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EMEI34 – LABORATÓRIO DE SISTEMA TÉRMICOS II

ROTEIRO DA AULA PRÁTICA LABORATÓRIAL 2

TRABALHO E EFICIÊNCIAS DE COMPRESSORES A PISTÃO

N Equipe Matrícula Nome Completo Assinatura

2 2020010821 Agenor Nonato Guedes


Torres
2 2020019881 Jessika Rosa Da Silva

2 2019000958 Maria Elena Pereira

2 2020005652 Matheus Fernandes de


Miranda
2 2020015873 Thiago Carvalho Ramos

DATA DA REALIZAÇÃO DO ENSAIO: 2023

COORDENADOR DE LABORATÓRIO

PROF. DR. RUBÉN ALEXIS MIRANDA CARRILLO


Laboratório de Refrigeração, Ar Condicionado e Ventilação Industrial- Labravi

ROTEIRO DA AULA PRÁTICA LABORATÓRIAL 2:

TRABALHO E EFICIÊNCIAS DE COMPRESSORES A PISTÃO

1. Introdução
Um sistema de ar comprimido genérico pode ser basicamente representado por três partes:
geração, distribuição e uso final. A geração consiste em compressores acionados por motores
elétricos, controles para regular a quantidade de ar comprimido produzida e equipamentos de
tratamento que removem contaminantes desse ar.
A distribuição é responsável por transportar quantidades suficientes de ar limpo, seco, estável
e de pressão adequada. Após as etapas de geração e distribuição, existe uma gama muito extensa
de aplicações do uso final do ar comprimido, sendo possível citar: acionamento de ferramentas
em sistemas pneumáticos, acionamento mecânico e comando de válvulas em sistemas de
controle, jateamento, operações com sopro de ar, operações de inspeção, teste e limpeza, entre
outros.
Percebe-se que os componentes que de fato demandam a maior parte de energia elétrica para
o funcionamento de sistemas de compressão de ar são os compressores. Eles podem ser
definidos como estruturas mecânicas industriais destinadas, essencialmente, a elevar a energia
utilizável de gases, pelo aumento de sua pressão. Com relação ao princípio construtivo, esses
equipamentos podem ser classificados como Compressores de Deslocamento Positivo ou
Volumétricos e Compressores de Deslocamento Dinâmico
Nos Compressores de Deslocamento Positivo ou Volumétricos, a elevação de pressão é
conseguida através da redução do volume ocupado pelo gás. Inicialmente, certa quantidade de
gás é admitida no interior de uma câmara de compressão, que então é cerrada e sofre redução
de volume. Por fim, a câmara é aberta e o gás liberado para consumo. Trata-se, pois, de um
processo intermitente, no qual a compressão propriamente dita é efetuada em sistema fechado,
isto é, sem qualquer contato com a sucção e a descarga.
Referente aos Compressores de Deslocamento Dinâmico, há dois órgãos principais, a saber: o
impelidor e o difusor. O impelidor é um órgão rotativo munido de pás que transfere ao ar a
energia recebida de um acionador. Essa transferência de energia se faz em parte na forma
cinética e em outra parte na forma de entalpia. Posteriormente, o escoamento estabelecido no
impelidor é recebido por um órgão fixo denominado difusor, cuja função é promover a
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transformação da energia cinética do ar em entalpia, com consequente ganho de pressão. Os


compressores dinâmicos efetuam o processo de compressão de maneira contínua, e, portanto
corresponde exatamente ao que se denomina, em termodinâmica, um volume de controle Fonte:
Dos Santos, Andréia Crico ET.al., (2013). “Estudo Comparativo entre a Eficiência Energética
de Compressores Operando com o Ar em Diferentes Temperatura” XI CEEL, Universidade
Federal de Uberlândia - UFU – ISSN 2178-8308.

2. Objetivos
❖ Conhecer operação e funcionamento de um compressor a pistão.
❖ -Determinar os trabalhos e as eficiências de um compressor a pistão.

3. Equipes
Turma T01: 1 Equipe de 5 alunos para TP.
Turma T02: 3 Equipes de 5 alunos e 1 Equipes de 4 alunos para TP.

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4. Procedimento de Ensaio
Os procedimentos para o ensaio são os seguintes:

Figura 1. Diagrama esquemático do compressor.

