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MANUTENÇÃO
Rio de Janeiro
2018
GABRIEL CANDIDO DA PENHA DANTAS DA SILVA
Aluno do Curso de Engenharia de Produção
Matrícula 0913800289
Rio de Janeiro
2018
FERRAMENTAS PARA GERENCIAMENTO DA
MANUTENÇÃO
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Prof.
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Prof.
With the technological development, the machines have become one of the main instruments
of the industries and the maintenance of these equipments is often dealt with corrective
actions, causing that it diminishes the quality of the production and increases the costs,
immobilizing the machines and damaging the production. The present work had as objective
to carry out a bibliographical survey on the tools for maintenance management, besides a
study on the possible types of maintenance. Through this work, it is concluded that
maintenance is directly linked to financial losses of the organizations, as regular stops will
lead to lower productivity, lower quality, losses of parts and even equipment, which,
consequently, will reduce profits. The importance of preventive and non-corrective
maintenance is evidenced, since organizations must work in order to avoid and not only solve
problems when they have already occurred.
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 9
1.1 OBJETIVOS .................................................................................................................................. 11
1.1.1 Objetivo Geral ..................................................................................................................... 11
1.1.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................... 11
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO ................................................................................................................... 11
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................ 12
1.4 HIPÓTESES .................................................................................................................................. 12
1.5 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ...................................................................................................... 12
1.6 METODOLOGIA........................................................................................................................... 13
2 A MANUTENÇÃO: ASPECTOS GERAIS ...................................................................................... 14
2.1 ASPECTOS CONCEITUAIS ............................................................................................................ 14
2.2 OS TIPOS DE MANUTENÇÃO....................................................................................................... 14
2.2.1 A Manutenção Corretiva ..................................................................................................... 14
2.2.2 A Manutenção Preventiva ................................................................................................... 15
2.2.3 Manutenção Preditiva ......................................................................................................... 16
2.2.4 Manutenção Detectiva ........................................................................................................ 18
2.3 PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO........................................................................................... 18
2.3.1 Ordem de Manutenção ....................................................................................................... 19
2.3.2 Homens na Manutenção ..................................................................................................... 19
2.3.3. O Planejador ....................................................................................................................... 20
2.3.4 O Executante ....................................................................................................................... 20
2.3.5 O Supervisor ........................................................................................................................ 21
2.3.6 A equipe de engenharia da manutenção ............................................................................. 22
2.3.7 O Gerente de manutenção industrial .................................................................................. 22
2.4 PLANOS DE MANUTENÇÃO ........................................................................................................ 22
3 FERRAMENTAS PARA GERENCIAMENTO DA MANUTENÇÃO ............................................ 24
3.1 METODOLOGIA 5S's ................................................................................................................... 24
3.2 MANUTENÇÃO AUTÔNOMA ...................................................................................................... 25
3.3 RCM ............................................................................................................................................ 26
3.4 TPM ............................................................................................................................................ 26
4 ESTUDO DE CASO ......................................................................................................................... 31
4.1 A EMPRESA ................................................................................................................................. 31
4.1.1 O Processo ........................................................................................................................... 32
4.2 O PROBLEMA .............................................................................................................................. 33
4.2.1 A TPM na empresa. ............................................................................................................. 36
4.3 RESULTADOS DO ESTUDO .......................................................................................................... 41
5 CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 44
6 RECOMENDAÇÕES PARA PESQUISAS FUTURAS ................................................................... 46
7 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 47
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1 INTRODUÇÃO
Dessa forma, é necessário que a manutenção seja integrada com todos os setores da
organização, pois a manutenção influencia diretamente na qualidade e produtividade, trazendo
reflexos operacionais e financeiros (XENOS, 1998). Para tal, é necessário que a manutenção
seja proativa e que os gestores da organização tenham visão ampla, focando na satisfação dos
clientes, através do aumento da qualidade (KARDEC e NASCIF, 2009).
De forma bem clara, verifica-se que a rentabilidade das empresas está fortemente
relacionada à manutenção, pois esta influencia na capacidade produtiva, na qualidade e nos
custos operacionais.
Os mesmos autores ainda relatam que existem três paradigmas da manutenção com
relação ao tempo, sendo que grande número de empresas brasileiras estão no paradigma do
passado, algumas estão no paradigma moderno e só a minoria se encontra no paradigma do
futuro.
