Não cabe ao MP questionar taxa de associação de moradores 11/10/21 12:43

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DECISÃO

11/10/2021 08:10

MP não tem legitimidade para questionar cobrança d

taxa por associação de moradores, define Quarta
Turma
​Por entender que se trata de interesse eminentemente privado, a Quarta Turma do Superior Trib
Justiça (STJ) afastou a legitimidade do Ministério Público (MP) para propor ação civil pública
objetivo de questionar taxa supostamente abusiva cobrada por associação de moradores.

Como consequência, o colegiado manteve a extinção do processo no qual o Ministério Público de

Gerais alegava que uma associação estaria cobrando dos moradores por serviços que já eram pre
pelo poder público, como capinagem, limpeza de rua e segurança.

Em recurso dirigido ao STJ, o MP sustentou que sua legitimidade para propor a ação seria decorren
só do interesse da coletividade de moradores atingidos pela cobrança, mas também da existên
multiplicidade de ações sobre o mesmo tema, o que justificaria a intervenção para paci
controvérsia.

Interesse tutelado pelo MP deve ter relevância social

O relator do recurso, ministro Antonio Carlos Ferreira, apontou que, de acordo com a jurisprudê
STJ, o MP possui legitimidade para promover a tutela coletiva de direitos individuais homog
mesmo os de natureza disponível, desde que o interesse jurídico tutelado tenha relevante caráter s

Sob essa perspectiva, o magistrado destacou que, no caso dos autos, não se busca defender b
valores essenciais à sociedade – como meio ambiente, educação ou saúde –, nem se pretende tu
direito de indivíduos considerados vulneráveis – a exemplo de consumidores, pessoas com neces
especiais ou menores de idade.

"Por tudo isso, conclui-se que, no caso dos autos, o Ministério Público não é dotado de legitimid
causam para ajuizar ação civil pública visando a defesa do direito do proprietário de não pag
cobrada por associação de moradores, em razão da ausência de relevante interesse social, de
portanto, ser mantida a extinção do processo por carência de ação", concluiu o ministro.

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Leia o acórdão no REsp 1.585.794.

Esta notícia refere-se ao(s) processo(s):

REsp 1585794

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