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A democracia no Brasil: Ordem e progresso, ou ¿desordem e retrocesso?

Escrito por: Carolina González

Por toda minha vida, tem escutado notícias do Brasil onde tem sido conhecido por ser um país
muito alegre, sua cultura, pessoas, música, gastronomia e até o ritmo de samba contagia qualquer
pessoa, para convidar ao mundo inteiro e conhecê-lo. Eu fiquei enamorada desse país tão
autêntico e diferente. Mas quando comecei a ler da história e o dia a dia do Brasil com as notícias,
minha ideia enamorada mudou. Já era um país que além da Colombia, os eventos importantes
estavam relacionados com a corrupção, e uma democracia jovem que ainda estava em
crescimento por uma ditadura que terminou há 36 anos (15 de marco de 1985).

A gente fala que quando chegam os “trinta”, é a idade da maturação, onde depois de muitas
experiencias, queremos “sentar cabeça” e já tivemos o tempo suficiente para arriscar, atrever-se e
começar um novo início; mas parece que a democracia do Brasil não aprendeu desse tempo
obscuro, que teve uma ditadura militar por 20 anos cheios de censura e repressão, porque ainda
hoje, como os outros países do mundo, tem muita coisa por consertar e os erros do passado estão
sendo condenados para ser repetidos.

O tema dá para falar do porquê a democracia no Brasil está num processo de retrocesso. Este ano,
o Brasil acordou com uma notícia muito polemica que deu para escandalizar o povo brasileiro: O
presidente Jair Bolsonaro quer implementar novamente o voto impresso nas votações do 2022,
porque ele acha que o uso do sistema de voto eletrônico não é confiável e até alega que houve
fraudes na votação de 2018, a mesma em que ele se elegeu.

O uso das máquinas eletrônicas nas eleições brasileiras tem sido protagonista há 25 anos, onde só
Brasil, Índia e Venezuela são os únicos países do mundo que utilizam o voto eletrônico na
totalidade do território. Foi criada com uma série de barreiras contra fraudes. É off-line, quer dizer
que não está conectada a internet, o que impossibilita a invasão por hackers. Fazem testes
públicos de segurança, biometria, entre outras vantagens que tem. Eu quisera que esse sistema
fosse implementado na Colômbia (conhecida também por fraudes eleitorais... só que aqui é
impresso, o qual é vulnerável à fraude). Acho incrível que o único recurso que tem os brasileiros
como o voto eletrônico para salvar a democracia este em perigo.

Aliás, o governo atual é acusado recentemente pela Organização Internacional de Repórteres sem
Fronteiras de censurar e atacar à imprensa, onde registraram pelo menos 105 assédios contra os
jornalistas pelo presidente e seus aliados durante o 2020. Brasil tem um presidente que nos
discursos sempre defende a ditadura militar, e que na crise sanitária pelo COVID-19 qualificou de
“gripezinha” isso apesar de ter 15 milhões de pessoas sem emprego, 19 milhões com fome nas
ruas e uma inflação de mais de 8% ao ano.

Em conclusão, Brasil está num momento importante onde deve repensar (para as próximas
eleições se dão certo com o voto eletrônico ainda), se o governo que está atualmente segue o
lema da bandeira, além disso, respeita e luta pelo bem-estar dos cidadãos, não reprime as
opiniões que vão contra o governo, e escuta as propostas para seguir nessa “ordem e progresso”
para seu desenvolvimento e crescimento que pede a gritos. Brasil é muito mais do que tem.

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