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NATIVA - SISNAT
José Roberto Soares Scolforo
Prof. Depto de Ciências Florestais, UFLA,
e-mail: scolforo@ufla.br
Cláudio Roberto Thiersch
Doutorando em Eng. Florestal, Depto de Ciências Florestais, UFLA,
e-mail: thiersch@ufla.br
Honório Kanegae Junior
Mestrando em Eng. Florestal, Depto de Ciências Florestais, UFLA,
e-mail: hkanegae@ksti.com.br
Antônio Donizete de Oliveira
Prof. Departamento de Ciências Florestais, UFLA,
e-mail: donizete@ufla.br
Flávio Henrique de Carvalho
Analista-Programador, KST INV. FTAL,
e-mail: fhc@ksti.com.br
Resumo
O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um software capaz de gerar
planos de manejo sustentável, a partir de diferentes procedimentos de inventário
florestal tradicional que fazem uso de parcelas, como no caso da vegetação de
cerrado, ou através do inventário 100%, no caso das florestas da Amazônia.
Dentre as principais funções em implementação no SISNAT, destaca-se o
mapeamento e o planejamento das áreas de trabalho a partir de uma carta
topográfica ou imagem de satélite, utilizando-se a tecnologia SIG - Sistemas de
Informações Geográficas, o processamento do inventário a partir de diferentes
processos de amostragem, as análises de regressão de modelos lineares e não
lineares incorporados no próprio software, os mais importantes índices para as
análises da vegetação, as simulações e definições das árvores remanescentes e
removidas utilizando o conceito de floresta balanceada; o planejamento da
exploração, possibilitando a delimitação da rede de estradas, ramais de arraste e
pátios de estocagem nos mapas; o monitoramento do desenvolvimento das
florestas a partir das parcelas permanentes e de regeneração natural; a definição
da viabilidade econômica dos planos; entre outras. Para que todas as entidades e
seus atributos pudessem relacionar-se de forma consistente no software, foram
utilizados conceitos de modelagem conceitual e lógica de banco de dados,
resultando num grande banco de dados relacional, onde todos os dados de
entrada e saída são armazenados de forma integra e segura, possibilitando total
rastreabilidade das informações geradas.
Abstract
The objective of the present work was to develop software capable of generating
strategies for sustainable management from different procedures of traditional
forest inventory that uses parcels, as in the case of the cerrado vegetation, or
through 100% inventory, in the case of the Amazonian forest. Amongst the main
functions of implementation into the SISNAT are: the mapping and planning of the
work area from a topographical map or satellite image, using GIS technology -
Geographic Information System, the inventory processing from different sampling
processes, the linear and non-linear regression analyses incorporated in the
appropriate software, the most important indices for vegetation analyses, the
simulations and definitions of the remaining and removed trees, using the concept
of balanced forest, the exploitation planning, enabling the delimitation of the road
net, branches of drags and stockage places on the maps, the monitoring of forest
development from permanent parcels and from natural regeneration, the definition
of the viability of the economic plans, etc. All the entities and their attributes could
be used, in a consistent form, as input in the software, by utilizing conceptual
modeling and the logics of the data base. This resulted in a large relational data
base, in which all input and output data were stored in an integral and safe way,
allowing complete traceability of the generated information.
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
Em que:
Ni : número de indivíduos vivos amostrados para a i-ésima espécie por
unidadede área (ha);
S
: número total de indivíduos vivos amostrados por unidade de área (ha);
∑N
i =1
i
S
: área basal dos indivíduos vivos amostrados por unidade de área (ha);
∑ DoA
i =1
i
S
: soma das freqüências absolutas das espécies vivas amostradas por
∑ FA
i =1
i
unidade de área (ha);
Para o seu cálculo, torna-se necessário obter o índice que expressa a qualidade
relativa do fuste (QRFi) e o índice que expressa a regeneração natural relativa
(RNRi).
Em que:
S
Ni, ∑N
i =1
i , s, IVIi, PsRi : já definidos anteriormente;
∑ PsA
i =1
i : soma das posições sociológicas absolutas das espécies vivas
∑ QAF :
i =1
i soma das qualidades absolutas de fuste das espécies vivas
amostradas.
S
∑
n. X 2 − N
Id = i =1
N.(N − 1)
Em que:
Id : índice de Morisita;
n : número total de parcelas amostradas;
N : número total de indivíduos por espécie, contidos nas n parcelas;
X2 : quadrado do número de indivíduos por parcela; e
s : já definido anteriormente.
