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Courses Tecnologia Blade
Courses Tecnologia Blade
3 - Prós e contras
Note que entre as principais vantagens dos blade servers estão a possibilidade de instalar mais
servidores no mesmo espaço físico e a redução do volume de trabalho consumido pelo
cabeamento e pela manutenção dos servidores. Os blade servers não são necessariamente mais
baratos (pelo contrário), de forma que, em ambientes onde o espaço não é problema, usar
servidores tradicionais, em gabinetes 1U ou 2U acaba fazendo mais sentido, já que eles são
quase sempre mais baratos e oferecem melhores possibilidades de expansão.
Por isso, antes de decidir pelo uso ou não de servidores blade, o melhor a fazer é analisar
cuidadosamente os prós e os contras dessa arquitetura de implementação de servidores. Quais
as vantagens e desvantagens de se utilizar servidores em arquitetura Blade em comparação à
arquitetura convencional?
No próprio NextG, o tema surgiu no Fórum Arena Digital, onde foram feitos comentários sobre a
realidades do dia-a-dia dessa nova tendência tecnológica. Acredita-se que ela veio para ficar e
para revolucionar os data centers. Mas em geral, só se fala a respeito das vantagens de migrar o
CPD para a arquitetura blade. Isso tende a deixar inseguros os profissionais que precisam tomar
uma decisão. Será que não existem problemas a serem enfrentados na implementação dessa
solução?
O fato é que as desvantagens certamente existem, embora não sejam tão divulgadas quanto as
vantagens. Alguns itens costumam ser usados como bandeira para essa tecnologia, como a
densidade de servidores e de serviços, a implementação rápida, a facilidade de manutenção, a
escalabilidade, a alta disponibilidade flexível, além das ramificações planejadas.
No entanto, algumas desvantagens que podem ser encontradas nessa arquitetura seriam: custo
inicial muito alto, ficar vinculado aos fornecedores até o preenchimento da blade center, e
inclusive a inflexibilidade. Mas se a flexibilidade é uma vantagem dos blades, o que devemos
entender por “inflexibilidade”? É o seguinte: quem deseja ligar somente uma máquina, é obrigado
a comprar um switch de fibra para blade completo. Além disso, existem também as vantagens
“questionáveis”, ou seja, ganho de espaço, organização de cabos, e seguir a onda do
ecologicamente correto, que não são válidas para todas as empresas.
O fato é que as empresas estão adotando os blades porque eles simplificam os datacenters e
melhoram a eficácia, o que se traduz em implementações mais rápidas, em comparação aos
servidores tradicionais em rack. Eles também têm o potencial de dobrar a capacidade
computacional dentro do mesmo espaço físico.
Uma característica da arquitetura blade é a flexibilidade de chassi, com portfólio de três chassis,
que podem operar com blades e comutadores comuns. Outra vantagem são os baixos custos de
energia e de refrigeração.
Com o IBM BladeCenter, a empresa pode chegar a economizar até 19% com custos de energia.
No aspecto performance, o produto da IBM garante uma largura de banda até 40% maior por
blade. Além disso, a conexão Ethernet 10Gb da IBM oferece até dez vezes mais performance,
para garantir um ambiente operacional intensivo de I/O.
O IBM BladeCenter foi desenvolvido para proteger o investimento, sempre que a infra-estrutura
precisar se expandir e o negócio crescer. A IBM incentiva seus clientes a jogarem fora os cabos e
a se juntarem a milhares de empresas que estão recuperando o controle das suas
infra-estruturas.
Tendência forte
As empresas que desenvolvem produtos para a arquitetura blade acreditam tão fortemente nessa
tendência que criaram a Blade.org (www.blade.org) organização colaborativa e comunidade de
desenvolvimento. Seus objetivos são servir de liderança para o mercado de servidores blade e
encorajar a colaboração entre seus membros e consumidores, a fim de expandir o ecossistema
blade e acelerar o crescimento e a adoção de soluções e tecnologias no mercado.
Uma das empresas que se integrou à iniciativa há pouco mais de um ano é a APC, fornecedora
líder mundial em soluções e serviços para ambientes críticos de energia e refrigeração. Sua
expertise nas áreas de energia, refrigeração e eficiência energética contribui com o comitê no
desenvolvimento de soluções de ponta para servidores blade. A companhia foi eleita como
membro-diretor da Blade.org e integra o corpo diretivo da organização.
Como membro do conselho de diretores, a APC trabalha com a associação para influenciar e
promover o direcionamento do mercado de servidores blade e também para encorajar a criação
de novas ofertas para esse nicho.
