FISIOLOGIA O sistema circulatório é formado por: coração, vasos

sanguíneos (vasculatura), células sanguíneas e plasma.

CARDÍACA
Estudo dividido em 2 blocos: FISIO CARDIO &
FISIO VASCULAR;

O sistema circulatório é formado por uma série de

tubos, chamados de vasos sanguíneos, cheios de
líquido (sangue) e conectados a uma bomba, o
coração. Ele é importante na comunicação célula-
célula e na defesa do corpo → APROXIMA
FUNCIONALMENTE ESTRUTURAS DISTANTES
ANATOMICAMENTE.;

O SANGUE:
SEMPRE FLUI A FAVOR DE UM GRADIENTE DE
PRESSÃO – da onde tem mais pressão para um local
de menos pressão.
ANA PAULA
O sangue possuiS.um
ALMEIDA – MED XI
sentido anterógrado (sempre 1
segue para frente).
Temos dois tipos de circulação:
• PULMONAR e SISTEMICA
 O sangue captura O2 dos pulmões e nutrientes
do intestino, levando ao restante do corpo. Ele PULMONAR: pequena circulação; sangue com pouco
também remove resíduos celulares e calor para O2 sai do VD para os pulmões (a. pulmonar), sofre
excreção. HEMATOSE e volta para o AE (vv. pulmonares).
 Conecta fisiologicamente as diferentes SISTEMICA: grande circulação; sai do VE (aorta) rico
estruturas; em O2, banha os tecidos e volta para o AD (vv. cavas).
 Contém células de defesa, substâncias que são
extremamente importantes na imunidade e
defesa do nosso corpo. O CORAÇÃO:
 Transporta substancias boas, como nutrientes,
água, gases (O2), hormônios. Todavia, o
sangue também carreia toxinas, para serem
eliminados [ureia, creatinina, calor, CO2].
O coração é o responsável por gerar a pressão que nós
precisamos ter para que o sangue consiga fluir ao
longo de todos esses vasos sanguíneos → BOMBA;
É dividido por uma parede central – os septos: atrial e
ventricular.
LADO ESQUERDO: SANGUE ARTERIAL
LADO DIREITO: SANGUE VENOSO
 VEIAS: sangue “vem” – traz para o coração;
 ARTÉRIAS: sangue sai do coração. [art.
Pulmonar – leva sangue venoso e v.
pulmonar – traz sangue arterial]
Coração → Artéria → Arteríola → Capilares
(hematose) → Vênulas → Veias → Coração
ARTÉRIAS: maiores → menores SAEM
VEIAS: menores → maiores CHEGAM
1 CORAÇÃO ANATOMICO, 2 CORAÇÕES
FISIOLÓGICOS: do ponto de vista funcional, o
coração possui 2 bombas: o coração direito (envia
sangue para a c. pulmonar) e esquerdo (bomba
esquerda – gerar pressão que é responsável pela c.
sistêmica). – GRAÇAS AO GRADIENTE DE
ANA PAULA S. ALMEIDA – MED XI
PRESSÃO.
Os ventrículos possuem parede mais espessa que os
átrios, pela ejeção do sangue. Espessura do VE > VD,
pelo fato de ejetar sangue para o corpo todo, necessita
de muita pressão.
O coração possui 2 tecidos e suas funções:
 CONTRAÇÃO – fibras contrateis cardíacas,
que formam o miocárdio;
 TECIDO ESPECIALIZADO EM GERAR
ESTÍMULO, determinando a quantidade de
batimentos/min – O CORAÇÃO GERA SEU
PRÓPRIO ESTÍMULO – fibras autoexcitáveis
– NÓ SINOATRIAL/SINUSAL. [marca-passo
fisiológicos, determina o estímulo, ou seja, a
frequência cardíaca].
O ESTÍMULO NASCE NO NÓ SN, CHEGANDO ÀS
FIBRAS CONTRATEIS.
O estímulo sai e é conduzido do NÓ SA para o restante
do coração por meio das VIAS DE CONDUÇÃO
INTERNODAIS. A partir do momento que as células
contráteis recebem esse estímulo e se despolarizam, o
estímulo passa de célula a célula – por sinapse
elétrica (junções comunicantes tipo gap). O retardo
nodal DEVE acontecer, pelo fato de a condução
intermodal ser mais lenta que a ventricular!
