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QUÍMICA
1.1.1 ORDENS DE GRANDEZA E ESCALAS DE COMPRIMENTO
De forma a facilitar a escrita dos números usados em Química recorre-se:
• á notação científica;
• a múltiplos ou submúltiplos do Sistema Internacional de Unidades (SI);
• a outras unidades de medida.
Notação científica
A notação científica corresponde à escrita de um número recorrendo a
potências de base 10
Múltiplos e submúltiplos do SI
Como as ordens de grandeza podem ser muito diferentes e variadas, recorre-
se frequentemente ao uso de múltiplos e submúltiplos.
O ÁTOMO
Toda a matéria que nos rodeia é constituída por átomos, formados por um
núcleo, onde está concentrada quase toda a matéria, e uma nuvem eletrónica.
m - Massa da amostra, g
n - Quantidade de matéria, mol
M - Massa molar, g mol-1
A luz visível detetada pelo olho humano é apenas uma pequena parte do
conjunto das radiações eletromagnéticas. O conjunto de todas as formas de luz
(visível e invisível) denomina-se espetro eletromagnético.
Espetro eletromagnético - conjunto de todas as radiações de diferentes
energias (radiações monocromáticas) que constituem uma radiação
policromática.
Espetros de emissão contínuos
Quando se observa num espetroscópio a luz emitida por uma lâmpada de
incandescência ou por um metal ao rubro, pode ver-se um espetro de
emissão contínuo.
Espetro de emissão - resulta da decomposição da luz emitida pelos corpos.
Espetro contínuo - apresenta uma gama contínua de radiações.
SPIN
Spin - é uma propriedade quantizada do eletrão que lhe confere dois estados
magnéticos diferentes. O spin de um eletrão é representado, de um modo
simplificado, por setas verticais.
Na representação cada seta corresponde a um eletrão e estes dois encontram-
se em estados magnéticos diferentes porque as setas têm sentidos diferentes.
1.2.8 Configurações eletrónicas de átomos.
Para escrever a configuração eletrónica dos átomos, no estado fundamental,
deve obedecer-se às seguintes regras e princípios:
• Princípio de Exclusão de Pauli: cada orbital só pode ser ocupada, no
máximo, por dois eletrões com spins opostos.
• Princípio da Construção (ou de Aufbau): os eletrões ocupam
preferencialmente as orbitais de menor energia, de modo que a energia do
átomo seja mínima.
Para a escrita da configuração eletrónica de um átomo, é necessário cumprir
sempre o Princípio de Exclusão de Pauli. Se o átomo estiver num estado
excitado, não se cumpre o Princípio da Construção.
Exemplo:
Raio atómico
O raio atómico é a distância média entre o centro do núcleo e os eletrões de
valência.
O raio atómico:
Aumenta ao longo do grupo porque à medida que se percorre o
grupo, de cima para baixo, há aumento do número de níveis eletrónicos
preenchidos, pelo que a atração núcleo-eletrões diminui e a nuvem
eletrónica aumenta.
Diminui ao longo do período porque os elementos do mesmo
período têm o mesmo número de níveis preenchidos, mas, à medida
que se percorre o período da esquerda para a direita, há aumento da
carga nuclear, pelo que, a atração núcleo-eletrões aumenta e a nuvem
eletrónica diminui.
Energia de ionização
A energia de ionização é a energia mínima necessária para remover um eletrão
de um átomo no estado gasoso e no estado fundamental.
A energia de ionização:
Diminui ao longo do grupo porque, à medida que se percorre o grupo,
de cima para baixo, há aumento do número de níveis eletrónicos
preenchidos, pelo que, a atração núcleo-eletrões diminui e a energia
necessária para remover o eletrão é menor.
Aumenta ao longo do período porque os elementos do mesmo período
têm o mesmo número de níveis preenchidos, mas, à medida que se
percorre o período da esquerda para a direita, há aumento da carga
nuclear, pelo que, a atração núcleo-eletrões aumenta e é necessária
mais energia para remover o eletrão.
11 Na : 1s 2s 2p 3s
2 2 6 1
19K : 1s 2s 2p 3s 3p 4s
2 2 6 2 6 1
O eletrão de valência está cada vez mais afastado do núcleo – raio atómico
maior e menor energia de ionização.
