Você está na página 1de 11

2° Trabalho 1º Semestre – 2020

Fundações - 1º Bimestre - Valor total 4 Pontos + 1 pt extra


Professor: Thiago Primo Sousa
Estudante: Vitor Oliveira Cardoso RA: 0007296
Obs: As questões e seus respectivos pesos estão distribuídos em:

Parte Quantidade de questões Peso individual


Questões de 1 a 16 16 0,25
Questões 17 e 19 (extra) 2 0,25
Questões 18 (extra) 1 0,5

1) Defina o que consiste um sistema de fundação.


R= Fundações são elementos estruturais que têm por finalidade transmitir as cargas de uma edificação
para as camadas resistentes do solo sem provocar ruptura do terreno de fundação. Podem também
serem chamados de alicerce.

2) O que são Fundações Superficiais e Fundações Profundas do ponto de vista geotécnico?


R=Fundações superficiais são elementos de fundação em que a carga é transmitida ao terreno,
predominantemente pelas pressões distribuídas sob a base da fundação, e em que a profundidade de
assentamento em relação ao terreno adjacente é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação.
Incluem-se neste tipo de fundação as sapatas, os blocos, os radier, as sapatas associadas, as vigas de
fundação e as sapatas corridas.
As fundações profundas são elementos de fundação que transmite a carga ao terreno pela base
(resistência de ponta), por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma combinação das
duas, e que está assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta, e no
mínimo 3 m, salvo justificativa. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas, os tubulões e os
caixões.

3) Comente as características que definem as fundações superficiais: blocos, sapatas


isoladas, sapatas associadas, sapatas contínuas e radiers.
R= - Bloco: elemento de fundação superficial de concreto, dimensionado de modo que as
tensões de tração nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto, sem necessidade de
armadura. Pode ter suas faces verticais, inclinadas ou escalonadas e apresentar normalmente
em planta seção quadrada ou retangular.
-Sapata: elemento de fundação superficial de concreto armado, dimensionado de modo que as
tensões de tração nele produzidas não sejam resistidas pelo concreto, mas sim pelo emprego
da armadura. Pode possuir espessura constante ou variável, sendo sua base em planta
normalmente quadrada, retangular ou trapezoidal.
- Sapata isolada: é uma sapata dimensionada para suportar a carga de apenas um pilar ou coluna.
- Sapata associada: é uma sapata comum a vários pilares. São normalmente empregadas quando a
posição de duas sapatas isoladas ficarem muito próximas por falta de espaço ou opção estrutural.
- Sapata contínua: é utilizada para suportar cargas oriundas de elementos contínuos que possuem
cargas distribuídas linearmente como muros, paredes e outro elementos alongados. Por ser uma
fundação rasa sua escavação geralmente é feita à mão sem a necessidade do uso de máquinas ou
equipamentos especias. Normalmente é executada com concreto ciclópico (concreto e pedras de mão).
- Radier: Elemento de fundação superficial que abrange todos os pilares da obra ou carregamentos
distribuídos (por exemplo: tanques, depósitos, silos, etc.).

4) Os principais tipos de fundações profundas são os tubulões e as estacas. Defina-os e


caracterize-os com relação a seus processos executivos e mecanismos de transferência de carga
para o solo.
R= - Tubulão: Elemento de fundação profunda, cilíndrico, em que, pelo menos na sua etapa final,
há descida de operário. Pode ser feito a céu aberto ou sob ar comprimido (pneumático) e ter ou
não base alargada. Pode ser executado com ou sem revestimento, podendo este ser de aço ou de
concreto. No caso de revestimento de aço (camisa metálica), este poderá ser perdido ou
recuperado.
- Estaca: Elemento de fundação profunda executado inteiramente por equipamentos ou
ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua execução, haja descida de operário. Os materiais
empregados podem ser: madeira, aço, concreto prémoldado, concreto moldado in situ ou mistos.

5) O que consiste um processo de investigação do subsolo? Comente sobre as etapas de um


processo de investigação.
R= Investigação do material abaixo da superfície terrestre ao longo de uma determinada
profundidade (profundidade de estudo). Para fins de projeto e execução de fundações, as
investigações do terreno de fundação constituído por solo, rocha, mistura de ambos ou rejeitos
compreendem:
1) investigações de campo;
2) investigações em laboratório sobre amostras deformadas ou indeformadas,
representativas das condições locais;
3) reconhecimento geológico:
- As sondagens de reconhecimento à percussão são indispensáveis e
devem ser executadas de acordo com a NBR 6484, levando-se em conta as
peculiaridades da obra em projeto. Tais sondagens devem fornecer no mínimo a
descrição das camadas atravessadas, os valores dos índices de resistência à
penetração (S.P.T.) e as posições dos níveis de água.
4) reconhecimento geotécnico.
- Sempre que julgado necessário deve ser realizada vistoria geológica
de campo por profissional especializado, complementada ou não por
estudos geológicos adicionais, com consultas a mapas geológicos,
bibliografia especializada, fotografias aéreas comuns ou multiespectrais,
etc.

6) Fale tudo sobre a sondagem SPT, destacando o processo executivo, definindo o Índice de
Resistência à Penetração, os critérios de parada do ensaio e da sondagem e as vantagens e
desvantagens.
R= A sondagem SPT é um tipo de sondagem que visa caracterizar o solo que servirá como parte
de um elemento de fundação de uma edificação. SPT é a sigla em inglês para Standard
Penetration Test ou Ensaio de Sondagem à Percussão. Ocorre da seguinte forma, Mede-se a
resistência de uma camada de solo de um metro medindo o número de golpes com um martelo
que são necessários para penetrar trinta centímetros, o que chamamos de N SPT. Os resultados
desse ensaio são bons para solos com algum grau de resistência, e são ruins quando falamos de
solos moles. É um ensaio relativamente simples, o que explica tamanha difusão. Deve haver
cuidado para manter a uniformidade nos golpes aplicados no solo, para não gerar erros nos
resultados, quando for uma versão manual. Algumas empresas também disponibilizam aos seus
clientes a possibilidade do ensaio mecanizado, onde seria menor a possibilidade de variações nos
golpes. O ensaio consiste em fazer uma perfuração vertical com diâmetro normal 2,5" (63,5mm).
A profundidade varia com o tipo de obra e o tipo de terreno, ficando em geral entre 10 a 20 m.
Enquanto não se encontra água, o avanço da perfuração é feita, em geral, com um trado espiral
(helicoidal).
O avanço com trado é feito até atingir o nível de água ou então algum material resistente. Daí
em diante, a perfuração continua com o uso de trépano e circulação de água, processo
denominado de “lavagem”. O trépano é uma ferramenta da largura do furo e com terminação em
bisel cortante, usado para desagregar o material do fundo do furo. O trépano vai sendo cravado
no fundo do furo por repetidas quedas da coluna de perfuração (trépano e hastes). O martelo cai
de uma altura de 30 cm, e a queda é seguida por um pequeno movimento de rotação, acionado
manualmente da superfície, com uma cruzeta acoplada ao topo da coluna de perfuração. Injeta-
se água sob pressão pelos canais existentes nas hastes, esta água circula pelo furo arrastando os
detritos de perfuração até a superfície. Para evitar o desmoronamento das paredes nas zonas em
que o solo apresenta-se pouco coeso é instalado um revestimento metálico de proteção (tubos de
revestimento). A sondagem prossegue assim até a profundidade especificada pelo projetista (que
se baseia na norma), ou então até que a percussão atinja material duro como, por exemplo,
rocha, matacões, seixos ou cascalhos de diâmetro grande. Durante a perfuração, a cada metro de
avanço é feito um ensaio de cravação do amostrador no fundo do furo, para medir a resistência
do solo e coletar amostras. Esse ensaio, denominado ensaio de penetração ou ensaio SPT, é feito
com equipamento e procedimento padronizados no mundo todo, para permitir a correlação de
seu resultado com a experiência consolidada de muitos estudos feitos no Brasil e no exterior.
O índice SPT foi definido por Terzaghi-Peck, que nos diz que o índice de resistência à
penetração (SPT) é a soma do número de golpes necessários à penetração no solo, dos 30 cm
finais do amostrador. Despreza-se portanto o número de golpes correspondentes à cravação dos
15 cm iniciais do amostrador.
O processo de perfuração, por trado ou lavagem, associado aos ensaios penetrométricos, será
realizado até onde se obtiver nesses ensaios uma das seguintes condições:
1 -- Quando em 3 m sucessivos se obtiver índices de penetração maiores do que 45/15;
2 -- Quando em 4 m sucessivos forem obtidos índices de penetração entre 45/15 e 45/30;
3 -- Quando, em 5 m sucessivos, forem obtidos índices de penetração entre 45/30 e 45/45
(número de golpes/espaço penetrado pelo amostrador).
Caso a penetração seja nula dentro da precisão da medida na seqüência de 5 impactos do martelo
o ensaio será interrompido, não havendo necessidade de obedecer o critério estabelecido acima.
Entretanto, ocorrendo essa situação antes de 8,00 m, a sondagem será deslocada até o máximo
de quatro vezes em posições diametralmente opostas, distantes 2,00 m da sondagem inicial.
As vantagens desse ensaio com relação aos demais são: simplicidade do equipamento, baixo
custo (0,2 a 0,5% do custo total da obra) e obtenção de um valor numérico que pode ser obtido
de forma não sofisticada, mas diretas, com regras empiricas de projeto. Uma desvantagem está
atrelado a diversidade de procedimentos utilizados para a execução do ensaio (método não
padronizado) e pouca racionalidade de alguns métodos de uso e interpretação. Atualmente
existem diferentes normas nacionais com característcas distintas. Na América do Sul a
normalização ASTM D 1586-67 é usado com frequência, no Brasil é regido por norma
especifica NBR- 6484/1980.
7) Compare as sondagens SPT e CPT/CPTU, apontando vantagens e desvantagens técnicas;
R= CPT/CPTU consiste na cravação estática lenta de um cone mecânico ou elétrico que armazena em
um computador os dados a cada 20 cm.
As vantagens desse ensaio saõ, rapidez, caracteriza resistência de ponta e lateral, excelente
repetivbiliadade.Uma desvantagem é a complexibilidade do aparelho.
SPT é executada no transcorrer da sondagem a percussão, com o propósito de obter índices de
resistência na penetração do solo.
As vantagens desse ensaio com relação aos demais são: simplicidade do equipamento, baixo custo
(0,2 a 0,5% do custo total da obra) e obtenção de um valor numérico que pode ser obtido de forma não
sofisticada, mas diretas, com regras empiricas de projeto. Uma desvantagem está atrelado a
diversidade de procedimentos utilizados para a execução do ensaio (método não padronizado) e pouca
racionalidade de alguns métodos de uso e interpretação. Atualmente existem diferentes normas
nacionais com característcas distintas. Na América do Sul a normalização ASTM D 1586-67 é usado
com frequência, no Brasil é regido por norma especifica NBR- 6484/1980.
8) Descreva o processo executivo de uma sapata, destacando as condições favoráveis e
desfavoráveis para uso dessa fundação.
R= As sapatas são de simples execução, o que não muda o fato de tomar bastante cuidado na sua
construção. A sapata de cota mais baixa deve ser executada primeiro e de acordo com a NBR
6122, nenhuma sapata deve ter dimensão menor do que 60 cm.
Para a execução de uma sapata, são realizados os seguintes passos:

• Escavação do terreno onde será feita a sapata, de acordo com o projeto de fundações,
seguindo as dimensões e cotas indicadas.
• Aplicar uma camada de concreto magro no fundo do terreno escavado e nas suas laterais.
Essa camada de regularização no fundo deve ter no mínimo 5 cm e sua função é proteger a
armadura da sapata contra a umidade do solo. Nas laterais, uma camada de chapisco já
basta.
• Em seguida, coloca-se as fôrmas de acordo com o projeto de locação de obra. Deve-se
conferir as marcações dos pilares e checar o nível da sapata.
• Coloca-se então espaçadores na superfície de apoio onde foi aplicado o concreto magro,
para evitar que o cobrimento do aço não seja atendido.
• Coloca-se a armadura, de acordo com o projeto de fundações.
• Posicionamento da armadura do pilar que sairá da sapata isolada. Deve-se fixar os
arranques dos pilares com arames de aço.
• Realiza-se a concretagem da sapata.
• Depois de curado o concreto, realiza-se a desfôrma da sapata e o devido reaterro da cava
da sapata.
É claro que as especificações da sapata são influenciadas de acordo com o tipo de estrutura a ser
utilizada e o tipo de solo do local. As sapatas são indicadas para regiões onde e solo é estável e
com boa resistência nas camadas superficiais.

9) Descreva o processo executivo de um tubulão à céu aberto, destacando as condições


necessárias que permitam a execução dessa fundação e o que pode inviabilizar a sua
aplicação.
R=
• Escavação manual ou mecânica do fuste: O fuste pode ser escavado manualmente por poceiros
ou através de perfuratrizes até a profundidade prevista em projeto. Quando escavado à mão, o
prumo e a forma do fuste devem ser conferidos durante a escavação. Caso ocorram
irregularidades na instalação do sistema, especialmente desalinhamento do fuste e dificuldade
de abertura e concretagem da base, é preciso corrigir imediatamente, pois o tubulão não pode
ficar muito tempo aberto para não sofrer alívio de tensões e perda de resistência do solo.
• Alargamento da base e limpeza: Se for necessário o alargamento da base, a descida de um
operário para o serviço é imprescindível. Por mais arriscado que seja esta prática, ainda não foi
desenvolvido equipamento com preço acessível para realizar o alargamento da base. Deve-se
realizar todos os procedimentos de segurança e a utilização de epi’s designados para esta
operação. Depois de executado o alargamento da base de acordo com as dimensões previstas
em projeto, deve-se realizar a limpeza da base, retirando terras soltas e impurezas do solo.
• Conferência da base pelo engenheiro ou responsável da obra: Após o término do alargamento e
limpeza da base pelo operário, o engenheiro ou responsável da obra deve descer no poço para
verificação do serviço. Deve-se conferir as dimensões da base e o angulo formado entre o fuste
e a base. É comum nos canteiros de obra a prática da confiança do engenheiro em seus
operários. Porém, vale ressaltar que o engenheiro é a pessoa que possui conhecimento técnico
na obra capaz de decidir se o serviço foi bem executado ou não.
• Colocação de armadura: A armadura do fuste deve ser colocada tomando-se o cuidado de não
permitir que, nesta operação torrões de solo sejam derrubados para dentro do tubulão. Quando
a armadura penetrar na base, ela deve ser projetada de modo a permitir a concretagem
adequada da base, devendo existir aberturas na armadura de pelo menos de 30 x 30 cm.
• Concretagem: A concretagem do tubulão deve ser feita imediatamente após a conclusão de sua
escavação. Em casos excepcionais, nos quais a concretagem não tenha sido feita
imediatamente após o término do alargamento e sua inspeção, nova inspeção deve ser feita,
removendo-se o material solto ou eventual camada amolecida pela exposição ao tempo ou por
água de infiltração. A concretagem é feita com concreto simplesmente lançado da superfície.
Não é necessário o uso de vibrador. Por esta razão o concreto deve ter plasticidade suficiente
para assegurar a ocupação do todo o volume da base. Alguns engenheiros porém recomendam
o uso de vibrador e que a bomba de concreto alcance o fundo do tubulão. A escolha ficará por
conta do responsável da obra.
A execução de tubulões é recomendada em solo argiloso, pois há risco de desmoronamento durante
sua execução, que em parte é manual.

10) Descreva o procedimento executivo das estacas a seguir e as condicionantes favoráveis e


desfavoráveis para seus empregos (tipo de solo, presença de água no solo, nível de carregamento,
vizinhança, etc):

a) Estacas escavadas mecanicamente;


R= A estaca escavada mecanicamente é fundação escavada para preenchimento com o concreto, onde
essa estaca é escavada até o seu fim, de modo contínuo com o equipamento adequado. O pilar
cavoucado em espiral pode atingir grandes profundidades na faixa de 20 até 30 metros, sempre de
acordo com as necessidades e com a demanda de cada cliente. O processo executivo é muito simples,
sendo:
1 – Escavação
2 – Colocação da Armadura
3 – Concretagem
A estaca escavada mecanicamente é um tipo de fundação escavada para concreto de grande utilização
em centros urbanos, onde em muitos casos existem construções nos arredores. O processo de
execução da estaca escavada mecanicamente possui benefícios como a ausência de vibrações, nível de
ruído abaixo de 80 decibéis, o que torna este processo indicado para ser realização próxima de
hospitais, escolas e áreas residenciais e grande versatilidade, pelo fato de o mesmo equipamento poder
fazer estacas com variações de diâmetro de 25 a 40 cm.

b) Estacas hélice contínua monitoradas;


R= Estaca Hélice Contínua é um tipo de fundação profunda executada com equipamento de trado
helicoidal contínuo que realiza a concretagem da estaca simultaneamente à retirada do solo. A estaca
tipo hélice contínua se caracteriza por ser moldada in loco e por ter a armadura colocada somente após
o lançamento do concreto.
As estacas hélice contínua são monitoradas por equipamentos eletrônicos garantindo maior controle
na execução e na segurança dos elementos da fundação.
Por ser uma estaca escavada, não causa vibrações nos terrenos adjacentes evitando problemas que
possam incomodar a vizinhança. Este tipo de estaca apresenta ainda grande velocidade de execução e
uma menor geração de ruídos e sujeiras no canteiro de obras.
PERFURAÇÃO: O equipamento de escavação para estaca hélice contínua deve ser posicionado e
nivelado para asseguar a centralização e verticalidade da estaca. O diâmetro do trado contínuo deve
ser verificado para assegurar as premissas de projeto. A haste hélice contínua é dotada de ponta
fechada por uma tampa metálica recuperável. A perfuração da estaca hélice se dá de forma contínua
por rotação, até a cota prevista em projeto. Dai sua designação hélice contínua. As estacas hélice
contínua possuem um ferramenta chamada de prolonga onde só é permitido o uso em condições
especiais onde o solo se mantenha estável no trecho do prolongador.
CONCRETAGEM: Nas estacas hélice contínua, o concreto é bombeado pelo interior da haste com
sua simultânea retirada. A ponta da haste é fechada por uma tampa para evitar entrada de água ou
contaminação do concreto pelo solo. Esta tampa é aberta pelo peso do concreto no início da
concretagem. Como a estaca hélice contínua é monitorada por computador de bordo controla-se a
pressão do concreto que deve ser sempre positiva para evitar a interrupção do fuste. A concretagem
das estacas hélice contínua são feitas até a superfície do terreno.
COLOCAÇÃO DA ARMADURA: A colocação da armadura em forma de gaiola das estacas hélice
contínua deves ser feita imediatamente após a concretagem. Sua descida pode ser auxiliada por peso
ou vibrador. A armadura deve ser enrijecida para facilitar a sua colocação.
Vantagens da Estaca Hélice Contínua
• Alta produtividade comparada a outros tipos de estacas de fundação.
• Alta capacidade de carga das estacas.
• Não gera vibrações no terreno. Mesmo assim, recomenda-se a realização de um laudo técnico
nas edificações vizinhas para evitar futuros problemas.
• Conta com monitoramento eletrônico em toda a sua execução, controlando a profundidade, a
inclinação e verticalização do trado helicoidal, velocidade de rotação e e avanço do trado,
dentro outros.
• Podem ser executadas estacas de grande profundidade, até 38 metros aproximadamente.
• Podem ser executadas acima ou abaixo do lençol freático.
• Penetra camadas resistentes do solo.
Desvantagens da Estaca Hélice Contínua
• É um equipamento grande e por isso necessita-se de uma área ampla na obra e de terreno plano
ou pouco inclinado para a sua instalação.
• Não podem ser executadas em terrenos com presença de rochas e matacões.
• Custo relativamente alto se comparado a outros métodos de execução de fundações devido a
mobilização dos equipamentos.

c) Estacas metálicas;
R= São constituídas de perfis laminados ou soldados, tubos de chapas dobradas (seção circular,
quadrada ou retangular) e trilhos. As estacas de aço devem resistir à corrosão pela própria natureza do
aço ou por tratamento adequado porém dispensam tratamento se estiverem inteiramente enterradas em
terreno natural.
Seu processo executivo é muito similar ao das estacas pré-moldadas de concreto, algumas das
diferenças no procedimento executivo das estacas metálicas para as pré-moldadas são a soldagem das
chapas para ligação entre os perfis, que devem ser especificadas em projeto, e alguns critérios que
diferem de maneira quantitativa, como o peso do martelo de cravação, que podem ser verificados na
NBR 6122:2010.
Vantagens: As estacas metálicas são facilmente emendadas, têm elevada resistência à tração e
compressão, não fissuram, não trincam e não quebram e possui pouca vibração durante sua cravação.
Desvantagens: Alto custo se comparadas as estacas pré moldadas, estacas Franki e estacas Strauss e
poucos fornecedores.
d) Estacas pré-moldadas de concreto;
R= Na sua confecção, o concreto pode ser vibrado, centrifugado, ou ainda pode-se usar o processo de
extrusão. Em relação à armadura pode ser de concreto armado ou de concreto protendido. Já a
cravação da estaca pré-moldada pode ser feita por vibração, percussão e prensagem, dependendo do
tipo e tamanho da estaca, tipo e resistência do solo, edificações vizinhas à construção, projeto de
fundação, características próprias de cada obra e seu custo, de acordo com a NBR 6122:2010. “Apesar
de ser uma estaca de fácil execução, nem sempre é possível utilizá-la, em função das edificações
presentes nas redondezas”, aponta Montefusco. Isso porque a vibração que ocorre no solo quando é
feita a cravação com o bate-estaca pode alcançar as construções próximas e ocasionar danos, como
trincas e fissuras.
e) Estacas raiz;
R= O processo executivo da estaca raiz é dividido em 3 etapas: perfuração, fixação da armadura,
injeção da argamassa e retirada dos tubos metálicos.

1. Perfuração: A perfuração pode ser vertical ou inclinada e executada com equipamentos


mecânicos chamados de perfuratrizes (pneumáticas, hidráulicas ou mecânicas). Para a
perfuração, normalmente é utilizado o processo rotativo com circulação de água, lama
bentonítica ou polímero sintético, que permite a fixação do tubo metálico para o revestimento
provisório até a ponta da estaca.

No caso de descobrir algum material resistente durante a perfuração, como matacões ou rocha,
pode ser utilizada uma coroa diamantada, ou pode-se prosseguir a perfuração por processo
percussivo.

Para o correto posicionamento da perfuratriz, é necessário que o terreno esteja nivelado. Antes
do início da perfuração, deve-se conferir a verticalidade e o ângulo de inclinação do tubo
metálico em relação à estaca. O tubo metálico é inserido conforme a perfuração vai ganhando
profundidade sendo composto por vários segmentos que serão ligados entre si por juntas
rosqueáveis.

A profundidade e o diâmetro da perfuração são definidos previamente em projeto, de acordo


com as características do solo encontradas na sondagem SPT do terreno. Deve-se ter cuidado e
verificar se o material que sai pelo tudo durante a perfuração é o mesmo indicado nas
sondagens.
2. Fixação da armadura: Após a perfuração, deve-se fazer a limpeza interna do tubo metálico,
esta limpeza é feita através de golpes de água dentro da estaca, então, a armadura é inserida no
interior do tubo, esta armadura é constituída por uma ou mais barras de aço, devidamente
estribadas, conforme especificação do projeto estrutural da estaca, também de acordo com as
características informadas pela sondagem. O diâmetro de cada estaca é o que indica a
quantidade de armadura que deverá ser utilizada, é importante ter o cuidado de usar
espaçadores plásticos (ou similares) para manter a estrutura centralizada e não ocorrer
movimentação dos estribos. Para que as estacas sejam dimensionadas corretamente, deve-se
seguir as orientações da norma ABNT NBR 6122/2010 – Projeto e Execução de Fundações.
3. Injeção da argamassa e retirada dos tubos metálicos: A argamassa constituída por cimento
e areia é bombeada através de um tubo até a ponta da estaca, o macaco hidráulico utilizado
para retirar os tubos metálicos deve ser programado de forma que a retirada não aconteça
muito rápida, senão a distribuição uniforme da massa pode ser comprometida.

À medida que a argamassa sobe pelo tubo de revestimento, o tubo é concomitantemente


retirado. Quando o tubo estiver cheio, a extremidade superior é fechada e são aplicados golpes
de pressão com ar comprimido para o adensamento da argamassa e a interação com o solo
(atrito lateral). A argamassa deve atingir resistência de pelo menos 20 Mpa para este tipo de
estaca, consumindo cerca de 600 kg/m³ de cimento, valores estipulados pela NBR 6122.

11) Defina capacidade de carga geotécnica de um sistema de fundação.


R= Capacidade de carga é a tensão que provoca a ruptura do maciço de solo em que a fundação está
embutida.
12) O que é a resistência admissível de um sistema de fundação? Quais os valores de Fatores de
Segurança mínimos recomendados?
R= Tensão ou força a dotada em projeto que,aplicada pela fundação são obtidas pela aplicação de
fatores de segurança, sobre os valores de capacidade de carga obtidos por cálculo ou
experimentalmente. Condição Fator de segurança: capacidade de carga de fundações supe rficiais=
3,0; capacidade de carga de estacas ou tubulões sem prova de carga= 2,0; capacidade de carga de
estacas ou tubulões com prova de carga = 1,6. Nota: No caso de fundações profundas, só é permitido
reduzir o fator de segurança quando se dispõe do resultado de um número adequado de provas de
carga e quando os elementos ensaiados são representativos do conjunto da fundação, ou a critério do
projetista. Esta redução só é possível quando as provas de carga são realizadas a priori na obra, e
não a posteriori, como instrumento para dirimir dúvidas quanto à qualidade do estaqueamento.

13) Comente sobre os modelos de ruptura de fundações: generalizada, localizada e por


puncionamento.
R=O tipo de ruptura ocorrerá em função da compressibilidade do solo, geometria da fundação,
carregamento, embutimento.
Ruptura generalizada:
• Existe um padrão bem definido;
• Pouco antes da ruptura observa-se o levantamento do solo na superfície;
• Ruptura repentina e drástica;
• Ocorre com mais frequência em fundações rasas em solos pouco compressíveis (areias
compactas e argilas rijas).
Ruptura Localizada:
• O padrão só é bem definido logo abaixo da fundação;
• Só desce; não gira;
• Poucos incrementos de carga → recalques acentuados;
• Não há colapso catastrófico;
• Ocorre com mais frequencia em:
Sapatas mais profundas, tubulões em geral e estacas com grande diâmetro.

14) Por que o Fator de Segurança Global das fundações superficiais deve ser maior que o das
fundações profundas?
R= Consideram-se as seguintes variáveis: tipo de estrutura, cargas atuantes (A), solicitações (S)
resultantes da interação das cargas com a estrutura e resistências (R) dos materiais. Os parâmetros que
condicionam a relação entre fator de segurança (FS) e fator de confiabilidade (β) são os coeficientes
de variação (vS) da solicitação (S) e (vR) da resistência (R). Os quatro últimos valores comandam a
segurança e a confiabilidade estrutural e constituem objeto de análise deste artigo. Em resumo,
conclui-se que a análise do fator de segurança ótimo deve considerar aspectos técnicos, legais, de
mercado e o custo do risco da obra.

15) Comente sobre os fatores de correção que podem ser aplicados à equação de capacidade de
suporte de Terzaghi (1943).

R= São os fatores utilizados para adaptar os cálculos para a realidade, sendo eles:
• Fator de forma;
• Embutimento;
• Compressibilidade do solo;
• Carga excêntrica;
• Carga inclinada;
• Presença de NA.

16) Um Engenheiro que trabalha no ramo da Construção Civil e cálculo de fundações foi solicitado
a atender dois pedidos para projetar e executar dois empreendimentos. O primeiro compreende
uma casa térrea simples e o segundo compreende um empreendimento de elevado padrão,
composto por uma casa de 3 pavimentos, sendo um deles “enterrado”. Sabe-se que o perfil de solo
para o primeiro projeto apresenta grande dificuldade para ser escavado, e o nível d’água 0,5
metros abaixo da superfície do terreno. O perfil para o segundo empreendimento apresenta grande
facilidade de escavação e solo completamente saturado. Indique soluções de fundações para
ambos os empreendimentos, explicando o porquê de sua escolha e indicando cuidados e métodos
de execução pertinentes.
R= Para o primeiro empreendimento pode ser utilizado radier, por se tratar de um solo com dificil
escavação, possivelmente bem compactado e de classe 2. Para o segundo empreendimento pode ser
utilizada a hélice continua monitora, ideal para grandes cargas e solos saturados.

Você também pode gostar