO possui o neurônio pré-
ganglionar sai do SNC da medula espinhal à nível
TORACO-LOMBAR, fazendo sinapse na cadeia
paravertebral. Neurônio pré: axônio curto e pós:
 O sistema nervoso simpático realiza essas  ONDE ENCONTRAMOS RECEPTORES
sinapses, em sua maioria, numa região DO TIPO MUSCARÍNICOS?
mais próxima da medula espinhal. - Órgão efetor do SN AUTONOMO [pode ser
Possuímos próxima da medula espinhal, tanto parassimpático, quanto simpático – como
uma cadeia ganglionar, também chamada exceção]
de cadeia paravertebral.

Já o neurônio pré-ganglionar parassimpático, SAI


DO TRONCO ENCEFÁLICO E DA MEDULA
ESPINHAL SACRA (regiões mais altas e mais
baixas).
*“Saiu lá de cima ou lá de baixo é parassimpático,
saiu do meio é simpático.”.

SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO:


Relacionado ao repouso, à digestão e conservação
de energia.
Nervo vago – possui mais de 70% das fibras do
SN PARASSIMPÁTICO.
Neurônio pós ganglionar libera acetilcolina, mas não é
mais um receptor adrenérgico, agora é um receptor
muscarínico
ANA PAULA (também metabotrópico
S. ALMEIDA e 2° mensageiro).
– MED XI 4

NEUROTRANSMISSORES:
Todo neurônio pré-ganglionar libera ACH,
caindo nos receptores ionotrópicos nicotínicos dos
gânglios autonômicos.

 ONDE ENCONTRAMOS ESSE TIPO DE


RECEPTOR?
- Membrana dos mm. esqueléticos;
- Membrana do neurônio pós-ganglionar [sim e
parassim];

 O neurônio pós-ganglionar faz a sinapse


com o órgão efetor, secretando
principalmente:
- NORADRENALINA/NORAEPINEFRINA, que
se liga nos RECEPTORES ADRENÉRGICOS
[SN SIMPÁTICO].
- ACETILCOLINA, que se liga nos
RECEPTORES tipo MUSCARÍNICOS –
acoplados à ptn G. [SN PARASSIMPÁTICO].
*colinérgico: libera acetilcolina.
.

Os

 CIR
CUI
TO

receptores adrenérgicos e muscarínicos são do


tipo metabotrópicos.
EXCEÇÃO: no SNA SIMPÁTICO, o neurônio pós-
ganglionar libera ACETILCOLINA nas GLÂDULAS
SUDORÍPARAS TERMORREGULADORAS.
[NEURÔNIO SIMPÁTICO COLINÉRGICO] →
receptor também do tipo muscarínico;

 ONDE
ANA O SNA
PAULA ATUA? – MED XI
S. ALMEIDA 5

Ele participa também da quebra da glicose;


PELA CORRENTE SANGUÍNEA: N.  O neurônio pós-ganglionar no SNA, emite
pré-ganglionar vai até o gânglio várias ramificações no órgão efetor, que se
autonômico, que se localiza na glândula dilata. Cada dilatação é chamada de
SUPRARRENAL [dividida em 2 regiões: VARICOSIDADE, onde se localizam as
córtex – periférica e medula – central], vesículas de neurotransmissores. Logo,
onde realiza SINAPSE tipo química quando chega o estímulo na varicosidade,
colinérgica com uma célula na medula da são liberados os neurotransmissores de
suprarrenal [CÉLULAS CROMAFINS]. forma simultânea e em vários pontos
Essa célula funciona como um neurônio diferentes → LIBERAÇÃO DIFUSA E
pós-ganglionar. N. PÓS-G.: CÉL. SIMULTANEA DE
CROMAFINS; GÂNGLIO: MEDULA NEUROTRANSMISSORES. [acontece tanto
DA SUPRARRENAL. no simpático, quanto parassimpático]. Assim,
um único neuronio pós-ganglionar abrange
A adrenalina [NE/NA] é sintetizada a partir da uma grande área do tecido-alvo.
sinapse com a célula cromafim.
[Vesícula libera o neurotransmissor da mesma
Na medula da suprarrenal existe uma enzima, a forma que no m. esquelético, com a presença do
PMNT, que realiza a conversão da Ca2+].
NORAEPINEFRINA em EPINEFRINA. Esse
processo demanda energia, pois é um processo de  O neurotransmissor quando cai na fenda
transformação → essa energia advém do córtex da sináptica, pode ir ao receptor, à corrente
gl. suprarrenal, pela quebra do cortisol.