Exemplo da diminuição do raio atómico / aumento da energia de
ionização:
perto = [He]
Mg 1s 2s 2p 3s perde dois eletrões => Mg 1s 2s 2p => fica
2 2 6 2 2+ 2 2 6
Gases nobres são estáveis, isto é, não formam facilmente iões, positivos
ou negativos, nem se ligam facilmente a outros átomos. As suas substâncias
elementares também são muito estáveis.
A estabilidade dos átomos de gases nobres está relacionada com o facto
de terem o nível de valência completamente preenchido.
2.1.1. Tipos de ligações químicas
A formação de ligações químicas baseia-se no Princípio da Energia Mínima:
todos os sistemas tendem a adquirir o estado de menor energia possível, por
ser esse o estado mais estável.
Estabelece-se uma ligação química quando, durante a aproximação dos
átomos, as forças atrativas equilibram com as forças repulsivas. O
estabelecimento de ligações químicas confere maior estabilidade a um sistema
de dois ou mais átomos, em comparação com a sua energia quando os átomos
estão separados.
Posição 1: Os dois átomos estão muito afastados e não interagem entre si - a
energia do sistema é zero.
Ordem de ligação
Quanto maior for o número de pares de eletrões ligantes, maior será a ordem
de ligação e mais fortes serão as interações electroestáticas atrativas entre os
eletrões e os núcleos dos átomos ligados e menor será o comprimento de
ligação (distância internuclear para a qual se verifica um equilíbrio entre as
interações atrativas e repulsivas)
GEOMETRIA MOLECULAR
POLARIDADE DA LIGAÇÃO
molécula.
345 154
Etano
612 133
Eteno
809 120
Etino
Quanto maior for o número de eletrões partilhados, mais estável será a ligação,
pois a energia de ligação é maior e tem um menor comprimento de ligação.
Nomenclatura de alcanos
O nome dos alcanos resulta de um prefixo relacionado com o número de
carbonos da cadeia principal e um sufixo relacionado com o tipo de ligação
existente entre os átomos de carbono. No caso dos alcanos será ''-ano''.
Na tabela seguinte indica-se o nome e as várias formas de representar os
alcanos de cadeia linear até 10 átomos de carbono.
2 Etano CH CH 3 3 CH2 6
3 Propano CH CH CH
3 2 3 CH3 8
4 Butano CH (CH ) CH
3 2 2 3 CH
4 10
ou
5 Pentano CH (CH ) CH
3 2 3 3 CH
5 12
7 Heptano CH (CH ) CH
3 2 5 3 CH
7 16
8 Octano CH (CH ) CH
3 2 6 3 CH
8 18
9 Nonano CH (CH ) CH
3 2 7 3 CH
9 20
10 Decano CH (CH ) CH
3 2 8 3 CH
10 22
Metilo −CH 3
GRUPOS FUNCIONAIS
Hidroxilo
Álcool −ol
Etanol
Carbonilo (no fim da cadeia)
Aldeído −al
Etanal
Carbonilo (no meio da
cadeia)
Cetona −ona
Propanona
Carboxilo
Ácido Ácido …
carboxílico −óico
Ácido etanoico
Amina
Amina −amina
Trimetilamina
Compostos aromáticos:
Compostos aromático são compostos que na sua constituição aparece uma molécula
de benzeno.
O benzeno é o anel de seis carbono com ligação duplas alternadas e é a base
estrutural dos compostos aromáticos a sua representação pode ser:
Note que: nestas moléculas de benzeno as ligações entre C-C e C=C têm o
mesmo comprimento porque trata-se de uma hibridação em que coexiste a
ligação simples e a ligação dupla. Não existe apenas a molécula A ou B, por
isso normalmente o benzeno é representado um anel circular dentro da cadeia.
Ligações de hidrogénio:
MISCIBILIDADE DE LÍQUIDOS
De uma forma geral, pode afirmar-se que uma substância polar tende a
dissolver-se noutra substância polar e uma substância apolar tende a dissolver-
se noutra substância apolar.
Volume molar (Vm) - volume ocupado por uma mole de um gás medido a
temperatura T - e a pressão p.
Para várias amostras de uma mole de gases diferentes, que se encontram nas
mesmas condições de pressão e temperatura, o volume que o gás ocupa não
depende do tipo de gás. Todos os gases têm o mesmo volume molar.
Contudo, sabendo o volume molar do gás (Vm), esta razão pode ser feita para
essa quantidade de matéria. Assim:
A camada gasosa que envolve a Terra, a que chamamos atmosfera, tem uma
composição variável com a altitude.
o gráfico seguinte apresenta a composição do ar da troposfera em
percentagem por volume, onde se pode concluir que os componentes
maioritários do ar da troposfera são: o nitrogénio, N 2, e o oxigénio, O2.