O estimulo chega ao NÓ ATRIOVENTRICULAR
(entre átrio e ventrículo). Isso RETARDA a
transmissão desse estímulo, a fim de esperar os átrios
terminarem sua contração, e assim os ventrículos se
contraírem. Após isso, o estimulo desce pelos
RAMOS ATRIOVENTRICULARES, que se dividem
em esquerdo e direito no septo intraventricular até
chegarem ao ÁPICE DO CORAÇÃO (ponta).
Assim, para a despolarização dos ventrículos, temos
várias fibras penetrantes no miocárdio, que saem do
ápice em direção à base, distribuindo o estímulo para o
restante do coração - essas fibras são chamadas de
FIBRAS DE PURKINJE [sistema Hiss-Purkinje desde
o NAV às fibras finais] – A verdadeira contração do
coração – COMEÇA NO ÁPICE E VAI EM
DIREÇÃO À BASE!
3 tipos de músculo: São dois tipos de m. mas, pelas
diferenças entre átrio e ventrículo, consideramos 3.
 M. ATRIAL – mesmo m. do ventrículo, mas
menos especializadas
2
 M. VENTRICULAR – extremamente
especializado
 FIBRAS EXCITATORIAS/CONDUTORAS –
sistema Hiss-Punkinje e vias internodais.
O Nó SA deve determinar pelo menos de 60-100
bat/min. Quando o Nó sinusal deixa sua função
prejudicada, o NAV tenta assumir essa função, mas
sem a mesma eficiência. E mesmo assim, as células
de Purkinje pode assumir também.
M. CARDÍACO
DISCOS INTERCALARES – conexão [sinapse] entre
as células cardíacas. Possuem desmossomos e junções
comunicantes para adesão e estabilidade na
comunicação entre as cel.
CORAÇÃO:
 Se localiza no mediastino;
 É formado por 2 folhetos: pericárdio fibroso e
p. seroso, e ele possui uma lamina de líquido
para possibilitar a movimentação [“ictus
cordis”/choque da ponta – ponta do coração
que se choca com a parede torácica] –
pericardite é o enrijecimento do pericárdio.
 Possui 2 válvulas entre cada átrio e ventrículo
– mitral [esquerda] e tricúspide [direita].
ANA PAULA S. ALMEIDA – MED XI
 Temos as válvas semilunares pulmonar [saída
do sangue do ventrículo direito pela a.
pulmonar] e aórtica [sangue sai do vent.
esquerdo pela aorta];

 A maior parte do coração é composto pelo
miocárdio – m. estriado cardíaco, com
sarcômero; além disso, são menores por
serem uninucleadas e possuírem os discos
intercalares.
 O estimulo contrátil não vem do SNC, mas
sim as células autoexcitáveis, também
chamadas de marcapasso – mas essas
células não possuem sarcômeros, logo não
contribuem para a força contrátil do
coração.
 Os túbulos T são maiores nas células
cardíacas;
 Reticulo sarcoplasmático é menor que no
m. esq.;
 Grande número de mitocôndrias –
demanda muita energia;
 Durante períodos de atividade intensa, o
coração utiliza quase o O2 total advindo das
coronárias [ramo da aorta ascendente]; sendo
uma alta demanda de sangue.
CONTRAÇÃO DO M. CARDÍACO
O estímulo chega as cel. autoexcitantes pelas j.
comunicantes, despolariza o túbulo T, cujo possuem
mucopolissacarídeos de carga negativa, que atraem
uma alta quantidade de Ca2+ de canais de voltagem
independente, entrando no miocárdio, e se ligando aos
ret. Sarcoplasmáticos, liberando ainda mais Ca2+ por
canais dependentes de ligante. Esse fenômeno da saída
do cálcio é chamado de faíscas de Ca2+.
Esse Ca2+ se liga à troponina, e realiza as mesmas
coisas que no m. esquelético.
RELAXAMENTO DO M. CARDÍACO
O Ca2+ retorna ao RS, pela cálcioATPase com a
bomba de cálcio e ao LEC por transporte ativo
secundário com Na2+.