1. Com a válvula de descarga ainda completamente aberta, usar o Motor


elétrico/dinamômetro para lentamente aumentar a velocidade do compressor para 1000
rpm, 1500 rpm, 2000 rpm, 2500 rpm, 3000 rpm e 3500 rpm.
2. Fechar lentamente a válvula de descarga por alguns segundos até a pressão do
reservatório alcançar 1 bar. Abrir lentamente a válvula de descarga para ajustar a taxa
de vazão a fim de manter a pressão em 1 bar. Verificar a velocidade do compressor e
reajustá-la, se necessário.
3. Verificar novamente a pressão e a velocidade e esperar o sistema estabilizar. Para a
obtenção de bons resultados a velocidade deverá ser precisa (variação de no máximo
±10 rpm); a pressão poderá ser aproximada. É mais importante o sistema ficar estável
a uma determinada velocidade do que ter uma pressão de entrega exata. Ainda, o
sistema terá uma constante de tempo longa, portanto, levará muito tempo para pressão
mudar e as condições estabilizarem cada vez que a válvula for ajustada.
4. Observar a temperatura de saída do compressor, quando ela for estável o sistema estará
estável.
5. Novamente, fechar lentamente a válvula de descarga até a pressão alcançar
aproximadamente 2 bar e, em seguida, abrir lentamente a válvula para obter uma taxa
de vazão que mantenha a pressão em aproximadamente 2 bar. Verificar a velocidade do
compressor e reajustá-la, se necessário. Registrar todas as leituras quando o sistema
ficar estável.
6. Repetir este procedimento para pressões de 3, 4, 5, 6 e 7 bar (máxima).

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7. Parar o motor elétrico/dinamômetro e fechar lentamente a válvula de descarga a fim


de manter um pouco de pressão no reservatório. Isto despressurizará o sistema e escoará
qualquer condensado existente (vapor de água condensado). Obs.: Não usar a válvula
de descarga para despressurizar o reservatório para não danifica-la.

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5. Procedimento de Cálculo
Dados de Entrada:
A1 = 0,000581 m2 - Área na entrada da placa de orifício
A2 = 0,000123 m2 - Área da secção interna da placa de orifício
Cd = 0,61 - Coeficiente de descarga da placa de orifício
Rar = 287 J/kg.K - Constante do ar
Cv,ar = 718 J/kg.K - Calor específico a volume constante do ar
k = 1,4 - Relação de calores específicos
Vd = 0.00018 m3/volta - Volume deslocado

P2 = 2 bar (Grupo 1); nrpm = 0 até 3600rpm (Grupo 1);


P2 = 3 bar (Grupo 2); nrpm = 0 até 3600rpm (Grupo 2);
P2 = 4 bar (Grupo 3); nrpm = 0 até 3600rpm (Grupo 3);
P2 = 5 bar (Grupo 4); nrpm = 0 até 3600rpm (Grupo 4);
P2 = 6 bar (Grupo 5); nrpm = 0 até 3600rpm (Grupo 5);
P2 = 7 bar (Grupo 6); nrpm = 0 até 3600rpm (Grupo 6);

Diagrama Esquemático da Bancada de Ensaios

Figura 2. Diagrama esquemático da bancada de ensaios.

Na Figura 2 é mostrado o Diagrama esquemático da bancada de ensaios juntamente com a


nomenclatura utilizada:

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T1 = T01 - Temperatura do ar na entrada do compressor;


T2 = T02 - Temperatura do ar na saída do compressor;
T3 = T03 - Temperatura do ar na saída do reservatório;
T4 = T04 - Temperatura ambiente;
P1 = P01 - Diferença de pressão na placa de orifício;
P2 = P02 - Pressão interna do reservatório;
P4 = P04 - Pressão atmosférica absoluta.

