Você está na página 1de 11

Ciência Florestal, Santa Maria, v. 28, n. 2, p. 735-745, abr .- jun.

, 2018 735
ISSN 1980-5098 DOI: http://dx.doi.org/10.5902/1980509832086

O MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO DA CAATINGA EM ASSENTAMENTOS RURAIS


NO ESTADO DA PARAÍBA

THE COMMUNITY FOREST MANAGEMENT OF CAATINGA IN RURAL SETTLEMENTS IN THE


STATE OF PARAÍBA – BRAZIL

Alencar Garlet1 Juliana Lorensi do Canto2 Paulo Rogério Soares de Oliveira2

RESUMO

O trabalho teve por objetivo avaliar os resultados do manejo florestal comunitário da Caatinga. Foram
entrevistados 51 agricultores em três projetos de assentamentos no estado da Paraíba. Os resultados indicam
que há carência de atividades produtivas nos assentamentos e que os agricultores dependem de recursos
de programas sociais, aposentadorias e do trabalho fora do assentamento, para comporem a renda familiar.
O manejo demonstrou ser uma atividade geradora de trabalho e renda para os assentados. Os valores
anuais recebidos pelas famílias variaram de R$ 500,00 a 12.150,00 em função do estoque madeireiro e da
organização para exploração. As principais dificuldades enfrentadas foram a falta de compradores e o baixo
preço da lenha, resultantes do alto nível de informalidade existente entre os consumidores. Os resultados
indicam que a implantação do manejo garante a manutenção da cobertura florestal em 63% da área dos
assentamentos e que, a ampliação da fiscalização ambiental e a redução da burocracia para licenciamento
podem estimular a prática do manejo florestal comunitário.
Palavras-chave: lenha; reforma agrária; agricultura familiar; renda.

ABSTRACT

The study aimed to evaluate the results of community forest management of the Caatinga dry forest.
Interviews were conducted with 51 farmers in three rural settlements in the Paraíba state, Brazil. The results
indicate that there is a lack of productive activities in the rural settlements, and that farmers depend on social
programs, retirement pensions and have to work out of the settlements to complement the family income.
The forest management proved to be an activity that generates labor and income for the farmers. Annual
amounts received by settled families ranged from R$ 500.00 to R$12,150.00 depending on the firewood
stock at the forests and the firewood logging organization. Main difficulties were the lack of buyers and the
low price of the firewood due to the high level of informality among consumers. Results indicate that the
forest management implementation ensures the forest conservation, with 63% of forest cover maintenance
in settlements areas. Environmental enforcement improvement and bureaucracy reduction can stimulate the
practice of community forest management.
Keywords: firewood; land reform; family agriculture; income.

INTRODUÇÃO

O bioma Caatinga está perdendo parte de sua cobertura vegetal devido à conversão de áreas para
a agricultura, pecuária, extração de lenha e produção de carvão. Apesar disso, a vegetação da Caatinga
ainda recobre 54% da área do bioma e tem fornecido muitos recursos para a subsistência das populações
sertanejas, principalmente lenha e madeira para construção de casas, currais, cercas, entre outros usos
(BRASIL, 2015).
1 Engenheiro Florestal, MSc., Serviço Florestal Brasileiro, Av. João Ferreira de Melo, 2928, CEP 59078-320, Natal
(RN), Brasil. alencar.garlet@florestal.gov.br
2 Engenheiro(a) Florestal, Dr(a), Professor(a) da Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias,
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Rod. RN 160, s/n, CEP 59280-000, Macaíba (RN), Brasil. jlcanto@
terra.com.br / proliveira@ufrnet.br

Recebido para publicação em 2/12/2015 e aceito em 27/03/2017

Ci. Fl., v. 28, n. 2, abr .- jun., 2018


Garlet, A.; Canto, J. L.; Oliveira, P. R. S. 736

Uma das principais fontes de pressão sobre a vegetação nativa é a retirada de lenha. Estudos
realizados na década de 90 indicavam que 35% da energia primária consumida na região eram provenientes
de lenha e carvão vegetal (CAMPELLO et al., 1999).
Dados mais recentes confirmam que o uso da lenha continua sendo muito significativo. A demanda
mercantil de lenha no Nordeste foi estimada em 34,4 milhões de estéreos, sendo 25 milhões referentes
ao consumo dos setores industrial e comercial, e 9,4 milhões referentes à demanda do setor residencial
(RIEGELHAUPT; PAREYN, 2010). Dados do IBGE (Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura)
informam que no ano de 2013, somente no estado da Paraíba, a produção de lenha foi de 470 mil estéreos,
com valor de R$ 9 milhões (IBGE, 2011).
Na região Nordeste predomina a produção de lenha de florestas nativas, pois existem grandes
dificuldades para a implantação de reflorestamentos. Estas dificuldades são o clima semiárido do sertão e os
elevados preços das terras no litoral, que inviabilizam o investimento (RIEGELHAUPT; PAREYN, 2010).
A lenha nativa só pode ser produzida legalmente por duas formas: planos de manejo sustentável ou
desmatamento autorizado pelos órgãos ambientais. Porém, só a primeira alternativa é sustentável. Entre as
áreas com potencial para implantação de planos de manejo florestal estão os assentamentos do Programa
Nacional de Reforma Agrária e do Programa Nacional de Crédito Fundiário. A área total dos assentamentos
do INCRA na região Nordeste até o ano de 2012 era de 10,5 milhões de hectares, ocupados por 410 mil
famílias (INCRA, 2015).
Muitas áreas desapropriadas eram latifúndios improdutivos, possuindo, na sua maior parte, grandes
extensões com cobertura florestal bem conservada. Essas áreas com cobertura florestal são as que mais
sofrem com a intervenção do novo assentado, tornando-se sua primeira fonte de subsistência, por meio
da caça e retirada de lenha, estacas, mourões e varas. O que se observa, então, é uma oferta excessiva de
produtos, resultando em preços muito baixos que não chegam a remunerar sequer a mão de obra empregada
na exploração (CARVALHO et al., 2000).
Com objetivo de conciliar a conservação dos recursos florestais da Caatinga e a geração de
trabalho e renda nos assentamentos, o Ministério do Meio Ambiente iniciou, em 2006, a implantação de
Planos de Manejo Florestal Sustentável em projetos de assentamento nos estados de Pernambuco e da
Paraíba. Inicialmente foram elaborados 13 planos de manejo em projetos de assentamento em Pernambuco,
totalizando 2.200 ha de área manejada, beneficiando 256 famílias, e oito em assentamentos localizados na
Paraíba, com 2.634 hectares de área manejada, beneficiando 378 famílias (GARIGLIO; BARCELLOS,
2010). Atualmente, o manejo comunitário está sendo executado em 135 assentamentos, beneficiando cerca
de 4 mil famílias (GARIGLIO, 2015).
Apesar da expectativa positiva dessas ações, existem poucos estudos sobre os resultados do manejo
florestal comunitário em assentamentos localizados na Caatinga (CARVALHO et al., 2000; MARQUES;
PAREYN; FIGUEIREDO, 2011; GARIGLIO, 2015). Além disso, os estudos existentes não registraram
a percepção dos agricultores sobre a atividade, nem as dificuldades enfrentadas. Assim, o objetivo deste
trabalho foi caracterizar o perfil dos agricultores e avaliar os volumes produzidos, a renda obtida, a forma
de organização do trabalho e de comercialização da lenha, as dificuldades encontradas e a satisfação dos
beneficiários com a atividade florestal.

MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo foi realizado em três Projetos de Assentamento – PA, localizados no estado da Paraíba e
geridos pelo Instituto de Terras da Paraíba (INTERPA). Os serviços de elaboração dos planos de manejo e a
assistência técnica para sua execução foram prestados pela ONG SOS Sertão, com financiamento do Serviço
Florestal Brasileiro no período de 2006 a 2011 e do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) de
2012 a 2015.
As informações relativas à vegetação, tipos de solos, relevo e usos do solo nos assentamentos foram
obtidas nos documentos que integram o plano de manejo florestal de cada assentamento, os quais foram
fornecidos pela ONG SOS Sertão (Tabela 1).

Ci. Fl., v. 28, n. 2, abr .- jun., 2018


O manejo florestal
O manejo comunitário
florestal dadaCaatinga
comunitário Caatingaem
em assentamentos rurais...
assentamentos rurais... 731737

TABELA
TABELA 1: Informações
1: Informações sobresobre os assentamentos
os assentamentos estudados.
estudados.
TABLE 1: Information about the studied settlements.
TABLE 1: Information about the studied settlements.
Locais
Resumo do PMFS
Cuité Pocinhos Boqueirão
Área total do assentamento (ha) 2.856,76 768,00 848,45
Número de famílias 98 20 28
Área do PMFS (ha) 973,04 374,80 279,92
Volume explorável (st.ha-1) 153,32 79,70 114,30
Volume total explorável (st) 149.194,64 29.872,40 31.889,70
Volume explorável anual (st) 7.459,73 1.991,49 2.125,98
Número de talhões 20 15 15
Área média do talhão anual (ha) 48,65 24,93 18,66
Ano de elaboração do plano de manejo 2007 2011 2011
Ano de implantação do plano de manejo 2008 2013 2013

O primeiro assentamento
O primeiro
Odeprimeiro
assentamento
assentamento
estudadoestudado
estudado
está estálocalizado
localizado no município
no município de de Cuité-PB.
Cuité-PB. Segundo Segundo informações
informações do
do plano plano
de manejo manejo florestal,
florestal, oo relevo
relevo local localé está é
localizado
acidentado,
acidentado,
no município
os solos os rasos, de
são solos Cuité-PB.
pouco
são
Segundoapresentando
desenvolvidos,
rasos, pouco
informações
desenvolvidos,
do pedregosidade
plano de manejo (solosflorestal,
litólicos oeutróficos),
relevo local limitandoé acidentado,
o uso agrícola. os solos são rasos, pouco
Consequentemente, desenvolvidos,
os terrenos estão
apresentando
apresentando
ocupados pedregosidade
pedregosidade
predominantemente (solos litólicos
(solos
por litólicos
vegetação eutróficos),
eutróficos),
nativa e pela limitando
pecuáriao
limitando uso agrícola.
agrícola.
o extensiva.
uso O clima Consequentemente,
local, segundo aos os
Consequentemente,
terrenosterrenos
estão ocupados
classificação predominantemente
de Köppen,
estão ocupados é do tipo Bsh (semiárido
predominantemente porpor vegetação quente nativa
vegetação com
nativa ee pela
chuvas pela pecuária
depecuária extensiva.
verão). Aextensiva.
pluviosidade Omédia
O clima clima no local,
local,
a município
segundosegundoclassificação de Cuité
a classificaçãodeéKöppen,
dede876 mm,é com
Köppen, doé tipotemperatura
do tipoBsh Bsh média
(semiárido
(semiárido de 22,3°C.
quente
quente com chuvasdedeverão).
com chuvas verão). A pluviosidade
A pluviosidade
No município de Cuité, a vegetação apresenta fisionomia de Caatinga Hiperxerófila, tipo T4 -
média nomédiamunicípio
no município
Vegetação Arbórea de Cuité de Cuité
Fechadaé de(SUPERINTENDÊNCIA
é876
de 876mm, mm, com com temperatura
temperaturamédia média de 22,3°C.
DE ADMINISTRAÇÃO 22,3°C.
DO MEIO AMBIENTE, 2004)
Nocom No
município município
porte de 6 de de
a 10Cuité, Cuité,
metros.a De a vegetação
vegetação
acordo com apresenta
apresenta
o plano defisionomia fisionomia
manejo, o estoque de Caatinga
de Caatinga
madeireiroHiperxerófila,
Hiperxerófila,
explorável é 153,32 tipo T4st.ha
tipo - Vege-
T4 - .Vege-
-1