POTENCIAL DE AÇÃO DE FIBRAS
CONTRÁTEIS CARDÍACAS
Em -80mV, a célula está eletricamente negativa em seu
estado de repouso. Fase 4 3
Quando há abertura dos canais de Na+ de voltagem
independente, há a DESPOLARIZAÇÃO, fecham-se
os canais de Na+, encerrando-se a fase ZERO [fase de
despolarização]. FASE 0
Assim, temos a abertura de poucos canais de K+ de V.
independente, assim, ele vai saindo e deixando a célula
levemente eletronegativa. A repolarização NÃO
ACONTECE, pois o K+ tem pouca permeabilidade –
[FASE DE REPOLARIZAÇÃO INICIAL] FASE 1
Após isso, por essa DDP, temos a abertura dos canais
de Ca2+, fazendo com que o cálcio entre na célula,
mantendo a DDP estável pela entrada e saída de cargas
positivas. FASE PLATÔ – isso é uma defesa
fisiológica, pelo fato de evitar a sobreposição de
estímulos, a TETANIA, uma contração mantida, pois o
período refratário absoluto (0-100ms) é LONGO.
FASE 2
A partir de um ponto, temos uma abertura de maior
quantidade de canais de K+ e fechamento dos de Ca2+.
Sai mais K+ que entra Ca2+, deixando a célula cada
vez mais eletronegativa - FASE DE
REPOLARIZAÇÃO. Fase 3
Temos os canais IF:
I – corrente elétrica

ANA PAULA S. ALMEIDA – MED XI 4

LINDA COZANCIO, PAG 130*
POTENCIAL DAS CEL. AUTOEXCITÁVEIS
Não há platô!
Não há potencial de repouso, nunca para. É chamado
de potencial MARCAPASSO, é instável. Isso ocorre
pois o estímulo é gerado nela mesma, não necessita de
esperar o estímulo para iniciar sua despolarização.
F – funny
Eles têm permeabilidade tanto ao Na+, quanto ao K+
[mas com mais permeabilidade ao K+]. ATÉ O
-40mV.
Quando há a leve subida, fecham-se os IF, abrindo os
canais de Ca2+, gerando o potencial LIMIAR,
entrando mais Ca2+. Quando chega ao topo, abre o
canal de K+, saindo cargas e fica eletronegativo
novamente, abrindo novamente os canais IF
[POTENCIAL MARCAPASSO]. Mas isso não para,
pelo fato de não possuir pot. de repouso.
POTENCIAL MARCAPASSO – até o limiar.
PRESSÃO, VOLUME, FLUXO E RESISTÊNCIA
 PRESSÃO: Líquidos e gases fluem através de um
gradiente de pressão. [diferença de pressão em 2
pontos];
O fluxo sanguíneo deve ser anterógrado – sempre para
frente:
coração – artérias – arteríolas – capilares – vênulas
– veias – coração

Temos pressões cada vez menores, pois, se o sangue

vai a caminho das veias, a pressão delas é cada vez
menor. [gradiente de pressão]
Isso acontece, por exemplo, pela perda de pressão
devido às perdas de energia cinética, ao grande choque
com os vasos, e pelo longo caminho percorrido até o
coração novamente.
ANA PAULA S. ALMEIDA – MED XI FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR 5

RESISTÊNCIA: fatores que dificultam o fluxo
sanguíneo;
LEI DE POISEULLI:
 O raio do vaso → ↑ raio, ↓resistência →
quanto é necessário maior aporte sanguíneo, há
uma dilatação dos vasos.
 O comprimento do vaso → ↑comprimento,
↑distância para o fluxo → a c. sistêmica tem
uma resistência muito maior, interferindo
também na pressão;
 A viscosidade do sangue → ↑viscosidade,
↑resistência para o fluxo → o aumento da
[ ] de hemácias, e outras células, aumentam a
viscosidade;
CORAÇÃO
- No coração tem-se duas câmaras superiores e
duas inferiores.
- As câmaras superiores são os átrios direito e
esquerdo, e as câmaras inferiores são os
ventrículos direito e esquerdo.
- Entre o átrio direito e o ventrículo direito eu
tenho uma valva tricúspide (possui 3
membranas), já entre o átrio esquerdo e o
ventrículo esquerdo eu tenho uma valva
bicúspide (2 folhetos) ou mitral.
- O sangue que chega ao átrio direito, atravessa a
valva tricúspide, cai no VD, passa pela valva
semilunar pulmonar e segue para artéria
pulmonar, já do ventrículo esquerdo para a
artéria aorta, o sangue passa pela valva
semilunar aórtica.
- O sangue vai circulando por vasos cada vez
menores, até que chegue nos capilares
pulmonares.
- O sangue possui um sentido anterógrado
(sempre segue para frente).