• Coeficiente da Politrópica

1
𝑛=
𝑇
𝑙𝑛 (𝑇2 )
1
1− 𝑃 +𝑃
𝑙𝑛 ( 2 𝑃 4 )
4

Sendo:
T1 - Temperatura do ar na entrada do compressor em K
T2 - Temperatura do ar na saída do compressor em K
P2 - Pressão no interior do reservatório em Pa
P4 - Pressão ambiente em Pa

Da prática 1, tem-se:
T1 = 20°C = 293,15 K
T2 = 114,25°C = 387,40 K
P2 = 300 kPa = 300 000 Pa
P4 = 101,325 kPa = 101 325 Pa

1 1
𝑛= =
𝑇 387,40
𝑙𝑛 (𝑇2 ) 𝑙𝑛 ( )
1 293,15
1− 1−
𝑃2 + 𝑃4 300000 + 101325
𝑙𝑛 ( 𝑃 ) 𝑙𝑛 ( )
4 101325

n = 1,254

• Massa Específica na Entrada da Placa de Orifício

𝑃4 +△ 𝑃1 𝑚3
𝜌3 = [ ]
𝑅𝑎𝑟 𝑇3 𝑘𝑔
Sendo:

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P4 - Pressão ambiente em Pa
P1 - Diferença de pressão na placa de orifício em Pa

**Considerar a diferença de pressão na placa de


orifício de 0 até 80 mm Hg;

Rar - Constante do ar igual a 287 J/kg.K


T3 - Temperatura do ar na saída do reservatório em K

Tem-se:

P4 ( P a m b ) = 101,325 kPa = 101 325 Pa


P1 = P1 = 40mmHg (CONSIDERADO) = 5332,9 Pa
T3 será calculado através da fórmula :
𝑛 −1 𝑛 −1
𝑇03 𝑃03 𝑛 𝑃03 𝑛
= (𝑃 ) ⟶ 𝑇03 = 𝑇02 ∗ (𝑃 )
𝑇02 02 02

Onde:
T02 = 387,40 K (Prática 1)
P02 = 300 kPa = 300 000 Pa (Prática 1)
P03 = P1 = 40mmHg (CONSIDERADO) = 5332,9 Pa

1,4−1
5332,9 1,4
𝑇03 = 387,40 ∗ ( )
300000
T03 = 122,49 K

𝑃4 +△ 𝑃1 101325 + 5332,9
𝜌3 = =
𝑅𝑎𝑟 𝑇3 287 ∗ 122,49

ρ3 = 3,034 m³/kg

• Vazão Volumétrica de Ar

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1
2
2 △ 𝑃1 𝑚3
𝑉𝑎̇𝑟 = 𝐶𝑑 𝐴𝑡 [ ]
𝐴2 𝑠
𝜌3 ( 12 )
[ 𝐴2 ]

Sendo:
Cd - Coeficiente de descarga da placa igual a 0,61
A1 - Área na entrada da placa de orifício igual a 0,000581 m2
A2 - Área da secção interna da placa de orifício igual a 0,000123 m2
P1 - Diferença de pressão na placa de orifício em Pa
3 - Massa específica na entrada da placa de orifício em kg/m3

Tem-se:

P1 = P1 = 40mmHg (CONSIDERADO) = 5332,9 Pa


ρ3 = 3,034 m³/kg

1 1
2 2
2 △ 𝑃1 2 ∗ 5332,9
𝑉𝑎̇𝑟 = 𝐶𝑑 𝐴1 = 0,61 ∗ 0,000581 [ ]
𝐴12 0,000581²
𝜌 ( ) 3,034 ∗ ( )
[ 3 𝐴22 ] 0,000123²

𝑉𝑎̇𝑟 = 0,00445m³/s

• Vazão Mássica de Ar

̇ = 𝜌3 ∗ 𝑉𝑎̇𝑟
𝑚𝑎𝑟

Onde:
ρ3 = Massa específica na entrada da placa de orifício em kg/m³;
𝑉𝑎̇𝑟 = Vazão volumétrica de ar em m³/s.

