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Estruturas Isostáticas

Me. Emerson Felix


Conteúdo da aula

• Apresentação da disciplina;

• Introduzir o conceito de análise


estrutural;

• Descrever os tipos de estruturas,


cargas e reações, revisando
conceitos da mecânica.
Para o Engenheiro Aeronáutico
Na engenharia existem diversos
modelos de estruturas...
Para o Engenheiro Naval

Para o Engenheiro Mecânico


Para o Engenheiro Aeronáutico
Na engenharia existem diversos
modelos de estruturas...

? ? ?
Para o Engenheiro Naval

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E para o Engenheiro
? Civil?
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Para o Engenheiro Mecânico

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Vocês, futuros
engenheiros?

? ?
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Considerando que o edifício possui 3 pavimentos,
como você representaria um modelo estrutural?
??
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Qual é objetivo da disciplina de Teoria das Estruturas I ??
Introdução à analise estrutural – Conceitos e definições, tipos de forcas, condições de apoios e análise do
equilíbrio estático de estruturas isostáticas;

Estruturas reticuladas – Análise do equilíbrio estático e determinação dos esforços internos;


Prova 1
Vigas – Análise do equilíbrio estático e determinação dos esforços internos;

Pórticos – Análise do equilíbrio estático e determinação dos esforços internos;


Prova 2
Notas

Lista I Lista II AV1


AV1 –> 14/10/2021
Bim 1 100
15 15 70

Lista III Lista IV AV2 AV2 –> 09/12/2021


Bim 2 100
15 15 70

MF = (MP 1)/2 + (MP 2)/2 = 100 REAVALIAÇÃO –> 16/12/2021

>25 % de faltas - Reprovação por faltas!!!


Conceitos básicos da estática
Transmissão das forças aos apoios
Tipos de elementos estruturais

LINEARES

BIDIMENSIONAIS

TRIDIMENSIONAIS
Tipos de elementos estruturais
Objetivos da análise estrutural

Uma vez conhecida a estrutura e determinada as ações


estáticas e/ou dinâmicas que sobre ela atuam, os objetivos
da análise estrutural são:

• Determinação dos esforços solicitantes internos;

• Determinação das reações de apoio;

• Determinação dos deslocamentos em alguns pontos;


Grandezas fundamentais

Força é uma grandeza vetorial e


portanto para ser completamente
caracterizada é necessário conhecer
a direção, o sentido, a intensidade, e
o ponto de aplicação.

Momento também é uma grandeza vetorial


caracterizada pela direção, o sentido, a
intensidade, e o ponto de aplicação.
Carregamentos

LINEAR
TRAPEZOIDAL
QUALQUER

TRIANGULAR
Equilíbrio das estruturas

Para que se configure equilíbrio estático, precisamos exigir que


as equações de equilíbrio estejam satisfeitas para os três eixos
independentes, de maneira que as resultantes de força e
momento sejam nulas:

෍ 𝐹𝑥 = 0 ෍ 𝐹𝑦 = 0 ෍ 𝐹𝑧 = 0

෍ 𝑀𝑥 = 0 ෍ 𝑀𝑦 = 0 ෍ 𝑀𝑧 = 0
Ações externas

São aquelas que provêm de outros corpos e agem sobre a estrutura a ser analisada.
As ações externas podem ser aplicadas ou de reação.

As aplicadas, conhecidas como cargas (e.g. ação do vento), tendem a


deslocar a estrutura e, em geral, são conhecidas no momento da análise.
As de reação são aquelas ações causadas pelos apoios sobre a estrutura,
tendem a impedir o movimento, justamente para manter a estrutura em equilíbrio e,
em geral, são desconhecidas e precisam ser determinadas pela análise estrutural.
Equilíbrio das estruturas

São essas ações que mantém a estrutura unida como um todo. Ao seccionarmos um elemento
da estrutura, é possível verificarmos que essas ações ocorrem em pares de mesma
intensidade, mas de sentido opostos, porque cada elemento que sofre uma ação da estrutura,
também aplica na estrutura uma ação de mesma intensidade mas de sentido oposto.
Equilíbrio das estruturas

Uma estrutura poderá ser classificada como internamente estável, ou rígida, quando for capaz
de manter sua forma original, mantendo-se um corpo rígido, quando for isolada do seu apoio.

Cada estrutura é capaz de manter


sua forma ao ser submetida a
determinadas ações.
Equilíbrio das estruturas

A estrutura será internamente instável, quando não for capaz de manter sua forma
original, sofrendo grandes deslocamentos, quando isolada de seu apoio.

A existência da rótula não impede a


rotação da estrutura nesse ponto,
de modo que ao ser submetida a
uma determinada força, a estrutura
mudará sua forma original.
Equilíbrio das estruturas
Quando uma estrutura pode ser considerada contida em um único plano, para que ela seja
estaticamente externamente determinada, ela deve estar apoiada em precisamente três
reações de apoio, que podem ser solucionadas ao aplicar as três equações de equilíbrio.

