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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA

SISTEMAS DE CONTROLE HIDRÁULICOS E


PNEUMÁTICOS

Simulação de um circuito pneumático:

Elevador de esteira com trava

Prof. Dr. João Cícero da Silva

Alunos:

Arthur Henrique Rezende Vieira – 11411EMC030


João Antônio – 11411EMC030
Mateus Silva Bernardes – 11421EMC002
Roberto Delibo Neto – 11521EMC014

Outubro de 2021

Uberlândia - MG

1
SUMÁRIO

1) INTRODUÇÃO............................................................................................................................................3
2) REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................................................4
2.1) FUNDAMENTOS DA FÍSICA ....................................................................................................................4
2.2) CARACTERÍSTICAS DO AR......................................................................................................................5
2.3) ATUADORES PNEUMÁTICOS..................................................................................................................6
3) DESCRIÇÃO DO SISTEMA.........................................................................................................................8
4) SEUQÊNCIA DE MOVIMENTOS...............................................................................................................9
5) SEQUÊNCIA ALGÉBRICA E VETORIAL DOS MOVIMENTOS.............................................................10
6) TABELA DE ESTADOS..............................................................................................................................10
7) DIAGRAMAS...............................................................................................................................................11
7.1) DIAGRAMA TRAJETO-PASSO...............................................................................................................11
7.2) DIAGRAMA TRAJETO-TEMPO..............................................................................................................12
8) CIRCUITOS ELABORADOS NO FLUIDSIM.........................................................................................12
8.1) LÂMINA 1 – FONTE DE ENERGIA..........................................................................................................12
8.2) LÂMINA 2 – MANUAL.............................................................................................................................12
8.3) LÂMINA 3 – AUTOMÁTICO....................................................................................................................13
8.4) LÂMINA 4 – ELETROPNEUMÁTICO.....................................................................................................13
8.5) LÂMINA 5 – EMERGÊNCIA ANALÓGICA............................................................................................13
8.6) LÂMINA 6 – EMERGÊNCIA BINÁRIA...................................................................................................14
9) PLANILHA DE EMERGÊNCIA LÓGICA...............................................................................................14
10) PLANILHA DE SEQUÊNCIA DE COMANDOS...................................................................................15
11) ANEXOS (FLUIDSIM)..............................................................................................................................16
12) TAG’s DOS EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS...............................................................................21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................................23

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1) Introdução

A automação revolucionou os processos industriais. Ao automatizar os processos, a indústria garante maior


agilidade e controle sobre as tarefas a serem realizadas, lembrando que qualquer processo industrial pode ser
automatizado. A automação de processos refere-se à utilização de ferramentas (como o BPM) com o objetivo de
trazer benefícios de controle aos processos operacionais de uma empresa, dessa forma automatizando diversas
atividades manuais. A automação de processos, visa aumentar a produtividade de uma determinada tarefa, reduzir
custos operacionais, aumentar o desempenho, desse modo gerando vantagens para a empresa. Saiba como
implementar uma ferramenta de Automação de Processos.
A padronização dos processos promove diversos benefícios para a gestão empresarial. O motivo de realizar
a padronização das tarefas é realizar cada atividade com repetibilidade, tendo assim como resultado a eficiência e a
qualidade do trabalho. Um exemplo de plataforma que realiza a padronização dos processos é o Fusion Platform,
através dela é possível padronizar todos os processos das equipes da sua empresa.
Alternativas são sempre bem-vindas quando o assunto é investimento. Nas indústrias, o uso de um
determinado maquinário é planejado para absorver os processos de fabricação com agilidade e segurança para os
operadores que lidam diariamente com os equipamentos. No caso de sistemas de movimentação, com o objetivo de
diversificar e se adaptar às necessidades, o elevadores de esteiras foram projetados de maneira a transportar um
objeto determinado de altura, muito requerido em processos industriais onde se envolvem processos mecanizados
em série, uma vez que é geralmente utilizada para deslocar com facilidade cargas, materiais e acelerar processos
como na embalagem de produtos.
O objetivo do presente trabalho é elaborar e analisar, a partir do software FluidSim, uma simulação
completa de um circuito hidráulico, pneumático ou híbrido contemplando os tópicos estipulados no roteiro
disponibilizado pelo professor. Para tanto, foi dado como sugestão a simulação de um elevador pneumático de
esteira, com trava, conforme mostra a Figura 1 (disponibilizada no roteiro). O trabalho deve conter a
especificação dos sensores e atuadores, válvulas, sistema de controle, diagramas Trajeto-Passo e Trajeto-Tempo
do ciclo, diagramas de movimento obtidos por meio de simulação FluidSim e as planilhas de sequência de
comandos e de emergência lógica.