̇ = 3,034 ∗ 0,00445
𝑚𝑎𝑟

𝑚𝑎𝑟
̇ = 0,0135 Kg/s

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• Trabalho Isotérmico

𝑷𝟐+ 𝑷𝟒
𝑾̇𝒊𝒔𝒐 = 𝒎̇ 𝒂𝒓 𝑹𝒂𝒓 𝑻𝟏 𝒍𝒏 ( ) 𝝆𝟑 𝑽̇𝒂𝒓 [𝑾]
𝑷𝟒

Sendo:
mar - Vazão mássica de ar em kg/s
Rar - Constante do ar igual a 287 J/kg.K
T1 - Temperatura do ar na entrada do compressor em K
P2 - Pressão no interior do reservatório em Pa
P4 - Pressão ambiente em Pa

𝟑𝟎𝟎 𝟎𝟎𝟎 + 𝟏𝟎𝟏 𝟑𝟐𝟓


𝑾̇𝒊𝒔𝒐 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟑𝟓 ∗ 𝟐𝟖𝟕 ∗ 𝟐𝟗𝟑, 𝟏𝟓 ∗ 𝒍𝒏 ( ) 𝟑, 𝟎𝟑𝟒 ∗ 𝟎, 𝟎𝟎𝟒𝟒𝟓
𝟏𝟎𝟏 𝟑𝟐𝟓
𝑾̇𝒊𝒔𝒐 = 𝟓𝟐, 𝟒𝟎𝟓𝟔𝟑𝐖

• Perda por Transferência de Calor

𝒌−𝟏
( )
𝑷𝟐+ 𝑷𝟒 𝒌
𝑸̇𝒑𝒆𝒓𝒅𝒂𝒔 = 𝒎̇ 𝒂𝒓 𝑪𝑽 ,𝒂𝒓 [𝑻𝟏 ( ) − 𝑻𝟐 ] [𝑾]
𝑷𝟒

Sendo:

mar - Vazão mássica de ar em [kg/s]


Cv,ar - Calor específico do ar a volume constante igual a 718 J/kg.K
T1 - Temperatura do ar na entrada do compressor em K
T2 - Temperatura do ar na saída do compressor em K
P2 - Pressão no interior do reservatório em Pa
P4 - Pressão ambiente em Pa
k - Relação de calores específicos do ar igual a 1,4
𝟏,𝟒−𝟏
𝟑𝟎𝟎 𝟎𝟎𝟎 + 𝟏𝟎𝟏 𝟑𝟐𝟓 ( 𝟏,𝟒
)
𝑸̇𝒑𝒆𝒓𝒅𝒂𝒔 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟑𝟓 ∗ 𝟕𝟏𝟖 [ 𝟐𝟗𝟑 , 𝟏𝟓 ( ) − 𝟑𝟖𝟕, 𝟒𝟎] [𝑾]
𝟏𝟎𝟏 𝟑𝟐𝟓

𝑸̇𝒑𝒆𝒓𝒅𝒂𝒔 = 𝟒𝟓𝟓, 𝟓𝟏𝟓𝟐𝟗[𝑾]

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• Eficiência Volumétrica

V ar
vol = n 7)
rpm
Vd
2  60
Sendo:
Var - Vazão volumétrica de ar em m3/s
Vd - Volume deslocado pelo compressor por volta em m3/volta
nrpm - Rotação do compressor em rpm
ndin - Rotação do motor elétrico / dinamômetro em rpm

• Para 1000 rpm:


̇
𝑉𝑎𝑟 0,00445
𝜂𝑣𝑜𝑙 = 𝑛 = = 2,97
𝑟𝑝𝑚 1000
𝑉 ∗ 0,00018
2 ∗ 60 𝑑 2 ∗ 60
• Para 1500 rpm:
𝑉𝑎𝑟̇ 0,00445
𝜂𝑣𝑜𝑙 = 𝑛 = = 1,98
𝑟𝑝𝑚 1500
𝑉𝑑 ∗ 0,00018
2 ∗ 60 2 ∗ 60

• Para 2000 rpm:


̇
𝑉𝑎𝑟 0,00445
𝜂𝑣𝑜𝑙 = 𝑛 = = 1,48
𝑟𝑝𝑚 2000
𝑉
2 ∗ 60 𝑑 2 ∗ 60 ∗ 0,00018

• Para 2500 rpm:


̇
𝑉𝑎𝑟 0,00445
𝜂𝑣𝑜𝑙 = 𝑛 = = 1,19
𝑟𝑝𝑚 2500
2 ∗ 60 𝑉𝑑 2 ∗ 60 ∗ 0,00018

• Para 3000 rpm:


