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Espaço e Tempo
na Relatividade Especial

3.1. POSTULADOS DE RELATIVIDADE ESPECIAL

Em 1905, Einstein publicou o artigo intitulado “Sobre a eletrodinâmica dos corpos em


movimento” (1905b), onde reformulou as noções de espaço e tempo a partir de dois postulados:

as mesmas leis da eletrodinâmica e da ótica serão válidas para todos os


referenciais para os quais as equações da mecânica são válidas. (Princípio da
relatividade) a luz sempre se propaga no espaço vazio com uma velocidade
definida c
que é independente do estado de movimento do corpo emissor.

Os postulados referem-se à validade das leis de Maxwell em todos os referenciais inerciais.


Desta forma, Einstein inclui as leis de Maxwell no conjunto de leis fundamentais que satisfazem o
Princípio da Relatividade e elimina qualquer possibilidade de detectar o estado de movimento
(absoluto) de um referencial inercial por meio de experimentos eletromagnéticos:

os fenômenos da eletrodinâmica, bem como da mecânica, não possuem


propriedades que correspondam à idéia de repouso absoluto.

A invariância de uma velocidade finita, neste caso a velocidade da luz, não é compatível
com as transformações de Galileu (1.6), em particular com a adição de velocidades de Galileu
(1.7). Portanto, os postulados de Einstein implicam o abandono das transformações de Galileu e,
junto com elas, as suposições sobre a natureza do espaço e do tempo que as sustentavam: a
invariância de distâncias e tempos. o abandono de um deles implica o abandono do outro. De fato,
chamemos comprimento próprio Lo o comprimento de uma barra em um sistema de referência
onde a barra está em repouso, e suponhamos que a mesma barra tenha um comprimento diferente
em um sistema de referência em movimento em relação à barra. qualquer sistema de referência, comprimento adequado

porque o comprimento será igual a Lo em qualquer sistema de referência onde a barra está em
repouso, e

47
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48 Espaço-Tempo de Einstein

a mudança de comprimento será a mesma em qualquer sistema de referência onde a barra


exiba o mesmo movimento relativo. Consideremos uma partícula que se move ao longo da
barra com velocidade V em relação à barra (Figura 3.1). No referencial da barra, a partícula
leva um tempo t = Lo/V para se deslocar entre as extremidades da barra (Figura 3.1a). Em
vez disso, no referencial de partículas o comprimento da barra é diferente – digamos L – e o
tempo decorrido entre o mesmo par de eventos (ou seja, as passagens da partícula na frente
de cada extremidade da barra) é = L/ V. Nesses resultados tiramos vantagem do fato de que
a mesma velocidade V caracteriza o movimento relativo em ambos os referenciais (embora
as direções sejam opostas; veja a Figura 3.1b). O quociente entre os dois tempos resulta
distâncias
relativas t Isto
= (3.1)
requerem tempos
eu
relativos

Isto significa que comprimentos relativos implicam tempos relativos, e comprimentos


absolutos (L = Lo) implicam tempos absolutos ( = t .
tempo adequado Vamos chamar o tempo adequado o intervalo de tempo entre dois eventos quando
medido no sistema de referência onde os eventos ocorrem na mesma posição (sempre que
tal sistema de referência existir). No primeiro exemplo, o quadro apropriado do par de eventos
é o quadro de partículas (Figura 3.1b).
As noções newtonianas de espaço e tempo absolutos supõem que cada lado na Eq.
(3.1) é, separadamente, igual a 1. Entretanto, na Relatividade Especial as noções de espaço
e tempo estarão subordinadas ao postulado da invariância da velocidade da luz. Admitamos
posso
então que as razões comprimento e tempo, Lo/L e t/ , diferem de 1 como consequência deste
postulado. Nesse caso, a única variável que pode determinar o valor de cada quociente é a
velocidade relativa entre os quadros onde são medidos os termos do quociente. Na Figura
3.1, Lo/L só poderia depender do módulo V ÿ V da velocidade relativa. De fato, não pode
depender da posição do corpo ou de sua orientação, pois aceita-se que

a) estrutura fixada na barra b) quadro fixo à partícula

e'
V x'
e –V
x
eu
Isto

e'
V x'
e –V
x

Isto eu

Figura 3.1. Os eventos 1 e 2 correspondem às passagens da partícula na frente das extremidades da barra. O par
de eventos é representado no frame fixado na barra (esquerda) e no frame fixado na partícula (direita).
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 49

o espaço é homogêneo e isotrópico e tem uma estrutura geométrica euclidiana.


Também não pode depender do tempo porque acredita-se que o tempo seja homogêneo.
Uma análise igual é válida para a razão entre o tempo adequado passado em
o quadro próprio de um par de eventos e o intervalo de tempo correspondente t em um
sistema de referência movendo-se em relação ao referencial apropriado. Essas considerações
são inteiramente gerais e podem ser aplicadas ao caso da Figura 3.1 e outros.
No entanto, na Figura 3.1 a mesma velocidade relativa V determina ambos os quocientes
Lo/L e t/ , isto é, a velocidade do movimento relativo da partícula-barra. Portanto
Eq. (3.1) significa que a função de V determinando a razão Lo/L coincide com
aquele que fixa a razão t/ . Vamos chamar V tal função:

Isto t
=V =V (3.2)
eu

3.2. CONTRAÇÕES DE COMPRIMENTO E DILATAÇÕES DE TEMPO

Função V na Eq. (3.2) resultará do postulado da invariância da velocidade


de luz. Consideremos o caso da Figura 3.2, onde uma fonte de luz é colocada
na extremidade de uma barra de comprimento adequado Lo. A fonte emite um pulso de luz que é
refletido em um espelho localizado na outra extremidade da barra, retornando em seguida à posição
da fonte. Na estrutura da barra, onde o comprimento da barra é Lo, a emissão e
a recepção do pulso são um par de eventos acontecendo na mesma posição (o
localização da fonte). Assim, o tempo decorrido no quadro de barras é, neste caso, o
tempo adequado; seu valor é = 2Lo/c (a velocidade da luz é c em qualquer referência inercial
sistema). Em outro quadro S, o tempo decorrido entre os dois eventos reflete que
a barra se move com velocidade V e seu comprimento é L em vez de Lo. Ao decompor t
como t = tgoing +treturn, o tempo de cada etapa pode ser obtido calculando o
distância percorrida pela luz. Como a velocidade da luz também é c no referencial S, a
medida de caminhos (Figura 3.2):

ctgoing = V tgoing +L ctreturning = Lÿ V retornando (3.3)

Então

eu eu 2L 1
+ = (3.4)
t = tgoing + treturning = cÿVc+V c V2
1ÿ
c2

Neste caso, a relação entre t e o tempo próprio decorrido entre o


par de eventos é

Isto V2
= 1- (3.5)
t eu c2
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50 Espaço-Tempo de Einstein

fonte espelho

e Vÿtgoing eu

fonte espelho

e eu

Vÿreturning

Figura 3.2. Um pulso de luz realiza uma viagem de ida e volta entre as extremidades de uma barra que se move com velocidade V
em relação ao quadro S.

Combinando Eqs. (3.5) e (3.2) é obtido

1
V= (3.6)
V2
1-
c2

Substituindo na Eq. (3.2):

comprimento

contração V2
L = Lo 1ÿ c2 (3.7)

t= (3.8)
dilatação do tempo V2
1ÿ
c2

A equação (3.7) expressa a contração da dimensão de um corpo ao longo


a direção de seu movimento em relação ao sistema de referência. Ao contrário de FitzGerald –
A contração de Lorentz, que foi uma contração absoluta produzida pela interação com o
éter, Eq. (3.7) significa que o comprimento de uma mesma barra é diferente em
diferentes armações, sendo máxima na armação da barra. Considerando que V em FitzGerald–
A contração de Lorentz foi a velocidade absoluta do corpo, V na Eq. (3.7) é sua
velocidade relativa ao sistema de referência onde seu comprimento é Lo.
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A Equação (3.8) refere-se ao tempo decorrido entre um par de eventos aceitando um


sistema de referência onde ambos ocorrem na mesma posição (quadro próprio do par de
eventos). O intervalo de tempo entre os eventos é mínimo no quadro adequado e é indicado
com (tempo adequado). A Equação (3.8) expressa o intervalo
mesmo par de de tempoem
eventos t passado entre o
outro quadro
movendo-se com velocidade V em relação ao quadro próprio (dilatação do tempo).

Na faixa de velocidades relativas muito menores que a velocidade da luz – a faixa da


vida diária – os efeitos da contração do comprimento e da dilatação do tempo são muito
pequenos para serem percebidos pelos nossos sentidos. Mesmo para uma velocidade relativa
V igual à décima parte da velocidade da luz, comprimentos e tempos seriam modificados
apenas em 0,5%. Esta é a razão pela qual nosso preconceito sobre a natureza absoluta das distâncias

Albert Einstein (1879-1955). Nascido em Ulm (Alemanha), Albert


Einstein passou a infância em Munique, onde sua família tinha
uma indústria eletromecânica. A crise da empresa familiar
obrigou seus pais e irmã a se mudarem para Milão em 1894 e
depois para Pavía. Albert permaneceu em uma escola em
Munique, mas logo fugiu para ficar com sua família. Naquela
época ele decidiu renunciar a sua cidadania alemã, e todos os
dogmas religiosos. Ele terminou o ensino médio na Suíça e se
matriculou no Politécnico de Zurique. Lá ele se formou em 1900 como professor de
ÿ

matemática e física. Obteve a cidadania suíça em 1901. Em 1903, Albert casou-se com
Mileva Maric, estudante do Politécnico, com quem teve três filhos: uma filha nascida
antes do casamento, cujo destino não é conhecido, e dois filhos. Albert não conseguiu
um cargo permanente de professor, então o pai de seu companheiro Marcel Grossmann
o recomendou para um emprego no escritório de patentes em Berna. Lá encontrou tempo
para se dedicar à pesquisa, embora em um lugar distante dos círculos acadêmicos.
Enquanto trabalhava neste escritório, em 1905, Einstein escreveu seus artigos sobre
efeito fotoelétrico, relatividade especial e movimento browniano. O último o levou a obter
seu Ph.D. em Zurique. Em 1908 obteve um cargo na Universidade de Berna.
Posteriormente, Einstein foi designado professor em Zurique, Praga, Berlim e Princeton.
Entre 1907 e 1916 desenvolveu a formulação relativista da interação gravitacional
(Relatividade Geral), com aplicações posteriores à cosmologia. Outros trabalhos tratavam
de física estatística e teoria quântica. Em 1919 ele se divorciou de Mileva e se casou
com sua prima Elsa. Em 1921, Einstein recebeu o Prêmio Nobel de Física por sua descoberta da lei do efeito fotoelétrico.
Na política, Einstein se considerava um judeu liberal internacionalista. Na religião,
sentiu-se imbuído do que chamou de religiosidade cósmica, que considerava o maior
estímulo para a pesquisa científica: força da emoção da qual somente esse trabalho,
distante como é das realidades imediatas da vida, pode surgir” (1934). Com Einstein
fora, em 1933, o nazismo confiscou seus bens em Berlim; Einstein nunca retornou à
Alemanha. O crescente anti-semitismo o levou a apoiar a criação de um estado judeu na
Palestina. Uma vez estabelecido em Princeton, Einstein decidiu escrever ao presidente
Roosevelt, um mês antes do início da Segunda Guerra Mundial, instando-o a prosseguir
com o projeto de uma bomba nuclear, tendo em vista o risco de que Hitler pudesse obtê-
la primeiro. Einstein sempre foi um ativista antiguerra e sentiu grande arrependimento
quando soube que a bomba seria realmente usada.

Em 1952, Einstein recusou a oferta de presidir o Estado de Israel. Ele morreu em


Princeton, e seu corpo foi cremado.
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52 Espaço-Tempo de Einstein

e os tempos parecem concordar com a experiência diária. Esses preconceitos não


passam de boas aproximações quando V << c.
A contração do comprimento (3,7) e a dilatação do tempo (3,8) tornam-se
a velocidade da
singulares quando V = c. Na verdade, se a barra se movesse com velocidade V ÿ c
luz como em relação ao referencial S na Figura 3.2, então o pulso de luz não refletiria no espelho
velocidade limite
porque a luz propagando-se com velocidade c seria incapaz de alcançar o espelho.
Para que os eventos possam ter caráter absoluto (ou seja, a ocorrência de um evento
é um fato verificável em qualquer sistema de referência), não deve ser viável que um
§ 3.11 §,
4.1
corpo atinja a velocidade da luz. A velocidade invariante também seria uma velocidade
limitante. Como será visto no Capítulo 6, a Dinâmica relativística impede que um corpo
acelerado atinja a velocidade da luz.

