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Instalações de Ar Condicionado

VENTILADORES E EXAUSTORES

TORREÃO, Aety Augusto Castello Branco 201608391


GONÇALVES, Alberto Cesar Mendes: 201903523
OLIVEIRA, Bruno Coelho de: 201900930
SILVA, Geanderson Francisco da: 201904544
MENDES, Paulo Roque: 201900715
DA COSTA, Thiago Luiz Cabral: 201900421
INTRODUÇÃO

A importância do ar para o homem é por demais conhecida,


sob o aspecto da necessidade de oxigênio para o metabolismo.
Por outro lado, a movimentação de ar natural, isto é, através
dos ventos, é responsável pela troca de temperatura e umidade
que sentimos diariamente, dependendo do clima da região. A
movimentação do ar por meio não naturais constitui-se no
principal objetivo dos equipamentos de ventilação, ar
condicionado e aquecimento, transmitindo ou absorvendo
energia do ambiente, ou mesmo transportando material,
atuando num padrão de grande eficiência sempre que utilizado
em equipamentos adequadamente projetados. A forma pela
qual se processa a transferência de energia e que da ao ar
capacidade de desempenhar determianda função. A velocidade,
a pressão, a temperatura e a umidade envolvem mudanças nas
condições ambientais, tornando-as propícias ao bem estar do
colaborador.
INTRODUÇÃO (CONTINUAÇÃO)

A ventilação industrial tem sido, e continua sendo, a principal medida


de controle efetiva para ambientes de trabalho prejudiciais ao ser
humano. No campo da higiene do trabalho, a ventilação tem a
finalidade de evitar a dispersão de contaminantes no ambiente
industrial, bem como diluir concentrações de gases, vapores e
promover conforto térmico ao homem. Assim sendo, a ventilação é um
método para se evitar doenças profissionais oriundas da concentração
de pó em suspensão no ar, gases tóxicos ou venenosos, vapores etc. O
controle adequado da poluição do ar tem início com uma adequada
ventilação das operações e processos industriais (máquinas,
equipamentos) segui do-se uma escolha conveniente de um coletor
dos poluentes (filtros, ciclones). Todavia ao se aplicar a ventilação numa
industria, é preciso verificar antes, as condicções das máquinas,
equipamentos, bem como o processo existente, a fim de se obter a
melhor eficiência na ventilação. A modernização das industrias, isto é,
mecanização e/ou automação, além de aumentar a produção melhora
sensivelmente a higiene do trabalho com relação a poeiras, gases, etc.
VENTILADORES
DEFINIÇÃO •Vazão do ventilador: é o volume de ar em m³ por minuto ou
em pés cúbicos por minuto que passa pela saída do ventilador.
Em todo sistema de ar condicionado a circulação do ar se dá normalamente, o volume de ar que sai do ventilador é igual ao
através do recinto e o retorno ao condicionador são feitos que entra, desde que se despreze a mudança do volume
especifico do ar na entrada para a saída.
por meio de ventiladores. O ventilador pode ser considerado
como uma bomba de ar funcionando de modo a poder •Velocidade de saída do ventilador: obtém-se dividindo a vazão
vencer as pressões de resistência impostas pelo sistema de de ar na saída pela sua área. é uma velocidade teórica, pois a
vazão não é uniforme.
dutos e demais equipamentos. a energia mecânica do
ventilador é fornecida pelo motor elétrico que deve ser •Pressão devida a velocidade de saída (Pv(s)): é a pressão
dimensionado para imprimir ao ventilador a rotação e correspondente à velocidade do ar na saída ou pressão
dinâmica.
potência necessárias para atingir a vazão de ar adequada a
vencer as pressões de resistência. em um ventilador devem •Pressão total do ventilador: é a diferença entre pressão total
ser condideradas as seguintes características: do ar na saída do ventilador e a pressão total do ar na entrada.
a pressão total do ventilador é a medida da energia mecânica
total adicionada ao ar ou gás pelo ventilador.
•Pressão estática do ventilador (Pe): é a diferença entre a
pressão total e a pressão devida à velocidade. pode ser
calculada subtraindo-se a pressão total na entrada do
ventilador da pressão estática na saída do ventilador.
VENTILADORES
CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA

O sistema é composto por ventiladores centrifugos e axiais, dutos de exaustão e insuflamento, coletores de impurezas,
filtros, dampers e abafadores de ruidos. Todos esses equipamentos juntos, ganham ainda mais durabilidade e
eficiência quando há uma boa climatização, com cortinas de industriais. Para atender diferentes carências, há diversos
tipos de ventilação, e todos eles atendem ao mesmo objetivo de melhorar a qualidade do ar interno. Além de garantir
conforto térmico, promove segurança aos colaboradores. Todo sistema de ventilação eficiente contará com diversos
maquinários para auxiliar a circulação do ar. Para que não haja superaquecimento ou gasto energético elevado. A
instalaçao de um equipamento robusto de ar condicionado e cortinas de ar potentes para atender espaços amplos
industriais e galpões. Tornando o ambiente mais saudável, tanto para as pessoas quanto para o maquinárioque irá
operar em temperaturas ideiais e, portanto, o consumo de energia será reduzido.
VENTILADORES
LIGAÇÕES E TIPOS DE VENTILADORES
 Por ser uma importante medida de controle de agentes tóxicos em um ambiente de trabalho por não interferir no
processo produtivo e ser eficiente na captutra de poluentes, a ventilação se divide em:
VENTILAÇÃO NATURAL:
É o deslocamento intecional ou controlado do ar através de aberturas como portas, janelas e dispositivos
específicos de ventilação. A vazão do ar que entra ou sai de um ambiente industrial depende da diferença de pressão
entre o interior e o exterior e da resistência ao fluxo de ar oferecido pelas aberturas e frestas do ambiente. Obtem-se
uma vazão maior por área total de abertura, quando: área de abertura de entrada for igual (=) área de saída.
•Características:
•Não há utilização de força mecânica, somente
natural
•Não é aconselhavel sua aplicação no projeto da
edificação, depois torna-se um problema
•Vantagem: consumo zero de energia
•Desvantagem: fluxo descontinuo de ar
VENTILADORES
 VENTILAÇÃO GERAL:
Trata-se do deslocamento de um grande volume de ar. Pode ser utlizado no controle de calor ou na diluição de
agentes químicos.

Características:
- Utilização de força mecânica
- Aconselhavel sua aplicação para controle de calor, diluição de agentes e conforto térmico.
- Pode ser instalada com facilidade depois da construção da edificação.
- Vantagem: fluxo continuo de ar
- Desvantagem: consumo de energia
VENTILADORES
VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA:
Consiste na remoção de um determinado agente agressivo do ambiente de trabalho. este sistema é composto pelos
seguintes elementos:

A) CAPTORES:
É uma peça ou dispositivo projetado para enclausurar os contaminantes, conduzindo os mesmos até a rede de dutos.
o movimeto dos captores pode ser natural ou forçado.
VENTILADORES
B) VENTILADORES:
Ventiladores são máquinas de fluxo em que o meio operante é o ar. Os ventiladores, podem ser:

CENTRIFUGOS:
O ar entra no centro do rotor em movimento, e acelerado pelas palhetas, é impulsionado da periferia do rotor para
fora da abertura de descarga. pode ser usado para pressões estáticas mais altas.
VENTILADORES
AXIAIS:
Tem uma hélice montado em uma armação de controle de fluxo. O ventilador o ventilado é projetado para
movimentar o ar de um espaço fechado a outro com baixa pressão estática.
VENTILADORES
C) COLETORES:
- São equipamentos que propiciam meios de limpeza do ar, objetivando:
- Adequação ás leis ambientais
- Prevenir a reentrada dos contaminantes na fábrica
- Proteger os ventiladores dos efeitos dos contaminantes
VENTILADORES
D) DUTOS:
- A rede de dutos correm todo o lay out da planta, interligando seus respectivos captores ao coletor, ventilador
exaustor e chaminé de descarga.