- O sangue que passa pelo “coração direito” é o
sangue que vai para os pulmões, já o sangue que
passa pelo “coração esquerdo” é o sangue que vai
circular de forma sistêmica.
- O coração possui uma parede muscular.
*A musculatura do lado esquerdo do coração é
muito mais desenvolvida do que do lado direito,
porque o ventrículo esquerdo precisa fazer um
bombeamento mais forte, para mandar o sangue
para todas as partes do corpo (o sangue vai
percorrer um circuito longo).
*O ventrículo esquerdo é uma câmara que
trabalha com uma força maior, com uma pressão
em seu interior maior, por isso é mais
desenvolvido.
- Essa circulação que sai do ventrículo direito,
percorre os pulmões e depois volta ao coração,
através do átrio esquerdo, é chamada de
circulação pulmonar.
ANA PAULA S. ALMEIDA – MED XI
- A circulação que sai do VE, percorre todo o
corpo, voltando ao coração, pelo AD, chamada de
circulação sistêmica.
- O sangue que está vindo do corpo e está
voltando para o coração, por meio da veia cava, é
pobre em oxigênio e rico em CO2. O sangue que
chego ao pulmão pobre em O2, sai do pulmão
rico em O2.
- O coração é uma bomba geradora de pressão
que vai impulsionar o sangue para todos os vasos
sanguíneos.
- Nós temos o septo que é uma parede central de
tecido muscular e que divide os átrios, chamado
de septo interatrial, e o septo que divide os
ventrículos, que é o septo interventricular.
- O estímulo para o coração contrair (bater)
começa no nó sinoatrial (ou sinusal). O que
determina se eu vou ter um estímulo mais
intenso ou menos intenso é a quantidade de
adrenalina ou acetilcolina.
- O sistema nervoso autônomo vai modular o
estímulo gerado naturalmente pelo nó sinoatrial,
e ele ou vai dar uma descarga de adrenalina,
quando falamos do simpático, ou ele vai dar uma
freada, quando falamos do parassimpático.
- Então esse estímulo que é gerado no nó
sinoatrial (que é um conglomerado especial de
células) é o que chamamos de células
marcapasso; o nó sinoatrial é o nosso
marcapasso e se ele tiver com defeito, iremos
precisar de um marcapasso artificial.
- O estímulo que é gerado no nó sinoatrial será
transmitido para o coração como um todo, pois
as células da parede desse coração precisam
receber esse estímulo, para elas se
despolarizarem, se contraírem e a gente ter o
órgão como um todo contraindo.
- Para isso acontecer, o estímulo que foi gerado
precisa progredir, propagando-se através das vias
de condução até o nó atrioventricular.
- Quando o estímulo chega no nó AV acontece
uma freada na propagação desse estímulo, o no
6
atrioventricular dá uma segurada na propagação
desse estímulo, pois primeiro ele vai esperar os
átrios contraírem no seu tempo, para depois os
ventrículos se contraírem e jogarem o sangue
adiante, isso é chamado de retardo nodal, que
acontece a nível de nó.
*Se tudo for estimulado ao mesmo tempo, vira
uma zorra.
- Esse estímulo que foi gerado, é conduzido
através das vias de condução, e essas vias que
estão ligando o no sinoatrial ao no
atrioventricular, são vias que estão entre nodos,
por isso são chamadas de vias internodais.
- As vias internodais permitem com que esse
estímulo gerado chegue até o no atrioventricular,
que ocorre numa velocidade muito grande.
*Tem um feixe da via que vai para o outro átrio
do coração. Isso é importante porque a gente não
tem no sinusal do lado esquerdo, pois o no
sinusal fica no lado direito, então o estímulo é
levado para o lado direito por um feixe da via de
condução, que também se dá em uma velocidade
muito rápida.
- Enquanto o estímulo está sendo propagado
através das vias internodais e de condução, todas
essas céls da parede do átrio que estão ao redor
dessas vias, também recebem esse estímulo,
sendo despolarizadas durante esse trajeto do
estímulo, e graças a isso que nós vamos ter a
contração das céls atriais, que ocorre só depois
da passagem do estímulo para essas céls.
*As céls que formam o nó sinoatrial são as
células auto excitáveis ou céls marcapasso.