Estruturas apoiadas em
exatamente três reações de
apoio, e que podem ser
solucionadas ao aplicar as três
equações de equilíbrio.
Equilíbrio das estruturas

A estrutura pode, ainda, ser suportadas por mais de três reações de apoio. Nesse caso as
reações não poderão ser determinadas, pois teremos um sistema com mais de três incógnitas (as
reações de apoio) para apenas três equações de equilíbrio. Nessa situação, a estrutura é
estaticamente externamente indeterminada.

O grau hiperestático (𝑖𝑒 ) pode, então, se calculado dado um número 𝒓 de reações (para 𝒓 > 3):

𝑖𝑒 = 𝒓 − 3
Equilíbrio das estruturas

A seguir alguns casos de estruturas planas classificadas como estaticamente


externamente indeterminada com seu respectivo grau hiperestático.
Equilíbrio das estruturas

Podemos ainda ter o caso de a estrutura estar sendo apoiadas por menos de três reações
de apoio. Nesse caso as reações não conseguirão conter todas as possibilidades de
movimento da estrutura no plano em que está contida, de modo que a estrutura não estará
em equilíbrio quando submetida as ações externas, sendo, portanto, classificada como
estaticamente externamente instável.

Nessa treliça, apesar dos dois apoios


impedirem movimento vertical, eles
não são suficientes para impedir o
movimento horizontal
Equilíbrio das estruturas

Podemos resumir, então, as condições de estabilidade e determinação das estruturas da


seguinte maneira, considerando 𝒓 o número de reações de apoio:
𝒓 < 3 – Estrutura externamente instável
𝒓 = 3 – Estrutura externamente determinada
𝒓 > 3 – Estrutura externamente indeterminada
No primeiro caso, quando temos 𝒓 < 3, a estrutura é, com toda certeza, instável. Todavia, no
segundo (𝒓 = 3) e terceiro caso (𝒓 > 3) a única afirmação que podemos fazer é a que a
estrutura é externamente determinada e indeterminada, respectivamente.
Equilíbrio das estruturas

Não podemos afirmar nada quanto à estabilidade da estrutura analisando apenas o número de
reações. Isso ocorre, pois, a condição r≥3 é necessária, mas não suficiente para garantir a
estabilidade da estrutura.

As estrutura tem reações suficientes


para satisfazer em número as equações
de equilíbrio, e mesmo assim
apresentam instabilidade devido à má
disposição dos apoios.
Equilíbrio das estruturas

Há ainda casos de estruturas que terão pelo menos três apoios, as reações não serão
paralelas ou concorrentes entre si, e ainda sim poderão ser consideradas instáveis.

A rótula não impede a rotação no ponto B, de


modo que ao ser aplicado um carregamento
vertical na estrutura, ela se moverá, mostrando
que a estrutura está instável internamente.
Equilíbrio das estruturas

A mobilidade da estrutura pode ser contornada, se substituirmos o apoio de primeiro gênero no


ponto A, por um de segundo gênero, passando a ter quatro reações de apoio. A rótula interna na
estrutura traz uma equação (equação de condição) a mais para ser utilizada juntamente às
outras três equações de equilíbrio.

Podemos dizer que σ 𝑀𝐵𝐵𝐶 = 0 e σ 𝑀𝐵𝐴𝐵 = 0,


que significa que o somatório de momentos no
ponto B, entrando pelo trecho BC será igual zero,
o mesmo vale para o trecho AB.
Equilíbrio das estruturas

Se tivermos 𝒆𝒄 equações de condição para uma estrutura internamente instável, apoiada


em 𝑟 reações externas, então temos que:
𝒓 < 3 + 𝒆𝒄 – Estrutura externamente instável
𝒓 = 3 + 𝒆𝒄 – Estrutura externamente determinada
𝒓 > 3 + 𝒆𝒄 – Estrutura externamente indeterminada
A determinação do grau hiperestático externo da estrutura será dado por:
𝑖𝑒 = 𝒓 − 3 + 𝒆𝒄
Equilíbrio das estruturas

EXEMPLO 1 - Classifique a seguinte estrutura como externamente instável,


determinada ou indeterminada. E, se possível, determine o grau hiperestático
Equilíbrio das estruturas

EXEMPLO 1
A estrutura é internamente estável, uma vez que a estrutura não apresentará mudança de forma
quando isolada de seus apoios. Ela possui três reações referente ao engaste, e duas referentes a
cada rolete, como a estrutura não apresenta nenhuma rótula, não haverá nenhuma equação de
condição. Assim:
𝑒𝑐 = 0 𝑟=5
∴ 𝑟 > 3 + 𝑒𝑐
5>3+0
Equilíbrio das estruturas

EXEMPLO 1
O grau hiperestático é dado por:
𝑖𝑒 = 𝑟 − 3 + 𝑒𝑐 = 5 − 3 + 0 = 2
∴ 𝑖𝑒 = 2
Deste modo a estrutura é classificada como externamente indeterminada com grau
hiperestático igual a dois.
Equilíbrio das estruturas

Para treliças planas contendo 𝒎 elementos, 𝒋 nós e apoiadas em 𝒓 reações de apoio.