Fontes
Poluente Fontes naturais antropogénicas (ação
do homem)
Dióxido de carbono Respiração; erupções Queima de
(CO2) vulcânicas; combustíveis fósseis;
decomposição da matéria Fogos florestais
orgânica;
Óxidos de nitrogénio Microrganismos no solo; Queima de
(NO e NO2 – NOx) trovoadas. combustíveis fósseis;
Queima de
Óxidos de enxofre
Erupções vulcânicas combustíveis fósseis;
(SO2 e SO3 – SOx)
Atividade industrial
COV (metano,
Atividade agrícola
compostos Decomposição da matéria
(CH4); Transportes;
aromáticos e orgânica
solventes
halogenados, etc.)
Matéria particulada Transportes; fogos
Floração; Erosão
(fumo, poeiras, etc.) florestais.
%(V/V)=Volume da
Percentagem em
substânciaVolume total da %(m/m)
volume
amostra100
%(m/m)=massa da
Percentagem em
substânciamassa total da %(V/V)
massa
amostra100
ppm=massa da
Partes por milhão
substânciamassa total da ppm
em massa
amostra106
ppmV=volume da
Partes por milhão
substânciavolume total da ppmV
em volume
amostra106
Aumento da temperatura da
Aumento da temperatura do
Reação vizinhança; a energia total do
sistema; a energia total do
exotérmica sistema diminui
sistema mantem-se.
(A energia vai para fora - exo).
Exemplo:
CH4 + 2 O2 −> CO2 + 2 H2O
(é necessário saber como são as ligações entre os átomos nestas moléculas e
consultar a tabela de entalpias de ligação)
CH4 (g) + 2 O2 (g) −> CO2 (g) + 2 H2O (g) ΔH = - 798 KJ mol-1
Leitura da equação: Quando uma mole de metano reage com duas moles de
oxigénio originando uma mole de dióxido de carbono e duas moles de água
são libertados 798 kJ de energia.
N2 luz → N∙+ N∙
Fotodissociação
O2 luz → O∙+ O∙
A energia necessária para que ocorra cada um destes fenómenos é diferente,
tal como a
seguir se apresenta:
Em modo de conclusão:
As reações de fotoionização necessitam de radiação mais energética,
por isso, predominam nas camadas mais altas da atmosfera,
nomeadamente na termosfera. A absorção destas radiações nas
camadas mais alias da atmosfera não permite a sua incidência na
superfície terrestre, atuando assim como filtro de radiação.
As reações de fotodissociação necessitam de radiação menos
energética quando comparadas com as reações de fotoionização, por
isso, predominam nas camadas inferiores da atmosfera, nomeadamente
na troposfera e estratosfera. São responsáveis pela absorção da
OZONO
Ozono estratosférico
o ozono e uma molécula de extrema importância no controlo da radiação solar
que atinge a superfície terrestre, pois a formação e a decomposição desta
molécula dá-se por processos de fotodissociação em que é absorvida radiação
UV-B e alguma radiação UV-C.
O ozono e uma molécula que facilmente pode ser destruída por agentes
antropogénicos que atingem a camada de ozono (zona da estratosfera onde a
concentrarão de ozono e superior). A concentração de ozono na estratosfera
permanece praticamente constante, num equilíbrio entre a reação de formação
e a reação de decomposição, mas esse equilíbrio é quebrado pela presença
de outros radicais livres, nomeadamente do radical Cl ∙ proveniente dos
clorofluorocarbonetos (CFC).
Os CFC são derivados halogenados dos hidrocarbonetos que, para além de
carbono, possuem átomos de cloro e de fluor. Por serem extremamente
estáveis ao nível da troposfera, não interagindo com outras substancias, e por
serem muito voláteis, ascendem até à estratosfera, onde interagem com a
radiação (que só a essa altitude é suficientemente energética) e sofrem uma
reação de fotodissociação.
O radical Cl∙ libertado reage com a molécula de ozono, destruindo-a.
Cl∙ + O3 → ClO∙+ O2
ClO∙ + O∙ → Cl∙+ O2
Neste processo, a destruição do ozono forma uma partícula reativa que reage
com os radicais O∙ do processo de formação do ozono e, no final, o radical é
regenerado. Deste modo, o mesmo radical Cl ∙ intervém novamente na
destruição de outra molécula de O 3 e volta a regenerar-se, podendo um só
átomo de cloro eliminar milhares de moléculas de ozono.