̇
𝑉𝑎𝑟 0,00445
𝜂𝑣𝑜𝑙 = 𝑛 = = 0,989
𝑟𝑝𝑚 3000
𝑉 ∗ 0,00018
2 ∗ 60 𝑑 2 ∗ 60

• Para 3500 rpm:


̇
𝑉𝑎𝑟 0,00445
𝜂𝑣𝑜𝑙 = 𝑛 = = 0,848
𝑟𝑝𝑚 3500
2 ∗ 60 𝑉𝑑 2 ∗ 60 ∗ 0,00018

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• Eficiência Mecânica
• • •
W eixo −W atr − Qperdas
m = • 8)
W eixo
Sendo:
Weixo - Potência de eixo em W
Watr - Potência de atrito em W
Qperdas - Perdas por transferência de calor em W

• Para 1000 rpm:

17,645 − 1,765 − 455,51529


𝑛𝑚 = = −24,916%
17,645

• Para 1500 rpm:

26,467 − 2,647 − 455,51529


𝑛𝑚 = = −16,310%
26,467

• Para 2000 rpm:

35,409 − 3,541 − 455,51529


𝑛𝑚 = = −11,964%
35,409

• Para 2500 rpm:

44,038 − 4,404 − 455,51529


𝑛𝑚 = = −9,444%
44,038

• Para 3000 rpm:

52,988 − 5,299 − 455,51529


𝑛𝑚 = = −7,696%
52,988

• Para 3500 rpm:

61,799 − 6,180 − 455,51529


𝑛𝑚 = = −6,471%
61,799

A potência de atrito pode ser aproximada com razoável segurança como cerca de 10% da
potência de eixo, através da equação:
𝑊̇𝑎𝑡𝑟 = 0,1𝑊̇𝑒𝑖𝑥𝑜 9)
• Para 1000 rpm:
𝑊̇𝑎𝑡𝑟 = 0,1 ∙ 17,645→ 𝑾̇𝒂𝒕𝒓 = 𝟏, 𝟕𝟔𝟓𝐖

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• Para 1500 rpm:


𝑊̇𝑎𝑡𝑟 = 0,1 ∙ 26,467→ 𝑾̇𝒂𝒕𝒓 = 𝟐, 𝟔𝟒𝟕𝐖

• Para 2000 rpm:


𝑊̇𝑎𝑡𝑟 = 0,1 ∙ 35,409→ 𝑾̇𝒂𝒕𝒓 = 𝟑, 𝟓𝟒𝟏𝐖

• Para 2500 rpm:


𝑊̇𝑎𝑡𝑟 = 0,1 ∙ 44,038→ 𝑾̇𝒂𝒕𝒓 = 𝟒, 𝟒𝟎𝟒𝐖

• Para 3000 rpm:


𝑊̇𝑎𝑡𝑟 = 0,1 ∙ 52,988→ 𝑾̇𝒂𝒕𝒓 = 𝟓, 𝟐𝟗𝟗𝐖

• Para 3500 rpm:


𝑊̇𝑎𝑡𝑟 = 0,1 ∙ 61,799→ 𝑾̇𝒂𝒕𝒓 = 𝟔, 𝟏𝟖𝟎𝐖

A potência de eixo pode ser definida como:


𝑊̇ 𝑖𝑠𝑜
𝑊̇𝑒𝑖𝑥𝑜 = 10)
𝑛𝑣𝑜𝑙

• Para 1000 rpm:


52,40563
𝑊̇𝑒𝑖𝑥𝑜 = 2,97
→ 𝑾̇𝒆𝒊𝒙𝒐 = 17,645W

• Para 1500 rpm:


52,40563
𝑊̇𝑒𝑖𝑥𝑜 = 1,98
→ 𝑾̇𝒆𝒊𝒙𝒐 = 26,467W

• Para 2000 rpm:


52,40563
𝑊̇𝑒𝑖𝑥𝑜 = 1,48
→ 𝑾̇𝒆𝒊𝒙𝒐 = 35,409W

• Para 2500 rpm:


52,40563
𝑊̇𝑒𝑖𝑥𝑜 = 1,19
→ 𝑾̇𝒆𝒊𝒙𝒐 = 44,038W

• Para 3000 rpm:


52,40563
𝑊̇𝑒𝑖𝑥𝑜 = 0,989
→ 𝑾̇𝒆𝒊𝒙𝒐 = 52,988W

• Para 3500 rpm:


52,40563
𝑊̇𝑒𝑖𝑥𝑜 = 0,848
→ 𝑾̇𝒆𝒊𝒙𝒐 = 61,799W

• Eficiência Isotérmica

W iso
iso = • 11)
W eixo  m
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Sendo:
Wiso - Potência isotérmica em W
Weixo - Potência de eixo em W
m - Eficiência mecânica

• Para 1000 rpm:


𝟓𝟐,𝟒𝟎𝟓𝟔𝟑
η𝑖𝑠𝑜 = 17,645∗(−24,916%)
→ 𝛈𝒊𝒔𝒐 = −𝟎, 𝟏𝟏𝟗

• Para 1500 rpm:


𝟓𝟐,𝟒𝟎𝟓𝟔𝟑
η𝑖𝑠𝑜 = 26,467∗(−16,310%)
→ 𝛈𝒊𝒔𝒐 = −𝟎, 𝟏𝟐𝟏

• Para 2000 rpm:


𝟓𝟐,𝟒𝟎𝟓𝟔𝟑
η𝑖𝑠𝑜 = 35,409∗(−11,964%)
→ 𝛈𝒊𝒔𝒐 = −𝟎, 𝟏𝟐𝟒

• Para 2500 rpm:


𝟓𝟐,𝟒𝟎𝟓𝟔𝟑
η𝑖𝑠𝑜 = 44 038∗(−9,444%)
, → 𝛈𝒊𝒔𝒐 = −𝟎, 𝟏𝟐𝟔

• Para 3000 rpm:


𝟓𝟐,𝟒𝟎𝟓𝟔𝟑
η𝑖𝑠𝑜 = 52,989∗(−7,696%)
→ 𝛈𝒊𝒔𝒐 = −𝟎, 𝟏𝟐𝟗

• Para 3500 rpm:


𝟓𝟐,𝟒𝟎𝟓𝟔𝟑
η𝑖𝑠𝑜 = 61,799∗(−6,471%)
→ 𝛈𝒊𝒔𝒐 = −𝟎, 𝟏𝟑1

• Eficiência Isotérmica Global



W iso
g = • 12)
W eixo

Sendo:
Wiso - Potência isotérmica em W
Weixo - Potência de eixo em W

• Para 1000 rpm:


𝟓𝟐,𝟒𝟎𝟓𝟔𝟑
η𝑔 = 17,645
→ 𝛈𝒈 = 𝟐, 𝟗𝟕

• Para 1500 rpm:


𝟓𝟐,𝟒𝟎𝟓𝟔𝟑
η𝑔 = 26,467
→ 𝛈𝒈 = 𝟏, 𝟗𝟖

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• Para 2000 rpm:


𝟓𝟐,𝟒𝟎𝟓𝟔𝟑
η𝑔 = 35,409
→ 𝛈𝒈 = 𝟏, 𝟒𝟖

• Para 2500 rpm:


𝟓𝟐,𝟒𝟎𝟓𝟔𝟑
η𝑔 = 44,038
→ 𝛈𝒈 = 𝟏, 𝟏𝟗

• Para 3000 rpm:


𝟓𝟐,𝟒𝟎𝟓𝟔𝟑
η𝑔 = 52,989
→ 𝛈𝒈 = 𝟎, 𝟗𝟖𝟗

• Para 3500 rpm:


𝟓𝟐,𝟒𝟎𝟓𝟔𝟑
η𝑔 = 61,799
→ 𝛈𝒈 = 𝟎, 𝟖𝟒𝟖

6. Cálculos Realizados

Todos os procedimentos de cálculos, bem como as fórmulas utilizadas estão apresentadas


na seção anterior.

