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Sumário
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 2
2. METODOLOGIA ................................................................................................................................. 2
2.1. Conceito ......................................................................................................................................... 3
2.2. Fonte dos dados .............................................................................................................................. 5
2.3. Extração dos dados......................................................................................................................... 6
2.4. Depuração dos dados ..................................................................................................................... 7
2.5. Informações prestadas pelas UFs ................................................................................................... 8
2.6. Bases de dados ............................................................................................................................. 13
2.7. Cálculo do ICMS decorrente de redução nas alíquotas das operações interestaduais ................. 15
2.8. Arquivos disponibilizados............................................................................................................ 20
3. IMPACTO NO ICMS DE 2011 COM A REDUÇÃO NAS ALÍQUOTAS DAS OPERAÇÕES
INTERESTADUAIS ............................................................................................................................... 20
4. SUGESTÕES DE APERFEIÇOAMENTO METODOLÓGICO ...................................................... 25
5. COMENTÁRIOS SOBRE O RESULTADO DO TRABALHO DO GT44A .................................... 26
6. ANEXOS ............................................................................................................................................ 28
Anexo 1 – Identificação do grupo CNAE: Contribuinte X Não Contribuinte .................................... 28
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1. INTRODUÇÃO
Este documento apresenta os procedimentos metodológicos utilizados pelo GT44A para obter a
Balança Comercial Interestadual de 2011 e calcular o impacto no ICMS decorrente de redução nas
alíquotas aplicadas às operações interestaduais.
Para fins didáticos, apresenta-se primeiro a metodologia, em seguida a descrição das tarefas realizadas,
depois o resumo dos resultados e a forma de leitura dos mesmos, e por fim sugestões do GT44A para a
metodologia nos futuros levantamentos de dados, de forma a aperfeiçoar o cálculo do impacto em
questão, assim como comentários sobre os resultados obtidos.
Adianta-se que foi calculado o impacto no ICMS decorrente de redução nas alíquotas aplicadas às
operações1 interestaduais, conforme proposta apresentada pelo Governo Federal em reunião com os
Governadores em 07/11/2012, que contempla a seguinte transição na redução das alíquotas. Repete-se
a tela da apresentação do Ministro da Fazenda:
Este trabalho foi realizado por grupo especial criado por intermédio do Ofício nº 491/2012-
GABIN/SEFAZ/MA e Memorando nº 219-SE-MF, integrado por representantes dos Estados e da
Receita Federal do Brasil (RFB), de modo a obter uma metodologia comum para o cálculo em questão.
2. METODOLOGIA
Esta seção apresenta a metodologia desenvolvida, a forma como os dados foram obtidos e trabalhados,
e o detalhamento dos arquivos utilizados.
extração dos dados (NFe): totalizados e especificados grandes valores para depuração
simultaneamente, solicitação de dados às UF’s: consolidação, padronização, ajustes e estimativas
depuração da base de dados da NFe
estruturação das bases de dados: NFe; serviço de transporte; produtor rural; uso e consumo
ajustes metodológicos: bens de uso e consumo e diferencial de alíquota do simples nacional
1
A expressão "operações" estende-se às "prestações".
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cálculo do ICMS atual e de cada cenário de alíquotas interestaduais: operações para contribuintes e
para não contribuintes
2.1. Conceito
não foi calculado o diferencial de alíquota, pois a cobrança deste montante dá direito a crédito, o
que anularia seu efeito no cômputo geral;
para fins do cálculo do crédito de ICMS foi adotado o pressuposto de que o crédito é imediato (e
não em 48 meses), para melhor visualizar o efeito da redução das alíquotas interestaduais.
Como as entradas nos contribuintes, obtidas pela transposição das saídas em NFe, referem-se às
saídas realizadas por contribuintes destinadas a outros contribuintes, estão inclusas nestes valores as
operações com bens de uso e consumo. No entanto, estes não dão direito a crédito. Assim, no
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momento de se estimar os valores de crédito, deve-se realizar este ajuste, subtraindo do valor
obtido, aquele referente aos bens de uso e consumo;
As operações realizadas por contribuintes do Simples Nacional não são, em geral, afetadas por
alterações nas alíquotas interestaduais. No entanto, no caso de mercadorias abrangidas pela
substituição tributária, alterações nas alíquotas interestaduais afetam sim o valor arrecadado. Assim,
a estimativa mais precisa deve considerar esta parcela das operações do Simples Nacional;
O presente levantamento não contém, nas extrações de dados, o campo que identifica se a
operação seria sujeita à substituição tributária ou não (CST). De toda maneira, foram
analisados os valores de base de cálculo e ICMS que aparecem nas operações realizadas por
contribuintes do Simples Nacional e identificou-se que eram realizadas com alíquotas muito
próximas às interestaduais. Assim, assumiu-se que se tratavam de operações sujeitas à
substituição tributária.
As aquisições realizadas por contribuintes do Simples Nacional são a base sobre a qual serão
calculados os valores do diferencial de alíquota que estes contribuintes devem recolher. Destaca-se
que o diferencial deve ser calculado mesmo em operações entre contribuintes do simples nacional.
Neste caso, como não há, em geral, base de cálculo nas operações, seria necessário ter os valores
das operações para que fosse possível estimar a base de cálculo e, assim, mensurar o diferencial de
alíquota;
O presente levantamento não continha os valores das operações depurados, o que
inviabilizou a mensuração do diferencial de alíquota do simples nacional das operações cujo
emitente também fosse contribuinte do simples nacional (este ponto consta da seção de
sugestões de aperfeiçoamentos);
De toda maneira, estimou-se o diferencial de alíquota das operações de contribuintes do
regime normal com destino a contribuintes do simples nacional;
Embora haja Estados que fixam sublimites de enquadramento no Simples Nacional, o
trabalho considerou o enquadramento da RFB para efeitos de tributos federais, ou seja, os
contribuintes que estão acima dos sublimites e abaixo do limite de enquadramento federal
foram considerados como contribuintes do Simples Nacional.
Na mensuração do impacto na arrecadação envolvendo não contribuintes, para a estimativa ser mais
precisa seria necessária a identificação do código de tributação das operações (CST), de forma que
fosse possível verificar aquelas cujas mercadorias já tiveram o imposto recolhido anteriormente
(substituído). Atualmente, como a arrecadação é toda do estado de origem, não há problema nesta
operação. No entanto, aprovando-se a PEC referente à forma de tributação das operações destinadas
a não contribuintes e as alterações nas alíquotas interestaduais, estas operações também serão
impactadas;
Operações nas quais a mercadoria já teve o imposto recolhido anteriormente não apresentam
base de cálculo, nem ICMS. Ou seja, não estão sendo capturadas no presente trabalho,
subestimando os resultados deste tipo de operação (este ponto consta da seção de sugestões
de aperfeiçoamentos).
Os valores de entrada obtidos pela transposição das NFEs de saída não incluem energia elétrica e
serviços de comunicação, pois a tributação já está no destino, com exceção dos serviços não
medidos de comunicação em que há repartição específica, não havendo alteração ou impacto nestas
operações.
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2.2. Fonte dos dados
O GT44A buscou utilizar preferencialmente informações extraídas da Nota Fiscal Eletrônica (NFe).
Quanto ao universo/abrangência da NFe, houve concordância que para 2011 os valores globais de saída
estão bem mais próximos dos valores de GIA do que os dados de 2010, tendo em vista que a emissão
de NFE nas operações interestaduais tornou-se obrigatória em dezembro de 2010.
Também foi necessário solicitar às UFs que prestassem informações para complementar o cálculo,
como no caso do setor de serviços de transporte, que não emite NFE (vai emitir o conhecimento de
transporte eletrônico – CTE) e do produtor rural, que ainda não é obrigado a emitir NFe (detalhes no
item 2.5). A Tabela 3 resume a fonte dos dados.