tação
tação Arbórea Arbórea
Fechada
As espécies Fechada (SUPERINTENDÊNCIA
(SUPERINTENDÊNCIA
dominantes são as seguintes: catingueira DE DE ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO
(Poincianella pyramidalis) DO
DO MEIO
MEIO AMBIENTE,
- 46,24AMBIENTE, -1 2004)
st.ha ; baraúna2004)
com(Schinopsis
porte de 6brasiliensis)
a 10 metros.- De acordo
37,17 st.hacom -1
o plano de(Euphorbia
; pau-de-leite manejo, o estoque phosphorea) madeireiro
- 28,70explorável
st.ha-1; e éaroeira
153,32
com porte(Myracrodruon
de 6 a 10 metros. urundeuva)
De acordo com -1 o plano de manejo, o estoque madeireiro explorável -1 é 153,32
st.ha -1
. As espécies dominantes - 26,47
são st.ha
as .
seguintes: catingueira (Poincianella pyramidalis) - 46,24 st.ha ; ba-
st.ha . As
-1
espécies
raúna (Schinopsis
dominantes
O plano de manejosão
brasiliensis) foi-as seguintes:
elaborado
37,17 st.ha em catingueira
-1 2007
; e implantado
pau-de-leite
(Poincianella
(exploração
(Euphorbia
pyramidalis)
do
phosphorea)primeiro - talhão)
28,70
-st.ha
46,24 st.ha
em-1;2008.
e A ; ba-
aroeira
-1

raúna (Schinopsis
área destinada
(Myracrodruon ao manejo-é37,17
brasiliensis)
urundeuva) - de st.ha
973,04
26,47 st.ha ha,-1; a
-1
. pau-de-leite
serem explorados (Euphorbia
ao longo de phosphorea)
20 anos, resultando- 28,70emst.ha área ;a eser
-1
aroeira
(Myracrodruonexplorada anualmente -de26,47
urundeuva) 48,65 ha, st.hacom -1 potencial para produção de 7.459,73 st de lenha por ano.
.
OO plano de manejo
segundo assentamentofoi elaborado
localiza-se emno2007 e implantado
município (exploração
de Pocinhos-PB. Possuidoárea
primeiro
total 768 talhão) em 2008.
ha, ocupados
AOáreaplano
por 20 de manejo
destinada
famílias ao foi elaborado
de manejo
agricultores.é de O973,04
relevo emha,é 2007 a serem
levemente e implantado
explorados
ondulado com (exploração
aopredomínio
longo de 20 doanos,
de primeiro
planossolosresultandotalhão) em em
medianamente área2008.a
A área ser
destinada
explorada
profundos aoeanualmente
manejo
fortemente é dede 973,04
48,65 ha,
drenados. Noha, com a serem
potencial
município, aexplorados
para produção
vegetação é aodo longo
tipode T2 de
7.459,7320 stanos,
- Vegetação de lenharesultando
por ano.
Arbustiva em área a
Arbórea
ser exploradaAberta (SUPERINTENDÊNCIA
O segundo
anualmente assentamento
de 48,65 ha, localiza-se DE potencial
com ADMINISTRAÇÃO
no município
para produção DO Pocinhos-PB.
de MEIO AMBIENTE,
de 7.459,73 Possui
st de área 2004).
lenha total
porSegundo
768
ano.ha,
-1
informações
ocupados por dofamílias
20 plano de de manejo, o volumeOexplorável
agricultores. relevo é élevemente
de 79,70 st.ha ondulado, sendocomque predomínio
as espécies dominantesde são
planossolos
O asegundo
catingueira assentamento
(Poincianella localiza-se
pyramidalis) - no st.ha
22,5 município
-1
e a de Pocinhos-PB.
jurema-de-imbira (Mimosa Possui área total- 768
ophthalmocentra) 12 ha,
ocupadosmedianamente
por profundos e fortemente drenados. No município, a vegetação é do tipo T2 - Vegetação
st.ha-120 . famílias de agricultores. O relevo é levemente ondulado com predomínio de planossolos
Arbustiva O Arbórea
plano deAberta (SUPERINTENDÊNCIA DE ADMINISTRAÇÃO talhãoDO MEIO AMBIENTE,
medianamente profundos e fortemente
manejo foi elaborado drenados.em 2011No município,
e a exploração do aprimeiro
vegetação é(implantação)
do tipo -1 T2 - Vegetação
iniciou em
2004).
2013.Segundo informações
A área destinada ao manejo do plano de manejo,
é de 374,80 ha, a serem o volumeexploradosexplorável
ao longoédede1579,70 anos, st.ha
resultando, sendo queaas
em área
Arbustiva Arbórea
espécies
ser explorada
Aberta
dominantes
anualmente
(SUPERINTENDÊNCIA
são adecatingueira
24,93 ha, com(Poincianella
DE
potencial para produção
ADMINISTRAÇÃO
pyramidalis) - 22,5stst.ha
de 1.991,49
DO
-1
de lenha e porMEIO AMBIENTE,
a jurema-de-imbira
ano.-1
2004). (Mimosa
Segundoophthalmocentra)
informações
O terceiro assentamentodo- plano de
-1 manejo,
estudado
12 st.ha . localiza-se o no volumemunicípio explorável é de 79,70
de Boqueirão-PB. Possuist.ha , sendo
área total de 848que as
espécies dominantes
ha, ocupados são
por a
28 catingueira
famílias de (Poincianella
agricultores. O pyramidalis)
relevo é
O plano de manejo foi elaborado em 2011 e a exploração do primeiro talhão (implantação) iniciousuavemente - 22,5 st.ha
ondulado e e a jurema-de-imbira
-1 ocorrem planossolos

(Mimosa medianamente
emophthalmocentra)
2013. A área destinada profundos- 12ao e st.ha
fortemente
-1
manejo . é drenados.
de 374,80Nas ha, elevações ocorrem solos
a serem explorados ao litólicos,
longo derasos, 15 anos, de fertilidade
resultando
mediana. A vegetação local apresenta fisionomia de Caatinga Hiperxerófila, do tipo T3 - Caatinga Arbustiva
O Fechada
em plano de
área a ser manejo foi elaborado
explorada
(SUPERINTENDÊNCIA anualmente DE em
de 24,93 2011 e a exploração
ADMINISTRAÇÃO ha, com potencial
DO MEIO doAMBIENTE,
para primeiro talhão
produção de2004). (implantação)
1.991,49 O plano delenha
st de manejo iniciou
por
ano.
em 2013. A área destinada
informa que o volume aoexplorável
manejo éé de de 114,30
374,80st.ha ha,. aAsserem
-1
espécies explorados
dominantesao sãolongo de 15 (Poincianella
a catingueira anos, resultando
em áreaOaterceiro assentamento st.ha-1estudado de localiza-se no município deparaBoqueirão-PB. Possui área total
st dede 848 por
-1
pyramidalis)
ser explorada - 45,4 anualmente 24,93 ha,(Mimosa
e a jurema-de-imbira com ophthalmocentra)
potencial - 14,8 st.ha
produção de . 1.991,49 lenha
ano. ha, ocupados por
Em todos 28os famílias
assentamentos de agricultores.
pesquisados, O os relevo
planos de é suavemente
manejo têm por ondulado
objetivo ae produção
ocorrem planossolos
de lenha. A
técnica de exploração
medianamente profundosutilizadae fortemente foi odrenados.
corte seletivo, no qual foram
Nas elevações ocorrem cortadas todas as rasos,
solos litólicos, árvoresdedofertilidade
talhão,
O terceiropreservando
assentamento estudado
as espécies imunes localiza-se
ao corte no município
por previsão de Boqueirão-PB.
legal e as Hiperxerófila,
espécies frutíferas. O cortePossui áreafoitotal de 848
mediana. A vegetação local apresenta fisionomia de Caatinga do tipo T3 -daCaatinga
lenha feito de
Arbustiva
ha, ocupados formapor
Fechada 28
manual, famílias
com uso de de agricultores.
foices e machados.OApós relevo é
a derrubada,suavemente
as árvoresondulado
são traçadase em ocorrem
toretes com planossolos
um
metro (SUPERINTENDÊNCIA
de comprimento, que são empilhados DE ADMINISTRAÇÃOàs margens das vias-1DO MEIOdeAMBIENTE,
de acesso, onde são carregadas 2004).noOmomentoplano de
medianamente
manejo profundos
informa que eofortemente
volume drenados.
explorável é deNas elevações
114,30 st.ha ocorrem
. As espéciessolos litólicos, rasos,
dominantes são a de fertilidade
catingueira
da venda.
mediana. A vegetação
(Poincianella local apresenta
Parapyramidalis)
obtenção - 45,4 fisionomia
das informações st.ha-1deste de Caatinga
e a jurema-de-imbira
trabalho, foram feitasHiperxerófila,
(Mimosa
entrevistas do tipo T3com
ophthalmocentra)
diretamente - Caatinga
-os14,8 st.haArbustiva
agricultores.-1
.
Fechada (SUPERINTENDÊNCIA
Em todos
Os contatos foramospreviamente
assentamentos DE ADMINISTRAÇÃO
agendados pesquisados, os planos
com os presidentes deDOde MEIO
cadamanejo
associação.AMBIENTE,
têm por objetivo2004). a produçãoO plano de de
manejolenha.
informa Por
quemeio
A técnica da
odevolume aplicação
exploração de
explorável questionários
utilizada éfoi deo114,30semiestruturados,
corte st.ha-1.no
seletivo, foram
As levantadas
espécies
qual informações
foram dominantes
cortadas todassãosobre a ocatingueira
as árvoresperfildo
socioeconômico
talhão, preservando das
asfamílias: origem -1 e experiência dosprevisão
assentados, rendae asmédia mensal e fontes de renda.
(Poincianella pyramidalis) -espécies
45,4 st.ha imunes e aaojurema-de-imbira
corte por legal
(Mimosa espécies frutíferas.
ophthalmocentra) - 14,8 st.ha-1.
Em todos os assentamentos pesquisados, os planos de manejo têm por objetivo a produção de
Ci. Fl., v. 28, n. 2, abr .- jun., 2018
lenha. A técnica de exploração utilizada foi o corte seletivo, no qual foram cortadas todas as árvores do
talhão, preservando as espécies imunes ao corte por previsão legal e as espécies frutíferas.

Ci. Fl., v. 28, n. 2, abr .- jun., 2018


Garlet, A.; Canto,
Garlet, J. l.; Oliveira,
A.; Canto, P. R. S.P. R. S.
J. L.; Oliveira, 732 738

O corte O da lenha
corte foi feito
da lenha foi de forma
feito manual,
de forma com uso
manual, comdeusofoices e machados.
de foices Após Após
e machados. a derrubada, as
a derrubada, as
árvores são traçadas em toretes com um metro de comprimento, que são empilhados às
árvores são traçadas em toretes com um metro de comprimento, que são empilhados às margens das vias demargens das vias de
acesso,acesso,
de onde de são
onde carregadas no momento
são carregadas da venda.
no momento da venda.
Para obtenção
Para obtenção das informações
das informaçõesdeste deste
trabalho, foramforam
trabalho, feitas feitas
entrevistas diretamente
entrevistas com os
diretamente com os
agricultores. Os contatos foram previamente agendados com os presidentes de
agricultores. Os contatos foram previamente agendados com os presidentes de cada associação.cada associação.
Por meioPor da
meio aplicação de questionários
da aplicação semiestruturados,
de questionários foramforam
semiestruturados, levantadas informações
levantadas sobre sobre
informações o o
perfil perfil
socioeconômico
socioeconômico das famílias: origemorigem
das famílias: e experiência dos assentados,
e experiência renda renda
dos assentados, médiamédia
mensalmensal
e fontes de de
e fontes
renda.renda.
Para avaliar os resultados
Para avaliar do manejo,
os resultados foramforam
do manejo, coletadas informações
coletadas sobre sobre
informações o volume produzido,
o volume produzido,
Para
preçospreços
de avaliar
venda, os resultados
forma
de venda, de do manejo,
de organização,
forma foram
execução
organização, coletadas informações
e comercialização
execução da sobre
e comercialização daoprodução
produção volume produzido,
florestal. preços
Os entrevistados
florestal. Os de
entrevistados
venda,
também forma
também de
foramforam organização,
questionados execução
sobre sobre
questionados e comercialização
as dificuldades da
enfrentadas
as dificuldades produção florestal.
e a satisfação
enfrentadas Os
com ocom
e a satisfação entrevistados
manejo também
comunitário.
o manejo Os Os
comunitário.
foram questionados sobre as dificuldades enfrentadas e a satisfação com o manejo comunitário. Os valores
valores informados são relativos ao ano de 2014. As informações referentes ao uso do
valores informados são relativos ao ano de 2014. As informações referentes ao uso do solo foram obtidassolo foram obtidas
informados são relativos ao ano de 2014. As informações referentes ao uso do solo foram obtidas por meio de
por meio
consulta de
poraos consulta
meio queaos
de consulta
mapas mapas oque
aos mapas
integram integram
plano que o plano
integram
de manejo de assentamento.
o plano
de cada manejo de cada
de manejo deassentamento.
cada assentamento.
ParaooPara
Para cálculo da intensidade amostral, foi utilizada a equação proposta
cálculo da intensidade amostral, foi utilizada a equação proposta porproposta
o cálculo da intensidade amostral, foi utilizada a equação por Richardson
Richardson por (1985): (1985):
Richardson (1985):