7. Conclusões

Os cálculos realizados com base na prática de eficiência de compressores a pistão mostrou


que a eficiência mecânica do compressor negativa. Surpreendentemente, foi constatado que quanto
maior a rotação, maior a eficiência mecânica, indicando que o compressor atinge sua eficiência
máxima em rotações mais elevadas. No entanto, pode ser explicada pelo fato de que, em rotações
mais altas, o compressor pode alcançar uma velocidade maior e, portanto, compressar mais gás em
um período de tempo mais curto. Isso pode resultar em um trabalho mais eficiente do compressor,
aumentando a eficiência mecânica. Além disso, o aumento da velocidade do compressor também
pode ajudar a reduzir o atrito interno entre as partes móveis, o que pode contribuir para uma maior
eficiência mecânica.

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Entretanto a eficiência mecânica ser negativa pode ser explicada por vários fatores,
incluindo atrito interno, vazamento de gás e desgaste mecânico. O atrito interno ocorre entre as
partes móveis do compressor, como os pistões e cilindros, resultando em uma dissipação de energia
que não é convertida em trabalho útil. O vazamento de gás também pode contribuir para a perda de
eficiência mecânica, pois o gás que deveria ser comprimido escapa para o ambiente, reduzindo a
quantidade de trabalho realizado pelo compressor.
Figura 1 – Gráfico de Eficiencia Mecanica.

(Fonte: Autores)

Em relação à eficiência volumétrica, os resultados foi reduzindo à medida que a rotação aumentou.
No caso, poderá ser explicado pelo fato de que a eficiência volumétrica está relacionada à
capacidade do compressor de comprimir o volume de gás necessário para a aplicação, e quando a
rotação aumenta, o volume de gás que entra no compressor também aumenta, o que pode afetar a
eficiência volumétrica. Além disso, a redução da eficiência volumétrica pode estar relacionada ao
aumento do vazamento de gás, que pode ocorrer em rotações mais altas devido à pressão do gás
dentro do compressor e ao desgaste mecânico.

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Figura 1 – Gráfico de Eficiencia Mecanica.

(Fonte: Autores)

É importante acrescentar que maior potência de eixo obtida foi de 61,799W na máxima
rotação utilizada no laboratório, essa potência é a transferida para o eixo do compressor para
produzir o trabalho de compressão do gás. Durante o ensaio. Essa medida é importante para avaliar
a eficiência do compressor e para determinar o consumo de energia necessário para realizar o
trabalho de compressão. Uma potência de eixo mais alta indica que o compressor está realizando o
trabalho de compressão com maior eficiência, enquanto uma potência de eixo mais baixa indica
que o compressor está realizando o trabalho de compressão com menor eficiência, porém esta
consumindo mais energia. E esses fatores são imensamente relevantes ao escolher um coompressor
para uma determinada aplicação.
Em resumo, os resultados sugerem que o compressor estudado tem um desempenho
razoável em altas rotações, apresentando eficiência mecânica crescente e eficiência volumétrica em
melhoria. No entanto, a eficiência isotérmica negativa indica que o compressor pode não ser a
escolha ideal para aplicações que exigem alta eficiência de compressão, podemos concluir que a
eficiência isotérmica foi negativa e variou significativamente ao longo do aumento da rotação. Esse
resultado pode estar relacionado a perdas de calor e atrito, que afetaram negativamente a eficiência
do processo de compressão. Por outro lado, a eficiência mecânica apresentou um comportamento
positivo e crescente com o aumento da rotação, indicando que o compressor está trabalhando de
maneira mais eficiente do ponto de vista mecânico em altas rotações.

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A eficiência volumétrica apresentou um comportamento inicialmente negativo, indicando


que o compressor estava operando abaixo da capacidade máxima de entrada de ar. No entanto, à
medida que a rotação aumentou, a eficiência volumétrica melhorou, indicando que o compressor
estava operando mais próximo de sua capacidade máxima. Entretando, A eficiência isoterma
global, por sua vez, variou ao longo do aumento da rotação, apresentando valores mais altos em
rotações intermediárias. Isso pode ser explicado pela combinação de perdas de calor e atrito que
afetaram a eficiência isotérmica com a melhora da eficiência volumétrica à medida que a rotação
aumentou.

8. Referencias Bibliográficas

[1] MORAN, Michael J. et al. Princípios de termodinâmica para engenharia. 7 ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2013.
[2] ÇENGEL, Yunus A.; BOLES, Michael A. Termodinâmica. Porto Alegre: Bookman,
2013.

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