3.3. A VIAGEM DE MUON


Um dos primeiros experimentos que comprovou o fenômeno da dilatação do tempo e
da contração do comprimento (Rossi e Hall, 1941; Frisch e Smith, 1963) consistiu na
observação de populações de múons de raios cósmicos de alta energia, a diferentes
altitudes acima do nível do mar. Os múons são partículas instáveis que se desintegram
para dar um elétron, um neutrino e um antineutrino. A meia-vida do múon é T = 1 53 ×
10ÿ6 s. Isso significa que uma população inicial de múons será reduzida à metade
após esse período (em termos estatísticos). Este período foi medido para múons de
baixa energia, ou seja, múons aproximadamente em repouso; então T é um tempo
adequado porque é medido no quadro adequado dos múons. Frisch e Smith
examinaram populações de múons de alta energia que são produzidos por raios
cósmicos que entram na atmosfera (as velocidades dos múons eram 99,52% da
velocidade da luz). Enquanto os múons viajam em direção à superfície da Terra, eles
se desintegram; desta forma, quanto menor a altitude acima do nível do mar, menor a
população de múons. Os resultados experimentais indicaram que a população diminui
(27 5 ± 3 0 % para uma diferença de altitude de 1908 m. Observe que um múon
múons

desintegrar-se viajando na velocidade de 0,9952 c percorre 1908 m em um tempo t = 1908m/ 0 9952


mais lentamente no
c = 6 39 × 10ÿ6 s, ou seja, cerca de quatro vezes sua meia-vida. De acordo com as
quadro onde eles 4
se movem noções newtonianas de espaço e tempo, a população após esse paratempo
1/2 = seria reduzida
1/16 da
população original, uma redução muito maior No entanto, como a meia-vida mencionada
foi medida no referencial próprio do múon, devemos transformar t no referencial
apropriado antes de fazer afirmações sobre a redução da população. exige um tempo

V2
= 1 ÿc2 t = ÿ 1ÿ0 99522 6 39×10ÿ6 s = 6 25×10ÿ7 s

1
Embora em experimentos reais os múons contados em diferentes altitudes não pertençam a um mesmo
conjunto de múons, as conclusões não são alteradas porque as populações de múons em diferentes altitudes
são estacionárias.
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 53

0 41
Então a população seria realmente reduzida por um fator 1/2 /T = 1/2 0 75; ou seja, =
diminuirá 25%, em excelente concordância com o
resultado.

O experimento aqui examinado nada mais é do que uma constatação da situação


descrito na Figura 3.1, onde a partícula (o múon) cobre o comprimento adequado
Lo = 1908 m em 6 39 × 10ÿ6 s, na velocidade V = 0 9952 c. No quadro adequado
do múon o comprimento é contraído para L = 1ÿ0 99522 1/21908 m = 186 72 m,
sendo então percorrido em um tempo de 6 25×10ÿ7 s (na mesma velocidade relativa). Nisso
forma, a dilatação do tempo e a contração do comprimento são duas visões complementares de uma
mesmo fato físico.

3.4. COMPRIMENTOS TRANSVERSAIS AO MOVIMENTO

Os primeiros resultados sobre contrações de comprimento e dilatações de tempo são


conseqüências diretas da existência de uma velocidade finita invariante. Ao contrário, o
postulado da invariância da velocidade da luz não afeta as dimensões que
são transversais à direção do movimento. A Figura 3.3 descreve uma situação
envolvendo uma dimensão perpendicular ao movimento relativo entre duas
sistemas. No frame S o comprimento da barra D é coberto por um pulso de luz em uma
viagem de ida e volta. Como a partida e o retorno do pulso ocorrem na mesma posição em
quadro S , então o tempo decorrido entre os dois eventos é um tempo adequado em S ,
e seu valor é = 2D/c. No frame S o pulso não é perpendicular ao
movimento relativo S ÿ S, como consequência da aberração da luz. Em S, ambos
os raios emitidos e refletidos têm o mesmo ângulo de aberração, porque todos
as direções sendo perpendiculares ao movimento relativo S-S são equivalentes (esta
equivalência é devido à isotropia do espaço). A trajetória do pulso é então
simétrica, conforme descrito na Figura 3.3. Apesar da aberração, a velocidade
da luz é c em S também, de acordo com o postulado da invariância de

Figura 3.3. Trajetória de um raio de luz envolvendo uma dimensão transversal ao movimento relativo entre
dois quadros, como visto no quadro onde a fonte e o espelho estão fixos (esquerda), e em um quadro
onde estão em movimento (direita).
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54 Espaço-Tempo de Einstein

A velocidade da luz. O tempo decorrido na ida e volta é calculado no quadro


S por meio do teorema de Pitágoras da geometria euclidiana, que leva ao
resultado (2.10):

2D
t= (3.9)
V2
1-
c2

Na Eq. (3.9) D é o comprimento da dimensão transversal no quadro S. O quociente


de intervalos de tempo correspondentes a cada quadro é

t DD
=
V2
1ÿ
c2
invariância de
os comprimentos que Comparando com a Eq. (3.8) conclui-se que
é transversal
ao parente
movimento
D=D (3.10)

isto é, as dimensões que são transversais ao movimento relativo S ÿS não sofrem


§ 4.1 mudanças.

3.5. COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTOS

A Figura 3.4 mostra uma partícula se movendo na direção do movimento relativo


entre dois quadros S e S com velocidades
, u e u em relação a S e S respectivamente. O
par de eventos indicado na Figura 3.4 corresponde à passagem
da partícula por ambas as extremidades de uma barra fixa em S cujo comprimento próprio é Lo; assim
que u xt = Lo. No quadro S, o deslocamento uxt entre esses dois eventos
pode ser decomposto na soma do comprimento da barra L e seu deslocamento Vt:
ÿ1 -1u
ux t = L + V t = V Lo + Vt = V _
x t+Vt (3.11)

Na Eq. (3.11) os intervalos t e t podem ser substituídos usando sua relação


com o tempo adequado é, neste . A hora
caso,
certa
o tempo decorrido
no referencial onde a partícula está em repouso. Como o referencial adequado da partícula
move-se com velocidades u e u em relação a S e S então a ,Eq. (3.8) mostra que
os intervalos t, t podem ser escritos como

t= = você (3.12a)
u2
1ÿ
c2

t= = você (3.12b)
2

u 1ÿ
c2
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 55

quadro S' fixado na barra quadro arbitrário S

você
você '

e' V
x' e
eu
Isto x

você ' você

e'
x' V
e
Isto eu
x

Figura 3.4. Um par de eventos definidos pelas passagens de uma partícula pelas extremidades de uma barra, como são
visto no quadro S fixado na barra (esquerda) e um quadro arbitrário S (direita).

Portanto
ÿ1 ÿ1
você t = você t (3.13)

Substituindo (3.12a,b) na Eq. (3.11) resulta

uu = u V ux ÿV (3.14)
x

A Equação (3.14) é uma transformação relativística de velocidades. Para velocidades


muito menor que c, fatores aproximados a 1, daí a Eq. (3.14) torna-se o
x componente da adição galileana de velocidades (1.7).
Para obter a transformação inversa de (3.14) usaremos um argumento
que é frequentemente útil para evitar cálculos desnecessários. Como os quadros S e
S estão em pé de igualdade - nenhum deles é privilegiado - então o inverso
a transformação de (3.14) só difere de (3.14) na mudança de V por ÿV. Na verdade,
enquanto S se move em relação a S com velocidade V = V xˆ, S se move em relação a S com
velocidade V = ÿV xˆ. Portanto, a transformação inversa de (3.14) deve ser2

u ux = u V u x
+V (3.15)

É conveniente obter a transformação de u e ux das , pois isso permitirá


para alcançar uma relação direta entre u Eq. Eqs. (3,14-3,15). Usando
x

(3.14) para substituir uu x em (3.15), resulta


2
u ux = u V ux ÿ V + V u V

2
É claro que o mesmo argumento se aplica às transformações de Galileu, embora sua extrema simplicidade
torna o argumento irrelevante.
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56 Espaço-Tempo de Einstein

ou seja,

Você V=VuV 2
ÿ U ux V 2-1 _

Aplicando a identidade

2 V2 2
V ÿ1 = V (3.16)
c2

é obtido

ux V
u = u V 1ÿ c2 (3.17)

cuja relação inversa é

u xV
u = u V 1+ c2 (3.18)

Agora podemos reescrever as Eqs. (3.14-3.15) substituindo as Eqs. (3,17-3,18). portanto


a transformação vc ÿ ux é obtido.
x

ux- V você +V
você
= ux =
x
(3.19a-b)
x
uxV u xV
1ÿ 1+
c2 c2

A Figura 3.5 mostra o gráfico da transformação relativística da velocidade


(3.19a). Observe que a transformação inversa (que pode ser considerada como a
troca de eixo) corresponde a substituir V por ÿV.

você '
x 0

–V
–c
–c 0 Vc
ux
§ 4.6
Figura 3.5. Transformação de velocidades (3,19), correspondente a V = 0,8 c.
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 57

3.6. INTERPRETAÇÃO DO EXPERIMENTO DE FIZEAU

O experimento de Fizeau de 1851 (§2.7) foi considerado até o início do século XX como
uma verificação experimental da interação entre matéria e éter.
Em particular, confirmou com a devida precisão – aprimorada por Michelson e Morley em
1886 – o coeficiente de arrasto proposto por Fresnel em 1818. No experimento de Fizeau
acreditava-se que o fluxo de água arrastava parcialmente o éter contido dentro da água;
as consequências desse arrasto na velocidade de propagação da luz foram detectadas
por meio de um dispositivo interferométrico.
Como a teoria do éter foi abandonada, é natural imaginar como esses resultados
devem ser interpretados agora. No experimento de Fizeau, a propagação da luz em um
meio (água) combina-se com o movimento do meio ao longo de uma direção paralela à
direção de propagação. Vamos então aplicar a transformação (3.19b) a um raio de luz
que se propaga no interior de uma substância transparente de índice de refração n. A luz
se propaga com velocidade u = c/n em relação à substância transparente.
x com a Eq.De(3.19b)
acordo
a
velocidade do raio em um referencial S onde a substância transparente se move com
velocidade V é

nV1+c
c
ux = (3.20)
n V
1+
nc

Ao aproximar este resultado para a ordem mais baixa em V/c, resulta

c nV V c nV V c
ux 1+ 1- 1+ ÿ

= + 1ÿnÿ2 V (3,21)
n c nc n c nc n

Comparemos (3.21) com (2.5b): ambos têm o mesmo aspecto. No entanto, u e V na Eq.
O “arrasto”
(3.21) são as velocidades da luz e da substância transparente em relação a um referencial
de Fresnel é
arbitrário S, respectivamente, enquanto ambas as velocidades na Eq. (2.5b) são uma composição
relativística de
velocidades relativas ao éter universal. Na Eq. (3.21) a velocidade da luz é c/n no quadro velocidades
fixado à substância transparente3 (o único quadro com privilégio natural). Em vez disso,
na Eq. (2.5b) isso só é verdade se a substância transparente estiver em repouso em
relação ao éter universal. O que Fizeau mediu em 1851 não foi
o arrastamento parcial do éter proveniente da interação entre o éter e a substância
transparente. Ele mediu uma composição relativística de velocidades (deve-se notar que
o resultado de primeira ordem no experimento de Fizeau não depende de velocidades
“absolutas”, mas diz respeito à velocidade da água em relação ao laboratório, que é uma
velocidade bem definida) .