Caracteristicas:
- Utilização de força mecânica
- Remoção de todo agente agressivo do ambiente de trabalho levando o mesmo para a área externa.
- Fácil monitoramento ambienteal (interno e externo)
- Pode ser instalada com facilidade depois da construção da edificação
VENTILADORES
VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA
- Ventila O Ambiente Como Um Todo, E Apenas Dilui O Agente Agressivo, Deixando O Mesmo Dentro Do Ambiente De
Trabalho

Caracteristicas:
- Utilização De Pouca Força Mecânica
- Não Remove O Agente Agressivo Do Ambiente De Trabalho, Somente O Dilui
- Dificil Monitoramento Ambiental (Interno). Externo Não Há
- Pode Ser Instalada Com Facilidade Depois Da Construção Da Edificação
VENTILADORES CENTRÍFUGOS
DEFINIÇÃO
Consiste em um rotor, uma carcaça de conversão de pressão e um motor. O ar entra pelo centro do rotor em
movimento, e é direcionado para as palhetas onde é impulsionado para a periferia do rotor para fora das suas
aberturas de descarga, entrando na voluta (carcaça).

Partes Essenciais:
- Carcaça
- Rotor
- Mancais
- Eixos
- Entrada
- Saída
VENTILADORES CENTRÍFUGOS
TIPO DE VENTILADORES
- Largura singela / Entrada singela

O ventilador de largura singela e entrada


singela deve ser sempre preferido
- Largura dupla / Entrada dupla porque é o de mais fácil ligação à rede
de dutos.
VENTILADORES CENTRÍFUGOS
ARRANJOS
Os arranjos dos ventiladores centrífugos foram padronizados pelos fabricantes de modo a facilitar as especificações.
Os arranjos conhecidos são:
VENTILADORES CENTRÍFUGOS
TIPOS DE DESCARGA
Os ventiladores centrífugos são fabricados de modo que a descarga de ar possa ser feita em qualquer direção:
VENTILADORES CENTRÍFUGOS
TIPOS DE ROTORES
Os dois tipos de rotores dos ventiladores centrífugos são: com réguas curvadas para frente; com réguas curvadas para
trás. Direita no ventilador com réguas curvadas para a frente, a parte côncava da curva é que apanha o ar no seu
movimento para a frente; no de réguas curvadas para trás, é a parte convexa e a reta.
VENTILADORES CENTRÍFUGOS
TIPOS DE ROTORES
A escolha do tipo mais conveniente de rotor depende da rotação e do nível de ruído: o de régua curvada para a frente,
com menor rotação, apanha mais ar, porém o ruído e o risco de sobrecarga no motor são maiores;
O de régua curvada para trás requer praticamente o dobro da rotação para a mesma vazão de ar, porém é mais
silencioso e corre menor risco de sobrecarga no motor

VELOCIDADES RECOMENDADAS PARA O AR


Para a escolha adequada do ventilador, vários fatores devem ser levados em consideração, entre eles as velocidades
recomendadas, que devem estar dentro dos limites da Tabela 5.1- extraída de publicações estrangeiras e calculada
para escritórios e ambientes de nível de ruído similares. Para teatros, cinemas e auditórios, reduzir a velocidade de
20%; para igrejas, reduzir 30%; para indústrias ou outras instalações em que o nível de ruído não é tão importante,
pode-se aumentar a velocidade dada na tabela. Para uma mesma vazão, quanto maior o ventilador, menor o nível de
ruído do ar.
VENTILADORES CENTRÍFUGOS
ESPECIFICAÇÕES DE VENTILADORES
Ao se encomendar um ventilador, devem-se levar em consideração os seguintes itens, que
deverão atender às exigências do projeto:
(a) capacidade de vazão em metro cúbico por minuto ou CFM;
(b) tipo de réguas, ou seja, réguas para a frente ou réguas para trás;
(c) resistência do sistema em milímetros de coluna d'água ou em polegadas de coluna d'água;
(d) rotação do ventilador em RPM;
(e) entrada singela, largura singela ou entrada dupla, largura dupla;
(f) velocidade periférica do ventilador em metros/minuto ou FPM;
(g) velocidade do motor em RPM;
(h) potência do motor em BHP (brake-horse power);
(i) velocidade de saída do ventilador em metro por minuto ou FPM;
(j) velocidade periférica em metro por minuto ou FPM;
(k) direção de descarga do ventilador;
(l) arranjo do ventilador.
VENTILADORES CENTRÍFUGOS
ESPECIFICAÇÕES DAS CORREIAS EM "V" DE TRANSMISSÃO
Como já foi visto nos arranjos, é mais comum o acionamento do ventilador ser feito
por meio de uma ou mais correias em "V" que transmitem a potência mecânica do
eixo do motor ao eixo do ventilador, por meio de polias. Devem-se escolher as
polias do motor e do ventilador de modo a que as rotações estejam dentro dos
limites máximos permitidos. Desse modo, ao se especificar a transmissão do motor
ao ventilador, os seguintes fatores devem ser levados em consideração:
(a) diâmetro da polia do ventilador;
(b) diâmetro da polia do motor;
(c) distância entre o eixo do ventilador e o eixo do motor;
(d) velocidade do motor em RPM;
(e) velocidade do ventilador em RPM.
VENTILADORES CENTRÍFUGOS
ESPECIFICAÇÕES PARA MOTORES DE ACIONAMENTO
- Frações de HP até 1 HP (1/4, 1/2, 3/4, 1 HP), em geral
Os motores de acionamento deverão ter potência no
monofásicos;
mínimo 20% acima da potência exigida pelos ventiladores.
Ao se encomendar um motor, devem-se levar em conta os - Acima de 1 HP são geralmente trifásicos e nas seguintes
seguintes itens: potências:

