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ATOS ADMINISTRATIVOS
2. (AGU – Procurador Federal – 2002.1) – Julgue os itens a seguir, referentes aos atos administrativos e ao
seu controle interno de legalidade.
I. Caso a Administração Pública tenha percebido que editou um ato administrativo ilegal, deverá anulá-lo
somente após comunicar o fato ao Poder Judiciário.
II. Os bens que, segundo a destinação, embora integrando o domínio público, como os demais, deles difiram
pela possibilidade de ser utilizados em qualquer fim, ou mesmo alienados pela administração, se assim
esta o desejar, são chamados bens de uso comum.
III. Em caso de ilegalidade do ato administrativo, a administração deverá revogá-lo ou anulá-lo.
IV. A um ato administrativo para cuja prática exige-se a conjugação de vontade de mais de um órgão da
administração denomina-se ato administrativo complexo.
V. O concurso público é ato-condição para a nomeação em cargo efetivo.
Resp:. e; e; e; c; c.
3. (AGU – Procurador Federal – 2002.2) – O ato administrativo é um ato jurídico, pois se trata de uma
declaração que produz efeitos jurídicos. Sendo ato jurídico, aloca-se dentro do gênero fato jurídico. Este
se define como qualquer acontecimento a que o direito imputa e enquanto imputa efeitos jurídicos. O fato
jurídico, portanto, pode ser um evento material ou uma conduta humana, voluntária ou involuntária,
preordenada ou não a inferir na ordem jurídica. Basta que o sistema normativo lhe atribua efeitos de
direito para qualificar-se como fato jurídico (Celso Antônio Bandeira de Mello. Curso de direito
administrativo. 14. ed. São Paulo: Malheiros, 2002, p.333 – com adaptações).
Em relação ao ato e ao contrato administrativo, julgue os itens seguintes.
I. Considere a seguinte situação hipotética. Um indivíduo inscreve-se em concurso público utilizando
documentos falsificados, pois não preenchia os requisitos legais para a inscrição. Como a falsificação não
foi descoberta, o criminoso logrou aprovação, nomeação e posse no cargo público. Entrou em exercício e
praticou diversos atos, que produziram os efeitos a que se destinavam, até o funcionário ser descoberto,
meses depois, quando, após o devido processo legal, tais atos foram anulados. Nessa situação, os atos
administrativos derivados da inscrição do candidato, até a descoberta da falsidade, foram inválidos, mas
eficazes.
II. O ato de nomeação de duzentos candidatos aprovados em concurso público é juridicamente classificado
como ato administrativo individual, embora plural (ou plúrimo).
III. Se determinado indivíduo se inscreve em concurso vestibular para ingresso em instituição federal de
ensino superior e vem a ser aprovado, o ato que o admite no corpo discente da instituição é de natureza
vinculada; por outro lado, mesmo os atos administrativos discricionários podem ser avaliados, em certos
aspectos, pelo Poder Judiciário.
IV. A revogação dos atos administrativos aplica-se àqueles que sejam válidos, mas que a administração
considere não mais cumprirem o interesse público; não cabe, portanto, revogação de ato administrativo
inválido; de outra parte, é perfeitamente admissível a revogação parcial de ato administrativo, se a parte
não revogada for subsistente por si mesma.
V. São contratos administrativos todos os contratos do Poder Público com particular, seja pessoa física ou
jurídica, para o atingimento de interesse público e sujeitos à legislação em vigor.
Resp:. c;c;c;c;e.
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4. (Ministério Público – DF – 2.002) – Quanto à invalidação dos atos administrativos, assinale a opção
correta.
a) Controle esterno pelo Poder Judiciário poderá alcançar o exame de mérito, desde que esteja sendo
questionada a prática de ato dentro dos limites traçados para a discricionariedade,
b) Controle interno da administração está sempre restrito a considerações de ilegalidade, em face da teoria dos
motivos determinantes.
c) A Administração detém o controle interno mais amplo, que lhe permite o desfazimento de seus atos por
considerações de mérito e de ilegalidade.
d) Controle externo pelo Poder Judiciário é mais amplo, pois se estende tanto aos aspectos de mérito quanto ao
exame da legalidade.