3
Em meios dispersivos o índice de refração depende da frequência da luz, então o valor n a ser
utilizado é o valor correspondente à frequência medida no sistema onde a substância transparente
está em repouso.
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58 Espaço-Tempo de Einstein

3.7. COMPONENTES TRANSVERSAIS DA VELOCIDADE

Aquelas componentes de velocidade que são transversais ao movimento relativo entre


S e S podem ser transformados usando os resultados de §3.4. A distância percorrida
pela partícula na direção transversal ao movimento relativo S -S é igual
em ambos os quadros:

você _
t = prestígio você _
t = para t (3.22)

A Equação (3.13) para a relação entre t e t também pode ser aplicada aqui.
De fato, a Eq. (3.13) vem das Eqs. (3.12a,b) que expressam dilatações de tempo para
pares de eventos que ocorrem ao longo da trajetória da partícula. Os fatores dependem
apenas no módulo das velocidades relativas da partícula; isso não importa
se as direções de velocidade coincidem ou não com um eixo cartesiano. Em outros
palavras, se os eixos cartesianos x, y, z fossem girados na Figura 3.4, essa ação não poderia
afetam as relações entre intervalos de tempo (3.12-3.13) mesmo que a partícula
a velocidade adquiriria, nesse caso, componentes não evanescentes uy e uz. Então,
substituindo a Eq. (3.13) na Eq. (3.22) obtém-se:

uu e (3.23)
= você

uu z = em u (3.24)

Se as velocidades são muito menores que c, então os fatores se aproximam de 1 e


Eqs. (3.23-3.24) tornam-se os componentes transversais da adição galileana de
velocidades (1.7). Usando Eqs. (3,17-3,18):

V2 V2
1- 1ÿ
Uy c2 você _

= c2
(3.25a-b)
você _ Uy = você V
ux V x
1- 1+
c2 c2

V2 V2
1- para 1-
você _

= c2 c2
você
para =
(3.26a-b)
com

ux V vc
_
V
1ÿ 1+
c2 c2

3.8. A NOÇÃO DE SIMULTANEIDADE

Até agora examinamos várias situações que envolveram pares de eventos que
permitem um sistema de referência onde ambos os eventos acontecem na mesma posição (
quadro, Armação). Isso significa que o par de eventos pode ser conectado por uma partícula
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 59

(viajando com velocidade menor que c. Isso nem sempre será o caso.
Consideremos dois eventos ocorrendo em posições diferentes e simultâneos em um
determinado sistema de referência. Neste caso, não existe um frame próprio onde os
eventos ocorram na mesma posição, pois tal condição exigiria um frame próprio movendo-
se com velocidade infinita em relação ao frame onde os eventos são simultâneos.

Na física clássica a simultaneidade de um par de eventos tem caráter absoluto


(independente do sistema de referência). O caráter absoluto da coincidência temporal
de dois eventos é consequência do conceito clássico de tempo também absoluto. Na
Relatividade, porém, a existência de uma velocidade finita invariante priva o tempo de
seu caráter absoluto, obrigando-nos a rever a noção de simultaneidade. A menos que
ambos os eventos ocorram no mesmo lugar – o único caso em que sua simultaneidade
não pode ser contestada entre diferentes sistemas de referência – a noção relativista de
simultaneidade deve ser examinada à luz da existência de uma velocidade finita
invariante.
A Figura 3.6 mostra um veículo com configuração de portas traseiras e dianteiras
que são acionadas por pulsos de luz detectados por sensores fotoelétricos. Uma fonte
de luz é colocada a meio caminho entre os sensores. Um pulso de luz é emitido pela fonte

Figura 3.6. As aberturas das portas são um par de eventos simultâneos no quadro fixado ao
veículo, pois a luz percorre com velocidade igual distâncias iguais.
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60 Espaço-Tempo de Einstein

e cobre, com igual velocidade em ambas as direções, as distâncias iguais entre a fonte
e os respectivos sensores. A abertura das portas é então um par de eventos simultâneos
na estrutura do veículo.
A Figura 3.7 mostra a mesma situação observada em um quadro em que o
veículo está em movimento. Neste quadro o pulso de luz também viaja com a mesma
velocidade c em ambas as direções; entretanto, enquanto a porta A vai em direção ao
pulso, a porta B se afasta do pulso. Portanto, em um sistema de referência onde o
veículo está em movimento, a porta traseira se abre antes da porta dianteira B: os
eventos não são simultâneos.

simultaneidade
Compreende-se de imediato que a simultaneidade de eventos deixou de ser um
de eventos conceito absoluto (independente do sistema de referência), fruto da
é um conceito relativo

Figura 3.7. Em um sistema de referência onde o veículo se move, as aberturas das portas não são
eventos simultâneos porque a luz percorre com igual velocidade diferentes distâncias. A porta que vai em
direção ao pulso de luz se abre primeiro.
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 61

existência de uma velocidade finita invariante. De fato, na Figura 3.7 o sinal não chega
simultaneamente em cada porta: as portas têm tempo para se mover de suas posições
equidistantes da fonte porque o sinal se propaga com velocidade finita. Se o sinal se
propagasse com velocidade infinita, os sensores das portas seriam alcançados pelo
sinal “antes” do veículo (movendo-se com velocidade finita V poderia deslocar.

Como conclusão, podemos estabelecer um critério físico de simultaneidade de critério de


simultaneidade
dois eventos, que se baseia na invariância da velocidade da luz. Dois eventos são
simultâneos em um sistema de referência se coincidem com a chegada de um sinal
luminoso previamente emitido de uma posição a igual distância de ambos os eventos.
Na Figura 3.6, os pulsos de luz coincidentes com os eventos foram emitidos de um
local equidistante das posições onde os eventos acontecem; os eventos são
simultâneos neste sistema de referência. Na Figura 3.7, ao contrário, o local onde o
sinal é emitido não é equidistante das posições onde os eventos acontecem.
Os eventos que são simultâneos em um determinado sistema de referência coordenada
temporal de um
serão caracterizados pela mesma coordenada temporal neste quadro. Uma forma de evento
medir a coordenada temporal de um evento em um determinado sistema de referência
consiste em distribuir no espaço uma coleção de relógios fixados ao sistema de referência.
Os relógios são igualmente constituídos: todos mudam no mesmo ritmo; suas
localizações em diferentes posições não modificam essa propriedade porque o espaço
é homogêneo. A sincronização dos relógios (isto é, o procedimento para fazer com
que todos os relógios exibam simultaneamente a mesma leitura) pode ser feita por
meio de sinais luminosos. Um par de relógios A e B é sincronizado se forem ajustados
para uma mesma leitura (por exemplo, t = 0) no momento em que recebem um pulso
de luz emitido de uma posição equidistante. Após este procedimento, os clocks A e B sincronização de
relógios
permanecerão sincronizados, pois as taxas dos clocks são homogêneas. Um terceiro
relógio C pode ser sincronizado com A (ou B) da mesma maneira. O procedimento de
troca de sinais de luz pode ser estendido para sincronizar um número arbitrário de
relógios em repouso relativo. Uma vez sincronizados todos os relógios, a coordenada
temporal de um evento é a leitura simultânea do relógio localizado na posição onde
ocorre o evento. Devido à relatividade da noção de simultaneidade, este método de
sincronização só é apropriado para o sistema de referência onde os relógios são fixos.
Assim, cada sistema de referência tem sua própria maneira de atribuir a coordenada
temporal aos eventos.
Qualquer outra forma de usar relógios para medir a coordenada temporal de um
evento é aceitável, sempre que for consistente com o critério de simultaneidade de
eventos no sistema de referência (ou seja, sempre que a mesma coordenada temporal
for atribuída a eventos simultâneos no sistema de referência) . Por exemplo, um relógio
único pode ser usado, desde que seja subtraído o tempo requerido pela informação § 3.12

para viajar do local do evento até a posição do relógio.4

4
Normalmente as distâncias são medidas com regras e os tempos com relógios; unidades de tempo e comprimento
são consideradas independentes. No entanto, poderíamos escolher o valor da invariante c por definição, o que
implicaria que as unidades de tempo e comprimento deixariam de ser independentes (ver Complemento 1B). É usual
a escolha adimensional c = 1, o que significa que a mesma unidade é utilizada para comprimentos e tempos.
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62 Espaço-Tempo de Einstein

3.9. EVENTOS E LINHAS MUNDIAIS

As coordenadas de posição e tempo de um evento em um determinado sistema de


referência S permitem representar o evento como um ponto em um diagrama espaço-
tempo. A Figura 3.8 mostra a coordenada cartesiana x como a abcissa, e a coordenada
temporal t vezes c como a ordenada (os eixos cartesianos yez foram suprimidos). Portanto,
tanto a abcissa quanto a ordenada têm unidades de comprimento.
O movimento de uma partícula é uma sucessão de eventos que desenha uma curva
em um diagrama espaço-tempo. Essa curva é chamada de linha do mundo. Se o movimento
é uniforme (isto é, com velocidade constante u), então a linha do mundo é uma linha reta.
A Figura 3.9 mostra três linhas do mundo correspondentes respectivamente a uma partícula
em repouso em relação a S, uma partícula com movimento uniforme ( u < c e, um
luz.raio
As três
de
linhas passam por xo no tempo t = 0. A partícula em repouso permanece na posição xo
para todo o tempo t; portanto, sua linha de mundo é uma linha reta vertical no diagrama
espaço-tempo das coordenadas do sistema de referência S.
Ao longo de um raio de luz, os tempos decorridos e os deslocamentos cumprem ct = x;
então a linha do mundo correspondente é uma linha reta. Como a velocidade de qualquer
partícula é menor que c em qualquer sistema de referência, então as linhas do mundo das
partículas são curvas cujas inclinações variam entre o caso vertical (repouso) e a linha reta
que caracteriza um raio de luz. Em um diagrama espaço-tempo, a tangente do ângulo entre
a linha do mundo e o eixo do tempo é igual a u/c.

O uso de diagramas espaço-temporais é ilustrado na Figura 3.10, onde o problema


estudado em §3.2 é representado (ver Figura 3.2). O movimento da barra com velocidade
constante V é mostrado no diagrama espaço-tempo por meio das linhas de mundo das
extremidades da barra. Estas são duas linhas retas de inclinações iguais, porque ambas as
extremidades se movem com a mesma velocidade V. A viagem de ida e volta de

ct

ct E

Figura 3.8. Representação em um diagrama espaço-temporal de um evento cujas coordenadas são ctE xE .
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 63

ct

linha de mundo de

uma partícula em repouso

c ÿt

linha de mundo de uma


partícula se movendo com ÿx (= ux ÿt)
uma velocidade
constante 0 < ux <c (tgÿ = ux / c) c ÿt

uma

ÿx (= c ÿt)
linha do mundo de um raio
de luz (ux = c)

x
xo

Figura 3.9. Linhas de mundo de uma partícula em repouso em relação a S, uma partícula se movendo com velocidade
constante e um raio de luz.

eu

ct ct
V ÿretorno

c ÿreturning
V ÿtindo eu

c ÿtindo

x x

Figura 3.10. Viagens de ida (esquerda) e de retorno (direita) de um raio de luz entre os extremos de uma barra em movimento.

um raio de luz entre as extremidades da barra é representado por duas 45 linhas. Essas
linhas têm inclinações opostas porque cada uma corresponde aos raios de saída e de
retorno, respectivamente. L nas Eqs. (3.3) é o comprimento da barra no pórtico S; então L
no diagrama espaço-tempo da Figura 3.10 é a distância entre as linhas do mundo das
extremidades da barra medida na direção horizontal. Dentro
Na verdade, cada linha horizontal na Figura 3.10 é feita de um conjunto de eventos que são
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64 Espaço-Tempo de Einstein

simultâneo no sistema de referência S associado às coordenadas do


comprimento e
diagrama. Naturalmente, o comprimento L da barra em um sistema de referência S deve ser a
simultaneidade
distância entre duas posições simultâneas (em S das extremidades da barra.
As equações (3.3) aparecem na Figura 3.10 como a igualdade entre os lados de
45 triângulos retângulos.
A relatividade da noção de simultaneidade, que foi analisada em §3.8,
é claramente exibido usando diagramas espaço-temporais. Na Figura 3.6 vamos chamar S o
sistema de referência onde o veículo está parado. As linhas do mundo da fonte
e as portas do veículo parecem linhas retas verticais equidistantes quando
descrito com as coordenadas do quadro S , porque estão em repouso em relação a S. O
as linhas do mundo dos raios de luz são, como sempre, 45linhas retas. Na Figura 3.6 dois
raios viajam em direções opostas, então eles são representados com 45 linhas de mundo de
encostas opostas. Em seguida, resulta no diagrama de espaço-tempo mostrado na Figura 3.11,
onde os eventos 1 e 2 são a chegada de pulsos de luz às posições do
portas e a consequente abertura simultânea das portas.
Em §3.8 o mesmo conjunto de eventos foi analisado a partir de outra referência arbitrária
sistema S, onde o veículo se movia com velocidade V (Figura 3.7). Quando as coordenadas
do quadro S são usadas, as linhas do mundo da fonte e das portas são equidistantes
linhas retas de igual inclinação (igual velocidade V . As linhas do mundo de raios de luz ainda
são 45 linhas retas, por causa da invariância da velocidade da luz. Então, o
diagrama espaço-tempo mostrado na Figura 3.12 é obtido. Os eventos 1 e 2 são
não simultâneo no quadro S, mas o evento 1 ocorre primeiro (abertura do
por meio de).

ct' linha do mundo


da porta B
linha do mundo
da fonte

linha do mundo

da porta A

Evento 1 Evento 2

linhas do mundo de

raios de luz

x'

emissão de um pulso de luz

Figura 3.11. Diagrama espaço-tempo para o problema analisado na Figura 3.6.


