Você está na página 1de 35

EME806 Ventilação

Professor: Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO DILUIDORA
Ventilação geral de ambientes “normais”:
Ambientes “normais” são locais no interior da empresa onde não são instalados
equipamentos industriais e onde não existem substâncias poluidoras tóxicas.
A manutenção do conforto e da eficiência do homem através do Restabelecimento das
condições ambientais do ar, alteradas pela presença do homem e/ou equipamentos:
• Arrefecimento do ar em climas quentes;
• Aquecimento do ar em climas frios;
• Controle da umidade do ar.

Os seguintes métodos podem ser empregados:


• Admissão e exaustão naturais do ar;
• Insuflação mecânica e exaustão natural;
• Insuflação natural e exaustão mecânica;
• Insuflação e exaustão mecânicas.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Entrada e Exaustão de Ar Naturais
Ventilação Natural:
• Ventilação devida ao vento;
• Ventilação devido à diferença de temperaturas entre o ar interno e o ar externo;
• Ventilação pela ação combinada do vento e da diferença de temperaturas.
O projeto e a localização das aberturas no prédio devem ser feitos de modo que os
efeitos favoráveis do vento e da diferença de temperaturas se somem.
Caso não seja exercido algum tipo de controle sobre a ventilação natural, o processo
não pode ser legitimamente denominado “ventilação” pois este não seria capaz de
manter o ar interno dentro das condições prescritas para condições variáveis do ar
externo.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Entrada e Exaustão de Ar Naturais
Em forjas, fundições, têmperas, casas de máquinas e outros locais envolvendo altas
temperaturas, a ventilação natural é capaz de movimentar enormes quantidades de
ar, da ordem de milhões de quilogramas por hora.

Para se movimentar estas mesmas


quantidades de ar por meios
mecânicos, seria necessário um
consumo de energia altíssimo.
Nestas instalações “quentes”, a
ventilação mecânica deve ser usada
apenas como um suplemento à
ventilação natural sob a forma de
cortinas de ar e ventilação local
exaustora.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Entrada e Exaustão de Ar Naturais
A eficiência da ventilação natural depende de muitos fatores relacionados ao projeto e à
utilização do edifício. Dentre estes, os principais são:
• Regime dos ventos;
• Número de galpões e forma do telhado em um edifício industrial;
• Distribuição adequada das aberturas para ventilação;
• Distribuição adequada das fontes de calor.

Em vista da grande complexidade dos fenômenos de ventilação e convecção natural, eles são
na maior parte das vezes investigados experimentalmente empregando-se modelos bi e
tridimensionais, utilizado programas computacionais.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido ao Vento
Quando o vento atua sobre um edifício ou outro obstáculo qualquer, cria uma zona de
compressão e outra de subpressão. A distribuição de pressão sobre o edifício depende de
vários fatores:
• Direção do vento com relação à parede;
• Se o edifício está diretamente exposto ao vento ou abrigado por outros
edifícios;
• Forma geométrica do edifício.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido ao Vento
Ao se elaborar um projeto de ventilação natural, deve-se fazer um estudo cuidadoso da
distribuição de pressão sobre o edifício considerando-se os principais fatores que governam
o problema:
• Magnitude e direção média do vento para a época do ano e localidade considerada;
• Presença de obstáculos;
• Protuberâncias no próprio edifício.

As aberturas de entrada do vento devem ser voltadas para o lado dos ventos
predominantes (zona de compressão). As saídas devem ser colocadas em regiões de
subpressão:

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Aplicações de ventilação natural devido ao vento
No meio urbano a velocidade dos ventos pode ser reduzida em menos da metade em
relação a velocidade do ar do entorno, embora ruas estreitas e edifícios altos possam
provocar efeitos de afunilamento duplicando a velocidade dos ventos.

Os edifícios devem ser situados onde as obstruções aos ventos de verão são mínimas.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Aplicações de ventilação natural devido ao vento
No alto de morros a edificação tem exposição máxima aos ventos. Esta localização, porém a
torna vulnerável aos ventos de inverno. A lateral de morros e encostas é uma localização
mais vantajosa onde o ar fresco flui morro abaixo criando brisas que pode ser bem
diferentes dos padrões de ar da região.