A extração dos dados da NFe foi realizada pela Receita Federal do Brasil (RFB) com auxílio do
SERPRO;
Para tornar a estimativa mais precisa, solicitou-se que os dados fossem extraídos identificando o
regime de apuração do emitente (se é ou não optante do simples nacional), o regime de apuração do
destinatário (se é ou não optante do simples nacional), além de indicador que sinaliza se o
destinatário é contribuinte ou não do ICMS;
A opção ou não pelo regime do Simples Nacional foi identificada pelo cadastro da RFB;
O indicador de destinatário contribuinte /não contribuinte do ICMS foi construído tendo por base a
CNAE do destinatário identificada pelo cadastro do CNPJ da RFB, conforme relação previamente
definida pelo GT44A e que consta no Anexo1 deste documento.
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A seção “2.6 Base de dados” detalha a maneira como as bases de dados foram estruturadas,
considerando inclusive as operações de prestação do serviço de transporte e as realizadas por
produtores rurais. A seguir, são explicitadas as condições de extração dos dados solicitados à RFB,
tanto para informar, quanto para facilitar futuros levantamentos.
Foi solicitado à RFB que levantasse os valores da balança interestadual, para o ano de 2011, por UF,
conforme as condições a seguir:
UF Emitente
UF Destino
Indicador se emitente é optante do simples nacional
Indicador se destinatário é optante do simples nacional
Indicador se destinatário é contribuinte ou não do ICMS
Valor da operação (valor do item da NFe)
Valor base de cálculo
Valor ICMS
O GT44A entende que seria melhor trabalhar com o valor total da NFE ao invés do valor do item, por
haver menos inconsistências (constatado após diversas análises realizadas), mas a RFB possui apenas a
informação do item e não do total da NFE disponibilizada no DW. Estas inconsistências levaram à
necessidade de depuração da base de dados gerada (este ponto está mencionado na seção de sugestões
de aperfeiçoamentos).
A RFB gerou também um relatório com valores de operações interestaduais cujos CFOPs fossem de
energia elétrica ou de comunicação. Estas operações de um modo geral não apresentam base de cálculo
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nem destaque de ICMS, de modo que os valores não foram considerados (foram deduzidos do valor das
operações totais).
A extração realizada pela RFB possui uma condição na qual operações com códigos de tributação com
indicação de isenção ou não tributação são capturadas pelo valor da operação, mas são zerados
automaticamente eventuais valores de base de cálculo e ICMS. Este procedimento da RFB poderia
levar a eventuais diferenças entre os levantamentos das UFs e o realizado pela RFB na base da NFe,
mas o confronto realizado por algumas UFs (SC, SP e RS) indicou que esta condição não compromete
de forma significativa o levantamento de dados.
A base de dados da NFe possui algumas NFe com valores inconsistentes, tais como bases de cálculo ou
destaque do ICMS na casa dos trilhões de reais. Estas NFe deveriam estar canceladas, mas por diversos
motivos não estão. Em alguns casos, os contribuintes anulam estas operações contabilmente, emitindo
outra NFe em operação inversa. No entanto, como as bases de dados foram extraídas apenas com notas
de saída, se o contribuinte anula a operação com uma NFe de entrada, esta NFe não está na base de
dados, sendo que a operação deve ser excluída. Outra situação se refere aos casos que ocorrem na
virada do ano, com uma NFe emitida em um ano e a outra, que anula a operação, emitida em outro ano
(ou cancelada em outro ano). Por vezes, o contribuinte anula a operação apenas na escrituração,
restando a NFe inconsistente na base de dados. Assim, de forma a obter consistência, o GT44A
estabeleceu um subgrupo que ficou responsável pela depuração dos dados.
O Serpro relacionou as NFe cujo valor base de cálculo do item fosse igual ou superior a R$ 1 milhão. A
relação continha os dados da NFe, inclusive a chave de acesso. O subgrupo de depuração trabalhou as
NFes, focando nos grandes valores, de forma a identificar aqueles que devessem ser depurados.
Em casos de dúvidas, o subgrupo identificou as NFe e encaminhou os casos para as UFs envolvidas
(origem e destino), de forma que estas pudessem se pronunciar sobre a validade ou não das mesmas.
Após a primeira depuração e as respostas das UFs, seguiu-se uma análise complementar em que foram
reanalisadas todas as NFe com valor base de cálculo igual ou superior a R$ 30 milhões/item.
Assim, considera-se que os maiores valores foram analisados pelo subgrupo, evitando que os cálculos
fossem impactados por operações inconsistentes. O GT44A entende que valores acima de R$ 1 milhão
capturam as operações que efetivamente podem impactar no cálculo aqui em análise, mas está ciente
que para algumas UFs, valores abaixo de R$ 1 milhão podem ter algum impacto relevante e não foram
alvo de depuração. Ressalta-se, também, que foram analisadas as NFes com item acima de R$ 1
milhão. Portanto, eventuais NFes com valor total superior a R$ 1 milhão (com itens inferiores a este
valor) não constaram da relação e não foram depuradas. No entanto, não se acredita que este fato possa
distorcer os resultados gerais de forma relevante.
De uma forma ou de outra, no momento do cálculo envolvendo não contribuintes, observou-se que as
alíquotas resultantes da divisão do ICMS destacado pelo valor base de cálculo (entre 13% e 14%) são
mais baixas do que o esperado, ou seja, abaixo da alíquota legal/modal aplicada às operações internas.
Nos casos extremos de alíquotas muito baixas para determinadas UFs, elas foram estimadas, de forma a
trazer uma consistência maior aos dados. O nível observado das alíquotas, independente do motivo,
leva a uma subestimação das perdas nas saídas (débitos) envolvendo operações para não contribuintes.
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Nestes casos, em vez da alíquota estar variando da alíquota interna para a nova alíquota, ela está
variando da alíquota (baixa) observada para a alíquota proposta.
Por fim, para futuros levantamentos seria interessante que esta relação de NFe a serem analisadas para
depuração fosse aprimorada, já excluindo as NFe canceladas, pois a relação fornecida pelo Serpro
possui NFe canceladas e isto demandou atenção redobrada do subgrupo (este ponto está mencionado na
seção de sugestões de aperfeiçoamento).
Três informações dos dados fornecidos pelas UFs foram utilizadas no cálculo do impacto na
arrecadação do ICMS decorrente de alterações nas alíquotas interestaduais: i) valores de base de
cálculo das saídas interestaduais de prestação do serviço de transporte; ii) valores de base de cálculo
das saídas interestaduais praticadas por produtores rurais; e iii) entrada interestadual de bens destinados
ao uso e consumo – BUC.
Não havendo no começo do trabalho do GT44A segurança em relação ao levantamento que a RFB
conseguiria fazer, foi solicitado que os Estados prestassem outras informações, as quais foram também
disponibilizadas, mas não utilizadas no cálculo do impacto deste trabalho. São elas:
Balança Comercial Interestadual de 2011 (uma das fontes originárias é a Guia de Informação das
Operações e Prestações Interestaduais do ICMS-GI, artigo 82 do Convênio s/n, de 15.12.70, sendo
que vários Estados obtêm os dados no Sintegra ou na Guia Mensal);
entrada interestadual para não contribuinte, com base na NFe de saída olhando o cadastro do
destinatário;
valor da operação de entrada e de saída interestadual do contribuinte optante no Simples Nacional.
Os dados recebidos foram consolidados, padronizados e analisados para observar a consistência dos
valores e, quando necessário, o GT44A estimou ou reestimou os valores. Com os valores definidos,
detalhou-se o que seriam operações com contribuintes, do regime normal ou do simples nacional, e
operações para não contribuintes. Este detalhamento foi necessário para que fosse possível a junção dos
serviços de transporte com os dados da NFe. As tabelas 4 e 5 detalham a metodologia envolvendo a
prestação do serviço de transporte.