Ozono na troposfera
o ozono também existe na troposfera, formando-se a partir do oxigénio do ar e
de alguns poluentes atmosféricos, mas a esta altitude e um gás prejudicial aos
seres vivos, causando irritação nos olhos e na garganta e problemas
respiratórios.
FÍSICA
1.1.1. Energia e tipos fundamentais de energia. Energia interna.
Energi
Energia cinética das Energia potencial associadas às
a = +
partículas do sistema interações entre as partículas
interna
F – Intensidade da força F, N
W= ∆r – Deslocamento do ponto de aplicação da força, m
F∆rcosα – Ângulo entre as direções da força e do deslocamento,
grau
Situação 2:
Situação 3:
Situação 4:
FORÇA EFICAZ
Calcular o trabalho do peso quando o corpo desce ou sobe uma rampa (plano
inclinado).
Trabalho do peso
É sempre potente quando o corpo desce: WP=mgh
É sempre resistente quando o corpo sobe: WP=-mgh
Estas expressões são válidas quer o corpo se mova verticalmente ou sobre
uma rampa sendo h o desnível entre a posição mais alta e a mais baixa.
m – Massa do corpo, Kg
Epg=m g
g – Aceleração gravítica, m s-2
h
h – Altura a que o corpo se encontra em relação a um nível de
referência, m
Sendo o peso uma força conservativa, e uma vez que o trabalho realizado por
este tipo de forças depende apenas das posições inicial e final, pode-se
generalizar e afirmar que:
WFconservativas=-∆Epg
E – Energia transferia, J
P=E∆
∆t – intervalo de tempo no qual ocorreu a transferência de energia,
t
s
P – Potência, W
Quando num sistema atuam forças dissipativas, parte da energia transferida vai
ser dissipada.
A dissipação de energia é um processo que não se consegue evitar, pois não
existem sistemas mecânicos ideias, um vez que é praticamente impossível
eliminar as forças dissipativas.
Etotal = Eútil +Edissipada
O rendimento (η) mede a eficiência de um processo de transformação ou
transferência de energia. Pode ser calculado pelas expressões:
(%)=EútilEtotal×10
e (%)=PútilPtotal×100
0
Num sistema mecânico real, η < 100%, porque há sempre dissipação de
energia.
Quanto maior for o rendimento de um sistema, maior é a quantidade de energia
útil que ele produz e, consequentemente menor será a energia dissipada →
processo mais eficiente.
Potencia do gerador
Pgerador = ε I (Potência total que o gerador poderia dar)
Potência fornecida pelo gerador ao circuito (potência útil): P útil = U I
Potência dissipada no gerador: Pdissipada = r I2
Pgerador = U I + r I2
Mesmo quando o gerador não está ligado a um circuito, existe tensão entre os
seus terminais sendo a tensão designada, nesta situação, por força
eletromotriz (ε). Esta é uma grandeza qua carateriza o gerador e, sendo uma
tensão, a sua unidade no SI é o volt (v).
=EQ<=>E= Q
U – Tensão elétrica, V
ε – Força eletromotriz da pilha (quando a pilha não está ligada ao
U = -r
circuito), V
I
r – Resistência interna do gerador, Ω
I – Corrente elétrica que passa pelo circuito, A
A tensão fornecida por um gerador de tensão contínua ao circuito depende:
Das caraterísticas do gerador (ε e r);
Da corrente elétrica (I).
Tratamento gráfico da relação entre a tensão fornecida ao circuito pelo gerador
e a corrente elétrica verifica-se que as duas grandezas têm uma relação linear,
uma vez que a expressão matemática descreve a equação reduzida de uma
reta.
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE.
Para se obter uma associação em série, os vários componentes do circuito
devem estar intercalados no mesmo ramo do circuito.
Na associação em série, se um dos componentes não permitir a passagem da
elétrica (por avaria ou simplesmente por estar desligado), nenhum dos outros
componentes funciona, uma vez que o circuito fica aberto.
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
Este tipo de associação consiste em colocar os vários componentes em ramos
diferentes do circuito, que têm os seus terminais unidos aos mesmos pontos do
circuito principal.
Na associação em paralelo, se um dos componentes não permitir a
passagem da corrente elétrica (por avaria ou simplesmente por estar
desligado) todos os outros componentes continuam a funcionar normalmente,
desde que não estejam no mesmo ramo onde se encontra esse componente.
Resumo: