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SPEClAL ARTICLE
Fibromialgia c*)
Provenza JR, Pollak DF, Martinez JE, Paiva ES, H elfenstein M , Heymann R , M atos JMC, Souza EJR
• Trabalho rea lizado por representant es da Sociedade Brasileira de Reum ato logia. Elaboração fi nal: 2 de março de 2004.
O Pro jeto Diretrizes. inic iativa conjunta da Assoc iação Médica Brasileira e Consel ho Federal de Medi cina , tem por o b jetivo concil iar in formações da área
médica a fi m de padroniza r condutas que auxiliem o ra ciocínio e a t omada de dec isão do médico. As informações con tidas neste projeto devem ser submeti-
das à ava liação e à crítica do méd ico. respo nsável pela conduta a ser seguida, frente à realidade e ao estado cl ínico de cada paciente a ser segu ida , frente à
rea lidade e ao estado cl íni co de cada paciente.
Endereço para correspondência : Sec re ta ria editorial. Av. Brigadei ro Lu iz Antonio, 24 66 , conj . 93 , CEP O1402-000, São Pa ulo , SP. Brasil. E-mai l: sbre@t erra.combr
Assim com o em outras condições crônicas, como a artrite m aneira difu sa, afetando segm entos da coluna vertebral,
reumatóide, há um aumento na prevalência de diagnóstico m embros superiores e infe riores.
de depressão nesses pacientes. Entretanto, não fi cou com- Sintomas centrais que acom panham o quadro doloroso
provada a hipó tese de que a fib romialgia possa ser uma são o sono não reparado r e a fadiga, presentes na grande
variante da doença depressiva(4)(C). O estresse psicológico m aio ria dos pacientes. Têm sido relatados diversos tip os
po de determinar quem se to m ará um paciente. Os diag- de distú rbios de so no, resultando ausência de restauração
nósticos diferenciais que geralmente são considerados no de energia e conseqü ente cansaço, qu e aparece logo pela
espectro da fib romialgia são as doenças som atofo rmes, m anhã. A fa diga pode ser bastante signifi cativa, com se n-
especialmente o distúrbio de som atização e distúrbio de sação de exaustão fácil e dificuldade para realização de
do r, co mo definidos no DSM - IV. D o ponto de vista tera- tarefas labo rais o u d o m ésti cas. Se nsações pares tésicas
pêutico, raram ente é útil caracterizar a fibromialgia com o habitualmente se fazem presentes. É imp ortante ressaltar
sendo um problem a puramente psicológico o u puram ente qu e as parestesias n estes pacientes não respeitam uma
orgânico. Considerando to dos os estudos apo ntando para distribuição dermatômica(7) (D).
uma disfunção do processam ento senso rial, pode- se infe rir O utro sinto ma geralmente presente é a "sensação" de
que a do r desses pacientes é real, e qu e os sinto mas psico- inchaço, particularmente nas mãos, antebraços e trapézios,
lógicos podem ser secundários à do r. Vale a pena lembrar qu e não é observada pelo examinador e não está relacionada
que o diagnósti co de distúrbio som atoforme deixa de existir a qualquer processo inflam atório. Além dessas m anifestações
quando existe uma explicação fisiopatológica plausível; por músculo- esqueléticas, muitos se qu eixam de sintom as não
exemplo, a síndrome do intestino irritável não é considerada relacionados ao aparelho locom o tor. Entre esta variedade
um distúrbio som atoforme. de queixas, destaca- se cefaléia, to ntura, zumbido, dor to-
A alteração do sono mais comum co nsiste na intrusão rácica atípica, palpitação, dor abdominal, constipação, diar-
de o ndas alfa em o ndas delta de so no p rofundo, levando a réia, dispepsia, tensão pré-menstrual, urgência miccional,
um sono não reparado r(5) (D). Isto é encontrado em várias dific uldade de concentração e falta de mem ória(8) (C).
o utras doenças com dor crô ni ca, incluindo artrite reuma- Cerca de 30% a 50% dos pacientes possuem depressão.
tóide e neoplasia terminal. Outros achados são diminuição Ansiedade, alteração do humo r e do comp o rtam ento,
do sono tipo REM , m ovimentos periódicos dos m embros, irritabilidade ou outros distúrbios psicológicos acompanham
sín drom e das pernas inquietas, fadiga matutina e dor ao cerca de 1/ 3 destes pacientes, embora o m odelo psicopato-
despertar. lógico não justifique a presença da fi bromialgia(9)(B).