( )

Em que: Emnque:
= número de indivíduos
n = número da amostra;
de indivíduos N = número
da amostra; de indivíduos
N = número da população;
de indivíduos = valor
da população; = valor
Em que:
crítico n =onúmero
para
crítico limite
para de erro
de indivíduos
o limite da amostra;
dedefinido; E =N
E = erro
erro definido; = número
máximo
erro de de
máximo indivíduos
estimativa; p da população;
= número
de estimativa; =que
valor crítico
que agricultores
p = número parasatisfeitos
o
satisfeitos
agricultores
limiteocom
com de erro
manejo; definido;qE==número
q = número
o manejo; erro máximo de estimativa;
de agricultores nãopsatisfeitos
= número
não satisfeitos
de agricultores que agricultores
com manejo.
com manejo. satisfeitos com o manejo; q
= número de agricultores não satisfeitos com manejo.
Considerando
Considerando que aque
Considerando população
que a população
estudada
a população
estudada (N)
(N) era
estudada (N)formada
era formada era146
por
por 146
formada
famíliaspor
famílias de eagricultores
146 famílias
de agricultores
e
de agricultores
admitindo-se e
admitindo-se um
admitindo-se erro
um máximo
erro de
máximo10% de para
10% a estimativa,
para a e “p”
estimativa, e “q”
“p” =
e 0,5;
“q” o
= tamanho
0,5; o mínimo
tamanho da
mínimo
um erro máximo de 10% para a estimativa, e “p” e “q” = 0,5; o tamanho mínimo da amostra é de 46 entrevistas. amostra
da amostra
é de 46 entrevistas.
é de
As 46 entrevistas.
pesquisas foram realizadas em março de 2015. Ao total, foram entrevistados 51 agricultores.
As pesquisas
Informações foramforam
As pesquisas
complementares realizadas em março
realizadas
e esclarecimentos em deos
março
sobre 2015. Ao total,
de 2015.
aspectos Ao foram entrevistados
total,burocráticos
técnicos, foram 51 agricultores.
entrevistados
e legais 51 agricultores.
relativos à
Informações
execução dos complementares e esclarecimentos
planoscomplementares
Informações de manejo foram eobtidos sobre
com os
esclarecimentos os aspectos
profissionais
sobre os da técnicos,
equipe
aspectos burocráticos
prestadora
técnicos, e legais
de assistência
burocráticos relativos
e técnica.
legais relativos
à execução dos planos
à execução de manejo
dos planos foramforam
de manejo obtidos com os
obtidos profissionais
com da equipe
os profissionais prestadora
da equipe de assistência
prestadora de assistência
RESULTADOS
técnica.
técnica. E DISCUSSÃO
A maioria dos assentados eram agricultores antes da criação dos assentamentos e eram naturais do
próprio município onde o assentamento está localizado ou de municípios vizinhos. As informações sobre a
RESULTADOS
origemRESULTADOS
E DISCUSSÃO
dos agricultores eEocupações
DISCUSSÃO anteriores à instalação do assentamento são apresentadas na Tabela 2.
Apesar da extração de lenha e produção de carvão serem atividades importantes e frequentes na
Caatinga,A maioria
apenas dos assentados
A maioria
uma parte eram agricultores
dos assentados
dos entrevistados antes
eram agricultores
declarou terda criação
antes doscom
da criação
experiência assentamentos
dos e erame naturais
assentamentos
atividades florestais eram do do
antesnaturais
da
próprio município
próprio
implantação onde
domunicípio
plano oonde
assentamento
de manejo ono está localizado
assentamento
assentamento. ou de ou
está localizado municípios vizinhos.
de municípios As informações
vizinhos. As informaçõessobre sobre
a a
origemorigem
dos agricultores
A renda média e ocupações
declarada foi anteriores
de R$ 747,20 à instalação
em Cuité, do
R$ assentamento
796,70 em são
Pocinhos, apresentadas
dos agricultores e ocupações anteriores à instalação do assentamento são apresentadas na Tabela 2.
e 943,70 em na Tabela
Boqueirão. 2.
A maiorApesar
rendaApesar
declarada
da extraçãofoi de
de lenha
da extração R$de1.576,00, e sendo
e produção
lenha deesta
produção informação
carvão
de obtidaatividades
seremserem
carvão comimportantes
atividades famílias nase quais
importantes e há
frequentes doisna
frequentes na
aposentados
Caatinga, na casa.
apenasapenas
Caatinga, Os valores
uma parte
uma dos e as fontes de
parteentrevistados renda dos
declarou
dos entrevistados entrevistados são
ter experiência
declarou apresentados na
com atividades
ter experiência Tabela 3. No
florestais
com atividades período
antes antes
florestais da da
das entrevistas,
implantação dooplano
valor de
do salário
manejomínimo era de R$ 788,00.
no assentamento.
implantação do plano de manejo no assentamento.
A renda médiamédia
A renda declarada foi de foi
declarada R$ de
747,20 em Cuité,
R$ 747,20 R$ 796,70
em Cuité, em Pocinhos,
R$ 796,70 e 943,70
em Pocinhos, em Boqueirão.
e 943,70 em Boqueirão.
TABELA 2: Origem e experiência dos agricultores entrevistados.
A maior
A renda
maior declarada
renda foi
declaradade R$
foi de1.576,00,
R$ sendo
1.576,00, esta
sendo
TABLE 2: Origin and experience of the interviewed settlers. informação
esta obtida
informação com
obtidafamílias
com nas quais
famílias nas há dois
quais há dois
aposentados na casa.
aposentados na Os valores
casa. e as fontes
Os valores de renda
e as fontes dos entrevistados
de renda são apresentados
dos entrevistados na Tabela
são apresentados 3. No 3. No
na Tabela
período das entrevistas,
período o valoro do
das entrevistas,
Locais salário
valor mínimo
do salário era deera
mínimo R$ 788,00.
de
Cuité R$ 788,00.Pocinhos Boqueirão
Naturalidade:
Do próprio município 18% 83% 78%
Municípios vizinhos 68% 17% 9%
Outros locais 14% - 13%
Ocupação anterior:
Agropecuária 82% 100% 87%
Indústria e comércio 18% - 13%
Experiência com lenha ou carvão 27% - 22%

A análise das informações da Tabela 3 indica a falta de alternativas de geração de trabalho e renda nos
assentamentos, pois um significativo número de entrevistados recebe Bolsa-Família. Além disso, é alta a
Ci. Fl., v.Ci.28,
proporção n.de
Fl., 2,28,
v. abrn..- 2,
jun.,
abr2018
agricultores .- jun.,que
2018 trabalham fora do assentamento. A situação mais grave foi observada em
Pocinhos, onde todos os entrevistados trabalham fora de seus lotes para complementar a renda familiar.
origem dos agricultores
Apesar e ocupações
da extração de lenha anteriores à instalação
e produção do assentamento
de carvão são apresentadas
serem atividades importantesnaeTabela 2.
frequentes na
Caatinga, apenas uma parte dos entrevistados declarou ter experiência com atividades florestais antes na
Apesar da extração de lenha e produção de carvão serem atividades importantes e frequentes da
Caatinga, apenas
implantação do planoumadeparte
manejo dosnoentrevistados
assentamento.declarou ter experiência com atividades florestais antes da
implantação do plano
A renda médiadedeclarada
manejo no foiassentamento.
de R$ 747,20 em Cuité, R$ 796,70 em Pocinhos, e 943,70 em Boqueirão.
A maiorArenda
renda declarada
média declarada
foi de foi
R$ de R$ 747,20
1.576,00, em esta
sendo Cuité, R$ 796,70obtida
informação em Pocinhos, e 943,70
com famílias nasem Boqueirão.
quais há dois
aposentados na casa. Os valores e as fontes de renda dos entrevistados são apresentados na Tabela 3. No há
A maior renda declarada foi de R$ 1.576,00, sendo esta informação obtida com famílias nas quais dois
período
aposentadosO na O manejo
manejo
casa. florestal
Osflorestal
valores comunitário
comunitário
e mínimo
as fontes dede da
renda da Caatinga
Caatinga
dos em assentamentos
em
entrevistados assentamentos
são apresentadosrurais...
rurais...
na Tabela 3. No período733 739
das entrevistas, oO manejo florestal comunitário da Caatinga em assentamentos rurais...
valor do salário era R$ 788,00. 733
das entrevistas, o valor do salário mínimo era de R$ 788,00.
TABELA
TABELA 2: Origem
2: Origem e experiência
e experiência dosdos agricultores
agricultores entrevistados.
entrevistados.
TABELA 2: Origem
TABELA
TABELA
TABLE eOrigem
experiência
2:Origin
2: Origem eand dos agricultores
e experience
experiência
experiência dos dos entrevistados.
agricultores
agricultores entrevistados.
entrevistados.
TABLE 2: 2:
Origin and experience ofofthe
theinterviewed
interviewed settlers.
settlers.
2: TABLE
TABLE TABLE 2: 2:Origin
Origin Origin
and andandexperience
experienceexperienceofofinterviewed
of the theinterviewed
the interviewed settlers.
settlers.
settlers.
Locais Cuité Pocinhos Boqueirão
Locais Cuité Pocinhos Boqueirão
Naturalidade:
Naturalidade:
Do próprio município 18% 83% 78%
Do próprio município 18% 83% 78%
Municípios vizinhos 68% 17% 9%
Municípios vizinhos 68% 17% 9%
Outros locais 14% - 13%
Outros locais 14% - 13%
Ocupação anterior:
Ocupação anterior:
Agropecuária 82% 100% 87%
Agropecuária 82% 100% 87%
Indústria e comércio 18% - 13%
Indústria e comércio 18% - 13%
Experiência com lenha ou carvão 27% - 22%
Experiência com lenha ou carvão 27% - 22%

