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Orientações Técnicas e Modelo de Projeto

As propostas de Projetos de Gestão Socioambiental deverão estar alinhadas à legislação vigente e


às diretrizes institucionais sobre o tema. Assim, sugerimos a consulta ao link a seguir que contém
informações para cada processo constituinte da Coordenação Geral de Gestão Socioambiental:
Referências Legais e Conceituais da Gestão Sociombiental .

Modelo de Projeto Completo

1. Título do Projeto:

INVENTÁRIO NACIONAL DE REFERÊNCIAS CULTURAIS (INRC): SABERES E PRÁTICAS TRADICIONAIS DOS


POVOS DAS ÁGUAS DA BAÍA DO IGUAPE

2. Unidade Proponente (UC, NGI, GR, CR ou Centro de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade):

RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DA BAÍA DO IGUAPE

2.1. Nome completo do responsável legal pela unidade proponente:

RAFAELA CRISTINA RODEIRO DE FARIAS

2.2. Contato (e-mail, ramal, fones, chat do teams):

E-MAIL: rafaela.farias@icmbio.gov.br

CELULAR: (22) 99945-9971

3. Responsável pela execução do projeto (ponto focal):

3.1. Nome completo:

BRUNO MARCHENA ROMÃO TARDIO

3.2. Formação/cursos relacionados:

CURSO DE GESTÃO SOCIOAMBIENTAL – GESTÃO PARTICIPATIVA, DO ICMBIO.

3.3. Contato (e-mail, ramal, fones, chat do teams+):


E-MAIL: bruno.tardio@icmbio.gov.br

CELULAR: (71) 992856988

4. Linha Temática (é possível marcar mais de uma):

( ) Formação de educadores ambientais (atores locais, incluindo gestores do SISNAMA) para que
atuem na elaboração de planos, projetos ou programas articulados com instrumentos e processos de
gestão pública da biodiversidade.

( ) Educação Ambiental nos processos de elaboração de Projetos Políticos Pedagógicos mediados


pela Educação Ambiental (PPPEA).

( ) Educação Ambiental com jovens e mulheres, voltada à gestão territorial, participação social,
cidadania, empoderamento e autonomia de atores estratégicos na gestão da biodiversidade.

( ) Educação Ambiental junto a comunidades escolares, tendo como referência a publicação do


ICMBio sobre o tema (ICMBio, 2016. Educação ambiental em unidades de conservação: ações
voltadas para comunidades escolares no contexto da gestão pública da biodiversidade, disponível em
https://www.icmbio.gov.br/educacaoambiental/images/stories/biblioteca/Publica%C3%A7%C3%B5e
s_da_COEDU/Educa%C3%A7%C3%A3o_Ambiental_em_Unidades_de_Conserva%C3%A7%C3%A3o_
web.pdf

(X) Eventos regionais de socialização e troca de saberes em práticas de desenvolvimento


socioambiental com componentes de Educação Ambiental.

( ) Educação Ambiental nos processos finalísticos do ICMBio, em especial: na produção sustentável,


monitoramento participativo da biodiversidade, turismo de base comunitária, gestão do fogo, plano
de manejo, gestão participativa e conselhos, gestão de conflitos de interface territorial e nos
processos de envolvimento das comunidades em ações locais de conservação da biodiversidade.

( ) Formação, renovação, monitoramento e/ou capacitação de Conselhos Gestores de Unidades de


Conservação.

( ) Processos voltados ao monitoramento da participação social na gestão pública da biodiversidade.

( ) Encontros que visem o alinhamento e intercâmbio de informações e experiências práticas sobre


gestão socioambiental e voluntariado nos processos e instrumentos de gestão sob responsabilidade
do ICMBio.

( )Elaboração de diagnóstico participativo de sobreposições entre unidades de conservação federais


e territórios de povos e comunidades tradicionais.

( ) Elaboração, implementação, monitoramento e/ou avaliação de Termos de Compromisso e outros


tipos de acordos entre o ICMBio e populações residentes ou usuárias de unidades de conservação
federais.
( ) Elaboração, implementação e avaliação de planos de gestão territorial e ambiental em conjunto
com populações tradicionais com territórios sobrepostos a unidades de conservação federais.

(X) Ações voltadas a levantamentos, estudos e diagnósticos acerca da diversidade de valores


históricos e culturais da natureza associados a paisagens e elementos da biodiversidade, incluindo
aspectos materiais e imateriais, a partir das perspectivas de diferentes grupos sociais.