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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 65

linha mundial
ct
da porta B

linha mundial
da fonte

linha mundial
da porta A
Evento 2

linhas do mundo
Evento 1
de raios de luz

emissão de um pulso de luz

Figura 3.12. Linhas e eventos do mundo que fazem parte da Figura 3.11, como eles aparecem em coordenadas de outro
sistema de referência (diagrama espaço-tempo para o problema analisado na Figura 3.7).

3.10. LINHAS DE COORDENADAS DE S NO DIAGRAMA


ESPACIAL DE S

A Figura 3.13 mostra linhas de coordenadas pertencentes a dois sistemas de referência


diferentes SUma
e S .linha de coordenadas é uma curva composta de pontos que compartilham o
mesmo valor de todas as coordenadas, exceto uma delas. Ao longo das linhas verticais na
Figura 3.13 a coordenada temporal varia enquanto a coordenada espacial cartesiana permanece

ct ct'

ct=const. ct'=const.

x x'

Figura 3.13. Linhas de coordenadas dos sistemas de referência S e S em seus respectivos diagramas espaço-temporais.
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66 Espaço-Tempo de Einstein

inalterado (o resto das coordenadas espaciais cartesianas não são representadas


mas devem ser considerados igualmente fixos). Essas linhas verticais são mundo
linhas de partículas em repouso em cada sistema de referência. Por outro lado, ao longo do
linhas horizontais na Figura 3.13 uma das coordenadas espaciais varia enquanto o
o resto das coordenadas permanecem fixas. Os eventos que se encontram nas linhas horizontais são
eventos simultâneos no respectivo sistema de referência.
Vamos supor, como sempre, que os eixos cartesianos x e x têm a
direção do movimento relativo entre S e S . Vamos transferir o

linhas de coordenadas de um dos sistemas de referência para o diagrama espaço-tempo


pertencente ao outro. Vamos começar com as linhas de coordenadas verticais, que
são, como já mencionado, linhas de mundo de partículas em repouso no respectivo quadro.
Isso significa que essas linhas parecem linhas de mundo de partículas em movimento no diagrama de
espaço-tempo pertencentes a outro quadro. Se o quadro S se move em relação a S
para valores crescentes da coordenada x, então as linhas x = olhar constante
no diagrama do quadro S como mostrado na Figura 3.14a, enquanto as linhas x =
olhar constante no diagrama do quadro S como mostra a Figura 3.14b.
Vamos agora transferir as linhas horizontais da Figura 3.13. Estes coordenam
linhas são compostas por eventos simultâneos no respectivo sistema de referência,
e não podem ser associados a movimentos de partículas. Portanto devemos
imagine um procedimento físico para construir um conjunto de eventos que resultem simultâneos em
um determinado sistema de referência. Veremos então como esse procedimento é
descrito no diagrama espaço-tempo de outro sistema de referência. Figura 3.15
mostra um raio de luz viajando em direção a valores decrescentes da coordenada x de
quadro S. Quando o raio passa por um conjunto de posições equidistantes , x 4,

x x 2, x 1,
3, x 0 - marcado por meio de linhas de mundo de partículas em repouso em relação a
S — pulsos de luz são emitidos na direção oposta. Depois a luz
pulsos emitidos nas posições x atingem
n as posições x eventos 2n, configurando um conjunto de simulta
neous. A simultaneidade desses eventos é garantida pela equidistância
entre posições consecutivas x n , juntamente com a independência da velocidade

ct ct'

(uma) (b)

x x'

Figura 3.14. (a) Linhas de coordenadas x = const. representado no diagrama espaço-tempo do quadro S.
(b) Linhas de coordenadasx = const. representado no diagrama espaço-tempo do quadro S .
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 67

ct'

x'

0 1 2 3 4 5 6

Figura 3.15. Construção de uma linha de eventos simultâneos em um determinado quadro S .

da luz em relação à direção de propagação. Na Figura 3.15 a coordenada


t = 0 foi atribuído ao instante em que esses eventos ocorrem (escolha da origem
da coordenada t). Assim, a linha reta que une os eventos é o eixo x do quadro S .
A Figura 3.16 mostra o procedimento para desenhar a linha de coordenadas t = 0 no
diagrama espaço-tempo do quadro S. A liberdade de escolher a origem das coordenadas do receita para
a coordenada
quadro S foi usada para dar as coordenadas t = 0, x = 0 em S para o evento tendo
origem
coordenadas t = 0, x = 0 em S . A Figura 3.16 mostra que a bissetriz do ângulo
entre as linhas t = const e x = const é um raio de luz no referencial S também.
O mesmo procedimento físico envolvendo raios de luz pode ser usado para desenhar o
linhas t = const. do quadro S no diagrama do quadro S. Neste caso as linhas de
partículas em repouso em S ficarão como a Figura 3.14b mostra quando são transferidas
para o diagrama de S. Ambos os resultados são exibidos na Figura 3.17.

ct
uma
bissetriz

0 1 2 3 45 6

Figura 3.16. Eventos simultâneos em S , como eles se parecem com o diagrama espaço-tempo do quadro S. tg = V c
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68 Espaço-Tempo de Einstein

ct' ct
ct ct'

Costa E

ct' E
uma uma

x' E x'

uma

x uma
x'
carro

Figura 3.17. Aspecto das linhas de coordenadas do quadro S no diagrama do quadro S (esquerda) e linhas de
coordenadas do quadro S no diagrama do quadro S (direita). tg = Vc

A Figura 3.17 também mostra a maneira de ler as coordenadas de um evento E


pertencente ao sistema de referência transferido: claro, as coordenadas do evento são
aquelas correspondentes às linhas de coordenadas que passam pelo evento. No
entanto, para que as coordenadas atribuídas a um evento em diferentes sistemas de
referência possam ser comparadas em um mesmo diagrama, os eixos de cada quadro
devem estar devidamente calibrados, pois suas escalas resultarão diferentes. De fato,
a Figura 3.18 mostra um par de eventos que acontecem na mesma posição (x = 0) em

ct ct'

ct'= 1
ct = ÿ (V) > 1

x'

EU'
x'= 1

x
x = ÿ (V) > 1
Isto

Figura 3.18. Calibração de escalas nos eixos de diferentes sistemas de referência representados no mesmo
diagrama.
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 69

quadro S. O tempo decorrido t é então um tempo próprio, e t é maior que t


de acordo com (3.8). No entanto, uma olhada grosseira no diagrama da Figura 3.18 não
não parecem refletir essa relação, que nada mais é do que a evidência de que não devemos usar eixos pertencentes
para diferente
escalas iguais em eixos de sistemas de referência diferentes no mesmo diagrama. quadros têm
Estas observações relacionadas com eixos temporais também são válidas para escalas em eixos escalas diferentes

x e x. Na Figura 3.18 os traços cinzas são as linhas do mundo das extremidades de um


corpo em repouso em relação ao referencial S. De acordo com (3.7), o comprimento do corpo (ou seja, o
distância entre as posições simultâneas das extremidades) deve ser maior em S do que
em S. A Figura 3.18 mostra claramente que o uso da mesma escala nos eixos x e x levaria a um
erro. Portanto, os eixos devem ser devidamente calibrados para
para expressar as relações (3.7-3.8). Na Figura 3.18 foi escolhida uma unidade arbitrária nos eixos § 4.2

do frame S; então as escalas dos eixos do frame S foram calibradas por


usando as Eqs. (3,7-3,8).

3.11. TRANSFORMAÇÕES DE LORENTZ

Em §1.4 foi construída a transformação das coordenadas espaço-temporais de um evento


partindo da suposição de invariância de distâncias e tempos. Como consequência, as
transformações de Galileo (1.4, 1.6) foram obtidas, juntamente com as
teorema de adição de velocidades (1.7) que deles deriva. Essas transformações são incompatíveis
com o postulado da invariância da velocidade da luz, então
eles têm que ser substituídos por outras transformações de coordenadas de eventos que
será obtido da subordinação a este postulado. Em §3.2 ficou provado
que o postulado da invariância da velocidade da luz leva à contração do comprimento
(3.7) e dilatação do tempo (3.8). Este comportamento de distâncias e tempos é tudo o que
necessidade de construir a transformação das coordenadas dos eventos - da mesma forma
que a invariância de distâncias e tempos é suficiente para obter transformações de Galileu. Dentro
apesar desta observação, nesta seção construiremos a transformação de coordenadas como se
não conhecêssemos ainda o comportamento de distâncias e tempos em
Relatividade. Vamos rever os argumentos em §1.4 evitando o preconceito sobre
invariância de distâncias e tempos; quando necessário, usaremos o postulado de
invariância da velocidade da luz.
Figura 1.5 e Eq. (1.2) será novamente nosso ponto de partida. Como enfatizou
em §1.4, Eq. (1.2) está totalmente correto - independentemente do comportamento das distâncias
e tempos - sempre que todas as distâncias são medidas no mesmo sistema de referência,
seja S ou S:

dO P = dOP ÿdOO (3,27)

No referencial S, as relações entre distâncias envolvidas na Eq. (3.27) e coordenadas


(t , x do evento considerado são

= Vt (3,28)
doo S
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70 Espaço-Tempo de Einstein

(a origem da coordenada temporal foi escolhida no instante em que O e O são coincidentes)


e

DOPS = x (3,29)

(por definição da coordenada cartesiana x . Por outro lado, a coordenada cartesiana


coordenada x não é igual a dO PS mas a dO PS :

Faz PS =x (3.30)

A isotropia do espaço e a homogeneidade do espaço e do tempo garantem que


a relação entre as distâncias dO PS e dO PS só pode depender do módulo
V = V da velocidade relativa entre Areia S . De fato, a isotropia impede uma
dependência da direção V, e a homogeneidade evita uma dependência da direção
local e horário do evento:

dO PS
=V (3.31)
dO PS

onde V é uma função desconhecida que será determinada aplicando a


postulado da invariância da velocidade da luz.
Usando a Eq. (3.31), Eq. (3.27) é reescrito como

Faz PS = VdO PS ÿ dO O S (3.32)

então substituindo as Eqs. (3,28–3,30):

x = V x ÿ Vt (3.33)

O caminho que sai da Eq. (3.27) à Eq. (3.33) pode ser repetido analogamente
para obter a coordenada x em função das coordenadas (tx .
é um caminho fácil, vamos substituí-lo por um argumento que já foi usado em
§3.5. Devemos levar em conta que os quadros S e S estão em pé de igualdade.
A única diferença entre eles está na direção da velocidade relativa:
enquanto S se move em relação a S com velocidade V = V x, S se move em relação a S
para S com velocidade V = ÿ V x. Esta diferença não afeta a função
, porque depende apenas do módulo V; só afeta o sinal dentro
o parêntese na Eq. (3.33). Portanto, a transformação inversa de (3.33)
devemos ser

x = V x + Vt (3,34)

As transformações (3.33-3.34) também contêm a transformação do


coordenada temporal. De fato, a substituição da Eq. (3.33) na Eq. (3,34)
leva a

2 2
x = xÿVt +Vt = xÿ Vt + Vt
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 71

que pode ser resolvido para t:


ÿ1 ÿ1
t=t+ ÿ Vx (3,35)

A invariância das distâncias assumidas nas transformações de Galileu


corresponde à adoção de = 1 na Eq. (3,31); nesse caso as Eqs. (3.33 e
3.35) tornam-se transformações de Galileu (1.4, 1.6). Em vez disso, a função V será
subordinada à invariância da velocidade da luz. Para que este postulado
pode desempenhar seu papel, consideremos um evento E pertencente ao raio de luz ilustrado
na Figura 3.17 (o raio de luz passando pela origem comum do espaço-tempo
coordenadas de ambos os sistemas de referência e se propagando na direção do eixo x).
Qualquer evento E neste raio de luz tem coordenadas que satisfazem x = ct no referencial S, e
x = ct no quadro S devido
, à invariância da velocidade da luz. Portanto, para
subordinar a transformação das coordenadas de um evento ao postulado
da invariância da velocidade da luz, a transformação deve ser tal que se
x = ct então é x = ct (e vice-versa). Acrescentaremos este requisito em
Eqs. (3.33–3.34) para obter um resultado para a função V . Substituindo x e x em
(3,33-3,34):

ct = Vct ÿVt

ct = Vct +Vt

Multiplicando essas duas equações temos


2
c2t = c ÿV tc +V t = 2 c2 ÿV2 tt

o que leva a
1
V= (3,36)
V2
1-
c2

de acordo com os resultados em §3.2. Substituindo a Eq. (3.36) nas Eqs. (3,33, 3,35)
obtemos transformações de Lorentz das coordenadas t, x de qualquer evento:

xÿVt x +Vt
x= x=
V2 V2 (3.37a-b)
1- 1ÿ
c2 c2
Lorentz
transformações
V V
t- x + x
c2 c2
t= t=
(3.38a-b)
V2 V2
1- 1-
c2 c2

As linhas de coordenadas de S na Figura 3.17 resultam da fixação dos valores


de x e t em transformações de Lorentz (3.37a–3.38a). Em particular, o eixo x (t = 0)
corresponde a ct = Vcÿ1 x, e o eixo ct (x = 0) corresponde a ct = V ÿ1c x.
As transformações de Lorentz vão para as de Galileu no limite c ÿ .
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72 Espaço-Tempo de Einstein

Complemento 3A: Usando transformações de Lorentz

e Problema 1. O triângulo na figura


está em repouso em um referencial S. Devido à
UMA
comportamento das distâncias descritas em
Eqs (3.7, 3.10), as dimensões e
a forma do triângulo será
Fazer
diferente em outro quadro S em movimento
com velocidade V = V xˆ em relação a S.
ÿ Use as transformações de Lorentz para saber
B C x a forma do triângulo no quadro S .