A análise
A análise das informações
das informações da
da da Tabela33indica
Tabela indica aafalta dede
faltade alternativas de geração
alternativas de trabalho
de geração e renda nose renda
de trabalho
AAanálise
análise
assentamentos,
dasinformações
das
pois
informações
um significativodaTabela
Tabela 3 indica
número3de indica a falta
a falta
entrevistados
alternativas
de de geração
alternativas
recebe
de trabalho
de geração
Bolsa-Família. Alémde disso,e rendae nos
trabalhoé altarenda
a
A
nos assentamentos,análise das informações da Tabela 3 indica a falta de alternativas de geração de trabalho e renda
depois um significativo número dedeassentamento.
entrevistados A recebe Bolsa-Família. Além
assentamentos, pois um significativo número de entrevistados recebe Bolsa-Família. Além disso, é disso,
alta a é alta
nosproporção
assentamentos, pois um
agricultores significativo
que trabalham número
fora do entrevistados recebe Bolsa-Família.
situação mais grave foi Além disso,
observada é
emalta
nosPocinhos,
a proporção assentamentos,
proporção pois um
de agricultores
de agricultores osque significativo
que número
trabalhamfora
trabalham foradodode entrevistados
assentamento. A recebe Bolsa-Família.
situação mais grave Além
foi disso,
observada éemalta em
a proporção onde todos entrevistados
de agricultores
Pocinhos, onde que trabalham
trabalham
todos os entrevistados doassentamento.
fora
forafora
trabalham
de seus lotes paraA
assentamento.
de
situação
complementar
Acomplementar
seus lotes paraA situação mais
mais grave
a renda
grave
a renda foifoi
familiar. observada
observada
familiar. em
a
Pocinhos,proporção
onde todosde agricultores que
os entrevistados trabalham
trabalham fora do
fora assentamento. situação mais grave foi observada em
Pocinhos, onde todos os entrevistados trabalham foradedeseus
seuslotes paracomplementar
lotes para complementar a renda
a renda familiar.
familiar.
Pocinhos,
TABELAonde todosmédia
3: Renda os entrevistados trabalham
mensal e fontes de renda fora de seus lotes para complementar a renda familiar.
dos entrevistados.
TABELA 3: Renda média mensal e fontes de renda dos entrevistados.
TABLE 3: Average monthly income and sources of income of respondents.
TABELA TABLE
3:
TABELA 3:3:Renda
Renda Average
média monthly
mensal
média income
e fontes
mensal andrenda
de
e fontes desources
dos
renda ofentrevistados.
dos income of respondents.
entrevistados.
TABELA 3: Renda média mensal e fontes de renda dos entrevistados.
TABLE
TABLETABLE 3:
3: Average Average monthly
monthly income
income and
and and sources
sources of
of of income
income of respondents.
3: Average monthly income sources incomeofofrespondents.
respondents.
Locais Cuité Pocinhos Boqueirão
Locais Cuité Pocinhos Boqueirão
Renda média (R$/mês) 747,2 796,7 943,7
Renda média (R$/mês) 747,2 796,7 943,7
Fontes de Renda:
Fontes de Renda:
Bolsa-Família (%) 59,1 83,3 34,8
Bolsa-Família (%) 59,1 83,3 34,8
Aposentadorias (%) 27,3 16,7 34,8
Aposentadorias (%) 27,3 16,7 34,8
Trabalho fora do PA (%) 18,2 100,0 34,8
Trabalho fora do PA (%) 18,2 100,0 34,8
Seguro-Safra (%) 68,2 66,7 82,6
Seguro-Safra (%) 68,2 66,7 82,6
Agricultura (%) 27,3 - 69,6
Agricultura (%) 27,3 - 69,6
Pecuária (%) 86,4 100,0 91,3
Pecuária (%) 86,4 100,0 91,3
Manejo florestal (%) 13,6 100,0 100,0
Manejo florestal (%) 13,6 100,0 100,0
A falta de alternativas produtivas
A falta de alternativas é um éproblema
produtivas um problema frequente
frequente em assentamentos
em assentamentos
A falta de alternativas produtivas é um problema frequente em assentamentos no Nordeste. Lima
no Nordeste.
no Nordeste. Lima Lima
(2010), ao estudar(2010),
A o
falta ao
caso
de estudar
de odois
alternativascasoassentamentos
deprodutivas
dois assentamentos
é um localizadosfrequente
localizados
problema no
no município
município
em deassentamentos
Espírito
de Santo-RN,
Espírito constatou
Santo-RN,
no Nordeste. que
constatou
Lima
(2010),
A faltadasaodeestudar o caso deprodutivas
alternativas dois assentamentos localizadosfrequente
no município emdeassentamentos
Espírito Santo-RN, no constatou que
28,6% famílias trabalhavam comoé assalariadas
um problema fora do assentamento. O mesmo autor Nordeste.
constatou Limaa
(2010),
que 28,6%
(2010), ao estudar
dasdependência
aofamílias
28,6% das o caso
estudar otrabalhavam
famílias
dascaso de dois
trabalhavam assentamentos
como
de dois assentamentos
transferências assalariadas
como
dos programas
localizados
assalariadas fora do
localizadosfora
governamentais,
no
do município
assentamento.
assentamento.
no município de O Espírito
O emesmo
mesmo
de Espírito
pois o Bolsa-Família
Santo-RN,
autor
Santo-RN, constatou
autorconstatou
constatou
aposentadorias constatou a
eram
a
que dependência das transferências dos programas governamentais, pois o Bolsa-Família e aposentadorias eram
que 28,6%
dependência das das
das famílias
transferências
recebidos
28,6%
recebidos
por mais de
famílias
por mais de
trabalhavam
dos das
85%
trabalhavam
85% programas
das como
famílias
como
famílias
assalariadas
governamentais,
entrevistadas.
assalariadas
entrevistadas.
fora do
fora dopois
assentamento.
o Bolsa-Família
assentamento. O mesmo
O mesmo autor constatou
constatou aaeram
e aposentadorias
autor
dependência das transferências
Outro estudo realizado dos programas
em governamentais,
dois assentamentos no estado de pois o Bolsa-Família
Pernambuco e
também evidenciouaposentadorias
a carênciaeram
recebidos por mais
dependência
de por de
das
Outro
atividades 85% dasrealizado
transferências
estudo
produtivas, famílias
dospara
pois,
em entrevistadas.
programas governamentais,
dois assentamentos
50%
no estado de pois o Bolsa-Família
Pernambuco e aposentadorias
também evidenciou
das famílias, o trabalho fora dos assentamentos era a principal fonte de
a carênciaeram
recebidos
recebidos de por mais
atividades
mais de 85%
85% das
produtivas,
de das famílias
pois, para 50%
famílias entrevistadas.
das famílias, o trabalho fora dos assentamentos era a principal fonte de
entrevistadas.
Outro renda
estudo
Outro
renda
realizado
dos agricultores,
estudo realizado oemque dois
o que em
contrariaassentamentos
dois os objetivos da reforma
osassentamentos
no estado de Pernambuco
agrária (MARQUES;
noimportância
estado dedosPernambuco PAREYN; também
também FIGUEIREDO,evidenciou
evidenciou a a
carênciacarência Outrodos
2011).
de atividades
2011).
Os
Os
agricultores,
estudo
mesmos realizado
produtivas,
mesmos
autores também
autores
contraria
em
pois,
também
dois
para
objetivos da reforma
assentamentos
verificaram
50%
verificaram
uma
das
uma
grandeno
famílias,
grande
agrária (MARQUES;
estado o
importância
de Pernambuco
trabalho
dos
programas
PAREYN;
fora
programas
também FIGUEIREDO,
governamentais
dos evidenciou
assentamentos
governamentais
para a aera a
para a
de
de atividades
carênciacomposição
atividadesda renda produtivas,
das famílias.
produtivas, pois, para
pois, para 50% 50% das das famílias,
famílias, oo trabalho
trabalho fora fora dos
dos assentamentos
assentamentos era era aa
principal fontecomposição
principal de
fonterenda
de
Outra
da dos
renda
renda
informaçãoagricultores,
das famílias.
dos agricultores,
relevante contidao queo na contraria
que 3 é aos
contraria
Tabela os
altaobjetivos
objetivos
percentagem dadereforma
da reforma
agricultores agrária
agrária (MARQUES;
(MARQUES;
que receberam o
principalseguro-safra.
fonteOutra
de rendainformaçãodos agricultores,
relevante contida o que contraria
na Tabela os objetivos
3 é a alta percentagem dadereforma
agricultores agrária (MARQUES;
que receberam o
PAREYN; FIGUEIREDO,
PAREYN;
PAREYN; FIGUEIREDO,
seguro-safra. Esse2011).
Esse seguro
seguro éOs
é pago
2011). mesmos
pagoOs
pelos
mesmos
pelos autores
bancos
bancos oficiaistambém
oficiais aos
autores também
aos verificaram
agricultores que tiveram
verificaram
agricultores que tiveram uma
uma perdasgrande
grande
perdas
de safraimportância
causadas dos dos
importância
de safra causadas dos
pelasFIGUEIREDO,
secas. Esse dado 2011). revela a Os mesmos
situação autores
de insegurança também
hídrica dos verificaram
assentamentos uma e agrande
consequenteimportância
perda de
programas governamentais
programas
programas secas. Esse para
pelasgovernamentais
governamentais
produção
dado para
causada pelaspara a composição
revela
secas.
situação dedainsegurança
aa acomposição
composição renda
da
da rendadas
renda das
das famílias.
famílias.
hídrica dos assentamentos e a consequente perda de
famílias.
produção
Outra causada pelas
informação secas. contida na Tabela 3 é a alta percentagem de agricultores que receberam o
relevante
Outra informação Nesse
Outra informação relevante
contexto,
Nesse contexto,
o
relevante contida
manejo
o manejo contidana
florestal
florestal
Tabela
surge
nasurge
Tabela 3
como
é
como a
3 éumaalta
uma percentagem
alternativa
a altaalternativa
percentagem deagricultores
de geração
de
de geração
agricultores
de renda com
de renda com que que
baixo receberam
risco
receberam
baixo risco o
o
seguro-safra.
seguro-safra. Esse
seguro-safra. Esse
climático,
seguro
Essepois
climático,
seguro
pois éa pago
seguro é
vegetaçãopago
pelos
é pagonativa
a vegetação
pelos
nativa ébancos
bancos adaptada
pelosébancos oficiais
oficiais
adaptadaoficiais
aos
às condições
aos agricultores
de semiaridez.
agricultores
aos agricultores
às condições de semiaridez.
que
que
que tiveram
Conforme
tiveram osperdas
tiveramosperdas
Conforme
dados de
perdas
dados de
safra
da de
Tabela
da safra
causadas
safra 4, causadas
Tabelacausadas
a
4, a
pelas rendaEsse
obtidadadopor cada agricultor pelo manejo florestal foi de R$ 12.150,00 em Cuité, R$ 1.360,00 em Pocinhos perdae
pelas secas.
pelas secas. Esse
rendadado
secas. revela
obtidadado
Esse
R$ 500,00 em
por cadarevela
revela
Boqueirão. aa situação
aagricultor
Em
situação
situação todos de
de insegurança
pelo manejo
de
os locais
insegurança
insegurança dehídrica
florestal foi hídrica
pesquisados,hídrica
dos assentamentos
dos
R$ 12.150,00
o produto
assentamentos
assentamentos
em Cuité, R$ 1.360,00
comercializado ee aae consequente
foi a lenha.
consequente
a emconsequente e perda
Pocinhos perda
de produção causada
R$ 500,00
de produção causada pelas
em Boqueirão. secas.
Em todos os locais pesquisados, o produto comercializado foi a lenha.
de produção causada
Nesse
pelaspelas
contexto,
secas. secas.
Nesse TABELA
Nesse
contexto,
TABELA
4: Resultados
contexto,
o oo manejo
manejo
4: Resultados
manejo
do manejoflorestal
florestal
doflorestal
manejo
surge como
florestal.
surge
surge
florestal.
como uma
como
uma alternativa
alternativa de
uma alternativa
de geração
geração de
de geração
de renda
renda com
de renda
com baixo
com
baixo risco
risco
baixo risco
climático,
climático, pois
TABLE
pois
TABLE
4:a Results
vegetação
4:a Results
vegetação nativa
of forest
nativa
of forest
é
é adaptada
management.
adaptada
management.
às
às condições
condições de
de semiaridez.
semiaridez. Conforme
Conforme os
os dados
dados da
da Tabela
Tabela
climático,
4, pois aobtida
vegetaçãocada nativa é adaptada às condições de desemiaridez. Conforme Cuité,os R$dados da emTabela
4, aa renda
renda obtida por agricultor
por cada agricultor pelo manejo
pelo manejo florestal foi
florestal foi R$ 12.150,00
de R$ 12.150,00 em Cuité,
em R$ 1.360,00
1.360,00 em
4, a renda obtida
Pocinhos
Pocinhos e por
Locais:
R$
Locais: cada
500,00 agricultor
em Boqueirão. pelo Em manejo
todos
e R$ 500,00 em Boqueirão. Em todos os locais pesquisados, osflorestal
locais foi
Cuité de
pesquisados,
Cuité R$ 12.150,00
o Pocinhos
produto
Pocinhos
o produto
em Cuité,
comercializado R$
Boqueirão
Boqueirão 1.360,00
foi a lenha. em
Pocinhos e R$Agricultores
500,00 em Boqueirão.
participantes Em
do manejo todos
(%) os locais pesquisados, 54,5 o 100 comercializado
produto comercializado 100foi afoi lenha.
a lenha.
Agricultores participantes do manejo (%) 54,5 100 100
Agricultores que já exploraram lenha (%) 13,6 100 100
Agricultores que já exploraram lenha (%) 13,6 100 100
Volume comercializado (st.agricultor-1-1) 600 80 25
Volume comercializado -1
(st.agricultor ) 600 80 25
Preço da lenha (R$.st-1 ) 20,25 17,00 20,00
Preço
Ci. Fl., v. 28, n. 2, da
abrlenha
.- jun.,(R$.st
2018 ) 20,25 17,00 20,00
Ci. Fl., v. 28, n. 2, abr
Renda .- jun.,
obtida 2018
(R$) 12.150,00 1.360,00 500,00
Renda obtida (R$) 12.150,00 1.360,00 500,00
Organização para o corte
Organização para o corte
Individual
Individual
Individual
Individual
Coletivo
Coletivo
Venda
Venda Individual
Individual Coletiva
Coletiva Coletiva
Coletiva
Execução
Execução do corte
do corte Terceirizado
Terceirizado Direta
Direta Terceirizado
Terceirizado
-1
Custo do corte
Custo do corte (R$.st(R$.st-1 )) 10,00
10,00 -- 9,00
9,00
Tipo de corte
Tipo de corte Manual
Manual Manual
Manual Manual
Manual
Responsável
Responsável pelo carregamento Comprador Agricultor Comprador
Ci. Fl., v. 28, n. 2, abr .- jun., 2018pelo carregamento Comprador Agricultor Comprador
Época
Época do do corte
corte Ano todo
Ano todo Seca
Seca Seca
Seca
Talhão
Talhão explorado
explorado 3°
3° 1°
1° 1°