Árvores e arbustos podem ser usados para canalizar o ar através da estrutura e também
podem ser utilizados para acelerar a velocidade do ar através de corredores de vento.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Aplicações de ventilação natural devido ao vento
A orientação do pátio 45° em relação aos ventos predominante é ideal para ventilação no
pátio e ventilação cruzada dos ambientes internos

Quando as aberturas não podem ser


orientadas diretamente para os ventos
dominantes é possível criar zonas de
pressão positiva e negativa através do
projeto de elementos externos,
Utilizar projeções externas horizontais para desviar
a corrente de ar na altura dos ocupantes.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido ao Vento

A razão entre a força de pressão em um ponto qualquer do edifício e a força de


inércia do vento é um parâmetro importante em mecânica dos fluidos,
particularmente em estudos de ventilação natural. Define-se então o coeficiente
de pressão ou número de Euler como:

𝛥𝑝
𝐶𝑝𝑒 =
𝜌𝑉∞
∆𝑝 = 𝑝 − 𝑝∞ diferença entre a pressão local e a pressão não perturbada do
vento
𝜌 densidade do ar
𝑉∞ velocidade não perturbada do vento

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido ao Vento

Valores de Cpe para um corpo em forma de paralelepípedo diretamente


exposto ao vento:

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido ao Vento

Recomendações de valores médios do coeficiente de pressão em uma edificação.


Exceto para grandes variações de pressão nas proximidades das bordas da edificação, os
coeficientes médios de pressão para as superfícies de uma edificação são dados na tabela. Estes
valores de Cp, são valores médios representativos e aplicáveis a uma grande variedade de formas de
edificações retangulares.
Tabela 1.1-1 - Coeficientes médios de pressão, Cp
Localização das Direção dos ventos
superfícies 90 0 45 0

Barlavento + 0,8 + 0,5


Laterais - 0,4 -
Sotavento - 0,4 - 0,5
Telhado Plano - 0,5 - 0,5

Na cobertura com lanternim Cpe=-2

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido ao Vento
NORMA NBR 6123- Coeficientes de pressão e forma, externos, para paredes de edificações de
planta retangular b é a base do prédio e h é a altura do prédio
Valores de Cpe
Cpe médio
α = 0° α = 90°
Altura relativa Lateral
A1 e B 1 A2 e B 2 C D A B C1 e D1 C2 e D2

𝑎 3 -0,8 -0,5 +0,7 -0,4 +0,7 -0,4 -0,8 -0,4 -0,9


1 ≤ ≤
h ℎ 1 𝑏 2
≤ 𝑎
𝑏 2 2≤ ≤4 -0,8 -0,4 +0,7 -0.3 +0,7 -0,5 -0,9 -0,5 -1,0
𝑏
b 𝑎 3
-0,9 -0,5 +0,7 -0,5 +0,7 -0,5 -0,9 -0,5 -1,1
≤1 ≤
1 ℎ 3 𝑏 2
< ≤ 𝑎
2 𝑏 2 2≤𝑏≤4 -0,9 -0,4 +0,7 -0,3 +0,7 -0,6 -0,9 -0,5 -1,1

𝑎 3
≤1≤ -1,0 -0,6 +0,8 -0,6 +0,8 -0,6 -1,0 -0,6 -1,2
3 ℎ 𝑏 2
< ≤6
2 𝑏 𝑎
2≤ ≤4 -1,0 -0,5 +0,8 -0,3 +0,8 -0,6 -1,0 -0,6 -1,2
𝑏

Quando procura-se mais precisão os Cpe laterais podem ser trocados pelas regiões
A1 , B1 , A2 e B2 para vento a 0° e C1, D1, C2 e D2 para vento a 90°

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido ao Vento
NORMA NBR 6123- Coeficientes de pressão e forma, externos, para paredes de edificações de
planta retangular
2h ou b/2
(o menor dos dois)

C1 C2

b/3 ou a/4 C
(o maior dos dois, A1 B1
porém 2h)