5. (MPF 20º Concurso – 2003) – Servidora de Tribunal Regional Federal, ocupante de cargo em comissão
cuja a exoneração se pode dar ad nutum, foi exonerada em razão de que parente seu, em segundo grau,
fora nomeado membro da corte. Demonstrando que, no caso, a nomeação do magistrado não impediria,
do ponto de vista jurídico, a permanência da servidora no cargo referido, assinale qual das alternativas
abaixo se mostra correta:
a) A exoneração em questão não pode ser revista pelo judiciário, pois se trata de ato descricionário;
b) O ato deve ser revogado pela própria Administração.
c) O ato pode ser anulado pela própria Administração, mas, tendo em vista ser discricionário, não está sujeito a
revisão judicial.
d) Levando em conta a teoria dos motivos determinantes, o ato pode ser anulado tanto pela própria
Administração quanto pelo Poder Judiciário.
6. (OAB/SP – nº 114) – Dos elementos dos atos administrativos (competência, motivo, objeto, forma e
finalidade) quais os que são sempre vinculados e que, por não ficarem sujeitos à discricionariedade do
agente administrativo, são susceptíveis de apreciação jurisdicional?
a) Objeto, motivo e forma.
b) Competência, motivo e forma.
c) Objeto, forma e finalidade.
d) Competência, forma e finalidade.
7. (OAB/SP – nº 112) – Em uma avenida estritamente residencial de São Paulo, foi construído, sem
autorização ou alvará de construção, um pequeno prédio com farmácia, banca de revista e armazém de
secos e molhados, que servem aos residentes vizinhos. A Administração Pública Municipal pode, sem se
socorrer do Judiciário, notificar o proprietário para que providencie a demolição do prédio?
a) Sim, porque ainda que sirva aos habitantes daquela zona residencial, a construção não cumpre totalmente a
sua função social.
b) Não, porque o direito de propriedade deve ser respeitado, eis que a construção cumpre uma finalidade social.
c) Não, porque os atos da Administração Pública têm imperatividade e exigibilidade, mas não executoriedade.
d) Sim, porque seus atos têm legitimidade, imperatividade e exigibilidade.
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d) O deferimento da licença para tratar de interesse particulares, prevista no Estatuto do Ministério Público
Federal, não é ato vinculado.
11. (Juiz de Direito substituto – Pará – 2002) - Julgue os seguintes itens, relativos aos atos administrativos.
I. O ato praticado com desvio de finalidade não é passível de convalidação, devendo ser anulado pela
própria Administração Pública ou pelo Poder Judiciário, ainda que se trate de ato discricionário.
II. Atos vinculados, atos exauridos e aqueles que gerem direitos adquiridos não poderão ser revogados pela
Administração Pública, ainda que sua prática manifeste-se inconvenientemente ou inoportuna para o
administrador.
III. Decorre da auto-executoriedade, atributo do ato administrativo, a prerrogativa de o Poder Público dar
efetividade a seus atos, sem que haja prévia autorização judicial.
IV. Concessão de aposentadoria compulsória, de aposentadoria voluntária e de alvará para construir são
exemplos de atos administrativos vinculados.
V. Competência, finalidade e forma são requisitos vinculados em todos os atos administrativos.
Resp:. c;c;c;c;c.
12. (TJRN – 2002) – A revogação de um ato administrativo discricionário pelo Poder Judiciário:
a) Pode ocorrer apenas em razão de vício de forma.
b) Pode ocorrer apenas em razão de vício de competência do agente.
c) Pode ocorrer apenas em razão de ilegalidade do objeto.
d) Pode ocorrer apenas em razão do desvio de finalidade.
e) Não pode ocorrer.
16. (Procurador do Estado da Bahia - 2002) – Em relação à competência para a prática de atos
administrativos, é incorreto dizer que:
a) Pode ser avocada, desde que autorizada por lei.
b) Decorre sempre de lei.
c) É inderrogável pela vontade da Administração.
d) É improrrogável pela vontade dos interessados.
e) Pode ser sempre delegada.
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III. O controle judicial dos atos da Administração está condicionado à exaustão das vias administrativas.
Com relação às afirmações acima, verifica-se que apenas a:
a) II e III estão corretas.
b) I está correta.
c) II está correta.
d) III está correta.
e) I e II estão corretas.
