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1. Leis de Newton
Até o momento estudamos vários tipos de movimento sem no entanto nos
preocuparmos com suas causas. Já sabíamos intuitivamente que para se modificar o
movimento de um corpo é necessária a ação de um agente externo. De fato, na ausência
completa de ação externa, o corpo permanece num estado de movimento constante. A
maneira pela qual o agente externo age sobre o corpo é através da atuação de uma força.
Portanto, a força nada mais é do que a quantificação da ação de um corpo sobre outro.
A força pode ser definida como uma grandeza física capaz de alterar o estado de
movimento de um corpo ou a forma deste corpo. O estado de movimento de um corpo
é caracterizado pelo seu momentum linear, que é definido como:
P m v (2)
de forma que a existência de uma força produz alterações em P
Se a força resultante que atua sobre uma partícula não for nula, a partícula terá uma aceleração
proporcional à intensidade da resultante e na mesma direção dessa força resultante.
Se o experimento for repetido com forças F2, F3, ... de diferentes intensidades ou
direções, constatamos que, para cada caso, a partícula se move na direção e sentido da
força que atua sobre ela e que as intensidades a a1 , a 2 e a 3 das acelerações são
proporcionais às intensidades F1, F2, F3, ... das forças correspondentes
Figura 1
F1 F2 F3 F
.......... n cons tan te (2)
a1 a 2 a3 an
F
d
mv (5),
dt
L m v (6)
F L
d
(7)
dt
Deve-se notar que a massa da partícula foi assumida como sendo constante
portanto, não devem ser utilizadas para resolver problemas envolvendo o
movimento de corpos, tais como foguetes, que ganham ou perdem massa.
Problemas desse tipo serão considerados noutros capitulos em que a taxa de
d
variação da quantidade de movimento linear mv é zero quando ( F ) 0 .
dt
Portanto, se a força resultante que atua sobre a partícula é zero, a quantidade de
movimento linear dessa partícula permanece constante tanto em intensidade
quanto em direção e sentido. Esse é o princípio da conservação da quantidade de
movimento linear para uma partícula, que pode ser reconhecido como um
enunciado alternativo da primeira lei de Newton .
FR m a (8)
Equação essa que relaciona as forças que atuam sobre a partícula e o vetor ma .
Entretanto, para resolver problemas que envolvem o movimento de uma
partícula, é mais conveniente substituir a Eq. (8) por equações equivalentes que
incluem quantidades escalares a saber:
a) Componentes retangulares
Estas se obtem decompondo cada força F e a aceleração a em componentes
retangulares, e escrevemos
( Fx i Fy j Fz k ) m(a x i a y j a z k ) (9) Da qual se segue:
F x ma x F y ma y F z ma z (10)
Relembrando apenas que os componentes da aceleração são iguais às derivadas
segundas das coordenadas da partícula.
b) Componentes normal e tangencial.
F t mat F n ma n onde
dv v2
Ft m dt
Fn m
(11)
Figura 2
No caso de forças coplanares, todos os vetores mostrados, incluindo o vetor de inércia, podem
ser traçados no padrão ponta-a-cauda para formar um polígono de vetores fechado. Ou então
as somas dos componentes de todos os vetores da Fig. 2, incluindo novamente o vetor de
inércia, podem ser igualadas a zero. Usando componentes retangulares, escrevemos,
portantQuando os componentes tangencial e normal são utilizados, é mais conveniente
representar o vetor de inércia por seus dois componentes mat . O componente tangencial do
vetor de inércia fornece uma medida da resistência que a partícula oferece a uma mudança na
velocidade escalar, enquanto seu componente normal (também chamado de força centrífuga)
representa a tendência da partícula de abandonar sua trajetória curvilínea.
Figura 3
que vai ser positivo ou negativo de acordo com o sentido em que a partícula se
mover em relação a O. Se forem usadas coordenadas polares, decompomos a
quantidade de movimento linear da partícula em componentes radial e
transversal e escrevemos:
H O rmv sin rmv (17) mas tomando em conta que v r
H O mr 2 (18)
Caso os vetores v e mv são colineares, o primeiro termo da expressão obtida é
zero e, pela segunda lei de Newton, ma é igual à soma F das forças que atuam
sobre P. Observando que r e F representa a soma M O dos momentos em
relação a O dessas forças, escrevemos
MO HO (19)
A Eq. (19), que resulta diretamente da segunda lei de Newton, afirma que a soma
dos momentos em relação a O das forças que atuam sobre a partícula é igual à taxa de
variação do momento da quantidade de movimento, ou quantidade de movimento angular,
da partícula em relação a O.
Anexos
Exemplos