A2 B2
90° A B a

A3 B3
D1 D2

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido ao Vento
NORMA NBR 6123- Coeficientes de pressão e forma, externos, para telhados com duas águas,
simétricos, em edificações de planta retangular
Valores de Ce para
Altura relativa θ α = 90°(A) α = 0°
EF GH EG FH
0° -0,8 -0,4 -0,8 -0,4 b/3 ou a/4
5° -0,9 -0,4 -0,8 -0,4
(o maior dos
10°
15°
-1,2
-1,0
-0,4
-0,4
-0,8
-0.8
-0,6
-0,6
E G dois mas ≤ 2h)
ℎ 1

𝑏 2 20° -0,4 -0,4 -0,7 -0,6
30° 0 -0,4 -0,7 -0,6 α
45° +0,3 -0,5 -0,7 -0.6 F H
60° +0,7 -0,6 -0,7 -0.6
0° -0,8 -0,6 -1,0 -0,6
5° -0,9 -0,6 -0,9 -0,6
10° -1,1 -0,6 -0,8 -0,6
1 ℎ 3 15° -1,0 -0,6 -0,8 -0,6 a≥b
< ≤
2 𝑏 2 20° -0,7 -0,5 -0,8 -0,6
30° -0,2 -0,5 -0,8 -0,8
45° +0,2 -0,5 -0,8 -0,8 I J
60° +0,6 -0,5 -0,8 -0,8
0° -0,8 -0,6 -0,9 -0,7
5° -0,8 -0,6 -0,8 -0,8
10° -0,8 -0,6 -0,8 -0,8
15° -0,8 -0,6 -0,8 -0,8
3 ℎ
< ≤6 20° -0,8 -0,6 -0,8 -0,8
2 𝑏 30° -1,0 -0,5 -0,8 -0,7
45° -0,2 -0,5 -0,8 -0,7
b
50° +0,2 -0,5 -0,8 -0,7
60° +0,5 -0,5 -0,8 -0,7

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido ao Vento
NORMA NBR 6123- Coeficientes de pressão externos, para telhados com duas águas,
simétricos, em edificações de planta retangular
Valores de Ce para Exemplo para h/b<0,5 e 𝜃 = 10
Altura relativa θ α = 90°(A) α = 0°
EF GH EG FH
0° -0,8 -0,4 -0,8 -0,4
5° -0,9 -0,4 -0,8 -0,4
10° -1,2 -0,4 -0,8 -0,6
ℎ 1 15° -1,0 -0,4 -0.8 -0,6

𝑏 2 20° -0,4 -0,4 -0,7 -0,6
30° 0 -0,4 -0,7 -0,6
45° +0,3 -0,5 -0,7 -0.6
60° +0,7 -0,6 -0,7 -0.6
0° -0,8 -0,6 -1,0 -0,6
5° -0,9 -0,6 -0,9 -0,6
10° -1,1 -0,6 -0,8 -0,6
1 ℎ 3 15° -1,0 -0,6 -0,8 -0,6
< ≤
2 𝑏 2 20° -0,7 -0,5 -0,8 -0,6
30° -0,2 -0,5 -0,8 -0,8
45° +0,2 -0,5 -0,8 -0,8
60° +0,6 -0,5 -0,8 -0,8
0° -0,8 -0,6 -0,9 -0,7
5° -0,8 -0,6 -0,8 -0,8
10° -0,8 -0,6 -0,8 -0,8
15° -0,8 -0,6 -0,8 -0,8
3 ℎ
< ≤6 20° -0,8 -0,6 -0,8 -0,8
2 𝑏 30° -1,0 -0,5 -0,8 -0,7
45° -0,2 -0,5 -0,8 -0,7
50° +0,2 -0,5 -0,8 -0,7
60° +0,5 -0,5 -0,8 -0,7

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido ao Vento

Dispositivos de ventilação natural utilizados pela indústria

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido ao Vento

Para calcular a vazão de ar (𝑉𝑠1 ) que entra em um recinto através das aberturas de área
𝐴 , quando a velocidade media sazonal do vento (𝑣) usa-se a equação simplificada