*O nó atrioventricular é capaz de gerar estímulo,
mas isso só vai ocorrer em uma situação muito
especial, quando o nó sinoatrial deixar de
funcionar. Se você tiver um defeito no nó
sinoatrial, o nó atrioventricular vai começar a
gerar um estímulo, porém esse estímulo possui
uma frequência muito menor do que a do nó
sinoatrial, por isso precisamos fazer o implante
do marcapasso, quando se tem defeito do no
sinoatrial.
ANA PAULA S. ALMEIDA – MED XI
- A propagação do estímulo de célula a célula
cardíaca possui uma velocidade menor do que do
no sinoatrial para o atrioventricular.
- Nós temos o tecido gerador e condutor de
estímulo, e um outro tecido que forma a parede
propriamente dita do coração (que possui
atividade de contração).
- As céls que formam a parede do coração é um
tecido contrátil, que são as células contráteis
cardíacas. Já as céls autoexcitáveis geram o seu
próprio estímulo e conduzem esse estímulo.
- O fascículo atrioventricular (Feixe de His) traz o
estímulo que veio do átrio, para os ventrículos,
onde temos um ramo direito e um ramo
esquerdo e a gente vai dividindo em terminações
cada vez menores, permitindo a propagação
desse estímulo para as céls que formam as
paredes dos ventrículos, por meio do que nós
chamamos de fibras de Purkinje. Esse tecido é
diferente do tecido da parede do coração, que é
um tecido que contrai, diferente do outro tecido
que não contrai, e sim gera e conduz o estímulo.
O coração, fisiologicamente, é composto por 3
tipos principais de músculos:
 Músculo atrial
 Músculo ventricular
 Fibras especializadas excitatórias e
condutoras
- As células musculares cardíacas são unidas pelos
discos intercalares, que é uma estrutura de
conexão entre as fibras contráteis cardíacas e
formada por 2 componentes: desmossomos e
junções comunicantes (do tipo gap).
- A sinapse elétrica é observada no coração, nas
junções do tipo gap (junções comunicantes).
- As junções comunicantes são proteínas canais
que fazem a comunicação entre os citoplasmas,
por onde o estímulo passa de uma célula para
outra (é bidirecional).
*Cada fibra muscular cardíaca tem apenas um
núcleo.
- Nós temos envolvendo o nosso coração, um
saco membranoso, formado por dois folhetos, 7
chamado de pericárdio.
- Os pulmões que estão margeando o coração,
também são envolvidos por um saco duplo
membranoso (pleura visceral, em contato direto
com o parênquima pulmonar, e a pleura parietal,
em contato com a parte interna da parede
torácica).
- As artérias coronárias são ramos que saem da
artéria aorta e são responsáveis por levar o
sangue altamente oxigenado para o músculo
cardíaco.
- Músculos papilares são extensões dos músculos
contráteis cardíacos, que fazem uma
comunicação com as válvulas cardíacas, por meio
das cordas tendíneas.
*É muito importante que haja essa comunicação
das valvas aos músculos papilares, porque o
sentido do fluxo deve ser anterógrado, impedindo
que os folhetos se dobrem e o sangue reflua.
*Existem algumas condições que a gente tem
refluxos mas que não são prejudiciais a
hemodinâmica, pois são refluxos pequenos. O
problema é quando o refluxo interfere na
hemodinâmica do paciente.
*Quando o ventrículo estiver cheio de sangue,
ocorre o fechamento da valva atrioventricular e o
sangue segue para frente. Isso se dá pela
diferença de pressão no interior das câmaras.
1- Está chegando sangue no átrio, à medida que
ele vai enchendo o átrio, o volume em seu
interior vai aumentando.
2- Ocorrendo um aumento de pressão no interior
do átrio, esse aumento de pressão associado a
um ventrículo que vai ter se esvaziado e vai estar
preparado para receber esse sangue, vai fazer
com que a gente tenha um gradiente de pressão
(um átrio cheio, com uma pressão elevada em
seu interior e um ventrículo com muito pouco
sangue, com a pressão interna reduzida).
*O sangue sempre vai fluir seguindo um
gradiente de pressão, de um ponto de maior
pressão para um ponto de menor pressão.
3-ANA PAULA
Quando S. ALMEIDA
o sangue vai para o –ventrículo,
MED XI este se
enche e ocorre um aumento da pressão nele,
associada a isso nós vamos ter a parede do
ventrículo se contraindo também. Esse volume
que chega, associado a contração da parede
ventricular vai gerar uma pressão no interior,
permitindo o fechamento dessas válvas, com um
limite de fechamento, pois estão atreladas aos
músculos papilares, e não vão sofrer um
refluxo/prolapso, e ao mesmo tempo esse
aumento da pressão vai empurrar essas valvas
semilunares (que são voltadas para dentro da
artéria).
*O raciocínio é o mesmo tanto do lado direito
quanto do lado esquerdo, o que vai mudar são as
estruturas e a carga de pressão (que é maior no
lado esquerdo).
- A maior parte do coração é formada por céls
musculares cardíacas, que é o famoso miocárdio.
E a minoria é formada por céls capazes de gerar e
conduzir o potencial de ação, que são as céls
especializadas, o tecido excitável e condutor.
- O sinal para a contração miocárdica não vem do
SNC, não depende de um estímulo dele, mas sim
gerado pelo próprio coração, nas céls
autoexcitáveis, que são o nosso marcapasso
fisiológico, que determina a nossa frequência
cardíaca.
- Uma diferença entre as céls autoexcitáveis e as
céls contráteis é que as primeiras não têm
sarcômero, por isso não tem contração nesse
grupamento celular, diferente das céls contráteis
que formam toda essa massa da parede dos
ventrículos e dos átrios, que tem sarcômero (por
isso é um tecido estriado).
- O mecanismo de contração desse músculo
cardíaco é igual ao do músculo esquelético.
- Os túbulos T no músculo cardíaco são maiores
do que os túbulos T do músculo esquelético.
- O retículo sarcoplasmático no musculo cardíaco
é menor do que reticulo sarcoplasmático do
esquelético. O retículo sarcoplasmático cardíaco é
uma organela muito pequena, armazenando uma
quantidade pequena de cálcio.
8
- Para o músculo cardíaco se contrair ele precisa
de cálcio, que vai vir do retículo sarcoplasmático e
do LEC (de fora).
- Esse túbulo T da célula muscular cardíaca, como
é grandão, ele vai estar abarrotado de cálcio (o
túbulo T é LEC), cheio também de
mucopolissacarídeos que são carregados
eletronegativamente e que atraem o cálcio.
*As mitocôndrias que são organelas intracelulares
muito importantes relacionadas a produção de
energia, ocupam cerca de 1/3 das fibras
contrateis cardíacas, pois o músculo cardíaco
demanda muita energia.
- Durante os períodos de aumento da atividade, o
coração utiliza quase todo o oxigênio trazido
pelas coronárias, mostrando que ele é um órgão
de elevada demanda energética e metabólica.
- A fibra muscular cardíaca tem um tamanho
menor que a fibra muscular esquelética, possui
apenas um núcleo, o túbulo T é enorme, cheio de
cálcio, e o retículo sarcoplasmático é pequeno.
- O cálcio vem de fora e vem do retículo
sarcoplasmático nas fibras musculares contráteis.
Tanto no m esquelético quanto no m cardíaco,
nós encontramos sarcômero.
- A despolarização da membrana promove a
abertura dos canais de cálcio nos túbulos T, e
esses são canais de cálcio do tipo L, canais lentos
de cálcio, dependentes de voltagem, e uma vez
abertos eles vão permitir o influxo de cálcio.
- O cálcio entra na célula e, quando ele entra, ele
promove a liberação de Ca+ no retículo
sarcoplasmático. Então eu tenho cálcio vindo lá
de fora e vindo do reticulo sarcoplasmático.
*Faísca de cálcio: fenômeno bioquímico, que é o
cálcio livre no citoplasma para se ligar a
troponina.
- O cálcio se liga a troponina, e aí ocorre o mesmo
mecanismo que no músculo esquelético. É um
processo altamente dependente de ATP.
*Fibras contráteis cardíacas: é o tecido que forma
a parede do coração, com atividade de contração,
ANA PAULA
responsável por S.
90% ALMEIDA – MED XI
da massa muscular cardíaca.
- O cálcio volta para o LEC por um transporte
ativo secundário com o sódio e para o reticulo
sarcoplasmático, através de uma cálcio-ATPase.
POTENCIAL DE AÇÃO CARDÍACO
- No coração a gente observa que tem dois
potenciais de ação diferentes, porque eu tenho
dois tecidos diferentes: o tecido contrátil e o
tecido especializado (gerador e condutor de
estímulo).
- Potencial das fibras contráteis: ele tem uma
morfologia um pouco diferente do potencial de
ação das fibras nervosas.
*Na fase 2 a gente tem um
prolongamento/achatamento/platô do potencial
de ação.