(X) Processos voltados à negociação com vistas à construção e implementação de acordos, planos
específicos e outros instrumentos de gestão, relacionados à integração de valores culturais na gestão
de UC.

(X) Processos que promovam a leitura integrada das políticas de conservação da natureza com as
políticas de proteção do patrimônio e salvaguarda de bens culturais materiais e imateriais, bem
como da diversidade de manifestações populares existentes nas UC.

( ) Processos participativos de capacitação, planejamento, implementação, execução e


aperfeiçoamento do Programa de Voluntariado.

5. Resumo do projeto enfocando sua finalidade e contribuições para o processo de gestão da


unidade descentralizada

Os Povos das Águas da Baía do Iguape residem no Recôncavo Baiano, em quase


uma centena de comunidades pesqueiras, que abrigam mais de 5.300 famílias da
RESEX, chefiadas majoritariamente por mulheres. Desenvolvem basicamente a
mariscagem de ostras e sururus e a pesca de siris, camarões e peixes. Os saberes
sobre o mar e a navegação, as estratégias coletivas de pesca, o saber fazer dos
petrechos e embarcações, os aspectos religiosos, o artesanato, os cânticos e festas
populares, as expressões orais e nomenclaturas, os usos medicinais e litúrgicos da
natureza e a culinária, todos estes elementos centram-se no universo das águas.
Algumas destas referências são também endêmicas em vias de desaparecimento,
tais como os saberes sobre a construção e a navegação dos famosos saveiros à
vela ou a pesca de andarilho. A importância dos modos de vida destes povos
supera os valores intrínsecos da diversidade de seus saberes, pois se o ambiente
natural propicia ativamente os elementos necessários para a reprodução física e
cultural dessas comunidades, tais práticas e saberes, por sua vez, promovem a
conservação do ambiente da RESEX. Diante da ameaça aos territórios e aos modos
de vida destas comunidades, o presente projeto objetiva a elaboração de um
Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) para a RESEX, método
participativo e de reavaliação periódica desenvolvido pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional – IPHAN com o objetivo de registrar os saberes e
práticas de referências culturais (existentes ou extintas) de determinado recorte
territorial/político brasileiro. O INRC descreve, além dos próprios saberes e práticas,
quem são os seus detentores e os principais riscos e ameaças a cada referência
cultural. O INRC é o primeiro passo para a elaboração de políticas públicas
específicas para a proteção destas referências culturais, tais como Registros de
Bens de Natureza Imaterial. Esta proposta pretende ser executada pela RESEX
com suporte técnico do setor do IPHAN/BA, parceria que já traz resultados, como a
implementação do projeto “Biriba é pau, é madeira, biriba é pra plantar”, de
reflorestamento e manejo sustentável de madeiras relacionadas à produção de
instrumentos da Capoeira. A partir deste diálogo entre IPHAN, ICMBio e
comunidades, ficou evidente a urgência da elaboração deste INRC, sobretudo
porque a RESEX elabora o seu Plano de Manejo, que poderá prever ações
específicas de salvaguarda aos bens culturais de suas populações tradicionais
beneficiárias, objetos essenciais de proteção desta categoria de unidade de
conservação.

6. Justificativa do projeto

Com o avanço da monocultura e de grandes empreendimentos degradadores dos ambientes naturais


da Baía do Iguape, os povos das águas têm sido sujeitos a uma série de violências, conflitos
territoriais, precarização de suas economias e índices sociais, gerando um processo de migração das
comunidades para os centros urbanos ou fortalecendo a concepção de que o trabalho na pesca
artesanal é degradante e penoso, dificultando a adesão de jovens e crianças das comunidades ao
universo das águas e impedindo a transmissão geracional de seus saberes e práticas tradicionais,
ocasionando uma consequente fragilização da proteção da própria unidade de conservação.

Apesar de os aspectos históricos e culturais dos espaços urbanos do Recôncavo Baiano já terem sido
bem pesquisados, há poucos estudos centrados nas referências culturais que dizem respeito
especificamente a esta identidade cultural e aos modos de vida dos povos das águas. Estes povos,
em geral, são citados de forma coadjuvante na maioria das pesquisas ou apenas retratados quando
seus saberes e práticas culturais são relevantes para produtos midiáticos com viés
turístico-empresarial, folclórico ou enaltecimento de uma “identidade única” nacional.