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Tabela 4 – Mapa do recebimento e tratamento das informações relativas à prestação do serviço
de transporte
UF Dados das Ufs GT44A
Total Por UF Total Por UF
ACRE Não Não Estimado pela média da região Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
ALAGOAS Não Não Estimado pela média da região Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
AMAPÁ Sim Sim dados da UF distribuição informada pela UF
AMAZONAS Sim Não dados da UF Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
BAHIA Sim Sim dados da UF distribuição informada pela UF
CEARÁ Sim Não dados da UF Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
DISTRITO FEDERAL Sim Não dados da UF Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
ESPÍRITO SANTO Não Não Estimado pela média da região Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
GOIÁS Sim Não dados da UF Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
MARANHÃO Não Não Estimado pela média da região Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
MATO GROSSO Sim Sim dados da UF distribuição informada pela UF
MATO GROSSO DO SUL Sim Sim dados da UF distribuição informada pela UF
MINAS GERAIS Sim Não dados da UF Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
PARÁ Sim Sim dados da UF distribuição informada pela UF
PARAÍBA Sim Restrição dados da UF distribuição informada pela UF
PARANÁ 2010 Sim Sim dados da UF distribuição informada pela UF
PERNAMBUCO Não Não Estimado pela média da região Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
PIAUÍ Não Não Estimado pela média da região Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
RIO DE JANEIRO Sim Não dados da UF Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
RIO GRANDE DO NORTE Restrição Restrição Reestimado pela média da região Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
RIO GRANDE DO SUL Sim Sim dados da UF distribuição informada pela UF
RONDÔNIA Sim Não dados da UF Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
RORAIMA Não Não Estimado pela média da região Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
SANTA CATARINA Sim Sim dados da UF distribuição informada pela UF
SÃO PAULO Sim Sim dados da UF distribuição informada pela UF
SERGIPE Restrição Sim Reestimado pela média da região Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
TOCANTINS Não Não Estimado pela média da região Saídas distribuídas pelas saídas Nfe
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Tabela 5 – Metodologia prestação do serviço de transporte
Alguns produtores rurais, especificamente aqueles que não possuem CNPJ, não estão obrigados a
emitir a NFe, mesmo em operações interestaduais. Então foi solicitado às UFs que informassem os
valores de saída das operações realizadas por produtores rurais que não estivessem obrigados à emissão
da NFe, identificando a UF de destino.
não foi possível considerar a informação enviada pela UF para: AP (valores muito subestimados);
MT (valores muito superestimados); MG (porque a UF informa que os valores foram extraídos das
Nfe, exatamente o que não era para considerar); SC (porque o valor está muito subestimado por não
incluir as saídas destinadas a SP e o GT não conseguiu estimar por falta de elementos);
foram consideradas as informações enviadas pelas UFs: CE, GO, MS, PA, PR, PI, RN, RS, RO, SP
e SE. O PR informou para 2010, sendo que o valor foi atualizado para 2011 pelo IPCA.
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Adicionalmente, mesmo para aquelas que informaram o valor global, em alguns casos, não foi
informada a UF de destino. Informaram o destino das saídas de produtor rural apenas MS, PA, PI, SE e
RN (parcialmente). Assim, foi necessário estimar a UF destinatária das saídas de CE, GO, PR, RS, RO
e SP, adotando-se o seguinte procedimento:
no caso do RN, 44% das saídas não têm identificação da UF destinatária, sendo que o GT44-A
distribuiu o valor proporcionalmente aos valores das UFs destinatárias informadas pelo RN;
UF destinatária das saídas do produtor rural do CE: tomando como parâmetro a estrutura da
destinação do PI;
UF destinatária das saídas do produtor rural de GO: tomando como parâmetro a estrutura da
destinação do MS;
UF destinatária das saídas do produtor rural do PR, RS, RO e SP: por falta de UF a utilizar como
referência para estimar, tomou-se como parâmetro a estrutura da destinação dos valores BC das
saídas interestaduais da respectiva UF (contribuintes do regime normal e do SN, destinando a
contribuintes do regime normal e do SN e a não contribuintes, dados da NFe, após as depurações).
Por fim, para a obtenção dos valores referentes aos produtores rurais, após diversas tentativas não
exitosas de estimar o valor das UFs que não prestaram informação, optou-se por estimar apenas para
aquelas cuja participação do PIB da agricultura, silvicultura e exploração florestal, mais pecuária e
pesca no PIB Total da UF em 2009 fosse superior a 10%, ou seja, AC, MA, MT e TO, em relação às
quais foi adotado o seguinte procedimento:
o valor global da BC das saídas do produtor rural foi estimado tomando como referência uma UF
que informou: AC com base em RO; MA com base em PA; MT com base em MS; e TO com base
em RO;
o valor global estimado foi distribuído por UF destinatário com base na estrutura da destinação dos
valores BC das saídas interestaduais da respectiva UF (contribuintes do regime normal e do SN,
destinando a contribuintes do regime normal e do SN e a não contribuintes, dados da Nfe, após as
depurações).
A informação relativa às entradas de bens de uso e consumo (BUC) é relevante para a mensuração do
impacto na arrecadação do ICMS, pois estas mercadorias não dão direito a crédito e, por isso, devem
ser subtraídas dos créditos de ICMS calculados a partir do valor base de cálculo das entradas nos
contribuintes do regime normal, via NFe. A subtração é necessária, pois como a NFe é estruturada pela
ótica de quem emite, não permite identificar, por exemplo, se o adquirente fará uma revenda, se
utilizará a mercadoria como insumo, como ativo ou como um bem de uso e consumo.
Além disso, sobre a aquisição interestadual de bens de uso e consumo, deve-se recolher o diferencial de
alíquota, que aumenta à medida que as alíquotas interestaduais declinam.
Ressalta-se que é mais preciso ajustar o valor de crédito subtraindo a parcela referente a BUC e
mensurar o diferencial de alíquota, pois os valores não são idênticos. A diferença reside no fato do
diferencial de alíquota ser aplicado sobre a base de cálculo da operação interestadual, não sendo, neste
caso, uma alíquota por dentro.
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O GT44A solicitou que as UFs informassem a entrada interestadual de bens de uso e consumo (valores
classificados nas CFOPs 2407, 2556 e 2557). Não foi solicitado que informassem a UF de origem. Não
prestaram a informação apenas as seguintes UFs: AC, MA, RR e TO, em relação às quais o GT44A
assim procedeu:
Na análise dos dados informados pelas UFs observa-se que mesmo não dando direito a crédito, parte do
valor classificado nos CFOPs aqui mencionados já possuem base de cálculo e ICMS. Assim, os valores
de BC, embora pouco significativos, foram deduzidos dos VC para obter o VC líquido (parcela efetiva
que não é objeto de crédito). Anota-se que os valores escriturados na BC indicam que uma pequena
parte dos contribuintes já vem se creditando por aquisições de bens de uso e consumo (amparados por
liminares ou indevidamente), ou então que o lançamento foi feito em CFOP incorreto.
Na sequência, o VC "Líquido" (VC - BC) das entradas de bens de uso e consumo foi reduzido para
obter-se, por estimativa, qual seria o valor da BC das entradas dos referidos bens, caso fosse admitida a
apropriação de créditos. Para tanto, foi aplicado um indicador, com dados de 2010, da participação dos
valores de base de cálculo nos valores contábeis considerando as entradas de outros estados para
contribuinte (operações normais e operações sujeitas a ST adquiridas de contribuinte normal ou do
SN). O indicador para o total Brasil, de 60,5%, é a média ponderada das UFs selecionadas para o
cálculo, e foi aplicado para as demais UFs que não integraram o cálculo do indicador.
Comentários adicionais:
os CFOP’s relativos a bens de uso e consumo não contêm aquisição de serviço de comunicação e
de serviço de transporte, adquiridos para fins de uso ou consumo, pois são atividades que tem
CFOP’s específicos;
não há impacto decorrente de alteração de alíquota interestadual nas entradas destinadas a uso ou
consumo de produtos tais como gasolina e energia elétrica, pois nesses casos o ICMS já é
integralmente devido à UF de destino, não afetando o cálculo;
em algumas UF´s, grandes contribuintes como do setor de energia elétrica e comunicação (que
utilizam intensivamente materiais para uso e consumo) não prestam a informação por estarem
sujeitos a declaração simplificada;
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2.6. Bases de dados
Conforme mencionado na seção “2.2 Fonte dos Dados”, o GT44A estruturou as bases de dados no
arquivo denominado “Base de dados NFe Depurada 20121123”, compondo os “Anexos I a VI”. Além
destas, foram acrescentadas as bases de dados relativas aos serviços de transporte, produtores rurais e
bens de uso e consumo, inclusive identificando algumas hipóteses estabelecidas para que fosse possível
a junção das bases extraídas via NFe com aquelas informadas pelas UFs.
