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ROMANTISMO: A ORQUESTRA

A palavra orquestra tem origem grega, e significa "lugar para


dançar". Para o grego o conceito de teatro significava ao
mesmo tempo música, poesia, dramaturgia e dança. Nas
encenações de tragédias, a orquestra era a parte do palco que
fazia fronteira com o anfiteatro, que por sua vez continha o
público. Assim, por razões de lugar físico, a civilização
ocidental empregou o nome de orquestra ao conjunto
instrumental que se colocava próximo ao anfiteatro. Tal
denominação começou nos primórdios da renascença, quando
nasceu a ópera, e a encenação das óperas necessitava de um
conjunto instrumental, situado entre o palco da ação e o
anfiteatro. Daí o termo.

A passagem da Idade média para a Renascença representou


para a música ricas transformações, entre elas a quebra do
monopólio clerical na música, em que a escrita musical era
restrita a apenas certos domínios da igreja; podia então ser
apreendida e compartilhada igualmente por qualquer um que
assim quisesse, fosse ele nobre ou plebeu. Assim, valores
musicais antes confinados tornaram-se públicos, dando início a
um grande processo de criação e expansão de gêneros e formas
musicais, advindas da mescla entre tradições populares orais e
a escrita musical eclesiástica. A música popular houve antes,
mas com pouca ou nenhuma mistura de gêneros e influências

A Ópera representou a primeira união de tendências, a reunião


de temas míticos e heróicos postos num espetáculo que já
podia ser chamado 'multimídia', de amplo alcance, apreciado
pelas mais diferentes culturas e classes sociais. Assim, pela
primeira vez foi preciso que os músicos pensassem numa
distribuição instrumental mais complexa que a habitual.

A ORQUESTRA E A ÓPERA
Antes da ópera, a música 'oficial' nas cortes era religiosa, cuja
formação instrumental resumia-se a um órgão que
acompanhava cantores, solistas ou coros. Ainda que o órgão
era já uma sofisticação, pois que no séc. XI nenhum
instrumento poderia acompanhar as vozes. Eventuais
menestréis e companhias itinerantes animavam os festejos
feudais com aquilo que seria a música popular, que então
usavam instrumentos muito peculiares, muitos dos quais
evoluíram aos instrumentos modernos

Antes da ópera, a música 'oficial' nas cortes era religiosa, cuja


formação instrumental resumia-se a um órgão que
acompanhava cantores, solistas ou coros. Ainda que o órgão
era já uma sofisticação, pois que no séc. XI nenhum
instrumento poderia acompanhar as vozes. Eventuais
menestréis e companhias itinerantes animavam os festejos
feudais com aquilo que seria a música popular, que então
usavam instrumentos muito peculiares, muitos dos quais
evoluíram aos instrumentos modernos
A formação instrumental diversa foi uma necessidade que a
ópera pela primeira vez materializou; e como não existia uma
tradição instrumental naquela música antes oficial, a mescla de
timbres foi o primeiro grande desafio dos compositores. No
início, não havia um padrão para a distribuição dos
instrumentos e nem mesmo algo que determinasse a quantidade
e a diversidade deles. As primeiras óperas eram orquestradas
com uma variedade estranhíssima de timbres e o uso constante
deles acabou por mostrar, na prática, a forma mais eficiente de
equilibrar uma massa instrumental diversificada.

A formação timbrística projetada pela ópera despertou o


interesse pela música puramente instrumental, e que também
começou a ser cultivada pela aristocracia e nobreza,
aparecendo nestas classes a figura do mecenas, ou o
patrocinador da arte. Um pouco da mescla da música popular
com a música escrita - que era justamente o diferencial entre
ambas - tornou a música erudita, de gosto refinado por conter
elementos simples ao gosto do público, mas de discurso
elaborado, de lógica mais complexa e caráter nobre. O gênero
instrumental foi um dos mais cultivados no período Barroco, que
explorou largamente diversas combinações instrumentais,
assim como vocais na ópera.

