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1. Introdução.

2. O que é manutenção.

De uma forma simples, podemos entender manutenção como a atividade de manter os


equipamentos em funcionamento adequado para terem o desempenho para o qual os
mesmos foram projetados e construídos.

3. Tipo das Manutenções.

Não é exatamente uma novidade que não existe um modelo único de indústria. Afinal, cada
empreendimento precisa se adequar tanto às exigências do mercado em que atua quanto às
necessidades de seus clientes para ser capaz de se estabelecer.

Como não existe um modelo único de indústria, é fácil presumir que uma única solução em
manutenção não seria capaz de atender todos os negócios em operação.

Por esse motivo existem diferentes tipos de manutenção industrial. Assim, dependendo das
necessidades de uma indústria, ela pode adotar um ou mais, para garantir a eficiência de sua
produção.

Portanto, temos as seguintes manutenções:

 Corretiva;
 Preventiva;
 Preditiva;
 Produtiva Total.

4. Manutenção Corretiva.

É aquela que ocorre após uma pane em um equipamento ou sistema, e consiste em substituir
ou reparar componentes que falharam ou se desgastaram causando a parada ou desempenho
inaceitável desses equipamentos ou sistemas.

Essas situações geram bastante stress no pessoal envolvido, e demandam ações rápidas,
normalmente mais custosas que as ações planejadas e que requerem equipes disponíveis para
ações intensivas.

Com relação às equipes de manutenção, atualmente as mesmas tem caráter permanente


dentro da empresa, e previstas nos organogramas formais. No passado, tais equipes eram
constituídas para soluções emergenciais em caráter temporário, sendo compostas por
profissionais de dentro da própria empresa ou terceirizados.
5. Manutenção Preventiva.

É aquela que ocorre com o propósito de eliminar ou reduzir a possibilidade de pane de um


equipamento ou sistema, ou a perda significativa de sua performance, e é executada com base
em cronogramas de desempenho construídos conforme indicadores de funcionamento, que
normalmente estão inseridos nos manuais dos equipamentos. A manutenção preventiva
requer disciplina da organização para que ocorra dentro da periodicidade prevista.

São muitas as vantagens da manutenção preventiva, dentre elas estão redução de custos,
aumento da vida útil dos equipamentos e melhora da qualidade dos produtos.
6. Manutenção Preditiva

Esta se assemelha à anterior, ocorrendo da mesma forma, antes da ocorrência da pane.

Considera, contudo, o uso de programas especiais de acompanhamento do equipamento, que


permitem a detecção de mudanças no desempenho dos sistemas e equipamentos e
programadas intervenções com tempo hábil para evitar quebras ao mesmo tempo que se
atinge a maximização de sua vida útil.

7. Manutenção Produtiva Total

Manutenção Produtiva Total é uma filosofia, uma mudança de cultura para muitas empresas,
pois altera o modo de pensar sobre manutenção.

Baseia-se em 8 pilares:

1 – Manutenção Autônoma: Capacitação da mão de obra. Objetiva treinar e capacitar os


operadores para que os mesmos se envolvam nas rotinas de manutenção e nas atividades de
melhorias que previnem a deterioração dos equipamentos

2 – Manutenção Planejada: Foca no Quebra zero e no aumento da eficiência e eficácia do


equipamento. Atua sob três formas: planejamento das manutenções preditivas, preventivas e
paradas. Enquanto que as duas primeiras objetivam eliminar paradas, a terceira, quando é
necessária deve ser muito bem planejada a fim de proporcionar uma parada assertiva que siga
o cronograma e os custos planejados. Por isso é cada vez mais comum as empresas utilizarem
ferramentas de gestão de projetos aplicadas nas paradas.

3 – Melhorias Específicas: Objetiva reduzir o número de quebras e aumentar a eficiência


global do equipamento através do envolvimento de times multidisciplinares compostos por
engenheiros de processo, operadores e manutentores. Com um time de pessoas com
conhecimento diversificado, a chance de melhorias eficazes serem implantadas é muito maior.
4 – Educação e Treinamento: Elevar o nível e capacitação da mão de obra. Mão de obra
escassa e sem conhecimento é um dos grandes problemas industriais atualmente. Como
estamos em uma época direcionada à indústria 4.0 em que a tecnologia muda
constantemente, o problema se agrava mais ainda e o treinamento torna-se parte
fundamental do sucesso das empresas. A Educação e treinamento devem ser sistemáticos na
companhia.