O exam e fisico fo rnece poucos achados. Eles apresentam
QUADRO CLíNICO bom aspecto geral, sem evidência de doen ça sistêmica, sem
sinais inflamató ri os, sem atrofia m uscular, sem alterações
O quadro clinico desta síndro me costu ma ser polimorfo, neurológicas, com boa amplitude de movimentos e com
exigindo anamnese cuidadosa e exam e fisico detalhad o. O força muscular preservada, apesar dos sintom as m encio-
sintom a prese nte em todos os pacientes é a dor difusa e nados. O único achado clínico importante é a presença de
crônica, envolvendo o esqueleto axial e periférico. Em sensibilidade dolorosa em determi nados sítios anatô micos,
geral , os pac ientes têm dificuldade para localizar a do r, cham ados de tender p oints. Faz-se importante ressalta r que
muitas vezes apo ntando sítios peri-articulares, sem espe- estes "pontos dolorosos" não são geralm ente conhecidos
cificar se a origem é mu scular, óssea ou articular. O caráter pelos pacientes, e n o rmalmente não se situ am na zona
da do r é bastante variável, podendo ser qu eimação, po ntada, central de do r por eles referida. De acordo com os critérios
peso, " tipo cansaço" o u com o unu contusão. É conlum a atu ais, deve m se r p es qui sad os os seguint es p ares d e
referência de agravam ento pelo frio, umidade, m udança pontos(1) (A) :
climática, tensão em ocio nal ou por esforço fisico(6) (D). 1. Subocciptal - na inserção do m úsculo subocciptal;
Uma propo rção dos pacientes lembra qu e a do r é de 2. Cervical baixo - atrás do terço inferior do esternoclei-
início mais localizada em uma determinada região, prin- dom astoideo, no ligam ento intertransverso C 5-C6;
cipalmente na coluna cervical, envolvendo o u não os tra- 3. T rapézio - ponto médio do bordo superior, numa
pézios, outras vezes ini ciando-se co mo uma cervicobra- parte firme do músculo;
quialgia ou com o uma cervicodorsalgia. Uma o utra parte 4. Supra- espinhoso - acima da escápula, próxim o à borda
dos pacientes alega que o qu adro doloroso iniciou-se j á de m ediaI, na origem do m úsculo sup ra-espinhoso;
444 Rev Bra s Reumato l, v, 44 , n. 6, p. 443 -9, nov./dez., 2004
Fi bro mia lgia
5. Segunda j unção costo- condral - lateral à j unção , na o tratam ento tem como o bj etivos o alívio da dor, a m elhora
origem do músculo grande peitoral; da qualidade do sono , a manutenção ou restabelecimento
6. Epicôndilo lateral - 2 a 5 em de distância do epicôn- do equilíbrio em ocional, a melhora do condicionam ento
dilo lateral; 6sico e da fa diga e o tratam ento específi co de desordens
7. Glúteo m édio - na parte m édia do quadrante súpero- associadas . Inicialmente, edu car e informar o paciente e os
externo na po rção anterior do músculo glúteo m édio ; seus familiares, proporcionando-lhes o m áxim o de infor-
8. Trocantérico - posterio r à proeminência do grande mações sobre a síndro m e e assegurando-lhes qu e se us
trocanter; sinto m as são reais. A atitude do paciente é um fator deter-
9. J oelho - no coxim gorduroso, pouco acima da linha minante na evolução da doença. Por isso, procuramos fazer
média do j oelho. com que este assuma Ul11.a atitude positiva frente às propostas
A dígito-pressão de um examinador experiente dispensa terapêuticas e seus sintomas.
o emprego do aparelho de pressão de super6cie do tipo
algôm etro ou dolorímetro . O critério de resposta dolorosa
em pelo m enos 11 desses 18 pontos, são recom endados TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
com o proposta de classificação, m as não devem ser consi-
derados com o essencial para o diagnóstico(! )(A). AN T IDEPR E SSIVOS TRICÍ CL I COS
N ão existem exam es subsidiários, tanto de laborató rio Estes fá rmacos agem alterando o m etabolism o da serotonina
co mo de imagem , qu e tenham utilidade diagnóstica para a e a noradrenalina, e nos nociceptores periféricos e mecâ-
síndrom e, exceto quando outras enfermidades estiverem nico-recepto res, promovendo analgesia periférica e central,
presentes concomitantemente. potencializando o efeito analgésico dos opióides endógenos,
N o diagnóstico diferen cial, as seguintes condições devem aumentando a duração da fase 4 do sono n-REM, melho-
ser lembradas(I )(A): rando os distúrbios de so no e diminuindo as alterações de
1. Síndrome da dor miofascial; humo r destes pacientes.
2. R eumatism o extra- articular afetando várias áreas; A amitriptilina de 12,5-50m g, ministrada normalmente
3. Polimialgia reumática e artrite de células gigantes; 2 a 4 ho ras antes de deitar, dem onstra m elhora na fadiga,
4. Polimiosites e dermato polimiosites; no quadro dolo roso e no sono destes pacientes(!Q) (B).
5. Mioparias endócrinas - hipotiroidismo, hipertiroidismo, A ciclobenzaprina, um agente tricíclico com estrutura
hiperparatiroidismo, insuficiência adrenal; similar à da amitriptilina, é uma droga qu e não apresenta
6. Miopatia m etabólica por álcool; efeitos antidepressivos, sendo utilizada co mo miorrelaxante.
7. N eoplasias; D oses de 10 a 30 mg, tomadas 2 a 4 ho ras antes de deitar,
8. D oença de Parkinson; apresentam eficácia significativa no alívio da maioria dos
9. Efeito colateral de drogas - corticosteróide, cimeti- sintom as da fibromialgia. A eficácia e a tolerabilidade da
dina, estatina, fibratos, drogas ilícitas . amitriptilina e da ciclobenzaprina no tratam ento da fibro-
D entre todas as enfermidades qu e necessitam de diag- mialgia podem ser consideradas semelhantes(II )(A).