(a) tipo de motor: corrente contínua ou corrente alternada 1.1/2, 2, 3, 5, 7.1/2, 10, 15, 20, 30, 40, 50, 60, 75, 100, 125, 150,
(de indução); 200 etc.;
(f) rotação do motor em RPM;
(b) tensão e frequência da rede;
(g) elevação de temperatura máxima permissível: 40°C ou 55°C
(c) número de fases: monofásico ou trifásico- sempre que
acima da temperatura ambiente (conforme a classe do
possível, o motor deve ser trifásico, pois elimina o
isolamento);
capacitar de partida, um dos pontos passíveis de defeito;
(h) base sobre trilhos para permitir a ajustagem das correias;
(d) balanceamento dinâmico perfeito do motor;
(i) chave da partida de acordo com as características do motor:
(e) potência do motor em HP ou cv. As potências corrente e tempo de partida;
comerciais em HP são as seguintes:
(j) chave de proteção do ramal: especificada de acordo com a
corrente de partida, corrente nominal e tensão do motor (veja
Instalações elétricas, do mesmo autor).
VENTILADORES CENTRÍFUGOS
COMO ESCOLHER UM VENTILADOR
Para se selecionar um ventilador de modo a atender às
especificações do projeto, devem-se consultar as tabelas
dos fabricantes. Como exemplo, veremos como seria
escolhido um ventilador fabricado pela Mecânica Tempo,
cujas características constam da Tabela 5.3. Em geral as
tabelas são elaboradas para o ar padrão (1,2 kg/m3 ) a
2l,l°C e ao nível do mar.
Para altitudes até 305m (1.000 pés) e temperatura até
65,5°C (l50°F), as tabelas podem ser usadas sem
correções, porém, para altitudes acima de 305m (1.000
pés) e temperaturas superiores a 65,5°C (150°F), deverão
ser feitas correções, dividindo-se o valor da resistência
total a ser vencida pelo ventilador pelo peso específico do
ar na altitude&: referência, que é sempre menor que a
unidade, ou seja, a pressão de resistência será maior que
ao nível do mar (veja Tabela 5.2).
TROCA DE AR ENTRE RECINTOS E
VELOCIDADES
TROCA DE AR ENTRE RECINTOS RECOMENDADAS
Serve para identificar qual a taxa troca de ar por hora que deve ocorrer conforme as características de cada local. Desde ar
condicionado, passando por climatizador no meio industrial até o uso de recursos de ventilação natural, é fundamental que as
empresas, casas, escritório, galpões e etc. Tenham conhecimento sobre estes valores e sigam as normativas.
Essas normas existem para garantir a qualidade do ar interno, bem-estar, conforto térmico, saúde respiratória e boas
condições de para o trabalho das pessoas em galpões industriais e residenciais. Pessoas que se sentem bem em seu ambiente
de trabalho e em suas residências. Ou seja, sem sintomas como dor de cabeça, secura na garganta e até mesmo dificuldade
respiratória e com boa capacidade de concentração, tendem a ser mais produtivos no ambiente de trabalho e em suas
residências.
Já no meio industrial obter uma boa circulação de ar em ambientes industriais traz somente benefícios para a indústria, por
isso, é fundamental pensar nisso para os seus projetos de novos galpões. Confira neste post um pouco mais sobre a realização
do cálculo de renovação de ar em ambientes internos industriais.
TROCA DE AR ENTRE RECINTOS E
VELOCIDADES
TROCA DE AR ENTRE RECINTOS RECOMENDADAS
Segundo tabela de Greenheck (2002) e até
mesmo de acordo com as diferentes normativas
sobre o assunto, é possível identificar que cada
diferente tipo de obra ou galpão possui taxas de
renovação de ar específicas.
TROCA DE AR ENTRE RECINTOS E
VELOCIDADES
TROCA DE AR ENTRE RECINTOS RECOMENDADAS
O cálculo de renovação de ar em ambientes envolve uma série de fatores para chegar a estes números de certa forma
padronizados. Cada local terá uma taxa adequada diferente de troca de ar por hora levando-se em conta os seguintes aspectos
variáveis:

dimensões do galpão industrial, escola ou residencial (área total interna);

 tipo, número e localização de aberturas para entrada e saída de ar;


 velocidade de circulação do ar;
 posicionamento da edificação em relação ao Sol;
 incidência de vento no local da obra;
 variação térmica;
 condições meteorológicas do local;
 umidade relativa do ar;
 carga térmica ou de contaminantes que precisa ser combatida com a renovação do ar ( No caso de ambiente industrial).
TROCA DE AR ENTRE RECINTOS E
VELOCIDADES
TROCA DE AR ENTRE RECINTOS RECOMENDADAS
Estes são alguns exemplos de aspectos que precisam ser estudados com medições precisas para que se possa ter noção das
necessidades de cada ambiente tanto ambientes industriais quanto residências, escolares e etc.  Outra forma de realizar estas
análises é virtual por meio da ferramenta de CFD (Computational Fluid Dynamic), ou, Fluido Dinâmica Computacional,
permitindo a realização de testes voltados para a obtenção de eficiência de ventilação natural.

Ambiente industrial: Ambiente residencial:


TROCA DE AR ENTRE RECINTOS E
VELOCIDADES
CÁLCULO DA RENOVAÇÃO DO AR: RECOMENDADAS
Em edifícios de escritórios ou dedicados à atividade industrial, já não é necessário olhar para o CTE, mas o cálculo
da renovação do ar é feito de acordo com os critérios definidos pelo RITE. Lembre-se de que a qualidade do ar
depende diretamente de três circunstâncias:

 Dimensões do espaço.
 Concentração de pessoas / tempo gasto em ambientes fechados.
 Atividade a que se dedica.
É evidente que nesses espaços o cálculo é mais complexo, pois muitas variantes entram em jogo. Estes são os
métodos mais comumente usados:
Medição de vazão mínima por pessoa. Este é um método indireto e só faz sentido se forem mantidas certas
condições de atividade metabólica, além do fato de a atividade não produzir emissões de substâncias poluentes,
nem fumegar naquele espaço.
TROCA DE AR ENTRE RECINTOS E
VELOCIDADES
CÁLCULO DA RENOVAÇÃO DO AR: RECOMENDADAS
Medição por unidade de área: Método indireto que define quantidades por m2. É aplicável em espaços com baixa
ocupação de pessoas e as principais emissões poluentes provêm dos materiais dos móveis ou objetos existentes. O
exemplo mais representativo são os armazéns.
Medição olfativa. É um método direto que se baseia na percepção subjetiva da qualidade do ar levando em
consideração os odores.
Medição por concentração de CO2: É um método direto, especialmente eficaz quando a principal fonte de
contaminação é humana, como academias, salões de festas ou lojas
Medição por diluição: semelhante à anterior, neste caso, para ser utilizada em locais onde haja emissões de
poluentes conhecidos.
TROCA DE AR ENTRE RECINTOS E
VELOCIDADES RECOMENDADAS
VELOCIDADES RECOMENDADAS PARA O AR:

A velocidade do ar, na boca de descarga de ventiladores industriais e no ambiente residencial, é um parâmetro


muito usado nas especificações técnicas, por parte de projetistas e usuários de sistemas de ventilação. O
fundamento em limitar a velocidade de descarga do ar na saída do ventilador, seria por estar assim também
limitando o ruído emitido pelo mesmo. Na realidade a velocidade de descarga (vd), pouco ou nada, tem a ver com o
nível de ruído emitido pelo ventilador. O ruído emitido por um ventilador está relacionado com o tipo de ventilador,
sua vazão e pressão de operação, sua velocidade de rotação e seu rendimento. Portanto a velocidade de descarga
não compõe nenhuma das fórmulas do roteiro de cálculo de ruído de um ventilador. A Norma regulamentadora para
o processo de velocidade de ar em ambientes diversos é a NBR-6410 que tem como objetivo prescreve as
velocidades em m/min recomendadas para o ar, de acordo com o tipo de ocupação.
TROCA DE AR ENTRE RECINTOS E
VELOCIDADES RECOMENDADAS
VELOCIDADES RECOMENDADAS PARA O AR:

Tabela detalhada sobre a troca de Ar e a velocidade


recomendada e distribuição de ar.
VENTILAÇÃO GERAL
DEFINIÇÃO

É um processo de circulação de ar usado quando não é possível a captação do contaminante de baixa ou média
toxicidade antes que se espalhe pelo recinto. É o caso dos grandes aglomerados humanos (cinemas, teatros,
salas de reuniões), onde os odores resultantes da transpiração e respiração devem ser eliminados por meio da
penetração de ar puro, que deve ser misturado com o ar impuro e lançado para o exterior.

Assim, temos três tipos de ventilação:

- Insuflamento

- Exaustão

- Mista
VENTILAÇÃO GERAL
INSUFLAMENTO

Quando um ventilador lança o ar no recinto que fica com pressão maior que o exterior. Desse modo o ar viciado é
retirado do ambiente por meio de uma abertura. Deve-se evitar correntes de ar desagradáveis e zonas de
estagnação. Quando o ar insuflado apresenta, em relação ao ambiente, uma diferença de temperatura superior a
3ºC, não deve ser insuflado diretamente sobre as pessoas, e sim afastado da zona ocupada, onde pode ser
misturado previamente com o ar do recinto.
VENTILAÇÃO GERAL
EXAUSTÃO

Quando um ventilador retira o ar que penetra no recinto por meio de aberturas. Há uma pressão negativa no
recinto em relação ao exterior, por isso o ar viciado é retirado.

MISTA

Quando há, ao mesmo tempo, um ventilador que insufla o ar no recinto e outro que retira o arviciado, devendo ficar
em extremidades opostas para evitar o curto-circuito de ar e melhorar a diluição.
VENTILAÇÃO GERAL
VOLUME DE AR A INSUFLAR

O volume de ar a ser introduzido no ambiente para dissipar a quantidade de calor, Q, pode ser obtido da expressão:
qs = m ·c t

qs = quantidade de calor em kcal/h;

m =peso de ar em kg/h;

c= 0,24 kcal/kg°C

∆t =diferencial de temperatura em °C entre o recinto e o exterior.


VENTILAÇÃO GERAL
VOLUME DE AR A INSUFLAR

Em unidades SI, a expressão da quantidade de calor em kcal a ser retirada por

hora, pode-se calcular a vazão de ar, ou seja:

Q= qs / 0,29(te – ti)

Q=vazão de ar em m³/h;

qs =carga de calor sensível em kca/h;

te =temperatura do ar exterior em °C;

ti = temperatura do ar interior em °C.


VENTILAÇÃO GERAL
VOLUME DE AR A INSUFLAR

Para os ambientes normais ocupados por pessoas, podem-se tomar os seguintes valores para o calor produzido:

Pessoas: 150 kcal/pessoa por hora;

Iluminação: carga em W;

Motores: carga em W;

tomando-se para a transformação a relação: 1 kW·h = 860 kcal.


VENTILAÇÃO GERAL
TIPOS DE VENTILAÇÃO

Uma instalação de ventilação pode ser classificada em natural ou forçada.

É natural quando é provocada por ação dos ventos. Ou seja, não utiliza meios mecânicos. A ventilação natural tem o
inconveniente de depender das condições atmosféricas externas.

A ventilação é forçada consiste em utilizar dispositivos próprios (ventiladores, exaustores, extractores, etc.) que provocam o
movimento do ar entre o interior e o exterior do recinto.