Figura 1 – isométrico esquemático geral do elevador de esteira com trava (disponível no roteiro do trabalho).

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2) Revisão Bibliográfica

2.1 – Fundamentos da física

O ar é uma mistura de gases abundantes, com a seguinte composição:

• Aproximadamente 78% do volume de Nitrogênio

• Aproximadamente 21% do volume de Oxigênio

O ar também contém traços de dióxido de carbono, argônio, hidrogênio, néon, hélio, criptônio e xenônio. Para
auxiliar na compreensão das leis naturais, bem como no entendimento do comportamento do ar e das dimensões
físicas que serão empregadas, os dados foram utilizados a partir do “Sistema Internacional de Unidades”,
abreviado por SI.

A pressão que prevalece diretamente na superfície da Terra é conhecida como pressão atmosférica (pamb). Esta
pressão também se refere como uma pressão de referência. A faixa acima dessa pressão é conhecida como faixa
de sobre-pressão (pe > 0), a faixa abaixo é conhecida como faixa de vácuo (pe < 0). O diferencial de pressão
atmosférica pe é calculado de acordo com a fórmula:
Pe = pabs – pamb

Isso é ilustrado pelo diagrama abaixo:

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Figura 1 – Pressão do ar

A pressão atmosférica não possui um valor constante. Esse valor varia conforme a localização geográfica e o
clima. A pressão absoluta pabs é o valor relativo à pressão Zero – Vácuo. Seu valor é igual à soma da pressão
atmosférica e a sobre-pressão ou o vácuo. Na prática, são utilizados geralmente os medidores de pressão que
indicam somente a sobre-pressão. O valor de pressão absoluta pabs é de aproximadamente 100 kPA (1 bar)
maior.
Geralmente, em pneumática, todos os dados que dizem respeito à quantidade de ar se referem ao assim chamado
estado padrão. De acordo com DIN 1343, o estado padrão é a condição da substância sólida, líquida ou gasosa,
definida pela temperatura e pressão padrão.

• Temperatura padrão: Tn = 273,15 K, tn = 0 ºC


• Pressão padrão: pn = 101325 Pa = 1,01325 bar

2.2 – Características do ar

Uma característica do ar é sua coesão mínima, isto é, as forças entre as moléculas, em pneumática, geralmente
devem ser desconsideradas para condições operacionais. Como todos os gases, o ar não possui uma forma
particular. Sua forma se altera sem a menor resistência, isto é, ele assume a forma conforme o que está à sua
volta.

Figura 2 – Lei de Boyle-Mariotte

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O ar pode ser comprimido e se esforça para expandir. A relação aplicável é dada pela Lei de Boyle-Mariotte.
Em temperatura constante, o volume de uma dada massa de gás é inversamente proporcional à pressão absoluta,
isto é, o produto da pressão absoluta e do volume é constante para uma dada massa de gás.

p1 • V1 = p2 • V2 = p3 • V3 = Constante

A equação geral dos gases é:

No caso de uma dada massa de gás, o produto da pressão e do volume divididos pela temperatura absoluta
é constante. Esta equação geral dos gases resulta nas leis mencionadas previamente, se um dos três fatores p, V ou
T for mantido constante em cada caso.

 Pressão p constante  mudanças isobáricas


 Volume V constante  mudanças isovolumétricas
 Temperatura T constante  mudanças isotérmicas