O arquivo “Base de dados NFe Depurada 20121123” apresenta uma pasta “Sumário” que ajuda na
identificação das bases de dados, conforme segue:
Planilhas Base
Anexo I Saídas DW de contribuinte do Regime Normal para contribuinte do Regime Normal
Anexo II Saídas DW de contribuinte do Regime Normal para contribuinte do Simples Nacional
Anexo III Saídas DW de contribuinte do Regime Normal para não contribuinte
Anexo IV Saídas DW de contribuinte do Simples Nacional para contribuinte do Regime Normal
Anexo V Saídas DW de contribuinte do Simples Nacional para contribuinte do Simples Nacional
Anexo VI Saídas DW de contribuinte do Simples Nacional para não contribuinte
Saídas (informadas pelas Ufs) de produtores rurais para contribuintes do Regime Normal.
P_Rural * Hipótese estabelecida pelo GT: toda a saída do produtor rural é destinada a contribuinte do
regime normal
Estas bases de dados foram consideradas as “Planilhas Base” (em azul). Para o cálculo do impacto
estas planilhas foram agregadas quando sujeitas ao mesmo método de cálculo e de forma a otimizar o
cálculo. Para facilitar o entendimento da agregação, foram estruturadas as “Planilhas Intermediárias”
(em verde) e as “Planilhas para cálculo” (em amarelo). Novamente, a pasta “Sumário” detalha cada
base de dados.
Planilhas Intermediárias
RN_RN Anexo I + Transp1+P_Rural: representa todas as saídas de contribuintes do Regime Normal e
Produtores Rurais para contribuintes do Regime Normal. A BC das saídas para contribuintes está
“completa”, no sentido de já conter a BC própria do contribuinte remetente relativa às operações
interestaduais sujeitas ao regime de ST e mercadorias que na UF de destino serão internalizadas
pelo contribuinte adquirente na condição de bens do ativo ou de uso ou consumo.
RN_SN Anexo II + Transp2: representa todas as saídas de contribuintes do Regime Normal para
contribuintes do Simples Nacional
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Planilhas para Cálculo
RN_RN + RN_SN + Anexo IV + Anexo V (inclui as saídas de contribuintes do Simples
Nacional para contribuintes do regime Normal e para contribuintes do Simples Nacional)
CTRB_Opcao2 * Hipótese: considerou-se que a BC constante nas operações cujo emitente é contribuinte
do Simples Nacional referem-se a operações com ST
Anexo I e Anexo IV + Transp1 + P_Rural (esta base de dados contém todas as entradas
CTRB_ENTRA para contribuintes do Regime Normal, incluindo as cujo emitente é contribuinte do simples
DA nacional, por considerar que a base de cálculo presente se refere a operações abrangidas
pela substituição tributária
Diferencial de Alíquota do Simples Nacional
= Anexo II (saídas DW de contribuintes do Regime Normal para contribuintes do Simples
Nacional)
Obs.: a leitura da planilha deve ser feita pela coluna
Obs2: apesar de terem de recolher o diferencial de alíquota também sobre as aquisições
Dif_Aliq_SN cujo emitente é contribuinte do SN, como a saída do SN normalmente não tem base de
cálculo, o ideal seria ter o valor contábil da operação, mas este campo não foi depurado.
* Sobre a saída do SN com ST não há hipótese de diferencial de alíquota
Conclusão: O diferencial de alíquota não considerou as aquisições de contribuintes do SN
cujo emitente seja também contribuinte do SN (não foi considerado o anexo V)
Dif_Aliq_BUC Diferencial de Alíquota dos Bens de Uso e Consumo (=BUC)
Anota-se que a separação adequada entre saídas para não-contribuintes e saídas para contribuintes é
importante porque o cálculo do ICMS oriundo das operações interestaduais difere um do outro no
regime tributário atual de ICMS. Descartou-se a alternativa de utilizar o peso das saídas para não
contribuintes no total das saídas com base nos dados da NFe, olhando o CFOP, pois o resultado fica
subestimado em virtude de saídas para não inscritos no cadastro do ICMS (CPF) com indicação de
CFOP de saída para contribuinte. Há ainda o caso de destinatário com CNPJ e com inscrição estadual
mesmo não sendo contribuinte do ICMS, p.e., setor da construção civil.
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2.7. Cálculo do ICMS decorrente de redução nas alíquotas das operações interestaduais
Tabela 6 – Cronograma de redução nas alíquotas interestaduais proposto pelo Governo Federal
Alíquotas Interestaduais
Emitente do Emitente do Emitente do Emitente do
Ano S/SE (exceto ES) com S/SE (exceto ES) com N/NE/CO/ES com N/NE/CO/ES com
Destino ao Destino ao Destino ao S/SE Destino ao
S/SE (exceto ES) N/NE/CO/ES (exceto ES) N/NE/CO/ES
2013 12% 7% 12% 12%
2014 11% 6% 11% 11%
2015 10% 5% 10% 10%
2016 9% 4% 9% 9%
2017 8% 4% 8% 8%
2018 7% 4% 7% 7%
2019 6% 4% 6% 6%
2020 5% 4% 5% 5%
2012 4% 4% 4% 4%
O GT44A também calculou o impacto da alteração nas alíquotas interestaduais nas operações com não
contribuintes, considerando que a PEC 197/2012 (“comércio eletrônico”) que trata da forma de
tributação do ICMS em operações interestaduais com não contribuintes, seja aprovada.
As tabelas 1 a 8 contém a memória de cálculo de cada uma das variáveis calculadas que afetam os
débitos, créditos e diferencias de alíquota e que foram necessários para obter o ICMS nas operações
interestaduais com o regime tributário atual e decorrente de cada cenário de alíquotas.
A diferença de ICMS por entradas para não-contribuintes (diferencial de alíquota das tabelas 7 e 8) foi
calculada apenas para o cenário do impacto que adota a premissa de que as operações para não-
contribuintes também terão o produto da arrecadação submetido à mesma regra que as para
contribuintes e que o impacto integrará o cálculo do fundo de compensação de perdas. No caso do
cenário de impacto apenas relativo às operações entre contribuintes este tipo de diferencial de alíquota
não integra as variáveis de cálculo.
15/34
Comenta-se que com a redução da alíquota interestadual será ainda mais necessária a cobrança de
diferencial de alíquota para evitar simulações de operações interestaduais e para preservar a
competitividade no mercado interno de cada Estado, aspecto que é relevante em se tratando de
contribuinte do Simples Nacional.
Repete-se aqui que, para fins do cálculo do impacto de alteração nas alíquotas do ICMS das operações
interestaduais, o pressuposto é que o crédito de ICMS por compras de bens destinados ao ativo é
imediato (e não em 48 meses), para que melhor se possa visualizar o efeito da redução das alíquotas
interestaduais. Ainda em relação aos bens do ativo, não se calculou a diferença de ICMS na UF
destinatária, pois não há impacto financeiro resultante para fins da finalidade do presente estudo, na
medida que o cálculo do diferencial de ICMS seria anulado com o respectivo direito à apropriação de
crédito.
A Tabela 9, uma tabela intermediária, é o resumo das tabelas 1 a 8, que facilita a visualização de cada
variável calculada. Na Tabela 9 também foi calculado o saldo do ICMS atual e de cada cenário, bem
como o impacto na arrecadação:
Assim, são três estimativas de impacto para cada cenário de redução das alíquotas, cujos resumos
constam nas tabelas 10, 11 e 12:
16/34
Tabela 6 Saída n- Valor base de cálculo de ICMS na saída interestadual de prestação de serviço de
contr2 transporte para não-contribuinte e memória de cálculo do débito de ICMS atual e
simulado
Tabela 7 Entr n- Valor base de cálculo de ICMS na entrada interestadual para não contribuinte e
contr1 memória de cálculo da diferença de imposto com modelo simulado
Tabela 8 Entr n- Valor base de cálculo de ICMS na entrada de prestação de serviço de transporte
contr2 interestadual para não contribuinte e memória de cálculo da diferença de imposto com
modelo simulado
Tabela 9 Impacto ICMS nas operações e prestações interestaduais com regime tributário atual e com
modelo simulado
Tabela 10 Resumo Impacto da redução das alíquotas de ICMS nas operações e prestações interestaduais
impacto1 com regime tributário atual e com modelo simulado para operacões com contribuintes
Tabela 11 Resumo Impacto da redução das alíquotas de ICMS nas operações e prestações interestaduais
impacto2 com regime tributário atual e com modelo simulado para operacões com não
contribuintes
Tabela 12 Resumo Impacto da redução das alíquotas de ICMS nas operações e prestações interestaduais
impacto3 com regime tributário atual e com modelo simulado para operacões com contribuintes e
com não contribuintes
Detalhes adicionais podem ser obtidos nas planilhas em formato excel, não sendo o presente
documento exaustivo e sim complementar aos arquivos, de modo que o trabalho deve ser analisado de
forma global. Ainda assim, considera-se oportuno explicitar o modo como o ICMS das tabelas 1 a 8 foi
calculado.
i) Tabela 1 - Valor base de cálculo de ICMS na saída interestadual para contribuinte e memória de
cálculo do débito de ICMS atual e simulado; e Tabela 2 - Valor base de cálculo de ICMS na entrada
interestadual para contribuinte e memória de cálculo do crédito de ICMS com modelo atual e simulado.