5 – Manutenção da Qualidade: Zero Defeito, através do controle de equipamentos, materiais,


ações das pessoas e métodos utilizados. Hoje em dia podemos citar algumas ferramentas que
auxiliam neste processo como sistemas automáticos de inspeção e controle da qualidade
(sensores de visão, micrômetro laser e softwares online de controle estatístico de processo).

6 – Controle Inicial: Reduzir o tempo de introdução do produto e processo. Se baseia na


análise detalhada dos produtos e equipamentos antes mesmo de serem fabricados ou
instalados. O objetivo é focar a energia em criar produtos fáceis de fazer e equipamentos
fáceis de utilizar.

7 – Área Administrativa: Reduzir as perdas administrativas e criar escritórios de alta eficiência.


Como o departamento administrativo fornece recursos às atividades de produção, a qualidade
e a precisão das informações supridas por estes departamentos devem ser asseguradas.

8 – Segurança, Saúde e Meio Ambiente: Zero Acidente. Assegurar a segurança e prevenir


impactos ambientais adversos, além de serem fundamentais atualmente, motiva os
funcionários e faz com que a empresa conquiste mais clientes.

Contudo, somente a adoção de um ou mais tipos de manutenção descritos acima é insuficiente


para que tal atividade seja desenvolvida de forma eficiente e produtiva.

Para aumentar a produtividade dos equipamentos é preciso atacar as seis grandes perdas:

 quebras,
 ajustes,
 pequenas paradas / tempo ocioso,
 baixa velocidade,
 qualidade insatisfatória
 perdas com start-up.

A qualidade e produtividade relacionadas à atividade de manutenção estão associadas a um


conjunto grande de variáveis que necessitam ser trabalhadas inteligentemente.

Somente assim será possível atingir elevados percentuais de uso ininterrupto dos
equipamentos e sistemas, dando estabilidade, produtividade e confiabilidade ao sistema
produtivo

8. Lubrificantes

A lubrificação de máquinas e equipamentos industriais é uma ação de manutenção realizada


com o objetivo de ampliar a vida útil dos componentes desses instrumentos, maximizando a
durabilidade e melhorando a capacidade de desempenho no ambiente industrial.
As substâncias responsáveis pela lubrificação de máquinas e equipamentos industriais são os
lubrificantes, que podem ser líquidos, pastosos ou sólidos. Nesse processo, o lubrificante é
colocado em meio a duas superfícies, gerando uma película protetora que reduz os efeitos do
atrito entre as duas partes.

Além disso, no processo de lubrificação de máquinas e equipamentos industriais, o lubrificante


é o responsável pela limpeza dos componentes de uma estrutura mecânica, pela refrigeração
dessa estrutura, pela proteção contra o desgaste e pelo auxílio na transmissão de força e
movimento, reduzindo a necessidade de exaustão dos equipamentos e de suas peças.

Para produzir resultados benéficos, é importante que a lubrificação de máquinas e


equipamentos industriais seja realizada de forma correta. Se praticada de maneira não
eficiente, pode resultar na exposição dos componentes a altas temperaturas, gerando um
envelhecimento rápido das peças.

9. Lubrificantes Líquidos

Os lubrificantes industriais podem ser categorizados segundo o seu estado físico. Assim, eles
podem ser líquidos, que são os mais comuns na lubrificação industrial, como os óleos graxos,
aditivados, os sintéticos e minerais; pastosos ou graxas, que são usadas quando o óleo
lubrificante não é suficiente para manter a película lubrificante.

Eles também podem ser classificados segundo a sua origem, como minerais sintéticos e
semissintéticos, que são óleos solúveis em água.

Os óleos lubrificantes integrais não são solúveis em água.

Eles possuem muitas utilidades, tais como: óleos hidráulicos, óleo de barramento, óleo de
engrenagem, óleo para compressor, óleo pneumático, óleo integral de corte, fluido de corte
integral, estampagem e etc.

As principais características para um lubrificante industrial são o seu índice de viscosidade, os


pontos de combustão, de fulgor e a sua densidade.

9.1.1. Lubrificantes de Motor

Os lubrificantes são indispensáveis para um bom funcionamento de um motor de combustão


interna e merecem atenção diária dos operadores de máquinas agrícolas. Lubrificantes em
forma de óleo são classificados de acordo com sua viscosidade (SAE) e qualidade (API).

