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Variação Linguística

 Variedade regional ou geográficas ou diatópicas  Variações estilísticas ou diafásicas

São aquelas que demonstram a diferença entre as falas dos As variações estilísticas remetem ao contexto que exige a
habitantes de diferentes regiões do país, diferentes estado e adaptação da fala ou ao estilo dela. o vocabulário e a
cidades. Por exemplo, os falantes do Estado de Minas Gerais maneira de falar com amigos provavelmente não serão os
possuem uma forma diferente e diferenças de léxico mesmos que em uma entrevista de emprego, e também serão
(palavras) ou de fonemas (sons, sotaques). diferentes daqueles usados para falar com pais e avós. As
variações estilísticas respeitam a situação da interação
Região Nordeste Região Sul Região Norte social, levando-se em conta ambiente e expectativas dos
interlocutores.
Racha – pelada, Campo Santo – Miudinho –
jogo de futebol cemitério pequeno -Linguagem formal: é usada em situações comunicativas
formais, como uma palestra, um congresso, uma reunião
Jerimum – Alçar a perna – Umborimbora? – empresarial, etc.
abóbora montar a cavalo Vamos embora?
-Linguagem Informal: é usada em situações comunicativas
Sustança – Guacho – animal Levou o farelo – informais, como reuniões familiares, encontro com amigos,
energia dos que foi criado morreu etc. Nesses casos, há o uso da linguagem coloquial.
alimentos sem mãe
 Variações históricas ou diacrônicas
Diferentes palavras para os mesmos conceitos: aipim,
As variações históricas tratam das mudanças ocorridas na
mandioca, macaxeira; abóbora, jerimum, moranga; sacolé,
língua com o decorrer do tempo. Algumas expressões
dindim, geladinho.
deixaram de existir, outras novas surgiram e outras se
Diferentes sotaques, dialetos e falares: dialeto caipira; transformaram com a ação do tempo.
dialeto gaúcho; dialeto baiano.
Um clássico exemplo da língua portuguesa é o termo
Reduções de palavras ou perdas de fonemas: véio “você”: no português arcaico, a forma usual desse pronome
(velho);muié (mulher); cantá (cantar); de tratamento era “vossa mercê”, que, devido a variações
inicialmente sociais, passou a ser mais usados
 Variedades sociais ou diastráticas frequentemente como “vosmecê”. Com o passar dos séculos,
essa expressão reduziu-se ao que hoje falamos como “você”,
As variações sociais são as diferenças de acordo com o
que é a forma incorporada pela norma-padrão (visto que a
grupo social do falante. Embora tenhamos visto como as
língua se adapta ao uso de seus falantes) e aceita pelas
gírias variam histórica e geograficamente, no caso da
regras gramaticais.
variação social, a gíria está mais ligada à faixa etária do
falante, sendo tida como linguagem informal dos mais
jovens (ou seja, as gírias atuais tendem a ser faladas pelos
mais novos). Aqui há uso de jargões. Há, ainda, Palavras que caíram em desuso: vossemecê; botica;
expressões informais ligadas a grupos sociais específicos, comprir.
um grupo de futebolistas, por exemplo, pode usar a
expressão “carrinho” com significado específico. São Grafias que caíram em desuso: flôr; pharmácia; seqüencia.
variedades que possuem diferenças em nível fonológico ou Vocabulário e expressões típicas de uma determinada
morfossintático. faixa etária: Você é um chato de galocha! Ele é maior
-Fonológicos - “prantar” em vez de “plantar”; “bão” em vez barbeiro. Vai catar coquinho.
de “bom”; “pobrema” em vez de “problema”; “bicicreta” em
vez de “bicicleta”.

-Morfossintáticos - “dez real” em vez de “dez reais”; “eu vi


ela” em vez de “eu a vi”; “eu truci” em vez de “eu trouxe”;
“a gente fumo” em vez de “nós fomos”.

Gírias próprias de um grupo com interesse comum,


como os skatistas: Prefiro freestyle. O gringo tem um
carrinho irado. O silk do skate tá insano.

Jargões próprios de um grupo profissional, como os


policiais e militares: Ele deu sopa na crista. Vamos na rota
dele. Não mexe com meu peixe.

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