Os débitos e os créditos de ICMS com o regime tributário atual foram calculados aplicando-se as
alíquotas de 7 e 12% “por fora” porque os valores BC já contêm o próprio imposto. Em seguida foram
obtidos os valores BC sem o ICMS para neles aplicar “por dentro” as alíquotas de cada cenário.
ii) Tabela 3 - Entrada interestadual de bens destinados ao uso e consumo e memória de cálculo do
débito de imposto (diferencial de alíquota) atual e com modelo simulado
Para fins do cálculo do ICMS pertencente à UF de origem foi necessário estimar a origem das entradas
para as UFs que compram a 7% e a 12%. Para tanto, adotou-se as mesmas proporções da Tabela 2
(total de entradas de outros estados), por permitir inferir a alíquota média para os bens de uso ou
consumo para um universo mais abrangente de operações.
O ICMS atual contido nas entradas de bens de uso ou consumo foi calculado aplicando-se as alíquotas
de 7% e 12% “por fora” porque os valores BC já contêm o próprio imposto.
Em seguida foram obtidos os valores BC sem o ICMS para neles aplicar “por dentro” as alíquotas
interestaduais de cada cenário, que representam a proporção de ICMS que continua pertencendo à UF
de origem.
17/34
Quanto à alíquota interna para fins do cálculo do diferencial de ICMS, sabe-se que bens de uso e
consumo são sujeitos a várias alíquotas, conforme seja o produto ou serviço. Adotou-se a alíquota
interna padrão (modal), por falta de outro indicador mais preciso.
A diferença de ICMS para a UF de destino foi calculada “por fora”, ou seja, aplicou-se as alíquotas de
ICMS (atuais e de cada cenário) sobre a diferença aritmética entre alíquota interna e a interestadual.
Mas alerta-se que quando as alíquotas interestaduais forem muito baixas o diferencial de alíquota
deveria ser aplicado por dentro para evitar que a carga tributária de bens oriundos de outros estados
fique mais baixa do que a incidente nas operações internas, prejudicando aquisições dentro do próprio
estado. Este problema já existe atualmente, mas seria potencializado com alíquotas interestaduais mais
baixas.
Em resumo, para equilibrar a carga tributária de bens adquiridos em operações internas e em operações
interestaduais, a melhor técnica é a do cálculo “por dentro” do ICMS devido ao Estado de destino,
tanto mais recomendável quanto menor for a alíquota interestadual. Optou-se, porém, pelo método
padrão hoje previsto nas legislações estaduais.
O diferencial de ICMS foi calculado mesmo no caso das UFs que não o cobram atualmente, de modo a
que se possa identificar o impacto quando as alíquotas interestaduais de 7% e 12% forem reduzidas,
ocasião em que a necessidade de se cobrar o diferencial será mais premente.
iii) Tabela 4 - Entrada interestadual no contribuinte optante do simples nacional (SN) e memória de
cálculo do débito de imposto (diferencial de alíquota) atual e com modelo simulado
Ainda que o contribuinte enquadrado no regime do SN não aproprie créditos do ICMS na apuração do
imposto, a diminuição da alíquota interestadual aumenta o imposto devido ao Estado de destino. Trata-
se de obrigação já prevista em muitas legislações estaduais com o objetivo de equilibrar a carga
tributária entre bens adquiridos em operações internas e interestaduais. Para apurar o impacto admitiu-
se que o ICMS do diferencial de alíquota é exigido em todas as UFs, o que, a princípio, tenderá a
ocorrer no cenário de alíquotas interestaduais reduzidas.
Quanto à alíquota interna para fins do cálculo do diferencial, sabe-se que o SN compra com várias
alíquotas, mas adotou-se a alíquota interna padrão (modal), por falta de elementos mais consistentes.
A diferença de ICMS para a UF de destino foi calculada “por fora”, ou seja, aplicou-se as alíquotas de
ICMS (atuais e de cada cenário) sobre a diferença aritmética entre alíquota interna e a interestadual.
Destaca-se que alguns estados adotam sublimite, hipótese em que o contribuinte é do SN para fins de
tributos federais, mas não é para fins do ICMS. Este aspecto superestima o cálculo do diferencial do
ICMS, que não deveria ser calculado para estes contribuintes acima do sublimite. Caso fosse possível
identificar estes contribuintes (ver item 4, sugestões de aperfeiçoamento metodológico) eles deveriam
18/34
ser deslocados e considerados para fins do cálculo dos débitos e créditos de ICMS, como contribuintes
do regime normal.
iv) Tabela 5 e Tabela 6 - Valor base de cálculo de ICMS na saída interestadual para não-contribuinte e
memória de cálculo do débito de ICMS atual e simulado
Após identificar os valores BC das saídas para não-contribuintes, calculou-se o débito de ICMS
correspondente, que atualmente pertence integralmente à UF de origem.
Nas saídas para não-contribuintes prevalece a alíquota vigente nas operações internas, sendo que a
alíquota média foi obtida dividindo-se o valor do ICMS pelo valor BC, pois na base de dados da NFe
dispunha-se de ambos. Conforme já referido, as alíquotas médias resultantes ficaram muito baixas
(entre 13% e 14%), subestimando as perdas nas saídas (débitos) envolvendo operações para não
contribuintes, a menos que se consiga explicar porque ficaram tão mais baixas do que a alíquota modal.
O ICMS do diferencial de alíquota dos serviços de transporte (Tabela 6) prestados a não contribuintes
foi calculado separadamente, apenas para aplicar alíquotas legais da operação interna dos serviços de
transporte, vigentes em maio de 2011, conforme informação de que dispunha o GT08-Quantificação.
Tanto no caso da Tabela 5 como da Tabela 6 as alíquotas foram aplicadas “por fora” porque os valores
BC já contêm o próprio imposto. Em seguida, foi obtida a base de cálculo sem ICMS, para nela aplicar
“por dentro” as alíquotas interestaduais de cada cenário.
v) Tabela 7 e Tabela 8 - Valor base de cálculo de ICMS na entrada interestadual para não contribuinte e
memória de cálculo da diferença de imposto com modelo simulado
As entradas para não-contribuintes foram obtidas a partir da transposição dos valores de saídas para
não contribuintes.
Aqui se trata de calcular a parcela de ICMS relativo às entradas para não-contribuintes que migra para
a UF de destino, para cada cenário de alíquota interestadual, parcela que inexiste atualmente e que
aumenta gradualmente à medida que as alíquotas interestaduais descem.
O ICMS contido nas entradas para não-contribuintes com o regime tributário atual (imposto que
pertence integralmente à UF de origem) foi obtido a partir da transposição do ICMS calculado para as
saídas para não contribuintes, procedimento este que permitiu obter a base de cálculo sem ICMS
(deduzindo da BC das entradas para não-contribuintes o ICMS nela contido). Então, calculou-se o
ICMS que continua pertencendo à origem para cada cenário de alíquotas, aplicando-se “por dentro” as
alíquotas correspondentes a cada cenário.
Para fins do cálculo da parcela de ICMS que migra para a UF de destino aplicou-se a alíquota interna
padrão (modal), que no caso dos serviços de transporte pode diferir da alíquota geral, razão pela qual o
procedimento de cálculo foi feito em tabelas separadas (tabela 7 e tabela 8).
