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Resumo

O presente relatório é referente à quinta atividade da disciplina de Laboratório de Metodologia


Científica, o qual teve como objetivo principal efetuar medidas diretas de voltagem e corrente
elétrica, medidas diretas e indiretas de resistência elétrica e catalogar os resultados
experimentais em gráficos para assim garantir os conhecimentos adquiridos em aula. Ademais,
utilizamos um circuito elétrico e dois multímetros para realizar as medições.

1. Introdução
A resistência elétrica é definida como a capacidade que um corpo tem de opor-
se à passagem da corrente elétrica pelo mesmo quando há uma diferença de potencial
elétrico, essa relação é mostrada pela lei de Ohm, físico que desenvolveu a ideia.

2. Objetivos

Os objetivos eram os seguintes:

 Efetuar medidas diretas de voltagem e


corrente elétrica.
 Efetuar medidas diretas e indiretas de
resistência elétrica.
 Aprender a utilizar corretamente um
multímetro.
 Aprender a construir gráficos de pontos
experimentais.
 Aprender a extrair informações e medidas de
gráficos.

3. Materiais e equipamentos
 Fonte elétrica BK Precision 1550.
 Multímetros digitais ICEL MD-6111 ou Minipa. ET-2042D;
 Resistência elétrica comercial.
 Lâmpada de 40W com contatos.
 Matriz de Circuito e fios.
 Lápis, Calculadora Científica e Folha de dados.
 Computador com programa para gráficos
(SciDavis).
4. Métodos utilizados:
Utilizamos 2 tipos de multímetro: ICEL e Minipa, o qual os multímetros são os
modelos ICEL MD-6111 e Minipa ET-2042D. Dessa forma, inicialmente, pegamos um
dos multímetros e definimos o seletor central em 20kΩ, colocamos os contatos do
resistor comercial nas entradas “VΩHz” e “COM” e catalogamos o resultado. Depois
fizemos a mesma medição com o seletor em 200Ω. Em seguida montamos o circuito
de tensão real mostrado na figura a seguir:

Nos pontos 1 e 6 se encontram os polos da fonte, nos pontos 2 e 3 se


encontra o resistor, o amperímetro foi ligado aos pontos 4 e 5, e o voltímetro aos 1 e
4. O seletor do amperímetro foi movido para 20mA, e o do voltímetro para 20 Volts.
Em seguida ligamos o negativo ao ponto 6, e ligamos a fonte. Variando a voltagem da
fonte de 5 em 5 volts do valor mínimo para o máximo, e catalogando os resultados na
tabela 1. Então, depois de realizar as medidas, substituímos o resistor comercial por
uma lâmpada e definimos o seletor do amperímetro em 200mA e realizamos
novamente as medidas alterando a voltagem de 5 em 5 volts catalogando os
resultados na tabela 2.
5. Dados
Os seguintes dados foram disponibilizados pelo Doutor Wilton da Silva Dias,
assim como o erro da corrente em miliampère foi calculado utilizando como base os
erros fornecidos do multímetro do fabricante, o qual podemos observar a seguir:
Tabela de Erro - ICEL (MD-6111) ou Minipa (ET-2042D)

5.8 - TABELA SOBRE OS DADOS DA RESISTÊNCIA COMERCIAL

Tabela 1 – Relação entre Voltagem X Corrente


Ensaio Seletor Voltagem Erro Seletor Corrente Erro
voltímetro (V) Voltagem Amperímetro (mA) Corrente
(V) (mA)
1 20 0,60 0,03 20 0,40 0,04
2 20 5,60 0,06 20 4,60 0,08
3 20 10,60 0,08 20 8,70 0,11
4 20 15,60 0,11 20 12,90 0,14
5 200 20,80 0,13 20 17,20 0,18
6 200 25,80 0,16 200 21,30 0,30
7 200 30,70 0,18 200 25,60 0,35
8 200 35,80 0,21 200 29,90 0,40
9 200 37,30 0,22 200 31,20 0,41

