DR - Medidas - Covid - 1 - de - Serembro - 2021

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Terça-feira, 31 de Agosto de 2021 I Série – N.

º 165

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 340,00
Toda a correspondência, quer oficial, quer ASSINATURA O preço de cada linha publicada nos Diários
relativa a anúncio e assinaturas do «Diário . Ano da República 1.ª e 2.ª série é de Kz: 75.00 e para
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SUMÁRIO MEDIDAS EXCEPCIONAIS E TEMPORÁRIAS


A VIGORAR DURANTE A SITUAÇÃO
Presidente da República DE CALAMIDADE PÚBLICA DECLARADA
Decreto Presidencial n.º 207/21: POR FORÇA DA COVID-19
Actualiza as medidas de prevenção e controlo da propagação do Vírus
SARS-CoV-2 e da COVID-19, assim como as regras de funciona-
CAPÍTULO I
mento dos serviços públicos e privados, dos equipamentos sociais
e outras actividades durante a vigência da Situação de Calamidade
Disposições Gerais
Pública. — Revoga o Decreto Presidencial n.º 189/21, de 6 de ARTIGO 1.º
Agosto. (Objecto)

O presente Decreto Presidencial actualiza as medidas de


prevenção e controlo da propagação do Vírus SARS-CoV-2
PRESIDENTE DA REPÚBLICA e da COVID-19, assim como as regras de funcionamento
dos serviços públicos e privados, dos equipamentos sociais
Decreto Presidencial n.º 207/21 e outras actividades durante a vigência da Situação de
de 31 de Agosto Calamidade Pública.
Tendo em conta a evolução positiva da eficácia das ARTIGO 2.º
(Âmbito territorial)
medidas de prevenção e controlo da propagação do Vírus
SARS-CoV-2 e da COVID-19, assim como as regras de Sem prejuízo do disposto em artigos específicos, as
funcionamento dos serviços públicos e privados e dos medidas previstas no presente Diploma abrangem todo o
equipamentos sociais, durante a vigência da Situação de território nacional.
Calamidade Pública tomadas no Decreto Presidencial ARTIGO 3.º
n.º 189/21, de 6 de Agosto; (Vigência e aplicação)

Considerando que se revela necessário dar continui- 1. As medidas previstas no presente Diploma vigoram
dade ao retorno gradual das actividades económicas mais até às 23h59 do dia 30 de Setembro de 2021.
directamente afectadas pela pandemia e de actividades simi- 2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, as medi-
lares, dando particular atenção ao regresso da mobilidade das previstas no presente Diploma podem ser alteradas em
interprovincial; função da evolução da situação epidemiológica.
Convindo equilibrar a defesa da saúde pública e o desen- ARTIGO 4.º
volvimento da actividade económica; (Medidas de protecção individual)
O Presidente da República decreta, nos termos da alínea m) 1. Sem prejuízo do disposto no presente Diploma em
do artigo 120.º e do n.º 4 do artigo 125.º, ambos da Constituição domínios específicos, é obrigatório o uso correcto de más-
da República de Angola, conjugados com os artigos 5.º e 19.º da cara facial na via pública, nos espaços fechados de acesso
Lei n.º 5/87, de 23 de Fevereiro, a alínea c) do n.º 2 do artigo 11.º público, nos transportes públicos e transportes colectivos,
da Lei n.º 28/03, de 7 de Novembro, com as alterações introduzi- nos estabelecimentos de ensino, na venda ambulante e nos
das pela Lei n.º 14/20, de 22 de Maio, o seguinte: mercados.
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2. A não utilização de máscara facial, quando obrigatória, h) Escalas técnicas;