ANA PAULA S. ALMEIDA – MED XI 6

A ADRENALINA sintetizada vai para a


corrente sanguínea, sendo chamada de
HORMÔNIO. Dessa forma, ela cai nos
receptores adrenérgicos, realizando funções
para o SNA SIMPÁTICO.

PARTICULARIDADES DO SNA:
sanguínea ou sofrer recaptação para a NAV [limite at-ven; onde há uma parada para evitar a
varicosidade. contração átrio-ventrículo ao mesmo tempo]

Obs.: Quando a noradrenalina é recaptada, a ESTÍMULO: NSA → NAV → M. CARDÍACO


enzima MAO (presente da mitocôndria)  3 B1 – há diferentes respostas, pois são tecidos
degrada esse neurotransmissor. com estruturas e funções diferentes;
 NSA: aumento da fr. cardíaca
FUNÇÕES RECÍPROCAS SIMPÁTICAS
 NAV: aumento da velocidade de
E PARASSIMPÁTICAS: quando há o
condução do estímulo
antagonismo entre o simpático e
parassimpático. Há tanto receptores
adrenérgicos, quanto muscarínicos.
 Inervação autônoma do nó sinoatrial
(NSA) → marca-passo fisiológico,
gera a contração do coração.
 S: ↑frequência cardíaca;
 P: ↓fr. cardíaca;

 Bexiga
 S: acomoda a urina na bexiga,
relaxando a parede da bexiga e contrai o
esfíncter interno [m. liso, sob ação do SN  M. CARDÍACO: aumento da força de
contração
AUTÔNOMO];
B2 – pulmões – broncodilatação.
Obs.: possuímos também o esfíncter externo,
mas ele atua sob ação do SN SOMÁTICO –
ANA PAULAACH;
voluntário; S. ALMEIDA – MED XI 7

 P: atua no ato de urinar, contraindo a


parede da bexiga e relaxamento do IMPORTANTE:
esfíncter interno. [No parassimpático, tanto SIMPÁTICO – armazenamento
no e. interno, quanto no externo há a ACH
como neurotransmissor, mas no interno é PARASSIMPÁTICO – liberação
receptor muscarínico e no externo,
receptor nicotínico];

 Pupila (ALFA)
 S: midríase → dilatação
 P: miose → contração

 RECEPTORES ADRENÉRGICOS:

B1 – coração – nó sinoatrial, nó atrioventricular e m.


cardíaco;
NSA [alto do átrio, desembocadura da v. cava
superior] – onde o estímulo é produzido; determina a
quantidade de batimentos/min;
ANA PAULA S. ALMEIDA – MED XI 8
AGONISTAS E ANTAGONISTA
AUTONÔMICOS

 A cocaína é um agonista adrenérgico, ela


bloqueia a recaptação da noradrenalina nos
terminais adrenérgicos, prolongando os efeitos
da noradrenalina na célula alvo. A
noradrenalina fica disponível e todas
manifestações de descarga noradrenérgicas são
observados, gerando a sensação de euforia.
[SNA Simpático fica ativo].

 Anticolinesterásicos: bloqueiam a degradação


O sistema nervoso motor é subdividido em
da ACH, prolongando sua atividade.
Inseticidas organofosforados tóxicos são sistema nervoso somático (sob controle
anticolinesterásicos. [SNA Parassimpático voluntário, atividade reflexa, motoneurônio) e
fica ativo]. sistema nervoso autônomo (involuntário).