Contudo, aperfeiçoar a gestão de uma Reserva Extrativista e a proteção dos modos de vida de suas
comunidades, conforme regulamenta a Lei 9.985/00 (SNUC), é ação que deve ser atravessada
inevitavelmente pela tentativa de retirar a concepção sobre “modos de vida” de um lugar de
generalizações, lugar este comumente utilizado para desqualificar a importância das políticas de
proteção dos povos e comunidades tradicionais. Identificar, registrar e descrever de forma dialógica e
participativa juntamente com as comunidades tradicionais os sentidos, valores e experiências vivas
de suas próprias referências culturais, descrevendo ainda suas ameaças ou melhores estratégias de
resgate, proteção e salvaguarda, são ações que facilitarão traçar melhores conexões entre a prática
da gestão da Reserva Extrativista através de seus instrumentos de ação e a efetiva proteção dos
modos de vida dessas famílias beneficiárias.

Pretende-se que produtos do INRC sejam utilizados como objetos de ações de proteção e
salvaguarda contemplados no Plano de Manejo da Unidade de Conservação; em programas de
Educação Ambiental e de desenvolvimento comunitário; em processos de revisão/complementação
do Perfil da Família Beneficiária; em processos de licenciamento ambiental, prevendo os impactos
efetivos nos modos de vida das famílias beneficiárias e definindo medidas mitigatórias ou
compensatórias para a sua proteção; em ações conjuntas com o IPHAN/BA para Registros de Bens de
Natureza Imaterial; ou em ações de comunicação da Reserva Extrativista com a sociedade em geral
sobre a relevância da manutenção dos recursos naturais e dos elementos culturais de suas
populações beneficiárias.

7. Objetivo principal do projeto: (explicitar como o projeto vai contribuir na ação de gestão que
atuará sobre a problemática/potencialidade socioambiental existente)

Elaborar um Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) Preliminar dos Povos das Águas da
Baía do Iguape com a finalidade de identificar e descrever os modos de vida dos povos e
comunidades tradicionais da RESEX, seus riscos e principais ameaças como forma de garantir através
dos instrumentos e ações de gestão da RESEX a proteção dessas referências culturais.

8. Equipe envolvida com a implementação do projeto (citar o nome dos responsáveis pela
implementação do projeto e também como se dará o envolvimento de demais servidores lotados
na unidade descentralizada).

8.1 Rafaela Cristina Rodeiro de Farias – Chefe da Reserva Extrativista

A servidora será responsável por articular o planejamento e execução do INRC com o


acompanhamento do Conselho Deliberativo e finalização da elaboração do Plano de Manejo,
sendo também responsável por representar o Instituto nos fóruns oficiais com outras
instituições parceiras, como o Setor do Patrimônio Imaterial do IPHAN/BA.

8.2 Bruno Marchena Romão Tardio – Chefe da Reserva Extrativista e Ponto Focal do projeto

O servidor será responsável por promover a execução do projeto, tais como elaborar
planejamentos e facilitar reuniões, oficinas comunitárias, monitorar os contratos dos serviços
ou aquisições dos materiais necessários para a elaboração do INRC, bem como organizar as
viagens dos servidores e parceiros envolvidos e coordenar, com a assessoria técnica do
IPHAN, a elaboração participativa do INRC, garantindo o envolvimento e a autonomia dos
povos e comunidades tradicionais beneficiários da Reserva Extrativista.

8.3 Marcus Vinícius Pinheiro Costa – ATA ICMBio coordenador de projetos de


Desenvolvimento Comunitário
O ATA desempenhará papel de mobilizador comunitário e interlocutor entre as agendas de
trabalho do projeto e as comunidades tradicionais, bem como o Conselho Deliberativo. O
ATA também facilitará grupos de discussão durante as oficinas e auxiliará na elaboração do
relatório final do projeto.

9. Atores sociais envolvidos na condição ambiental abordada no projeto: informar qual será o
público prioritário do projeto, justificando o porquê da escolha desses atores, sua relação com a
problemática/potencialidade socioambiental e uma estimativa da quantidade de pessoas
envolvidas com o projeto.

Os atores sociais envolvidos no projeto são as comunidades quilombolas e pesqueiras da RESEX


Marinha da Baía do Iguape. Essas comunidades residem no Recôncavo Baiano e são famílias
chefiadas majoritariamente por mulheres. Seus saberes centram-se no universo das águas. Algumas
destas referências são também endêmicas em vias de desaparecimento, tais como os saberes sobre a
construção e a navegação dos famosos saveiros à vela ou a pesca de andarilho. A importância dos
modos de vida destes povos supera os valores intrínsecos da diversidade de seus saberes, pois se o
ambiente natural propicia ativamente os elementos necessários para a reprodução física e cultural
dessas comunidades, tais práticas e saberes, por sua vez, promovem a conservação do ambiente da
RESEX. Diante da ameaça aos territórios e aos modos de vida destas comunidades, o presente
projeto objetiva a elaboração de um Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) para a RESEX
de forma que, quando da elaboração de seu Plano de Manejo, se poderão prever ações específicas
de salvaguarda aos bens culturais de suas populações tradicionais beneficiárias, objetos essenciais de
proteção desta categoria de unidade de conservação.