𝑉𝑠1 = 𝜑𝐴1 𝑣
O parâmetro 𝜑 é um fator que depende das características das aberturas. Pode adoptar
𝜑 = 0,5 𝑎 0,6 considerando ventos perpendiculares à parede
𝜑 = 0,25 𝑎 0,35 quando os ventos forem diagonais à parede

O parâmetro 𝜑 pode ser calculado, com mais detalhes como apresenta a seguinte formula:

𝜂2 𝛽2
𝜑 = 𝜇1 𝐶 − 𝐶𝑝𝑒2
1 + 𝜂2 𝛽 2 𝑝𝑒1

𝐶𝑝1 𝐶𝑝2 são os coeficientes de pressão nas aberturas de entrada e saída


𝛽 é a razão entre as áreas de saída e entrada 𝐴2 /𝐴1
𝜂 é a razão entre os coeficientes de vazão da saída e entrada 𝜇2 /𝜇1

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido ao Vento
Figura 1.3-2 - Coeficientes de perda de pressão, ξ, e de descarga, , de al-
gumas aberturas usadas em ventilação
desenho ângulo h/l= 1 : 1 h/l= 1 : 2 h/l= 1 : 
Dados para cálculo de vazão Modo de da de

em aberturas de entrada de
fixação Veneziana abertura ξ  ξ  ξ 
150 16,0 0,25 20,6 0,22 30,8 0,18
ar em função do ângulo de Uma só
veneziana
300 5,65 0,42 6,90 0,38 9,15 0,33
450 3,68 0,52 4,00 0,50 5,15 0,44
abertura. suspensa
por cima
600 3,07 0,57 3,18 0,56 3,54 0,53
900 2,59 0,62 2,59 0,62 2,59 0,62
Uma só 150 11,1 0,30 17,3 0,24 30,8 0,18
300 4,90 0,45 6,90 0,38 8,60 0,34
veneziana
450 3,18 0,56 4,00 0,50 4,70 0,46
suspensa 600 2,51 0,63 3,07 0,57 3,30 0,55
por cima 900 2,22 0,67 2,51 0,63 2,51 0,63
150 45,3 0,15 ---- ---- 59,0 0,13
Uma só 300 11,1 0,30 ---- ---- 13,6 0,27
veneziana 450 5,15 0,44 ---- ---- 6,55 0,39
vasculan- 600 3,18 0,56 ---- ---- 3,18 0,56
te 900 2,43 0,54 ---- ---- 2,68 0,61
veneziana 150 14,8 0,26 30,8 0,18 ---- ----
dupla sus- 300 4,90 0,45 9,75 0,32 ---- ----
pensa por 450 3,83 0,51 5,15 0,44 ---- ----
cima 600 2,96 0,58 3,54 0,53 ---- ----
900 2,37 0,65 2,37 0,65 ---- ----
veneziana 150 18,8 0,23 45,3 0,15 59,0 0,13
dupla sus- 300 6,25 0,40 11,1 0,30 17,3 0,24
pensa por 450 3,83 0,51 5,90 0,41 8,60 0,34
cima e por 600 3,07 0,57 4,00 0,50 5,40 0,43
baixo 900 2,37 0,65 2,77 0,60 2,77 0,60
OBS. h é a altura da abertura e l a largura

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido ao Vento

Exemplo - 1 (renovação de ar devido unicamente ao efeito de vento)


Considere ventos com velocidade média (no verão) de 2 m/s, temperatura ambiente de
30°C, área das aberturas A1 = 2 m2 do tipo veneziana vasculantes (h/L →1/∞) e do teto,
A2 = 2 m2 tendo venezianas com inclinação de 45O.
Determinar a taxa de renovação de ar para o galpão.

