pressupostos teóricos e práticos das concepções avaliativas: classificatória e formativa;
Avaliação da Aprendizagem é recente, porém a prática continua a mesma, em que o
processo de crescimento do educando é mensurado por meio de provas e exames. Avaliar não se restringe somente a fazer provas e aplicar trabalhos. Desde o momento que entra na sala de aula, o professor já faz uma avaliação ao olhar para os alunos, avalia sua apresentação pessoal, seu material de estudo, suas tarefas, a forma que se comunica com os colegas, etc. Também ao conversar com o aluno, o professor o avalia, nos seus gestos, na sua maneira de se comportar e pensar. A avaliação não acontece em um só momento, ela acontece o tempo todo. Segundo Hoffmann (1996, p. 66): É possível perceber que o ato de avaliar não se destina a um julgamento, pois não é um ato seletivo. A avaliação se destina à inclusão e ao diálogo, em busca de uma aprendizagem satisfatória. É de grande importância, que a ação avaliativa seja uma avaliação mediadora. Assim, a escola deve ter o objetivo de propiciar condições para que os resultados da avaliação sirvam de subsídios para a investigação e para posteriores melhorias nesse processo. É importante que no espaço escolar haja trocas de conhecimento, metodologia de ensino adequada aos conteúdos a serem ministrados e interações sociais acolhedoras. A avaliação da aprendizagem escolar deve ser um processo contínuo de ação e reflexão por parte dos alunos e dos professores, estabelecendo diálogos entre si e visando a construção de aprendizagens e conhecimentos significativos A avaliação formativa é aquela que tem como função controlar, devendo ser realizada durante todo o período letivo, com o intuito de verificar se os estudantes estão alcançando os objetivos propostos anteriormente. Esta função da avaliação visa, basicamente, avaliar se o aluno domina gradativamente e hierarquicamente cada etapa da aprendizagem, antes de avançar para outra etapa subsequente de ensino- aprendizagem. É com a avaliação formativa que o aluno toma conhecimento dos seus erros e acertos e encontra estímulo para continuar os estudos de forma sistemática. Para que esta forma de avaliação ocorra é necessário que seja controlada, porque orienta o estudo do aluno ao trabalho do professor, também podemos dizer que é motivadora porque evita as tensões causadas pela as avaliações tradicionais. A avaliação formativa permite ao professor detectar e identificar deficiências na forma de ensinar, auxiliando na reformulação do seu trabalho didático, visando aperfeiçoá-lo. Para que seja realizada com eficiência, ela deve ser planejada em função de todos os objetivos, deste modo o instrutor continuará seu trabalho ou irá direcionar de modo que a maioria dos alunos alcance plenamente todos os objetivos propostos. Por depender mais da sensibilidade e do olhar técnico do educador, esse formato de avaliação fornece mais informações que permitem a customização do trabalho do professor com base nas necessidades de cada aluno. Nesse sentido a avaliação é um instrumento de controle da qualidade, tendo como maior objetivo um ensino de excelência em todos os níveis. A avaliação classificatória, tem como função básica a classificação dos alunos, sendo realizada ao final de um curso ou unidade de ensino. Classificando os estudantes de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos. Atualmente a classificação dos estudantes se processa segundo o rendimento alcançado, tendo por base os objetivos previstos. Para Bloom (1983), a avaliação classificatória, "objetiva avaliar de maneira geral o grau em que os resultados mais amplos têm sido alcançados ao longo e final de um curso". É através deste tipo de avaliação que são fornecidos aos estudantes os chamados feedback que informa o nível de aprendizagem alcançado, se este for o objetivo central da avaliação formativa; e presta-se à comparação de resultados obtidos, visando também a atribuição de notas. Essas funções da avaliação devem ser vinculadas ou conjugadas para se garantir a eficiência e eficácia do sistema de avaliação e assim tendo como resultado final a excelência do processo ensino-aprendizagem. Por outro lado, é importante lembrar, que é necessário em todos os casos levar em conta a realidade administrativa da instituição como, por exemplo, o número de alunos, objetivos, conhecimento técnico do professor, materiais etc. Qualquer decisão nas formas de como avaliar é preciso envolver direção, professor, alunos e responsáveis. Se entendermos que a forma atual de avaliação está ruim, todos precisam se comprometer com o novo processo de melhorá-la, e isso envolve muitas mudanças, sendo o processo longo, assim como todo processo de ensino- aprendizagem.
Resolução SEEDUC Nº 5.330 - 10-09-2015 - Fixa Diretrizes Para Implantação Das Matrizes Curriculares Para a Educação Básica Nas Unidades Escolares Da Rede Pública