Lembrando que: a adrenalina é um SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO: voluntário,


hormônio produzido na glândula moto-neurônio inervando a fibra muscular
suprarrenal pelas células cromafins e ela é esquelética. Tem um único neurônio, partindo do
levada somente pela corrente sanguínea. Já SNC e fazendo sinapse com o músculo
a noradrenalina é produzida nas esquelético, o neurotransmissor é a ACH, que se
varicosidades, no terminal do neurônio pós-
liga a receptores nicotínicos.
ganglionar.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: chamado
também de sistema involuntário ou visceral,
porque não depende do controle voluntário, ele ganglionar eu posso ter uma variação do
que controla as funções dos órgãos, que está neurotransmissor liberado.
relacionado com os controles homeostáticos,
*Essa sinapse é do tipo QUÍMICA, e se existe uma
peristaltismo, responsável por moderar a
sinapse química é porque tem
frequência cardíaca e força de contração, possui
NEUROTRANSMISSOR disponível.
função controladora e reguladora. Possui dois
neurônios, um parte do SNC e outro que se *O sistema nervoso somático tem um único
comunica com esse e vai até o órgão efetor. neurônio que sai do SNC e vai fazer sinapse com o
músculo esquelético. Já o sistema nervoso
O termo vegetativo caiu em desuso, uma vez que
autônomo, é formado por 2 neurônios, um
esse sistema não tem nada de vegetativo, pois é
neurônio pré-ganglionar que parte do SNC e faz
altamente ativo e dinâmico, importante para o
sinapse com o neurônio pós-ganglionar que entra
controle de diversas funções orgânicas.
em contato com o órgão efetor.
A estrutura do SNA é formada por 2 neurônios,
Sistema Nervoso Central (SNC): encéfalo e
um neurônio que parte do SNC e faz sinapse com
medula espinhal. Sistema muito complexo,
um outro neurônio que está fora do SNC e este
organizado com uma função integrativa muito
neurônio é que vai até o órgão efetor. Essa região
bem estabelecida (pois ele é capaz de receber
da sinapse do 1º neurônio com 2º neurônio é
sinais de diversos pontos da periferia, por meio
chamado de GÂNGLIO.
dos neurônios aferentes, e ler e interpretar,
O neurônio pré-ganglionar (que parte do SNC e dando uma resposta a periferia). Capta o sinal, faz
faz sinapse com neurônio pós-ganglionar a nível a leitura desse sinal, interpreta e envia uma
de gânglio) e neurônio pós-ganglionar (que vai resposta à periferia (pelos neurônios eferentes).
até o órgão efetor). O fluxo é sempre
*Neurônio autonômico se divide em 2
ANA PAULA
unidirecional, S. ALMEIDA
sempre – MED XI
do pré-ganglionar para o 9
ramificações: simpático e parassimpático. E esse
pós-ganglionar.
SNA é que vai controlar a função de diversos
Vamos ter dois neurônios se conectando e esses órgãos (controle de músculo liso, glândulas em
dois neurônios vão estabelecer uma rota para o geral, parte do tecido adiposo/processo de
potencial chegar até a célula efetora. lipólise, e etc.). É uma ramificação altamente
controladora e involuntária.
Então a estrutura do SNA é formada por 2
neurônios, que partem do sistema nervoso Órgãos inervados pelo SNA: músculo liso,
central, ou seja, um neurônio que parte do SNC músculo cardíaco, glândulas exócrinas e
faz uma sinapse/comunicação (fora do SNC) com endócrinas, tecido linfático, parte do tecido
um outro neurônio, que vai entrar em contato e adiposo.
se conectar com o órgão efetor.
SIMPÁTICO: ramificação do SNA que tem a
Essa região aonde esse neurônio, que parte do capacidade/atribuição de mobilizar o corpo em
SNC, faz a sinapse com o outro neurônio é atividade (põe o corpo para trabalhar),
chamado de GÂNGLIO (gânglio autonômico). relacionado com o alto consumo de energia/alta