1) Começa com a célula em repouso (polarizada),
aí vem o estímulo através das sinapses elétricas
(pois as céls são unidas umas às outras por
desmossomos e junções comunicantes) e os
canais de Na dependendes de voltagem vão se
abrir, quando isso ocorrer, vai haver um aumento
da permeabilidade ao Na, e o Na vai entrando,
levando carga positiva para dentro da célula, o
interior da célula fica cada vez mais eletropositivo
e ocorre a fase zero, que é a fase de
despolarização das fibras cardíacas.
- Essa mudança de voltagem, faz com que os
canais de Na voltagem dependentes, se fechem.
Além disso, ocorre a abertura dos canais de K e
começa a sair cargas positivas, mas no meio do
caminho acontece a interrupção desse processo,
pois boa parte dos canais de K se fecham (alguns
permanecem abertos), fazendo com que a
permeabilidade ao K diminua, essa fase é a fase 1,
chamada de repolarização inicial e além disso, os
canais de Cálcio tipo L (canais lentos), dispostos
na membrana, se abrem e quando eles se abrem
o cálcio começa a entrar para dentro da célula.
Então você tem carga positiva entrando e carga
positiva saindo, e isso dá uma contrabalanceada,
que faz com que a linha do potencial de ação
fique horizontalizada (platô) que é a fase 2.
Essa fase 2 é muito importante porque ela vai ser
9
responsável por prolongar o potencial de ação da
fibra contrátil cardíaca. O período refratário
absoluto corresponde ao período em que o
potencial de ação está acontecendo, ou seja,
durante esse PA não vou ter um outro PA
acontecendo sobre ele. Isso é muito importante
no musculo cardíaco para evitar uma sucessão de
PA simultaneamente, e uma estimulação
contínua e sustentada, que poderia comprometer
muito a hemodinâmica, porque o coração precisa
ter a sua atividade de contração muito bem
organizada/coordenada.
Por isso o PA é prolongado no músculo cardíaco,
para evitar estímulos sucessivos, maciços e
intensos, e para que os átrios e ventrículos se
contraiam de forma organizada.
Após o platô, a célula vai repolarizar, com
fechamento dos canais de Ca e uma abertura
maior dos canais de K, trazendo a célula de volta
ao repouso (fase 3). Agora ela está preparada
para receber um novo estímulo (fase 4).
*O potencial de ação do ventrículo é um pouco determinado ponto, no limiar de descarga, em
mais largo do que o PA atrial, porque a massa que essa diferença de voltagem, vai promover a
ventricular é maior do que a massa atrial, mas abertura de novos canais de cálcio, e aí abre um
eles têm a mesma morfologia e as mesmas fases. monte de canal de Ca, entra um monte de Ca em
grande volume, joga o potencial la pra cima,
- Potencial de Ação das Células Autoexcitáveis:
despolarizou a membrana, e depois fecha-se os
- Para o coração bater tudo vai começar no nó canais de Ca e abrem-se os canais de K,
sinoatrial, e ele gera o estímulo na forma de PA repolarizou, abrem-se imediatamente os canais
que percorre as vias de condução e alcança as IF, e o ciclo ocorre novamente.
céls que formam a parede do coração.
*Não há um momento de parada, por isso o
- Quando isso ocorre as céls dessa parede serão potencial é chamado de potencial marcapasso.
estimuladas a produzir outro PA com morfologia
PRESSÃO, VOLUME, FLUXO E RESISTÊNCIA
diferente.
- O coração gera a pressão necessária para o
*Então nós temos 2 potenciais de ação diferentes
sangue fluir pelos vasos, sempre no sentido
no coração.
anterógrado (de trás para frente).
- Para as céls auto excitáveis nós não fazemos
- Para que o sangue consiga fluir através da nossa
referência ao potencial de repouso, porque
circulação é muito importante que haja a
potencial de repouso traz a idéia de que o
diferença de pressão ou gradiente de pressão.
coração por um momento está em repouso, ou
seja, como se ele fosse deixar de receber o - O sangue sempre vai fluir do ponto de maior
estímulo, e isso não acontece, pois o coração pressão para o ponto de menor pressão.
precisa receber de forma contínua e ordenada o
- Na artéria aorta, saindo do coração, eu tenho
ANA
seu PAULAe S.
estímulo, ALMEIDA
para – MED XI precisa
isso o marcapasso 10
uma pressão bem elevada e à medida que eu vou
estar continuamente trabalhando, ele não pode
caminhando nessa sequência vascular e
parar, e portanto, a gente não fala em potencial
progredindo na sequência a gente vai tendo uma
de repouso, mas a gente fala em um potencial
redução da pressão, e o sangue flui seguindo um
marcapasso ou um potencial instável (não usa o
gradiente de pressão.
termo potencial de repouso).