10. Parceiros e governança

Descrever se já existem parceiros no processo e qual será o papel de cada um, bem como a forma
que se dará o envolvimento e responsabilidades destes no processo. Como a unidade
descentralizada vem trabalhando com eles?

10.1 Conselho Deliberativo

O Conselho Deliberativo da Resex Marinha da Baía do Iguape é instância da Reserva


Extrativista de extrema atuação na gestão da unidade e acompanhará todo o processo de
elaboração do INRC, desde o planejamento à execução dos métodos, até a etapa final de
elaboração dos produtos, que deverão ser validados obrigatoriamente nesta instância
deliberativa.

10.2 Associação Mãe da Reserva Extrativista Marinha da Baía do Iguape


Esta Associação Civil foi criada com o objetivo de representar os interesses de todas as 99
comunidades pesqueiras da Reserva Extrativista (incluindo assinar o CCDRU da unidade) e é
regida por um Conselho composto por representantes titulares e suplentes de todos os
núcleos comunitários da Baía do Iguape. A Associação Mãe terá papel fundamental na
mobilização das bases comunitárias para discussão, relato e registro das referências culturais
da Resex e acompanhamento da execução e elaboração do INRC.

10.3 Superintendência do IPHAN/BA

A Superintendência do IPHAN/BA prestará apoio técnico ao projeto, através da colaboração


dos servidores do seu setor de Patrimônio Imaterial. A metodologia do INRC é uma
metodologia desenvolvida pelo IPHAN, que tem por objetivo a identificação das referências
culturais de um determinado território. Todas as etapas da execução do INRC seriam
acompanhadas por servidores capacitados da instituição. A aproximação do IPHAN/BA com a
Resex Marinha da Baía do Iguape iniciou a partir de tratativas para a implementação do
projeto “Biriba é pau, é madeira, biriba é pra plantar”, plano-piloto de reflorestamento e
manejo sustentável de madeiras relacionadas à produção de instrumentos musicais da
Capoeira no Recôncavo Baiano. A partir do diálogo gerado durante o empenho recíproco das
duas instituições para a salvaguarda dos bens culturais da região, ficou evidente a
necessidade e a conveniência da elaboração de um Inventário Nacional de Referências
Culturais (INRC) para os povos das águas da Baía do Iguape, sobretudo em momento em que
esta unidade de conservação elabora o seu Plano de Manejo.

11. Que outras iniciativas (projetos, ações, atividades) foram realizadas ou estão em execução na
unidade descentralizada relacionados à questão central da proposta do projeto? (Como a unidade
descentralizada vem trabalhando esse tema?)

Sim. Pensando na salvaguarda dos patrimônios culturais registrados presentes na Reserva Extrativista
Marinha da Baía do Iguape, a equipe da unidade de conservação, juntamente com o IPHAN/BA e a
Universidade Federal da Bahia – UFBA, elaboraram um Plano de Ação (com orçamento do próprio
IPHAN) denominado “Biriba é pau, é madeira, biriba é pra plantar”, que tem como objetivo executar
um modelo de reflorestamento e recuperação de área degradada no território quilombola do Guaí e
Girau Grande, com a implantação de Sistema Agroflorestal associado ao manejo florestal sustentável
para produção de biribas, cabaças, pandeiros, reco-recos e agogôs, bem como construção de viveiro
de mudas (para coleta e troca de sementes) para suprir de forma ambiental, social e
economicamente justa as demandas dos grupos de capoeira da Bahia por instrumentos musicais
essenciais à manutenção dos saberes tradicionais relacionados aos seguintes bens registrados pelo
IPHAN: Roda de Capoeira e Ofício dos Mestres de Capoeira. Estes instrumentos dialogam também
com outro bem cultural registrado, o Samba de Roda do Recôncavo, também bastante presente nos
quilombos beneficiários da Resex envolvidos no projeto. O curso de capacitação em manejo
sustentável de biribas em área florestal já foi realizado e a própria comunidade já iniciou o manejo,
monitoramento da sucessão florestal e a venda dos produtos florestais para fabricação artesanal dos
instrumentos musicais. O projeto encontra-se na etapa de construção do viveiro de mudas e preparo
do solo para a implantação de SAFs em áreas degradadas no entorno da Reserva Extrativista. Estes
sistemas agroflorestais terão como objetivos a produção de alimentos para as comunidades, a
recuperação de áreas de preservação permanente de relevância à proteção dos recursos hídricos da
Resex e também a produção de espécies madeiráveis para a confecção dos instrumentos musicais
relacionados às práticas culturais das comunidades.