Tal qual nos casos anteriores, o diferencial de ICMS aqui também foi calculada “por fora” (diferença
aritmética entre alíquota interna e a interestadual).
19/34
2.8. Arquivos disponibilizados
Ao todo, o GT44 disponibilizou sete arquivos, sendo um com os resultados e os demais com as bases
de dados e informações recebidas, mesmo as que foram prestadas pelas UFs e não foi necessário
utilizar no trabalho. A tabela 8 explicita o conteúdo principal de cada arquivo, que foi numerado para
facilitar a utilização.
As tabelas 10, 11 e 12, que trazem os resumos dos impactos no ICMS, apresentam no lado esquerdo o
cenário calculado, logo abaixo o impacto em Reais (R$) e depois o peso deste impacto na arrecadação
total do ICMS da própria UF, em percentual (%), conforme se observa na Figura 1.
O primeiro cenário das tabelas 11 e 12 se refere apenas à aprovação da PEC que trata de operações com
não contribuintes, sem alteração nas alíquotas interestaduais de 7% e 12%, razão pela qual este cenário
inexiste na tabela 10, que trata apenas das operações com contribuintes.
20/34
Figura 1 – Estrutura (recorte) de apresentação das tabelas 10, 11 e 12 com o resumo dos impactos
em R$ e em % (perdas e ganhos)
Assim, como exemplo, o GT44A estima que no cenário de alíquotas 6% e 4%, nas operações com
contribuintes, Alagoas apresenta um ganho de R$ 106,9 milhões/ano, equivalente a 4,7% de sua
arrecadação de ICMS, e neste mesmo cenário a Bahia apresenta uma perda de R$ 584,7 milhões/ano,
equivalente a 4,4% de sua arrecadação de ICMS.
21/34
Tabela 9 - Impacto da Redução das Alíquotas de ICMS nas Operações Interestaduais com
Regime Tributário Atual e Com Cenários - Operações Com Contribuintes - 2011 - Em % do
ICMS Total da UF
UF / CENÁRIOS 11 e 6 10 e 5 9e4 8e4 7e4 6e4 5e4 4e4
ACRE 3,2% 6,4% 9,5% 10,3% 11,1% 11,9% 12,6% 13,3%
ALAGOAS 2,6% 5,1% 7,6% 6,6% 5,6% 4,7% 3,8% 2,9%
AMAPÁ 2,6% 5,1% 7,5% 8,4% 9,3% 10,2% 11,1% 11,9%
AMAZONAS -9,8% -19,5% -28,9% -38,9% -48,7% -58,4% -67,8% -77,0%
BAHIA 0,9% 1,8% 2,6% 0,2% -2,1% -4,4% -6,7% -8,9%
CEARÁ 2,4% 4,8% 7,2% 6,5% 5,8% 5,2% 4,6% 4,0%
DISTRITO FEDERAL 4,0% 7,8% 11,6% 11,0% 10,4% 9,7% 9,1% 8,6%
ESPÍRITO SANTO -2,0% -4,0% -5,9% -12,5% -19,0% -25,3% -31,5% -37,5%
GOIÁS -0,3% -0,7% -1,0% -6,0% -10,8% -15,6% -20,3% -24,9%
MARANHÃO 4,6% 9,0% 13,4% 14,4% 15,4% 16,4% 17,3% 18,2%
MATO GROSSO 0,4% 0,8% 1,2% -2,0% -5,2% -8,3% -11,4% -14,4%
MATO GR. DO SUL -2,3% -4,6% -6,9% -12,4% -17,7% -23,0% -28,1% -33,2%
MINAS GERAIS 0,3% 0,5% 0,8% 2,6% 4,4% 6,1% 7,9% 9,5%
PARÁ 3,3% 6,5% 9,7% 9,7% 9,7% 9,7% 9,6% 9,6%
PARAÍBA 1,9% 3,9% 5,7% 4,5% 3,3% 2,1% 1,0% -0,1%
PARANÁ -0,6% -1,1% -1,7% -0,2% 1,2% 2,6% 4,0% 5,3%
PERNAMBUCO 2,0% 4,0% 5,9% 4,5% 3,2% 1,9% 0,7% -0,5%
PIAUÍ 3,7% 7,4% 10,9% 12,1% 13,3% 14,4% 15,5% 16,6%
RIO DE JANEIRO 1,7% 3,3% 4,9% 7,7% 10,4% 13,1% 15,7% 18,2%
RIO GR. DO NORTE 3,0% 6,0% 8,9% 9,7% 10,5% 11,2% 12,0% 12,7%
RIO GRANDE DO SUL -0,3% -0,7% -1,0% -0,1% 0,7% 1,6% 2,4% 3,2%
RONDÔNIA 1,8% 3,6% 5,3% 4,2% 3,1% 2,1% 1,0% 0,0%
RORAIMA 1,9% 3,7% 5,5% 6,4% 7,3% 8,2% 9,1% 9,9%
SANTA CATARINA -2,4% -4,7% -6,9% -7,5% -8,2% -8,8% -9,3% -9,9%
SÃO PAULO -0,9% -1,9% -2,8% -1,9% -1,0% -0,2% 0,6% 1,4%
SERGIPE 2,7% 5,4% 8,1% 7,8% 7,6% 7,4% 7,2% 7,0%
TOCANTINS 2,1% 4,1% 6,0% 4,9% 3,9% 2,8% 1,8% 0,8%
∑ PERDAS R$ MILHÕES (2.329) (4.609) (6.840) (7.684) (9.198) (10.772) (12.947) (15.333)
∑ GANHOS R$ MILHÕES 2.007 3.971 5.894 6.522 7.823 9.189 11.161 13.347
Denota-se que o saldo líquido do ICMS nas operações interestaduais entre contribuintes não é neutro,
ou seja, a soma das perdas é superior à soma dos ganhos. Em primeiro lugar, diga-se que é da própria
natureza do ICMS que créditos interestaduais de entradas sejam inferiores aos débitos por saídas.
Débito no estado remetente não é necessariamente crédito no estado adquirente, como no caso dos bens
adquiridos para uso ou consumo próprio. Outro exemplo é contribuinte do Simples Nacional que
compra de contribuinte do regime normal de outro estado: há débito de ICMS na UF de origem e não
há crédito de ICMS na UF destino.
22/34
O impacto com o modelo finalizado a partir do oitavo ano, quando haveria apenas uma alíquota
interestadual de 4% nas operações com contribuintes, é graficamente demonstrado a seguir:
18,2%
18,2%
16,6%
13,3%
12,7%
11,9%
9,9%
9,5%
9,6%
8,6%
7,0%
4,0%
-0,1%
0,0%
3,2%
5,3%
20%
0,8%
2,9%
-0,5%
1,4%
0%
-9,9%
-8,9%
-14,4%
-20%
-24,9%
-33,2%
-40%
-37,5%
-60%
-80%
AM -77,0%
-100%
RR
RN
DF
GO
RO
ES
PE
RS
CE
SE
RJ
BA
PB
PR
TO
SP
AP
PI
SC
PA
AC
AL
MG
MS
MA
MT
Chama a atenção o impacto no Amazonas, com perda potencial de 77% do seu ICMS total arrecadado
no cenário de alíquotas 4% e 4%. É provável que venha a ser dado tratamento especial à Zona Franca
de Manaus, para que o Estado continue auferindo receita na operação interestadual de modo
diferenciado dos demais estados. Neste caso, o impacto calculado diferirá, inclusive para as demais
UFs, no que se refere às suas relações de troca com o Estado do Amazonas.
Em seguida, o gráfico com o impacto das alíquotas 4% e 4% apenas nas operações com não
contribuintes:
4,7%
4,5%
4,2%
4,2%
4,2%
4,0%
5%
3,6%
3,5%
3,3%
3,2%
4%
2,6%
2,6%
2,3%
2,2%
2,0%
1,8%
1,7%
1,5%
3%
1,4%
0,9%
2%
0,0%
1%
0%
-0,2%
-0,1%
-0,5%
-1%
-1,6%
-1,6%
-2%
-3%
AM -3,6%
-4%
-5%
RN
RR
DF
GO
RO
ES
RS
CE
SE
PE
RJ
PR
PB
BA
TO
SP
AP
PI
SC
PA
AC
AL
MG
MS
MA
MT
Ao final das tabelas 10, 11 e 12 constam os valores de perdas e ganhos em âmbito nacional. A soma
das perdas individuais espelha o montante para fins da discussão do fundo de compensação das perdas.