Isto

Solução: No referencial S as posições dos vértices A, B, C não variam no tempo. O mundo


as linhas dos vértices são descritas pelas equações:

xAt = 0 xB t = 0 xC t = Lo

yA t = Do yB t = 0 yC t = 0

Se EA , EB , EC são três eventos pertencentes a cada uma dessas três linhas de mundo, então
suas coordenadas no referencial S são, de acordo com as Eqs (3.37-3.39),

x UMA = ÿ VtAx B = - VtBx C = Lo ÿVtC

t UMA = tA t B = tB t C = tC ÿV cÿ2 Lo

e A= C ano B= 0 yC =0

Portanto, as linhas do mundo dos vértices são descritas no referencial S pelas equações:

x UMA
t = ÿV tx B t = ÿV tx C t = Lo ÿV t ÿ V2cÿ2Lo = ÿ1Lo ÿV t

eA t = Faça t = 0y B yC t=0

As dimensões e a forma do triângulo no quadro S resultam a serem definidas pelo


posições simultâneas de seus três vértices. Em cada instante t, as seguintes relações são
realizada:

L=x C t -x B t = ÿ1Lo D Fazer


tg= = = tg
eu ÿ1Lo
D = y A t = tDo
-y B
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 73

Problema 2. No instante t = 0, duas espaçonaves deixam a Terra em direções opostas, com


velocidades V1 e V2. Em um momento subsequente, dois sinais de luz são enviados da Terra
para ambas as naves espaciais. Obtenha a relação entre V1 e V2 para que a recepção de
os sinais podem ser simultâneos no sistema de referência fixado na espaçonave mais rápida.

Solução: Vamos chamar os eventos E1 e E2 de recepções de sinais luminosos em naves espaciais


1 e 2 respectivamente. No sistema de referência fixado na Terra, E1 acontece em um momento
t1 tal que:

c para
c t1 ÿto = V1 t1 ÿ t1 = c ÿV1

enquanto a coordenada espacial de E1 é a posição x1 = V1 t1 da espaçonave 1 naquele momento.


Portanto:

c2to cV1to
Coordenadas E1 c t1 = c x1 =
ÿV1 c ÿV1

(escolhemos o eixo x de tal forma que V1 = V1xˆ e V2 = ÿV2xˆ). Analogamente:

Coordenadas E2 c t2 = c
c2 para
x2 =
ÿc V2 a
ÿV2 c -V2

Deixe a espaçonave 1 ser a mais rápida. A simultaneidade de E1 e E2 no quadro S fixo


para a espaçonave 1 implica

t 1 = t 2 ÿ V1 c t1 ÿV1c–1x1 = V1 c t2 ÿV1c–1x2

então

c2 ÿV2 1 c c
= c2 +V1V2 ÿ ÿ

=2
c -V1 c -V2 V2 V1

ct ct'

E1
ct1
linha mundial de
nave espacial 1
E2 E1
emissão de

E2 ct2 pulsos de luz

linha mundial de
nave espacial 2
cto
linha mundial de
a Terra

x x'
x2 x1

Estrutura fixada na Terra Estrutura fixada na espaçonave 1


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74 Espaço-Tempo de Einstein

Na geometria euclidiana, as coordenadas cartesianas y, z de um determinado evento são


as distâncias entre a posição onde o evento ocorre e cada um
de dois planos mutuamente perpendiculares que se cruzam no eixo x. O eixo y é
contido em um desses planos - o plano "xy" - e o eixo z está contido
no outro – o plano “xz” (Figuras 1.1 e 1.2). Uma vez que as orientações de
e , Os eixos z foram escolhidos como os dos eixos y, z e, além disso, os eixos x e x
são coincidentes, então o plano xz coincide com o plano xz e ,o plano xy coincide
com plano xy. Desta forma, as coordenadas cartesianas y e y medem a distância
entre um mesmo ponto e um mesmo plano em dois sistemas de referência diferentes (idem
para z e z). Podemos repetir o argumento usado para escrever a relação (3.31) e para
Afirme novamente que a relação entre as distâncias y e y só pode ser uma função de
o módulo V da velocidade relativa entre S e S:
e
=V
e
ou seja,

ÿ1
y=Vy=V e

A única diferença admissível entre transformações diretas e inversas é a


diferença devido à mudança de direção da velocidade relativa entre ambos
quadros. Como a função V não é sensível à direção V, concluímos que
V ÿ1 = V; ou seja, V = 1 (a outra possibilidade, V = -1, corresponde a
eixos y e y com direções opostas), de acordo com o resultado em §3.4 sobre
a invariância das distâncias transversais à direção do movimento relativo.
O mesmo argumento pode ser aplicado à transformação da coordenada z. Então

e=e
(3,39)
z=z

É usado para chamar ÿ V/c; então as transformações de Lorentz (3.37-3.38) têm a


Formato

§ 4.1 x = xÿct x = x + ct
§ 4.6
(3.40a-b)
ct = ct ÿ x ct = ct + x

3.12. COMPARANDO RELÓGIOS EM DIFERENTES QUADROS

A dilatação do tempo (3.8) pode ser obtida imediatamente a partir das transformações
de Lorentz.5 De fato, se dois eventos E1 e E2 ocorrerem na mesma posição
quadro S — ou seja, x 2 = x 1 (quadro adequado) – então usando a Eq.(3.38b):

t = t2 ÿt1 = t 21
ÿt +Vcÿ2 x ÿx 2 1 =t

5
Para obter a contração do comprimento a partir das transformações de Lorentz, veja o Complemento 3A
(Problema 1).
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 75

Como S é o quadro adequado do par de eventos, então t é o tempo adequado


decorrido entre os eventos. Portanto, o resultado obtido corresponde à Eq.
(3.8). A dilatação do tempo é ilustrada na Figura 3.19, que mostra um par de relógios
sincronizados em um quadro S, e um terceiro relógio passando na frente dos
anteriores. Os encontros do relógio “em movimento” com cada um dos relógios
fixados em S são um par de eventos que acontecem na mesma posição no quadro
S que vem com o relógio “em movimento” (quadro próprio). Portanto, o tempo
decorrido entre os eventos medidos pelo relógio “em movimento” é o tempo
adequado entre os eventos e deve ser menor que o tempo medido no quadro S.
O exemplo da Figura 3.19 parece apresentar uma assimetria inadmissível
entre os dois sistemas de referência, pois o tempo passaria mais rapidamente no
frame S do que no frame S. Para analisar este ponto, deve-se observar que o
próprio exemplo escolhido é assimétrico. De fato, um único relógio S foi comparado
com dois relógios S. Portanto, um exemplo simétrico é necessário para dar uma
resposta satisfatória à questão. Então, vamos comparar dois conjuntos de relógios
sincronizados movendo um em relação ao outro. Embora cada conjunto seja
sincronizado, esse fato só é aparente em seus respectivos quadros próprios, como
consequência da relatividade da noção de simultaneidade. A parte superior da
Figura 3.20 mostra ambos os conjuntos de relógios no tempo t = 0 do quadro S. O
relógio O ocupa a origem das coordenadas espaciais do quadro S. Como as
transformações de Lorentz (3.40a–b) são escritas sob a convenção de que o mesmo
, — fixado na
evento é a origem das coordenadas do espaço-tempo emorigem
S e S então o relógio O
das coordenadas
espaciais de S — passa pela posição O no tempo t = 0 quando seu ponteiro indica
zero. No entanto, o restante dos relógios sincronizados em S não lê zero no tempo
t = 0 no quadro S. Essa circunstância pode ser compreendida com a ajuda da Figura
3.21, onde as linhas mundiais dos relógios em S e a linha de coordenadas t = 0

Figura 3.19. Relógio se movendo em relação a dois relógios sincronizados.


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76 Espaço-Tempo de Einstein

UMA' O'
V V V V V

O UMA
(uma)

UMA' O'
V V V

(b) O UMA

Figura 3.20. Dois conjuntos de relógios sincronizados, como são considerados no quadro próprio pertencente a
um deles.

ct

UMA' O'

t=0 x

t' = 0

Figura 3.21. Linhas mundiais de relógios de S no diagrama do quadro S .

são desenhados no diagrama de espaço-tempo do quadro S. Lá pode ser visto que os relógios
de S colocados à esquerda de O atingem t = 0 depois de terem passado por t = 0,
enquanto aqueles à direita de O atingem t = 0 antes de atingir t = 0.
Embora ambos os conjuntos de relógios sejam construídos da mesma maneira - em particular,
a distância adequada entre eles é o mesmo Lo em ambos os casos - a distância
entre os relógios de S é contraído pelo fator V no quadro S. A Figura 3.20 é
2
feito com V = 2 (isto é, = 3/4); o valor de Lo é tal que Lo é percorrido
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 77

por relógios de S no tempo t = Lo/V = 10 s, como pode ser visto na parte inferior
da figura. Vamos usar esses valores para calcular as leituras dos relógios de S em
tempo t = 0 (Figura 3.20a). De acordo com a Eq. (3.38a) é

V V x x
t = t ÿ c2 x =ÿ x=ÿ
2 = ÿ3
c2 V 2 V
t=0

A partir de A ÿLo/2 , as coordenadas x dos relógios de S no tempo t = 0 são x = ÿLo


0 Lo/2 Lo, e os valores correspondentes de t resultam em 15 s, 7,5 s,
0 s, ÿ7 5 sÿ15 s, conforme exibido na Figura 3.20a. Em t = 10 s (Figura 3.20b) o
relógios do quadro S foram deslocados para posições x = 0 Lo/2 Lo, etc., e seus
leituras resultam de

V x 3 x
t=tÿx = 10 sÿ 2 = 20 sÿ
c2 V2 V
t=10 s

isto é, t = 20 s, 12,5 s, 5 s, etc. Assim, após 10 s terem passado no frame S, os relógios


de S acabaram de avançar 5 s. Em particular, o relógio O pode ser comparado com o
par de relógios sincronizados (O, A), como na Figura 3.19. Relógios O e O lidos
zero no momento em que estão na frente; quando O passa na frente do relógio
A (que está sincronizado com O) o primeiro lê 5 s enquanto A lê 10 s
(fator de dilatação = 2). Uma vez que ambos os quadros entram no problema examinado em um
forma completamente simétrica e, por outro lado, não há privilégio algum
de qualquer sistema de referência, então deve ser igualmente verificável que os relógios de dilatação do tempo S
não implica
também adiantaram metade do tempo passado em S quando, são considerados a partir deste privilégio de qualquer

último quadro. Para provar esta afirmação, um relógio de S, por exemplo O, deve ser quadro, Armação

comparado com um par de relógios sincronizados S . Novamente vamos começar no momento


quando O e O se encontram. De acordo com a Figura 3.20, quando O passa na frente de
relógio A (sincronizado com O ), O lê 10 s enquanto A lê 20 s (o mesmo
fator de dilatação = 2). Assim, a afirmação de que os relógios do outro quadro
ir mais devagar é válido em ambos os sistemas de referência. A simetria é completa
porque o fator de dilatação é o mesmo em ambos os casos. Esta conclusão faz
não implica uma contradição lógica apenas porque a noção de simultaneidade é
não absoluto. Cada sistema de referência pode dizer que os relógios do outro quadro
ir mais devagar, baseando tal afirmação em sua própria noção de simultaneidade.6
Cada sistema de referência sincronizou seus relógios usando sua própria noção de
simultaneidade, e o resultado é que a sincronização em S não é aceitável em S (como evidenciado § 3.14

na Figura 3.20); analogamente, a sincronização em S não é


aceitável em S.