ou a sua utilização incorrecta, dá lugar à aplicação de multa i) Entrada e saída de pessoal diplomático e consular.
que varia entre os Kz: 15.000,00 (quinze mil Kwanzas) e os 3. Sem prejuízo de outras formalidades, as entradas e saí-
Kz: 20.000,00 (vinte mil Kwanzas). das do território nacional, nos termos do número anterior, não
3. Para efeitos do presente Diploma, considera-se uti- carecem de qualquer tipo de autorização, estando dependentes
lização incorrecta de máscara facial quando não se cubra, da realização de teste pré-embarque do Vírus SARS-CoV-2,
simultaneamente, o nariz e a boca. com resultado negativo, efectuado nas 72 horas anteriores à
4. Os responsáveis dos locais onde seja obrigatória a uti- viagem, de preenchimento de formulário de registo de viagem.
lização de máscara facial devem adoptar todas as medidas 4. Sem prejuízo do disposto no número anterior, os
necessárias com vista a impedir o acesso e/ou recusar a pres- cidadãos provenientes do exterior estão ainda sujeitos à rea-
tação de serviços aos cidadãos sem máscara facial. lização de teste pós-desembarque, para efeitos de controlo
ARTIGO 5.º epidemiológico, nos termos definidos pelas autoridades
(Dever cívico de recolhimento domiciliar) sanitárias.
1. Recomenda-se a todos os cidadãos que se abstenham 5. Sempre que se verifiquem sérios riscos de importa-
de circular em espaços e vias públicas e equiparadas, e que ção do Vírus SARS-CoV-2 para o território nacional, os
permaneçam no respectivo domicílio, excepto para desloca- Departamentos Ministeriais competentes podem determi-
ções necessárias e inadiáveis. nar o encerramento ou suspensão temporária da circulação
2. É especialmente recomendada a abstenção de circula- aérea, terrestre, marítima e fluvial com países determinados,
ção ou permanência na via pública das 00h00 às 5h00. devendo as Forças de Defesa e Segurança zelar pelo reforço
3. As Forças de Defesa e Segurança devem zelar pelo do controlo fronteiriço.
cumprimento do disposto no presente artigo, reforçando a ARTIGO 8.º
(Cerca sanitária provincial ou municipal)
fiscalização no período entre as 00h00 e as 5h00.
ARTIGO 6.º
1. Nas províncias ou municípios onde seja fixada cerca
(Recomendação de imunização) sanitária, ficam as respectivas fronteiras sujeitas a controlo
sanitário.
1. É especialmente recomendada a imunização dos pro-
2. As saídas das zonas sujeitas à cerca sanitária, nos termos
fissionais dos Sectores da Saúde e da Educação, bem como
do presente artigo, estão condicionadas à realização prévia do
das Forças de Defesa e Segurança e dos demais profissionais teste do SARS-CoV-2.
indicados pelas autoridades sanitárias, por via de vacina, com 3. As cercas sanitárias provinciais ou municipais podem ser
vista a prevenir o contágio em massa e preservar a saúde de fixadas, modificadas ou prorrogadas mediante acto conjunto
todos com os quais entrem em contacto. dos Ministros da Saúde e do Interior.
2. A vacinação referida no número anterior deve ser pro- 4. Sem prejuízo das sanções criminais aplicáveis, a violação
movida pelas instituições às quais os profissionais estejam da cerca sanitária provincial ou municipal, nos termos referidos
vinculados. no n.º 2 do presente artigo, é punível com multa que varia entre
ARTIGO 7.º os Kz: 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil Kwanzas) e os
(Defesa e controlo sanitário das fronteiras) Kz: 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil Kwanzas).
1. As fronteiras da República de Angola mantêm-se encer- ARTIGO 9.º
(Circulação Interprovincial em caso de circulação comunitária)
radas, estando as entradas e saídas do território nacional
sujeitas a controlo sanitário definido pelas autoridades compe- Havendo circulação comunitária do Vírus SARS-
tentes, de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional -CoV-2, declarada pelas autoridades competentes, as saídas
e com o Regulamento Sanitário Nacional. do território da respectiva província estão condicionadas à
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, são per- apresentação de teste serológico com resultado negativo, o
mitidas entradas e saídas do território nacional para efeitos de: qual tem a validade de sete dias.
a) Regresso de cidadãos nacionais e estrangeiros ARTIGO 10.º
residentes em Angola, de cidadãos estrangeiros (Transladação de cadáveres)

detentores de visto de trabalho e de cidadãos É proibida a transladação internacional e interprovincial


detentores de cartão de refugiado; de cadáveres cuja causa da morte seja a COVID-19.
b) Entrada de cidadãos detentores de visto de investi- ARTIGO 11.º
dor e de visto de permanência temporária; (Voos regulares)
c) Regresso de cidadãos estrangeiros aos respectivos 1. Para efeitos do disposto nos artigos 6.º e 7.º do presente
países; Diploma, é permitida a realização de voos regulares nacionais
d) Viagens oficiais de e para o território nacional; e internacionais, devendo limitar-se ao mínimo necessário e
e) Entrada e saída de carga, mercadoria e encomendas adequado à situação epidemiológica, sem prejuízo da possibi-
postais; lidade de suspensão temporária de certas rotas.
f) Ajuda humanitária; 2. Para embarque nos voos internacionais de e para Angola
g) Emergências médicas; é obrigatória a apresentação de teste RT-PCR com resultado
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negativo, efectuado nas 72 horas anteriores à viagem, sendo ARTIGO 14.º