12. É um projeto complementar ou de continuidade de outro projeto já existente (em execução ou


finalizado)? Se sim, com qual ou quais projetos?

Não.

13. Concepção metodológica do processo (A concepção metodológica é o modo de conceber e


organizar a ação, orientando as fases de planejamento, implementação, monitoramento e
avaliação). Na sequência, descrever os procedimentos metodológicos que serão utilizados em cada
atividade prevista.

13.1 Fase de planejamento

O planejamento interinstitucional para viabilização das oficinas será iniciado de forma virtual, através
de reuniões com a presença dos analistas do ICMBio, técnicos do IPHAN e representantes
comunitários para realizar os ajustes finais de mobilização e articulação das comunidades, bem como
realinhar as metodologias participativas a serem executadas na fase implementação.

No dia anterior a cada rodada de oficinas comunitárias, os servidores do ICMBio e do IPHAN


juntamente com o grupo de acompanhamento formado por representações comunitárias se reunirão
na sede da RESEX Marinha da Baía do Iguape para organizar os materiais, logísticas, preparação dos
locais e outras demandas finais para a realização das oficinas. Estarão presentes quatro servidores e
ATAs do ICMBio, dois servidores do IPHAN, quatro representantes comunitários do núcleo onde a
oficina será realizada.

13.2 Fase de implementação

A fase de implementação do projeto consiste na execução da etapa de Levantamento Preliminar do


INRC. Consistirá em uma fase preparatória para a pesquisa do Inventário Nacional de Referências
Culturais, através da realização de 3 (três) oficinas participativas com duração de um dia cada e
contando com a presença de 38 participantes. As oficinas têm por objetivos: 1. Construir a
compreensão dialogada a respeito do que é o INRC e sobre como será a execução do processo de
identificação e pesquisa nas comunidades; 2. Promover trocas de saberes a respeito do que são
referências culturais e a importância de preservá-las; 3. Realizar o levantamento preliminar e
mapeamento das referências culturais presentes nos territórios; 4. Elaborar listagem de detentores,
personagens e locais de referência de cada manifestação cultural; 5. Produzir o levantamento dos
riscos e ameaças a que estão submetidos os bens culturais identificados.
As metodologias participativas serão definidas em conjunto com os representantes comunitários na
fase de planejamento e os servidores do ICMBio capacitados em gestão socioambiental/gestão
participativa auxiliarão as comunidades na deliberação sobre os métodos adotados nas oficinas.

A partir das discussões e formulações produzidas durante as oficinas, a equipe de coordenação deste
projeto irá elaborar um inventário preliminar das referências culturais presentes entre os Povos das
Águas da Baía do Iguape. Este primeiro inventário servirá de subsídio para a realização de uma
pesquisa de campo, a ser realizada posteriormente em outro projeto, com o fim de descrever e
produzir registros fotográficos e audiovisuais das referências culturais desses povos. O relatório final
será apresentado em reunião ordinária do Conselho Deliberativo da RESEX Marinha Baía do Iguape
para ajustes e validação.

Pretende-se que este inventário preliminar seja incorporado nas discussões relativas à elaboração do
Plano de Manejo da Reserva Extrativista e demais instrumentos e ferramentas de gestão.

13.3. Fase de monitoramento e avaliação

O monitoramento do projeto será realizado a partir de alguns indicadores, sobretudo relativos ao


engajamento das comunidades tradicionais durante a sua execução. Serão descritos nos relatórios de
cada reunião o nível de participação do público, serão adotadas metodologias rápidas do grau de
satisfação dos participantes. Outro indicador utilizado para monitorar o desempenho do projeto será
a quantidade de pessoas presentes nas reuniões, monitorada através de lista de presença e, por fim,
o conselho deliberativo da RESEX irá, além de monitorar, avaliar o produto final do projeto em
reunião presencial do conselho para ajustes e validação.

14. Atividades que serão desenvolvidas

Descrever em ordem cronológica as principais atividades, buscando relação com os insumos e gastos
a serem executados no projeto. Atividades apoiadas por parceiros podem ser enumeradas. São
etapas importantes dos processos de gestão socioambiental: o diagnóstico, a sensibilização, a
mobilização e a realização de ações, conforme orientações institucionais do item 2.1. Segue abaixo
um exemplo de cronograma das atividades:

2023 2024

Atividade

Maio Jun Jul Ago Set out nov Dez Jan Fev Mar

1 X X
Reuniões
virtuais
de
planejam
ento

2 X
Reunião
prévia de
alinhame
nto e
primeira
oficina

3 X
Reunião
prévia de
alinhame
nto e
segunda
oficina

4 X
Reunião
prévia de
alinhame
nto e
terceira
oficina

6 Entrega X
do
relatório
parcial
para
validação
comunitá
ria
7 X
Validaçaç
oe
ajustes
durante
reunião
do
Conselho
Deliberati
vo da
RESEX

8 Entrega X
do
relatório
final do
projeto

15. Monitoramento e avaliação do projeto

Descrever como será avaliado o projeto durante sua execução, assim como, o alcance dos objetivos
propostos e os seus efeitos na gestão, apontando as estratégias de monitoramento e avaliação junto
ao público prioritário do projeto.

O monitoramento do projeto será realizado a partir de alguns indicadores, sobretudo relativos ao


engajamento das comunidades tradicionais durante a sua execução. Serão descritos nos relatórios de
cada reunião o nível de participação do público, serão adotadas metodologias rápidas do grau de
satisfação dos participantes. Outro indicador utilizado para monitorar o desempenho do projeto será
a quantidade de pessoas presentes nas reuniões, monitorada através de lista de presença e, por fim,
o conselho deliberativo da RESEX irá, além de monitorar, avaliar o produto final do projeto em
reunião presencial do conselho para ajustes e validação.

16. O que a unidade descentralizada prevê para dar continuidade às ações desenvolvidas pelo
projeto após seu término? Qual a perspectiva e estratégia de continuidade das ações?

Após a finalização do INRC, a unidade pretende incluir as informações registradas neste inventário
nos instrumentos de gestão da Reserva Extrativista, sobretudo no Plano de Manejo, e integrá-las aos
demais processos de gestão. Como o inventário trata de referências culturais, há uma perspectiva de
atualização periódica do INRC para reavaliação do status de salvaguarda de cada referência cultural
ou complementação das próprias referências (inclusão de novas referências ou melhor descrição das
referências culturais já inclusas no inventário). Ademais, o inventário será incorporado também nos
programas de conhecimento da Reserva Extrativista, figurando como uma importante ferramenta
para atrair novas pesquisas referentes aos modos de vida dos povos das águas da Baía do Iguape.

17. Memória de Cálculo

Indicar para cada atividade os insumos que demandarão apoio da CGSAM.

17.1. Reunião prévia de alinhamento e primeira oficina participativa

DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS CONSUMO

UNIDAD VALOR
QUANTIDAD
ITEM DESCRIÇÃO E DE UNITÁRIO
E VALOR
MEDIDA (R$)
TOTAL (R$)

Almoço (Tipo 1) - Sugestão: 1 suco de frutas;


2 frutas; 1 sanduiche frio, 1 opção doce:
biscoito, bolo ou rosca; b) Salada: 2 opções -
vegetais folhosos, vegetais crus e cozidos,
frutas da estação – 02 (duas) opções; c)
Guarnições: 3 opções - arroz branco ou com
vegetais (brócolis, cenoura, vagem, etc), feijão
simples (sem farinhas ou carnes tipos
charque, calabresa, bacon, etc), batata
assada, legumes sauté, legumes cozidos; d)
1. Pratos principais: 2 opções - bife acebolado Unidade 46 R$ 2.530,00
R$ 55,00
grelhado, frango com legumes, carne assada
ou frango grelhado ou assado; e) Sobremesas:
2 opções - salada de frutas, gelatina, frutas; f)
Bebidas: 2 opções de cada - refrigerante, suco
de fruta ou água com ou sem gás de 300ml.
SEMPRE CONSIDERAR OPÇÕES VEGANAS E
ZERO AÇÚCAR. PARA EVENTOS COM MAIS DE
1 (UM) DIA DE DURAÇÃO, VARIAR OS
CARDÁPIOS DIÁRIOS. INCLUSO MÃO DE OBRA
E UTENSÍLIOS.
Coffee Break (Tipo 1) - Sugestão: a) Bebidas:
café, chá, suco de fruta (02 tipos), refrigerante
(02 tipos tradicionais e 02 tipos diet/ligth); b)
Comidas: até 6 (seis) opções - pão de queijo,
pão da vovó, pão húngaro, pão de batata com
presunto e queijo, rosca calabresa, broa de
milho com gergelim, enroladinho de queijo
com orégano e tomate, enroladinho de
salsicha, enroladinho queijo e coco, religiosa
de frango, míni sonhos, míni croissants de
queijo, míni croissants com ervas finas, míni
croissants com gergelim e catupiry, míni
sanduíche natural, míni bom-bocado, míni
pudim, míni pizzas, míni rabanadas, Unidade R$ 28,00
2. 84 R$ 2.352,00
empadinha de frango, pastel de forno,
biscoito de queijo palito, biscoitos
amanteigados, frios variados fatiados, queijos
variados fatiados, rosquinhas de leite
condensado, barquetes de legumes, bolos
tipo inglês, formigueiro, laranja, chocolate;
queijadinha, quibe frito, croquetes de carne,
petit fours doces e salgados, frutas variadas
fatiadas, míni canapé. Frutas da estação
laminadas ou salda de frutas. SEMPRE
CONSIDERAR OPÇÕES VEGANAS E ZERO
AÇÚCAR. INCLUSO MÃO DE OBRA E
UTENSÍLIOS