demanda de nutrientes.
- NEURÔNIO PRÉ-GANGLIONAR: é aquele que
parte do SNC e vai até o gânglio. Todo o neurônio PARASSIMPÁTICO: está trabalhando mais com o
pré-ganglionar libera acetilcolina (simpático ou peristaltismo, relacionado mais com o descanso,
parassimpático). conservar energia, digestão. É a ramificação do
SNA que trabalha para tirar as coisas do corpo.
- NEURÔNIO PÓS-GANGLIONAR: que parte do
Então ele trabalha nessas condições, que
gânglio e vai até o órgão efetor (músculo
demandam uma energia menor, por isso é o
cardíaco, glândulas, entre outros.). O pós-
sistema nervoso relacionado a conservar energia.
*LUTA OU FUGA ganglionar, também chamada de cadeia
paravertebral.
Quando nós temos uma descarga de adrenalina,
nós chamamos isso de descarga simpática. E Quando a gente vai observar esses gânglios
quando falamos de luta ou fuga, em situações de autonômicos que formam a cadeia paravertebral,
estresse grande, observa-se uma carga massiva uma vez que ela está bem perto da medula, os
de neurotransmissores simpáticos. Então a axônios dos neurônios pré-ganglionares do
ativação generalizada do SNA simpático leva a sistema nervoso simpático, são axônios mais
taquicardia (para fornecer um volume maior de curtos, pois os gânglios estão mais próximos da
sangue), vasoconstricção (aumenta a pressão medula. Mas a gente também pode ter o gânglios
arterial), aumento da pressão arterial (força do pré-vertebrais, que estão um pouco mais
sangue contra as paredes dos vasos), midríase distantes da medula, mas ainda assim estão mais
(dilatação da pupila), dilatação dos bronquíolos próximas da medula do que os gânglios do
(maior oferta de O2 é necessária), dilatação parassimpático.
vascular dos músculos do braço, perna e coração
*Portanto, o axônio do neurônio pré-ganglionar
(pois eles vão trabalhar muito e vão precisar de
do SNS a gente vai observar que ele é um axônio
muito sangue/nutrientes e oxigênio), constrição
mais curto, pois o gânglio autonômico está mais
vascular esplâncnica (dos órgãos viscerais), o
perto da medula espinhal e quando a gente
fígado aumenta a produção hepática de glicose e
observar o axônio do neurônio pós-ganglionar a
ocorre a redistribuição do fluxo sanguíneo do
gente vai observar que ele é um axônio mais
trato gastrointestinal para a musculatura.
cumprido, porque ele vai fazer sinapse com um
Tanto o sistema nervoso simpático, quanto o órgão efetor que está distante.
parassimpático, apresentam dois neurônios, um
*Já no sistema nervoso parassimpático, o axônio
neurônio que parte do SNC (neurônio pre-
ANA PAULA S. ALMEIDA – MED XI do neurônio pré ganglionar é cumprido porque o 10
ganglionar) e que vai fazer sinapse com outro
gânglio está pertinho do órgão ou até mesmo
neurônio fora (neurônio pós-ganglionar) do SNC,
localizado no próprio órgão, já o axônio do
pois essa sinapse acontece a nível de gânglio
neurônio pós-ganglionar é curto, saindo
autonômico. Então a gente pode ter gânglio um
praticamente do órgão mesmo e indo para o
pouco mais próximo da medula, como a gente
próprio órgão.
pode ter gânglio um pouco mais distante e até
mesmo localizado no próprio órgão. *O nervo vago apresenta 75% das fibras desse
SNA parassimpático, contendo a maior parte
dessas fibras.
*No sistema nervoso simpático: o neurônio pré-
NEUROTRANSMISSORES
ganglionar simpático parte da região toraco-
lombar da medula espinhal. Acetilcolina (ACH)
* Já o neurônio pré-ganglionar parassimpático, - Todo neurônio pre ganglionar libera ACH, seja
sai do tronco encefálico e da medula espinhal simpático ou parassimpático. E essa ACH que é
sacra (regiões mais altas e mais baixas). liberada, por esse neurônio préganglionar, vai se
ligar aos receptores da membrana do neurônio
*“Saiu lá de cima ou lá de baixo é parassimpático,
pós-ganglionar, que são os receptores nicotínicos.
saiu do meio é simpático.”.
Receptores nicotínicos: encontrados lá na fibra
*O sistema nervoso simpático realiza essas
muscular esquelética, no sistema nervoso
sinapses, em sua maioria, numa região mais
somático e na membrana do neurônio pós
próxima da medula espinhal. A gente tem bem
ganglionar, no sistema nervoso autônomo.
próxima da medula espinhal, uma cadeia
Receptores muscarinicos: encontrado nos órgãos órgão, nesse caso sempre será o receptor
efetores do SNA, porque no órgão efetor do muscarínico.
motor somático o receptor é do tipo nicotínico.
Adrenalina
Receptores adrenérgicos: são receptores de
- Essa ACH, que se liga aos receptores nicotínicos noradrenalina (noraepinefrina) e adrenalina
de membrana, envia uma mensagem, (epinefrina). Nós temos uma variedade de
transmitindo uma onda de despolarização, ao receptores adrenérgicos: alfa 1, alfa 2, beta 1,
longo desse neurônio pós-ganglionar e aí a gente beta 2 e beta 3.
vai ter no órgão efetor, outra sinapse química,
- A adrenalina (epinefrina) é produzida pela
que não será necessariamente a ACH. *Pode ser a
glândula suprarrenal (ou adrenal).
ACH, pode ser a noradrenalina ou pode ser outro
peptídeo. - A glândula suprarrenal tem duas camadas: uma
camada mais externa que é o córtex da
No sistema nervoso simpático na grande maioria
suprarrenal e uma camada mais interna chamada
das vezes o neurotransmissor envolvido é a
de medula da suprarrenal. A medula da glândula
noradrenalina. Já o parassimpático na grande
suprarrenal produz o hormônio adrenalina, e essa
maioria das vezes vai liberar ACH.
adrenalina assim que é produzida, ela cai na
*Exceção: glândula sudorípara é um órgão que ao corrente sanguínea até chegar no seu órgão
invés de ter receptores adrenérgicos para efetor, que pode ser um músculo liso, músculo
noradrenalina, ela possui receptores cardíaco, glândula endócrina, e etc. A adrenalina
muscarínicos, onde irá se ligar ACH, mesmo entra no circuito do SN simpático, assim como a
fazendo parte do sistema nervoso simpático. noradrenalina, só que a noradrenalina é
Neurônios pós ganglionares das glândulas produzida pelo neurônio pos ganglionar, já a
ANA PAULA S. ALMEIDA – MED XI 11
sudoríparas secretam Ach ao invés de adrenalina é produzida pela medula da glândula
noradrenalina (Neurônios simpáticos suprarrenal (ganha a corrente sanguínea até
colinérgicos). chegar ao órgão efetor).
*Sempre em órgão efetor, o receptor de ACH é o A medula da suprarrenal vai funcionar como se
receptor muscarínico. fosse um neurônio pós ganglionar. Então eu vou
ter um neurônio pre ganglionar do simpático,
*Neurônios não adrenérgicos e não colinérgicos:
saindo da região toraco lombar da medula e esse
não liberam noradrenalina e nem ACH, mas
neurônio pre ganglionar vai ate a suprarrenal e
liberam outros neurotransmissores, tais como:
vai fazer sinapse com as céls da medula da
substância P, somatostatina, peptídeo intestinal
suprarrenal, liberando ACH. Então la na medula
vasoativo. São exemplos especiais.
da suprarrenal tem as céls que vão funcionar
Noradrenalina como neurônio pós-ganglionar (são neurônios
pos ganglionares modificados). Essas céls da
*A noradrenalina vai se ligar ao receptor
medula da glândula suprarrenal são chamadas de
adrenérgico, no órgão efetor, que não é um canal
células cromafins. E as células cromafins são
iônico. Portanto a ação desse receptor se dá por
responsáveis por produzir a adrenalina, que será
um segundo mensageiro, que vai levar a abertura
jogada na corrente sanguínea.
do canal.
*A ACH que é liberada, pelo neurônio pós-
ganglionar no órgão efetor, é captada pelo *O axônio do neurônio pós-ganglionar do SNA,
receptor muscarínico. O receptor muscarínico é quando ele chega no órgão efetor, ele emite
um receptor de ACH que será encontrado nos vários prolongamentos, que é como se fosse uma
órgãos efetores. Independente de qual seja o rede sobre aquele órgão. A importância disso é
que nós temos as varicosidades (bolotas) e que Junção neuroefetora: é a sinapse entre o
cada varicosidade dessa libera neurotransmissor neurônio pos ganglionar e a célula alvo.
no órgão. E a quantidade de neurotransmissores
Dentro do SNA, nós temos duas ramificações com
que chegam no órgão é maciça e simultânea em
funções antagônicas/manifestações opostas, mas
pontos diferentes do órgão, porque o SNA tem
que dentro do processo homeostático, são
essas características do neurônio pos ganglionar
manifestações importantes e caminham juntas.
ter essas varicosidades, onde encontramos as
vesículas com os neurotransmissores que pode FUNÇÕES RECÍPROCAS SIMPÁTICAS E
ser noradrenalina, a adrenalina, ach, ou outro PARASSIMPÁTICAS
neurotransmissor.
- Inervação autônoma do nodo sinoatrial: o nodo
- Por isso que numa reação de luta ou fuga, com sinoatrial é o nosso marcapasso, que não precisa
uma ação do SNA, de uma forma maciça, a gente do SNC para trabalhar, marcando o
tem uma descarga e uma manifestação tão passo/frequência cardíaca, e esse processo de
importante, porque é muito neurotransmissor ao gerar a frequência cardíaca, os impulsos que
mesmo tempo, em pontos diferentes, sendo serão importantes para o coração contrair, o
liberados/descarregados, devido a essas nodo sinoatrial recebe sistema nervoso
varicosidades, do SNA em grande quantidade. autônomo para modular o seu trabalho, ou seja,
vai falar para ele trabalhar mais ou trabalhar
- Liberação difusa de neurotransmissores: porque
menos. Quando eu tenho o SN simpático atuando
o neurônio pos ganglionar tem as varicosidades,
sobre esse nodo, vai falar para ele aumentar a FC,
que são lançadas difusamente sobre o órgão
mas o parassimpático vai reduzir essa FC.
efetor e elas estão cheias de neurotransmissores.
- Bexiga: o mesmo sistema nervoso autônomo,
No SNA simpático, p. ex., o potencial de ação vem
com duas funções diferentes, mas dentro de um
ANA
pelo PAULA
axônio, S. ALMEIDA
chega – MED
na varicosidade, XI onda
e essa 12
mesmo processo, a eliminação da urina. Quando
de despolarização abre o canal de cálcio, quando
a urina chega na bexiga urinária ela não vai direto
o cálcio entra, ocorre a exocitose do
para a uretra, pois a bexiga vai armazenando essa
neurotransmissor, que nesse caso é a
urina, e quem faz esse trabalho de levar a bexiga
noradrenalina, e a noradrenalina vai cair na fenda
a relaxar, para poder armazenar a urina que
sináptica, e quando a noradrenalina cai na fenda
chega em seu interior, é o sistema nervoso
sináptica, ela vai se ligar principalmente ao seu
simpático. Então o simpático descarregando a NA
receptor adrenérgico (não é um canal iônico),
la nos receptores adrenérgicos do musculo da
acoplado a proteína G. Uma parte da NA que não
parede da bexiga, vai relaxando a parede da
se liga nesses receptores, se difunde para longe,
bexiga, fazendo com que ela consiga armazenar
ganha também a corrente sanguínea e vai
urina, e ao mesmo tempo o simpático vai contrair
embora, até achar algum receptor em outro
o esfíncter interno da bexiga, fechando esse
órgão efetor. E a NA que está na fenda sináptica
esfíncter interno, e contribuindo para que essa
também sofre a recaptação para essa
urina continue armazenada. Na hora de urinar, o
varicosidade de onde ela veio, aonde ela vai