dispensada qualquer autorização. (Isolamento domiciliar)
3. Todos os cidadãos provenientes do exterior estão sujei- 1. Nos casos definidos pelas autoridades sanitá-
tos à realização de teste à chegada ao território nacional, nas rias, os cidadãos que tenham resultado positivo no teste
instalações aeroportuárias. SARS-CoV-2 e que não apresentem sintomas observam o
4. O teste referido no número anterior é do tipo rápido isolamento domiciliar e as demais medidas definidas pelas
antigénio SARS-CoV-2 e está sujeito à comparticipação nos autoridades competentes.
termos a definir pelos Departamentos Ministeriais da Saúde, 2. Sempre que as autoridades sanitárias considera-
das Finanças e dos Transportes. rem não existirem condições para o isolamento domiciliar,
5. Em caso de resultado positivo, os cidadãos estão sujei- quando o cidadão seja proveniente de um País com circula-
tos a isolamento institucional. ção de novas estirpes do Vírus SARS-CoV-2 ou nos casos
6. Para embarque nos voos domésticos é obrigatória a em que o cidadão possua outras doenças que recomendem
apresentação de teste serológico com resultado negativo efec- protecção especial ou ainda quando coabite com cidadãos
tuado nas 72 horas anteriores à viagem, sendo dispensada considerados vulneráveis, nos termos do presente Diploma,
qualquer autorização. é determinado o isolamento institucional.
7. Os Departamentos Ministeriais competentes em razão 3. Os cidadãos que coabitem com cidadãos em isola-
da matéria definem a cadência gradual dos voos, a sua progra- mento domiciliar estão sujeitos à quarentena domiciliar.
mação e as regras gerais a observar por todos os intervenientes. 4. Considera-se concluído o isolamento domiciliar ou
ARTIGO 12.º
institucional com a emissão do título de alta pela autoridade
(Quarentena) sanitária competente, a qual acontece após a realização do
teste SARS-CoV-2 com resultado negativo.
1. Para os cidadãos nacionais, estrangeiros residentes e
5. A violação do isolamento domiciliar dá origem à res-
membros do corpo diplomático acreditado em Angola pro-
ponsabilização criminal, nos termos da lei, sem prejuízo da
venientes do exterior do País é obrigatória a observância de
colocação compulsiva do infractor em isolamento institucio-
quarentena domiciliar de até sete dias.
nal e de aplicação de multa que varia entre os Kz: 350.000,00
2. Para os casos de cidadãos estrangeiros não residentes
(trezentos e cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 450.000,00
provenientes do exterior do País e possuidores de residência
(quatrocentos e cinquenta mil Kwanzas).
própria é obrigatória a observância de quarentena domiciliar,
salvo se as autoridades sanitárias considerarem não existirem ARTIGO 15.º
(Comparticipação nos testes)
condições para o efeito.
3. Os cidadãos sujeitos à quarentena domiciliar, nos termos 1. A realização de teste do Vírus SARS-CoV-2 por inicia-
dos números anteriores, assinam um termo de responsabili- tiva dos cidadãos, quando efectuada nas unidades sanitárias
dade, nos termos definidos pelas autoridades sanitárias. públicas, está sujeita a comparticipação, nos termos defini-
4. Considera-se concluída a quarentena domiciliar com a dos pelos Departamentos Ministeriais responsáveis pelas
emissão do título de alta pela autoridade sanitária competente, Finanças Públicas e pela Saúde.
a qual acontece após teste SARS-CoV-2 de tipo antigénio com 2. Os Departamentos Ministeriais responsáveis pelas
resultado negativo, realizado até sete dias após o início da qua-
Finanças Públicas e pela Saúde definem ainda o regime de
rentena domiciliar.
comparticipação nos restantes testes exigidos pelas autori-
5. Sempre que a situação epidemiológica recomendar ou as
autoridades sanitárias considerarem não existirem condições dades sanitárias, especialmente no teste pós-desembarque.
para a quarentena domiciliar, nomeadamente a observância do ARTIGO 16.º
distanciamento físico, é determinada quarentena institucional. (Protecção especial de cidadãos vulneráveis)
6. Sem prejuízo do disposto no presente artigo, os 1. Estão sujeitos à protecção especial os cidadãos vulne-
Ministérios da Saúde e da Juventude e Desportos podem deter- ráveis à infecção por COVID-19, nomeadamente:
minar regime específico para a quarentena de atletas de alta a) Pessoas com idade igual ou superior a 60 anos;
competição. b) Pessoas com doença crónica considerada de risco,
7. Sem prejuízo da responsabilização criminal, nos termos
de acordo com as orientações das autoridades
da lei, a violação da quarentena domiciliar é sancionada com
multa que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos e cinquenta sanitárias, designadamente os imuno-compro-
mil Kwanzas) e os Kz: 350.000,00 (trezentos e cinquenta metidos, os doentes renais, os hipertensos, os
mil Kwanzas), para além da transformação em quarentena diabéticos, os doentes cardiovasculares, doentes
institucional. respiratórios crónicos, doentes oncológicos,
ARTIGO 13.º doentes com anemia falciforme e pessoas com
(Dispensa de quarentena em caso de imunização) obesidade;
Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, é dispen- c) Gestantes.
sada a observância de quarentena aos cidadãos portadores de 2. Os cidadãos abrangidos pelo disposto no número
comprovativo de vacinação contra a COVID-19 que ateste a anterior, quando detentores de vínculo laboral com entidade
sua conclusão e que apresentem resultado negativo no teste pública ou privada, estão dispensados da actividade laboral
obrigatório pós-desembarque. presencial.
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3. Independentemente do previsto no número anterior, 3. É autorizado o funcionamento dos refeitórios, devendo


