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ARTIGO CIENTÍFICO
NOVA IGUAÇU
NOVEMBRO/2019
Laurinete de Souza
O BRINQUEDO E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NAS CRIANÇAS DA
PRÉ-ESCOLA NA VISÃO DA PSICOPEDAGOGIA
NOVA IGUAÇU
NOVEMBRO/2019
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo ser uma contribuição para o debate acerca da
importância do brinquedo no desenvolvimento cognitivo das crianças da primeira
infância. Nessa intenção o trabalho busca explorar as posições mais correntes que dizem
respeito as atividades lúdicas. Para ampliar a discussão, buscou-se embasamento teórico à luz
do desenvolvimento cognitivo segundo os educadores Lev Vygotsky e Jean Piaget. Em
seguida, mostrou-se sedimentar um posicionamento, explorando as origens e o significado do
jogo, do brinquedo, suas possibilidades como veículo motivador, sua importância e validade
para o desenvolvimento do aprendiz. Além disso, como proposta também teve esse trabalho o
objetivo de compreender o jogo na pré-escola como possibilidade de desenvolvimento da
autonomia, da coordenação motora, da criatividade e da aprendizagem significativa, através
da mediação docente. Os resultados do estudo deram-se através de pesquisa bibliográfica.
INTRODUÇÃO ......................................................................................................
PROBLEMA ...........................................................................................................
HIPÓTESE .............................................................................................................
JUSTIFICATIVA ..................................................................................................
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
Metodologia
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1.0 O Jogo
1.1 Definições de Brinquedo e Brincadeira
1.2 A Importância do Brinquedo no Desenvolvimento Humano
1.3 O Brinquedo na Visão de Piaget e Vygotsky
2.0 O Desenvolvimento Cognitivo
2.1 As Fases de Desenvolvimento da Criança
2.2 A Criança da Pré-escola
3.0 A Pré-Escola e a LDB 9394/96
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo tratar o tema BRINQUEDO como eixo central
de propostas de habilidades cognitivas na pré-escola. O tema requer discussões sobre sua
importância e papel, valorizando o lúdico como instrumento de desenvolvimento humano.
É notório afirmar que o jogo é um recurso indispensável à saúde física e emocional do
ser humano, canalizando situações de aprendizagem. Através dele desenvolve-se a linguagem,
o pensamento, a dedução lógica, a socialização.
A escolha sobre o tema surgiu a partir da necessidade de promover discussões sobre a
importância dos instrumentos lúdicos, uma vez que a criança de hoje não faz uso dos
brinquedos infantis, pois a sociedade desconhece o verdadeiro papel do brincar.
Não pretende o presente trabalho ser um manual com fórmulas que possam vir a
resolver problemas da infância. Pretende-se sim buscar discussões e reflexões sobre as
oportunidades que se deve proporcionar a uma criança de desenvolver suas habilidades
cognitivas através de jogos, promovendo assim aprendizagem e socialização.
O problema abordado nessa pesquisa será: É possível o brinquedo desenvolver o
cognitivo de crianças da pré-escola, fomentando as relações interpessoais através do ambiente
físico e a construção do conhecimento? Ao brincar, a criança aprende e se desenvolve e isso
se dá principalmente porque ela vai vivenciando suas experiências.
O objetivo nessa pesquisa é explorar o assunto a fim de propor um trabalho que
valorize o lúdico e suas formas, visando sempre o desenvolvimento e a aprendizagem das
crianças. Para isso, organizou-se o desenvolvimento da pesquisa a respeito do conceito de
brinquedo na visão de Piaget e de Vygotsky.
Objetivo Geral:
. Analisar a influência dos jogos no desenvolvimento cognitivo nas crianças da pré-
escola, contribuindo para o processo de aprendizagem e socialização do sujeito.
Objetivos Específicos:
. Reconhecer a importância dos jogos no desenvolvimento cognitivo, considerando o
trabalho educativo da Psicopedagogia.
. Admitir os jogos como recursos que colaboram na educação, promovendo uma
aprendizagem prazerosa.
PROBLEMA
É possível o brinquedo desenvolver o cognitivo de crianças da pré-escola, fomentando
as relações interpessoais através do ambiente físico e a construção do conhecimento?
HIPÓTESE
O lúdico atua como facilitador no desenvolvimento cognitivo, em crianças
de zero a cinco anos de idade, idade pré-escolar, através de experiências vivenciadas por elas.
JUSTIFICATIVA
O intuito dessa pesquisa é desenvolver um estudo sobre a influência dos jogos no
processo do desenvolvimento cognitivo, visto que esse assunto é de suma importância para
que educadores e a sociedade em geral entendam o valor do lúdico no processo de construção
do conhecimento das crianças em idade pré-escolar.
Se faz necessário dar a devida importância ao tema, visto que a infância é a fase do ser
humano onde a imaginação é frequente, onde a criança começa a entender o mundo ao seu
redor. Pela sua devida relevância, o lúdico também permite que os indivíduos expressem, por
meio das mais variadas linguagens, suas ideias seus pensamentos e ideias.
Enquanto suporte de brincadeiras, o jogo torna-se responsável pela construção da
representação mental e da realidade dos seres humanos, explorando assim o tempo e o espaço
disponíveis, promovendo também liberdade e ação voluntária de quem joga.
Brincando, a criança se desenvolve, se socializa, utiliza a sua criatividade e se
comunica, explorando o mundo à sua volta.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada se dará através de pesquisa bibliográfica, de caráter
qualitativo, utilizando livros, dissertações e teses disponibilizadas de forma física e digital. As
buscas serão feitas na plataforma Google Acadêmico. Serão selecionados estudos utilizando
como descritores os termos de busca: jogos e brincadeiras, desenvolvimento cognitivo,
aprendizagem, desenvolvimento, trabalho psicopedagógico.