23/34
Figura 2 - Estrutura de apresentação das tabelas 10, 11 e 12 com a totalização de perdas e ganhos
em âmbito nacional
A figura 2 que traz os resultados obtidos nas operações com contribuintes, onde a soma das perdas das
UFs no cenário de alíquotas unificadas em 4% foi calculada em R$ 15,3 bilhões/ano, tendo a seguinte
configuração durante a transição de oito anos:
Impacto na Transição da Redução das Alíquotas nas Operações Interestaduais para Contribuintes –
Soma das UFs com Perdas
TOTAL UFs COM PERDAS (R$ milhões)
18.000 3 3
7 .3
16.000 94 15
2 1 2.
14.000 7
.7
12.000 98 10
4 9 .1
10.000 0 68
84 7.
8.000 09 6.
9 4 .6
6.000 32
2.
4.000
2.000
-
11 e 6 10 e 5 9e4 8e4 7e4 6e4 5e4 4e4
i) Implicações na utilização de alíquotas de 7% e 12% para o cálculo do ICMS atual das operações
interestaduais:
O ICMS das operações e prestações interestaduais entre contribuintes, com o regime tributário atual,
foi calculado aplicando-se as alíquotas interestaduais legais (atuais de 7% e de 12% e dos cenários),
conforme a origem e o destino. Mesmo aplicando-se as alíquotas sobre os valores base de cálculo
24/34
(operações tributadas), o resultado se trata de ICMS Calculado Potencial, principalmente quanto aos
débitos de ICMS por saídas para outros estados, em virtude de benefícios fiscais concedidos e que não
são capturados pelos valores base de cálculo da NFe, mas sim apenas o imposto a recolher, como no
caso do crédito presumido/outorgado.
No que se refere aos créditos por entradas, o cálculo do ICMS deste trabalho é mais próximo do efetivo
em virtude de que mesmo quando o imposto é anulado no todo ou em parte na UF de origem, o
imposto costuma ser normalmente destacado nas notas fiscais e a UF de destino suporta o crédito
mesmo que não tenha havido pagamento/débito correspondente na UF de origem. Apenas em situações
muito esporádicas algumas UFs têm procurado glosar o crédito de ICMS do adquirente quando a UF de
origem concede benefício.
Um exemplo relevante diz respeito à Resolução do Senado n° 13/2012. Como o impacto no ICMS foi
calculado com dados de 2011, não foi retirado o efeito da Resolução, que vai alterar a balança
comercial interestadual das UFs, mesmo que não haja redução das alíquotas interestaduais em todas as
operações para contribuintes.
Durante os trabalhos, alguns pontos de melhoria foram identificados e não implantados por motivos de
prazo. Algumas das sugestões envolvem questões metodológicas e outras de procedimentos, e desta
maneira são apresentados.
Antes do início do trabalho deve ser constituído grupo que fará batimento preliminar dos dados
constantes no DW da Receita Federal do Brasil e nos DWs das UFs. Este procedimento visa
alinhar a quantidade de NFs constantes nas diversas bases de dados, evitando divergências
significativas e auxiliando na identificação de casos, como o ocorrido no presente levantamento, de
NFs “não publicadas”, ou seja, que constavam da base de dados do Serpro, mas não no DW da
Receita Federal;
Definir o prazo que o GT possui para solicitar à RFB/Serpro o levantamento de dados que hoje não
constam na base. Como mencionado, alguns campos necessários para uma estimativa mais precisa
ainda não constam da base de dados da RFB. Para que constem, foi informado ao GT44A que
novas extrações demandam tempo. Definindo-se um prazo, busca-se evitar possíveis atrasos ou
conflitos;
Em futuras depurações, o GT deve depurar tanto os valores de base de cálculo e ICMS como
também o valor da operação. A falta de depuração neste último campo limitou a capacidade de
análise do GT44A quanto à consistência dos dados e às possibilidades de verificar alternativas de
cálculo;
Considerar metodologia que considere os sublimites dos estados na classificação entre optantes ou
não pelo Simples Nacional.
25/34
b) Sugestões de aperfeiçoamento na metodologia
A lista de depuração deve conter somente NFe válidas, já expurgando as canceladas e denegadas;
Incluir nas extrações indicador solicitado pelo GT44A, do CPF/CNPJ nos casos de CNAEs não
definidas (ausência de CNAE), identificar neste indicador, se o destinatário apresenta CNPJ/IE ou
somente CPF;
Incluir nas extrações, nos valores referentes às saídas realizadas por contribuintes do SN, o código
de tributação (CST), especialmente para identificar as operações sujeitas à substituição tributária.
Estas operações, apesar de serem realizadas por contribuintes do simples nacional, são afetadas por
alterações nas alíquotas interestaduais;
Incluir nas extrações, nos valores referentes às operações para não contribuintes, o código de
tributação (CST), especialmente para identificar as operações com mercadorias cujo ICMS já foi
retido anteriormente (substituído). Estas operações não apresentam base de cálculo, nem ICMS
destacado, mas serão impactadas caso a PEC que trata da tributação das operações com não
contribuintes seja aprovada. Pela legislação atual, o produto da arrecadação é todo da UF de
origem, mas aprovando-se a PEC e com a descida da alíquota interestadual, a arrecadação será
repartida entre origem e destino e precisa ser calculada.
No presente levantamento, o GT44A solicitou à RFB para que verificasse a possibilidade de
levantar pelo código da situação tributária (CST = 60 = contribuinte substituído) as saídas
interestaduais para não contribuintes relativas a produto onde já houve encerramento de
cadeia por ser sujeito à ST (operações que tem o valor do produto mas não tem BC porque o
vendedor é substituído, já houve encerramento da cadeia do imposto, então esta parcela de
operações não é capturada pela base de dados). A RFB não conseguiu levantar porque não
está no DW.
Mesmo com as hipóteses de cálculo utilizadas e alguns dados ainda fornecidos pelas UFs, o trabalho
foi realizado preponderantemente com a NFe, o que parece ser mais consistente do que o resultado
obtido no trabalho realizado em 2011 pelo GT08-Quantificação com dados de 2008 e 2010. Considera-
se útil comentar algumas questões que simplificaram a metodologia do GT44A.
A obtenção dos valores de entradas, a partir da transposição dos valores de saídas com base na NFe,
mesmo com os ajustes que foram necessários para deduzir os bens de uso e consumo e as aquisições do
simples nacional, foi significativamente mais simples do que os ajustes que o GT08 procedeu no
trabalho feito em 2011, quando as entradas foram obtidas das UFs a partir de bases diferentes nos
26/34
sistemas dos estados (GI, GIA, sintegra, etc.). Seguem algumas vantagens em obter os valores de
entradas a partir da transposição dos valores de saídas:
Uma vantagem da metodologia do GT44A é que não precisa ajustar e complementar os dados da
balança em relação aos valores de base de cálculo das entradas interestaduais de bens destinados ao
ativo imobilizado. Isto porque os bens do ativo já estão contidas nas entradas obtidas por transposição
das saídas em NFe. Os valores de base de cálculo já estarão reduzidos, por exemplo, quando se tratar
de bens que integrem o Convênio 52/91. A metodologia fica muito mais simples do que a adotada pelo
GT08.
Os valores de base de cálculo relativos à operação própria interestadual do remetente já estão contidas
nas entradas obtidas por transposição. A metodologia fica mais precisa, evitando a necessidade de obter
os valores declarados em GIA-ST, que são subestimados, pelos seguintes motivos:
há casos de contribuinte que recolhe o ICMS da ST e não declara GIA-ST, seja por omissão ou por
não ter inscrição estadual no estado de destino;
no caso de adoção de ST unilateral, em que o substituto tributário é o contribuinte adquirente da UF
destinatária, a operação própria deste adquirente não está contabilizada na GIA (normal), valores de
base de cálculo, porque não gera crédito; e também não está contabilizada na GIA-ST porque este
tipo de substituto tributário não declara o documento.