𝒎 + 𝒓 < 2𝒋 – Treliça estaticamente instável
𝒎 + 𝒓 = 2𝒋 – Treliça estaticamente determinada
𝒎 + 𝒓 > 2𝒋 – Treliça estaticamente indeterminada
Quando a treliça tiver mais incógnitas (𝒎 + 𝒓) do que equações de equilíbrio (2𝒋) vemos
que ela é classificada como estaticamente indeterminada. E o grau hiperestático (𝑖𝑒 )
será dado pelo número de reações e elementos em excesso:
𝑖𝑒 = 𝒎 + 𝒓 − 2𝒋
Equilíbrio das estruturas

EXEMPLO 2 - Classifique a seguinte treliça como externamente instável, determinada ou


indeterminada. E, se possível, determine o grau hiperestático.
Equilíbrio das estruturas

EXEMPLO 2
A treliça está apoiada em um apoio de segundo gênero e em outro de primeiro, o que resulta
em três reações de apoio. Temos ao todo 21 barras e 10 nós na treliça, assim:
𝑚 = 21 𝑗 = 10 𝑟=3
∴ 𝑚 + 𝑟 > 2𝑗
21 + 3 > 2 × 10
Equilíbrio das estruturas

EXEMPLO 2
O grau hiperestático é dado por:
𝑖𝑒 = 𝑚 + 𝑟 − 2𝑗 = 21 + 3 − 2 × 10
∴ 𝑖𝑒 = 4
Deste modo a estrutura é classificada como estaticamente indeterminada com grau
hiperestático igual a quatro.
Equilíbrio das estruturas

Considerando por exemplo o elemento


CD do pórtico, teremos que σ 𝐹𝑋 = 0,
σ 𝐹𝑌 = 0 e em qualquer ponto do
elemento temos σ 𝑀𝐶𝐷 = 0.
Equilíbrio das estruturas

Estabelece-se o seguinte critério para classificar um pórtico plano contendo 𝒎 elementos,


𝒋 ligações e apoiadas em 𝒓 reações de apoio, como estaticamente determinado:
6𝒎 + 𝒓 = 3 𝒎 + 𝒋 +𝑒𝑐
O lado esquerdo da igualdade indica o total de incógnitas, seis esforços por elemento mais
as reações de apoio. O lado direito indica a quantidade de equações de equilíbrio, três por
ligação mais três por elemento, e caso haja ligações rotuladas, mais uma equação por
rótula.
Equilíbrio das estruturas

Simplificando a equação anterior, a classificação quanto a estabilidade e determinação dos


pórticos seguirá, então, o seguinte critério:
3𝒎 + 𝒓 < 3𝒋 +𝑒𝑐 – Pórtico estaticamente instável
3𝒎 + 𝒓 = 3𝒋 +𝑒𝑐 – Pórtico estaticamente determinado
3𝒎 + 𝒓 > 3𝒋 +𝑒𝑐 – Pórtico estaticamente indeterminado
Para os pórticos indeterminados, o excesso de reações e elementos são denominados
hiperestáticos, em que o grau hiperestático é dado por:
𝑖𝑒 = 3𝒎 + 𝒓 − 3𝒋 +𝑒𝑐
Equilíbrio das estruturas

EXEMPLO 3 - Verifique se o seguinte pórticos é estaticamente indeterminado. E, se


possível, determine o grau hiperestático.
Equilíbrio das estruturas

EXEMPLO 3
O pórtico está apoiado em três apoios tipo engaste, o que resulta em nove reações de
apoio. Temos ao todo 10 elementos e 9 ligações no pórtico, assim:
𝑚 = 10 𝑗=9 𝑟=9
∴ 3𝑚 + 𝑟 > 3𝑗 +𝑒𝑐
3 × 10 + 9 > 3 × 9 + 0
Equilíbrio das estruturas

EXEMPLO 3
O grau hiperestático é dado por:
𝑖𝑒 = 3𝑚 + 𝑟 − 3𝑗 +𝑒𝑐 = 3 × 10 + 9 − 3 × 9 + 0
∴ 𝑖𝑒 = 12
Deste modo o pórtico é classificado como estaticamente indeterminado com grau
hiperestático igual a 12.
Equilíbrio das estruturas

Para que se configure equilíbrio estático, precisamos exigir que


as equações de equilíbrio estejam satisfeitas para os três eixos
independentes, de maneira que as resultantes de força e
momento sejam nulas:

෍ 𝐹𝑥 = 0 ෍ 𝐹𝑦 = 0 ෍ 𝐹𝑧 = 0

෍ 𝑀𝑥 = 0 ෍ 𝑀𝑦 = 0 ෍ 𝑀𝑧 = 0
Até a próxima aula

Me. Emerson Felix

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