A ORQUESTRA BARROCA
PARA OUVIR:
Vivaldi's Gloria
University of North Texas College of Music
https://www.youtube.com/watch?v=OvZYhxT5Mf8
A orquestra barroca era largamente baseada nos instrumentos
da instrumental, diminuiu sistematicamente, até o mínimo
possível; para poder ser apreciada em salões dos palácios, que
possuíam alguns entraves acústicos, mas em parte por que não
havia necessidade de muito volume sonoro, uma vez que o
espaço e o público eram restritos. A família das violas. No
barroco, a variedade dos instrumentos, na música puramente
ciência musical incluía a acústica, e os compositores
conheciam suas leis, ainda que intuitivamente.

Não havia padrão que definisse exatamente quais instrumentos


seriam designados para cada obra. O único consenso eram as
cordas. Em quase toda a música barroca a formação
instrumental tinha como imprescindível a presença de uma
seção de violinos, violas, violoncelos ou violas da gamba e por
vezes um violone, ou rabecão, hoje conhecido por contrabaixo.
Foi muito conhecida por esta época, a orquestra do rei Luís XIV
da França, comandada por Jean-Baptiste Lully (1632-1687). Era
chamada "os 24 violinos do Rei", e contava por vezes com o
apoio de uma outra orquestra de 10 oboés e 2 fagotes.

A escolha dos instrumentos variava pelas condições acústicas,


a pedido do Rei ou nobre que encomendou a obra. Os
compositores só tinham liberdade de escrita quando escreviam
por conta própria. O compositor alemão Georg Friedrich
Haendel (1685-1759) atendeu pedido do Rei da Inglaterra uma
música que fosse tocada enquanto queimavam os reais fogos de
artifício em comemoração pelo fim da Guerra da Sucessão
Austríaca. Vendo que o barulho dos fogos encobriria o som da
orquestra, ao ar livre, Haendel orquestrou sua obra, a Royal
Fireworks Music, com uma imensa quantidade de instrumentos
de metal (trompetes, trompas e trombones) e percussão, para
fazer o som mais audível. Usou as madeiras: oboés, flautas e
fagotes. Depois ele fez uma versão para salas fechadas, com a
seção de cordas completa.

O papel de solista desempenhado por cada naipe tornou-se


característico da orquestra barroca. Para as grandes obras
corais e cantatas, Bach só tinha à disposição 18 músicos.  Dois
compositores podem ser destacados como pioneiros na escrita
para cordas - família dos violinos - orquestra de cordas:
Corelli (1623-1713) e Vivaldi (1678-1741). 

A ORQUESTRA CLÁSSICA
PARA OUVIR:
La flauta mágica. La reina de la noche. W.A.
Mozart
Solimusi Vocesparalapaz
https://www.youtube.com/watch?v=8WNJyOKvKkM
Devido à evolução no estilo, na instrumentação e nas produções
das óperas, as referências musicais mais importantes, a
orquestra ganhou um equilíbrio diferente, que também foi
reproduzido nas salas de concertos dos palácios e casas da
nobreza. Era a música Clássica. Muitos instrumentos passaram
a ser exigidos com mais freqüência que outros, o que acabou
por determinar a formação clássica de uma orquestra,
organizada em seções: cordas, madeiras (flauta, oboé, clarinete
e fagote), metais (trompa, trompete) e percussão (tímpanos).

O salão dos palácios dá lugar às salas de concerto, ainda salões


adaptados, mas já pensando num fim exclusivo de apreciação
musical. Nos salões, os nobres conversavam e comiam
enquanto os músicos tocavam - Mozart foi um dos primeiros a
se rebelar contra isso e recusava-se a tocar para quem não
estivesse atento à música. Nesse contexto Joseph
Haydn (1732-1809), chamado o “Pai da Sinfonia” (escreveu 104
delas), foi importante para o desenvolvimento e consolidação
deste da “sinfonia” e música de câmara.

PARA OUVIR:
Richard Wagner - Der Ring des
Nibelungen – a partir dos 16 minutos
Fledermaus1990
https://www.youtube.com/watch?v=oDdb65l-49E
ROMANTISMO: A ORQUESTRA ROMÂNTICA
O Romantismo foi um movimento estético cuja origem é
didaticamente atribuída a Ludwig van Beethoven (1770-1827),
por acrescentar à música valores e caráteres antes nunca
pensados em termos musicais. O aumento da expressividade
através de dinâmicas contrastantes, ritmos e timbres marcados
e definidos, além de uma sutileza narrativa ímpar, fizeram de
Beethoven o porta-voz de um novo pensamento musical. Do
ponto de vista da orquestra, o romantismo foi o responsável
direto pela saída da música das cortes reais e salões
aristocráticos para os teatros e as salas de concerto,
acessíveis a um número muito maior de pessoas, nobres e
plebeus.