6
Uma discussão semelhante para a contração do comprimento pode ser encontrada em §4.2.
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78 Espaço-Tempo de Einstein

3.13. TRANSFORMAÇÕES DE VELOCIDADE E ACELERAÇÃO

Seja uma partícula movendo-se com velocidade ut = dr/dt em relação a um referencial S.


De acordo com as transformações de Lorentz (3.37-3.39), as diferenças de coordenadas
ao longo da linha de mundo da partícula em dois quadros distintos estão relacionados por
(lembre-se que V é constante):

dx = V dxÿVdt = Vux ÿV dt

dy = dy

dz = dz

V ux
dt = V dt ÿVcÿ2 dx = V 1ÿ c2 TD (3.41)

Os quocientes de diferença de coordenadas em S levam aos componentes de


velocidade ut = dr/dt da partícula em relação ao referencial S . Desta forma, o
resultados (3,19, 3,25, 3,26) são recuperados:

dx ux- V
você
x
= = (3,42)
TD Vux
1ÿ
c2

=
dois
= V -1uy =
o enredo

= V -1uz
você _
você
com (3,43)
TD V ux TD V ux
1ÿ 1ÿ
c2 c2

As respectivas transformações inversas podem ser obtidas a partir da


substituição de V por ÿV, conforme explicado em §3.5 e §3.7 (ver Eqs. (3.19b)
e (3.25b-3.26b)).
Da mesma forma, podemos obter as transformações da aceleração em =
du/dt. Diferenciando Eqs. (3,42–3,43)

ÿ2
orientar ux- V V V
a partir de
x
= + guia =
2 2 orientar
V ux V ux c2 V ux
1ÿ 1ÿ 1ÿ
c2 c2 c2
ÿ1
V só V -1uy V
du = +
y 2 orientar
V ux V ux c2
1- 1ÿ
c2 c2

(juntamente com uma equação para com


análogo ao último) e tomando o
quocientes du com a Eq. (3.41):

ÿ3
ÿ3 V ux
uma
x =V 1ÿ machado (3,44)
c2
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 79

a aceleração
ÿ2 V ux ÿ2 ÿ uy V cÿ2 ÿ
=V 1ÿ ÿ + machado
ÿ
(3.45a) transformação
para e
c2 V ux
1ÿ
ÿay c2 ÿ

ÿ2 V ux ÿ2 ÿ para V c ÿ 2 ÿ
uma
com
=V 1- ÿ + machado
ÿ
(3.45b)
c2 V ux
1-
ÿaz c2 ÿ

Longe de ser invariante, como nas transformações de Galileu, a aceleração


mudanças sob as transformações de Lorentz de uma forma bastante complicada. O mais simples
caso acontece quando a aceleração é transformada em um referencial So cuja velocidade
V coincide com a velocidade da partícula no momento em que a transformação é
realizado. A igualdade V = u forças para orientar os eixos xÿx na direção
de u, que será chamada de direção longitudinal. Então u nas Eqs. (3,44–3,45)
tem apenas o componente x; além disso é V = ux . Então aceleração ao no quadro So
(aceleração adequada) acaba por ser

3
aolongitudinal = u longitudinal
(3,46) apropriado
aceleração

2
aotransversal = u atransversal (3,47)

Para aplicar o resultado (3.46) vamos resolver o problema unidimensional


movimento com aceleração adequada constante. A Equação (3.46) então lê

ÿ3/2
u2 de
constante = 1ÿ c2
TD

Chamando a constante a, e integrando a equação:


Fora
Fora
ÿ3/2
u2 você

em ÿto = 1ÿ de =
c2 u2
uo 1ÿ uo
c2

Escolhendo para = 0 uo = u para = 0, e resolvendo para u:

dx no
= vc = (3,48)
TD a2t 2
1+
c2

Integrando mais uma vez:

t
no c2 a2t 2 c2
xÿxo = dt = 1+ ÿ

(3,49)
a2t 2 uma c2 uma

0 1+
c2
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80 Espaço-Tempo de Einstein

A linha do mundo correspondente a um movimento com aceleração própria constante


(3.49) é um ramo de hipérbole, como fica claro quando a Eq. (3.49) é reescrito na
caminho

2
c4
movimento
c2 xÿxo + ÿc2t _ 2 = (3,50)
hiperbólico uma a2

O ramo da hipérbole associado à Eq. (3.49) é o da direita se a > 0 (Figura 3.22), ou o da


esquerda se a < 0.
O limite não relativista, u << c, corresponde a em << c (ver
Eq. (3.48)). Neste caso, a equação de movimento (3.49) se aproxima de

2 x xo + 2 1 em

7
enquanto para em >> c a velocidade (3.48) vai para ±c.
Em §4.2 será mostrado que qualquer hipérbole assintótica aos raios de luz, como a
da Figura 3.22, mantém este aspecto em todos os sistemas de referência inerciais.

ct

c2
uma

xo x

Figura 3.22. Linha mundial de um movimento com aceleração própria constante.

7
Deve-se enfatizar que o que é constante não é a aceleração em um dado referencial inercial (se assim fosse,
a partícula excederia a velocidade da luz), mas o valor da aceleração nos diferentes referenciais inerciais
consecutivos associados à partícula (quadros próprios) em cada tempo t.
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 81

3.14. “PARADOXES”: REMANESCENTES DO PENSAMENTO CLÁSSICO

O aprendizado da Relatividade Especial está cheio de perplexidades que vêm de


um apego involuntário às noções clássicas de espaço e tempo. A maioria deles
está ligada à relatividade da noção de simultaneidade; outros com a noção clássica
de corpo rígido, que não tem sentido na Relatividade. Esta seção mostrará dois
exemplos típicos desses falsos paradoxos. Um paradoxo de natureza diferente
será analisado em §4.5.
Na física clássica, a diferença entre vetores de posição simultâneos de dois
pontos A e B resulta ser invariante sob transformações de Galileu: r = = rB ÿV t ÿ rA
r -rB ÿV t = rB ÿrA = r. Isso implica que a forma e a orientação de um corpo
UMA

extensivo – que são determinadas pelas posições simultâneas de seus pontos –


são invariantes galileanas. Ao contrário, na Relatividade a forma e a orientação de
um corpo extensivo são modificadas sob mudanças de sistema de referência, como
consequência da contração do comprimento e da relatividade da noção de
simultaneidade. No Complemento 3A (Problema 1) foi explicado como a forma do
corpo é modificada quando o corpo é visto a partir de um quadro onde o corpo se
move, devido à contração do comprimento. No “paradoxo” que vamos examinar, o
elemento crucial não será a mudança de forma, mas a mudança de orientação.

A Figura 3.23 mostra um anel movendo-se ao longo de uma direção


perpendicular ao seu próprio plano e uma barra cuja velocidade é paralela ao plano
do anel. Se o diâmetro do anel for ligeiramente maior que o comprimento da barra,
então a barra pode atravessar o anel desde que as condições iniciais sejam
adequadas. O aparente caráter paradoxal dessa situação aparece quando a
consideramos a partir do quadro em que a barra está em repouso. De fato, na
própria armação da barra o anel tem uma forma elíptica, devido à contração da dimensão que é paralela à

Vx

tu

UMA B

com

Figura 3.23. O anel – cujo diâmetro excede ligeiramente o comprimento da barra – pode circundar a
barra. Como este fato é entendido na própria armação da barra, onde a barra é mais longa e o anel
é contraído?
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82 Espaço-Tempo de Einstein

o movimento relativo da barra; além disso, o comprimento da barra é máximo neste


quadro, porque é o comprimento adequado. Portanto, parece impossível que a barra
pode passar pelo anel na estrutura da barra. É claro que a questão sobre se ou
não a barra passa pelo anel deve ter uma resposta única, independente da
sistema de referência: é um fato absoluto.
A situação examinada parece paradoxal porque o argumento
esqueceu de levar em conta a mudança de orientação do anel. A fim de saber
a orientação do anel no quadro S onde a barra está em repouso, compararemos
as posições simultâneas dos pontos A e B no anel. As linhas do mundo de A
e B são descritos pelas equações

xA t = ÿR xBt = R

yA t = Vy t yBt = Vyt _

onde R é o raio do anel. Em S as coordenadas dos eventos que acontecem em A


e B são

x UMA
= Vx ÿR ÿ Vx tA x B = Vx R ÿ Vx tB

A = Vy tA y e A = Você tb

Vx Vx
t UMA
= VxtA + _ R t B = VxtB- _ _ R
c2 c2

As posições A e B que são simultâneas em S cumprem

2VxR _
t UMA
=t B ÿ tB ÿtA = c2

Assim, em qualquer instante t está satisfeito que

2Vx Macho
yB t = Vy tB ÿtA = t ÿy A c2

2VxR _ ÿ1
x B t -x UMA t = 2 Vx Rÿ Vx Vx = 2 Vx c2 R

a orientação
de um corpo
A orientação do anel em S difere daquela em S, pois em S é
depende do B x eixo
t = yéA y t (Figura 3.24). O ângulo entre o plano do anel e o
referência
sistema

e t -y A t Vx Vy
Btg = = Vx c2
x B t -x UMA
t

Por outro lado, a velocidade do anel em S não é perpendicular à


plano do anel:
ÿ1
você
x = ÿVx você _
= Vx tu
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 83

UMA
e'

x'

com'

Figura 3.24. Situação descrita na Figura 3.23, como ocorre no pórtico S onde a barra está em repouso.

Conforme mostrado na Figura 3.24, a orientação distinta do anel em cada quadro


explica que pode ser consistente afirmar que a barra passa pelo anel em ambos os quadros.

O resultado deste problema pode ser aprimorado pela afirmação de uma importante
diferença entre as transformações de Galileu e Lorentz, que serão estudadas com mais
detalhes em §4.8. Vamos imaginar duas maneiras diferentes de transformar as coordenadas
do referencial próprio da barra para o referencial próprio do anel: (a) podemos fazer isso
em duas etapas, primeiro realizando uma transformação no referencial S na Figura 3.23
usando a velocidade Vxxˆ e depois aplicando uma transformação com velocidade ÿVyyˆ; (b)
podemos fazê-lo por meio de apenas uma transformação com velocidade ÿu = Vxxˆ ÿ Vx
ÿ1Vyyˆ, oposta à velocidade do anel no pórtico da barra (e igual à composição relativística
das velocidades envolvidas no primeiro caso ).
O procedimento (a) compõe duas transformações de Lorentz; o anel está em repouso no
quadro de chegada e sua orientação é mostrada na Figura 3.23. Em vez disso, o
procedimento (b) usa apenas uma transformação de Lorentz com uma velocidade composta;
o anel também está em repouso no quadro de chegada, mas sua orientação é diferente da
obtida no procedimento (a) (isso pode ser entendido pela contração de comprimentos). Em
§4.8 será mostrado que existe uma rotação espacial conectando os procedimentos (a) e
(b), que é chamada de rotação de Wigner.
O próximo “paradoxo” está relacionado a pares de objetos cujo movimento relativo é
tal que, em um sistema de referência, um deles é inteiramente envolvido pelo outro; esta
situação pode parecer inadmissível para outros sistemas de referência, onde as dimensões
dos objetos são diferentes. Concretamente, a Figura 3.25 mostra uma barra e um cilindro
de furo em movimento relativo. No sistema de referência da Figura 3.25 o cilindro é fixo e a
barra se move. As dimensões dos corpos são tais que o cilindro envolve completamente a
barra quando esta passa por ela.
Pelo contrário, na estrutura da barra o cilindro é contraído e o comprimento da barra é
máximo. Assim, na estrutura da barra o cilindro não envolve completamente a barra em
nenhum momento (Figura 3.26). Até agora não há nada paradoxal.
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84 Espaço-Tempo de Einstein

Figura 3.25. Movimento relativo entre uma barra e um cilindro, considerado no sistema de referência fixado
ao cilindro, onde as dimensões dos corpos possibilitam que a barra fique completamente encerrada no
cilindro.

Figura 3.26. O mesmo movimento relativo da Figura 3.25, considerado no sistema de referência onde a barra
está em repouso.

