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Música 

de concerto, chamada popularmente de música clássica ou música erudita, é a


principal variedade de música produzida ou enraizada nas tradições da música
secular e litúrgica ocidental. Abrange um período amplo que vai aproximadamente do século
IX até o presente[1] e segue cânones preestabelecidos no decorrer da história da música. Apesar
do nome que remete a algo do 'passado' ou 'antigo', esta variedade de música é escrita também
nos dias de hoje, através de compositores do século XXI que criam obras inéditas, originais e
atuais.

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Obra de Stravinsky, 'O pássaro de fogo'

Alguns estudiosos definem a música de concerto como aquela que se baseia principalmente na
clareza, no equilíbrio, na objetividade da estrutura formal, em lugar do sentimentalismo
exagerado ou da falta de limites de linguagem musical. Já segundo o Dicionário Grove de
Música, este tipo de música seria fruto da erudição e do estudo formal e não apenas das
práticas folclóricas e populares.[2] Esta última definição porém é controversa ao não observar a
existência de gêneros musicais normalmente associados à música popular e que
simultaneamente são fruto do estudo. Dessa forma, a linha que separa a chamada música
erudita da música popular seria muito frágil, e nunca houve de fato um consenso de onde
estaria o ponto em que ocorreria uma suposta separação. Segundo grandes estudiosos da
música e de teoria musical, o termo que melhor representa a música dos grandes compositores
é música de concerto, o que demonstra a impossibilidade de classificá-la, pois como afirma Ênio
Squeff, "Beethoven não tem nada de erudito, nem Villa-Lobos. A música de concerto é aquela
inclassificável. É a gênese da atividade musical".[3]
Basicamente, a música ocidental distingue-se de outras formas de música por seu sistema
de notação em partituras, em uso desde o século XVI.[4] O sistema ocidental de partituras é
utilizado pelos compositores para prescrever, a quem executa a obra, a altura, a velocidade,
a métrica, o ritmo e a exata maneira de se executar uma peça musical. Isto deixa menos espaço
para práticas como a improvisação e a ornamentação ad libitum, que são ouvidas
frequentemente em músicas não europeias (ver música clássica da Índia e música tradicional
japonesa) e populares.[5][6] O gosto do público pela apreciação da música formal deste gênero
vem entrando em declínio desde o fim do século XX, marcadamente nos países anglófonos.
[7]
 Este período viu a música clássica ficar para trás do imenso sucesso comercial da música
popular, embora o número de CDs vendidos não seja o único indicador da popularidade do
gênero.[8]
O termo "música clássica" abrange uma série de estilos musicais, desde intricadas técnicas
composicionais (como a fuga)[9] até simples entretenimento (operetas).[10] O termo só apareceu
originalmente no início do século XIX, numa tentativa de se "canonizar" o período que vai
de Bach até Beethoven como uma era de ouro.[11] Na língua inglesa, a primeira referência ao
termo foi registrada pelo Oxford English Dictionary, em cerca de 1836.[1][12] Hoje em dia, o termo
"clássico" aplica-se aos dois usos: "música clássica" no sentido que alude à música escrita
"modelar," "exemplar," ou seja, "de mais alta qualidade", e, stricto sensu, para se referir à
música do classicismo, que abrange o final do século XVIII e parte do século XIX.

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