Energia e refrigeração
• Identificar as necessidades de energia e refrigeração dos clientes que utilizam servidores blade
Atualmente, o comitê para energia e refrigeração Blade.Org dispõe de uma série de seminários
on-line sobre energia. Esses seminários têm como foco ajudar os clientes a compreenderem
como suprir adequadamente soluções baseadas em tecnologia blade, a fim de incrementar a
performance e reduzir os custos e o consumo de energia.
A APC é reconhecida por seu conhecimento técnico em energia e refrigeração para ambientes de
alta densidade. Sua mais nova oferta, a solução para refrigeração InfraStruXure InRow permite
que os usuários possam reduzir o custo e os impactos ambientais relacionados à manutenção de
seus sistemas de TI de alta densidade. Além disso, os softwares da APC permitem que os
usuários possam monitorar quaisquer anormalidades no ambiente do data center, assegurando
assim a mais alta eficiência e eliminando interrupções dispendiosas.
Redução de custos
Uma das vantagens que o gestor de TI mais busca é a redução de custos. As soluções capazes
de garantir isso acabam levando vantagem na hora da decisão. E esse é o caso da tecnologia
blade. Um dos produtos que garante o objetivo de fazer mais com menos é o IBM BladeCenter,
que segundo a companhia foi criado para fornecer aos profissionais de TI uma nova maneira de
fazer economia. Comparada com uma típica solução 1U, por exemplo, a solução IBM BladeCenter
para racks de 2 - 42U reduz os cabos de alimentação de 84 para 12. Os cabos Ethernet são
reduzidos de 168 para 48. Os cabos KVM vão de 84 para seis (utilizando cabeamento ACT). Os
comutadores passam de 6 boxes para 1 (utilizando cabeamento ACT). Os cabos de interconexão
KVM saem de cinco para zero. E os cabos de conexão de gerenciamento passam de 84 para
seis, uma redução de até 83%.
Ferramentas de gerenciamento inteligente e simplificado reduzem os custos de gerenciamento.
Podem ser reduzidas horas de instalação, implementação e reimplementação. Fácil
escalabilidade modular permite fazer aquisições conforme crescimento. Requisitos (e custos) para
espaço, energia, cabeamento e refrigeração podem ser diminuídos.
O IBM BladeCenter, também de acordo com o fabricante, protege os investimentos existentes.
Seu design permite fácil expansão. O IBM Director, aperfeiçoado para gerenciamento blade,
reúne toda a infra-estrutura em um único console (licença necessária para hardware não-IBM). O
IBM BladeCenter também pode ser acoplado a racks de servidores já instalados em qualquer
ambiente. O produto torna as vantagens econômicas da tecnologia blade padrão de mercado uma
realidade do dia a dia.
2 - Conceituação
Para conceituar a arquitetura blade, uma das maneiras é partir de um exemplo. Uma arquitetura
blade pode ter a seguinte configuração: um chassi com pouco mais de 30 cm de altura e 14 baias
em seu painel frontal, suportando a instalação de 14 servidores em cada um, podendo ter um ou
dois processadores e até 8 GB de RAM. Esse chassi, surpreendentemente, ocupa apenas sete
espaços (U´s) de um rack, enquanto o padrão de indústria é de 42 U´s nesse mesmo espaço.
Assim, a arquitetura blade permite ter o dobro de poder de processamento, ou seja, 84 servidores
e 168 processadores no mesmo espaço.
Esse exemplo mostra que os servidores blade compactos e de troca a quente se ajustam a um
único chassi, em que cada um é um servidor independente, com processadores próprios,
memória, armazenamento, controladores de rede, sistema operacional e aplicativos. O servidor
blade desliza para dentro da baia do chassi e se conecta ao painel traseiro ou do meio,
compartilhando energia, ventilação, drives de disquete, comutadores, portas e outros servidores
blade.
Os benefícios da abordagem blade são evidentes para quem executa tarefas de descarregar
centenas de cabos que passam pelos racks, apenas para adicionar e remover servidores. Com
unidades de comutadores e energia compartilhadas, pode-se liberar um espaço significativo –
servidores blade permitem maior densidade com muito mais facilidade.
Com inúmeros blades de servidor de alto desempenho em um único chassi, a tecnologia blade
alcança altos níveis de densidade. É possível até mesmo uma expansão maior por intermédio de
módulos de opção. Desempenho e densidade são equilibrados, impulsionando a infra-estrutura de
utilização otimizada.
Todo esse desempenho e densidade são altamente econômicos. Quanto mais densidade, menos
racks e menos componentes duplicados. O número de cabos é reduzido drasticamente: em
alguns casos, por exemplo, as unidades de distribuição de comutadores e de energia também
diminuem. Menos componentes significam um menor número de itens que podem falhar ou
precisar de conserto. Assim, a escalabilidade modular ajuda a dispersar os custos de
equipamento de capital ao longo de tempo. Muitas despesas cotidianas, como os requisitos de
alimentação de energia e refrigeração, as horas de montagem e de instalação e a área de
ocupação física, foram analisadas para serem reduzidas ao máximo com a arquitetura blade.