Numa instalação de ventilação forçada, podem-se utilizar dutos, que melhoram a distribuição, e filtros, que melhoram a
qualidade do ar.
VENTILAÇÃO GERAL
PROJETO DE UMA INSTALAÇÃO DE VENTILADOR GERAL

Para o projeto de uma instalação, devemos ter disponíveis:

Plantas e cortes do local;

Número de pessoas;

Local para os dutos e difusores;

Local para a casa de máquinas (ventiladores e filtros);

Tomada de ar novo.
VENTILAÇÃO GERAL
PROJETO DE UMA INSTALAÇÃO DE VENTILADOR GERAL

A ventilação de um escritório com os seguintes dados:

Dimensões: 24 x 10 x 4 m

Número de pessoas: 40;

Condições: normal, sem outras fontes de calor ou poluidoras;

Difusão do ar: por dutos e grelhas.

Volume a ser ventilado: 24 X 10 X 4 =960m³


VENTILAÇÃO GERAL
PROJETO DE UMA INSTALAÇÃO DE VENTILADOR GERAL

Troca de ar; 2 a 6 min (tomaremos 4 min) ou 15 trocas/h. (tabela 5.4)


VENTILAÇÃO GERAL
PROJETO DE UMA INSTALAÇÃO DE VENTILADOR GERAL

Taxa de ocupação: = 240 m²/40 pessoa = 6 m²/ pessoa

Vazão de ar: Q = V/t = 960m³/4 min = 240m³/min ou 240MCM ou Q = 960 x 15 = 14400m³/h ou 240MCM.

Vazão de cada difusor tomando 4 difusores: Q = 240/4 = 60 MCM.

Velocidade recomendada para edifícios públicos nos dutos principais: 400 MPM. (tabela 5.5)
VENTILAÇÃO GERAL
PROJETO DE UMA INSTALAÇÃO DE VENTILADOR GERAL

Perda por atrito no trecho reto. Para uma vazão de 240m³/min e


velocidade de 400 m/min resulta a perda de 0,06 mm de coluna
d'água por metro de tubulação.
VENTILAÇÃO GERAL
PROJETO DE UMA INSTALAÇÃO DE VENTILADOR GERAL

Vazões nos trechos: Área dos dutos em m² :


a – b 240MCM a – b 240/400 = 0,6m²

Velocidade nos trechos para a perda por atrito constante de 0,06 Seção retangular dos dutos- área x 10^4.
mm/m :
 
a – b 100 x 60 cm
a – b 400MPM
VENTILAÇÃO GERAL
PROJETO DE UMA INSTALAÇÃO DE VENTILADOR GERAL

Bitola das chapas galvanizadas (veja Tabela 4.2): a – b chapa 24

Área filtrante necessária:

A = 240MCM/100MPM = 2,4m²
VENTILAÇÃO GERAL
PROJETO DE UMA INSTALAÇÃO DE VENTILADOR GERAL

Escolhendo células de 60 X 60 X 5 cm, teremos:


2,4/0,36 = 6,6 unidades (tomaremos 6 unidades)
Com as quais pode-se fazer um painel de 1,80 X 1,20m, ou seja, uma área de 2,16 m². Então a velocidade real será:
V = 240/2,16 = 110MPM (ainda dentro do limite máximo) (veja Tabela 5.5)
Tomada de ar exterior (veja Tabela 5.5)
Área necessária = 240MCM / 250MPM = 0,96m²
ou seja, uma abertura de dimensões aproximadas de 1 X 1 m, com veneziana e proteção de telas contra a entrada de animais.
VENTILAÇÃO GERAL
PROJETO DE UMA INSTALAÇÃO DE VENTILADOR GERAL

Pressão de resistência dos dutos:


VENTILAÇÃO GERAL
PROJETO DE UMA INSTALAÇÃO DE VENTILADOR GERAL

Boca 1: grelha unidirecional:


Pr = 1,2 X PV (veja Fig. 4.6)
V = 275MPM
Pv = 1,3 mm de C.A. (veja Fig. 4.5)
Pr = 1,2 X 1,3 = 1,56 mm de C.A.

Duto com 1 m:
Q = 60MCM
V = 275MPM
Perda de carga por metro = 0,06 mm de C.A.