2.3 ) Atuadores pneumáticos

Atuador Pneumático é um dispositivo que converte a energia armazenada no ar comprimido (energia


pneumática) em movimento mecânico. Geralmente consistem de um cilindro ou câmara em que o ar atmosférico,
ou um gás pressurizado ou a mistura de ambos, é contido e deixado expandir. À medida que o gás se expande, a
diferença de pressão entre o interior da câmara e a pressão atmosférica natural faz com que o gás acumule energia.
O gás é então liberado do interior da câmara de maneira controlada, de modo que seja direcionado para um pistão,
engrenagem ou algum outro dispositivo mecânico. O pistão é então usado para realizar o trabalho real a ser feito.
Dependendo de como o gás é direcionado para o pistão e como o atuador é projetado, o pistão pode ser conduzido
em linha reta (movimento linear) ou em círculo (movimento rotativo) ou oscilante (movimento limitado por um
determinado número de graus).
O termo pneumático vem do grego Pneumos ou Pneuma que significa sopro, respiração. A Pneumática é a
parte da Física que estuda a dinâmica e os fenômenos físicos relacionados aos gases ou vácuos, bem como os
métodos de conversão da energia pneumática em energia mecânica. A Energia Pneumática provém da compressão
do ar atmosférico em um reservatório, transformando-o em ar comprimido a uma dada pressão de trabalho. O
equipamento que executa este processo é chamado de compressor de ar.

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Tipos de Atuadores Pneumáticos

Os atuadores pneumáticos podem ser de Simples Ação ou de Dupla Ação. Os atuadores de Simples
Ação são dotados de molas encapsuladas instaladas em seu interior, estas molas podem atuar no movimento de
abertura ou de fechamento. Nesse caso, o ar comprimido se encarrega de movimentar o mecanismo apenas em um
dos sentidos, comprimindo as molas que, após o trabalho da energia pneumática cessar, voltará a seu estado original
distendido. Devido ao fato de o movimento do ar ser apenas num sentido, dá-se o nome de Simples Ação. Então,
suas características são: Consumo de ar num sentido; Forças de avanço reduzida (em 10%) devido à mola; Maior
comprimento e cursos limitados; Baixa força de retorno (devido à mola).
Os atuadores de Dupla Ação, também chamados Ar/Ar, usa a energia pneumática contida no ar comprimido
para movimentar o mecanismo em ambos sentidos, seja para abertura que o fechamento. Então, suas características
são: Atuação de força nos dois sentidos, porém com força de avanço maior do que a de retorno; Não permite cargas
radiais na haste.
Este tipo de atuador pneumático se subdivide em Linear e Rotativo. Os do tipo Rotativo são indicados para
a atuação de válvulas do tipo borboleta, esfera, macho, entre outras. Já o atuador pneumático de tipo linear é
indicado para a atuação de válvulas do tipo globo, guilhotina, gaveta, entre outras.
A propósito, primeiramente, do uso do AR COMPRIMIDO enquanto fonte geradora de energia e
movimento, podemos destacar algumas vantagens que derivam: Armazenamento fácil, presença abundante no
ambiente e praticamente infinita, não apresenta risco de faíscas em ambientes explosivos, não polui pois é limpo e
atóxico, não necessita de escape para a atmosfera (linhas de retorno). Abaixo segue lista detalhada das Vantagens
dos Atuadores Pneumáticos.

• Componentes – Uma vantagem oferecida pelos atuadores pneumáticos é a simplicidade de seus


componentes e de seu design. Além de ser encontrados com facilidade no mercado eles possuem um custo
relativamente baixo.

• Cargas pesadas – Esses atuadores podem facilmente tolerar cargas pesadas e, portanto, são bastante
usados em diversas aplicações.

• Alta força e velocidade – Quando usados em aplicações de controle de movimento linear, onde a alta
precisão não é um parâmetro muito essencial, esses atuadores oferecem alta força e velocidade, o que é
difícil de encontrar em qualquer outro atuador, exceto nos hidráulicos.

• Fácil acessibilidade da fonte – Para qualquer sistema pneumático funcionar, o ar é uma fonte importante.
A fácil disponibilidade desta fonte faz com que os atuadores pneumáticos sejam a escolha preferida de
muitos.

• Canalização fácil – Além de ser abundante no meio ambiente, o ar também pode ser facilmente canalizado
e direcionado de um lugar para outro.

• Segurança no uso – Os atuadores pneumáticos são seguros pois não apresentam risco de faíscas em
ambientes explosivos, em contraste com os atuadores elétricos.

• Armazenamento fácil – É ótimo entender que, como os atuadores pneumáticos contêm apenas gases
comprimidos, eles podem ser armazenados mesmo na ausência de eletricidade ou energia.

• Tecnologia limpa – Esses tipos de atuadores oferecem uma tecnologia limpa aos usuários, pois são menos
propensos à contaminação. Devido ao uso de ar, que é livre de substâncias químicas nocivas, os sistemas
pneumáticos são bastante utilizados nas indústrias alimentícia e farmacêutica.

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• Não apresenta problema de superaquecimento – Os atuadores pneumáticos não sobreaquecem com uso
excessivo, portanto, favorecem os usuários em aplicações que exigem longo tempo de uso.

• Substituto econômico – Um atuador pneumático é considerado uma ferramenta econômica para sistemas.
Com sua fácil instalação e manutenção, tornou-se uma ótima opção quando se procura por atuadores de
baixo custo.

• Alta durabilidade – Outro benefício de ter atuadores pneumáticos é que eles oferecem alta durabilidade.
É bom notar que atuadores pneumáticos podem suportar facilmente pressões constantes comparado com os
outros tipos de atuadores.

3) Descrição do Sistema

O mecanismo de funcionamento é bastante simples, embora muito eficaz. Basicamente, conforme mostado
na Figura 1, o processo envolve duas esteiras separadas por nível, onde pacotes que chegam na esteira mais baixa
são transportados verticalmente partir de um cilindro 2A até o nível da esteira mais alta, onde então um segundo
cilindro 3A é acionado de maneira a empurrar o pacote de modo a concluir a sua rota da produção. Além disso, o
cilindro 1A é um travamento para os pacotes antes de serem submetidos à elevação, permitindo melhor controle do
processo e evitando possíveis conflitos com os pacotes subsequentes. Este sistema é típico de um funcionamento
de uma linha de transportes de embalagens (Figura 2).

Figura 2 – (EXEMPLO) Linha motorizada de transporte de embalagens.

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4) Sequência de movimentos

Com base na Figura 3 a seguir, a sequência de movimentos dos cilindros será dada da seguinte maneira:

Figura 2 – Representação esquemática do sistema.

I. O cilindro 1.0, inicialmente avançado com a haste de trava, recua e permite a passagem de pacotes
enfileirados;
II. O cilindro 2.0 é acionado e faz o avanço vertical elevando os pacotes ao mesmo tempo em que o cilindro
1.0 volta a sua posição inicial (avanço) para bloquear a passagem a próxima caixa;
III. O cilindro 3.0 é acionado e avança as caixas sobre o segundo transportador;
IV. O cilindro 3.0 ativa em seu fim de curso um sensor que faz o acionamento das válvulas de retorno próprio
concomitantemente com o cilindro 2.0;
V. O ciclo pode ser reiniciado manualmente ou o automaticamente.

OBS:
Em anexo no presente trabalho existe um croqui, em vídeo, representando a sequência de movimentos
feitas em simulação por meio do SolidWorks. As peças e esteiras são fictícias e desenhadas também a partir desse
software e o objetivo é apenas mostrar o movimento sequencial do sistema. Detalhes como dimensionamentos
estruturais e afins não foram levados em conta.

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5) Sequência Algébrica e vetorial dos movimentos

Nesta representação, defini-se as numerações 1A, 2A e 3A (cilindros) representando os atuadores, ao


passo que o sinal algébrico vetorial está ligado aos movimentos. Ainda, o sinal positivo (+) e negativo (-)
indicando avanço e retorno, respectivamente.

Dessa forma, temos:

• (+) ou (→): sinal de avanço

• (-) ou (←): sinal de retorno

Portando, para o problema do elevador de esteira com trava em questão, temos as seguintes
nomenclaturas (equivalentes entre si):

1. 1.0+ 2.0+ 3.0+ 1.0- 2.0- 3.0-

2. 1.0→ 2.0→ 3.0→ 1.0← 2.0← 3.0←

6) Tabela de estados

É possível alocar a sequência cronológica de movimento dos atuadores de uma forma tabelada, onde as
informações são colocadas em linhas e colunas como a seguir (Tabela 1). Essa tabela é chamada de Tabela de
estados do movimento do sistema.

Tabela 1 – Tabela de estados do sistema elevador de esteira com trava.

Operação Cilindro 1.0 Cilindro 2.0 Cilindro 3.0


1 Recua Parado Parado
2 Avança Avança Parado
3 Parado Parado Avança
4 Parado Recua Recua

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7) Diagramas

7.1 - Diagrama Trajeto-Passo

O diagrama Trajeto-Passo serve para representar a seqüência de movimento, analisar o funcionamento do


circuito pneumático, e identificar os possíveis problemas que deverão ser solucionados através da correta
especificação e posicionamento das válvulas e dos fins de curso necessários. Para identificação dos fins de curso,
são utilizados números que indicam qual atuador ele comanda e que tipo de movimento realiza (avanço ou retorno),
conforme mostrado anteriormente, no item 4.
O diagrama trajeto-passo representa a sequência de operação dos elementos de trabalho. Indica o
movimento desse elemento em relação a cada passo (variação do estado inicial deste elemento). Para construção do
diagrama devemos seguir a sequência abaixo:

I. Os passos devem ser desenhados horizontalmente com as mesmas distancias.


II. O trajeto não se desenha em escala, mas deve ser igual para cada unidade. No caso de existirem diversos
elementos de trabalho, a representação deve ser da mesma maneira, fazendo a correspondência de cada
passo ( uns sobre os outros).
III. Os passos sempre colocados horizontalmente e com as mesmas distancias.
IV. O trajeto não precisa ser em escala e deve ser igual para cada unidade (cilindro).

DIAGRAMA
TRAJETO-PASSO

MANUAL 5=1
1 2 3 4

1.0
1 2 3 4 5

2.0

3.0

Figura 3 – Diagrama Trajeto-Passo do sistema.

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7.2 – Diagrama Trajeto – Tempo

Com o diagrama trajeto-passo, fica possível uma visualização global dos movimentos e as relações de
dependência entre os movimentos. O Diagrama trajeto-tempo é similar ao método anterior, porém, agora acresenta-
se dados sobre o tempo de movimentação de cada cilindro, assim, como o tempo total de um ciclo de trabalho.

Figura 4 – Diagrama Trajeto-Tempo do sistema.

8) Circuitos elaborados no FluidSIM

8.1 - Lâmina 1 :Fonte de energia

O compressor da fonte de energia é regulado para fornecer uma pressão aproximada de 10 bar. A linha segue,
após o compressor, pelas válvulas de alívio (0.8) e de segurança (0.9). A linha segue e passa por uma válvula
redutora de pressão (0.11). O projeto será feito para comando indireto, e, portanto, a linha de alimentação deve
ter uma bifurcação, para alta e para baixa pressão. A linha de alta segue com uma válvula de alívio (0.13),
unidade de manutenção (0.14) e lubrificador (0.15), e finalmente na válvula cartucho de alta (0.21). A linha de
baixa, por sua vez, após a bifurcação segue por uma unidade de manutenção (0.17), lubrificador (0.18), válvula
de alívio (0.19) e finalmente a válvula cartucho de baixa (0.20). Após a fonte de energia, é instalado o projeto
em si.

8.2 - Lâmina 2 : Manual

A linha de alta alimenta os dois atuadores, que por sua vez tem energia suficiente para atuar no movimento da
carga, mesmo que o produto transportado seja pesado. A linha de baixa, por sua vez, é usada como fonte
geradora dos sinais nas válvulas de comando e controle, além dos elementos de processamento e sinal, e
garantem mais confiabilidade e segurança ao sistema de comando e controle, utilizando baixa pressão.

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A operação do mecanismo se dá na seguinte forma: os dois atuadores iniciam o ciclo recuados até que que o
botão do modo manual seja acionado abrindo a válvula 1.2 e pilotando a válvula 1.1. que então avança o cilindro
1.0 até seu fim de curso. Alcançando o fim de curso, aciona-se o sensor que envia um sinal para a válvula de
memória 2.2 que avança o cilindro 2.0. Ao fim de seu curso, o atuador 2.0 aciona o rolete, que manda um sinal
para 1.3/2.3 que ocasiona no retorno simultâneo dos dois cilindros.

8.3 - Lâmina 3 – Automático


Para converter o circuito totalmente manual para um automático, foi implantada uma válvula 5/2 (1.2) para ter
a função de válvula seletora entre os dois modos de operação e uma válvula “ou” (1.8) para permitir o
funcionamento dos dois modos de forma não simultânea. As normas de segurança não permitem que o modo
manual seja ativado enquanto a máquina esteja trabalhando em ciclo automático, o que poderia levar à quebra
dos equipamentos ou risco para os operadores. A válvula seletora é normalmente aberta para a válvula 1.4 que
é a válvula do comando manual.
O circuito mantém o funcionamento descrito para a lâmina 1. Porém agora, durante o retorno do cilindro 2.0,
foi adicionado um rolete de fim de curso que envia sinal para a válvula 1.6 e que é responsável por recomeçar
o ciclo. Além disso, foi adicionado um temporizador 1.0.2 após a válvula 1.6 para impedir que o ciclo recomece
antes do tempo necessário para que a carga seja adequadamente colocada na plataforma do elevador.

8.4 - Lâmina 4 – Eletropneumático

Para transformar o circuito pneumático em eletropneumático fez-se a rápida substituição dos sensores de fim
de curso mecânicos e das válvulas de comando pilotadas mecanicamente. Os roletes do sistema anterior foram
substituídos por sensores de contato elétrico. Esses quando acionados fecham o circuito elétrico fornecendo
energia para os solenoides que pilotam as válvulas de comando.

8.5 - Lâmina 5 – Emergência Analógica

Máquinas e instalações devem ser dotadas de um dispositivo de parada de emergência conforme a diretriz de
máquinas, evitando e impedindo perigo em caso de emergência. Em caso de perigo, os aparelhos de comando
de parada de emergência são ativados manualmente, emitindo um sinal para parada dos movimentos perigosos.
Quando o comando de parada de emergência é ativado, o sistema de comando da parada de emergência engata.
Este engate deve ser mantido até o momento de seu desengate manual.
Quando a emergência analógica é ativada, ela desenergiza toda a linha, deixando os atuadores livres. Para isso,
uma válvula 3/2 NA foi colocada na linha de alimentação anteriormente à bifurcação para os “manifolds” de
alta e baixa. Essa válvula é duplamente pilotada por solenoides, sendo um ativado pelo botão elétrico de Stop
que fecha a válvula e o outro ativado pelo botão elétrico de reset que volta a válvula para a condição NA e
realimenta o sistema.

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8.6 - Lâmina 6 – Emergência Binária

Diferente da emergência analógica, a binária não desenergiza o sistema. Primeiramente é preciso selecionar
qual a posição que os atuadores irão efetuar quando a emergência for acionada. Para esse projeto foi escolhido
que ambos os cilindros assumirão a posição de retorno.
Dessa forma, é colocado uma VCCD 3/2 NA antes do piloto z(14) das válvulas de acionamento de cada um dos
pistões. Quando o botão de segurança é ativado ele pilota as válvulas que bloqueia o fluxo para o piloto de
avanço de 1.1 e 2.1, mantendo ambos os cilindros na posição de retorno.

9) Planilha de emergência lógica

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10 A Tabela opera com variáveis que só podem assumir dois estados lógicos e opostos representados pelos dígitos
0 e 1.Ex.:1 pode representar os estados lógicos: sim, avançado, acionado, ativado, ligado, acesso etc.0 pode
representar os estados lógicos: não, recuado, desacionado, desativado, desligado, apagado etc.

Tabela 2 – Lógica dos atuadores conforme posição.

1.0 2.0 3.0


Avanço Retorno Avanço Retorno Avanço Retorno
1 0 1 0 1 0
0 1 0 1 0 1
1 0 1 0 0 1
1 0 0 1 1 0
0 1 1 0 1 0
0 1 0 1 1 0
0 1 1 0 0 1
1 0 0 1 0 1

Tabela 3 – Válvulas acionadas correspondente às situações da Tabela 2.

1.1 2.1 3.1


Z(14) Y(12) Z(14) Y(12) Z(14) Y(12)
1 0 1 0 1 0
0 1 0 1 0 1
1 0 1 0 0 1
1 0 0 1 1 0
0 1 1 0 1 0
0 1 0 1 1 0
0 1 1 0 0 1
1 0 0 1 0 1

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10) Planilha de Sequência de Comandos

Tabela 4 – Sequência de Comandos.