Informações adicionais:
 Da tabela 1.3-2, temos μ = 0,39 tanto para o teto
como para a veneziana de entrada.
 Da tabela 1.1-1 os coeficientes médios de pressão
são: Para a entrada, Cpe,1 = + 0,8, e para a saída, no
teto, Cpe,2 = - 0,5

Galpão para o exemplo - 1 de


renovação natural de ar.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido ao Vento

Aplicando a equação para a vazão volumétrica


𝑉𝑠1 = 𝜑𝐴1 𝑣1

𝜂2 𝛽2
Onde 𝜑 = 𝜇1 𝐶 − 𝐶𝑝𝑒2
1 + 𝜂2 𝛽 2 𝑝𝑒1

2 A
Para o problema proposto, temos:   1 e   2  1  2   2  1
1 A1
𝜑 = 0,39 0,5 0,8 − −0,5 = 0,314

𝑉𝑠1 = 0,314 ∗ 2𝑚2 ∗ 2𝑚/𝑠 = 1,26𝑚3 /𝑠

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido a Diferença de temperatura
Se a temperatura no interior de um edifício for maior do que aquela do ar exterior e se
houver comunicação entre ambos através de aberturas no edifício, serão estabelecidas
correntes de convecção natural conforme explicado a seguir.
A força motriz do movimento é a diferença de pressão entre o ar externo e o ar interno
devido à diferença de densidade que, por sua vez, é causada pela diferença de
temperatura.

Carga térmica

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido a Diferença de temperatura

Pelo chamado efeito chaminé, o ar mais frio, mais denso, exerce pressão positiva, o ar
mais quente, por tornar-se menos denso, exerce baixa pressão e tende a subir criando
correntes de convecção.
A quantidade de calor removido por determinada taxa de fluxo de ar depende da
diferença de temperatura entre o interior e o exterior. Por isso a geração de calor
interna também é decisiva no desempenho do edifício naturalmente ventilado.

Qual é melhor orientação dessas regiões quentes?

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido a Diferença de temperatura
No caso de haver duas fontes quentes, a circulação do ar entre os aquecedores leva a uma
intensificação do movimento entre as regiões inferiores e superiores do edifício.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido a Diferença de temperatura
Na figura a seguir, apesar da maior altura do galpão onde se encontra a fonte de calor,
pode ser verificado um influxo de ar quente deste para o galpão à esquerda. Este influxo
é indesejável, especialmente no verão.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido a Diferença de temperatura

• A altura do galpão aquecido é aumentada;


• Duas aberturas adicionais são realizadas no galpão à esquerda;
• Duas aberturas adicionais são realizadas no teto do galpão aquecido;

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido a Diferença de temperatura

Para calcular a vazão de ar usa-se a equação simplificada

𝑉𝑠 = 0,116𝐴 𝐻(𝑇𝑖 − 𝑇𝑒 )

H distancia vertical entre a entrada e a saída (m)


𝑇𝑖 temperatura do recinto (interna) (°C) A correção é feito usando
𝑇𝑒 temperatura do ambiente externo (°C) a menor das áreas
0,116 é uma constante que já considera a efetividade das aberturas A (m²)

Quando as aberturas não são iguais usa-


se o gráfico para fazer correção

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido a Diferença de temperatura

Para calcular a vazão de ar usa-se a equação mais detalhada

2𝜂 2 𝛽2 𝜌𝑖 𝐻𝑔
𝑉𝑠1 = 𝜇1 𝐴1 𝜌𝑒 − 𝜌𝑖
𝜌𝑒 𝜌𝑒 + 𝜂 2 𝛽2 𝜌𝑖

g gravidade
𝜌𝑖 densidade a temperatura do recinto (interna)
𝜌𝑒 densidade a temperatura do ambiente externo

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido a Diferença de temperatura

Exemplo-2 (renovação de ar devido unicamente ao efeito chaminé)

Considere uma situação em que a temperatura ambiente é de 30°C, e um galpão com área
lateral das aberturas A1 = 2 m2 do tipo veneziana (h/L → 1/∞) e a área de abertura do
lanternim, A2 = 2 m2 tendo ambas venezianas vasculantes com inclinação de 45°. A
temperatura média interna admissível é de no máximo de 35°C. Determinar a taxa de
renovação de ar para este galpão. Admita que a velocidade dos ventos é igual a zero.

Informações adicionais:

Da tabela 1.3.2, temos μ = 0,39 tanto para o


lanternim como para a veneziana de entrada.

