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Lista de Exercícios - AV1

Nesta nossa lista de exercícios consta um banco de


questões, porém você só necessitará escolher 10 para
responder e postar como tarefa no campo avaliações
constantes no AVA. 
Seguindo a solicitação de alguns colegas disponibilizei o mesmo como link
do google docs, assim podem responder, mas será necessário anexar o
mesmo respondido como tarefa para atribuir nota. Caminho: AVA >
Avaliações > Lista de Exercícios (50% da AV).

Obs: O trabalho pode ser feito em equipe com até cinco componentes e
sendo necessário que somente um dos membros faça a postagem das
respostas, porém colocando no cabeçalho da folha de respostas os nomes
dos componentes, devendo ser entregue até: 

 AV1 o prazo será até dia 28/09.

Unidade 1

1. Globalização financeira. Como as motivações dos indivíduos, tanto dentro


quanto fora da organização ou empresa, definem os limites da globalização
financeira?

 Esse novo mundo global passa a exigir dos indivíduos muito mais agilidade e
cultura em termos globais. Além de entender de taxas de câmbios, os homens de
negócio precisam ter a capacidade de elaborar e checar estratégias globais.
Precisam compreender o movimento tecnológico transfronteira, possui
sagacidade política em países diferentes e estar cientes das questões do comércio
global e motivação subjacentes a clientes de todo o planeta. Com a globalização,
os gerentes precisam dispor não apenas de habilidades interpessoais, mas
também interculturais. Uma empresa que procura criar capacidade
organizacional global precisa, pois, indagar em que medida seus recursos
humanos estão preparados para atender a esse desafio. Quantos de seus gerentes
possuem essas competências globais. Quantos são sensíveis à cultura e
peculiaridade de cada mercado. Quantos são capazes de representar
adequadamente os interesses da empresa para uma plateia global. Que
percentual poderia ficar à vontade em um jantar com clientes importantes de
outros países. Que sistemas de incentivo podem estimular os funcionários a
motivar-se pelo mando e compartilhar as ideias em nível mundial. Como a
empresa pode criar uma mentalidade que respeite as condições locais e ao
mesmo tempo promova o pensamento global.
2. Dívida externa. O Banco Mundial compila e analisa regularmente a dívida
externa de todos os países do mundo. Como parte de sua publicação anual
sobre os Indicadores do Desenvolvimento Mundial (WDI, em inglês, World
Development Indicators). Vá ao web site indicado e encontre a
decomposição da dívida externa do Brasil, Argentina, México e Rússia
(Banco Mundial www.worldbank.org)

 BRASIL

 RUSSIA

 ARGENTINA
 MÉXICO

Unidade 2

3. Propriedade da empresa. Como a estrutura de propriedade altera os


objetivos e a governança de uma empresa?

 A estrutura de propriedade nas empresas pode estar relacionada a dois efeitos


ligados ao comportamento do gestor na direção do negócio: o alinhamento e o
entrincheiramento (CLAESSENS et al, 2002). Segundo os mesmos autores, o
efeito entrincheiramento ocorre quando o aumento da parcela da propriedade
torna o controlador menos dependente ao conselho de administração e a possível
aquisição hostil, possibilitando a expropriação dos minoritários. Em contra
partida, o efeito alinhamento apresenta um maior comprometimento com a
organização, pois a desvalorização da empresa reduziria a riqueza do
controlador e esse fato geraria um custo elevado comparado com os possíveis
benefícios privados oriundos de uma possível expropriação, assim, a hipótese
que orienta o trabalho é que quanto maior for à dispersão das ações ordinárias no
mercado acionário, maior será a possibilidade de controle do acionista
majoritário e mesmo do gestor, pois os minoritários poderão ocupar posição no
conselho de administração e assim propor políticas que melhorem o
monitoramento ou mesmo pedirem o funcionamento do conselho fiscal,
diminuindo a possibilidade de expropriação pelos controladores e possivelmente
criando valor para todos os acionistas.

CLAESSENS, S. et al. Disentangling the incentive and entrenchment effects of large shareholdings. The Journal of Finance,
Berkeley, v.57, n. 6, p.2741-2771, 2002
.

4. Separação entre propriedade e controle. Por que essa separação é tão


crucial para a compreensão de como as empresas são estruturadas e
administradas?

 É importante esclarecer que, segundo a Lei no 6.404/76 (Lei das Sociedades por
Ações), as empresas de capital aberto brasileiras têm como possibilidade emitir
novas ações até um certo limite sem que os acionistas controladores percam o
controle, sendo, assim, uma maneira de separar propriedade e controle. Os
grandes acionistas parecem utilizar esse mecanismo para manter o controle da
companhia sem ter de possuir 50% do capital total da empresa, alavancando sua
posição na mesma. A lei citada até 2001 permitia que as companhias emitissem
ações sem direito a voto (ações preferenciais) em uma proporção de até dois
terços do total das ações. Dessa maneira, o patamar mínimo para que os
acionistas controladores mantivessem o controle da empresa era de 16,3% do
capital total. Essa lei foi revogada após a aprovação da Lei no 10.303/2001, que
mudou a proporção máxima de ações ordinárias e preferenciais de dois terços
para 50%, implicando que o controle poderia ser mantido com um mínimo
25,5% do capital total. Essa mudança é aplicável para novas companhias de
capital aberto constituídas a partir de então, bem como para as empresas
fechadas que optassem por abrir seu capital. Entretanto, a regra antiga
permaneceu válida para empresas de capital aberto constituídas antes da nova
Lei. A disparidade da regra uma ação-um voto se torna maior com o uso das
estruturas indiretas de controle. Os modelos de regressão de dados em painel
apoiam a hipótese de que o valor da firma e o desempenho são relacionados
positivamente à concentração do fluxo de caixa, e são negativamente
relacionados à concentração de votos e à separação de direito de controle e
direito sobre o fluxo de caixa. Empresas cujo principal acionista é um membro
familiar são mais comuns no Brasil, e geralmente apresentam maior distância da
regra uma ação-um voto e menor valor e desempenho quando comparadas a
empresas controladas pelo governo, investidores estrangeiros e institucionais.

5. Objetivos da empresa: maximização da riqueza do acionista. Explique os


pressupostos e os objetivos do modelo de maximização da riqueza do
acionista.

 A maior integração econômica e financeira, o enfraquecimento das fronteiras


nacionais e a intensificação do comércio internacional, característicos da
globalização, têm exigido uma crescente adaptação das firmas aos novos
contextos de mercado. Inserida nesse cenário, a partir dos anos 90, de maneira
mais acentuada a partir de 1994, a economia brasileira passou a apresentar uma
dinâmica de concentração e reestruturação patrimonial, devidas aos processos de
privatização em vários setores industriais. Observam-se grandes mudanças em
variáveis estruturais e sociais no cenário econômico e político internacional, as
quais, associadas às políticas de estabilização econômica em países em
desenvolvimento e à volatilidade dos mercados financeiros por todo o mundo,
têm resultado numa concentração patrimonial e de capitais, por meio de
associações e combinações empresariais, dando origem a organizações de porte
e atuação mundial. Nesse cenário, as fusões e aquisições (F&As) têm
desempenhado um papel relevante na reconfiguração do sistema de produção
dominante, o Capitalismo.

6. Objetivos da empresa: maximização da riqueza dos stakeholders. Explique


os pressupostos e os objetivos do modelo de maximização da riqueza dos
stakeholders.

 Uma das principais atribuições dos executivos é elaborar e implementar um


modelo de gestão e um modelo de governança corporativa adequados à
corporação. Por trás dessa atribuição, há questões básicas e essenciais que
precisam ser antes respondidas para a escolha dos modelos de gestão e de
governança corporativa e o sucesso em sua implementação, entre as quais: qual
é o objetivo da empresa? Em função de quais interesses as organizações devem
ser geridas? Quais devem ser os critérios para a tomada de decisão e a avaliação
de desempenho? Como devem ser definidos os trade-offs1 entre os diversos
interesses conflitantes presentes nas corporações? Os sistemas de gestão devem
priorizar quais interesses em detrimento de outros? Duas funções-objetivo da
corporação se destacam na literatura de Administração de Empresas para
responder a essas questões: a teoria da maximização da riqueza dos acionistas2 ,
que defende que as decisões corporativas sejam tomadas visando sempre
maximizar o valor da empresa, e a teoria de equilíbrio dos interesses dos
stakeholders, que defende que as decisões sejam tomadas para equilibrar e
satisfazer os interesses de todos os públicos envolvidos com a corporação.