A manutenção é algo complexo, do qual deve ser corretamente planejada, pois há
diversas variáveis envolvidas, como as compras de peças e equipamentos, estoques,
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Segundo Siqueira (2005), a manutenção, também, pode ser separada em vários tipos,
sendo classificada de acordo com as ações dos executantes em relação às falhas, podendo ser
manutenção:
O RCM ou Manutenção Centrada em Confiabilidade, determina o que tem que ser feito
para garantir que o equipamento continue operando de forma eficaz e segura, de acordo com o
desejo de seus operários.
1.1 OBJETIVOS
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO
1.3 JUSTIFICATIVA
1.4 HIPÓTESES
contudo, buscar a exemplificação acerca de uma ou mais dessas ferramentas e práticas num
contexto específico. Desse modo, a demonstração genérica das práxis de cada uma das
metodologias é o elemento que norteia a pesquisa, buscando a atenção ao objetivo geral e aos
objetivos específicos.
Este trabalho não visa sanar todas as dúvidas pertinentes a este assunto, até porque
manutenção e ferramentas de sua gestão é um campo muito amplo, mas buscou-se cumprir
seu objetivo que era de realizar um levantamento teórico sobre as ferramentas que podem ser
utilizadas no gerenciamento da manutenção.
1.6 METODOLOGIA
Moubray (2000) diz que a manutenção deve garantir que os equipamentos continuem a
realizar suas atividades de acordo com o que o usuário deseja. Monks (1987) define
manutenção como sendo uma ação desenvolvida para manter os bens em condições de
melhorar as metas de um setor. Tavares (1999) define manutenção como uma maneira de
manter um objeto conservado e com suas condições especificadas.
• Desempenho deficiente;
• Falhas no equipamento.
Xenos (1998), diz que a manutenção preventiva é fundamental, uma vez que envolve
atividades como inspeção, reformas e trocas de peças. Como as trocas das peças acabam
sendo executadas antes de expirar seu tempo de vida, esse tipo de manutenção acaba tendo
um custo elevado. Assim, propõe-se que a manutenção preventiva seja realizada das seguintes
maneiras:
Kardec e Nascif (1999) ressaltam que para a adoção da manutenção preventiva deve-se
levar em considerações alguns fatores:
A manutenção preventiva será uma boa opção quanto maior for a simplicidade da
reposição, quando os custos da parada do equipamento forem muito altos; quando a falha
prejudicar a produção. Por mais que este tipo de manutenção propicie um conhecimento
prévio das ações, esta mantém o equipamento parado por um determinado tempo mesmo
estando relativamente bem (PINTO; XAVIER, 2013 apud SILVA, 2014).
[...] visa realizar manutenção somente quando as instalações precisarem dela. Por
exemplo, os equipamentos de processos contínuos, como os usados para cobrir papel
fotográfica, funcionam por longos períodos de modo a conseguir a alta utilização
necessária para a produção eficiente em custos.
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Kardec e Nascif (1999) utilizam-se dos seguintes critérios para a adoção da manutenção
preditiva:
Branco Filho (2008), diz que as ordens de serviço são documentos em branco que
servem de registro da prestação de serviço.
• Recomendações do fabricante;
• Segurança do trabalho e meio ambiente;
• Características do equipamento;
• Fator econômico.
Pereira (2009), diz que para um planejamento da manutenção seja eficaz, deve-se seguir
uma hierarquia de acordo com o cadastro dos equipamentos, da seguinte forma:
• Processo;
• Equipamentos;
• Subprocessos;
• Peças.
Instruções escritas, tanto em papeis como digitalizadas, que definam o trabalho que
deve ser executado pela manutenção é uma Ordem de Manutenção (OM), ou seja, consiste na
autorização do trabalho que deve ser executado (CARVALHO et al., 2009).