Curva de 90°:
Pr = 0,25 X PV
V = 275MPM
Pv = 1,3 mm de C.A. (veja Fig. 4.5)
Pr =0,25 X 1,3 = 0,325 mm de C.A.
VENTILAÇÃO GERAL
PROJETO DE UMA INSTALAÇÃO DE VENTILADOR GERAL

Pressão de resistência total: 10,415 mm de C.A.


(aproximadamente 1/2").

Para se selecionar o ventilador, deve-se levar em consideração:

Q =240MCM

P, = 10,415 mm de C.A.

além das especificações de Ventiladores.


 
VENTILAÇÃO GERAL
VENTILAÇÃO EM RESIDÊNCIAS

A insolação é um item com grande importância na escolha do


equipamento.

O imóvel abaixo possui dois pavimentos onde, abaixo do telhado,


temos o ar parado à temperatura de 60°C, c nos ambientes
habitáveis o ar condicionado mantém as temperaturas de 27°C e
26°C.
 
VENTILAÇÃO GERAL
VENTILAÇÃO EM RESIDÊNCIAS

Com a utilização de um exaustor conseguimos reduzir


consideravelmente o consumo do ar condicionado. 
VENTILAÇÃO GERAL
VENTILAÇÃO EM RESIDÊNCIAS

Para se calcular a vazão de ar objetivando a especificação dos


ventiladores, precisamos calcular o volume do recinto e aplicar o
método das trocas de ar (Tabela 5.4).
VENTILAÇÃO GERAL
VENTILAÇÃO EM RESIDÊNCIAS

O volume do recinto será:

V= 2,5 X 1,2 X 8,0 =24m³


VENTILAÇÃO GERAL
VENTILAÇÃO EM RESIDÊNCIAS

Pelo método das trocas de ar, se tomarmos a taxa de 4 min por A = Q/V = 6 / 210 x 0,4 = 0,07 m² ou 0,30 x
troca, temos a seguinte vazão de ar: 0,25 m
 
Q= 24/4 =6m³/min ou 6 MCM Observação: Pelo fato de haver venezianas,
Para encontrar as dimensões mínimas da janela de entrada de ar, toma-se somente 40% da área livre da
basta dividirmos a vazão pela velocidade permitida (Tabela 5.5). janela.
Assim, temos:
EXAUSTORES
COMPONENTES

Dutos – direcionam o ar exaurido. Os dutos podem ser construídos de madeira, alvenaria, chapas de aço inoxidável ou galvanizado,
alumínio e etc, sendo o mais usual o aço galvanizado. As espessuras das chapas variam de acordo com o material a ser conduzido;

Damper – protege o ambiente da entrada de água da chuva, particulados, pequenos animais, insetos entre outros;

Domus – protege o ambiente da entrada de água da chuva;

Coifa – destina-se a captação localizada do material a ser exaurido;

Conjunto de acionamento – é o coração do equipamento, onde fica o motor e a hélice (ventilador) que realizam a exaustão. Os
ventiladores podem ser do tipo axial ou centrífugos, sendo normalmente fabricados em chapas de aço preto, galvanizada ou
inoxidável;

Chaminé – tem a função de lançar na atmosfera os poluentes pactados no ambiente interno.


EXAUSTORES
TIPOS DE EXAUSTORES INDUSTRIAIS

TELHADO – O exaustor de telhado, assim como o de parede, é


indicado para empresas que precisam renovar o ar interno e, ao
mesmo tempo, estimular a saída do ar quente, odores e gases do
ambiente. Além da fácil instalação, o equipamento pode ser
reposicionado em telhas com mesmo perfil e ângulo, caso seja
necessário por algum motivo.

PAREDE – Assim como o exaustor de telhado, o exaustor


industrial de parede ajuda a promover a ventilação e o conforto
térmico na fábrica por meio da troca do ar e da eliminação do ar
quente, dos odores e dos gases. A diferença entre os dois
modelos está no fato de que este é instalado diretamente na
parede das indústrias.
EXAUSTORES
DIMENSIONAMENTO DE EXAUSTORES
EXAUSTORES
DIMENSIONAMENTO DE EXAUSTORES
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DIMENSIONAMENTO DE EXAUSTORES
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