Com o desenvolvimento da orquestra o pequeno espaço dos


palácios antes destinado à uma pequena formação clássica,
deu lugar agora a grandes teatros, que não só precisavam, mas
também pediam uma potência sonora maior. Beethoven
começou, pela própria necessidade desta potência, a
acrescentar instrumentos: a orquestra romântica começou
aumentando as cordas e os metais: 14 primeiros violinos, 12
segundos, 8 violas, 8 cellos e 6 contrabaixos, além de 4 trompas
ao invés de duas. O romantismo foi o grande responsável, ao
acrescentar a dimensão dramática à música, por desvincular
totalmente a música instrumental da ópera, fazendo delas duas
instâncias muito diferentes

O Romantismo se valeu de avanços tecnológicos: Antes os


trompetes e as trompas eram 'naturais', ou seja, só emitiam
uma série de notas de acordo com sua construção, os
harmônicos da nota fundamental. Com a invenção das chaves
que possibilitavam a mudança do tamanho do tubo, estes
instrumentos puderam tocar todas as notas, e tornaram-se
porta-vozes de novas combinações melódicas. Beethoven já
havia incluído o trombone, mas as tubas, grandes instrumentos
graves de metal, antes destinados às bandas militares
passaram também a ser incluídas nas orquestras.

 Meyerbeer, antecipou a grande orquestra romântica


de Berlioz e Wagner. O nome Giacomo Meyerbeer ficou
conhecido internacionalmente com sua ópera Il crociato in
Egitto - estrelada em Veneza em 1824 e produzida em Londres e
Paris em 1825; aliás, foi a última ópera já escrita a apresentar
um castrato – Giovanni Velutti, e a última a exigir
acompanhamento de teclado para recitadores. Com sua
próxima ópera, Meyerbeer tornou-se praticamente uma
estrela. Robert le diable (com libreto de Eugène
Scribe e Germain Delavigne ), produzido em Paris em 1831, foi
uma das primeiras grandes óperas.

Il crociato, com seu exótico cenário histórico, bandas tocando


no palco, fantasias espetaculares e temas com choques
culturais, antecipou muitas das características que iriam
constituir o gênero grande ópera.

UMA PAUSA PARA O BALÉ


Uma notável característica do gênero grand ópera, tal como se
desenvolveu em Paris na década de 1830, era a presença de um
luxuoso balé, no início do segundo ato. Isso era necessário não
por razões estéticas, mas para satisfazer a demanda dos ricos e
aristocráticos patrocinadores, muitos dos quais estavam mais
interessados nas bailarinas do que na própria ópera e, além
disso, queriam terminar de jantar antes de ir para o teatro. Na
época, chegava-se ao teatro a qualquer momento, desde que
ainda houvesse olhares suficientes no hall para honrar o recém-
chegado. Os teatros eram então projetados menos para ouvir e
ver do que para ver e ser visto. Foi preciso que Wagner
mergulhasse a sala na escuridão para acabar com o espetáculo
das vaidades e para que as pessoas, finalmente, passassem a
se interessar pelo que acontecia no palco. Antes disso, os
senhores do Jockey Club geralmente entravam somente para o
balé do segundo ato (já que era inconcebível que uma ópera
digna do nome não incluísse um balé no seu segundo ato),
depois de um jantar interminável em algum restaurante de luxo,
esperando a apetitosa sobremesa: os arabescos de uma sílfide
agitada que, naquela mesma noite, ainda poderia
bater entrechats na cama de alguns deles.  [2]

O balé tornara-se, portanto, um importante elemento de


prestígio social da Ópera.[3]. Compositores que não seguissem a
regra do balé no segundo ato poderiam sofrer consequências,
como Richard Wagner, ao tentar encenar uma versão revista
de Tannhäuser como  grand ópera (em Paris, 1861), quando a
ópera teve de ser retirada de cartaz depois de apenas três
apresentações - em parte porque o ballet estava no 1° ato.