2.3.3. O Planejador
Esta função tem muita importância uma vez que é constituída pela junção de três
cargos, que são o planejador, programador e coordenador de materiais. Ao planejador
compete o exercício das funções a seguir:
2.3.4 O Executante
O primeiro fator que se deve levar em consideração é a união dos operadores das
máquinas e dos responsáveis pela manutenção, dos quais devem trabalhar em verdadeira
sintonia, pois também compete aos operadores manter os equipamentos em ótima condição de
funcionalidade, executando sempre tarefas como lubrificação e limpeza das peças e, até
mesmo, reapertos e quando verificada alguma falha, estes devem realizar uma solicitação de
serviço ao setor de manutenção para a correção do problema. Agindo desta forma, ambos
ajudarão num melhor planejamento dos serviços.
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2.3.5 O Supervisor
• Pensamento sistemático;
• Capacidade de realização;
• Estratégia;
• Criatividade;
• Respeito e controle;
• Motivação da equipe.
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• Formação superior;
• Experiência na área;
• Ser dinâmico;
• Conhecimentos em administração;
• Ser comunicativo.
Resumindo, o gerente deve ser um líder, deve ensinar sua equipe, além de transmitir
confiança, afinal, este será responsável pelas decisões e delegações de funções.
3.3 RCM
O RCM, de acordo com Moubray (2000), reduzem entre 40 a 70% das intervenções nos
equipamentos, otimizando-se assim, a disponibilidade das máquinas e os custos, uma vez que
o estoque de peças, as ordens de serviço e paradas podem ser planejadas melhor. Desta forma,
Deshpande e Modak (2002), comprovaram que o RCM reduz o custo da manutenção através
do planejamento das paradas, pois aperfeiçoam as intervenções preventivas.
3.4 TPM
Nascimento (2006), diz que TPM é uma abreviatura de Total Productive Maintenance,
que traduzida significa Manutenção Produtiva Total, tendo como objetivo melhorar o
desempenho e a produtividade das máquinas e equipamentos de uma empresa. Este método
foi proposto por Seiichi Nakajima, considerado como “o pai da TPM”, sendo utilizado desde
1971 (JESUS, 2012).
Para Kardec; Nascif (2013, p.181), a TPM objetiva a eficácia da empresa através de
maior qualificação das pessoas e melhoramentos introduzidos nos equipamentos. Isso consiste
em agregar aos operadores de máquina atividades de: limpeza e inspeção; eliminação de
fontes de sujeira; eliminação de pontos de difícil acesso; inspeção geral do equipamento
(Checklist) e autogestão.
A TPM evoluiu de acordo com o passar dos anos, aumentando sua abrangência dentro
da empresa, desta forma, pode-se verificar suas etapas na Figura 1.
A implantação da TPM deve seguir doze atividades resumidas por Moraes (2004). O
Quadro 2 apresenta as doze atividades:
Etapas Conteúdo
1 – Declaração oficial da decisão - Uso de todos os meios de
pela Diretoria pela comunicação disponíveis.
Preparação implementação da TPM.
2 – Educação, treinamento e - Seminários para gerência
divulgação do início da média/alta.
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demonstrem o alcance e a
manutenção da excelência em TPM.
- Candidatura ao Prêmio de
excelência do JIPM
Quadro 2 – Etapas de Implementação da MPT.
Fonte: MORAES, 2004.
4 ESTUDO DE CASO
Neste caso será abordado conceitos da TPM anteriormente explicado e sua aplicação
para minimizar problemas de altos custos de manutenção da frota que interferiam na entrega
final do serviço. Esse estudo tem como objetivo demonstrar como a manutenção influencia
diretamente nos custos de projeto.
4.1 A EMPRESA
4.1.1 O Processo
Como foi explicado anteriormente cada tipo de ocorrência tem um tempo pré-
estabelecido para ser solucionada. Pode-se correlacionar as condições gerais dos veículos a
esse tempo, visto que se houver problemas relacionados a estes, haverá atraso nas ocorrências
gerando, consequentemente, multas para a empresa.
4.2 O PROBLEMA
Será apresentada uma situação em que os contratos não previam custos de manutenção
da frota e não havia o controle interno de manutenção, impossibilitando a empresa de saber
quanto se gastava ao certo com a frota e apresentando problemas na precificação de seus
contratos de serviço.
O risco que corria ficou visível quando em um mês houve prejuízo considerável com
multas contratuais por atraso no atendimento das ocorrências e por má conservação dos
veículos de sua frota. Além disso, a manutenção em si se tornava cara, pois apenas era
aplicada de forma corretiva.