parassimpático vai trabalhar para jogar essa urina
sofrer a ação da enzima mitocondrial
para fora, através da liberação de ACH que vai se
monoaminooxidase (MAO) e a gente vai ter a
ligar aos receptores muscarínicos no músculo que
liberação de produto de NA que será utilizado
forma a parede da bexiga, começando a contrair
novamente para a produção de novas moléculas
a parede da bexiga e relaxando o esfíncter que se
de NA. Eu posso ter receptação direta da NA,
abre, e a urina sai. Graças ao esfíncter externo
voltando para a vesícula e sendo armazenada
que nós não precisamos andar de fraldão, porque
novamente. A tirosina é um aa que serve de
é o esfíncter externo que a gente comanda, pois
matéria prima para a produção de NA.
já não é musculo liso, não faz parte do SNA e sim
do sistema nervoso somático, que a gente Quando a noradrenalina se liga no receptor alfa 1
controla. do musculo radial da íris acontece a contração
deste musculo, fazendo a dilatação da pupila. A
Então o simpático relaxa a parede da bexiga e
ação da noradrenalina a efeito ocular é a
contraindo o esfíncter interno -> urina sendo
midríase.
armazenada na bexiga.
*Obs: Importante olhar e decorar o quadro de
O parassimpático contrai a parede da bexiga e
EFEITOS DO SISTEMA NERVOSO AUTONOMO NA
relaxa o esfíncter interna, e com a força da mente
FUNÇÃO DOS SISTEMAS DE ORGAOS (livro
você relaxa o esfíncter externo, e a urina sai.
LINDA).
A gente tem funções que parecem de início
- O coração tem um tecido especializado, porque
funções opostas mas que são funções
ele gera o seu próprio estímulo e conduz o
extremamente importantes dentro de um mesmo
estímulo, não precisando do cérebro para gerar o
processo e a favor de um mesmo processo, isso é
estímulo. Ele possui células automáticas que são
uma reciprocidade de função.
capazes de gerar seu próprio estímulo, que é o
- Pupila: no escuro ela dilata para tentar enxergar marcapasso fisiológico chamado de nodo
o máximo possível. Quem faz a dilatação da sinoatrial. O nodo sinoatrial que gera o estímulo
pupila (midríase), através do simpático. No claro a para o coração bater, e esse nodo tem receptores
pupila contrai (miose) e esse processo é feito pelo do tipo beta 1. Quando a noradrenalina se liga
parassimpático. São funções recíprocas e no receptor beta 1 no nodo sinoatrial, o efeito é
extremamente importantes. o aumento da frequência cardíaca. Aí tem um
sistema de condução deste estímulo que percorre
até chegar numa outra estrutura chamada de
*Os receptores adrenérgicos e muscarínicos não nodo atrioventricular, que é muito importante
ANA PAULA S. ALMEIDA – MED XI 13
são canais iônicos, pois atuam por meio de um porque ele não vai permitir que o átrio e o
segundo mensageiro. ventrículo se contraiam ao mesmo tempo.
Quando o estímulo chega no nodo AV (que está
Nós temos uma variedade de receptores
exatamente entre o átrio e o ventrículo) há uma
adrenérgicos: alfa 1, alfa 2, beta 1, beta 2 e beta
parada na condução do estímulo (retardo nodal)
3. São receptores de noradrenalina e adrenalina.
para dar tempo do átrio se contrair para depois o
Receptores muscarínicos e adrenérgicos não são
ventrículo se contrair, à fim de não atrapalhar a
canais iônicos pois atuam sobre efeito de
hemodinâmica. Quando a noradrenalina se liga
segundos mensageiros.
no receptor beta 1 do nodo atrioventricular vai
ocorrer o aumento da velocidade de condução.
O retardo nodal é um pouco mais rápido sob ação
da noradrenalina.
O músculo cardíaco contrátil que forma a parede
do coração está cheio de receptores, também do
tipo beta 1 e quando a noradrenalina se liga
nestes receptores ocorre o aumento da força de
contração/ da contratilidade.