ROMANTISMO: A ORQUESTRA ROMÂNTICA


PARA OUVIR:
Berlioz - Symphonie fantastique (Mariss
Jansons conducts) a partir 4:30 minutos
MartialVidz
https://www.youtube.com/watch?v=yK6iAxe0oEc
Hector Berlioz é o criador da orquestra romântica. Para a
Sinfonia Fantástica, o poema sinfônico Romeu e Julieta e
o Réquiem, Berlioz exigiu uma orquestra de 400a 500
integrantes. Difícil reunir esse número de músicos, mas novos
efeitos surgiram mediante um aproveitamento inédito dos
timbres. É de sua autoria o Traité
dínstrumentation et
dórchestration modernes (1844 – Tratado da Moderna
Instrumentação e orquestração), no qual codificou as normas de
instrumentação para as grandes orquestras. Berlioz exerceu
profunda influência sobre Liszt e principalmente sobre Wagner,
o que se revela em Tannhäuser (1845), pelo uso dos violinos em
quatro grupos, na cena de Vênus, e pelo reforço dos
instrumentos de sopro e de metal na abertura.

ROMANTISMO: O FRANCÊS HECTOR BERLIOZ E A


OSQUESTRAÇÃO
Cerca de 1830, o compositor francês Hector Berlioz (1803-1869)
escreveu o primeiro estudo sistemático de como se devia
compor uma massa orquestral que suprisse a necessidade
sonora do romantismo. O Tratadode Instrumentação e
Orquestração de Berlioz ainda hoje é uma fonte riquíssima de
consulta timbrística, tanto para estudar as possibilidades
individuais de cada instrumento (que ele chamou
instrumentação) quanto seu conjunto (a orquestração,
propriamente). Para Berlioz, a orquestra ideal deveria ter uns
124 instrumentos. Foi o "Pai da Orquestração" e fundador da
orquestra moderna, como a temos hoje. Os conjuntos
instrumentais anteriores, clássicos, barrocos e renascentistas,
são por isso, “música de câmara”.

ROMANTISMO: A ORQUESTRA COM RICHARD WAGNER

PARA OUVIR:
Richard Wagner - Der Ring des
Nibelungen – a partir dos 16 minutos
Fledermaus1990
https://www.youtube.com/watch?v=oDdb65l-49E
A forma definitiva da orquestra wagneriana foi atingida em Der
Ring des Nibelungen (1869-1876 – O Anel dos Nibelungos), até
mesmo com o aproveitamento de instrumentos recém
inventados, como a tuba. São cerca de 110 integrantes: 16
primeiros violinos, 16 segundos violinos, 12 violas, 12
violoncelos, 6 contrabaixos, 4 flautas, 3 oboés, 1 corne inglês, 3
clarinetes, 1 clarinete baixo, 3 fagotes, 2 tímpanos, 3 trompas, 1
trompa baixa, 2 trombones, 1 trombone baixo, 5 trompetes, 5
tubas, 8 harpas e percussão. Essa é a formação ainda hoje
adotada nas casas de ópera e orquestras sinfônicas, mesmo
para a execução de obras de Beethoven.

Richard Wagner (1813-1883) trabalhou na música a estético


grego: a obra de arte total. Desenvolveu o drama musical,
espécie de ópera cuja narrativa é sinfônica, e a orquestra um
personagem, tanto quanto os cantores. A partir de Wagner a
orquestra nunca mais será a mesma. Nesse período, os
compositores de diversos países unem sua tradição folclórica à
escrita erudita, iniciando a escola Nacionalista. O primeiro
representante foi Fréderic Chopin (1810-1849) na Polônia, e
seguiu-se Franz Liszt na Hungria (inventor do poema sinfônico).
Na Tchecoslováquia, Smetana e Dvórak, na
Rússia, Tchaikovsky, e o 'grupo dos cinco', formado por Rimsky-
Korsakov, Mussorgsky, Borodin, Balakirev e Cui. Na
Noruega, Edvard Grieg, na Finlândia, Jean Sibelius.

ROMANTISMO: A REGÊNCIA
No início da orquestra não existia a figura do regente. Aponta-se
o pioneirismo do compositor Lully (1632-1687), dirigente do
famoso grupo dos 24 violinos do rei, na corte francesa de
meados do século XVII, que costumava marcar o pulso batendo
no chão com um pesado bastão. Além do inconveniente ruído
que tal marcação ocasionava, essa prática levou à morte do
compositor, devido a uma gangrena causada após ele ter
atingido o próprio pé com o bastão durante a execução de uma
obra.
LIED
PARA OUVIR:

Louise Alder – Schubert "Die Forelle"


BBC Cardiff Singer of the World 2017,
Song Prize Final
Askonas Holt
https://www.youtube.com/watch?v=Ag_Pm_pfCzs

Robert Holl & Roger Braun - Du holde


Kunst (An die Musik) - Franz Schubert |
Koningsdagconcert 2019
NPO Radio 4
https://www.youtube.com/watch?v=8KF8GSVqG7Q

“Lied”, ou “Lieder” no plural, é uma palavra em alemão que pode


ser traduzida como canção. Porém, trata-se de um tipo peculiar
de canção característico da cultura germânica. Os lieder
geralmente são arranjados para piano e cantor solista, com
letras quase sempre em alemão. Ele se caracteriza pela
expressão, através dos sons, dos sentimentos descritos em
poemas. 

Para falantes de alemão, o termo "Lied" tem uma longa história


que varia de canções de trovadores a canções folclóricas, e
hinos de igreja a canções de trabalhadores do século XX
ou canções de protesto.

A palavra alemã Lied para "song" entrou em uso geral em


alemão no início do século XV, substituindo amplamente a
palavra anterior gesang . O poeta e compositor Oswald von
Wolkenstein é às vezes considerado o criador dos mentirosos
por causa de suas inovações na combinação de palavras e
música. O compositor do final do século XIV, conhecido como
o Monge de Salzburgo, escreveu seis mentiras de duas partes
ainda mais antigas, mas as músicas de Oswald (cerca da
metade das quais emprestam suas músicas de outros
compositores) superam em muito o Monge de Salzburgo em
ambos os números ( cerca de 120 lieder) e qualidade

Segundo alguns estudos, as primeiras formas de lied remontam


ao século XV, que inclui tipos não mais utilizados hoje em dia,
como o “Tenorlied”, o “Lied polifônico”, o “Lied para baixo
contínuo” e os “Lieder estróficos”, escritos a partir de melodias
folclóricas. No Classicismo, Mozart foi um dos compositores que
mais contribuíram para o desenvolvimento do lied. Entretanto,
este estilo só veio a ser consolidado, de fato, no período
Romântico, com compositores como Schubert, Schumann,
Brahms, Mahler, entre outros.

Na Alemanha, a grande era da música ocorreu no século XIX. Os


compositores alemães e austríacos haviam escrito música para
voz com teclado antes dessa época, mas foi com o
florescimento da literatura alemã nas eras clássica e romântica
que os compositores encontraram inspiração na poesia que
provocou o gênero conhecido como mentiroso. Os começos
desta tradição são vistos nas canções de Haydn , Mozart e
Beethoven.

Foi com Schubert que um novo equilíbrio foi encontrado entre


as palavras e a música, uma nova expressão do sentido das
palavras na e através da música. Schubert escreveu mais de
600 canções, algumas delas em seqüências ou ciclos de
canções que relatam uma aventura da alma e não do corpo. A
tradição foi continuada por Schumann, Brahms , e no século XX
por Strauss , Mahler. Compositores de música atonal ,
como Arnold Schoenberg, Alban Berg e Anton Webern , também
compuseram lieder.

Segundo Bennett:

Há dois tipos de Lied. No primeiro chamado estrófico, a mesma


música é repetida em cada verso do poema. No segundo tipo,
que os alemães chamam durchkomponiert, há uma música
diferente para cada verso. Um aspecto da maioria dos Lieder é
que o acompanhamento de piano não se contenta em ser mero
suporte do canto. Voa e piano dividem igualmente a
responsabilidade da música.

O primeiro grande compositor de Lieder foi Schubert, que


compôs mais de 600 canções abordando todas as possíveis
emoções e estados da alma. O mais conhecido e dramático é
Erlkoning que compôs aos 18 anos. An die Musik, Die Forelle, Na
Sylvia são outros. Ciclos eram quando escreviam ao arranjo
musical de uma série de poemas. Frauenliebe und Leben – Amor
e Vida de uma Mulher, de Schumann é um desses.

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