As operações praticadas pelos contribuintes do SN com base na NFe estão mais precisas, haja vista que
os valores declarados na DASN ficam subestimados, pois a DASN é obrigatória, mas a declaração das
operações interestaduais é opcional. Na DASN, ficam mais subestimadas as entradas, pois
principalmente os estabelecimentos comerciais compram mais que proporcionalmente em outros
estados do que vendem para outros estados.
iiii) Universo/abrangência:
Outra vantagem do trabalho do GT44A é que foi possível realizar os cálculos para as 27 UFs com a
mesma metodologia, o que não foi possível no trabalho do GT08 realizado em 2011. Apesar dos
esforços na ocasião para aplicar um método alternativo para as UFs que não prestaram informações da
balança comercial, em procedimento que exigiu vários ajustes e exaustivo procedimento metodológico,
o resultado final foi considerado insatisfatório pelo GT08.
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6. ANEXOS
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255 Fabricação de equipamento bélico pesado, armas e munições SIM
259 Fabricação de produtos de metal não especificados anteriormente SIM
261 Fabricação de componentes eletrônicos SIM
262 Fabricação de equipamentos de informática e periféricos SIM
263 Fabricação de equipamentos de comunicação SIM
264 Fabricação de aparelhos de recepção, reprodução, gravação e amplificação de áudio e SIM
vídeo
265 Fabricação de aparelhos e instrumentos de medida, teste e controle; cronômetros e relógios SIM
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331 Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos NÃO
332 Instalação de máquinas e equipamentos NÃO
351 Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica SIM
352 Produção e distribuição de combustíveis gasosos por redes urbanas SIM
353 Produção e distribuição de vapor, água quente e ar condicionado SIM
360 Captação, tratamento e distribuição de água SIM
370 Esgoto e atividades relacionadas NÃO
381 Coleta de resíduos NÃO
382 Tratamento e disposição de resíduos NÃO
383 Recuperação de materiais SIM
390 Descontaminação e outros serviços de gestão de resíduos NÃO
411 Incorporação de empreendimentos imobiliários NÃO
412 Construção de edifícios NÃO
421 Construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras-de-arte especiais NÃO
422 Obras de infra-estrutura para energia elétrica, telecomunicações, água, esgoto e transporte NÃO
por dutos
429 Construção de outras obras de infra-estrutura NÃO
431 Demolição e preparação do terreno NÃO
432 Instalações elétricas, hidráulicas e outras instalações em construções NÃO
433 Obras de acabamento NÃO
439 Outros serviços especializados para construção NÃO
451 Comércio de veículos automotores SIM
452 Manutenção e reparação de veículos automotores NÃO
453 Comércio de peças e acessórios para veículos automotores SIM
454 Comércio, manutenção e reparação de motocicletas, peças e acessórios SIM
461 Representantes comerciais e agentes do comércio, exceto de veículos automotores e NÃO
motocicletas
462 Comércio atacadista de matérias-primas agrícolas e animais vivos SIM
463 Comércio atacadista especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo SIM
464 Comércio atacadista de produtos de consumo não-alimentar SIM
465 Comércio atacadista de equipamentos e produtos de tecnologias de informação e SIM
comunicação
466 Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos, exceto de tecnologias de SIM
informação e comunicação
467 Comércio atacadista de madeira, ferragens, ferramentas, material elétrico e material de SIM
construção
468 Comércio atacadista especializado em outros produtos SIM
469 Comércio atacadista não-especializado SIM
471 Comércio varejista não-especializado SIM
472 Comércio varejista de produtos alimentícios, bebidas e fumo SIM
473 Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores SIM
474 Comércio varejista de material de construção SIM
475 Comércio varejista de equipamentos de informática e comunicação; equipamentos e artigos SIM
de uso doméstico
476 Comércio varejista de artigos culturais, recreativos e esportivos SIM
477 Comércio varejista de produtos farmacêuticos, perfumaria e cosméticos e artigos médicos, SIM
ópticos e ortopédicos
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478 Comércio varejista de produtos novos não especificados anteriormente e de produtos SIM
usados
479 Comércio ambulante e outros tipos de comércio varejista SIM
491 Transporte ferroviário e metroferroviário SIM
492 Transporte rodoviário de passageiros SIM
493 Transporte rodoviário de carga SIM
494 Transporte dutoviário SIM
495 Trens turísticos, teleféricos e similares NÃO
501 Transporte marítimo de cabotagem e longo curso SIM
502 Transporte por navegação interior SIM
503 Navegação de apoio NÃO
509 Outros transportes aquaviários SIM
511 Transporte aéreo de passageiros SIM
512 Transporte aéreo de carga SIM
513 Transporte espacial NÃO
521 Armazenamento, carga e descarga SIM
522 Atividades auxiliares dos transportes terrestres NÃO
523 Atividades auxiliares dos transportes aquaviários NÃO
524 Atividades auxiliares dos transportes aéreos NÃO
525 Atividades relacionadas à organização do transporte de carga NÃO
531 Atividades de Correio SIM
532 Atividades de malote e de entrega SIM
551 Hotéis e similares NÃO
559 Outros tipos de alojamento não especificados anteriormente NÃO
561 Restaurantes e outros serviços de alimentação e bebidas SIM
562 Serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada SIM
581 Edição de livros, jornais, revistas e outras atividades de edição SIM
582 Edição integrada à impressão de livros, jornais, revistas e outras publicações SIM
591 Atividades cinematográficas, produção de vídeos e de programas de televisão NÃO
592 Atividades de gravação de som e de edição de música NÃO
601 Atividades de rádio NÃO
602 Atividades de televisão SIM
611 Telecomunicações por fio SIM
612 Telecomunicações sem fio SIM
613 Telecomunicações por satélite SIM
614 Operadoras de televisão por assinatura SIM
619 Outras atividades de telecomunicações SIM
620 Atividades dos serviços de tecnologia da informação NÃO
631 Tratamento de dados, hospedagem na internet e outras atividades relacionadas NÃO
639 Outras atividades de prestação de serviços de informação NÃO
641 Banco Central NÃO
642 Intermediação monetária - depósitos à vista NÃO
643 Intermediação não-monetária - outros instrumentos de captação NÃO
644 Arrendamento mercantil NÃO
645 Sociedades de capitalização NÃO
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646 Atividades de sociedades de participação NÃO
647 Fundos de investimento NÃO
649 Atividades de serviços financeiros não especificadas anteriormente NÃO
651 Seguros de vida e não-vida NÃO
652 Seguros-saúde NÃO
653 Resseguros NÃO
654 Previdência complementar NÃO
655 Planos de saúde NÃO
661 Atividades auxiliares dos serviços financeiros NÃO
662 Atividades auxiliares dos seguros, da previdência complementar e dos planos de saúde NÃO
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822 Atividades de teleatendimento NÃO
823 Atividades de organização de eventos, exceto culturais e esportivos NÃO
829 Outras atividades de serviços prestados principalmente às empresas NÃO
841 Administração do estado e da política econômica e social NÃO
842 Serviços coletivos prestados pela administração pública NÃO
843 Seguridade social obrigatória NÃO
851 Educação infantil e ensino fundamental NÃO
852 Ensino médio NÃO
853 Educação superior NÃO
854 Educação profissional de nível técnico e tecnológico NÃO
855 Atividades de apoio à educação NÃO
859 Outras atividades de ensino NÃO
861 Atividades de atendimento hospitalar NÃO
862 Serviços móveis de atendimento a urgências e de remoção de pacientes NÃO
863 Atividades de atenção ambulatorial executadas por médicos e odontólogos NÃO
864 Atividades de serviços de complementação diagnóstica e terapêutica NÃO
865 Atividades de profissionais da área de saúde, exceto médicos e odontólogos NÃO
866 Atividades de apoio à gestão de saúde NÃO
869 Atividades de atenção à saúde humana não especificadas anteriormente NÃO
871 Atividades de assistência a idosos, deficientes físicos, imunodeprimidos e convalescentes, e NÃO
de infra-estrutura e apoio a pacientes prestadas em residências coletivas e particulares
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