Van (Tipo 1) - Com capacidade de 20 Unidade


passageiros, com motorista uniformizado, / Diária
3. 2 R$ 1.700,00
com celular e GPS, combustível e ar de 10 R$ 850,00
condicionado; horas

4. Diárias Unidade 10,5 R$ 300,90 R$ 3.159,45

5. Combustível (Diesel) Litro 47 R$ 5,50 R$ 258,50


TOTAL R$ 9.999,95

17.2. Reunião prévia de alinhamento e segunda oficina participativa

DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS CONSUMO

UNIDAD VALOR
QUANTIDAD
ITEM DESCRIÇÃO E DE UNITÁRIO
E VALOR
MEDIDA (R$)
TOTAL (R$)

Almoço (Tipo 1) - Sugestão: 1 suco de frutas;


2 frutas; 1 sanduiche frio, 1 opção doce:
biscoito, bolo ou rosca; b) Salada: 2 opções -
vegetais folhosos, vegetais crus e cozidos,
frutas da estação – 02 (duas) opções; c)
Guarnições: 3 opções - arroz branco ou com
vegetais (brócolis, cenoura, vagem, etc), feijão
simples (sem farinhas ou carnes tipos
charque, calabresa, bacon, etc), batata
assada, legumes sauté, legumes cozidos; d)
1. Pratos principais: 2 opções - bife acebolado Unidade 46 R$ 2.530,00
R$ 55,00
grelhado, frango com legumes, carne assada
ou frango grelhado ou assado; e) Sobremesas:
2 opções - salada de frutas, gelatina, frutas; f)
Bebidas: 2 opções de cada - refrigerante, suco
de fruta ou água com ou sem gás de 300ml.
SEMPRE CONSIDERAR OPÇÕES VEGANAS E
ZERO AÇÚCAR. PARA EVENTOS COM MAIS DE
1 (UM) DIA DE DURAÇÃO, VARIAR OS
CARDÁPIOS DIÁRIOS. INCLUSO MÃO DE OBRA
E UTENSÍLIOS.
Coffee Break (Tipo 1) - Sugestão: a) Bebidas:
café, chá, suco de fruta (02 tipos), refrigerante
(02 tipos tradicionais e 02 tipos diet/ligth); b)
Comidas: até 6 (seis) opções - pão de queijo,
pão da vovó, pão húngaro, pão de batata com
presunto e queijo, rosca calabresa, broa de
milho com gergelim, enroladinho de queijo
com orégano e tomate, enroladinho de
salsicha, enroladinho queijo e coco, religiosa
de frango, míni sonhos, míni croissants de
queijo, míni croissants com ervas finas, míni
croissants com gergelim e catupiry, míni
sanduíche natural, míni bom-bocado, míni
pudim, míni pizzas, míni rabanadas, Unidade R$ 28,00
2. 84 R$ 2.352,00
empadinha de frango, pastel de forno,
biscoito de queijo palito, biscoitos
amanteigados, frios variados fatiados, queijos
variados fatiados, rosquinhas de leite
condensado, barquetes de legumes, bolos
tipo inglês, formigueiro, laranja, chocolate;
queijadinha, quibe frito, croquetes de carne,
petit fours doces e salgados, frutas variadas
fatiadas, míni canapé. Frutas da estação
laminadas ou salda de frutas. SEMPRE
CONSIDERAR OPÇÕES VEGANAS E ZERO
AÇÚCAR. INCLUSO MÃO DE OBRA E
UTENSÍLIOS

