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NOME: WAGNER RODRIGUES SOARES - RGM:2351422-1

RESENHA DOCUMENTÁRIO “NUNCA ME SONHARAM”

“É uma espécie de tempestade”, assim começa o documentário Nunca me


sonharam, com uma fala de Christian Dunker acerca da adolescência e
juventude contemporânea.

TEMPESTADE E TROVÃO

As vontades e incertezas dos jovens; quem sou eu? Quando vou me formar? O
que vou estudar? Quando vou me casar? Essas e muitas outras perguntas
passam pela nossa cabeça, nessa que talvez seja a fase mais decisiva das
nossas vidas. Tantos desafios e estatísticas a serem superadas, e apenas uma
instituição que nos norteia, a Escola.

“Tem muito sonho, muita ideia, e pouca gente escutando pra realizar”
Marcus Faustini

Até que ponto as instituições sociais escutam os jovens e garantem que eles
tenham as mesmas oportunidades? É neste ponto que a escola se torna uma
espécie de refúgio, e cabe a mesma, desmistificar a meritocracia que tanto se
fala, é necessário que entendamos sobre as “Juventudes Brasileiras”, frase
citada pela Regina Novaes ao comentar acerca da desigualdade e das
oportunidades dissipadas a esses adolescentes.

Segundo o censo de 2020, a escola pública atende cerca de 89,2% dos jovens
brasileiros, isso nos mostra a dificuldade de fazer com que esta instituição se
torne um espaço com oportunidades iguais para todos. O que explica boa parte
dos casos de evasão escolar. Com dados de 2021, estima-se que 244 mil
crianças e adolescentes estão fora das escolas por motivos diversos.

NUNCA ME SONHARAM

Ricardo Henriques diz: “O jovem quer escola que tenha aula, que tenha aula boa,
quer escola que tenha aula, aula boa e que ele participe”.

Esta fala é complementada por Bernadette Gatti, que diz: “não basta apenas
ofertar a escola ao jovem, este lugar precisa ofertar oportunidades, precisa ser
um espaço democrático que ouça os jovens e entenda as dificuldades que cada
um passa, para que assim ele não evada aquele lugar”.

Segundo Macaé Evaristo, é necessário que se crie políticas públicas para a


redução da mortalidade de jovens entre 14 e 17 anos que morrem na chamada
“Guerra as drogas”, que constantemente mata e tira esses alunos das salas de
aula.

Durante uma breve fala do documentário, um jovem chamado Felipe expõe a


fala “meus pais nunca me sonharam sendo um médico, nunca me sonharam
sendo um psicólogo, sendo um professor”. Este documentário leva essa frase
como título e mais uma vez nos mostra como as instituições sociais estão
diretamente ligadas à aprendizagem, à sala de aula e ao aluno. Como formar
jovens críticos, se para eles ainda falta sonhar, talvez esse seja o primeiro passo
a ser dado.

GRADES

A infraestrutura educacional e das escolas, vai muito além da grade curricular,


dos conteúdos ensinados ou propriamente da arquitetura da escola. Estas
dialogam diretamente com a aprendizagem em sala de aula, já a falta de
investimento nas escolas brasileiras, nos mostra o total descaso com os alunos
no Brasil. Como dito por Cineas Santos: “É necessário que o professor acabe
entendendo que é possível sim, fazer educação em situações adversas”.

É necessário que se ofereça diferentes formas de aprendizagem, a fim de


dialogar diretamente com o aluno que possui dificuldades e entender qual tipo
de estímulo o tornará participativo e engajado na sala de aula. Todos possuem
dificuldades, cabe aos professores guiarem a melhor maneira para que estas
sejam superadas.

ORQUESTRA

Ao assumir o papel de gestor escolar é necessário entender que a escola é uma


orquestra e você o maestro, você precisa conduzir da melhor maneira possível
para que dessa orquestra se produza os melhores acordes e sinfonias já
ouvidos. Tudo precisa trabalhar em harmonia, pois, não existe orquestra sem
harmonia.
A educação é transformadora e torna-se emancipadora à medida que dialoga
com a sociedade e com os alunos. É necessário que se entenda a sociedade
atual e a sociedade que queremos formar, é a partir dela que construiremos um
futuro que garanta oportunidades iguais para todos, através de uma educação
que norteie esses alunos e os transformem por inteiro, para que estes
transformem as próximas gerações e este futuro tão utópico agora, se torne
realidade. É necessário sonhar, é necessário que nos sonhem, precisamos
sonhar a sociedade do futuro. Sejamos nós os gestores escolares que gerem
sonhos.

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