Implementação rápida
Na tecnologia blade, novos servidores são implementados apenas inserindo blades nos chassis,
por meio de controles deslizantes. Cada servidor blade se conecta a componentes de
infra-estrutura do chassi, de forma que a maioria dos projetos de servidores blade não exige a
conexão por meio de uma série de cabos em cada servidor, como no modelo tradicional.
Escalabilidade e flexibilidade
Servidores blade são revolucionários na maneira como escalam. A inclusão de um novo servidor
normalmente envolve uma nova unidade blade ou de multiprocessador que é inserido em uma
baia de chassi. O blade desliza rapidamente. Sua infra-estrutura se expande. Módulos opcionais
dentro do chassi permitem adicionar recursos compartilhados que já estavam conectados
externamente. O design modular da tecnologia blade permite escalabilidade a uma velocidade
incrível.
A tecnologia blade foi criada para reduzir as antigas limitações impostas por designs
convencionais de servidor, nos quais cada servidor podia acomodar apenas um tipo de
processador. Cada blade em um chassi é realmente um servidor de estrutura independente,
executando seu próprio sistema operacional e software. Tecnologias sofisticadas de alimentação
de energia e refrigeração podem manter uma composição de blades, com variação de
velocidades e tipos de processadores. E rapidamente essa tecnologia de desenvolvimento
oferece proteção futura ao investimento.
Milhões de dólares
A HP apresentou uma nova arquitetura blade que pode gerar para os clientes economia de
milhões de dólares nos data centers. Após três anos de desenvolvimento, o HP BladeSystem
c-Class apresenta inovações nos recursos de virtualização, energia e resfriamento e
administração do sistema, capazes de reduzir tanto os custos operacionais, quanto os de capital
em 46%, em comparação a uma implementação típica de data center.
O HP BladeSystem permite que os usuários conectem os recursos de computação uma única vez
e depois os modifique mesmo em operação, ajustem dinamicamente os níveis de energia e os
mecanismos de resfriamento para reduzir o consumo e aumentar a produtividade administrativa
em até dez vezes.
O HP BladeSystem c-Class também é modular. Dessa forma, ele possibilita que empresas de
todos os tamanhos iniciem com servidores HP ProLiant e Integrity, soluções de armazenamento
HP StorageWorks em clientes blades para, posteriormente, adicionar com flexibilidade aplicações
e produtos de terceiros que ampliem os data centers, conforme necessário.
Com o novo design, um data center típico pode observar em um período de três anos: uma
economia de até 41% na aquisição do sistema; uma economia de até 60% nas instalações do
data center; e uma economia de até 96% no tempo de configuração inicial do sistema. O portifólio
HP BladeSystem é um elemento importante na solução Adaptive Infrastructure da HP, que ajuda
os clientes a promover a evolução de seus ambientes de computação, a reduzir os custos das
operações de TI e a oferecer serviços de mais alta qualidade.
Ecossistema HP BladeSystem
Alguns dos parceiros de hardware e aplicação envolvidos com o lançamento da c-Class são:
AMD, Blade Network Technologies, Brocade, Cisco Systems, Citrix, Emulex, Intel®, Mellanox,
Microsoft®, Novell, Oracle, PolyServe, QLogic, Red Hat, SAP, VMware e Voltaire.
A IBM também acredita que em todos os setores da indústria, no mundo todo, as empresas estão
jogando fora seus cabos e trocando pelo IBM BladeCenter com tecnologia de processamento Intel
Xeon Dual-Core e Quad-Core. Dessa forma, elas libertam-se coletivamente de uma rede
emaranhada e complexa.
1 - Tecnologia Blade
Recentemente, a Petrobras ocupou as manchetes dos principais jornais do Brasil por ter
ultrapassado a Microsoft, em termos de valor de mercado. O destaque da empresa petrolífera,
que ocupa hoje a confortável posição de terceira maior empresa das Américas, deveu-se
obviamente a uma série de fatores, mas a tecnologia também é um deles.
O sistema adotado pela companhia é a tecnologia blade: cada servidor funciona como uma
espécie de blade ou disco sem cabos ou mesmo mecanismos de rede. O gabinete, chamado
bladecenter, compartilha os recursos com os servidores. Cada gabinete comporta até 84
equipamentos. O resultado é a simplificação da infra-estrutura, que tornou possível reduzir o
tamanho do cluster em função do pequeno espaço disponível no centro de dados.
Como as demais companhias podem se valer do mesmo recurso, para conseguir chegar a
resultados tão surpreendentes quanto os da Petrobras é o desafio desse tema.
No segundo semestre de 2007, o evento Data Center World, realizado no Texas, EUA, alertou
para um forte aumento na demanda por eletricidade. Fabricantes de hardware, software e
empresas de armazenamento de todo o mundo reuniram-se para discutir tendências desse
segmento. Uma delas foi o uso de blade servers em data centers. Os servidores blade diminuem
a necessidade de espaço físico para armazenar a mesma quantidade de dados.
No entanto, essa prática contribui para elevar o consumo de energia por metro quadrado em data
centers e, conseqüentemente, também demanda novas técnicas de refrigeração do espaço, já
que há mais máquinas em operação por metro quadrado com o uso de blade servers. Nesse
tema, serão analisados os prós e os contras dessa tecnologia, o uso dos servidores blade por
empresas de todos os portes e o momento de surgimento desse conceito.
Ainda assim, apesar desses números impressionantes, os blades atualmente são em grande
parte relegados a aplicações de nicho dentro do data center. Devido a restrições no design que
reduzem o poder de processamento, a taxa de transferência de I/O e a memória integrada, os
blades são limitados nas opções de implementação e são mais adequados para os segmentos da
Web e aplicações leves.
Mais performance
Um dos fatores que contribui para o sucesso dos blades é a sua luta diária de diretores de
informática e gerentes de TI com orçamentos cada vez mais enxutos e custos ascendentes. Isso
os leva a considerar a possibilidade de adicionar ou substituir sistemas em rack ou blades em
seus data centers, porque a tecnologia de servidor existente não está se alinhando com suas
estratégias de negócios. Em geral, as empresas precisam de mais performance, para eliminar
gargalos e reduzir a indisponibilidade; maior eficiência, para obter mais desempenho com custos
menores de energia e refrigeração e maior densidade computacional; gerenciamento aprimorado
do sistema, para simplificar a integração, o gerenciamento e a coexistência com a infra-estrutura
existente, além de aumento da longevidade, para expandir e crescer sem interrupção.
Esses pré-requisitos muitas vezes superam a capacidade dos blades atuais. Alguns deles foram
projetados para atender às demandas de aplicações menores e serviços da Web, nos quais as
organizações preferem expandir sua infra-estrutura adicionando mais blades.
Quando se trata de aplicações maiores e mais críticas, bem como cargas de trabalho de bancos
de dados, essas mesmas empresas preferem optar por uma abordagem de escalabilidade
vertical, que tem o objetivo de responder ao aumento da necessidade de capacidade com a
implementação de servidores em rack cada vez mais poderosos, mas que também consomem
mais espaço e energia.
Com o advento dos processadores multicore, porém, essas distinções estão começando a
desaparecer. Com o ganho de popularidade dos processadores multicore, o desempenho dos
servidores blade pode começar a se aproximar — e até superar em alguns casos — os níveis
encontrados em servidores para rack, tradicionalmente mais poderosos. Daqui para frente, os
servidores blade poderão lidar com as cargas de trabalho associadas às grandes aplicações
empresariais, pelo menos sob a perspectiva da CPU.
Obstáculo inicial
Mas o poder de processamento não é suficiente para fazer com que os servidores blade estejam
aptos a solucionar todas as necessidades empresariais. Com mais ciclos de CPU, a taxa de
transferência de I/O e a conectividade de rede são requisitos que assumem maior importância.
Em outras palavras, a largura de banda do backplane dos blades precisa ser aumentada para
evitar a formação de gargalos no sistema. Além disso, no I/O do gabinete a agregação precisa
suportar diferentes tipos de interconexão, incluindo 10 Gigabit Ethernet, Gigabit Ethernet, Fibre
Channel e Infiniband.
O aumento do poder de processamento não só muda os requisitos de I/O como também cria uma
necessidade crescente de usar a energia com mais eficiência. Essencialmente, a maior densidade
computacional gera mais calor e pede mais eficiência na refrigeração. E os fabricantes de blades
precisam responder melhorando isso no design do gabinete sem comprometer a redundância ou a
confiabilidade.
Alguns blades também representam um obstáculo inicial na implementação. Para desfrutar dos
benefícios de certos blades, as empresas são obrigadas a reprojetar um ambiente de TI para
acomodar a nova infra-estrutura. Ou seja, processos de data center, gerenciamento de sistemas e
topologias de rede precisam ser ajustados para acomodar os blades dentro de um ambiente
existente de servidor em rack. Para que os blades atendam a mais do que apenas nichos, eles
precisam ser implementados e gerenciados de maneira idêntica a todos os demais servidores do
ambiente.
Alternativa inteligente
Entre inúmeras características, um ponto forte do servidor blade é seu tamanho reduzido. No
entanto, o que alguns ainda não sabem é que o fato de ser pequeno, ao ser comparado aos
tradicionais, não interfere na sua capacidade de processamento. E mais: possibilita a composição
de mais servidores em um ambiente de tamanho reduzido.
Essa tecnologia proporciona ainda outras atrações, como a redução do consumo de energia. Em
grandes parques de servidores e em data centers, por exemplo, o valor dessa economia pode ser
representativo.
Um dos desafios a ser enfrentado pelo conceito de blade, no entanto, é a redução do calor que
provoca. Como concentra várias lâminas (servidores), todos eles, ao trabalhar em conjunto,
liberam mais calor. Mas esse problema pode ser contornado com a construção de uma arquitetura
que preveja a criação de uma coluna de ar quente, permitindo a circulação do ar resfriado de
maneira eficiente.
Empresas do setor financeiro têm buscado muito essa solução, em função da racionalização do
espaço que proporciona e também a facilidade do gerenciamento.
Mercado SMB
A tecnologia blade não é um artigo apenas à disposição das grandes empresas. O mercado SMB
também pode usufruir as vantagens desse sistema. No início, como acontece com toda nova
tecnologia, especialmente as companhias de peso aderiram ao blade, mas atualmente já faz parte
da lista de intenções das PMEs.
A HP acredita que não existam limitações para a tecnologia blade. É possível oferecer uma série
de soluções diferenciadas para todos os tamanhos de empresas. O diferencial será o modelo de
negócios e a capacidade de conhecimento de cada fornecedor.
Muitos fornecedores acreditam que a tecnologia blade traz benefícios distintos para o SMB, com
mais eficiência técnica e econômica. Isso porque o conceito nada mais é do que a capacidade de
remover a complexidade, reduzindo os custos, o que é plenamente adequado para empresas
médias e pequenas.
4 - Mercado
Como a demanda por capacidade de armazenamento e processamento dos data centers só tende
a crescer mundialmente, é natural que práticas voltadas a ampliar sua eficiência lancem mão das
alternativas consideradas como “ecológicas”, tais como virtualização de servidores, adoção de
computação em grid e de processadores com vários núcleos, uso de servidores blade e
aprimoramento do sistema de refrigeração dentro das centrais operacionais de TI. O mercado
pede justamente esse tipo de solução.
Atentos a essa demanda, fabricantes de sistemas blade buscam diferenciais para os seus
produtos e serviços. A IBM, por exemplo, ao longo do processo de desenvolvimento do IBM
BladeCenter, trabalhou junto com seus clientes para garantir que a tecnologia modular mais a
densidade e disponibilidade do BladeCenter fossem criadas para resolver problemas do mundo
real.
Para empresas que buscam consolidação de servidor, o IBM BladeCenter centraliza servidores
para mais flexibilidade, facilidade de manutenção e diminuição dos recursos humanos. Empresas
que precisam implementar novos aplicativos de e-commerce e de e-business podem conseguir
velocidade e ao mesmo tempo garantir flexibilidade, escalabilidade e disponibilidade. Para
requisitos corporativos como colaboração, e arquivar e imprimir, o IBM BladeCenter oferece
confiabilidade, flexibilidade para expansão e economia. Clientes com aplicativos de computação
intensiva, que precisam de armazenamento em cluster disponível, podem utilizar o IBM
BladeCenter para alcançar escalabilidade e desempenho.
Gerenciamento inteligente
Utilizando o console IBM Director, os chassis IBM BladeCenter podem ser monitorados e
gerenciados a partir de um único local — o mesmo console utilizado para gerenciar outros
componentes da infra-estrutura de computação. O IBM BladeCenter também pode ser gerenciado
por intermédio de uma interface gráfica que permite a conexão de qualquer terminal conectado à
rede do módulo.
O gerenciamento IBM Director pode ser integrado ao sistema de gerenciamento corporativo como
IBM Tivoli, CA Unicenter e HP Openview, envolvendo todas as tarefas de gerenciamento em uma
única arquitetura.
Arquitetura aberta
O IBM BladeCenter reafirma o compromisso da IBM com padrões abertos para arquitetura
corporativa, ajudando a garantir soluções interoperáveis. Para fornecer suporte à implementação
de tecnologias de software e hardware de terceiros, a arquitetura IBM BladeCenter baseia-se em
padrões de mercado. Aperfeiçoado para gerenciamento avançado de blade, o IBM Director
também fornece suporte extensivo para lidar com inúmeros clientes, incluindo clientes Linux. Ao
lançar o programa IBM BladeCenter Alliance, a IBM está trabalhando com empresas de tecnologia
líderes de mercado, para entregar soluções de negócios inovadoras que sejam executáveis nos
sistemas operacionais Windows, Linux e Novell.
O compromisso da IBM de estreitar a relação com empresas líderes de mercado traz algumas
vantagens para o IBM BladeCenter. A IBM tem se envolvido com uma série de empresas dos
mais diversos setores, como de componentes, de serviços de rede, de aplicativos, de sistemas
operacionais, além de desenvolvedores de plataformas, para que fornecedores e clientes de
software possam obter vantagem com a flexibilidade de aplicativos Linux.