5.11 - TABELA SOBRE OS DADOS DA RESISTÊNCIA DA LÂMPADA

Tabela 2 – Relação entre Voltagem X Corrente da lâmpada

Ensai Seletor Voltagem Erro Seletor Corrente Erro


o voltímetro (V) Voltagem Amperímetr (mA) Corrente
(V) o (mA)
1 20 0,50 0,03 20 17,10 0,18
2 20 5,00 0,06 200 79,70 1,00
3 20 9,90 0,08 200 100,00 1,24
4 20 14,80 0,10 200 114,00 1,41
5 200 20,00 0,13 200 127,00 1,56
6 200 24,90 0,15 200 138,70 1,70
7 200 29,90 0,18 200 150,10 1,84
8 200 34,80 0,20 200 161,20 1,97
9 200 36,30 0,21 200 164,30 2,01
5.13 - GRÁFICO DOS DADOS DA RESISTÊNCIA COMERCIAL

Em uma primeira análise, utilizando como parâmetro os dados da (Tabela 1), o


qual a resistência é constante, podemos observar o seguinte gráfico:

Gráfico 1 - Relação da Voltagem em função da variação da Corrente, dado pelo


software SciDavis.

5.14 GRÁFICO DOS DADOS DA RESISTÊNCIA DA LÂMPADA

Em uma segunda análise, utilizando como orientação os dados da (Tabela 2),


visto que a resistência é variável, podemos observar o seguinte gráfico:
Gráfico 2 - Relação da Voltagem em função da variação da Corrente, dado pelo
software SciDavis.

6. Resultados

A partir dos valores obtidos, foi possível o estudo sobre as relações das
grandezas voltagem e corrente elétrica, o qual há unidade de medida está em
miliampère(mA). Dessa maneira, a construção de gráficos, por intermédios de
tabelas foi fundamental para o aperfeiçoamento do trabalho. Ademais, todas as
unidades da tabela foram construídas obedecendo as regras de organização e erros.

7. Conclusão
Este relatório foi essencial pois, a partir da verificação das medidas,
interpretação dos dados e realização dos cálculos, foi possível compreender a relação
entre a variação de voltagem e corrente em parceria com uma resistência, propriedade
de suma importância, cumprindo os objetivos pretendidos. Ademais, vale ressaltar que a
montagem dos gráficos e análise da equação auxiliou no entendimento e no uso do
Software SciDAVIs.
Além disso, verifica-se que é fundamental a resolução das perguntas realizadas
no roteiro seis - avaliando resistências elétricas através de gráficos.
7.1 O Gráfico 1 tem que aspecto? Qual relação parece existir entre a
voltagem V e a corrente I, para o resistor comercial?
Em uma grande parte dos condutores, designados de ôhmicos, o gráfico
da relação entre V x I é uma reta, visto que a resistência é constante. Dessa
maneira, a velocidade da variação não muda, o qual podemos observar seguindo
a função seguinte:
ΔV =R . I (I)
Observando a Lei de Ohm, sendo R o coeficiente angular da reta,
verifica-se que pelo motivo da constância dessa grandeza, o resultado será uma
reta.

7.2 O Gráfico 2 tem que aspecto? Qual relação parece existir entre a
voltagem V e a corrente I, para a lâmpada?
Quando o resistor é não ôhmico, utilizando como base a equação(I),
verifica-se que R não será constante. Desse modo, demonstra que a resistência
será diferente para diferentes valores da diferença de potencial. Nesse sentido, o
gráfico será semelhante, porém ainda sim com fortes diferenças, a um lado da
curva parametrizada.