A grande variação nos valores decorre das diferentes formas de organização do trabalho e diferentes
seguro-safra. Esse seguro é pago pelos bancos oficiais aos agricultores que tiveram perdas de safra causadas
pelas secas. Esse dado revela a situação de insegurança hídrica dos assentamentos e a consequente perda de
produção causada pelas secas.
Nesse contexto, o manejo florestal surge como uma alternativa de geração de renda com baixo risco
climático, pois a vegetação nativa é adaptada às condições de semiaridez. Conforme os dados da Tabela 4, a
renda obtida por cada agricultor pelo manejo
Garlet, A.;A.;florestal
Canto, J. foi de R$ 12.150,00 emS.Cuité, R$ 1.360,00 em Pocinhos e
Garlet, Canto, J.L.;
l.;Oliveira,
Oliveira, P.P.R.
R.S.
R$ 500,00 em Boqueirão. Em todos os locais pesquisados, o produto comercializado foi a lenha. 734 740

TABELA TABELA
TABELA 4: Resultados
4: Resultados
4: Resultados do do
do manejo manejo
manejo florestal.
florestal.
florestal.
TABLE
TABLE 4: 4:Results
Resultsof
offorest
forestmanagement.
management.
TABLE 4: Results of forest management.
Locais: Cuité Pocinhos Boqueirão
Agricultores participantes do manejo (%) 54,5 100 100
Agricultores que já exploraram lenha (%) 13,6 100 100
Volume comercializado (st.agricultor-1) 600 80 25
Preço da lenha (R$.st-1) 20,25 17,00 20,00
Renda obtida (R$) 12.150,00 1.360,00 500,00
Organização para o corte Individual Individual Coletivo
Venda Individual Coletiva Coletiva
Execução do corte Terceirizado Direta Terceirizado
Custo do corte (R$.st-1) 10,00 - 9,00
Tipo de corte Manual Manual Manual
Responsável pelo carregamento Comprador Agricultor Comprador
Época do corte Ano todo Seca Seca
Talhão explorado 3° 1° 1°

A grande variação
A grande variaçãonosnosvalores decorredasdas
valores decorre diferentes
diferentes formas formas de organização
de organização do trabalho e do trabalho e
diferentes
diferentesmaneiras
maneiras de comercializar
de comercializar
A grande variaçãoa madeira a produzida.
nos valoresmadeiradecorreproduzida.
A organização Adoorganização
das diferentes trabalho doorganização
trabalho
formase asdecondições edoas trabalho
condições
de comercialização e de
comercialização foram decididas
diferentes maneiras pelos agricultores
de comercializar de cada assentamento
a madeira produzida. A organização do de trabalho
forma independente.
e as condições Assim,de
em cadacomercialização
assentamentoforam existedecididas
um arranjo pelosdiferente.
agricultores de cada assentamento de forma independente. Assim,
em cada assentamento existe
O manejo florestal teve adesão da maioria um arranjo diferente. dos agricultores em todos os Projetos de Assentamentos.
O manejo florestal teve adesão da maioria dos agricultores em todos os Projetos de Assentamentos.
A quantidade de entrevistados que declarou participar do plano de manejo foi de 54,5% em Cuité e 100%
A quantidade de entrevistados que declarou participar do plano de manejo foi de 54,5% em Cuité e 100%
nos demais locais. As justificativas apresentadas por aqueles que não aderiram ao manejo foram a ausência
nos demais locais. As justificativas apresentadas por aqueles que não aderiram ao manejo foram a ausência
de cobertura vegetal
de cobertura em seus
vegetal loteslotes
em seus individuais
individuais e ae falta
a faltadedeinteresse pelaatividade.
interesse pela atividade.
Embora a maioria dos agricultores tenha aderido
Embora a maioria dos agricultores tenha aderido ao manejo, nem todos ao manejo, nem todosexploraram
exploraram lenha.
lenha. Em Em
Cuité, somente
Cuité, somente 13,6% dos entrevistados obtiveram renda com a atividade. Esse fato decorre da forma de de
13,6% dos entrevistados obtiveram renda com a atividade. Esse fato decorre da forma
organização da atividade,
organização da atividade, e também
e também porque
porque atéatéo omomento
momento foram exploradosapenas
foram explorados apenas os os primeiros
primeiros talhões
talhões
dos planos
dos planos de manejo.
de manejo. Contudo,Contudo, ao longo
ao longo dodo ciclodedecorte,
ciclo corte,todos
todos osos participantes
participantes serão
serãobeneficiados.
beneficiados.
Em Cuité, Em Cuité, o talhão o talhãoanualanual é divididoentre
é dividido entrecinco
cinco agricultores.
agricultores. AAexploração
exploração é realizada
é realizada pelospelos
proprietários de forma individual. Por essa razão, o volume explorado
proprietários de forma individual. Por essa razão, o volume explorado por cada agricultor é elevado. por cada agricultor é elevado.
Entretanto, a cada ano, somente cinco agricultores vendem a lenha. A organização para o corte é individual,
Entretanto, a cada ano, somente cinco agricultores vendem a lenha. A organização para o corte é individual,
ou seja, cada agricultor decide como fazer a exploração de forma independente. Mas, para explorar todo o
ou seja,talhão,
cada agricultor
os agricultores decide como fazer
terceirizam o corte,a exploração
ao custo de R$ de10,00.st
forma -1independente.
cortado. Dessa Mas,forma,para explorar
o valor recebido todo o
talhão, pelo
os agricultores terceirizam o corte, ao custo de R$ 10,00.st -1
cortado. Dessa
beneficiário é reduzido pela metade, considerando que o preço de venda foi de R$ 20,25. Contudo, isso forma, o valor recebido
pelo beneficiário
gera benefícios é reduzido
para outros pelaassentados,
metade, considerando que o preço
pois o corte é executado porde venda foi
residentes dode R$ 20,25.
próprio Contudo, isso
assentamento.
gera benefíciosUma paradesvantagem
outros assentados, desta formapoisdeoorganização
corte é executadoé que cadaporagricultor
residentes só do próprio
explora lenhaassentamento.
em um ano
doUma
ciclo, desvantagem
ou seja, umadesta vez a forma
cada 20deanos.
organização
Essa é uma é que
das cada
causasagricultor só explora
de insatisfação com olenha
manejo emneste
um ano
assentamento (Figura 1).
do ciclo, ou seja, uma vez a cada 20 anos. Essa é uma das causas de insatisfação com o manejo neste
assentamento (FiguraEm Pocinhos 1). o talhão anual foi fracionado entre todos os agricultores de modo a permitir que
todos pudessem explorar lenha. Porém, o volume explorado foi menor. A área média do talhão anual é
Em Pocinhos o talhão anual foi fracionado entre todos os agricultores de modo a permitir que
de 24,93 ha, divididos entre os 20 proprietários. O volume explorado foi de 3.800 st, que equivale a 190
todos pudessem
st, em média, explorar
para cada lenha. Porém,Esta
proprietário. o volume
forma deexplorado
organização foifavorece
menor.aAobtenção
área média do talhão
constante e anualanual
de é
de 24,93 ha, divididos entre os 20 proprietários. O volume explorado foi
renda proveniente do manejo. Infere-se, por este motivo, que foi neste assentamento que os agricultores de 3.800 st, que equivale a 190
st, em média,
expressaram para maior
cada proprietário.
satisfação comEsta forma(Figura
a atividade de organização
1). favorece a obtenção constante e anual de
renda proveniente do manejo.
Em Pocinhos Infere-se,
o corte por este
foi individual, motivo,
ou seja, cada que foi neste
agricultor cortouassentamento
a lenha existente quenaossuaagricultores
fração
expressaram maior satisfação com a atividade (Figura 1).
do talhão. Porém, a comercialização foi feita de forma coletiva, para o mesmo comprador, que pagou a
cada agricultor o valor correspondente ao volume cortado na sua fração
Em Pocinhos o corte foi individual, ou seja, cada agricultor cortou a lenha existente na sua fraçãode talhão, ao valor de R$ 17,00.st -1
,
estando o carregamento a cargo dos assentados.
do talhão. Porém, a comercialização foi feita de forma coletiva, para o mesmo comprador, que pagou a
Com essa forma de organização, cada agricultor explorou individualmente sua fração de talhão,
cada agricultor o valor correspondente ao volume cortado na sua fração de talhão, ao valor de R$ 17,00.st-1,
estandoCi.oFl.,carregamento a cargo dos assentados.
v. 28, n. 2, abr .- jun., 2018
Com essa forma de organização, cada agricultor explorou individualmente sua fração de talhão,
de forma manual, utilizando apenas foice e machado. Conforme informações dos próprios entrevistados,
o período de trabalho dedicado ao corte da lenha foi de 30 a 40 dias, na época da seca. Sendo o tempo
efetivamente trabalhado em torno de 20 dias. A produtividade declarada do trabalho de corte foi de 4