Suponhamos agora que a parte de trás do cilindro está fechada, de modo que
a barra não pode sair pela extremidade do cilindro. A Figura 3.27 mostra esta situação:
mostra um vagão de trem entrando em um túnel cuja saída é fechada por um buffer.
Na armação fixada à terra o túnel e a carruagem têm o mesmo comprimento; isto
significa que a extremidade B da carruagem chega à entrada do túnel no momento do
choque. Como os eventos são absolutos, deve-se admitir que a chegada da
extremidade B do vagão à entrada do túnel também acontece – embora não seja
simultânea ao choque – na estrutura do vagão. Mas, como esse evento pode ser
concebido no quadro do vagão, onde o túnel é contratado e o vagão tem comprimento
máximo (comprimento próprio)?
conceito de Neste exemplo, a perplexidade aparece como consequência de se considerar o
rigidez não
tem sentido em
carro como um corpo rígido. A noção de rigidez não tem sentido em Relatividade,
Relatividade porque implica que a informação sobre as mudanças do estado de movimento de um
ponto pertencente a um corpo extenso pode ser comunicada “instantaneamente” ao
resto do corpo. Assim, a noção de rigidez entra em conflito com a relatividade da
simultaneidade e a impossibilidade de enviar informações em um
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 85

UMA

Figura 3.27. O carro impacta no buffer quando sua extremidade B entra no túnel. Como isso
pode ser entendido no quadro fixado ao vagão, onde o túnel é contraído e o vagão é mais
longo?

velocidade superior à velocidade da luz. A noção de corpo rígido só é consistente


no contexto da física clássica, onde a simultaneidade é absoluta, e a propagação
da informação em velocidade infinita é compatível com suas noções de espaço e
tempo.
O que acontece, então, quando a extremidade A do carro impacta no buffer?
A informação do choque começa a se propagar em direção ao resto do carro por
meio de ondas elásticas que viajam com a velocidade do som no material do qual o
carro é feito. Maiores velocidades de propagação podem ser obtidas aumentando a
“rigidez” dos materiais, mas a velocidade da luz nunca será alcançada. Desta forma,
a informação sobre o choque demorará um pouco até chegar ao resto do vagão;
este tempo será sempre maior que o tempo necessário para um raio de luz para a
mesma viagem. Enquanto a informação sobre o choque não chegar a um
determinado ponto do carro, o ponto continuará seu movimento como se o choque
não tivesse acontecido. Portanto, a extremidade B do vagão não apenas chega à
entrada do túnel, mas continua seu movimento e entra no túnel comprimindo o
comprimento do vagão. No quadro que segue o movimento da extremidade B do
carro (ou seja, o quadro que originalmente era o quadro próprio de todos os pontos
do carro) B entra no túnel quando a compressão está em estágio avançado; neste
momento, o comprimento do carro neste quadro não é mais o comprimento
adequado original. A Figura 3.28 mostra as linhas mundiais das extremidades da
carruagem no sistema de coordenadas S fixado na terra.
Em S, a extremidade B da carruagem entra no túnel no instante t = 0,
simultaneamente com o choque. No frame S indo com a extremidade B, a entrada
ocorre no tempo t = 0, após o início da compressão. O raio de luz que passa pelo
evento do choque também foi desenhado, a fim de indicar a velocidade máxima
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86 Espaço-Tempo de Einstein

Figura 3.28. Diagrama espaço-tempo para o movimento do vagão ferroviário no referencial terrestre, e
o raio de luz indicando a velocidade máxima de propagação da informação sobre o choque.

para a transmissão das informações para o resto do transporte. A evolução dos pontos
do carro após o recebimento desta informação dependerá das propriedades elásticas
e dissipativas do material e das condições de contorno impostas às oscilações.

3.15. EFEITO DOPPLER

Se os observadores se moverem em relação a uma fonte que emite sinais com


src frequência, eles receberão esses sinais com frequências diferentes. Esseobs.
fenômeno é chamado de efeito Doppler. Nesta seção, primeiro estudaremos o efeito
Doppler para ondas mecânicas em um meio material, no contexto clássico onde as
mudanças de sistemas de referência são governadas por transformações Galileo. O
resultado assim obtido será então corrigido para alcançar o efeito Doppler relativístico.

Seja uma onda mecânica se propagando em um meio isotrópico e homogêneo.


Se a velocidade de propagação for cs então as frentes de onda emitidas por uma
fonte pontual serão esferas de raio cst, onde t é o tempo decorrido desde a emissão.
Na Figura 3.29 uma fonte se move com velocidade usrc usrc < cs em relação ao meio;
um par de pulsos emitidos da fonte é exibido como visto no quadro fixado ao meio. O
1º pulso foi emitido do ponto A; após um tempo t, o pulso atinge um observador
movendo-se com velocidade uobs em relação ao meio ( uobs < cs .
Nesse ínterim, o 2º pulso foi emitido em um momento Tsrc após a
emissão do primeiro (Tsrc é o período de emissão da fonte), quando o
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 87

uobs
D
1º pulso

2º pulso eˆ

usrc Tsrc
UMA B
C ÿ eˆÿ usrc Tsrc

Figura 3.29. Propagação de uma onda mecânica no quadro fixado ao meio.

a fonte passou pelo ponto B depois de ter deslocado a distância usrcTsrc. Quando o 1º
pulso atinge o observador, o 2º pulso desenvolve então o raio cs t ÿTsrc .
Do ponto de vista do observador, o período Tobs é o tempo decorrido entre
a recepção de dois pulsos consecutivos. A Figura 3.29 mostra que o tempo Tobs é o
tempo necessário para a 2ª frente de onda cobrir a soma da distância mais o
deslocamento do observador ao longo da direção normal à frente de onda durante este
tempo Tobs:

cs Tobs = +eˆ ·uobsTobs (3,51)

Nesta equação a curvatura da frente de onda foi considerada desprezível.


A equação é exata para uma onda plana; em outro caso a equação é uma boa
aproximação quando o raio da frente é muito maior que o deslocamento do observador
ao longo da direção transversal a eˆ (basta exigir que t >> Tobs). Por outro lado, a Figura
3.29 mostra um triângulo isósceles ADC. Se AC for pequeno comparado com o raio cst
(pois basta que t >> Tsrc , então BC pode ser aproximado por eˆ · usrc Tsrc; assim, a
igualdade dos lados AD = CD é expressa como

eˆ ·usrc Tsrc +cs t ÿTsrc + = cst

Resolvendo em ambas as equações e igualando os resultados:

cs ÿuobs · eˆ Tobs = cs ÿusrc · eˆ Tsrc


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88 Espaço-Tempo de Einstein

ou, uma vez que a frequência é o inverso do período T:

clássico obs = src


(3,52)
efeito Doppler
cs ÿuobs · eˆ cs ÿusrc · eˆ

A Equação (3.52) descreve o efeito Doppler clássico. A freqüência observada coincide


com a freqüência da fonte somente se uobs·eˆ = usrc·eˆ, ou seja, se a velocidade
relativa uobs ÿ usrc for perpendicular à direção fonte-observador. Além disso, a Eq.
(3.52) mostra que a razão entre a frequência da fonte e aquela percebida pelo
observador separadamente depende das velocidades da fonte e do observador em
relação ao meio material. No entanto, se usrc e uobs são muito menores que cs ,
então o efeito Doppler clássico depende apenas, na ordem mais baixa de aproximação,
da velocidade relativa usrc ÿuobs. Na verdade:

uobs
1ÿ · eˆ
= cs uobs usrc · eˆ 1+ · eˆ 1ÿ
obs src src
usrc
1ÿ · eˆ cs cs
(3,53)
cs

uobs ÿusrc ·
eˆ 1ÿ src
cs

Gostaríamos de observar que todo o cálculo foi feito usando magnitudes medidas no
quadro fixado ao meio. Devido à invariância clássica de tempos e distâncias, os
tempos Tsrc e Tobs não requerem uma transformação para os quadros próprios da
fonte e do observador para terem o direito de serem chamados de período fonte e
período observado.
Consideremos agora o efeito Doppler para sinais luminosos que se propagam
no vácuo, em uma estrutura relativista. Na Relatividade, a luz não é considerada um
fenômeno mecânico; a descrição de sua propagação não reconhece nenhum quadro
privilegiado. Portanto, o deslocamento Doppler da frequência da luz não pode
depender de duas velocidades separadas, mas de uma única velocidade: a velocidade
V do observador em relação à fonte. Por outro lado, a luz se propaga com a mesma
velocidade c ao longo de todas as direções, qualquer que seja o sistema de referência.
Como consequência, os pulsos de luz emitidos por uma fonte pontual têm formato
esférico em todos os sistemas de referência. Então será prático trabalhar no sistema
de referência fixado na fonte. A Figura 3.29 e o cálculo anterior ainda são úteis, mas
no quadro de origem é usrc = 0V = uobs ÿ usrc = uobs, e os pulsos de luz são esferas
concêntricas. Neste quadro a Eq. (3.51) torna-se

ct = + V · et

onde é a distância entre pulsos consecutivos (é o comprimento de onda) medido no


quadro de origem: = cTsrc = srcÿ1 c, e t é o tempo decorrido entre duas recepções de
pulso consecutivas nas posições do observador. A primeira equação é exata se V for
paralelo a eˆ; em outros casos o observador transversal
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 89

deslocamento deve ser muito menor do que o raio do pulso esférico (ou seja,
a frente de onda pode ser aproximada por um plano). Resolvendo para t:

1
t=
V srcÿ1
1ÿ · eˆ
c

No quadro próprio do observador, o par de eventos envolvidos em t – as duas recepções


consecutivas de pulso pelo observador – acontecem na mesma posição. Portanto,
o tempo decorrido no quadro próprio do observador – que é o que o observador chama
ÿ1
período – é um tempo adequado: obs = Tobs = 1ÿV2/c2 1/2t. Então
relativista
V
1- ·E efeito Doppler
= c para luz
obs src (3,54) propagando em
V2 vácuo
1-
c2

Se V << c, a Eq. (3.54) aproxima-se da Eq. (3,53). Enquanto no Doppler clássico


efeito não há mudança de frequência se V = uobs ÿ usrc é perpendicular a eˆ (veja
Eq. (3.52)), na Relatividade há deslocamento de frequência mesmo que a velocidade relativa V
é perpendicular a eˆ, pois resulta da presença do fator V vindo
da dilatação do tempo. Este efeito Doppler transversal — = V src —
obstem

foi verificado experimentalmente, o que deve ser tomado como uma prova direta de tempo
dilatação.8
Como aplicação da transformação (3.54), consideremos o caso em que
a direção de propagação é paralela a V. Então V· eˆ = ±V para igual e
direções opostas. Substituindo na Eq. (3,54) resulta

V V
1- 1+
obs = c obs = c
se V · eˆ = V
V V se V · eˆ = ÿV (3,55a–b)
src
1+ src 1-
c c

Portanto, se o observador se afasta da fonte, diz-se que a luz é obs


< src e isso
“redshifted” (porque o vermelho é a frequência mais baixa do
espectro visível). Se o observador se aproximar da fonte, então e obs > src

diz-se que a luz é “blueshifted”.


O diagrama espaço-tempo na Figura 3.30 explica o resultado (3.55a). Um conjunto de
pulsos de luz que se propagam ao longo da direção xˆ ( V· eˆ = V ) são mostrados; o período
é T ou T dependendo da medição realizada em S ou S . O texto de
A Figura 3.30 descreve o estudo cinemático que leva à Eq. (3,55).

8
A primeira verificação experimental da presença do fator V na lei do efeito Doppler foi
realizada em 1938 por HE Ives e GR Stilwell.
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90 Espaço-Tempo de Einstein

ct ct'

'
ÿcT ' ÿ x = VÿT
cT'

3º pulso
VÿT'
cT

cT = cÿT' ÿVÿT' 2º pulso

1ÿV ÿ c x'
= cT'
1+ Vÿc

1º pulso

Figura 3.30. O tempo decorrido entre as passagens de dois pulsos consecutivos pela origem O
é T em S (por definição de período) e t = T em S (por causa da dilatação do tempo). Durante
este tempo, a distância doo medida em S aumenta
subtraindo .tdistância
x =oVtempo
=VT usado
O período
VTpela
de Tluz
é calculado
para percorrer a
.

