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2 NR 06 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

A NR 6 estabelece um conjunto de regras para a utilização de EPIs nas empresas,

a fim de assegurar a proteção dos trabalhadores durante sua jornada laboral.

Em menos de 10 páginas, a NR 6 define obrigações, direitos e deveres de

empregadores e empregados para que os colaboradores resguardem sua saúde, segurança
e integridade. A norma estabelece, por exemplo, como os equipamentos devem ser
escolhidos e a necessidade de fiscalizar o uso.

Os trabalhadores que se negarem a seguir essas regras, aliás, podem receber

advertências verbal e escrita, suspensão e até mesmo serem desligados por justa causa,
conforme previsto no artigo 158 da CLT.

NR 06 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se

Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança
e a saúde no trabalho.

O EPI, é um dispositivo de uso individual, e desta forma é vedado o

compartilhamento do mesmo equipamento por trabalhadores. Além de afetar na segurança,
pois cada profissional tem um biotipo no qual o EPI deve se ajustar, pode ser prejudicial a
saúde, visto que o compartilhamento de EPIs pode ser um meio e transmissão de vírus e
bactérias. Um protetor auditivo tipo plug, ou uma máscara de proteção respiratória, por
exemplo, pode ser um transmissor de doenças.

6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI

adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes
circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra
os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
 c) para atender a situações de emergência.

O uso EPI deve ser adotado na empresa sempre quando não há uma outra forma
de eliminação do risco no ambiente de trabalho.

Para operadores de Máquinas Pesadas, recomenda-se o uso dos EPIs abaixo:

Capacete de Proteção: O Operador deve usar capacete para

proteger a cabeça em caso de tombamento da Máquina, e para
se proteger quanto ao risco de queda de materiais, visto que em
algumas atividades há elevação da carga acima da altura da
cabeça do operador. Imagine um Pallet de garrafas caindo sobre
a Máquina! Importante lembrar que o capacete de proteção deve
ser usado com a tira jugular, que permitirá u melhor ajuste do
capacete, um Capacete sem a jugular não oferece proteção
alguma ao operador.

Óculos de Proteção: Os óculos irão proteger os olhos do

trabalhador em caso de queda de materiais, ou até mesmo em
caso de ruptura da mangueira hidráulica na qual o óleo quente
proveniente do sistema pode atingir os olhos do operador.

Luvas de segurança: O Operador está constantemente utilizando

as mãos para amarrar ou ajeitar a carga, manusear os pallets, e há
nestas atividades o risco de cortes ou abrasão nas mãos. Por isso
a importância o uso das luvas.

Calçado de Segurança: O Calçado de Segurança protege os

pés do trabalhador contra batidas, queda de objetos e até
mesmo escorregões em pisos sem aderência. Importante que o
calçado tenha biqueira, de aço ou PVC.
 Protetor Auditivo: A Máquina poderá produzir ruídos acima
dos limites permissíveis ou acessar ambientes ruidosos. A
empresa poderá determinar o uso do Protetor Auditivo caso o
ruído seja prejudicial ao trabalhador.

É importante salientar que a escolha os EPIs deve ser realizada pela equipe de
segurança do trabalho da empresa, que detém o conhecimento para selecionar o EPI
adequado ao risco. Caso a empresa não haja um Técnico em Segurança do Trabalho, poderá
consultar um profissional. Um EPI utilizado de maneira inadequada não tem eficiência
nenhuma.

6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou e extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas
ou sistema eletrônico. (Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009).

A empresa, além de fornecer o EPI adequado ao risco, deve treinar o trabalhador

sobre como usar corretamente e higienizar o EPI. Além disso, a empresa deverá fiscalizar o
uso, tomando alguma media administrativa com o profissional que não estiver fazendo o uso
correto.

6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
 O EPI deverá ser utilizado apenas na atividade em que a empresa determinar, não
podendo levar o EPI pra casa, salvo exceções em que a empresa autoriza para higienização,
como ocorre com os calçados de segurança, por exemplos.
A conservação do EPI também é de responsabilidade do trabalhador. Deve ser
feito o que a empresa determina para que o EPI tenha sua durabilidade aumentada.
Quando um EPI estiver danificado, o trabalhador deverá solicitar a empresa um
equipamento novo.
O Trabalhador tem por obrigatoriedade utilizar o EPI que a empresa determina,
cuidar para que a durabilidade do EPI seja garantida, podendo ele ser advertido verbalmente,
por escrito ou até mesmo demitido por justa causa, de acordo com o artigo 182 da CLT.