∑X
n.
i =1
2
χ =
2
−N
N
Em que:
χ2 : valor de Qui-quadrado; e
n, N, s, X2 : já definidos anteriormente.
Dap (cm)
Para obtenção do novo valor para β1, utiliza-se a fórmula β1 = lnq [Xi − X(i +1) ] (3). Já
na obtenção do novo valor de β0, se o ajuste do modelo de Meyer for não linear,
40.000G rem
este pode ser obtido por β 0 =
π (
X 12 e β1X1 + X 22 e β1X 2 + ⋅ ⋅ ⋅ + X 2n e β1X n )
(4).
Caso o ajuste do modelo de Meyer seja linear, então o novo β0 poderá ser obtido
40.000G rem
como: β0 = ln
π( X12eβ1X1 + X22eβ1X 2 + ⋅ ⋅ ⋅ + X2maxeβ1X max ) (5); em que Xi: valor central da classe
de diâmetro, Grem é a área basal desejada para a floresta remanescente e Xmax é
o diâmetro máximo desejado para a floresta remanescente.
Para a definição do valor de “q”, deve-se considerar que quanto mais distante
este for do valor original, mais árvores serão retiradas do povoamento, para um
mesmo valor de diâmetro máximo e área basal remanescente.
Quando o valor admitido de “q”, for menor do que o valor original, um maior
número de árvores de menor diâmetro será removido. Já um valor de “q” maior
que o original implicará na remoção proporcional de um maior número de árvores
de maior diâmetro. Para a área basal remanescente desejada, quanto menor for
o seu valor, em relação à área basal da floresta, mais árvores serão removidas
do povoamento, para um mesmo valor de “q” e de diâmetro máximo.
Em relação ao diâmetro máximo desejado, quanto menor for seu valor, um maior
número de árvores será removido do povoamento, para iguais valores de “q” e
área basal remanescente na primeira intervenção. Se forem desejados menores
valores de diâmetro máximo para a nova floresta, então o tempo necessário para
atingir tais diâmetros será menor e o intervalo entre as intervenções será mais
curto.
Para uma espécie ter o seu número de indivíduos removido por classe de
diâmetro, pode-se considerar a título de exemplo restrições para as florestas
nativas da amazônia:
S S
NR = NE i D i ∑ NE i D i − ∑ NEDRDoR i D i .Fr
i =1 i =1
Em que:
NR : número de indivíduos a serem removidos por espécie e por
classe de diâmetro;
NEiDi : número de indivíduos (N) da i-ésima espécie (Ei) na i-ésima
classe diamétrica (Di);
S
: soma dos números de indivíduos (N) de todas as espécies (Ei)
∑ NE D
i =1
i i
na i-ésima classe diamétrica (Di);
NEDRDoRDi : número de indivíduos (N) das espécies (Ei) com densidade
relativa (DR) < 1 (raras), e/ou, dominância relativa (DoR) < 1,
na i-ésima classe diamétrica (Di); e
Fr : número de indivíduos a serem removidos na I-ésima classe de
diâmetro, conforme o procedimento de floresta balanceada.
Quando outros fatores forem considerados restritivos, estes também deverão ser
agregados à fórmula. Para exemplificar: no caso das espécies potenciais e das
não comerciais no Cenário 1, tem-se ΣNEDRDoRPotNComProibMorDmimDi, ou
seja, o número de indivíduos (N) das espécies (E) com densidade relativa (DR)
menor que 1, e/ou dominância relativa (DoR) menor que 1, além de todas as
espécies potenciais (Pot) e não comerciais (NCom), as espécies proibidas de
corte (Proib), as mortas em pé (Mor) e as com diâmetro menor que 45cm (Dmim)
na i-ésima classe de diâmetro (Di).
Para realizar uma análise econômica dos planos de manejo, o usuário deve
estabelecer um fluxo de caixa, identificando para cada custo e receita o ano de
sua ocorrência. Como critérios econômicos disponíveis no software o usuário
poderá optar pelo Valor Presente Liquido (VPL), Valor Presente Liquido
considerando séries infinitas (VPL inf), Taxa Interna de Retorno (TIR), Razão
Benefício Custo (BC), Custo Médio de Produção (CMPr) e a Renda Líquida
Periódica Equivalente (RLPE).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BROWER, J.E.; ZAR, J.H. Field and laboratoty methods for general ecology.
2. ed. Dubique: Win. C. Brown Publishers, 1977. 226p.