PLUS-50™ II
O Plus-50™ II (API CK-4) é um lubrificante de motor que permite maior intervalos de trocas em
seu equipamento John Deere, garantindo proteção máxima em motores de alta temperatura.
Formulado especificamente para inibir oxidação, depósitos, corrosão e desgaste com
excelente controle de fuligem; é alta tecnologia com baixo teor de cinzas para prolongar a vida
útil do filtro; reduz os custos de manutenção e o tempo de parada, por conta do maior
intervalo entre as trocas. Além disso, oferece maior controle de viscosidade em baixas e altas
temperaturas. Imagine a economia e a tranquilidade que o lubrificante de motores Plus-50™ II
traz ao garantir maior vida útil comparado aos óleos comuns do mercado.

9.1.2. Lubrificantes de Transmissão

O óleo lubrificante transmissão é um item muito versátil, encontrado nos mais diferentes tipos
de equipamentos e veículos. Sua versatilidade ocorre pelo fato de o óleo conseguir
desenvolver uma série de funções junto ao equipamento e ao veículo, por exemplo: consegue
auxiliar no controle da temperatura, ajuda na vedação e auxilia na limpeza dos componentes.
Além disso, o óleo lubrificante consegue também diminuir o atrito entre as peças, fazendo
com que estas se desgastem menos enquanto trabalham.
85W-90

O Óleo de Transmissão SAE 85W-90 é um óleo mineral multiviscoso com aditivação para
resistir à extrema pressão. Recomendado para lubrificação de engrenagens, transmissões,
reduções finais e diferenciais. Especialmente desenvolvido para resistir às condições mais
exigentes de trabalho, proporcionando a redução dos custos de manutenção. Garante
excelente proteção antidesgaste para engrenagens de transmissão, reduz perda de potência
nos diferenciais e possibilita mudança de marcha fácil e suave.

9.1.3. Lubrificantes Multifuncionais

Alguns fabricantes desenvolveram um óleo lubrificante chamado de universal ou


multifuncional, que possui um alto índice de viscosidade e aditivos que garantem boa proteção
a motores turboalimentados ou de aspiração natural, a todos os tipos de transmissão
mecânica convencional e também à maioria dos circuitos hidráulicos clássicos.

Muitos fabricantes de tratores atualmente indicam esse tipo de lubrificante para a transmissão
e sistema hidráulico.

HY-GARD™
Formulado com modificadores de atrito que proporcionam engate suave das marchas e alta
capacidade de frenagem com vibração mínima;

O conjunto de aditivos empregados no Hy-GARD™ é elaborado, exclusivamente, para a John


Deere e não é encontrado em nenhum óleo, no mercado;

O Hy-Gard™ é o único que ultrapassa as especificações JDM J20C.

10. Fluidos de Freio

O fluido de freio é o meio pelo qual a energia é transmitida entre o cilindro mestre, a unidade
de controle hidráulica e os freios das rodas. A tarefa do fluido de freio é garantir a transmissão
da pressão hidráulica para os componentes do freio dentro da faixa de temperaturas
operacionais especificadas.

Os fluidos de freios são classificados de acordo pelo Departamento de Transporte dos Estados
Unidos da América (Department of Transportation). Então, surgiu a nomenclatura DOT,
utilizada por varios fabricantes. Na tabela abaixo podemos ver os quatro tipos de freios e suas
principais caracteristicas:

Tabela 1 – Tipos de fluidos

Tipo de Fluido
Características DOT3 DOT4 DOT5/5.1
Ponto de Ebuliçao Seco [ºC] 205 230 260
Ponto de Ebuliçao Úmido [ºC] 140 155 180
Viscosidade Fria -40ºC [mm²/s] 1500 1800 900
Fonte: Departamento de Transporte dos Estados Unidos da América (2020)

Existem dois tipos de fluido: à base de glicol e à base de silicone. Os fluidos baseados em glicol
citados na tabela acima (DOT3, DOT4 e DOT5) são higroscápicos, ou seja, tendem a aborver
vapor d’água do ar e, com isso, alterar uma de suas características essenciais que é a
diminuição da temperatura de ebulição.

Os freios geram calor e o fluido, que é transmitido pelo sistema, pode provocar a formação de
bolhas de vapor d’água afetando o desempenho de todo o sistema de frenagem. O vapor é
compressivo e aumenta o curso do pedal ou, em alguns casos, não gera pressão suficiente.

Os fluidos baseados em silicone (DOT 5.1) não apresentam o problema de absorver vapor
d’água; porém, em altas temperaturas se tornam compressivos.

11. Fluido direção hidráulica

O óleo da direção hidráulica é muito útil para lubrificar os mecanismos de direção do carro.
Sendo assim, o bom estado desse fluido é essencial para que a condução do veículo funcione
harmonicamente.