Pequenas e médias
A HP, por sua vez, foca também no segmento PME (Pequenas e Médias Empresas), oferecendo
soluções HP BladeSystem específicas para as necessidades do setor. Desde 2005, a companhia
oferece soluções HP BladeSystem para pequenas e médias empresas, bem como novos
materiais de formação para ajudar parceiros de canal a vender mais eficientemente estas
soluções. A grande vantagem dessa oferta é a disponibilidade do power enclosure de 1U com
fontes de alimentação adaptadas para pequenos ambientes de apenas 1 prateleira de servidores.
As fontes de alimentação proporcionam energia e redundância para sistemas elétricos
monofásicos e trifásicos.
As fontes de alimentação podem ser adquiridas como parte de um pacote de soluções que
proporcionam os componentes essenciais para ajudar um negócio a ter um salto na
implementação da solução HP BladeSystem. Esse pacote inclui um HP BladeSystem enclosure,
um novo power enclosure de 1U com duas fontes de alimentação e um software de gestão.
Essas soluções integram o programa HP’s Blades for Business, uma das três categorias do
programa HP ProLiant Business Advantage, cujo foco é proporcionar a clientes PMEs soluções de
servidores padrões de mercado.
O programa HP ProLiant Business Advantage amplia a iniciativa HP Smart Office, que
proporciona a clientes PMEs e parceiros de canal, formação, serviços, ferramentas de marketing e
um guia com experiência para simplificar as decisões de compra de TI. O pacote HP BladeSystem
Management ajuda a reduzir custos e simplifica a gestão de servidores.
Para responder ao aumento das exigências dos clientes para um serviço integrado start-up de
infra-estruturas HP BladeSystem, os Serviços HP desenvolveram uma oferta care pack – a HP
Installation e Startup para infra-estruturas BladeSystem –, de maneira a assistirem com a
instalação dos servidores HP blade, enclosures, sistemas operacionais e ferramentas de gestão.
O Americas Partner Portal vai incluir links para o Blades for Business Solution Guide, formação
online, links para informação sobre o HP ProLiant Roadshow por todo o mundo, folhetos para
clientes, templates configuráveis de direct marketing e um guia de soluções.
5 - Casos de sucesso
Quem pensa em implementar um sistema blade, quer receber informações de quem já usa, para
ter certeza de quais benefícios pode esperar da tecnologia, e também sobre os possíveis
problemas a serem enfrentados. Uma das primeiras companhias brasileiras a adotar servidores
blade foi a Petrobras. Em combinação com o sistema operacional Linux, ela adotou o sistema de
blades para contribuir na prospecção de petróleo.
Baseado no sistema operacional Linux, o cluster foi montado pela IBM, que combinou seus
equipamentos ao software da Landmark, em um projeto de US$ 2 milhões, implantado em apenas
três semanas. Nesse curto período, foi feita a instalação, os testes e os equipamentos foram
colocados em funcionamento.
O tempo era uma questão crucial para a Petrobras, porque os técnicos da companhia de petróleo
no Espírito Santo haviam se deparado com o que poderia ter se transformado em um sério risco
para os planos de exploração em águas profundas. Isso porque as empresas petrolíferas devem
obedecer a prazos específicos - de três anos em média - para analisar uma área de concessão,
antes de decidir pela sua exploração. Depois dessa análise, a área precisa ser "devolvida" à
Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Mas a Petrobras constatou que seu projeto de prospecção em águas profundas estava
condenado ao atraso, a depender dos recursos de tecnologia de que dispunha. Por isso, era
necessário acelerar o processamento sísmico, que é uma das fases mais demoradas do processo
exploratório, que pode levar de três meses a um ano.
Cluster “encolhido”
O processamento sísmico, de maneira simplificada, seria a análise dos dados colhidos sobre uma
área geográfica em especial. Com base nesses dados, interpretados por geógrafos, a empresa de
petróleo decide se deve ou não investir em uma determinada concessão. Portanto, quanto mais
rápida e acurada for a informação, menor risco correrá a empresa.
A Petrobras foi então ao mercado e, depois de uma seleção que levou dois meses, escolheu a
IBM e seu projeto de Linux, uma vez que a companhia já usava o sistema operacional para essa
tarefa, embora a capacidade de processamento anterior fosse insuficiente.
Uma das novidades que o projeto da IBM introduziu foi justamente o uso da tecnologia blade.
Cada servidor é uma espécie blade ou disco que não apresenta cabos, mecanismos de rede etc.
Tudo isso fica em um gabinete - o bladecenter - que compartilha os recursos com os servidores.