por acordo entre a entidade empregadora e o trabalhador, ser observadas todas as regras de biossegurança e de distan-
podem ser criados regimes que permitam a realização de tra- ciamento físico.
balho presencial em condições de segurança. 4. Por decisão das autoridades sanitárias locais pode
4. Os cidadãos vulneráveis sujeitos à protecção especial, nos ser determinado o encerramento temporário de estabeleci-
termos da alínea b) do n.º 1, devem fazer prova da sua condi- mentos de ensino, verificada a inexistência das condições
de biossegurança e de distanciamento físico definidas pelas
ção através da apresentação de documento emitido por médico.
autoridades sanitárias.
CAPÍTULO II ARTIGO 19.º
Medidas (Instituições de Ensino de Estados Estrangeiros
e Escolas Internacionais)
ARTIGO 17.º
(Serviços públicos e privados) 1. Mantém-se autorizada a actividade lectiva presencial
nas Instituições de Ensino de Estados Estrangeiros e nas
1. Os serviços públicos administrativos funcionam no
Escolas Internacionais, em todos os níveis de ensino.
período das 8h00 às 15h00, com presença de até 75% da força
2. Sem prejuízo de outras regras fixadas no pre-
de trabalho.
sente Decreto Presidencial ou em Diploma específico, as
2. Excepcionam-se do disposto no número anterior os
Instituições de Ensino de Estados Estrangeiros e as Escolas
serviços portuários, aeroportuários e conexos, os serviços
Internacionais funcionam, nos seguintes termos:
tributários, os Órgãos de Defesa e Segurança, os serviços
a) Obediência a calendário escolar próprio;
de saúde, os serviços de comunicações electrónicas, comu-
b) Autonomia funcional na determinação do modelo
nicação social, energia, águas, recolha de resíduos, agências
de reinício das aulas e distribuição das classes;
bancárias e estabelecimentos de ensino que podem operar
c) Distanciamento físico entre os alunos e entre estes
com 100% da força de trabalho.
e o professor, não podendo, em caso algum, ser
3. Os profissionais afectos aos serviços descritos no
inferior a 1,5 m;
número anterior não estão sujeitos ao dever de abstenção de
d) Dispensa da actividade lectiva presencial de
circulação definido no n.º 2 do artigo 5.º do presente Diploma.
4. Os serviços previstos no n.º 2 devem, sempre que pos- professores e alunos com doenças crónicas
sível, adoptar o regime de turnos. consideradas particularmente vulneráveis pelas
5. Sem prejuízo do disposto em norma específica, os servi- autoridades sanitárias, devendo ser criadas con-
ços administrativos do sector privado e as empresas públicas dições para a actividade lectiva não presencial;
funcionam entre as 6h00 e as 17h00, com presença de até 75% e) Duração máxima de 6 horas por período lectivo.
da força de trabalho. 3. É autorizado o funcionamento dos refeitórios, devendo
6. Os serviços públicos e privados devem, sempre que ser observadas todas as regras de biossegurança e de distan-
possível, privilegiar o regime de turnos, o teletrabalho ou ciamento físico.
outros mecanismos para prestação de actividade laboral de 4. Sem prejuízo da autonomia funcional prevista na alí-
modo remoto. nea b) do n.º 3 do presente artigo, as Instituições de Ensino
de Estados Estrangeiros e as Escolas Internacionais têm
ARTIGO 18.º
(Estabelecimentos de ensino)
o dever de diálogo permanente com as instituições res-
ponsáveis pelo Sector da Educação e com as autoridades
1. Mantém-se autorizada a actividade lectiva presen- sanitárias, devendo, especialmente, comunicar sobre todas
cial nos estabelecimentos de ensino públicos e privados, em as alterações ocorridas na actividade lectiva.
todos os níveis de ensino.
ARTIGO 20.º
2. Sem prejuízo de regras específicas definidas em (Competições e treinos desportivos)
diploma próprio, o funcionamento dos estabelecimentos de 1. Mantêm-se autorizadas as competições desportivas
ensino deve observar o seguinte:
nas modalidades federadas, sendo permitida a presença de
a) Distanciamento físico entre os alunos e entre estes até 25% do público, com uso obrigatório de máscara, obser-
e o professor, não podendo, em caso algum, ser vância de distanciamento físico e das demais regras de
inferior a 1,5 m; biossegurança, sem prejuízo de outras determinadas pelos
b) Uso obrigatório de máscara facial no interior do Departamentos Ministeriais competentes.
estabelecimento de ensino; 2. Inclui-se na autorização referida no número anterior
c) Dispensa da actividade lectiva presencial de as modalidades de combate, natação e pesca desportiva
professores e alunos com doenças crónicas consi- com observância obrigatória das regras gerais e especiais de
deradas particularmente vulneráveis confirmadas biossegurança.
por médico, devendo ser criadas condições para a 3. Ao ente responsável pela organização da competição
actividade lectiva não presencial; compete tomar as medidas necessárias com vista à observân-
d) Proibição de utilização de zonas comuns com forte cia do disposto no n.º 1, sob pena de aplicação de multa que
probabilidade de criar aglomerados; vai de Kz: 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil Kwanzas)
e) Duração máxima de 6 horas por período lectivo. a Kz: 500.000,00 (quinhentos mil Kwanzas).