Sendo responsável por lubrificar as peças do sistema hidráulico e controlar a temperatura dos
itens da caixa de direção, o óleo também conta com outras funções muito importantes.

Entre elas, a principal é produzir a força hidráulica necessária para auxiliar o motorista a
movimentar o volante, aliviando o peso e preservando a direção do automóvel. Assim, o óleo
contribui diretamente para a eficiência e a leveza de todo o sistema hidráulico.

12. Lubrificantes pastosos

Graxas são lubrificantes pastosos, compostos por um óleo mineral liquido e um espessante
(sabão metálico), que oferece uma consistência semelhante ao gel para manter o lubrificante
líquido no lugar. Por isso são classificadas pela consistência e pelo tipo de sabão.

Consistência é a resistência oferecida por uma graxa à sua penetração e é classificada pelo
NGLI em: 000, 00, 0, 1, 2, 3, , e 6. Quanto maior o número, mais consistente é a graxa.
De acordo com o sabão utilizado, as graxas podem ser à base de cálcio, sódio, alumínio,
lítio, etc.
Outra propriedade importante da graxa é o ponto de gota, que indica a temperatura em
que a graxa passa do estado sólido ou semi-sólido para o estado líquido. Na prática, esta
medida serve como orientação da temperatura máxima em que a graxa pode ser submetida
durante o trabalho.

A graxa de uso agrícola mais recomendada é a de consistência número 2, de sabão de lítio,


que reúne as características desejáveis como resistência à umidade, poeira, variações de
temperatura e altas rotações.

SKF - LGEP 2/1

A SKF LGEP 2 é uma graxa à base de óleo mineral espessada com sabão de lítio com aditivos
para pressões extremas. A graxa proporciona boa lubrificação em aplicações gerais submetidas
a condições rigorosas e vibrações.

13. Planos de manutenção preventiva

Um plano de manutenção preventiva é um documento (ou série de documentos) que


registram todas as atividades de manutenção preventiva, bem como a sua frequência,
periodicidade, localização do equipamento, materiais e peças que deverão ser utilizados e
quem são os profissionais responsáveis pela execução das atividades.

O plano de manutenção preventiva deve ser elaborado em forma de roteiro, em que servirá de
apoio para que todos os profissionais envolvidos com a manutenção possam realizar as tarefas
de forma padronizada, segura e com alto índice de qualidade.

No plano de manutenção preventiva deve constar todas as informações que instruam os


colaboradores de forma intuitiva e sirvam de base para tomada de decisões em tempo hábil.
Toda e qualquer tarefa do setor de manutenção deve ser planejada previamente, o
planejamento de ações está relacionado diretamente com a redução de custos de manutenção
e elevação de indicadores importantes como MTBF, Confiabilidade e Disponibilidade.

14. Custo de Manutenção

O cálculo do custo de uma operação agrícola pode ser determinado a partir da quantificação
de dois principais componentes: os custos fixos e variáveis. 

O modelo como são calculadas as variáveis dentro de cada componente muda conforme a
realidade de cada propriedade. É preciso considerar, por exemplo:

 a preexistência de um controle de dados das máquinas e implementos ao longo do


ano;
 gasto de combustível de cada trator nas diferentes operações;
 registro das informações de manutenção;
 quantidade de horas para as trocas de filtros e óleos.

Como você pode perceber, tudo isso acaba tornando a estimativa do custo operacional de
cada atividade mais preciso. 

Veja a seguir quais variáveis podem ser utilizadas para obter os valores dos custos fixos (CF) e
variáveis (CV) de cada operação e que somados possibilitam estimar o custo operacional total
(CT):

CT = CF + CV

Manutenção. O que é preciso saber? Uma discussão conceitual sobre a importância da e os


desafios da manutenção industrial Equipe Técnica SGS 2018

https://www.citisystems.com.br/pilares-manutencao-produtiva-total/

https://engeteles.com.br/tipos-de-manutencao/

https://www.bruhel.com.br/dicas/quais-os-tipos-de-lubrificantes-e-suas-aplicacoes-descubra-
aqui/

https://www.deere.com.br/pt/pe%C3%A7as-e-servi%C3%A7os/pe%C3%A7as/produtos-de-
manuten%C3%A7%C3%A3o/%C3%B3leos-lubrificantes/

https://www.grupocultivar.com.br/artigos/lubrificantes-especiais

https://www.skf.com/br/products/lubrication-management/lubricants/high-load-extreme-
pressure

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