7.3 Criem a Tabela 3 com as seguintes colunas: Ensaio, Voltagem


(V), Resistência (Ω), Temperatura (K).
Os seguintes dados foram disponibilizados pelo Doutor Wilton da Silva
Dias, bem como o erro da resistência foi calculado utilizando como base os
erros fornecidos do multímetro do fabricante, além do que o erro da
temperatura foi calculado pela seguinte fórmula:
1/ ²
1 R 2
Et =
Rt . ∝ ( ( )
. E r2 +
Rt
. ( Ert ) ²
) (II)

Tabela 3 – Relação entre Voltagem X Resistência e Temperatura

Ensaio Voltagem (V) Resistência (Ω) Temperatura (K)


1 0,50 ± 0,03 29,24 ± 1,78 290,07 ± 14.62
2 5,00 ± 0,06 62,74 ± 1,09 545.89 ± 14.23
3 9,90 ± 0,08 99,00 ± 1,47 822,79 ± 21,38
4 14,80 ± 0,10 129,82 ± 1,83 1058,15 ± 27,64
5 20,00 ± 0,13 157,48 ± 2,19 1269,37 ± 33,42
6 24,90 ± 0,15 179,52 ± 2,45 1437,68 ± 37,92
7 29,90 ± 0,18 199,20 ± 2,72 1587,97 ± 42,08
8 34,80 ± 0,20 215,88 ± 2,92 1715,35 ± 45,50
9 36,30 ± 0,21 220,94 ± 2,99 1753,99 ± 46,57

7.4 Façam o Gráfico 3, da variação da resistência do filamento da


lâmpada
com a voltagem aplicada. O que se pode concluir dele?
A resistência do filamento da lâmpada está aumentando, assim
como a resistência é não ôhmica. Dessa maneira afeta diretamente as
relações da voltagem, em outras palavras, para cada valor calculado de R,
o resultado será um valor diferente da voltagem, o qual não estará
obedecendo necessariamente a relação simples da primeira Lei de Ohm.

Tabela - Gráfico 3

ΔR (Ω) Voltagem (V)


0,14 ± 1,91 0,50 ± 0,03
33,64 ± 1,30 5,00 ± 0,06
69,90 ± 1,63 9,90 ± 0,08
100,72 ± 1,96 14,80 ± 0,10
128,38 ± 2,30 20,00 ± 0,13
150,42 ± 2,55 24,90 ± 0,15
170,10 ± 2,81 29,90 ± 0,18
186,78 ± 3,00 34,80 ± 0,20
191,84 ± 3,07 36,30 ± 0,21

Gráfico 3 - Relação da Voltagem em função da variação da resistência, dado


pelo software SciDavis.
7.5 Façam o Gráfico 4, da variação da temperatura do filamento da
lâmpada com a voltagem aplicada. Façam um ajuste da função abaixo, aos
pontos experimentais:

T =a+ b .V c, com a, b e c coeficientes


Tabela (Gráfico 4)

ΔT (K) Voltagem (V)


1,00 ± 14,63 0,50 ± 0,03
256,89 ± 14,24 5,00 ± 0,06
533,79 ± 21,39 9,90 ± 0,08
769,15 ± 27,64 14,80 ± 0,10
980,37 ± 33,42 20,00 ± 0,13
1148,68 ± 37,92 24,90 ± 0,15
1298,97 ± 42,08 29,90 ± 0,18
1426,35 ± 45,50 34,80 ± 0,20
1464,99 ± 46,57 36,30 ± 0,21

Gráfico 4 - Relação da temperatura em função da variação da voltagem, dado


pelo software SciDavis.
7.6 De acordo com o ajuste feito ao gráfico da variação da
temperatura do
filamento da lâmpada com a voltagem aplicada, qual deveria ser a
temperatura do filamento para a voltagem máxima na lâmpada
(110V)?
Verifiquem se ela está de acordo com a temperatura de fusão do
tungstênio (TF = 3422°C)

7.7 Considerando as duas resistências que utilizamos (resistor e


lâmpada) e o intervalo de voltagem aplicado, quais deles obedeceram
a Lei de
Ohm? Quais deles trabalharam em regime ôhmico? Justifiquem
vossas
respostas.
Apenas a resistência comercial obedece a lei de ohm,
consequentemente, estabelece um padrão a ser seguido, ou seja, o valor da
corrente elétrica do condutor de resistência constante é proporcional à diferença
de potencial aplicada. No entanto, a resistência da lâmpada não obedece a esse
princípio, uma vez que quanto maior é a sua temperatura, maior é a sua
resistência elétrica. Dessa maneira, não há uma proporcionalidade na relação
entre corrente elétrica e diferença de potencial.

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