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4. A prática de competições desportivas, prevista no pre- b) Limite máximo de quatro pessoas por mesa;
sente artigo, está condicionada à realização de teste do Vírus c) Proibição de atendimentos ao balcão, devendo
SARS-CoV-2 aos agentes intervenientes no evento despor- todos os atendimentos ser feitos em mesa;
tivo, realizado no dia da competição. d) Proibição de serviços de alimentação em regime
5. A testagem referida no número anterior é da responsa- self-service;
bilidade das instituições intervenientes no evento desportivo. e) Observância das regras de biossegurança e do dis-
6. A violação do disposto no presente artigo é sancio- tanciamento físico entre os clientes.
nada com multa que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos 3. É expressamente proibido o uso das pistas de dança
e cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 500.000,00 (quinhentos nos restaurantes e similares.
mil Kwanzas). 4. A violação do disposto nos números anteriores dá
ARTIGO 21.º
lugar à aplicação de multa que varia entre os Kz: 350.000,00
(Prática desportiva individual e de lazer) (trezentos e cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 450.000, 00
1. A prática desportiva individual e de lazer em espaços (quatrocentos e cinquenta mil Kwanzas).
abertos é feita, todos os dias, entre as 5h00 e as 20h00, com 5. Sempre que as Forças de Ordem e Segurança tiverem
conhecimento das infracções ao disposto no presente artigo,
observância de distanciamento físico entre os participantes.
devem determinar o encerramento temporário do estabeleci-
2. Em caso algum a prática desportiva individual pode
mento, por um período entre os 30 e os 90 dias, calculados
agrupar mais do que 5 pessoas.
em função da gravidade da infracção.
3. Na realização de prática desportiva não é obrigatório
o uso de máscara facial. ARTIGO 24.º
(Mercados e venda ambulante)
4. É autorizada a abertura de ginásios de acesso ao público
e equiparados que funcionam em espaço aberto ou fechado. 1. É autorizado o retorno ao pleno funcionamento dos
5. Os ginásios referidos no número anterior funcionam mercados públicos e dos mercados de artesanato, bem como
com até 50% da capacidade do espaço e com observância do da venda ambulante, segundo as regras definidas pelas auto-
distanciamento físico entre os praticantes, devendo ser feita ridades locais.
higienização regular dos espaços e dos equipamentos. 2. Para os vendedores e compradores nos mercados é
6. A violação do disposto no presente artigo é sancio- obrigatório o uso de máscara facial e a observância do dis-
nada com multa que varia entre os Kz: 20.000,00 (vinte mil tanciamento físico.
Kwanzas) e os Kz: 30.000,00 (trinta mil Kwanzas). 3. Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do presente artigo,
verificando-se incumprimento reiterado das medidas de bio-
ARTIGO 22.º
(Comércio de bens e serviços) ssegurança nos mercados públicos e de artesanato, os Órgãos
da Administração Municipal podem ordenar o encerramento
1. O exercício da actividade comercial de bens e servi- temporário compulsivo dos mesmos, sem aviso prévio.
ços em geral, incluindo nas cantinas e similares, pode ser 4. Os órgãos competentes da Administração Local devem
realizado entre as 7h00 e as 20h00 observadas as regras de criar as condições para a higienização regular dos mercados.
biossegurança e de distanciamento físico, devendo ainda ser 5. A violação do disposto no n.º 2 dá lugar à aplica-
adoptada a regra de controlo da temperatura no acesso e a ção de multa que varia entre os Kz: 15.000,00 (quinze mil
instalação de pontos de higienização das mãos à entrada e Kwanzas) e os Kz: 20.000, 00 (vinte mil Kwanzas).
no interior das instalações. ARTIGO 25.º
2. O exercício das actividades previstas no número ante- (Actividades e reuniões)
rior funciona com até 75% da força de trabalho e até 75% de 1. As actividades e reuniões realizadas em espaço
clientes no interior do estabelecimento. fechado não devem exceder a lotação de 50% da capacidade
3. A violação do disposto no presente artigo é sancionada da sala, nem o número máximo de 500 pessoas, sendo obri-
com multa, que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos e gatório o uso da máscara facial e a observância das medidas
cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 400.000,00 (quatrocentos de biossegurança e de distanciamento físico.
mil Kwanzas). 2. As actividades e reuniões realizadas em espaço
4. Sempre que as autoridades de ordem pública tiverem aberto devem observar o distanciamento físico mínimo
conhecimento das infracções ao disposto no presente artigo, de 2 m entre os participantes e ser realizadas em espaço
devem determinar o encerramento temporário do estabeleci- delimitado, devendo os organizadores assegurar a disponi-
mento, nos termos da lei. bilidade de máscara facial e o cumprimento das medidas de
ARTIGO 23.º biossegurança.
(Restaurantes e similares) 3. O disposto no número anterior aplica-se às actividades
1. Os restaurantes e similares mantêm-se em funciona- políticas e cívicas massivas realizadas na via pública.
mento, para atendimento no local, entre as 6h00 e as 22h00. 4. Sem prejuízo do disposto no n.º 2, as actividades polí-