Ci. Fl., v. 28, n. 2, abr .- jun., 2018


O manejo florestal comunitário da Caatinga em assentamentos rurais... 741
O manejo florestal comunitário da Caatinga em assentamentos rurais... 735
st.homem-1.dia-1. Considerando o preço de venda da lenha de R$ 17,00.st-1, o agricultor obteve remuneração
de R$ 68,00 por dia
de forma efetivamente
manual, trabalhado.
utilizando apenas foice e Esse valor
machado. é bastante
Conforme superiordosaopróprios
informações recebido pelo trabalho fora
entrevistados,
o período de trabalho dedicado ao corte da lenha foi de 30 a 40 dias, na época
do assentamento, que, segundo os entrevistados, varia de R$ 35,00 a 40,00.dia , para serviços prestados, na da
-1 seca. Sendo o tempo

condição efetivamente
de diaristas,trabalhado
nas fazendas em torno de 20 dias. A produtividade declarada do trabalho de corte foi de 4
vizinhas.
st.homem-1.dia-1. Considerando o preço de venda da lenha de R$ 17,00.st-1, o agricultor obteve remuneração
Esses
de R$ dados
68,00 por corroboram
dia efetivamenteos resultados
trabalhado. obtidos
Esse valorpor Marques,
é bastante Pareyn
superior e Figueiredo
ao recebido (2011),
pelo trabalho fora os quais
realizaram do uma análiseque,
assentamento, econômica
segundo osdas atividades
entrevistados, variaagrícola,
de R$ 35,00 pecuária e -1florestal
a 40,00.dia em prestados,
, para serviços dois assentamentos
na
de Pernambuco,
condição de nodiaristas,
ano denas 2010, e concluíram
fazendas vizinhas. que a atividade florestal gera renda superior àquela da
Esses dados
agricultura e pecuária. corroboram
Segundo os resultados
os autores, obtidos por Marques,
os agricultores obtiveram Pareyn e Figueiredo média
remuneração (2011), de
os quais
R$ 31,36 por
realizaram uma análise econômica das atividades agrícola, pecuária e florestal em dois assentamentos
dia trabalhado na atividade florestal, enquanto que a agricultura e a pecuária renderam, respectivamente, R$
de Pernambuco, no ano de 2010, e concluíram que a atividade florestal gera renda superior àquela da
10,64 e R$ agriculturapor
21,52 dia de Segundo
e pecuária. trabalho. os autores, os agricultores obtiveram remuneração média de R$ 31,36 por
Apesar da boanaremuneração
dia trabalhado obtida,
atividade florestal, a exploração
enquanto da lenha
que a agricultura não é suficiente
e a pecuária renderam, para manter os agricultores
respectivamente, R$
em seus lotes, pois gera trabalho durante um período reduzido. Consequentemente, muitos assentados
10,64 e R$ 21,52 por dia de trabalho.
buscam trabalhoApesar fora dadoboa remuneração obtida,
assentamento a exploração
no restante do da lenha
ano. No nãocaso
é suficiente para mantertodos
de Pocinhos, os agricultores
os entrevistados
em seus lotes, pois gera trabalho durante um período reduzido. Consequentemente, muitos assentados
complementam
buscam trabalho fora do assentamento no restante do ano. No caso de Pocinhos, todos os entrevistadosa extração
sua renda trabalhando como diaristas ou mensalistas em fazendas vizinhas, sendo
de agave complementam
a atividade que sua mais emprega esses
renda trabalhando como assentados.
diaristas ou mensalistas em fazendas vizinhas, sendo a extração
No assentamento
de agave a atividade de que Boqueirão,
mais empregaoesses manejo florestal gerou renda de aproximadamente R$ 500,00
assentados.
No assentamento
por família. A exploração de Boqueirão,
e a venda da lenha o manejo florestal gerou
são coletivas renda de aproximadamente
e administradas R$ 500,00
pela associação. O corte foi
por família. A exploração e a venda da lenha são coletivas e administradas pela associação. O corte foi
terceirizado pela associação e executado pelos agricultores interessados na atividade, que receberam R$
terceirizado pela associação e executado pelos agricultores interessados na atividade, que receberam R$
9,00.st-1 cortado. O lucro
9,00.st-1 cortado. resultante
O lucro foi foi
resultante todo
todorevertido
revertido em eminvestimentos
investimentos coletivos:
coletivos: construção
construção de cercasdee cercas e
reforma da sede da
reforma dasede
associação.
da associação.
A satisfação dos agricultores
A satisfação dos agricultores com com o omanejo florestalé apresentada
manejo florestal é apresentada na Figura
na Figura 1. No assentamento
1. No assentamento
localizado em Cuité, 50% dos agricultores não estão satisfeitos com
localizado em Cuité, 50% dos agricultores não estão satisfeitos com a atividade. A insatisfação a atividade. A insatisfação é devida é devida
principalmente ao baixo preço da lenha, à falta de compradores e à dificuldade para executar o corte (Figura
principalmente
2). Esse
ao baixo preço
percentual
da lenha,
de insatisfação
à falta
gera um novo
de compradores
desafio
e à dificuldade
à continuidade do projeto
para executar
de manejo
o corte (Figura
e indica
Esse percentual
2). Esse percentual de de insatisfação
insatisfação gera
gera umum novo
novodesafio à continuidade
desafio à do projeto
continuidade dode projeto
manejo e de
indica que a que
manejo e indica que
aassistência
assistência técnica
técnica deverá
deverá reavaliar
reavaliar a forma
a forma de condução
de condução dos trabalhos.
dos trabalhos.
a assistência técnica deverá reavaliar a forma de condução dos trabalhos.
100%

80%
Não satisfeito
60%
Indeciso
40%
Satifeito
20%

0%
Cuité Pocinhos Boqueirão
FIGURA 1: Avaliação da satisfação dos assentados com o manejoflorestal.
FIGURA
FIGURA 1:
1:Avaliação
Avaliaçãoda
dasatisfação
satisfação dos
dos assentados
assentados com
com o
o manejo
manejo florestal.
florestal.
FIGURE
FIGURE 1:
1: Assessment
Assessment of
of satisfaction
satisfaction of
of settlers with forest management.
FIGURE 1: Assessment of satisfaction of settlers with forest management.
Alémdos
Além dosmotivos
motivos citados,
citados, outra
outra justificativa
justificativa para apara a insatisfação
insatisfação com oémanejo
com o manejo é apresentada
apresentada por Vieira por
Além(2010).dos
Vieira (2010).motivos
Segundo o autor,
Segundo citados,
ocom outraa implantação
justificativa
a implantação
autor, com do manejodo “aspara a “as
famílias
manejo insatisfação
assentadas coma ovivenciar
famíliaspassaram
assentadas manejo
passaramumaaévivenciar
apresentada por
série
de novas
Vieira (2010).
uma série regras
Segundo
de novase formas
o autor,
regras de econtrole
com
formasada
deexploração
implantação
controle dade exploração
recursos
do madeireiros
manejo de “as que madeireiros
vêm interferindo
famílias
recursos quefortemente
assentadas vêmpassaramem a vivenciar
interferindo
seu modo de vida, instituindo uma dinâmica de territorialização paralela aos processos territoriais
uma sériefortemente
de novas em
desencadeados
seu modo
regras
com a e formas de vida,
desapropriação de doinstituindo
controle dauma dinâmica de
exploração
antigo latifúndio”.
de recursos
territorialização paralela que
madeireiros aos processos
vêm interferindo
territoriais desencadeados comdoa uso
desapropriação do antigo latifúndio”.
fortemente em seu modo de vida, instituindo uma dinâmica de territorialização paralela de
Ou seja, o ordenamento do solo representado pela demarcação da Reserva Legal, as restrições aos processos
uso da APP e a burocracia para emissão de AUTEX (autorização para exploração), restringiram o acesso ao
territoriaisCi.recurso
desencadeados
florestal,
Fl., v. 28, n. 2, abr .-pois com
jun., os
2018 a desapropriação do antigo latifúndio”.
agricultores passaram a depender de autorização do órgão ambiental para o corte da
madeira, sem que isso tenha resultado em ganhos satisfatórios, já que o preço da lenha do manejo, na opinião
dos entrevistados, é o mesmo da lenha proveniente de desmatamentos ilegais.
Em Pocinhos, 83% dos entrevistados declaram estarem satisfeitos com a atividade florestal, pois,
conforme declarado pelos próprios agricultores, essa foi a única opção de trabalho existente durante a seca do
último ano.
Em Boqueirão, 74% dos entrevistados se disseram indecisos. Como a exploração esta sendo
administrada pela associação, a maioria deles não tem envolvimento direto com a atividade, por isso, ainda não
tem opinião definida.
A insatisfação dos agricultores está relacionada às dificuldades listadas na Figura 2. O baixo preço da
lenha foi a principal dificuldade apontada por 33% dos entrevistados. Este fato está diretamente relacionado
com a falta de compradores. Pois, embora haja um elevado número de consumidores de lenha próximos aos
Ci. Fl., v. 28, n. 2, abr .- jun., 2018
assentamentos, principalmente cerâmicas e outras indústrias, além de padarias e churrascarias, estes potenciais
compradores não tiveram interesse em adquirir a lenha proveniente dos planos de manejo, porque na região
existe ampla oferta de lenha ilegal (TRAVASSOS; SOUZA, 2014), e o processo de fiscalização sobre os
consumidores é deficiente (NDAGIJIMANA; PAREYN; RIEGELHAULPT, 2015).
Garlet, A.; Canto, J. L.; Oliveira, P. R. S. 742

Ou seja, o ordenamento do uso do solo representado pela demarcação da Reserva Legal, as restrições
de uso da APP e a burocracia para emissão de AUTEX (autorização para exploração), restringiram o acesso
ao recurso florestal, pois os agricultores passaram a depender de autorização do órgão ambiental para o
corte da madeira, sem que isso tenha resultado em ganhos satisfatórios, já que o preço da lenha do manejo,
na opinião dos entrevistados, é o mesmo da lenha proveniente de desmatamentos ilegais.
Em Pocinhos, 83% dos entrevistados declaram
Garlet, A.; Canto, estarem
J. l.; Oliveira, satisfeitos
P. R. S. com a atividade florestal,
736 pois,
conforme declarado pelos próprios agricultores, essa foi a única opção de trabalho existente durante a seca
do último ano.Ou seja, o ordenamento do uso do solo representado pela demarcação da Reserva Legal, as restrições
de uso da APP e a burocracia para emissão de AUTEX (autorização para exploração), restringiram o acesso
aoEm Boqueirão,
recurso 74%os dos
florestal, pois entrevistados
agricultores passaram se disseram
a depender indecisos. do
de autorização Como
órgão a exploração
ambiental para oesta sendo
administrada
corte da pela associação,
madeira, sem que issoa maioria deles não
tenha resultado tem envolvimento
em ganhos direto
satisfatórios, já que comdaa lenha
o preço atividade, por isso, ainda
do manejo,
na opinião dos entrevistados, é o mesmo da lenha proveniente de desmatamentos ilegais.
não tem opinião definida.
Em Pocinhos, 83% dos entrevistados declaram estarem satisfeitos com a atividade florestal, pois,
A insatisfação
conforme declarado dos agricultores
pelos está relacionada
próprios agricultores, essa foi aàs dificuldades
única listadas
opção de trabalho na Figura
existente 2. Oa seca
durante baixo preço da
do último ano.
lenha foi a principal dificuldade apontada por 33% dos entrevistados. Este fato
Em Boqueirão, 74% dos entrevistados se disseram indecisos. Como a exploração esta sendo
está diretamente relacionado
com a administrada
falta de compradores. Pois,
pela associação, embora
a maioria deleshaja um envolvimento
não tem elevado número de consumidores
direto com de lenha
a atividade, por isso, ainda próximos
não tem opiniãoprincipalmente
aos assentamentos, definida. cerâmicas e outras indústrias, além de padarias e churrascarias, estes
A insatisfação dos agricultores está relacionada às dificuldades listadas na Figura 2. O baixo preço da
potenciais
lenhacompradores não tiveram
foi a principal dificuldade interesse
apontada em dos
por 33% adquirir a lenhaEste
entrevistados. proveniente dos planos
fato está diretamente de manejo, porque
relacionado
na região
comexiste
a falta ampla oferta dePois,
de compradores. lenha ilegal
embora haja(TRAVASSOS;
um elevado número SOUZA, 2014), e de
de consumidores o processo
lenha próximosde fiscalização
aos assentamentos, principalmente cerâmicas e outras indústrias, além de padarias e churrascarias, estes
sobre os consumidores é deficiente (NDAGIJIMANA; PAREYN; RIEGELHAULPT,
potenciais compradores não tiveram interesse em adquirir a lenha proveniente dos planos de manejo, porque 2015).
naDe acordo
região com
existe a legislação
ampla vigente,
oferta de lenha ilegal a(TRAVASSOS;
lenha de plano de manejo
SOUZA, 2014),deve ser transportada
e o processo acompanhada
de fiscalização
sobre os consumidores é deficiente (NDAGIJIMANA; PAREYN; RIEGELHAULPT, 2015).
de Documento de Origem Florestal – DOF. Para emissão do DOF, tanto o vendedor
De acordo com a legislação vigente, a lenha de plano de manejo deve ser transportada acompanhada
como o comprador do
produtodeflorestal
Documento devem estarFlorestal
de Origem legalizados
– DOF.perante os órgãos
Para emissão do DOF,ambientais.
tanto o vendedor Conforme informações
como o comprador do colhidas
produto florestal devem estar legalizados perante os órgãos ambientais. Conforme informações colhidas
junto aos responsáveis pela assistência técnica, muitos dos potenciais compradores não têm licença
junto aos responsáveis pela assistência técnica, muitos dos potenciais compradores não têm licença
ambiental e, consequentemente,
ambiental e, consequentemente,estão estão impedidos
impedidos dede adquirirem
adquirirem a lenha
a lenha proveniente
proveniente do manejo.
do manejo.
Dificuldades do manejo florestal
organização
7%
DOF
15% preço baixo
33%

