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RELATIVIDADE ESPECIAL
Para contextos
históricos ver:
A PALAVRA RELATIVO/RELATIVIDADE
relativo
adj (lat relativu) 1 Que serve para exprimir relação. 2 Que diz respeito a alguém ou alguma coisa; concernente, referente, ordenado
a ou para. 3 Filos Que depende de certas condições.4 Filos Que se reporta a outro ser. 5 Filos Que depende de outro. 6 Filos Que não
pode ser afirmado sem reserva. 7 Filos Que não é absoluto. 8 Que é calculado com referência a uma proporção, a um valor
comparativo; proporcionado. 9 Que não se subordina a um princípio absoluto. 10 V pronome relativo.11 Gram Diz-se da oração
subordinada ligada por pronome relativo, com preposição ou sem ela. 12 Gram Diz-se do superlativo que exprime a mais alta
qualidade de um ser em relação a esta qualidade em outros seres. 13 Gram Qualificativo que davam, antes da N.G.B., alguns autores
ao verbo de predicação incompleta que pede um termo de relação, um complemento preposicionado, e ao verbo transitivo que
pede objeto indireto; V transitivo. 14 Mús Tons maiores e menores que têm, na clave, o mesmo número de acidentes, diferenciados
pelos nomes e pelos intervalos da escala. Antôn (acepção 7): absoluto.
relatividade
sf (relativo+i+dade) 1 Caráter, estado ou qualidade de relativo. 2 Relação entre duas ou mais coisas. 3 Condicionalidade,
contingência. 4 Filos Possibilidade de coexistência de duas verdades, uma ontológica, outra psicológica, isto é: a primeira que
afirma como um fenômeno realmente é; a segunda que afirma como ele é conhecido; o conhecimento nem sempre é
perfeitamente adequado à realidade, em razão das falhas do sistema perceptivo ou das circunstâncias da posição do observador
em relação à posição do fenômeno. R. dos costumes, Social: variabilidade da herança social (especialmente do "certo" e
"errado") de grupo para grupo e de época para época.
A TEORIA DA RELATIVIDADE - EINSTEIN (1905)
• A Teoria da Relatividade nos alerta que devemos tomar cuidado para definir
claramente “quem” está medindo “o que” e “como” a medida está sendo
executada;
REFERENCIAIS E O ESTADO DE UM SISTEMA
REFERENCIAIS E O ESTADO DE UM SISTEMA
• Se conhecemos as massas das partículas e forças que atuam entre elas, através das
equações do movimento de Newton , torna possível o cálculo do estado do sistema
em qualquer instante futuro em termos de seu estado no instante inicial.
REFERENCIAIS INERCIAIS
• O caráter relativista das leis da física começou a ser reconhecido muito cedo na
história da física clássica;
• Copérnico mostrou que os cálculos do movimento dos planetas era muito mais
simples e preciso, se o modelo de que o sol fosse o centro do universo
substituísse o modelo no qual a terra era o centro;
OBS: Isto significa: “A coordenada de P medida por A é igual à coordenada de P medida por B
mais a coordenada de B medida por A.
MOVIMENTO RELATIVO
OBS: Isto significa: “A velocidade de P medida por A é igual à velocidade de P medida por B
mais a velocidade de B medida por A. O termo é a velocidade do referencial B em relação ao
referencial A.
Por definição:
’ são nulos quando os planos y’z’ e yz são coincidentes
Segundo a física clássica, quais são as relações entre estes dois conjuntos de números?
A TRANSFORMAÇÃO DE GALILEU
TRANSFORMAÇÕES DE GALILEU
z’ = z
Para um observador S de uma partícula m, em relação a um
observador S’ como velocidade constante
ARGUMENTOS
1) Se os zeros das escalas de tempo utilizadas nos referenciais diferentes são por definição iguais em
algum instante e posição, então, as duas escalas de tempo permanecerão as mesmas para todos os
instantes e todas as posições, de forma que ’ ;
2) Como por construção os planos x’y’ e xy são coincidentes, temos que z’=z e de maneira similar
y=y’.
3) Como no intervalo de tempo entre zero e t’=t o plano y’z’ se move no sentido positivo do eixo x’
uma distância vt, a coordenada x’ será menor do que a coordenada x por este valor.
A TRANSFORMAÇÃO DE GALILEU
2
2
2
2 2 2
Diferenciado as equações que descrevem as transformações de Galileu para t=t’
! #! # $! $
= = =
"! " "! " "! "
Assim,
´ ; ´# ; ´$ ;
ou
2
2
2
2 2 2
A TRANSFORMAÇÃO DE GALILEU
• Na visão da física clássica a propagação de ondas deveria ocorrer através de um meio mecânico
chamado de “éter”.