- Quando a noradrenalina se liga ao receptor beta OBS: Ou seja, no coração existem 3 pontos
1 no nó sinoatrial o efeito é o aumento da diferentes (nodo sinoatrial, nodo
frequência cardíaca. Quando a mesma atrioventricular e nas células da parede cardíaca)
noradrenalina se liga ao receptor beta 2 no e em cada ponto tem um efeito diferente, de
musculo brônquico observa-se um relaxamento acordo com a localização específica do receptor.
deste musculo, tem uma broncodilatação.
Já no SNA parassimpático é a acetilcolina que vai  Inseticidas organofosforados tóxicos são
ser liberada e vai se ligar aos receptores anticolinesterásicos.
muscarínicos nestes mesmos lugares, no nodo SA
(reduzindo a frequência cardíaca), nodo AV Lembrando que: a adrenalina é um
(reduzindo a velocidade de condução do hormônio produzido na glândula
estímulo), na parede do coração (reduzindo a suprarrenal pelas células cromafins e ela é
força de contração). E os receptores de levada somente pela corrente sanguínea.
acetilcolina são receptores muscarínicos. Já a noradrenalina é produzida nas
varicosidades, no terminal do neurônio
Os receptores adrenérgicos são divididos e atuam
pós-ganglionar.
sob um 2º mensageiro. Quando se tem parada
cardíaca, faz infusão de adrenalina porque
adrenalina se liga a receptores adrenérgicos beta
1 cardíacos, estimulando o aumento da
frequência cardíaca, a velocidade de condução e
a força de contração. E quando se usa um beta-
bloqueador vai bloquear a ação da noradrenalina
neste receptor e normalmente tem a frequência
cardíaca um pouco mais baixa.
No quadro:
- O TGI tem na sua parede uma musculatura lisa e
nele se encontra receptores alfa 2 e beta 2 e o
SNA simpático trabalha para manter as estruturas
ANA do
dentro PAULA S. ALMEIDA
TGI, então – MED
relaxa a parede XI
para 14
guardar as excretas e contrai os esfíncteres. Já o
SNA parassimpático trabalha para eliminar as
excretas, relaxando os esfíncteres e contraindo as
paredes. (Livro LINDA).
- Em relação a genitália masculina: O
parassimpático se ligando a receptores do tipo
alfa 1 na genitália masculina é responsável pela
ereção peniana. Já o simpático é responsável pela
ejaculação.

Agonistas e Antagonista autonômicos


 A cocaína é um agonista adrenérgico, ela
bloqueia a recaptação da noradrenalina
nos terminais adrenérgicos, prolongando
os efeitos da noradrenalina na célula alvo.
A noradrenalina fica disponível e todas
manifestações de descarga
noradrenérgicas são observados, gerando
a sensação de euforia.
 Anticolinesterásicos: bloqueiam a
degradação da ACH, prolongando sua
atividade.

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