corte
17%

falta de
comprador
28%
FIGURA 2: Dificuldades para execução do manejo
FIGURA manejo florestal.
florestal.
FIGURA 2: Dificuldades
FIGURE
FIGURE para
2: Difficulties execução
in the executiondo
execution of manejo
of forest florestal.
forest management.
management.
FIGURE 2: Difficulties in the execution of forest management.
O DOF deve ser emitido em sistema eletrônico gerido pelo
O DOF deve ser emitido em sistema eletrônico gerido IBAMA. pelo IBAMA.Para emissão, o comprador e o
Para emissão, o comprador
vendedor devem estar conectados à internet. Como não há conexão de internet em nenhum dos assentamentos
epesquisados,
o vendedor devem estar conectados à internet. Como não há
os agricultores devem se deslocar até a cidade mais próxima cada vez que conexão de um
internet em de
caminhão nenhum
lenha dos
OdoDOF
assentamentos
sai deve
assentamento, ser emitido
pesquisados,
gerando custosem sistema
os agricultores
extras os eletrônico
paradevem se deslocar
agricultores. gerido
Esteaté pelo IBAMA.
a cidade
procedimento mais
foi apróximaPara
cada
principal emissão,
vez que um
dificuldade o comprador
caminhão de lenha
citada por 15% sai do assentamento, gerando custos extras para os agricultores. Este procedimento foi
dos entrevistados.
e o vendedor devem
A execução
a principal estar
do corte
dificuldade conectados
citadafoi
poruma
15% à internet.
dificuldade Como não há conexão de internet
apontada por 17% dos entrevistados, que consideram o
dos entrevistados. em nenhum dos
assentamentos
trabalho,A depesquisados,
cortar e empilhar
execução os
do corte agricultores
a lenha,
foi umapesado e dedevem
dificuldadedifícil se deslocar
execução,
apontada pois17%
por até
toda aa cidade
atividade
dos foimais próxima
executada
entrevistados,
manual. Além disso, a maioria dos entrevistados não tinha experiência com produção florestal antes da
que cada
de forma
consideram ovez que um
trabalho, de cortar e empilhar a lenha, pesado e de difícil execução, pois toda a atividade foi executada de
caminhão
forma
demanual.
lenha
implantação sai do
do plano assentamento,
de manejo
Além disso,
gerando
(Tabela 1). De
a maioria
acordo com
dos esforço
entrevistados
custos extras
alguns autorespara os agricultores.
que estudaram
não tinha experiência
Este procedimento foi
o tema, a exploração
florestal é uma atividade que demanda muito físico, especialmente quando as com produção
operações florestale antes
são manuais,
a principal
da dificuldade
implantação do citada
plano depor 15%
manejo dos
(Tabela entrevistados.
1). De acordo com alguns autores que
a pouca experiência dos trabalhadores implica na redução da produtividade (FIEDLER et al., 1998), podendo estudaram o tema, a
Acausa
ser execução
exploração do
de florestal
acidentes
Conforme
corte
éde
uma foi uma
atividade
trabalho (CANTOquedificuldade
demanda
et al., 2007). apontada
muito esforçopor 17%
físico, dos entrevistados,
especialmente que consideram o
quando as operações
são manuais, e a informações da Tabela
pouca experiência dos4,trabalhadores
até o momento da realização
implica das entrevistas,
na redução foram explorados
da produtividade (FIEDLER et
trabalho, de três
apenas cortar
talhõese empilhar a lenha,
em Cuité e apenas pesado
um talhão nos e de difícil
demais execução,
locais. Esses pois todaque
dados demonstram a atividade foi executada de
não está sendo
explorado todo o .-
potencial
jun., 2018da área, pois, em Cuité, os planos de manejo foram elaborados no ano de 2007, com
forma Ci.
manual.
previsão deAlém
Fl., v. 28, n. 2, abr
explorar disso,
um talhãoa maioria dos entrevistados
por ano. Dessa forma, já deveriamnão tinha
ter sido experiência
explorados com produção florestal antes
oito talhões.
da implantação do plano
De acordo de manejo
com informações (Tabela
obtidas 1). De
com a equipe acordodecom
prestadora alguns
assistência autores
técnica,
aos tramites legais necessários à emissão das autorizações de exploração (AUTEX). Cada autorização tem
queé estudaram
esse atraso devido o tema, a
exploração florestal é uma atividade que demanda muito esforço físico, especialmente quando as operações
validade de um ano, e após a conclusão da exploração do talhão anual, é necessário protocolar o pedido de
AUTEX para o próximo talhão. Essa autorização só é emitida após os funcionários do órgão ambiental da
são manuais, e a poucarealizarem
Paraíba (SUDEMA) experiência dos
vistorias nos trabalhadores
planos de manejo. implica na redução
Como as vistorias demoram daa produtividade
serem realizadas, (FIEDLER et
al., 1998), podendo
a atividade ser
de exploração causa de
florestal acidentes
fica paralisadade trabalho
durante (CANTO
este tempo. Nesneet al., 2007).
contexto,
parte da SUDEMA, para acelerar a emissão das AUTEX, pode beneficiar os agricultores com a exploração de
a adoção de medidas por

umConforme
talhão a cadainformações
ano. da Tabela 4, até o momento da realização das entrevistas, foram explorados
Nos assentamentos pesquisados o manejo florestal ocupa, em média, 39% da área (Figura 3). Somando-
apenassetrês talhões
as áreas em Cuité
de manejo, e apenas
a Reserva Legal – RL ume Áreas
talhãode nos demais
Preservação locais. –Esses
Permanente APP, asdados demonstram
áreas que devem ser que não está
sendo explorado
mantidas com todo o
cobertura potencial da área,
florestal representam 63%pois, em Cuité,
da superfície os planos
dos assentamentos de manejo
estudados.
Estes dados corroboram os resultados de Silva, Soares e Pareyn (2008), que afirmam que, além dos
foram elaborados no ano
benefícios econômicos, a implantação de planos de manejo gera benefícios ambientais. Segundo os autores,
Ci. Fl., v. existem três aspectos fundamentais e inovadores na implementação do manejo florestal em assentamento. O
28, n. 2, abr .- jun., 2018
primeiro é a decisão coletiva de realizar o ordenamento do uso da terra. O segundo, que é consequência do
anterior, é o compromisso de designar, delimitar e proteger áreas destinadas à conservação (APP, Reserva
Legal), enquanto em assentamentos sem plano de manejo florestal esses compromissos inexistem, e nada
garante a conservação da cobertura florestal. A tendência geral é desmatar (para lavouras, pastagens e/ou
produção de lenha e carvão), gerando um passivo ambiental significativo (CARVALHO et al., 2000).
O manejo
O manejo florestal
florestal comunitário da
comunitário da Caatinga
Caatingaemem
assentamentos rurais...
assentamentos rurais... 737 743

al., 1998), podendo ser causa de acidentes de trabalho (CANTO et al., 2007).
de 2007, comConforme
previsãoinformações
de explorardaum Tabela talhão
4, atépor ano. Dessa
o momento forma, das
da realização já deveriam
entrevistas,ter sidoexplorados
foram explorados oito
talhões.apenas três talhões em Cuité e apenas um talhão nos demais locais. Esses dados demonstram que não está
De acordo
sendo exploradocom todoinformações
o potencial da obtidas comema Cuité,
área, pois, equipeosprestadora de assistência
planos de manejo técnica,noesse
foram elaborados ano atraso é
devidodeaos2007,
tramites legais necessários
com previsão de explorar àum emissão dasano.
talhão por autorizações
Dessa forma,de exploração
já deveriam ter(AUTEX). Cada autorização
sido explorados oito
talhões.de um ano, e após a conclusão da exploração do talhão anual, é necessário protocolar o pedido
tem validade
de AUTEX para De acordo
o próximocom informações
talhão. Essaobtidas com a equipe
autorização prestadora
só é emitida de assistência
após técnica, do
os funcionários esseórgão
atrasoambiental
é
devido aos tramites legais necessários à emissão das autorizações de exploração (AUTEX). Cada autorização
da Paraíba (SUDEMA) realizarem vistorias nos planos de manejo. Como as vistorias demoram a serem
tem validade de um ano, e após a conclusão da exploração do talhão anual, é necessário protocolar o pedido
realizadas, a
de AUTEX atividade
para o de exploração
próximo talhão. florestal fica paralisada
Essa autorização durante
só é emitida após oseste tempo. Nesne
funcionários do órgãocontexto,
ambientala adoção
de medidas por parte
da Paraíba da SUDEMA,
(SUDEMA) realizarempara acelerar
vistorias a emissão
nos planos das AUTEX,
de manejo. pode beneficiar
Como as vistorias demoram aosseremagricultores
com a exploração de um talhão
realizadas, a atividade a cada ano.
de exploração florestal fica paralisada durante este tempo. Nesne contexto, a adoção
deNos
medidas por parte da SUDEMA,
assentamentos pesquisados parao acelerar
manejoa emissão
florestaldasocupa,
AUTEX, empode beneficiar
média, 39%osdaagricultores
área (Figura 3).
com a exploração de um talhão a cada ano.
Somando-se as áreas de manejo, a Reserva Legal – RL e Áreas de Preservação Permanente – APP, as
Nos assentamentos pesquisados o manejo florestal ocupa, em média, 39% da área (Figura 3).
áreas que devem ser mantidas com cobertura florestal representam 63% da superfície dos assentamentos
Somando-se as áreas de manejo, a Reserva Legal – RL e Áreas de Preservação Permanente – APP, as
estudados.
áreas que devem ser mantidas com cobertura florestal representam 63% da superfície dos assentamentos
Estes dados corroboram os resultados de Silva, Soares e Pareyn (2008), que afirmam que, além dos
estudados.
benefícios econômicos,
Estes dados acorroboram
implantação de planosdede
os resultados manejo
Silva, Soaresgera benefícios
e Pareyn (2008),ambientais.
que afirmam Segundo
que, além dosos autores,
existembenefícios econômicos,
três aspectos a implantação
fundamentais de planos de
e inovadores namanejo gera benefícios
implementação ambientais.
do manejo Segundo
florestal emosassentamento.
autores, O
existem
primeiro três aspectos
é a decisão fundamentais
coletiva de realizare inovadores na implementação
o ordenamento do uso dadoterra.
manejo O florestal
segundo, emque
assentamento. O
é consequência do
primeiro é a decisão coletiva de realizar o ordenamento do uso da terra. O segundo, que é consequência do
anterior, é o compromisso de designar, delimitar e proteger áreas destinadas à conservação (APP, Reserva
anterior, é o compromisso de designar, delimitar e proteger áreas destinadas à conservação (APP, Reserva
Legal),Legal),
enquanto em assentamentos
enquanto em assentamentos semsemplano
plano de manejoflorestal
de manejo florestal esses
esses compromissos
compromissos inexistem,
inexistem, e nada e nada
garantegarante
a conservação da cobertura florestal. A tendência geral é desmatar (para lavouras,
a conservação da cobertura florestal. A tendência geral é desmatar (para lavouras, pastagens e/ou pastagens e/ou
produção de lenha
produção e carvão),
de lenha gerando
e carvão), gerandoum umpassivo ambientalsignificativo
passivo ambiental significativo (CARVALHO
(CARVALHO et al., 2000).
et al., 2000).
Infraestrutura Agricultura
1% 6%