Foi criado então um setor de manutenção que teve a tarefa de organizar e estudar o
ocorrido, a fim de gerar informações que possibilitariam a tomada de decisão. Essa medida
objetivava o fim dos gastos excessivos na empresa e ao mesmo tempo retomar a boa condição
da frota, até então sucateada.
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O passo seguinte foi enfrentar um problema tão grave quanto, porém menos custoso: a
manutenção preventiva do resto da frota que estava atrasada. Para isso, foram avaliadas as
fichas de cada carro e o quanto haviam passado de cada revisão, priorizando aqueles que
estavam em nível crítico podendo apresentar defeitos graves a qualquer hora. Apesar da
urgência da situação, ainda era preciso manter o funcionamento regular da empresa, exigindo
certa quantidade de veículos rodando. Elaborou-se uma estratégia para poder trocar itens
essenciais de manutenção preventiva como filtros, óleo e correias, dividindo a manutenção do
veículo em um dia de trabalho e um final de semana. As trocas de óleo e filtros seriam feitas
nos dias de trabalho, pois são mais rápidas. Já as trocas de correias seriam realizadas nos
finais de semana, onde o veículo ficaria ocioso ou seria substituído.
O plano emergencial foi concluído, mas ainda era preciso mensurar os gastos de
alguns anos de descaso que culminaram no colapso total da frota. A criação de uma planilha
que apresenta os gastos mensais permitiu documentar e contabilizar as despesas oriundas das
viaturas.
Para que as metas estabelecidas fossem atendidas, um funcionário foi deslocado com o
propósito de fiscalizar o andamento da aplicação da metodologia. Ele também tinha a função
de elaborar e apresentar um relatório informando a evolução do processo. Essa medida foi
necessária pois alguns dos responsáveis manipulavam o check list utilizando-se de
informações falsas.
Com relação aos fornecedores, foi criado um cadastro de prestadores de serviço. Nele
constavam todas as oficinas mecânicas, eletricistas, oficinas de funilaria e pintura, entre
outros serviços referentes aos veículos. O cadastro continha informações como CNPJ, o nome
do responsável pelo contrato, também definia o nível de prioridade, pois existiam mais de um
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Como nem tudo é perfeito houve muitos percalços, pois havia equipes que aderiam e
outras não, ou as vezes um responsável errava o diagnóstico por falta de experiência. A
resolução desses problemas se deu de forma simples, junto ao RH foi verificada a
possibilidade de dar advertências por má utilização das ferramentas de trabalho, o que incluía
o veículo e poderia resultar em suspensão e, posteriormente, em um agravamento, uma
demissão. Em relação as falhas causadas por inexperiência foram sanadas com a reciclagem
dos cursos por parte de alguns colaboradores e avaliações práticas feitas com os mesmos.
Outro problema enfrentado foi a forma de direção de alguns motoristas que dirigiam
de forma desleixada e até imprudente o que além de danificar o veículo causavam alguns
acidentes. Então, algumas reuniões com os mesmos foram realizadas e um deles sugeriu um
curso de direção mais específico para o transporte de carga e de pessoas pois muitos deles
dirigiam só o carro da empresa e tinham pouco tempo de habilitação. Em uma reunião mensal
com os representantes de oficina para a entrega dos relatórios e pagamentos foi levantado esse
assunto pois o número de batidas era bem elevado tanto de baixa gravidade quanto de alta e
além disso itens com desgaste prematuros como embreagem e pastilhas de freio foram
verificados, então essa questão do curso voltou à tona e uma das oficinas se dispôs a pagá-lo.
O curso foi ministrado e durou 6 meses entre as aulas e avaliações até que tudo estivesse nos
conformes.
Com o passar do tempo todas as equipes adotaram a política e de uma forma tranquila
os resultados começaram a aparecer de fato. Os gastos com manutenção despencaram e em
alguns meses não houve ocorrências graves, em outros, bem poucas manutenções. Viu-se que
a metodologia estava se encaminhando para o sucesso. O Quadro 3 representa melhor esses
resultados.
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• Limpeza e inspeção;
• Elaboração de padrões provisórios de
Pilar da Manutenção Autônoma; limpeza, inspeção e lubrificação;
• Inspeção geral;
• Padronização.