• Umas das consequências das equações de Maxwell é a existência de ondas eletromagnéticas cuja a
( 1
velocidade possui valor bem definido de ' 3,0. 100 . Supôs-se que esta velocidade
)* +* 2
fosse válida para um referencial em repouso em relação ao éter, ou seja, o referencial do éter.
1) A luz se propaga com uma velocidade de valor fixo c em relação ao seu meio de
propagação, o éter, da mesma forma que as ondas sonoras se propagam com uma
velocidade de valor fixo em relação ao seu meio de propagação: o ar;
Fizeau mediu a velocidade da luz (1849) fazendo refletir um raio luminoso em um espelho distante
através do espaço entre dois dentes de uma roda.
2Q
'MN'O
MP
A Figura abaixo mostra os percursos usados por dois remadores em uma corrida de barcos.
Os dois remadores conseguem desenvolver a mesma velocidade ' em água parada; a água
do rio está se movendo com velocidade . O RS'N 1 vai do ponto ao ponto ,
percorrendo uma distância Q, e volta ao ponto . O RS'N 2 vai do ponto ao ponto T,
percorrendo também uma
OUâW'O Q, e volta ao ponto . , T são marcas na margem
do rio. Qual dos dois remadores ganha a corrida? (suponha que ' X )
O EXPERIMENTO DE DETERMINAÇÃO DA
VELOCIDADE DA LUZ
• Agora, vamos supor que a terra esteja se movimento com velocidade em relação ao éter;
• Fazendo uma suposição de que a terra esteja se movendo em direção a fonte temos:
Ida: '´ ' G
Volta: '´ '
Q Q 2Q' 2Q 1
' G ' ' G '
1G
'
A VELOCIDADE DA LUZ
• O éter assumia uma posição de referencial especial ou privilegiado para as leis da Teoria do
Eletromagnetismo, portanto, seria possível verificar experimentalmente a existência deste
referencial?
• PROBLEMA: O éter não apresentava nenhuma propriedade mensurável, se comparado aos outros
meios de propagação de ondas (água, ar e os sólidos);
• Todos os experimentos realizados para medir a velocidade da luz, as imprecisões nas medidas eram
atribuídas as técnicas (precisão) de medidas (a velocidade presumível do éter era de 30 km/s –
velocidade orbital da terra em torno do sol – assim a relação 2 /'2 ≅ 10[0 ) ;
L\
• Como a relação , deve ser muito pequena, a precisão dos equipamentos de Fizeau não eram
J\
suficientes para observar um efeito tão pequeno.
O EXPERIMENTO DE MICHELSON-MORLEY
L\
• Michelson, foi o primeiro a perceber que a relação era pequena demais para ser medida
J\
diretamente, desta forma, propôs um método indireto;
L\
• Ele projetou um equipamento (um interferômetro) para medir a relação usando a interferência
J\
das ondas luminosas como um “relógio” muito preciso;
Interferômetro de Michelson
PRINCIPAIS RESULTADOS DO EXPERIMENTO DE
MICHELSON-MORLEY
• Assim, a aplicação das transformações de Galileu às Equações de Maxwell não está correta;
• A invariância da velocidade da luz para os referenciais inerciais significa que deve haver algum
princípio de relatividade que se aplique tanto a mecânica quanto ao eletromagnetismo;
• Foi a partir deste raciocínio que Einstein desenvolveu à sua Teoria da Relatividade.
Albert Einstein
OS POSTULADOS DA RELATIVIDADE DE EINSTEIN
2) A velocidade da luz no vácuo tem o mesmo valor > em todas as direções e em todos os
referencias inerciais.
A VELOCIDADE LIMITE
Evento: Algo que acontece, e que um observador pode atribuir quatro coordenadas:
três espaciais e uma temporal;
Exs: Ascender uma lâmpada; uma explosão; a coincidência de um dos ponteiros do
relógio e uma marca no mostrador
• O evento não depende do referencial inercial usado para descrevê-lo;
Uma lanterna pisca 1 km à sua direita, enquanto uma granada explode 2 km à sua esquerda e os dois
eventos ocorrem exatamente às 09:00 hs. Receberemos primeiro o sinal da lanterna, pois tem menor
distância para percorrer. Para descobrir o momento exato que os dois eventos aconteceram teremos
que levar em conta o tempo que a luz levou para percorrer a distância que o separa dos dois e subtrair
este tempo do tempo registrado no relógio.
REGISTRANDO UM EVENTO
Registando um evento:
Coordenadas espaciais e temporal
Sincronizando um relógio: Uma maneira de sincronizar é a partir da origem emitir um pulso luminoso
e chamar este momento de t = 0. Quando este pulso luminoso chega ao próximo relógio, este é
8
ajustado para indicar :
>
onde:
r = distância entre o relógio e a origem;
c = velocidade da luz;
Exemplo: Duas espaçonaves com os observadores João e Maria. Os dois observadores estão parados
no centro de suas naves, que viajam paralelamente ao eixo ; a velocidade constante da nave de
Maria em relação a nave de João é .
EXAMINANDO A RELATIVIDADE DA SIMULTANEIDADE
Conclusão: Embora as interpretações dos dois observadores sejam diferentes, ambos estão
corretos. Os meteoritos poderiam ter atingido as naves de tal forma que os eventos
parecessem simultâneos a Maria. Nesse caso, os eventos não seriam simultâneos o João.
RELATIVIDADE DE TEMPO (DILATAÇÃO DO TEMPO)
Exemplo: Maria dentro de um trem com velocidade em relação a uma estação. João
encontra-se na plataforma da estação.
RELATIVIDADE DE TEMPO (DILATAÇÃO DO TEMPO)
Conclusão: O movimento relativo pode mudar a “rapidez” com que o tempo passa
entre dois eventos. O que se mantém constante para os dois observadores é a velocidade
da luz.
FATOR DE LORENTZ VS PARÂMETRO VELOCIDADE
O parâmetro de velocidade b é
sempre menor do que a unidade.
Por outro lado, c é igual ou maior do
que a unidade.
RELATIVIDADE DE TEMPO (DILATAÇÃO DO TEMPO)
Quando dois evento ocorrem no mesmo ponto em um referencial inercial, o intervalo de tempo
entre os eventos, medidos neste referencial é chamado de intervalo de tempo próprio ou de tempo
próprio. O intervalo de tempo medido em qualquer outro referencial é sempre maior do que o
intervalo de tempo próprio.
3
β) =
Parâmetro de velocidade (β
>
•
Assim:
A espaçonave do leitor passa pela Terra com velocidade relativa de 0,9990c. Depois de
viajar durante 10,0 anos (tempo do leitor), pára na estação espacial EE13, faz meia-volta e
se dirige para a terra com a mesma velocidade relativa. A viagem de volta também leva
10,0 anos. Quanto tempo leva a viagem de acordo com um observador terrestre?
A RELATIVIDADE DAS DISTÂNCIAS
1) João:
• Encontra-se na plataforma da estação e utiliza uma trena. João mede o comprimento próprio
(L0), pois o corpo que está sendo medido encontra-se em repouso em relação a João.
• João observa que Maria percorre a plataforma no seguinte tempo:
Q
∆ = 0
• O tempo medido por João não é o tempo próprio porque há a necessidade de dois relógios
sincronizados para medi-lo.
2) Maria:
• Encontra-se a bordo do trem, e para ela, é a plataforma que se movimenta;
• Do seu ponto de vista, os eventos de início e final da plataforma ocorrem no mesmo lugar e pode
medir o intervalo de tempo utilizando o mesmo relógio (∆to).
• O comprimento da plataforma para Maria: Q ∆N
RELATIVIDADE DAS DISTÂNCIAS (CONTRAÇÃO DO
COMPRIMENTO)
• Dividindo o comprimento da plataforma para Maria pelo comprimento da plataforma para João,
temos:
Q0
Q Q0 e1 − b 2 = c
(Contração das Distâncias)
• Como γ aumenta com a velocidade , a contratação das distâncias também aumenta com a
velocidade.
A figura abaixo mostra Maria (no ponto A) e João (a bordo de uma espaçonave cujo
comprimento próprio é QN = 230 m) passa um pelo o outro com velocidade relativa
constante . Segundo Maria, a nave leva 3,57 Ps para passar (intervalo de tempo entre a
passagem do ponto B e a passagem do ponto C). Em termos de ', a velocidade da luz, qual
é a velocidade relativa entre Maria e a nave.
