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José de Alencar
Ceci (Cecília): filha do nobre D. Antônio Mariz, é uma moça linda, loira e de olhos azuis. Meiga e
suave, é a perfeita heroína do Romantismo. Apelidada de Ceci por Peri, significava dor, pois ela o
repudiava.
Isabel: filha bastarda de D. Antônio com uma índia, é apresentada oficialmente como sobrinha do
nobre. É morena, sensual e de sorriso provocante.
Dona Lauriana: esposa de D. Antônio Mariz. É uma senhora paulista egoísta e orgulhosa.
Álvaro: capataz de D. Antônio Mariz, é apaixonado por Ceci, mas acaba se envolvendo com Isabel.
Resumo da Obra
O romance tem sua ação desenvolvida na primeira metade do século XVII,
iniciando-se no ano de 1604. Na primeira parte do livro, o narrador nos
apresenta a D. Antônio Mariz, pai da heroína Ceci (Cecília), sendo este um
fidalgo português que teria participado na fundação da cidade do Rio de
Janeiro, em 1567. A casa de D. Antônio é construída tendo-se como modelo os
castelos medievais europeus e ele passa a viver lá com sua família, criados e
outros companheiros. A propriedade fica localizada na Serra dos Órgãos, às
margens do Rio Paquequer, um afluente do Rio Paraíba, e esse é o local em que
se dará a ação do romance.
índio lamentou não poder dar um presente tão belo como aquele,
porém, Cecília disse que não usaria aquele bracelete caso ele trouxesse
uma flor. Não demorou muito e Peri trouxe uma flor e a fixou nos
cabelos dela.
Indo para o quarto de Isabel, Ceci encontro-a indisposta e chorando,
pois, ela havia revelado a mesma sobre seu amor por Álvaro e achava
que ela não a teria mais como amiga, porém, Cecília disse que ela não
sentia nada por Álvaro então não ia ser um problema. Em seguida,
Ceci deu o bracelete a Isabel e mentiu dizendo que ele era um
presente de sue pai e que ela tinha outro igual.
Um ano antes do início da história, havia no caminho entre Rio de Janeiro e Espírito
Santo uma região ocupada por colonos e índios catequizados. Um dos Padres
responsáveis era o Frei Ângelo di Luca , enviado da Itália pela Ordem do Carmo para
essa missão. Anoitecia sob uma grande tempestade. Caiu, portanto, um raio que
atingiu a árvore, essa que caiu no peito de um dos companheiros do Frei Ângelo,
Fernão Aires.
Sendo levado para o quarto, Fernão Aires revela para Ângelo ter um mapa de uma
mina de prata secreta, no Sertão da Bahia. Fernão se juntaria ao amigo para ir em
busca do tesouro, no entanto, a ganância fez com que Ângelo ele matasse o homem e
tomasse o mapa para si. Dali em diante, Frei Ângelo di Luca tornava-se Loredano.
Em certo momento, o filho de D. Antônio, D. Diogo, mata uma índia da tribo aimoré
por acidente durante uma caçada, o que deixa a tribo enfurecida e com sede de
vingança. Então, dois índios aimorés vigiam Ceci enquanto a moça se banhava e se
preparam para mata-la quando são mortos pelas flechadas certeiras de Peri. Uma
índia aimoré que viu todo o ocorrido relata os fatos para sua tribo e isso acaba
desencadeando uma guerra entre a família de D. Antônio e os aimoré.
Em paralelo a essa luta, Loredano continua em seu plano de destruir a família do
fidalgo português e raptar Ceci. Porém, seus planos são sempre frustrados por Peri,
que está sempre vigiando a moça. Além disso, tem-se a personagem de Álvaro, um
jovem nobre apaixonado por Ceci, mas que não tem seu amor retribuído por ela. Mais
tarde, porém, Álvaro irá se envolver com Isabel, filha bastarda de D. Antônio e
apresentada oficialmente como sendo prima de Ceci.
A guerra com os aimorés vai ficando cada vez mais tensa e Peri resolve entregar-se a
um ato heroico de sacrifício. Sabendo que a tribo aimoré é antropófaga, Peri toma
veneno e vai lutar na própria aldeia aimoré. Assim, após Peri morrer em combate, os
índios iriam devorar sua carne envenenada e acabariam morrendo.
Esta seria a única solução para a guerra, mas Álvaro o salva. Diante o desespero de
Ceci ao saber de tudo, Peri resolve tomar um antídoto e sobrevive. Álvaro acaba
falecendo em combate e Isabel se suicida. Algum tempo depois, Loredano trama a
morte de D. Antônio, mas é preso e condenado a morrer na fogueira por traição.
O cerco dos aimoré chega a um nível muito perigoso para a
família do fidalgo e D. Antônio pede a Peri para que ele se
converta ao cristianismo e fuja com Ceci. Assim, os dois jovens
fogem em uma canoa pelo Rio Paquequer e ouvem ao fundo o
castelo de D. Antônio pegando fogo, pois quando os índios
invadiram a residência do nobre ele explodiu barris de pólvora
matando a todos.