18. (MP-BA – 2001) – A respeito da anulação e da revogação do ato administrativo, é correto afirmar que a
administração pública pode.
a) Revogar seus próprios atos eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos, ou
anulá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
b) Anular e revogar seus próprios atos eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos, respeitados os direitos adquiridos; ao Judiciário competem a revogação e a anulação do ato
administrativo, em todos os casos.
c) Anular seus próprios atos eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos, ou
revogá-los, por meio de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos; ao Judiciário
competem a revogação e a anulação do ato administrativo, em todos os casos.
d) Revogar seus próprios atos, por meio de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
somente o Judiciário poderá anulá-los.
e) Anular seus próprios atos eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos, ou
revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
19. (Defensoria Pública da União – 2001) – Julgue os itens abaixo, relativos ao ato administrativo.
I. Ato administrativo que decide o processo administrativo, de qualquer natureza ou tipo, deve ser,
obrigatoriamente, motivado.
II. É factível, por ato judicial, a convalidação de ato administrativo que apresente vício sanável, desde que
não ocorra lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros.
III. Decreto e regulamento são expressões sinônimas: nomeiam duas espécies de ato administrativo que têm
a mesma natureza e o mesmo significado.
IV. O atributo da auto-executoriedade do ato administrativo decorre do princípio da supremacia do interesse
público, típico do regime jurídico-administrativo.
V. A discricionariedade decorre, muitas vezes, da adoção pelo legislador de conceitos jurídicos
indeterminados, que permitem ao administrador, no caso concreto, construir a solução adequada ao
interess público.
Resp:. e;e;e;c;c.
22. (MPF – 12º) Dentre as diversas espécies ou tipos de atos administrativos, podem ser mencionados os
conceituados a seguir:
a) ato complexo: aquele para cuja validade são exigidos, simultaneamente, requisitos formais e materiais;
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b) ato vinculado: aquele cuja prática é privativa de agentes públicos especialmente legitimados e que por isso não
pode ser delegada;
c) ato normativo: aquele que estabelece regras gerais e abstratas, para a correta aplicação da lei;
d) ato de império: aquele que, expressando a supremacia da administração, não está sujeito a controle ou
desfazimento judicial.
24. (MPF – 14º) - Sobre a finalidade, como requisito do ato administrativo, é correto afirmar:
a) Haverá vício de finalidade apenas e tão-somente no caso de o administrador praticar o ato
buscando um objetivo alheio ao interesse público, sendo irrelevante perquirir se o fim
específico inerente à natureza do ato foi perseguido;
b) Haverá vício de finalidade quando o administrador observar de maneira incompleta as
formalidades indispensáveis à existência do ato;
c) Haverá vício de finalidade quando o ato não estiver motivado;
d) Nenhuma alternativa é correta.
25. (MPF – 18º) - Sobre os atributos dos atos administrativos é correto afirmar:
a) a Administração, ao encontrar resistência do Administrado à execução de um ato administrativo,deve recorrer
sempre ao Poder Judiciário, tendo em vista o princípio elementar segundo o qual a ninguém é dado fazer justiça
com as próprias mãos;
b) O ato administrativo, tendo em vista a supremacia de poder inerente à Administração Pública, é dotado da
presunção jure et de jure de legitimidade;
c) A Administração, tendo em vista a imperatividade de seus atos, pode, unilateralmente,
constituir os administrados em obrigações;
d) Nenhuma alternativa é correta.
26. (MPF – 19º) - Sobre a extinção dos atos administrativos é correto afirmar:
a) A extinção do ato administrativo por motivos de conveniência e oportunidade, tendo em vista o primado da
supremacia do interesse público sobre o privado, opera com efeitos ex tunc;
b) A extinção do ato administrativo eivado de vícios de legalidade é de competência exclusiva do Poder Judiciário,
já que, pelo princípio da presunção de legitimidade dos atos dessa natureza, a Administração não pode anulá-los;
c) A extinção por razões de conveniência e oportunidade pode ser levada a efeito tanto pelo Poder Judiciário
como pela própria Administração, operando com efeitos ex nunc;
d) Nenhuma alternativa é correta.
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Analisando as afirmativas acima, verifica-se que :
a) todas estão corretas;
b) apenas a I e a II estão corretas;
c) apenas a I e a III estão corretas;
d) apenas a II e a III estão corretas.