7. Pesquise qual o sistema de maximização da riqueza predomina no mundo e


o motivo, se o dos shareholders ou dos stakeholders.

Tendo por base a premissa de que no cerne da atual discussão sobre modelos de gestão e de
governança corporativa está uma notável divisão de opinião sobre o propósito fundamental da
corporação privada, a iniciativa do presente trabalho partiu da percepção de que a concepção
e a implementação de modelos de gestão e de governança corporativa eficazes dependem de
respostas a questões básicas e fundamentais, como: qual é o objetivo da empresa? No
interesse de quem devem ser tomadas as decisões? Como se define o que é melhor versus pior
para a corporação? O fato de não haver um consenso entre as pessoas do campo da
Administração de Empresas sobre a função-objetivo da corporação é um indicador da infância
da ciência da administração e da dificuldade de alcance de sucesso dos modelos de gestão e de
governança corporativa. O trabalho abordou de maneira crítica a teoria de equilíbrio dos
interesses dos stakeholders, apresentando suas origens, conceitos, aspectos positivos e
negativos, comparando-a com a teoria da maximização da riqueza dos acionistas e
apresentando uma abordagem unificadora proposta por JENSEN (2001). A análise enfatizou as
fragilidades conceituais da teoria dos stakeholders, levando à consideração da teoria da
maximização da riqueza dos acionistas como uma função-objetivo da corporação mais robusta
conceitualmente para o atendimento das três dimensões de interesse definidas:

• dimensão sociedade: o maior bem-estar social é alcançado quando todas as empresas em


um determinado ambiente procuram maximizar seu valor de mercado;
• dimensão empresa: as empresas obtêm máxima produtividade e eficiência quando possuem
uma única função-objetivo, dada pela maximização do seu valor de longo prazo;
• dimensão profissional: a teoria da maximização da riqueza dos acionistas dá aos executivos
um critério lógico para a tomada de decisão e para a avaliação de seu desempenho.
JENSEN, M. Value Maximization, Stakeholder Theory, and the Corporate Objective Function. Journal of Applied Corporate
Finance, [S.l], v. 14, n. 3, p. 8-21, Fall 2001.

8. Quais os princípios da Governança Corporativa e explique cada um deles.



Existem quatro princípios básicos que norteiam a governança corporativa:
transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.
Estes valores estão alinhados com o interesse de preservar o valor da empresa a
longo prazo por parte dos gestores. 
 Transparência: É mais comum do que pensamos encontrar empresas com
processos excessivamente burocráticos para o compartilhamento de dados e
informações. De maneira geral, a transparência consiste em disponibilizar
quaisquer informações a quaisquer partes interessadas. Na prática, é claro, é
preciso analisar cada situação caso a caso, pois algumas informações podem ser
de fato confidenciais. Contudo, a grande maioria dos dados solicitados por
funcionários, clientes ou até mesmo terceiros só são solicitados de forma
fundamentada. Ou seja, não há porque criar barreiras para o acesso a
informações úteis e que, se disponibilizadas de maneira transparente, podem
otimizar a organização e a gerência do negócio.
 Equidade: Equidade não é sinônimo de igualdade. A palavra significa tratar a
todos igualmente, respeitando suas diferentes necessidades. Os sócios e
acionistas, por exemplo, possuem diferentes deveres, interesses e expectativas
conforme sua participação na empresa. É preciso levar essas diferenças em
consideração ao mesmo tempo em que se mantém o tratamento justo e
isonômico a todos eles.
 Prestação de Contas: Também conhecido pelo termo em inglês accountability,
a prestação de contas caminha lado a lado ao princípio da transparência. Um
bom agente de governança presta contas sobre sua atuação de modo claro,
conciso e compreensível. Ele assume as consequências de seus atos, sejam elas
positivas ou negativas. É uma tarefa que denota o comprometimento e a
responsabilidade da empresa para com as boas práticas de gestão.
 Responsabilidade Corporativa: O último princípio desta lista parece, à
primeira vista, óbvio. Cuidar da saúde econômica das organizações, prezar pelo
desenvolvimento profissional e mental dos colaboradores da empresa e procurar
minimizar os eventuais impactos negativos fazem parte do princípio da
responsabilidade corporativa. O agente de governança deve estar atento, em seu
plano de negócio, aos aspectos financeiros, intelectuais, sociais e ambientais,
para citar apenas alguns. Essa atenção se dá a curto, médio e longo prazo.

9. Melhorias na governança corporativa de mercados emergentes. Nos últimos


anos, as EMNs de mercados emergentes melhoraram suas políticas de
governança corporativa e se tornaram mais propícias aos acionistas. O que
você acha que está impulsionando este fenômeno?

As EMNs possuem forte poder econômico, político e cultural e impactam as
vidas de bilhões de pessoas todos os dias – muitas vezes de formas complexas e
imperceptíveis. Dentro das nações em que operam, exercem influência política
para obter subsídios, reduzir suas cargas tributárias e moldar regulamentos.
Essas empresas, em virtude do seu poderio, podem ser capazes de colocar
nações umas contra as outras, com vistas a alcançar vantagens do ponto de vista
de um ambiente regulador favorável, cabe ressaltar que algumas. EMNs
ultrapassam Estados em montante de transações financeiras e receitas. O
relatório publicado pela organização não governamental (ONG) Global Justice
Now contém uma classificação das maiores economias globais em 2015,
contemplando empresas e Estados.1 Entre as cem maiores economias do mundo,
69 eram EMNs, o que corrobora sua importância e a relevância do tema nas
agendas dos governos, bem como sua inclusão nas pautas de negociações
internacionais. O investimento direto estrangeiro (IDE), realizado pelas EMNs,
pode ajudar a alavancar a economia e elevar o padrão de vida nos países
hospedeiros, contribuindo com a criação de empregos, a capacitação da mão de
obra, o desenvolvimento de tecnologia e a distribuição de riqueza nesses países.
Além disso, o IDE pode servir como canal a partir do qual as indústrias
nacionais conseguem acessar os mercados internacionais, vinculando-se a EMNs
e cadeias globais de valor.

10. Falhas na governança corporativa de mercados desenvolvidos. Quais foram


as principais causas das recentes falhas na governança corporativa nos
Estados Unidos e na Europa?

 A a governança corporativa no Brasil ainda não está difundida, sendo apenas


utilizada para tratar de problemas que já são ultrapassados nos Estados Unidos e
Europa. Aqui no Brasil, a governança corporativa ainda está muito associada à
resolução de conflitos (controladores x minoritários; acionistas x gestores). Isso
ocorre porque a estrutura de capital das empresas de capital aberto no Brasil está
cheia de falhas na legislação, abrindo espaços a alguns questionamentos que
ainda estão sem solução. A própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
está se tornando cada vez mais madura para estabelecer limites de poder e em
prol de uma administração e gestão mais transparente. Práticas da governança
corporativa em países desenvolvidos ajudam para reger diretrizes de
transparência e relacionamentos com a empresa. No Brasil ainda estão sendo
discutidas questões como valor a ser pago pelo acionista no caso de venda do
controle da empresa (tag along), onde a Governança Corporativa pode ser usada
para propor soluções a este tipo de conflito que ocorre nas empresas.

11. Propriedade de base familiar. Quais são as principais diferenças nos


objetivos e motivações de empresas de propriedade de famílias em
comparação a empresas de capital aberto e com participação acionária
pulverizada?

Um importante campo dos estudos organizacionais é aquele que tem como objeto a análise do
desempenho organizacional. As pesquisas têm diferentes questionamentos que compreendem
desde o conceito (geração de lucros, agregação de valor, dentre outras) até questões
referentes a dimensões internas que possam afetar o desempenho. A pesquisa aqui relatada
insere-se nessa dimensão e busca avaliar como a estrutura da propriedade pode ser um
determinante do desempenho das organizações. A estrutura da propriedade das empresas é
estabelecida em duas dimensões. A concentração da propriedade é a primeira delas e refere-
se ao número de ações detidas por um acionista ou por grupo de acionistas.
A estrutura da propriedade das empresas é estabelecida em duas dimensões. A concentração
da propriedade é a primeira delas e refere-se ao número de ações detidas por um acionista ou
por grupo de acionistas. A segunda dimensão é a identidade do acionista majoritário, ou seja, a
categoria que detém o controle acionário da empresa: família, governo, banco, investidor
institucional ou companhia não-financeira. As empresas apresentam diferentes estruturas de
propriedade, como número maior de ações em mãos de um acionista ou a presença de
famílias ou bancos como acionistas majoritários. Pode-se esperar que cada tipo de acionista
tenha interesses distintos e que a concentração da propriedade implique autonomia decisória
que determine todas as demais decisões na esfera organizacional. Pode-se esperar, ainda, que
as diferenças nas estruturas de propriedade sejam resultado de uma racionalidade (no sentido
da existência de uma razão) cujos determinantes possam ser estabelecidos e que o
desempenho organizacional seja o mais importante. Os custos de agência podem ser
estabelecidos em duas dimensões.

A primeira refere-se aos custos de monitoramento, aqueles necessários para monitorar a


condução dos negócios. O monitoramento é necessário para alinhar as ações dos
administradores aos interesses dos acionistas. Os custos de monitoramento são maiores em
organizações com grande número de acionistas, porque um grande número de informações
deve ser dado a um grande número de pessoas. A segunda dimensão, a dos custos de agência,
é relativa ao oportunismo dos administradores, que é derivado das dificuldades de controle
por parte dos acionistas. Coibir o oportunismo gera custos, pois implica ações legais, maior
sofisticação dos contratos e outras sanções ao comportamento dos administradores. Os custos
de tomada de decisão coletiva devem-se à heterogeneidade dos participantes, o que acaba
por gerar custos no processo decisório. Em uma estrutura de propriedade pulverizada, os
custos de negociação entre os diferentes acionistas, com distintos interesses e percepções da
forma de condução dos negócios, podem ser elevados. Quando a propriedade é concentrada
em um grupo homogêneo, os interesses convergem e os custos de tomada de decisão são
menores. Por fim, os acionistas incorrem nos custos relativos ao risco. Os custos de agência e
de tomada de decisão são provenientes do controle na condução dos negócios. Os custos do
risco são advindos dos negócios. Com a propriedade concentrada, tais riscos concentram-se no
grupo de proprietários, e a dispersão da propriedade reduz os riscos individuais.

12. Valor da boa governança. Os mercados parecem estar dispostos a pagar


por uma boa governança?

O Novo Mercado é um segmento no qual as empresas devem se comprometer com a adoção


de práticas de governança corporativa e disclosure adicionais em relação ao que é exigido pela
legislação. Sua principal inovação, em relação à legislação, é a proibição de emissão de ações
preferenciais. Porém, essa não é a única, pois as empresas que ingressarem no Novo Mercado
têm como obrigações adicionais, resumidamente: • realização de ofertas públicas de
colocação de ações por meio de mecanismos que favoreçam a dispersão do capital;

• manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações representando 25% do capital;


• extensão para todos os acionistas das mesmas condições obtidas pelos controladores
quando da venda do controle da companhia;
• estabelecimento de um mandato unificado de um ano para todo o Conselho de
Administração;
• disponibilização de balanço anual seguindo as normas do US GAAP ou IAS;
• introdução de melhorias nas informações prestadas trimestralmente, entre as quais a
exigência de consolidação e de revisão especial; • obrigatoriedade de realização de uma oferta
de compra de todas as ações em circulação, pelo valor econômico, nas hipóteses de
fechamento do capital ou de cancelamento do registro de negociação no Novo Mercado; e
• cumprimento de regras de disclosure em negociações envolvendo ativos de emissão da
companhia por parte de acionistas controladores ou administradores da empresa.

Unidade 3

13. O padrão ouro e a oferta monetária . Sob o padrão ouro, todos os governos
nacionais prometiam seguir as “regras do jogo”. Isso significava defender
uma taxa de câmbio fixa. O que essa promessa implica sobre a oferta
monetária de um país?

O Brasil com suas grandes oscilações e volatilidade econômicas torna-se um


ambiente propício para a constatação do uso de políticas monetárias. Tanto é,
que em um curto espaço de tempo, o país oscilou entre políticas expansionistas e
contracionistas. Geralmente, em países mais desenvolvidos, a oscilação entre
políticas se dá em espaços longos de tempo, não sendo raro um país
desenvolvido passar mais de uma década sem grandes alterações na condução da
política macroeconômica.

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