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6) Fale tudo sobre a sondagem SPT, destacando o processo executivo, definindo o Índice de
Resistência à Penetração, os critérios de parada do ensaio e da sondagem e as vantagens e
desvantagens.
R= A sondagem SPT é um tipo de sondagem que visa caracterizar o solo que servirá como parte
de um elemento de fundação de uma edificação. SPT é a sigla em inglês para Standard
Penetration Test ou Ensaio de Sondagem à Percussão. Ocorre da seguinte forma, Mede-se a
resistência de uma camada de solo de um metro medindo o número de golpes com um martelo
que são necessários para penetrar trinta centímetros, o que chamamos de N SPT. Os resultados
desse ensaio são bons para solos com algum grau de resistência, e são ruins quando falamos de
solos moles. É um ensaio relativamente simples, o que explica tamanha difusão. Deve haver
cuidado para manter a uniformidade nos golpes aplicados no solo, para não gerar erros nos
resultados, quando for uma versão manual. Algumas empresas também disponibilizam aos seus
clientes a possibilidade do ensaio mecanizado, onde seria menor a possibilidade de variações nos
golpes. O ensaio consiste em fazer uma perfuração vertical com diâmetro normal 2,5" (63,5mm).
A profundidade varia com o tipo de obra e o tipo de terreno, ficando em geral entre 10 a 20 m.
Enquanto não se encontra água, o avanço da perfuração é feita, em geral, com um trado espiral
(helicoidal).
O avanço com trado é feito até atingir o nível de água ou então algum material resistente. Daí
em diante, a perfuração continua com o uso de trépano e circulação de água, processo
denominado de “lavagem”. O trépano é uma ferramenta da largura do furo e com terminação em
bisel cortante, usado para desagregar o material do fundo do furo. O trépano vai sendo cravado
no fundo do furo por repetidas quedas da coluna de perfuração (trépano e hastes). O martelo cai
de uma altura de 30 cm, e a queda é seguida por um pequeno movimento de rotação, acionado
manualmente da superfície, com uma cruzeta acoplada ao topo da coluna de perfuração. Injeta-
se água sob pressão pelos canais existentes nas hastes, esta água circula pelo furo arrastando os
detritos de perfuração até a superfície. Para evitar o desmoronamento das paredes nas zonas em
que o solo apresenta-se pouco coeso é instalado um revestimento metálico de proteção (tubos de
revestimento). A sondagem prossegue assim até a profundidade especificada pelo projetista (que
se baseia na norma), ou então até que a percussão atinja material duro como, por exemplo,
rocha, matacões, seixos ou cascalhos de diâmetro grande. Durante a perfuração, a cada metro de
avanço é feito um ensaio de cravação do amostrador no fundo do furo, para medir a resistência
do solo e coletar amostras. Esse ensaio, denominado ensaio de penetração ou ensaio SPT, é feito
com equipamento e procedimento padronizados no mundo todo, para permitir a correlação de
seu resultado com a experiência consolidada de muitos estudos feitos no Brasil e no exterior.
O índice SPT foi definido por Terzaghi-Peck, que nos diz que o índice de resistência à
penetração (SPT) é a soma do número de golpes necessários à penetração no solo, dos 30 cm
finais do amostrador. Despreza-se portanto o número de golpes correspondentes à cravação dos
15 cm iniciais do amostrador.
O processo de perfuração, por trado ou lavagem, associado aos ensaios penetrométricos, será
realizado até onde se obtiver nesses ensaios uma das seguintes condições:
1 -- Quando em 3 m sucessivos se obtiver índices de penetração maiores do que 45/15;
2 -- Quando em 4 m sucessivos forem obtidos índices de penetração entre 45/15 e 45/30;
3 -- Quando, em 5 m sucessivos, forem obtidos índices de penetração entre 45/30 e 45/45
(número de golpes/espaço penetrado pelo amostrador).
Caso a penetração seja nula dentro da precisão da medida na seqüência de 5 impactos do martelo
o ensaio será interrompido, não havendo necessidade de obedecer o critério estabelecido acima.
Entretanto, ocorrendo essa situação antes de 8,00 m, a sondagem será deslocada até o máximo
de quatro vezes em posições diametralmente opostas, distantes 2,00 m da sondagem inicial.
As vantagens desse ensaio com relação aos demais são: simplicidade do equipamento, baixo
custo (0,2 a 0,5% do custo total da obra) e obtenção de um valor numérico que pode ser obtido
de forma não sofisticada, mas diretas, com regras empiricas de projeto. Uma desvantagem está
atrelado a diversidade de procedimentos utilizados para a execução do ensaio (método não
padronizado) e pouca racionalidade de alguns métodos de uso e interpretação. Atualmente
existem diferentes normas nacionais com característcas distintas. Na América do Sul a
normalização ASTM D 1586-67 é usado com frequência, no Brasil é regido por norma
especifica NBR- 6484/1980.
7) Compare as sondagens SPT e CPT/CPTU, apontando vantagens e desvantagens técnicas;
R= CPT/CPTU consiste na cravação estática lenta de um cone mecânico ou elétrico que armazena em
um computador os dados a cada 20 cm.
As vantagens desse ensaio saõ, rapidez, caracteriza resistência de ponta e lateral, excelente
repetivbiliadade.Uma desvantagem é a complexibilidade do aparelho.
SPT é executada no transcorrer da sondagem a percussão, com o propósito de obter índices de
resistência na penetração do solo.
As vantagens desse ensaio com relação aos demais são: simplicidade do equipamento, baixo custo
(0,2 a 0,5% do custo total da obra) e obtenção de um valor numérico que pode ser obtido de forma não
sofisticada, mas diretas, com regras empiricas de projeto. Uma desvantagem está atrelado a
diversidade de procedimentos utilizados para a execução do ensaio (método não padronizado) e pouca
racionalidade de alguns métodos de uso e interpretação. Atualmente existem diferentes normas
nacionais com característcas distintas. Na América do Sul a normalização ASTM D 1586-67 é usado
com frequência, no Brasil é regido por norma especifica NBR- 6484/1980.
8) Descreva o processo executivo de uma sapata, destacando as condições favoráveis e
desfavoráveis para uso dessa fundação.
R= As sapatas são de simples execução, o que não muda o fato de tomar bastante cuidado na sua
construção. A sapata de cota mais baixa deve ser executada primeiro e de acordo com a NBR
6122, nenhuma sapata deve ter dimensão menor do que 60 cm.
Para a execução de uma sapata, são realizados os seguintes passos:
• Escavação do terreno onde será feita a sapata, de acordo com o projeto de fundações,
seguindo as dimensões e cotas indicadas.
• Aplicar uma camada de concreto magro no fundo do terreno escavado e nas suas laterais.
Essa camada de regularização no fundo deve ter no mínimo 5 cm e sua função é proteger a
armadura da sapata contra a umidade do solo. Nas laterais, uma camada de chapisco já
basta.
• Em seguida, coloca-se as fôrmas de acordo com o projeto de locação de obra. Deve-se
conferir as marcações dos pilares e checar o nível da sapata.
• Coloca-se então espaçadores na superfície de apoio onde foi aplicado o concreto magro,
para evitar que o cobrimento do aço não seja atendido.
• Coloca-se a armadura, de acordo com o projeto de fundações.
• Posicionamento da armadura do pilar que sairá da sapata isolada. Deve-se fixar os
arranques dos pilares com arames de aço.
• Realiza-se a concretagem da sapata.
• Depois de curado o concreto, realiza-se a desfôrma da sapata e o devido reaterro da cava
da sapata.
É claro que as especificações da sapata são influenciadas de acordo com o tipo de estrutura a ser
utilizada e o tipo de solo do local. As sapatas são indicadas para regiões onde e solo é estável e
com boa resistência nas camadas superficiais.
c) Estacas metálicas;
R= São constituídas de perfis laminados ou soldados, tubos de chapas dobradas (seção circular,
quadrada ou retangular) e trilhos. As estacas de aço devem resistir à corrosão pela própria natureza do
aço ou por tratamento adequado porém dispensam tratamento se estiverem inteiramente enterradas em
terreno natural.
Seu processo executivo é muito similar ao das estacas pré-moldadas de concreto, algumas das
diferenças no procedimento executivo das estacas metálicas para as pré-moldadas são a soldagem das
chapas para ligação entre os perfis, que devem ser especificadas em projeto, e alguns critérios que
diferem de maneira quantitativa, como o peso do martelo de cravação, que podem ser verificados na
NBR 6122:2010.
Vantagens: As estacas metálicas são facilmente emendadas, têm elevada resistência à tração e
compressão, não fissuram, não trincam e não quebram e possui pouca vibração durante sua cravação.
Desvantagens: Alto custo se comparadas as estacas pré moldadas, estacas Franki e estacas Strauss e
poucos fornecedores.
d) Estacas pré-moldadas de concreto;
R= Na sua confecção, o concreto pode ser vibrado, centrifugado, ou ainda pode-se usar o processo de
extrusão. Em relação à armadura pode ser de concreto armado ou de concreto protendido. Já a
cravação da estaca pré-moldada pode ser feita por vibração, percussão e prensagem, dependendo do
tipo e tamanho da estaca, tipo e resistência do solo, edificações vizinhas à construção, projeto de
fundação, características próprias de cada obra e seu custo, de acordo com a NBR 6122:2010. “Apesar
de ser uma estaca de fácil execução, nem sempre é possível utilizá-la, em função das edificações
presentes nas redondezas”, aponta Montefusco. Isso porque a vibração que ocorre no solo quando é
feita a cravação com o bate-estaca pode alcançar as construções próximas e ocasionar danos, como
trincas e fissuras.
e) Estacas raiz;
R= O processo executivo da estaca raiz é dividido em 3 etapas: perfuração, fixação da armadura,
injeção da argamassa e retirada dos tubos metálicos.
No caso de descobrir algum material resistente durante a perfuração, como matacões ou rocha,
pode ser utilizada uma coroa diamantada, ou pode-se prosseguir a perfuração por processo
percussivo.
Para o correto posicionamento da perfuratriz, é necessário que o terreno esteja nivelado. Antes
do início da perfuração, deve-se conferir a verticalidade e o ângulo de inclinação do tubo
metálico em relação à estaca. O tubo metálico é inserido conforme a perfuração vai ganhando
profundidade sendo composto por vários segmentos que serão ligados entre si por juntas
rosqueáveis.
14) Por que o Fator de Segurança Global das fundações superficiais deve ser maior que o das
fundações profundas?
R= Consideram-se as seguintes variáveis: tipo de estrutura, cargas atuantes (A), solicitações (S)
resultantes da interação das cargas com a estrutura e resistências (R) dos materiais. Os parâmetros que
condicionam a relação entre fator de segurança (FS) e fator de confiabilidade (β) são os coeficientes
de variação (vS) da solicitação (S) e (vR) da resistência (R). Os quatro últimos valores comandam a
segurança e a confiabilidade estrutural e constituem objeto de análise deste artigo. Em resumo,
conclui-se que a análise do fator de segurança ótimo deve considerar aspectos técnicos, legais, de
mercado e o custo do risco da obra.
15) Comente sobre os fatores de correção que podem ser aplicados à equação de capacidade de
suporte de Terzaghi (1943).
R= São os fatores utilizados para adaptar os cálculos para a realidade, sendo eles:
• Fator de forma;
• Embutimento;
• Compressibilidade do solo;
• Carga excêntrica;
• Carga inclinada;
• Presença de NA.
16) Um Engenheiro que trabalha no ramo da Construção Civil e cálculo de fundações foi solicitado
a atender dois pedidos para projetar e executar dois empreendimentos. O primeiro compreende
uma casa térrea simples e o segundo compreende um empreendimento de elevado padrão,
composto por uma casa de 3 pavimentos, sendo um deles “enterrado”. Sabe-se que o perfil de solo
para o primeiro projeto apresenta grande dificuldade para ser escavado, e o nível d’água 0,5
metros abaixo da superfície do terreno. O perfil para o segundo empreendimento apresenta grande
facilidade de escavação e solo completamente saturado. Indique soluções de fundações para
ambos os empreendimentos, explicando o porquê de sua escolha e indicando cuidados e métodos
de execução pertinentes.
R= Para o primeiro empreendimento pode ser utilizado radier, por se tratar de um solo com dificil
escavação, possivelmente bem compactado e de classe 2. Para o segundo empreendimento pode ser
utilizada a hélice continua monitora, ideal para grandes cargas e solos saturados.