2. Sem prejuízo de outras regras específicas, o funciona- ticas e cívicas massivas não podem ter carácter ambulante,
mento dos restaurantes e similares obedece às seguintes regras: devendo ser circunscritas a local determinado.
a) A ocupação dos estabelecimentos não deve exce- 5. Nos casos previstos nos números anteriores, reco-
der 50% da sua capacidade; menda-se que os eventos levem o mínimo necessário de
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tempo, com vista a reduzir o período de exposição das pes- e determinar a apreensão definitiva dos respectivos bens e
soas e, sempre que possível, se opte por meios digitais de equipamentos e posterior comercialização em hasta pública
comunicação. nos termos da Lei n.º 12/11, de 16 de Fevereiro.
6. As actividades e reuniões com número superior aos 8. As violações ao disposto no presente artigo são san-
limites previstos no presente artigo estão sujeitas à autoriza- cionadas com multas que variam entre os Kz: 400.000,00
ção das autoridades sanitárias. (quatrocentos mil Kwanzas) e os Kz: 600.000,00 (seiscen-
7. A violação do disposto no presente artigo é sancionada tos mil Kwanzas), sem prejuízo do encerramento temporário
com multa que varia entre os Kz: 400.000,00 (quatrocen- dos locais, nos termos da lei.
tos mil Kwanzas) e os Kz: 500.000,00 (quinhentos mil ARTIGO 27.º
Kwanzas). (Actividades religiosas)
8. A multa pela infracção prevista no número anterior é 1. É permitida a realização de actividades religiosas
da responsabilidade do promotor do evento. todos os dias da semana.
ARTIGO 26.º 2. Sem prejuízo das regras específicas fixadas pelos
(Actividades recreativas, culturais e de lazer Departamentos Ministeriais competentes, as actividades
na via pública ou em espaço público)
religiosas funcionam nos seguintes termos:
1. Os museus, teatros, monumentos e similares, bem
a) Uso obrigatório de máscara facial;
como as bibliotecas e mediatecas mantêm-se em funciona-
b) Distanciamento físico durante as celebrações;
mento, até às 18h00, sendo obrigatório o uso de máscara
c) Lotação limitada a 50% da capacidade do lugar de
facial e a observância das regras de biossegurança e de
celebração, quando realizados em local fechado,
distanciamento físico, não devendo exceder 50% da sua
com o limite máximo de 100 pessoas, sendo res-
capacidade.
peitada a distância mínima de 2 m entre os fiéis;
2. Mantém-se permitida a realização de feiras de cul-
tura e arte, bem como de exposições de moda ou similares, d) Afixação no exterior dos lugares de culto da capa-
em espaços públicos ou privados, até às 20h00, sendo obri- cidade de lotação do espaço;
gatório o uso de máscara facial e a observância das regras e) Colocação de recipientes para oferta em pontos
de biossegurança e de distanciamento físico, não devendo de fácil acesso, devendo os fiéis deslocar-se ao
exceder 50% da capacidade do local. respectivo local observando o devido distancia-
3. É autorizado o funcionamento dos cinemas em todo mento físico;
o território nacional até às 22h00, observada a obrigação de f) Desinfecção e ventilação regular dos lugares de
uso de máscara facial, do distanciamento físico e das res- culto.
tantes regras de biossegurança fixadas pelos Departamentos 3. Com vista a evitar o confinamento prolongado de fiéis
Ministeriais competentes, não devendo exceder 50% da nos lugares de culto, reduzindo o risco de exposição, é reco-
capacidade de lotação das salas. mendado que as celebrações em espaço fechado tenham
4. Mantém-se interdito o funcionamento dos clubes de uma duração máxima de duas horas.
diversão nocturna. 4. As autorizações previstas no presente artigo são cir-
5. É permitido o funcionamento dos casinos e salas de cunscritas às entidades religiosas legalmente reconhecidas e
jogos até às 22h00, sendo obrigatório o uso de máscara que possuam condições de biossegurança para a realização
facial e a observância das regras de biossegurança e de dis- das celebrações.
tanciamento físico, não devendo exceder 50% da capacidade 5. As celebrações religiosas devem ser realizadas em espaço
do local. aberto sempre que o local de culto não ofereça condições para
6. São permitidos espectáculos de música com carácter suficiente ventilação e para distanciamento físico entre os fiéis,
não dançante, até às 22h00, nos seguintes termos: mediante autorização das autoridades locais competentes, nos
a) Realizados em salas fechadas; termos do n.º 2 do artigo 24.º da Lei n.º 12/19, de 14 de Maio,
b) Limitação de até 75% da capacidade do espaço; não devendo, em caso algum, exceder o limite de 150 pessoas.
c) Proibição de pistas de dança; 6. Não podem ser realizadas celebrações entre as 22h00
d) Plateia sentada, com um distanciamento mínimo e as 5h00.
de 2 m; 7. É proibida a realização de peregrinações.
e) Uso obrigatório de máscara facial. 8. A violação do disposto no presente artigo pode dar lugar
7. Sempre que se verifique o incumprimento do disposto à suspensão, interdição ou encerramento das actividades, nos
no número anterior, os órgãos competentes determinam o termos do artigo 52.º da Lei n.º 12/19, de 14 de Maio.
encerramento compulsivo dos estabelecimentos por um ARTIGO 28.º
período entre os 30 e os 90 dias, calculados em função da (Ajuntamentos)