Análise:
μ = 0,39 e → η = 1 ; A1 = 2 m 2 e A2 = 2 m 2
Então β = 1

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Movimento do Ar devido a Diferença de temperatura

• Cálculo da densidade externa e interna do ar.


𝑃𝑏 101325 (𝑁/𝑚2 ) 𝑘𝑔
𝜌𝑒 = = = 1,1652 3
𝑅𝑇𝑒 287(𝐽/𝑘𝑔. 𝐾) × (273 + 30) 𝑚

𝑃𝑏 101325 (𝑁/𝑚2 ) 𝑘𝑔
𝜌𝑖 = = = 1,1463 3
𝑅𝑇𝑖 287(𝐽/𝑘𝑔. 𝐾) × (273 + 35) 𝑚

• Cálculo da taxa de renovação de ar:

2𝜂 2 𝛽 2 𝜌𝑖 𝐻𝑔
𝑉𝑠1 = 𝜇1 𝐴1 𝜌𝑒 − 𝜌𝑖
𝜌𝑒 𝜌𝑒 + 𝜂 2 𝛽2 𝜌𝑖

𝑉𝑠1 = 0,98𝑚3 /𝑠

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Combinação dos Efeitos do Vento e Chaminé

As diferenças de pressão podem ser causadas pelo vento ou por diferenças de temperatura,
o que configura dois tipos principais de ventilação passiva: a ventilação cruzada e a
ventilação por efeito chaminé.

Estas estratégias também podem ser adotadas conjuntamente em diferentes ambientes de


uma mesma edificação.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Combinação dos Efeitos do Vento e Chaminé

Por um método simplificado, calculam-se as vazões na entrada devidas ao vento


𝑉𝑠,𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜 e à diferença de temperatura𝑉𝑠,𝑑𝑇 . Somam-se as duas vazões e obtem-se:
𝑉𝑠,𝑑𝑇
Calcular 𝑟 = 100 𝑉′𝑠,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑉𝑠,𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜 + 𝑉𝑠,𝑑𝑇
𝑉′𝑠,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Usar o gráfico para achar o fator (f) pelo qual 𝑉𝑠,𝑑𝑇 deve ser multiplicado

Finalmente calcular a vazão real total

𝑉𝑠,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑓 ∗ 𝑉𝑠,𝑑𝑇

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Combinação dos Efeitos do Vento e Chaminé

Efeito combinado de vento e chaminé


Novamente consideremos a figura do galpão usada para o efeito puro de chaminé, e
acrescentemos ventos soprando sobre uma das aberturas. Vamos aplicar novamente o
princípio da conservação de massa e a equação de vazão através de um orifício.

Para calcular a vazão de ar


usa-se a equação mais
detalhada

𝜌𝑒 𝑣12 𝐶𝑝𝑒1 − 𝐶𝑝𝑒2 + 2𝐻𝑔 𝜌𝑒 − 𝜌𝑖


𝑉𝑠2 = 𝜇2 𝐴2
𝜂2 𝛽 2 𝜌𝑖
𝜌𝑖 1 + 𝜌
𝑒

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


Combinação dos Efeitos do Vento e Chaminé

Exercício (renovação de ar devido ao efeito combinado “vento e chaminé”)

Considere uma situação em que a temperatura ambiente é de 30°C, e um galpão com área
lateral das aberturas A1 = 2 m² do tipo veneziana suspensa por cima (h / L → 1/∞) e a área
de abertura do lanternim, A2 =2m², tendo ambas venezianas com inclinação de 45°. A
temperatura média interna admissível é de no máximo de 35°C. Admita que a velocidade
média sazonal do vento vale, 𝑣1 = 2 m/s. A altura do galpão, H =10 m

Informações adicionais:
Da tabela 1.3-2, temos μ = 0,39 tanto para o
lanternim como para a veneziana de entrada. Os
coeficientes de pressão devido ao vento valem, Cp,1
= 0,8 e Cp,2 = -2.

Análise:
μ = 0,39 e → η = 1 ; A1 = 2 m 2 e A2 = 2 m 2
Então 𝛽= 1,

Prof. Juan Jose Garcia Pabon

Você também pode gostar