TRANSFORMAÇÃO DE LORENTZ
TRANSFORMAÇÕES DE GALILEU
z’ = z
TRANSFORMAÇÃO DE LORENTZ
´ = c −
′
′
EQUAÇÕES DE TRANSFORMAÇÃO DE LORENTZ
′
c G 2
'
• A equação do tempo depende tanto da variável temporal como da variável espacial j do outro
sistema (Inovação de Einstein);
• Também podemos escrever as Equações das Transformações de Lorentz para obtermos obter j e a
partir de j´e ´:
• Agora, vamos escrever as Eq. das transformações de Lorentz para dois Eventos:
∆x = x 2 - x 1 e ∆t = t 2 – t 1
∆´
∆ c ∆´
'
∆´
∆ c
'
• Suponha que dois eventos ocorram no mesmo local em S’ (ou seja, ∆´ 0), mas em
ocasiões diferentes (∆´ l 0):
∆´
∆ c ∆´
'
∆ c ∆´
• Como os dois eventos ocorrem no mesmo local em S´, o intervalo de tempo '´ pode
ser medido no mesmo relógio e, portanto, podemos chamá-lo de ∆E :
∆ c∆d
TRANSFORMAÇÃO DE LORENTZ: CONSEQUÊNCIAS NA
CONTRAÇÃO DAS DISTÂNCIAS
• Assim, temos:
QE
QE cQ NP Q
c
RELATIVIDADE DAS VELOCIDADES
• A partícula emite dois sinais luminosos: um logo após o outro. Como observadores S e S’ medem o
tempo e a distância entre os dois eventos?
∆ = c∆ ′ + ∆ ′
∆ ′
∆ = c∆ ′ + 2
'
• Dividindo a primeira destas equações pela segunda e posteriormente dividindo o numerador e
denominador por ∆t’, temos:
RELATIVIDADE DAS VELOCIDADES
∆
∆ → 0 e ∆ → 0, → P (velocidade da partícula no referencial S)
∆
∆′
∆′ → 0 e ∆′ → 0, → P′ (velocidade da partícula no referencial S’)
∆′
P ′
P (Transformação relativística das velocidades)
1+P′ 2
'
• Classicamente, a Lei da conservação do momento é obedecida para uma colisão de duas partículas
vista por diferentes observadores em referenciais inerciais, embora as velocidades sejam diferentes
nestes referenciais distintos;
op qN
U U nS í'PMU s OWO'OM = op qN
U U nS í'PMU s tOWM
• Sim, mudaremos a definição para uma forma tal que a lei de conservação do momento continue a
ser respeitada.
MOMENTO RELATIVÍSTICO
• Considere uma partícula se movendo com velocidade constante v no sentido positivo do eixo x;
∆ ∆ ∆ ∆
n = = c = c uNWN vMOíUO'N
∆0 ∆ ∆0 ∆
n c
• Para velocidades muito menores do que c, a expressão se reduz à definição clássica de momento.
ENERGIA RELATIVÍSTICA: ENERGIA DE REPOUSO
• Em 1905, Einstein demonstrou que, de acordo com a relatividade restrita, a massa pode ser
considerada como uma forma de energia;
• A Lei da conservação de energia e Lei da conservação da massa (que para a química eram
consideradas separadamente) constituem dois aspectos da mesma Lei: A Lei da conservação da
massa-energia;
• Por outro lado, em reações nucleares a energia liberada é milhões de vezes maior do que nas
reações químicas convencionais e a variação de massa pode ser facilmente medida.
ENERGIA RELATIVÍSTICA: ENERGIA DE REPOUSO
E0 = mc2
sendo Eo a energia que o corpo possui quando está em repouso.
• Na prática, a utilização das unidades do Sistema Internacional (SI) de medidas raramente são
utilizadas, pois podem levar a números excessivamente pequenos ou excessivamente grandes.
• Energia total para um corpo em movimento, considerando a energia potencial igual a zero:
• A Lei da Conservação da Energia continua valendo mesmo para ocasiões onde a variação da energia
de repouso é significativa, ou seja:
Assim, se a energia de repouso de um sistema isolado de duas partículas diminui, algum outro tipo
de energia do sistema deve aumentar.
ENERGIA RELATIVÍSTICA: ENERGIA TOTAL
• Nas reações químicas e nucleares, a variação da energia de repouso do sistema devida à reação é
muitas vezes expressa através do chamado valor Q.
E0i = E0f + Q
ou
Q = -∆Mc2
onde ∆M = Mf-Mi
Exemplo
• Dêuteron (2H) = um nêutron + um próton
E0 (dêuteron) = 1.875,63 MeV
• OBS: Como este valor é maior do que a energia de repouso do dêuteron, está partícula não poderá
se decompor espontaneamente em nêutron + próton sem violar a lei da conservação da energia.
MASSA E ENERGIA DE LIGAÇÃO
• Para decompor um dêuteron em próton mais nêutron é necessário fornecer uma Energia de 2,22
MeV (Energia de ligação). Ou seja, quando o dêuteron é formado , libera 2,22 MeV de energia
A Massa de um sistema estável é igual à soma das massas das partículas que o compõem menos
El/c2, onde El é a energia de ligação.
EXERCÍCIO 3
w"E"D@ = E0 + K
Sendo a energia potencial igual a zero.
p2 = 2km
(pc)2 = K2 + 2Kmc2
E2 = (pc)2 + (mc2)2
EXERCÍCIO 4