ECC ETA
A R
ITEM PASSO EPS OPERAÇÃO EAPS EACC Z (14) Y(12) LCA (SH) (SAH) COMENTÁRIO
Inicio do ciclo
1 0–1 1.4 IHM – – 1.1 – – 1.0 – manual
Elétrico por
2 1–2 2.2 1.0 – – 2.1 – – 2.0 – solenoide
3 2 – 3 1.3/2.3 2.0 – – 1.1/2.1 – – 1.0/2.0 Temporizador
4 3–4 – 3.0 – – ? ? – – – ?
5 4–5 1.6 3.0/2.0 – 1.0.2 – – ?
5=0 Início do ciclo
6 –1 1.0 1.2/1.8 – – – automático

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11) Anexos – FluidSim

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12) TAG’s dos equipamentos e dispositivos

0.1 Tomada de Ar Externo


0.2 Filtro de ar
0.3 vacuôstato
0.4 vacuômetro diferencial
0.5 compressor
0.6 VCCD 2/2 NF acionamento com alavanca com trava com função de by pass
0.7 Válvula de estrangulamento
0.8 Manômetro de linha
0.9 Válvula de retenção
0.10 Trocador de Calor
0.11 filtro de drenagem
0.12 Pressostado
0.13 Medidor de fluxo
0.14 reservatório ou vaso pressão ou tanque ou pulmão
0.15 filtro de drenagem
0.16 Purgador
0.17 Válvula de segurança
0.18 Supressor de Ruído
0.19 Secador de ar
0.20 filtro de drenagem
0.21 Purgador
0.22 VCCD 2/2NF (acionamento por botao do tipo cogumelo com trava)
0.23 Válvula de estrangulamento
0.24 Manômetro de Linha
0.25 VCCD 2/2NF (acionamento por botão do tipo cogumelo com trava )
0.26 Pressostado
0.27 Supressor de Ruído
0.28 VCCD 3/2NF (acionamento por botão do tipo cogumelo com trava)
0.29 VCCD 2/2NF (acionamento por botão do tipo cogumelo com trava )
0.30 Válvula redutora de pressão
0.31 VCCD 2/2NF (acionamento por botão do tipo cogumelo com trava )
0.32 VCCD 3/2NF (acionamento por botão do tipo cogumelo com trava)
0.33 filtro redutor lubrificador da unidade de manutenção da alta pressão
0.34 Bloco de válvula cartucho - operada localmente
0.35 filtro redutor lubrificador da unidade de manutenção da baixa pressão
0.36 VCCD 3/2NF (acionamento por botão do tipo cogumelo com trava)
0.37 Bloco de válvula cartucho - operada localmente

1.0 Cilindro de dupla ação


1.1 VCCD 5/2 NA bipilotada pneumaticamente – Seletora
1.2 VCCD 3/2 NF com acionamento pneumátio e retorno por mola
1.3 VCCD 3/2 NF com acionamento pneumátio e retorno por mola

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1.4 Reservatório
1.5 Controlador de fluxo
2.0 Cilindro de dupla ação
2.1 VCCD 5/2 NA bipilotada pneumaticamente – Seletora
2.2 VCCD 3/2 NF com acionamento pneumátio e retorno por mola
2.3/3.3 VCCD 3/2 NF com acionamento pneumátio e retorno por mola
3.0 Cilindro de dupla ação
3.2 VCCD 3/2 NF com acionamento pneumátio e retorno por mola
0.SSB.38 Solenoide acionada por botão travante - Stop Binário
0.SRB.39 Solenoide acionada por botão - Reset Binário
0.SB.40 VCCD 5/2 NF bipilotada por solenoide
0.SSB.41 VCCD 3/2 NA com acionamento pneumátio e retorno por mola
0.SSB.42 VCCD 3/2 NA com acionamento pneumátio e retorno por mola
0.SSB.43 Válvula “ou”
0.SSB.44 Válvula “ou”
0.SSB.45 Válvula “ou”
0.SSA.46 VCCD 3/2 NF com acionamento por botão travante e retorno por mola – Stop Analógico
0.RSA.47 VCCD 3/2 NF com acionamento por botão pulsante e retorno por mola – Reset Analógico
0.SA.48 VCCD 3/2 NA bipilotada pneumaticamente

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13) Referências Bibliográficas

1. Silva, Emílio Carlos, “Apostila de Pneumática”, Escola Politécnica da USP, São Paul o, 2002.
2. FluidSIM® v. 4.2. Software para simulações hidráulicas e pneumáticas.
3. BUSTAMANTE, ARIVELTO. Automação Pneumática – Projetos, Dimensionamento e Análise de
Circuitos. 2ª Ed. São Paulo: Érica, 2013.
4. Parker Training – Tecnologia Eletropneumática Industrial. Apostila M1002-2 BR. Julho 2005.
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