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Avaliação Presencial de Fı́sica 1A

07 de maio de 2005 - Gabarito


Primeira questão
a) Para obter a função-velocidade devemos integrar no tempo a função-aceleração. Teremos então:
t
dv
Z
2
= a = t2 ûx =⇒ v − ûx = t 0 ûx dt 0 ,
dt 1

ou seja,
(t3 + 2)
v= ûx .
3
b) A posição da partı́cula é obtida integrando-se a função-velocidade:

dr (t3 + 2) t
(t 0 3 + 2)
Z
=v= ûx =⇒ r − ûx = ûx dt 0
dt 3 1 3
ou seja,
t4
 
2t 1
r= + + ûx .
12 3 4
Segunda questão
a) A velocidade tangencial (também chamada velocidade escalar) é obtida integrando-se no tempo a
aceleração tangencial:
Z t
dvT
= aT = a0 cos(ωt) =⇒ vT − 0 = a0 cos(ωt 0 ) dt 0 .
dt 0

Obtemos, então,
a0
vT = sen(ωt) .
ω
b) Obviamente a componente tangencial da força é dada pelo produto da massa pela aceleração tangen-
cial. Temos, então,
FT = ma0 cos(ωt) .

c) No caso de um movimento circular uniforme e supondo que a origem do sistema de eixos cartesianos
esteja no centro da trajetória circular de raio R, temos

vT2
Fr = −m .
R
Substituindo a expressão encontrada anteriormente para vT , obtemos

ma20
Fr = − sen2 (ωt) .
ω2 R

d) A força resultante é dada pela soma das componentes vetoriais radial e tangencial, isto é,
F = Fr uˆr + FT uˆT . Logo, utilizando o teorema de pitágoras, o seu módulo será dado por:
r
a2
q
|F| = Fr + FT = ma0 cos2 (ωt) + 4 0 2 sen4 (ωt)
2 2
ω R

1
Terceira questão
a) Por conveniência, escolheremos o instante em que o projétil é lançado como t 0 = 0 e a origem dos
eixos cartesianos no ponto de lançamento do projétil. Sabendo que a = −g u y , a função-velocidade e a
função-movimento desse projétil são dadas, respectivamente, por

v = v0 cosθ0 ux + (v0 senθ0 − gt) uy

e  
1
r = (v0 cosθ0 ) t ux + (v0 senθ0 ) t − gt2 uy .
2
Usando o fato de que no instante t1 a componente vertical da velocidade do projétil é nula, temos
v0 senθ0
v0 senθ0 − gt1 = 0 =⇒ t1 = .
g
Não é difı́cil mostrar que t2 = 2t1 (o tempo de queda é o dobro do tempo de subida). Desse modo, as
posições do projétil nos instantes t1 e t2 são dadas, respectivamente, por

v02 senθ0 cosθ0 v 2 senθ0


r1 = ux + 0 uy
g 2g
e
2v02 senθ0 cosθ0
r2 = ux .
g
Conseqüentemente, o vetor deslocamento ∆r = r2 − r1 será dado por

v02 senθ0 cosθ0 v 2 senθ0


∆r = ux − 0 uy .
g 2g
Quarta questão
Não é necessário utilizar a notação vetorial, uma vez que todas as forças estão na mesma direção (vertical).
Suponha, por conveniência, que o movimento seja acelerado para cima.
b) A densidade linear de massa da corda é dada por m/l, de modo que o primeiro trecho tem massa
mx/l e o segundo m(l − x)/l. Primeiro sistema (parte superior da corda):

F − TS − mxg/l = mxa/l

Segundo sistema (parte inferior da corda):

TS − TI − m(l − x)g/l = m(l − x)a/l

Terceiro sistema (bloco):


TI − M g = M a ,
onde a é o módulo da aceleração do sistema, TS é a tensão no ponto P e TI é a tensão no extremo inferior
da corda.
c) e d) No item anterior obtivemos um sistema de 3 equações e três incógnitas (a, T S , TI ). Resolvendo
esse sistema, obtemos
F − g(m + M )
a=
m+M
mx
TS = F (1 − )
l(m + M )
MF
TI =
m+M
A tensão no ponto P é dada por TS . No caso em que x = 0, a tensão coincide com F ; já no caso em que
x = l, a tensão vale F (1 − m/(m + M )) = (M F )/(m + M ), ou seja,a coincide com T I como esperado.

2
Quinta questão
Basta isolar cada corpo e utilizar a Segunda Lei de Newton. Assim, analisando o movimento do bloco
de massa M , podemos escrever

M g cos(θ) − µc M g sen(θ) − T = M a ,

onde T é a tensão no fio e usamos as relações trigonométricas cos(π/2−θ) = sen(θ) e sin(π/2−θ) = cos(θ).
Analogamente, analisando o movimento do bloco de massa m, temos

T − mg sen(θ) = ma

As equações anteriores formam um sistema de duas equações e duas incógnitas. Resolvendo para a e T ,
obtemos  
M (cosθ − µc senθ) − m senθ
a= g
m+M
e
mM g [cosθ + senθ(1 − µc )]
T = .
m+M

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