• Organização do arquivo;
• Criação de planilhas de contabilidade de
Pilar da Melhoria dos Processos gastos e estoque de peças;
• Criação do check list e das fichas de
Administrativos; verificação dos veículos;
• Organização das sugestões apresentadas;
• Limpeza do escritório.
• Organização do arquivo;
• Criação de planilhas de contabilidade de
gastos e estoque de peças;
Pilar da Segurança, Saúde e Meio Ambiente • Criação do check list e das fichas de
verificação dos veículos;
• Organização das sugestões apresentadas.
Isso se traduz em uma redução severa de gastos o que pode ser visualizado melhor no
gráfico abaixo que representa os gastos obtidos com a manutenção ao longo de alguns anos.
Esse período abrange desde março de 2013 até dezembro de 2015. Como notado havia uma
constância entre março de 2013 e fevereiro de 2014 antes da aplicação da TPM, os gastos
eram congelados, mas não havia uma melhoria de fato na manutenção, havia muitas
ocorrências e um grande gasto, mesmo assim o problema não era resolvido causando grande
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prejuízo. Esses gastos elevados eram resultados de preços abusivos de oficinas mecânicas, a
aplicação somente da manutenção corretiva e o descaso com as revisões veiculares que
geravam grandes gastos posteriormente.
Após esse período pode-se observar que os gastos passaram a ser inconstantes com
uma grande elevação nos meses de março e abril, chegando a aproximadamente R$80.000,00.
Essa elevação se justifica pelo início da implementação da TPM, que precisava resolver um
grande acúmulo de problemas nos veículos, serviços mal feitos, revisões veiculares, itens de
desgaste como pneus e pastilhas e a estética automotiva. Entretanto, nos meses seguintes é
notório um declínio devido a solução desses problemas mais graves e a melhor aplicação e
aceitação da política da TPM.
Uma análise mais profunda deste caso permite concluir que a ausência de
manutenções preventivas e de um setor responsável por gerenciar esse processo, tornou os
veículos de sua frota um enorme gargalo que impedia seu crescimento, resultava em custos
exorbitantes e problemas frequentes junto aos contratantes. Por meio deste estudo de caso foi
possível observar a importância de uma boa gestão da manutenção e como pode ser difícil
implementar uma nova política na empresa. Apesar das barreiras encontradas, a Empresa
XYZ conseguiu ótimos resultados que tiveram grande impacto em seu setor financeiro e na
conscientização dos colaboradores.
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5 CONCLUSÃO
Vale ressaltar a importância desse trabalho como base de estudo para acadêmicos como
para organizações em geral. No mesmo foram abordados assuntos relacionados à Engenharia
de Produção, evidenciando, que para se obter uma maior disponibilidade dos equipamentos, é
necessário um correto planejamento de manutenção.
Também se nota que a manutenção não compete somente ao profissional deste setor,
mas aos operadores de máquinas e equipamentos, uma vez que estes estão no manuseio diário
e poderão observar falhas e problemas de desempenho diferentes do ideal. Dessa forma, estes
poderão executar correções preventivas, como reapertos, lubrificação, entre outros e quando o
problema for maior que suas habilidades, deverão comunicar ao setor de manutenção.
Verificou-se também a importância das ferramentas voltadas à manutenção, com destaque
para a metodologia TPM, de grande importância no contexto da produção e, por conseguinte,
da manutenção.
Através desse trabalho, conclui-se que a manutenção está ligada diretamente com o
financeiro das organizações, pois paradas regulares acarretarão numa menor produtividade,
menor qualidade, perdas de peças e de equipamentos, o que, consequentemente, reduzirá os
lucros. Fica-se então evidenciada a importância de uma manutenção preventiva e não
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corretiva, pois as organizações devem trabalhar de modo a evitar que os problemas aconteçam
e não sanar estes quando já ocorreram.
Espera-se que o presente trabalho de pesquisa favoreça a compreensão acerca deste
importante tema relacionado à Engenharia de Produção, inclusive fomentando novos
trabalhos, onde, por exemplo, possa ser demonstrado um trabalho de campo com a aplicação
da metodologia TPM em um setor específico.
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7 REFERÊNCIAS
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engenharia de produção: uma reflexão. Revista Produção. v. 5, n. 2. São Paulo: ABEPRO,
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Loyola, 2004.
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