1.0 JOGO:
A palavra jogo vem do latim – jocus - e significa divertimento, brincadeira. O jogo é
lúdico e estimulante. Envolve prazer, interação social, aprendizagem, desenvolvimento
cognitivo, situações desafiadoras, imaginação.
Kishimoto, (apud Félix 2002, p. 10) afirma que “Povos distintos e antigos como os da
Grécia e Oriente brincavam de amarelinha, de empinar papagaio, jogar pedrinhas, e até hoje
crianças o fazem da mesma forma”.
No Brasil pré-colonial nossos nativos já se utilizavam de brincadeiras em competições
e festividades. Segundo Félix (op cit, p.12) “Seus jogos estavam ligados a seu contato com a
natureza: brincadeiras nos rios, nas canoas, imitação de animais”.
O ato de jogar pode proporcionar prazer ou desprazer, dependendo do resultado de
quem usa o objeto – jogo – que promove a brincadeira. Segundo Ferreira, (2000, p. 408), a
definição de jogo é “[...] uma atividade física ou mental fundada em um sistema de regras que
definem a perda ou o ganho”.
A Declaração Universal dos Direitos da Criança, aprovada na Assembleia Geral das
Nações Unidas em 1959, em seu artigo 7°, ao lado do direito à educação, enfatiza o direito ao
brincar. Assim, “A criança deverá desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras as quais
deverão ser dirigidos para a educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão
para promover o exercício deste direito (UNICEF, 1959)
Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), a criança é considerada como
sujeito de direitos. E esses direitos incluem o direito de brincar:
Enquanto atividade rotineira presente nas escolas, o brinquedo deve estimular a
criança em cada fase do desenvolvimento, tornando-a participativa e protagonista ativa do
processo educativo. A proposta pedagógica das pré-escolas deve ser desenvolvida
eminentemente através de concepções voltadas para o brincar e cuidar.
Assim,
As atividades propostas e a manipulação do material disponível ‘preparam’ a
criança para a futura aprendizagem, aquela que acontecerá na escola. Nesta
concepção, o papel da pré-escola é desenvolver hábitos, atitudes, habilidades
e comportamentos necessários à sua vida escolar, através de atividades
consideradas lúdicas e criativas. (Esteban, 2001, p.23)
O lúdico é inerente ao ser humano, pois através das brincadeiras simbolizamos,
imaginamos e criamos. Brincar, em especial, é um direito da infância. Os brinquedos e os
jogos têm várias funções, pois fazem parte do desenvolvimento global da criança, dando
suporte a várias aprendizagens. Enquanto brinca, a criança reproduz situações reais as quais
ela vivencia. Assim, segundo Piaget, "a criança que brinca de boneca refaz sua própria vida,
corrigindo-a à sua maneira, e revive todos os prazeres e conflitos, resolvendo-os, ou seja,
completando a realidade através da ficção". (1969, p. 29).
Para isso, deve-se fornecer tempo, espaço e condições favoráveis, além de materiais,
para que a criança brinque e possa representar sua realidade.
Conforme Esteban, 2001, p. 27, “A investigação do cotidiano parece nos indicar que,
na prática, não é tão evidente o senso comum de que ‘na pré-escola se aprende brincando’ Ao
menos no que diz respeito à aprendizagem como construção de conhecimento sobre o
mundo.”
Uma criança que brinca, que mantém contatos afetivos com outras crianças através dos
jogos, provavelmente tornar-se-á um adulto seguro, autoconfiante, equilibrado, propício a
entender melhor as regras e normas estabelecidas por uma brincadeira.
Assim, “Toda brincadeira é imitação transformada, no plano das emoções e das ideias,
e uma realidade anteriormente vivenciada.” (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL
PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998b, p.27).
Enquanto jogam, as crianças assumem papéis mais variados possíveis. Mexem e
remexem, ressignificam a realidade, dando-lhe outras facetas. “As crianças agem frente à
realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações
e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos.” (REFERENCIAL
CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998b, p. 27).
A criança é um ser único, com toda as suas particularidades pessoais. Ela possui
capacidade de pensar, organizando suas experiências vivenciadas incluindo, em suas
interações, adultos e crianças. Suas atividades adquirem um significado próprio, através de
um sistema de comportamento social. Assim, “Cada criança deve ser respeitada nas suas
capacidades e limites, tem seu ritmo próprio de desenvolvimento, interesses e necessidades
peculiares, e vive num contexto sociocultural que precisa ser considerado.” (CASTRO E
AMOEDO, 2003, p.13.
REFERÊNCIAS
PIAGET, J. Seis Estudos em Psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1969.
REVISITANDO A PRÉ-ESCOLA
Referencial Curricular
PEREIRA, Eugênio
ECA
LEONTIEV, A.N. Uma contribuição à teoria do desenvolvimento da psique infantil. In:
VYGOTSKY, L.S. et al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1998.
BASSAN, Silvana. A constituição social do brincar: um estudo sobre o jogo de papéis.
Dissertação de Mestrado em Educação na Área de Psicologia Educacional - Faculdade de
Educação - Unicamp, 1997.
Bedin ´ver minha mono
VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. Trad. M. Resende, Lisboa, Antídoto, 1979. A formação
social da mente. Trad. José Cipolla Neto et alii. São Paulo, Livraria Martins Fontes, 1984.