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A vida é tão frágil que quando a gente percebe, ela já se

passou inteira. Lembramos somente, o quanto ela fora feliz e


exuberante enquanto fora também árdua demais. Respiramos
enfim, um último suspiro de cansaço por percorrer uma vida
inteira, e partimos confiantes que nossa alma continuará de
alguma forma. Que continuamos de algum jeito...
Eu nunca gostaria de dizer adeus, mas a vida me coloca
incessantemente, cada vez mais, de frente para isso. É preciso ver
bem de perto, assim, cedo demais. E quando uma vida já viveu
dentro de tantas outras, como ela irá lembrar-se dela partindo?
Parece sutil a forma como a gente começa a viver, já estamos bem
de frente à vida, sem escolha alguma. Alguns diriam que a dor é a
liberdade de escolha, porque ao escolher nós nos limitamos. E
aquelas são necessárias para a vida. Mas o pior é que não poder
escolher estar diante da dor também dói.

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