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Justiça Federal deve julgar esposa de desembargador do RJ 14/10/21 20:16

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DECISÃO
14/10/2021 16:50

Mantida na Justiça Federal ação contra esposa de


desembargador do RJ denunciado por corrupção
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve na Justiça Federal a ação penal
Gláucia Guimarães, esposa do desembargador afastado do Tribunal de Justiça do Rio de J
(TJRJ) Mario Guimarães Neto. Os dois são alvo de denúncia do Ministério Público Federal (M
suposto envolvimento com organização criminosa ligada ao setor de transporte público.

Em decisão unânime, o colegiado rejeitou o recurso de Gláucia Guimarães para que os autos
remetidos à Justiça estadual. Ela também teve negado o pedido de anulação das medidas cau
decretadas pelo STJ antes do desmembramento do caso, quando permaneceu sob a jurisdição do t
apenas o desembargador Mario Guimarães Neto, em razão de possuir foro por prerrogativa de funç

De acordo com a relatora do recurso, ministra Isabel Gallotti, a competência da Justiça Fe


determinada pela natureza dos crimes investigados. Quanto às medidas cautelares anterio
desmembramento, a relatora destacou que a jurisprudência do STJ e a do Supremo Tribunal
(STF) reconhecem a competência para as decisões relativas aos acusados com e sem prerroga
foro, durante as investigações, como efeito da conexão e da continência.

Crimes estaduais em conexão com federais competem à Ju


Federal
O desembargador, sua esposa e outros cinco denunciados respondem pelo suposto cometimen
crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O MPF acusa a esp
haver intermediado o pagamento de propina no valor de R$ 6 milhões para o desembargador, em
de decisões judiciais favoráveis a empresas de ônibus do Rio de Janeiro.

Segundo a defesa de Gláucia Guimarães, o envolvimento de um desembargador estadual na de


justificaria a competência da Justiça estadual para o processamento e julgamento da causa.

Em seu voto, a ministra Gallotti afirmou que a legislação estabelece a competência da Justiça Fede
hipóteses de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A relatora observou que, no caso, há cor
entre esses delitos de competência federal e a suposta prática de corrupção ativa e passiva.

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Justiça Federal deve julgar esposa de desembargador do RJ 14/10/21 20:16

"O Supremo Tribunal Federal já decidiu que, havendo conexão entre crimes de competência da
Federal e da Justiça estadual, prevalecerá a competência da primeira", explicou a magistrad
ressaltou a presença do mesmo entendimento na Súmula 122 do STJ.

Desmembramento não invalida medidas contra corréus sem foro especia


Em relação às cautelares impostas pela corte na fase investigativa, a defesa alegou que
incabíveis, pois quando de sua adoção já havia o conhecimento a respeito da incompetência do S
julgar os denunciados sem foro por prerrogativa de função.

Ao afastar a tese de nulidade, Isabel Gallotti invocou a jurisprudência do tribunal e a Súmula 7


STF, segundo a qual a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro especial
dos denunciados não viola o devido processo penal.

"O fato superveniente (cisão da ação penal) que modifica a competência não invalida as m
cautelares anteriormente decretadas em face dos agentes não detentores de foro perante est
superior", assinalou.

A relatora entendeu ainda que cabe ao juízo federal responsável pela ação reexaminar a necessid
não de manutenção das medidas cautelares e demais decisões tomadas na fase investigativa.

Corte Especial vai retomar discussão no caso de outro denunciado


Na mesma sessão, a Corte Especial começou a julgar pedido semelhante apresentado pelo emp
Jacob Barata Filho, um dos denunciados no suposto esquema de venda de decisões judiciais a em
de transporte de passageiros do Rio de Janeiro.

Jacob Barata Filho requereu a remessa dos autos à Justiça estadual fluminense, mas a ministra
votou para manter a competência da Justiça Federal, como anteriormente determinado por oca
desmembramento do processo. Com três votos a um pela rejeição do recurso, o julgame
interrompido por pedido de vista do ministro João Otávio de Noronha.

Esta notícia refere-se ao(s) processo(s):

APn 970

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