3.16. TRANSFORMAÇÃO DE RAIOS DE LUZ

Uma onda de luz plana periódica que se propaga no vácuo é caracterizada por sua
frequência e sua direção de propagação nˆ (perpendicular às frentes de onda planas).
Sempre que uma onda é plana em um referencial S, também será plana em outro
referencial S, transladando uniformemente em relação a S, porque as transformações de
coordenadas são lineares. No entanto, sua frequência e direção de propagação serão
diferentes em cada sistema de referência.
A transformação de frequência já foi estudada na seção anterior, onde enfatizamos
que o raciocínio que leva à Eq. (3.54) é exata se a onda for plana. Substituindo eˆ por nˆ
em (3.54), resulta

V V
1ÿ · nˆ 1+ · nˆ
transformação = c = c
de frequência para luz em V2 (3.56a-b)
vácuo
1ÿ c2 V2 1ÿ
c2

A transformação inversa (3.56b) foi obtida mantendo a estrutura de (3.56a) e substituindo


V por ÿV, pois nem S nem S são privilegiados de forma alguma.
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 91

Consideremos a transformação da direção de propagação


(aberração da luz). Já foi mencionado que a velocidade do raio se forma como uma
velocidade de partícula. No vácuo, a direção do raio coincide com a
direção de propagação em qualquer sistema de referência, então a velocidade do raio é u = cnˆ.
Se, como de costume, o eixo x é definido pela direção V, e o eixo y é escolhido em
de tal forma que o raio se propague no plano x-y, então ux = c cos uy =
c sin uz = 0, onde é o ângulo de V para u no sentido anti-horário
direção. Aplicando a transformação relativística de velocidades (3,42-3,43) é
obtido:

V V2
algo - 1- sem
c c2 aberração da
algo = sem = (3.57a-b)
V V luz no vácuo
1ÿ cos 1- algo
c c

ou

V2
1- sem
c2
tg = V (3,57c)
algo -
c

A equação (3.57c) pode ser comparada com o resultado clássico (2.22). no entanto
deve-se notar que na Eq. (2.22) mede a direção do raio na
quadro éter, enquanto nas Eqs. (3.57) mede a direção do raio de forma arbitrária
frame S. Na Relatividade, a mudança da direção do raio implica na mudança de
orientação das frentes de onda, uma vez que o raio no vácuo deve ser perpendicular
à frente de onda em qualquer sistema de referência. Ao contrário, na teoria do éter
o raio era perpendicular à frente de onda apenas no quadro de éter, e o
aberração da luz não implicou mudança de orientação das frentes de onda
(ver Figura 2.9).
É esclarecedor mostrar que a mudança da direção de propagação da luz no vácuo
também pode ser obtida sem invocar a identidade com o
direção do raio ou a transformação das velocidades das partículas. Na verdade, podemos começar
das Eqs. (3.56), onde apenas as características ondulatórias da luz desempenharam um papel.
Multiplicando as Eqs. (3.56a) e (3.56b) as frequências se cancelam e uma relação
entre as direções de propagação surge:

V2 V V
1ÿ = 1ÿ ·nˆ 1+ ·nˆ
c2 c c

Substituindo V ·nˆ = V cos e V ·nˆ = V cos , rende

V
ÿV = cos ÿ cos - cos cos
c c

Resolvendo para cos , obtém-se o resultado da Eq. (3.57a).


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92 Espaço-Tempo de Einstein

3.17. TRANSFORMAÇÃO DE UMA ONDA PLANA

Em vez de considerar uma onda de luz se propagando no vácuo, podemos tentar com
uma onda plana periódica de natureza diferente. Em seguida, para uma descrição completa,
a velocidade de fase w deve ser adicionada à frequência e à direção de
propagação nˆ (perpendicular às frentes de onda planas). Além disso, temos que
distinguir o ângulo entre o raio e o eixo x do ângulo entre
a direção de propagação e o eixo x.
Revendo a maneira de obter as Eqs. (3.56a-b) em §3.15, notamos que
eles permanecerão válidos para qualquer onda plana periódica se substituirmos c por fase
velocidade w:

V V
frequência 1- ·nˆ ·nˆ 1+
transformação = Dentro
= Dentro

para um avião (3.58a-b)


aceno V2 V2
1ÿ 1-
c2 c2

(claro, o coeficiente c no fator V não deve ser , que vem da dilatação do tempo,
substituído).
Para obter a transformação da velocidade de fase, vamos começar por
estudando o caso em que w e w são menores que c. Neste caso há
existirá um referencial S¯ movendo-se com velocidades w nˆ e w nˆ relativas a S e S ¯
respectivamente, onde as frentes de onda estão em repouso. Neste quadro, o comprimento
de onda é um comprimento adequado, por isso está relacionado com e através das equações

Dentro
2 ¯ w2 ¯
= 1ÿ = 1 ÿc2 ÿw=w
c2

Como = ÿ1w, resulta

ÿ1 ÿ1
acima de = acima (3,59)

Multiplicando as Eqs. (3.58a) e (3.59) obtemos a transformação relativística da


velocidade de fase:

ww = V wwÿV cos (3.60a)

sendo a transformação inversa

ww = V ww +V cos (3.60b)

Podemos resolver para w na Eq. (3.60a) invertendo e elevando ao quadrado:

transformação
c4 c2 ÿV2 c2 ÿw2
= c2 + (3,61)
de fase em
2
w -V cos 2
velocidade

Queremos observar que tanto w quanto w na Eq. (3.61) são menores que
c ou maior que c. Na verdade, a transformação (3.61) também é válida quando w e w
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 93

9
são maiores que c, uma vez que a Eq. (3.59) é significativo mesmo neste caso. Na verdade, se
a velocidade de fase é maior que a velocidade da luz, então existirá um quadro
S, movendo-se com velocidades c2/w nˆ e c2/w nˆ em relação a S e S, respectivamente,
ÿ1
onde o período T = é máximo. Conforme mostrado na Figura 3.31, as relações
,
entre os períodos T, T e T assemelham-se aos dos comprimentos de onda, , e; então
obtém-se:

ÿ1 ÿ1
c2 /w = c2 /w

que é apenas uma maneira diferente de escrever a Eq. (3,59).


A transformação da direção de propagação pode ser obtida a partir de
a multiplicação de (3.58a) e (3.58b), ou (3.60a) e (3.60b) também. O
resultado é

c2 c2 c2V _
-V = algo - algo - cos cos
Dentro Dentro acima de

(b)
(uma) ct ct ct ct

uma Tc
uma cT
3ª frente
ÿ

x x
ÿ
2ª frente
uma
uma

x x

3ª frente 2ª frente 1ª frente 1ª frente

Figura 3.31. (a) Uma onda plana se propaga no referencial S com velocidade de fase w < c. No quadro S (tg
= w/c), as frentes de onda estão em repouso e o comprimento de onda é máximo porque é um comprimento adequado.
(b) Quando a velocidade de fase é w > c, existe um referencial S tal que tg = c/w (isto é, S se move com velocidade
c2/w
¯ em relação a S), onde o período é máximo. De fato, a relação T/T tem a mesma natureza que
/ , uma vez que os diagramas (a) e (b) diferem apenas pela troca de coordenadas espaciais e temporais.

9
Velocidades de fase maiores que c ocorrem quando a luz se propaga em uma região limitada (guias de onda) ou
em meios dispersivos. Nestes casos, a velocidade de fase w = varia com a frequência. Como consequência,
diferentes componentes monocromáticos de um pulso de luz têm diferentes velocidades de fase, o que produz
a deformação do pulso durante a propagação. Essa característica dificulta o estudo de
a velocidade da energia transportada pelo pulso (veja Brillouin, 1960). No entanto, se o pulso for composto por
componentes de comprimentos de onda semelhantes
o, ÿ e o meio não exibe "dispersão anômala"

para esses comprimentos de onda, então a velocidade da energia transportada pelo pulso é bem caracterizada pela
ÿ1
velocidade de grupo u ÿ d /d o, que acaba sendo menor que c.
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94 Espaço-Tempo de Einstein

ou seja,

c2
cos-V
c2 Dentro
cos = (3,62)
Dentro
V
1ÿ cos em

Quadratura Eq. (3.62) e subtraindo-o da Eq. (3.61), resulta

V2 c2
1- sem
c2 c2 Dentro

sem = (3,63)
Dentro
V
1- algo
Dentro

Finalmente, o quociente das Eqs. (3.63) e (3.62) leva à transformação do


direção de propagação:

transformação V2
1- sem
da direção
c2
de propagação tg = (3,64)
wV
algo -
c2

No limite de Galileu (c ÿ ) a direção de propagação não muda,


e a velocidade de fase se transforma como w = w ÿV cos .
Por outro lado, a velocidade do raio se transforma em velocidade de partícula.
2
= você
2 2
escrevendo x + você e e usando ux = u cos uy = u sen nas Eqs. (3,42-3,43),
u resulta que o módulo da velocidade do raio se transforma de acordo com

c4
c2 ÿV2 c2 ÿ u2
transformação 2

da velocidade do raio você = c2 + (3,65)


2
c2
-V cos
você

enquanto a mudança da direção do raio produz

V2
1- sem
você _
= c2
transformação tg = (3,66)
você
V
da direção do raio x algo -
você

As equações (3.61-3.66) exibem a seguinte propriedade notável: se a fase


velocidade w e velocidade do raio u cumprem a relação u = c2/w, então as transformações
(3.61) e (3.65) manterão essa relação em qualquer sistema de referência, e as transformações (3.64)
e (3.66) dirão que a direção de propagação se transforma,
um especial nesse caso, como a direção do raio. Se um pulso é construído de tal forma que o grupo
dispersão ÿ1
relação
velocidade d/d a o) descreve adequadamente a propagação de energia (ver Nota 9), então
velocidade do raio será identificada com a velocidade de grupo, e a relação u = c2/w
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Espaço e Tempo na Relatividade Especial 95

surgirá quando a relação de dispersão for In = c2 ÿ2 +constante 1/2. 10


particular, se a constante for zero resulta a relação de dispersão para a propagação da luz
no vácuo, onde a condição u = c2/w é trivialmente satisfeita porque
tanto u como w são iguais a c. A propriedade examinada é a consequência da
existência de uma velocidade finita invariante; portanto, falta-lhe o análogo galileu
(em particular a direção de propagação é uma invariante galileana, mas o raio
mudanças de direção sob transformações de Galileu).

3.18. PROPAGAÇÃO DE LUZ EM MEIOS MATERIAIS

As transformações (3.61, 3.64-3.66) podem ser aplicadas à propagação da luz dentro de um


substância transparente isotrópica de índice de refração n. A velocidade de fase é wo = c/n
no quadro Então onde a substância está em repouso; este valor coincide com o
velocidade do raio em Então , se a substância é não dispersiva. Por outro lado, o
direção do raio é igual à direção de propagação em Então, portanto, não é
necessário distingui-los. Num sistema de referência S em que a substância
move-se com velocidade V = V xˆ, velocidade de fase e a direção de propagação
são dadas pelas transformações inversas de (3.61) e (3.64):

c4 c2 ÿV2 n2 ÿ1
= c2 + (3,67)
w2 2
nV
1+ algo
o
c

V2
1- sem
o
c2
tg = V (3,68)
algo
o
+
nc

enquanto a velocidade e a direção do raio em S são

c2 ÿV2 1ÿnÿ2
u2 = c2 ÿ
2 (3,69)
V
1+ algo
o
nc

V2
1ÿ sen c2
o

tg = nV (3,70)
algo
o
+
c

10
Esta relação de dispersão acontece na Mecânica Quântica para a partícula relativística como consequência da
ÿ1
identificação E ÿ hp ÿ h proposta por L. de Broglie, onde h é Planck
constante (ver Eq. (6.25)). Observamos que uma relação de dispersão tal que u = c2/w implica que a fase
a velocidade é infinita no referencial que se move com velocidade de grupo u.
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96 Espaço-Tempo de Einstein

A transformação de frequência resulta de (3.58b):

nV
1+ algo
o
= c
o
(3,71)
V2
1ÿ
c2

Velocidade V nas Eqs. (3,67-3,71) não é uma velocidade relativa entre dois
sistemas de referência arbitrários, mas a velocidade da substância transparente relativa
para o quadro S; oe não indique
o
a direção do raio e a frequência em
um referencial arbitrário, mas no referencial de substância So. De forma alguma isso implica
o abandono do espírito de Relatividade, porque a presença de um material
o meio naturalmente privilegia o quadro de substância do resto dos quadros.
O que importa é que a velocidade V em (3,67-3,71) não é uma propriedade absoluta do referencial
Então, mas sua velocidade em relação a um referencial
arbitrário S Para aplicar essas transformações à refração do raio, deve-se notar
A lei de Snell em que a lei de Snell (2.1) no eletromagnetismo vem da aplicação da lei de Maxwell
Relatividade
leis para mídia contínua no quadro onde a substância transparente está
descanso (qualquer que seja este quadro). Portanto, o uso da Eq. (2.1) só é válido em
11
o quadro próprio da substância Então. Em vez disso, na física clássica, a lei de Snell foi
aplicável apenas se a substância estava em repouso “absoluto”, uma vez que a equação de onda
era válido apenas no quadro de éter. Conforme enfatizado no Capítulo 2, os resultados da
os experimentos de Arago e Airy nada mais são do que a confirmação de que Snell
lei é verificada no quadro próprio da substância transparente. Mesmo assim, o
noções clássicas de espaço e tempo forçadas a interpretar esses resultados experimentais
recorrendo a uma combinação complicada de refração e arrasto parcial
de éter.

11
Da mesma forma, a lei de reflexão é válida apenas no quadro Assim fixado à superfície refletora.

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