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Nomes: Grazielle Menezes de Oliveira e Ranai Silva de Souza.

Matrícula: 20200029928 e 20200039700.


Disciplina: Legislação Social.

Atividade Avaliativa

Como é formada a relação de emprego?


Toda relação de emprego é composta logicamente pelo empregador e pelo
empregado. Estes são partes no contrato de trabalho.

A CLT regula a caracterização de cada qual nos artigos 2º e 3º, donde “considera-se


empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço” e “considera-se
empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário”.
O empregador é quem contrata o empregado aos seus serviços, remunerando-o em
troca da prestação de trabalho. Poderá ser pessoa física, pessoa jurídica, ou mesmo
entidade despersonalizada em certos casos. A principal característica do empregador é
o poder hierárquico ou de comando, garantido por força do contrato de trabalho e
reconhecido pela Lei, o que lhe atribui também o poder diretivo, permitindo manejar a
força de trabalho à disposição.

O empregado é a pessoa contratada para prestar serviços a um empregador, durante


determinado horário, e, para tanto receberá um salário. O serviço é subordinado, donde
o empregado não possui autonomia para escolher a maneira como o fará e estará
sujeito às determinações do empregador.

Para caracterizar a relação de emprego é necessária a concorrência das seguintes


características:
 Trabalho por pessoa física, donde a prestação de serviços que o
Direito do Trabalho toma em consideração é aquela pactuada por uma pessoa física
(ou natural);

 Pessoalidade, em que a prestação do trabalho deverá ser por


determinada pessoa, a sua conta, em caráter infungível, de modo que não se poderia
substituir aquela por outro trabalhador permanentemente ao longo da execução dos
serviços pactuados;

 Não eventualidade, sendo necessário que o trabalho prestado o seja


contínuo, duradouro, não esporádico e com animus de permanência;
 Onerosidade, considerando que a relação de emprego é de cunho
econômico, cujo valor da força de trabalho oferecida deve ser contra prestada com
salário;

 Subordinação, pela qual o empregado se compromete a acolher o


poder de direção empresarial no modo de realização de sua prestação de serviços.

O que diferencia empregado doméstico de empregado?

Considera-se empregado toda a pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Além dessas
características que definem a figura do empregado, deve ser acrescida a pessoalidade,
consistente na impossibilidade do empregado se fazer substituir por outro trabalhador,
pois o contrato de trabalho é personalíssimo (artigos 2º e 3º da CLT).

É considerado empregado doméstico aquele que presta serviços de natureza contínua e


de finalidade não lucrativa à pessoa ou família no âmbito residencial desta.

Enquanto o empregado é regido pela Consolidação das Leis do Trabalho, o empregado


doméstico tem seus direitos regidos pela Lei 5.859/72 (regulamentada pelo Decreto nº
73.885/73), e tais direitos foram ampliados pelas disposições constantes no artigo 7º,
parágrafo único, da Constituição Federal. No entanto, há de se frisar que o conteúdo
estabelecido na Constituição Federal deverá ser interpretado restritivamente, visto que o
legislador constituinte indicou de modo taxativo quais os direitos assegurados aos
empregados domésticos.

Pode-se afirmar, então, que os empregados domésticos têm assegurados os seguintes


direitos: salário mínimo, irredutibilidade de salário; 13º salário; repouso semanal
remunerado; licença maternidade (120 dias); férias (30 dias) mais 1/3; licença
paternidade; aviso prévio; aposentadoria e ação trabalhista.

Quais os principais princípios aplicáveis à relação de


emprego?

São seis os principais Princípios do Direito do Trabalho, sendo eles:


 O princípio da Proteção - De acordo com esse princípio, o Direito do Trabalho
busca excluir a desigualdade através do fornecimento de garantias ao
trabalhador, pois, a relação formada por empregado e empregador é desigual;
 A Primazia da Realidade - De acordo com esse princípio, a verdade real deve
prevalecer sobre a relação formal, com o intuito de arar qualquer ameaça dentro
do ambiente trabalhista;
 Continuidade da Relação de Emprego - De acordo com esse princípio, o
contrato de trabalho caracteriza-se pela continuidade, considerando a
permanência do empregado no vínculo empregatício;
 Irrenunciabilidade de Direitos - De acordo com esse princípio, não é permitido
que o trabalhador renuncie seus direitos. Os direitos do trabalhador são
irrenunciáveis, com isso, ele não pode abrir mão de seus direitos que foram
conquistados através de acordos e Leis Trabalhistas, como por exemplo,
funcionários abram mão de seu FGTS, folgas e descanso ou férias, isso não é
permitido;
 Inalterabilidade Contratual Lesiva - De acordo com esse princípio, qualquer
alteração no contrato do empregado exige mútuo consentimento e ausência de
prejuízo ao empregado, seja direto ou indireto. Com exceção, prevista no art.7 da
Constituição Federal, que prevê redução de salário por meio de negociação
coletiva; 
 Intangibilidade Salarial - De acordo com esse princípio, O pagamento do
empregado não pode ser retido pelo patrão, afinal, ele é intangível. Dessa forma,
o trabalhador tem direito de receber o seu pagamento, no momento combinado,
sem que haja descontos abusivos, com isso, é proibida a mudança que não seja
benéfica ao empregado.

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