Van (Tipo 1) - Com capacidade de 20 Unidade


passageiros, com motorista uniformizado, / Diária
3. 2 R$ 1.700,00
com celular e GPS, combustível e ar de 10 R$ 850,00
condicionado; horas

4. Diárias Unidade 10,5 R$ 300,90 R$ 3.159,45

5. Combustível (Diesel) Litro 47 R$ 5,50 R$ 258,50


TOTAL R$ 9.999,95

17.3. Reunião prévia de alinhamento e terceira oficina participativa

DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS CONSUMO

UNIDAD VALOR
QUANTIDAD
ITEM DESCRIÇÃO E DE UNITÁRIO
E VALOR
MEDIDA (R$)
TOTAL (R$)

Almoço (Tipo 1) - Sugestão: 1 suco de frutas;


2 frutas; 1 sanduiche frio, 1 opção doce:
biscoito, bolo ou rosca; b) Salada: 2 opções -
vegetais folhosos, vegetais crus e cozidos,
frutas da estação – 02 (duas) opções; c)
Guarnições: 3 opções - arroz branco ou com
vegetais (brócolis, cenoura, vagem, etc), feijão
simples (sem farinhas ou carnes tipos
charque, calabresa, bacon, etc), batata
assada, legumes sauté, legumes cozidos; d)
1. Pratos principais: 2 opções - bife acebolado Unidade 46 R$ 2.530,00
R$ 55,00
grelhado, frango com legumes, carne assada
ou frango grelhado ou assado; e) Sobremesas:
2 opções - salada de frutas, gelatina, frutas; f)
Bebidas: 2 opções de cada - refrigerante, suco
de fruta ou água com ou sem gás de 300ml.
SEMPRE CONSIDERAR OPÇÕES VEGANAS E
ZERO AÇÚCAR. PARA EVENTOS COM MAIS DE
1 (UM) DIA DE DURAÇÃO, VARIAR OS
CARDÁPIOS DIÁRIOS. INCLUSO MÃO DE OBRA
E UTENSÍLIOS.
Coffee Break (Tipo 1) - Sugestão: a) Bebidas:
café, chá, suco de fruta (02 tipos), refrigerante
(02 tipos tradicionais e 02 tipos diet/ligth); b)
Comidas: até 6 (seis) opções - pão de queijo,
pão da vovó, pão húngaro, pão de batata com
presunto e queijo, rosca calabresa, broa de
milho com gergelim, enroladinho de queijo
com orégano e tomate, enroladinho de
salsicha, enroladinho queijo e coco, religiosa
de frango, míni sonhos, míni croissants de
queijo, míni croissants com ervas finas, míni
croissants com gergelim e catupiry, míni
sanduíche natural, míni bom-bocado, míni
pudim, míni pizzas, míni rabanadas, Unidade R$ 28,00
2. 84 R$ 2.352,00
empadinha de frango, pastel de forno,
biscoito de queijo palito, biscoitos
amanteigados, frios variados fatiados, queijos
variados fatiados, rosquinhas de leite
condensado, barquetes de legumes, bolos
tipo inglês, formigueiro, laranja, chocolate;
queijadinha, quibe frito, croquetes de carne,
petit fours doces e salgados, frutas variadas
fatiadas, míni canapé. Frutas da estação
laminadas ou salda de frutas. SEMPRE
CONSIDERAR OPÇÕES VEGANAS E ZERO
AÇÚCAR. INCLUSO MÃO DE OBRA E
UTENSÍLIOS

Van (Tipo 1) - Com capacidade de 20 Unidade


passageiros, com motorista uniformizado, / Diária
3. 2 R$ 1.700,00
com celular e GPS, combustível e ar de 10 R$ 850,00
condicionado; horas

4. Diárias Unidade 10,5 R$ 300,90 R$ 3.159,45

5. Combustível (Diesel) Litro 47 R$ 5,50 R$ 258,50


TOTAL R$ 9.999,95

As etapas das reuniões virtuais de planejamento, das entregas dos relatórios parcial e final e a etapa
da validação pelo Conselho Deliberativo da RESEX não tem previsão de insumos.

VALOR TOTAL DO PROJETO: R$ 29.999,85

Maragogipe-BA, 16 de junho de 2023.

RAFAELA CRISTINA RODEIRO DE FARIAS

Chefe - Resex Marinha da Baía do Iguape

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