Cada gabinete comporta até 84 equipamentos. O resultado é a simplificação da infra-estrutura, o
que tornou possível "encolher" o tamanho do cluster para adaptar o sistema ao pequeno espaço
disponível no centro de dados da Petrobras.
A tecnologia InfraStruXure da APC foi selecionada pela joint venture da gedas operative systems
(gedas os) e da Fraport AG para integrar o centro de dados do aeroporto de Frankfurt. Construído
em janeiro de 2007 no campus da Fraport AG, proprietária e operadora do aeroporto, o centro de
dados suporta todos os serviços de terra, comunicações e sistemas de informação de vôo. A
tecnologia da APC foi selecionada devido às suas características de integração e escalabilidade.
A arquitetura de módulos em rede da InfraStruXure pode cobrir todas as áreas críticas, por
intermédio de sistemas de UPS (uninterruptable power supply) e de distribuição com racks
padronizados e unidades de gestão e monitoração. No centro de dados foram implementados dois
racks de séries abertas para equipamentos que exigem menores densidades e com menor
exigência do ponto de vista da refrigeração, e duas unidades de alta densidade InfraStruXure
HACS (Hot Aisle Containment Systems).
A abordagem de alta densidade a solução implementada pela APC tem capacidade para ter
milhares de servidores blade, sem que o sistema perca disponibilidade. As HACS estão
agrupadas em cubos que isolam o ar quente em compartimentos de calor, para que possa ser
capturado pelas unidades de resfriamento por água InRow FM 40 da APC.
A escalabilidade foi uma característica essencial na seleção dos equipamentos da APC. Dada a
natureza do próprio aeroporto de Frankfurt, a necessidade de crescimento e de expansão do
centro de dados é constante. O centro de dados cobre uma área total de 1200 metros quadrados
– da qual apenas 25% está ocupada atualmente com os 160 racks que constituem o parque
tecnológico do centro. Em tempos de consolidação e virtualização de servidores, o data center
consome menos recursos e se adapta aos requisitos da TI verde.
A mudança da Ariba para um servidor blade ProLiant menor e com configuração melhor de .75U
HP resolveu o problema de aglomeração e deixou alguns racks vazios no centro de dados. Com a
solução, agora é mais fácil para o pequeno grupo de administradores de sistema viver a vida,
graças ao BladeSystem e ao gerenciamento HP Integrated Lights-Out.
Mudar para o BladeSystem foi ótimo para a Kognitio, vendedora da base de dados analítica de
inteligência de negócios. Além de melhorar muito seu desempenho, a Bracknell, uma empresa no
Reino Unido, estima que economizará entre 1 milhão e 1,5 milhão de libras (de 2 a 2,5 milhões de
dólares) por ano. A tecnologia Blade System permitiu reduzir o número de servidores necessários
para a mesma quantidade de serviço. Além disso, mesmo com um número bem menor de
servidores, as tarefas agora são executadas até cinco vezes mais rapidamente.
Dessa forma, o BladeSystem melhora a margem bruta de lucro da empresa, porque o tempo para
instalar um novo cliente cai significativamente. Grande parte do custo da companhia é associada
ao tempo que leva para inserir um cliente na plataforma. Ser capaz de fazer a distribuição
automática encurta o tempo necessário, o que significa gastar menos dinheiro e obter mais
eficiência, além de conseguir melhores margens de lucro e mais competitividade em relação aos
preços.
6 - Tendências
Desde 2006, tentou-se iniciar essa discussão sobre algumas alternativas de formato comum, mas
a estratégia esbarrou nas recusas de alguns fabricantes líderes do setor. No entanto, alguns
executivos admitem que, ao menos nos bastidores, os principais fabricantes de servidores blade
estão freqüentemente falando entre si, para encontrar maneiras criativas de padronizar o
ecossistema dos servidores blade.
O formato proprietário blade é importante para a oferta dos fabricantes. Em geral, eles vendem os
chassis por um preço relativamente baixo, confiantes de que a receita pode ser resgatada pelos
servidores e outros itens de que as empresas precisam para garantir o espaço na caixa. É um
modelo de negócios parecido com o desenvolvido por fabricantes de impressoras.
Entretanto, a IBM e a HP, líderes de mercado, mostram-se relutantes em fazer qualquer coisa,
por medo de perder esse posicionamento. A HP argumenta que isso causaria confusão, se
diferentes fabricantes de servidores blade pudessem ser misturados em chassis comuns.
Por outro lado, a Sun e a Dell, duas empresas que gostariam de aumentar a participação nesse
mercado lucrativo e de rápido crescimento, assim como a Fujitsu, mostram-se mais condescendes
com o movimento. Elas têm menos a perder, o que lhes garante um diferencial.
Modernização contínua
O que as empresas que querem contratar serviços de data center podem esperar desse
mercado? Um contínuo processo de modernização pode ser a melhor resposta. Os fornecedores
de data centers têm investido em soluções para consolidar e virtualizar servidores, storage e
equipamentos de rede, além de sistemas blade e tecnologias para reduzir o consumo de energia.
A preocupação tem crescido à medida que o conceito de TI verde avança.
A inquietação faz sentido. Segundo dados do Gartner, um rack que no passado consumia entre 2
mil e 3 mil watts de energia, hoje pode chegar a 30 mil watts, dependendo da quantidade de
equipamentos empilhados. Com isso, estima-se que em 2009 a conta de energia elétrica passará
a ocupar o segundo lugar na lista de principais custos operacionais em 70% dos data centers.
O termo virtualização nasceu no tempo dos mainframes. Na atual versão para servidores e
storage, um software permite que cada máquina real seja multiplicada em várias virtuais. Desse
modo, as empresas conseguem enxergar a capacidade de processamento total disponível,
independentemente do servidor. As aplicações não ficam restritas a um único computador, e os
usuários não percebem que estão compartilhando recursos.
De acordo com a demanda por processamento, o poder computacional pode ser deslocado de
uma aplicação para outra. Há, assim, uma economia em recursos físicos para servidores, já que o
uso torna-se compartilhado. A consolidação resolve bem o passado e a virtualização prepara as
máquinas para o futuro.
No serviço de hosting, o cliente loca o data center e o fornecedor é também responsável pela
provisão das máquinas. No colocation, ou housing, o cliente utiliza seus próprios servidores, no
data center alugado. Esses serviços são atualmente os de maior demanda no mercado. Segundo
o Gartner, empresas que possuem máquinas ecologicamente corretas optam pelo colocation e as
que não têm condições de investir em modernização do parque preferem o hosting.
Trabalho duro
A Sun, embora tenha lançado seus produtos um pouco mais tarde do que a concorrência, aposta
que os blades já são suficientemente potentes para suportar o trabalho duro de qualquer
datacenter. Em 2007, a empresa lançou um novo elemento do sistema modular Sun Blade, uma
plataforma blade aberta, que oferece o dobro do desempenho de E/S (entrada/saída) dos blades
concorrentes.
O sistema Sun Blade suporta as arquiteturas UltraSPARC, Opteron e Xeon, além de vários
aplicativos Solaris OS, Linux e Windows. O sistema Sun Blade pode ser usado para executar as
tarefas de infra-estrutura Web a aplicativos comerciais empresariais, virtualização e computação
de alto desempenho. Ao entrar com vontade nesse mercado, a Sun anunciou que os sistemas
Sun Blade oferecem mais eficiência e desempenho, o que reduz os custos de aquisição e de
operação, sem sujeitar o cliente a uma arquitetura proprietária complexa.
A arquitetura aberta da plataforma permite a integração dos datacenters existentes, além de estar
preparada para futuros avanços tecnológicos, como processadores mais velozes, novos tipos de
memória e outros avanços. Ou seja, o produto permite a expansão da infra-estrutura de TI,
segundo as necessidades de cada negócio.
Eficiência energética
A Sun argumenta que as empresas não desejam ficar atadas a uma solução de gerenciamento,
mas na verdade é o que acontece com boa parte das plataformas blades, que requerem
ferramentas de gerenciamento com o chassi de um fornecedor específico. O gerenciamento
aberto e transparente é uma das principais características do sistema Sun Blade.
Outra tendência que se verifica no campo da tecnologia blade é a criação de comunidades, como
o programa HP BladeSystem Solution Builder, que reúne mais de 300 fornecedores de tecnologia
e serviços. A McAfee foi uma das empresas que anunciou seu ingresso no programa da HP. O
novo equipamento Content Security Blade Server da McAfee integra-se aos servidores blade HP
BladeSystem c-Class.
O McAfee Content Security Blade Server é uma solução que atua contra malware, spam e outros
conteúdos indesejáveis que tentam entrar ou sair de uma rede. O projeto de servidor blade
permite que as empresas reduzam seus custos de operação por meio da redução da necessidade
de adquirir vários produtos isolados. Os servidores blade são mais eficientes que os appliances
tradicionais, permitindo que os usuários economizem, em média, até 37,5% em espaço de racks,
utilizem 30% menos energia e reduzam o cabeamento em até 94%.
Sob medida
Outro produto sob medida para esse público é o HP StorageWorks All-in-One, sistema de
armazenamento que proporciona flexibilidade, simplicidade de uso e baixo custo.
Portanto, o futuro da tecnologia blade está nesses lançamentos de produtos cada vez mais
voltados para as necessidades de companhias de todos os tamanhos, que tenham problemas de
economia de espaço e de energia elétrica a solucionar. Essas são questões que cada vez mais
estão na ordem do dia.