gravidade da infracção, podendo a desobediência origi- 1. São permitidos ajuntamentos domiciliares até ao
nar crime, nos termos do artigo 39.º do presente Diploma, máximo de 15 pessoas.
I SÉRIE –– N.º 165 –– DE 31 DE AGOSTO DE 2021 7197

2. Não são permitidos ajuntamentos de carácter festivo 3. Nas cerimónias fúnebres realizadas nos termos do
em local não domiciliar, sendo interdito o acesso a salões de disposto nos números anteriores é obrigatório o uso de más-
festas e estabelecimentos similares. cara facial e a observância do distanciamento físico, sendo
3. A violação do disposto no número anterior dá lugar vedado o acesso ao cemitério por parte de pessoas sem más-
à aplicação de multa, que varia entre Kz: 600.000,00 (seis- cara facial.
centos mil Kwanzas) e os Kz: 800.000,00 (oitocentos mil
Kwanzas), ao encerramento compulsivo do estabelecimento ARTIGO 32.º
(Transportes colectivos de pessoas e bens)
por um período entre 30 e 90 dias, calculados em função
da gravidade da infracção, havendo apreensão definitiva dos 1. Os transportes colectivos urbanos e interurbanos de
bens e equipamentos e posterior comercialização em hasta passageiros, públicos e privados, funcionam com até 75%
pública nos termos da Lei n.º 12/11, de 16 de Fevereiro. da sua lotação.
4. A violação do disposto no n.º 1 dá lugar à aplicação de 2. As empresas que prestem os serviços previstos no
multa, que varia entre os Kz: 100.000,00 (cem mil kwanzas) número anterior devem adequar a sua força de trabalho, de
e os Kz: 200.000,00 (duzentos mil Kwanzas). forma a garantir a continuidade dos serviços, e realizar a
5. São individualmente responsáveis pelo pagamento das higienização e desinfecção regular dos veículos.
multas previstas no número anterior as entidades responsá-
3. Sem prejuízo de poder dar lugar à apreensão do veí-
veis pela promoção dos ajuntamentos e os proprietários ou
responsáveis dos locais onde estes se realizem. culo e à suspensão da respectiva licença quando aplicável, a
violação do disposto no n.º 1 do presente artigo é sancionada
ARTIGO 29.º
(Ajuntamentos na via pública) com multa que varia entre os Kz: 50.000,00 (cinquenta mil
1. Sem prejuízo das situações previstas no presente Kwanzas) e os Kz: 100.000,00 (cem mil Kwanzas).
Diploma, não são permitidos ajuntamentos, de qualquer ARTIGO 33.º
natureza, superiores a 10 pessoas na via pública. (Moto-táxi)
2. Para efeitos do número anterior, as Forças de Segurança 1. Nos serviços de moto-táxi é obrigatório o uso de más-
e Ordem Pública asseguram a circulação dos cidadãos, inter- cara facial para o passageiro e o condutor.
vindo sobre os aglomerados de mais de 10 pessoas, sendo que 2. A violação do previsto no presente artigo é sancio-
a resistência às ordens directas das autoridades é sancionada nada com multa que varia entre os Kz: 5.000,00 (cinco mil
como crime de desobediência, nos termos do artigo 24.º da Kwanzas) e os Kz: 10.000,00 (dez mil Kwanzas).
Lei n.º 28/03, de 7 de Novembro, com a redacção dada pela
Lei n.º 14/20, de 22 de Maio, sem prejuízo das sanções admi- ARTIGO 34.º
(Praias, piscinas e marinas)
nistrativas aplicáveis.
3. A violação do disposto no presente artigo dá lugar à 1. É permitido o acesso às praias, piscinas de acesso
aplicação de multa que varia entre Kz: 200.000,00 (duzen- ao público e demais zonas balneares a partir do dia 15 de
tos mil Kwanzas) e os Kz: 400.000,00 (quatrocentos mil Setembro, mediante avaliação da situação epidemiológica.
Kwanzas). 2. Enquanto se mantiver a interdição do acesso às praias,
4. A multa prevista no número anterior é da responsa- piscinas de acesso ao público e demais zonas balneares, a
bilidade da pessoa, individual ou colectiva, promotora do sua violação dá lugar à aplicação de multa que varia entre os
ajuntamento. Kz: 30.000,00 (trinta mil Kwanzas) e os Kz: 50.000,00 (cin-
ARTIGO 30.º
quenta mil Kwanzas).
(Bebidas alcoólicas) 3. Mantém-se permitido o acesso aos clubes navais e
marinas para fins desportivos, bem como a utilização de
1. É interdita a comercialização e o consumo de bebidas
embarcações para fins recreativos.
alcoólicas na via pública.
4. A utilização de embarcações para fins recreativos obe-
2. A infracção ao disposto no presente artigo é sancio- dece a uma lotação não superior a 50% da capacidade.
nada com multa que varia entre os Kz: 25.000,00 (vinte 5. A violação do disposto no número anterior dá lugar à
e cinco mil Kwanzas) e os Kz: 50.000,00 (cinquenta mil aplicação de multa que varia entre os Kz: 100.000,00 (cem
Kwanzas). mil Kwanzas) e os Kz: 300.000,00 (trezentos mil Kwanzas).
ARTIGO 31.º
(Cerimónias fúnebres) CAPÍTULO III
Infracções
1. São permitidas cerimónias fúnebres com até 20 par-
ticipantes, devendo os funerais realizar-se no período ARTIGO 35.º
compreendido entre as 8h00 e as 13h00, obedecendo às (Multas)

regras de biossegurança e distanciamento físico. 1. A determinação do valor da multa aplicável, nos casos
2. Nos funerais de pessoas que tenham como causa de previstos no presente Diploma, varia consoante o tipo de
morte a COVID-19 são permitidos até 10 participantes, sem infracção, a culpa, o benefício e a capacidade económica do
prejuízo de outras regras definidas pelas autoridades sanitá- agente.
rias, devendo os funerais realizar-se apenas no período da 2. O disposto no presente Diploma não prejudica a res-
tarde. ponsabilidade civil do infractor.
7198 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 36.º ARTIGO 41.º


(Processamento das multas) (Interdição temporária de entrada)

As multas decorrentes de penalização por violação das 1. Sem prejuízo do disposto no artigo 7.º, mantém-se
medidas previstas no presente Diploma podem ser processadas temporariamente suspensa a entrada no País, por qualquer
e cobradas por qualquer instrumento destinado a possibilitar a via, de cidadãos provenientes da República Federativa do
sua recolha para a Conta Única do Tesouro Nacional. Brasil e da República da Índia.
ARTIGO 37.º
2. A interdição prevista no número anterior é também
(Receita das multas) aplicável aos cidadãos que tenham feito trânsito em qual-
1. A totalidade da receita resultante das multas aplica- quer dos dois países.
das por violação das medidas previstas no presente Diploma 3. Exceptuam-se do âmbito do presente artigo os cida-
dãos de nacionalidade angolana e os estrangeiros residentes
reverte a favor da província onde a mesma é aplicada,
que, em caso de proveniência ou trânsito em qualquer dos
devendo ser exclusivamente destinada à melhoria das suas
países designados no n.º 1, são obrigados à observância de
condições de biossegurança.
quarentena institucional nos termos definidos pelas autori-
2. A receita referida no número anterior é disponibilizada
dades sanitárias.
aos Governos Provinciais a título de quota financeira.
4. A quarentena institucional prevista no número anterior
3. Compete ao Departamento Ministerial responsável
está sujeita à comparticipação nos termos definidos pelos
pelas Finanças Públicas assegurar a operacionalização téc-
Departamentos Ministeriais competentes.
nica do pagamento das multas referidas no número anterior.
ARTIGO 42.º
ARTIGO 38.º (Falsas declarações)
(Fiscalização)
As informações falsas prestadas nos casos das situações
1. A fiscalização do cumprimento dos deveres previstos previstas no n.º 3 do artigo 7.º e do n.º 3 do artigo 12.º do
no presente Diploma, incluindo a aplicação de multas, é da presente Diploma são sancionadas nos termos gerais da Lei
responsabilidade das autoridades de ordem pública, de ins- Penal.
pecção e fiscalização legalmente competentes.
ARTIGO 43.º
2. Nos termos do disposto no número anterior, as autori- (Aplicação subsidiária)
dades de ordem pública podem determinar as medidas que Em tudo não previsto no presente Diploma, são subsi-
se revelem necessárias para o cumprimento do disposto no diariamente aplicáveis as normas constantes do Decreto
presente Diploma, incluindo o encerramento compulsivo Presidencial n.º 142/20, de 25 de Maio, que não contrariem
de estabelecimentos comerciais, mercados, restaurantes e o disposto no presente Decreto Presidencial.
similares. ARTIGO 44.º
3. O encerramento compulsivo previsto no número (Revogação)
anterior pode ser realizado mesmo depois de consumada a É revogado o Decreto Presidencial n.º 189/21, de 6 de
infracção desde que as autoridades de ordem pública tenham Agosto.
conhecimento por qualquer meio de prova disponível.
ARTIGO 45.º
ARTIGO 39.º (Dúvidas e omissões)
(Desobediência)
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
A resistência ao cumprimento das medidas previstas no aplicação do presente Decreto Presidencial são resolvidas
presente Decreto Presidencial constitui crime de desobe- pelo Presidente da República.
diência, nos termos do artigo 24.º da Lei n.º 28/03, de 7 de ARTIGO 46.º
Novembro, com a redacção dada pela Lei n.º 14/20, de 22 de (Entrada em vigor)
Maio, sem prejuízo das sanções administrativas aplicáveis. O presente Diploma entra em vigor à meia-noite (0h00)
do dia 1 de Setembro de 2021.
CAPÍTULO IV
Disposições Finais e Transitórias Publique-se.

ARTIGO 40.º Luanda, aos 31 de Agosto de 2021.


(Cerca sanitária na Província de Luanda) O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
É levantada a cerca sanitária na Província de Luanda a Lourenço.
partir da meia-noite (0h00) do dia 1 de Setembro de 2021. (21-7036-A-PR)

O. E. 1190 - 8/165 - 150 ex. - I.N.-E.P. - 2021

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