Manejo
39%
sem
destinação
30%

RL
20% APP
4%
FIGURA 3: Usos
FIGURA 3: do
Usossolo nos nos
do solo assentamentos
assentamentosestudados.
estudados.
FIGURA
FIGURE 3:3:uses
Usosuses
Land do solo nosstudied
assentamentos
in studied
the estudados.
settlements.
FIGURE 3: Land in the settlements.
FIGURE 3: Land uses in the studied settlements.
AAagricultura
agricultura ocupaapenas
ocupa apenas 6%6% da da área, enquanto a pecuária extensiva ocupa 93% dos assentamentos,
A agricultura
sobrepondo-se
ocupa apenas 6% daárea,
área,enquanto
enquantoa pecuária extensiva
a pecuária ocupa 93%
extensiva dos assentamentos,
ocupa 93% dos assentamentos,
sobrepondo-se aos outrosusos,
aos outros usos,pois
pois existe
existe acesso
acesso dos dos rebanhos
rebanhos a todaaárea
todadaárea da propriedade,
propriedade, incluindoincluindo
as áreas as áreas
sobrepondo-se
manejadas,aos outros
Reserva usos,
Legal, APP pois
e existe
áreas sem acesso
destinação.dos rebanhos
Segundo Leite a toda
(2009), no
manejadas, Reserva Legal, APP e áreas sem destinação. Segundo Leite (2009), no Semiárido área da
Semiárido propriedade,
Paraibano, incluindo
o climaParaibano, as áreas
manejadas,
seco Reserva Legal,
restringe a expansão APP
da e áreas
agricultura sem destinação.
e a principal Segundo
atividade econômica Leite
é a pecuária (2009),
extensiva,
o clima seco restringe a expansão da agricultura e a principal atividade econômica é a pecuária extensiva, no
sendo Semiárido
comum Paraibano,
os animais ficarem soltos por toda a propriedade, cercando-se apenas as áreas de cultivo, utilizando a vegetação
o climasendo
seco restringe
comum os a expansão
animais ficaremda agricultura
soltos
nativa como fonte e alimento para os rebanhos. por todae a
a principal
propriedade, atividade
cercando-se econômica
apenas as é a
áreas pecuária
de extensiva,
cultivo,
utilizando a vegetação nativa como fonte e alimento para os rebanhos.
sendo comum os animais ficarem soltos por toda a propriedade, cercando-se apenas as áreas de cultivo,
CONCLUSÕES
utilizando a vegetação nativa pesquisados,
Nos assentamentos como fonte e alimento
há carência para osprodutivas
de atividades rebanhos.e os agricultores dependem de
recursos de programas sociais e do trabalho fora dos assentamentos para complementar a renda familiar.
O manejo florestal comunitário da Caatinga é uma alternativa de geração de trabalho e renda aos
CONCLUSÕES agricultores, porém, só garante o sustento das famílias durante um período do ano.
Ci. Fl., v. 28,Em
n. 2,cada
abr .-assentamento
jun., 2018 estudado, os agricultores definiram uma forma diferente de organização para a
Nos assentamentos
atividade. A exploração epesquisados, há foram
a comercialização carência de atividades
totalmente produtivas
individualizadas em Cuité ee coletivas
os agricultores
em dependem
Boqueirão, enquanto em Pocinhos a exploração foi individualizada e a comercialização coletiva.
de recursos de Oprogramas sociais
nível de satisfação comeodo trabalho
manejo variou fora dos
entre os assentamentos
assentamentos, paraemcomplementar
sendo que, Pocinhos 83% dos a renda familiar.
Oentrevistados
manejo florestal comunitário
estavam satisfeitos, da 50%
e em Cuité Caatinga é umadeclararam
dos agricultores alternativa de geração
não estarem de com
satisfeitos trabalho
a e renda aos
atividade.
agricultores, porém, só garante o sustento das famílias durante um período do
Apesar da alta demanda por energéticos florestais existente no estado da Paraíba, a falta de ano.
Em cada assentamento
licenciamento estudado, os
ambiental dos consumidores agricultores
contribui definiram
para os baixos preços uma forma
da lenha, diferente
prejudicando os de organização
agricultores que praticam o manejo de forma legalizada.
para a atividade. A exploração
A ampliação e a comercialização
da fiscalização forampara
e a adoção de procedimentos totalmente individualizadas
agilizar a emissão de AUTEX, porem parteCuité e coletivas
da SUDEMA, pode beneficiar os assentamentos que praticam o manejo sustentável da Caatinga.
Ci. Fl., v. 28, n. 2, abr Além de 2018
.- jun., benefícios econômicos, o ordenamento do uso do solo resultante da implantação do manejo
florestal traz vantagens ambientais devido à manutenção da cobertura florestal em 63% da área dos
assentamentos.

AGRADECIMENTOS
Garlet, A.; Canto, J. L.; Oliveira, P. R. S. 744

em Boqueirão, enquanto em Pocinhos a exploração foi individualizada e a comercialização coletiva.


O nível de satisfação com o manejo variou entre os assentamentos, sendo que, em Pocinhos 83%
dos entrevistados estavam satisfeitos, e em Cuité 50% dos agricultores declararam não estarem satisfeitos
com a atividade.
Apesar da alta demanda por energéticos florestais existente no estado da Paraíba, a falta de
licenciamento ambiental dos consumidores contribui para os baixos preços da lenha, prejudicando os
agricultores que praticam o manejo de forma legalizada.
A ampliação da fiscalização e a adoção de procedimentos para agilizar a emissão de AUTEX, por
parte da SUDEMA, pode beneficiar os assentamentos que praticam o manejo sustentável da Caatinga.
Além de benefícios econômicos, o ordenamento do uso do solo resultante da implantação do
manejo florestal traz vantagens ambientais devido à manutenção da cobertura florestal em 63% da área dos
assentamentos.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à Organização Sertaneja dos Amigos da Natureza – SOS Sertão e ao Fundo
Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO pelo apoio financeiro às atividades de campo.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Biomas brasileiros. [2015]. Disponível em: <http://www.mma.
gov.br/biomas/caatinga>. Acesso em: 20 maio 2015.
CANTO, J. L. et al. Avaliação das condições de segurança do trabalho na colheita e transporte florestal
em propriedades rurais fomentadas no estado do Espírito Santo Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 31, n. 3,
p. 513-520, 2007.
CAMPELLO, F. B. et al. Diagnóstico Florestal da Região Nordeste. Projeto Desenvolvimento Florestal
para o Nordeste do Brasil (Projeto IBAMA/PNUD/BRA/93/033). Brasília: IBAMA, 1999. (Boletim
Técnico, n. 2).
CARVALHO, A. J. E. et al. Potencial econômico dos recursos florestais em áreas de assentamento do
Rio Grande do Norte. 2. ed. Natal: MMA, 2000. 13 p. (Boletim Técnico, n. 1).
FIEDLER, N. C. et al. Avaliação da carga de trabalho físico exigida em operações de colheita florestal.
Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 22, n. 4, p. 535-543, 1998.
GARIGLIO, M. A. Manejo florestal sustentável em assentamentos rurais na Caatinga. Estatística Florestal
da Caatinga, Recife, v. 2, n. 2, p. 6-17, 2015
GARIGLIO, M. A.; BARCELLOS, N. D. E. O Manejo florestal sustentável em assentamentos rurais na
Caatinga: estudo de caso na Paraíba e Pernambuco. In: GARIGLIO, M. A. et al. (Org.). Uso sustentável e
conservação dos recursos florestais da Caatinga. Brasília: Serviço Florestal Brasileiro, 2010. p. 116-128.
IBGE. Quantidade e valor dos produtos da extração vegetal, por produtos, segundo
as grandes regiões e as unidades da federação - 2011. [2011]. Disponível em: <ftp://
f t p . i b g e . g o v. b r / P r o d u c a o _ A g r i c o l a / P r o d u c a o _ d a _ E x t r a c a o _ Ve g e t a l _ e _ d a _ S i l v i c u l t u r a
_[anual]/2013/pdf/tab02.pdf>. Acesso em: 02 mar. 2015.
INCRA. Números da reforma agrária. [2015]. Disponível em: <http://www.incra.gov.br/index.php/
reforma-agraria-2/questao-agraria/numeros-da-reforma-agraria>. Acesso em: 08 out. 2015.
LEITE, M. L. M. V. Avaliação de clones de palma forrageira submetidos à adubação e sistematização
de informações no Semiárido Paraibano. 2009. 186 f. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Universidade
Federal da Paraíba, Areia, 2009.
LIMA, S. F. Impactos territoriais da criação de assentamentos rurais: o caso dos PAs Timbó e Mata
Verde - Espírito Santo/RN. 2010. 157 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal da
Paraíba, João Pessoa, 2010.
MARQUES, M. W. C. F.; PAREYN, F. G. C.; FIGUEIREDO, M. A. B. A composição da renda
e a contribuição do manejo florestal em dois projetos de assentamento no sertão de Pernambuco.
Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 42, n. 2. p. 247-258, 2011.

Ci. Fl., v. 28, n. 2, abr .- jun., 2018


O manejo florestal comunitário da Caatinga em assentamentos rurais... 745

NDAGIJIMANA, C.; PAREYN, F. G. C.; RIEGELHAULPT, E. Uso do solo e desmatamento da Caatinga:


um estudo de caso na Paraíba e no Ceará - Brasil. Estatística Florestal da Caatinga, Recife, v. 2, n. 2,
p. 18-29, 2015.
RIEGELHAUPT, E. M.; PAREYN, F. G. C. A questão energética e o manejo florestal da Caatinga. In:
GARIGLIO, M. A. et al. (Org.). Uso sustentável e conservação dos recursos florestais da Caatinga.
Brasília: Serviço Florestal Brasileiro, 2010. p. 65-75.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Altas, 1985. 287 p.
SILVA, J. P. F.; SOARES, D. G.; PAREYN, F. G. C. Manejo Florestal da Caatinga: uma alternativa de
desenvolvimento sustentável em projetos de assentamentos rurais do semiárido em Pernambuco. In:
Associação Plantas do Nordeste (APNE). Estatística florestal da Caatinga, Recife, v. 1, n. 1, p. 6-17,
2008.
SUPERINTENDÊNCIA DE ADMINISTRAÇÃO DO MEIO AMBIENTE. Atualização do Diagnóstico
Florestal do Estado da Paraíba. João Pessoa: SUDEMA, 2004. 268 p.
TRAVASSOS, I. S.; SOUZA, B. I. Os negócios da lenha: indústria, desmatamento e desertificação no Cariri
Paraibano. GEOUSP – Espaço e Tempo, São Paulo, v. 18, n. 2, p. 329-340, 2014.
VIEIRA, J. M. S. Conservação da natureza e produção de conflitos ambientais: contradições do projeto
de manejo florestal comunitário no assentamento Brandão (PB). 2010. 83 f. Dissertação (Mestrado em
Ciências Sociais) - Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, 2010.

Ci. Fl., v. 28, n. 2, abr .- jun., 2018

Você também pode gostar