- Para que haja fluxo é preciso uma diferença de
- Potencial marcapasso é o potencial em que a
pressão, um gradiente de pressão, um ponto de
gente vai encontrar a membrana das céls
pressão mais alta do que outro ponto.
autoexcitaveis negativa dentro e positiva fora.
Quando a célula se encontra nesse potencial - Além do gradiente de pressão que é muito
marcapasso, eu tenho a abertura de canais que importante para o fluxo, a gente tem também a
estão dispostos na membrana desse no sinoatrial, resistência.
que são os canais IF.
- A resistência é tudo aquilo que vai representar
- Os canais IF (I = corrente e o F = funny) são os uma dificuldade para o fluxo sanguíneo passar. A
canais das correntes engraçadas, que tem gente tem fatores que fazem com que o fluxo
permeabilidade ao Na e ao K, porém a sanguíneo se torne um pouco mais difícil, pois são
permeabilidade ao Na é bem maior que a fatores que aumentar a resistência ao fluxo.
permeabilidade ao K. Quando se abrem os canais
- Poiseuille: ele observou que quanto mais
IF, entra muito mais Na do que sai K, deixando o
cumprido for o tubo, maior a resistência para que
meio interno mais eletropositivo, até chegar no
aquele líquido no seu interior flua. Ele também
meio do percurso aonde esses canais IF se
observou que um líquido mais viscoso, fluía com
fecham. Fecharam-se os canais IF, abrem-se os
uma dificuldade maior, ou seja, quanto maior a
canais de Ca, vai entrando cálcio até chegar num
viscosidade e o cumprimento do tubo, maior é a
resistência.
- Ele também observou que quanto maior o raio
ou diâmetro do tubo, mais fácil do líquido passar
por ele, menor a resistência.
*A resistência oferecida por um tubo aumenta
quando o cumprimento do tubo ou a viscosidade
do líquido aumentam, e diminui quando o raio ou
diâmetro do tubo aumenta.
- A corrente elétrica só consegue chegar nos
ventrículos pelas vidas condutoras do no AV,
porque as valvas funcionam como um isolante
elétrica, e isso é bom para evitar uma bagunça
hemodinâmica. E por isso o estímulo chega
primeiro ao ápice do coração e depois se propaga
subindo pelas fibras de purkinje, ou seja, a
contração ventricular vai começar no ápice e vai
em direção à base, e isso é importante porque a
artéria aorta e pulmonar elas estão na base.

*Hipotensão ortostática: acontece com quem

está deitado há muito tempo e depois se levanta
muito rapidamente, porque quando se está
deitado existe a força da gravidade atua de forma
uniforme sobre o corpo, quando se levanta de
súbito você tem a força de gravidade toda
atuando e assim a sua circulação tende a se
acumular mais nas regiões mais inferiores do
corpo, e aí você tem um hipofluxo cerebral.
Como o Coração se Contrai?
- O estímulo é gerado no nó sinoatrial, que se
propaga rapidamente ao longo das vias
ANA PAULA
condutoras S. ALMEIDA
e chega – MED XI e mais
ao no atrioventricular 11
lentamente é propagado nas células contrateis
musculares. Quando chega no no AV, há o
retardo nodal (parada fisiológica) e a partir daí
ocorre rapidamente a descida do estímulo pelo
feixe atrioventricular (ramo direito e ramo
esquerdo), e os ramos conduzem o estímulo para
a massa ventricular.
- A região de onde sai e chegam os grandes vasos
é a base do coração. E o ápice cardíaco é a ponta
do coração.
- O no SA despolariza, a atividade elétrica se
propaga pelas vias internodais, rapidamente
chegando ao no AV, e essa despolarização se
espalha um pouco mais devagar através das
sinapses elétricas entre as fibras contráteis do
coração. Quando chega no no AV, ocorre uma
parada, espera-se os átrios se contraírem para
depois propagar o estímulo rapidamente ao ápice
cardíaco pelos ramos direito e esquerdo (fibras de
Purkinje), e toda essa massa ventricular se
contrai.