nóstico diferencial com a fibromal gia, a síndrome da dor
miofascial deve estar em destaque devido a sua maio r seme-
B L OQUEADORES SEL ETIVOS DE RECAP TAÇÃ O DE
lhança clínica com a fib romalgia. Esta é uma síndrome de
SER O TON I NA
dor regional. Apresenta área localiza da de dor cham ada
Bloqu eado res seletivos de recaptação de seroto nina, espe-
de trigger p oints, qu e algumas vezes é acompanhada, pela
cialmente a fluo xetina, podem ser utilizados na síndrome.
palpação da musculatura, de nódulos fibró ticos ou bandas
A fluo xetina, quando usada em conjunto com um derivado
musculares tensas. Apresenta também zona referencial de
tricíclico, pode amplifi car a ação destes últimos no alívio
dor profunda característica, que é agravada pela palpação
da do r, do sono e bem -estar global. D eve ser administrada
dos trigger points e qu e deve ser completam ente extensiva
pela m anhã em doses entre 10 a 40 mg(!2) (B).
e localizada em uma considerável distância desses pontos.
aumenta a efetividade da resposta terapêutica quando asso- um tratamento alternativo e aceitável<zO) (C), demonstrando
ciado ao antiinflamatório não hormonal(l4) (C). Os benzo- melhora importante dos sintomas.
diazepínicos não devem ser utilizados em pacientes com
fibromialgia de maneira rotineira devido ao aparecimento SUPORTE PSICOLÓGICO
de dependência química. Entre 25% a 50% destes pacientes apresentam distúrbios
psiquiátricos concomitantes, que dificultam a abordagem
ANALGÉ SICOS e a melhora clínica destes, necessitando muitas vezes de
O paracetamol(15) (B) e a dipirona constituem alternativas para um suporte psicológico profissional. A abordagem cogni-
analgesia, como tratamento coadjuvante. A utilização do tivo-comportamental também é efetiva, desde que com-
cloridrato de tramadol associado ao paracetamol contribui binada com técnicas de relaxamento, ou exercícios aeró-
para a melhora da dor nos pacientes com fibromialgia(l 6) (A), bicos, alongamentos e educação familiar. Esta última é
mas não para a redução do número de tender points. extremamente importante, em especial por se tratar de uma
enfermidade de longa duração, com queixas persistentes.
OUTROS Por outro lado, o apoio psicológico dos familiares conduz,
O tratamento com hornlônio de crescimento recombinante com certeza, à melhor qualidade de vida.
pode ser útil no alívio dos sintomas de pacientes com
fibromialgia(l7)(D). BIOFEED-BACK E HIPNOTERAPIA
A avaliação da qualidade de vida ou do impacto das Levando-se em conta a capacidade dos instrumentos
doenças pode ser feita através de outros questionários genéricos de detectar mudanças, eles devem merecer a
padronizados, nos quais são designados escores para as várias preferência quando das avalia ções evolutivas. O questio-
questões envolvidas. Esses instrumentos podem ser classi- nário conhecido como FibromyaJgia Impact Questionnaire
ficados em genéricos ou específicos. São questionários ou, simplesmente, FIQ é o instrumento específico para a
genéricos aqueles desenvolvidos com a finalidade de refletir avaliação do impacto na qualidade de vida. É composto de
o impacto de uma doença sobre a vida de pacientes em questões relacionadas à influência da doença nas atividades
uma ampla variedade de população. Avaliam aspectos do dia-a-dia, nas atividades profissionais e questões relacio-
relativos à função, à disfunção e ao desconforto fisico e nadas à intensidade dos principais sintomas. O FIQ tem
emocional(24 l(D) boa confiabilidade, comparado com as escalas relevantes
São específicos aqueles capazes de avaliar de forma indi- do Arthritis Impact Measurement Scales- AIMS(3 ll (C).
vidual determinados aspectos da qualidade de vida, propor- A literatura ainda mostra a utilização de questionários
cionando uma maior capacidade de detectar melhora ou relacionados a determinados aspectos da 6brornialgia, como
piora do aspecto específico em estudo. Sua principal carac- por exemplo capacidade funcional no Health A ssessment
terística é seu potencial de ser sensível às alterações após Questionnaire - HAQ, depressão no Beck Depression
uma determinada intervenção(23 l(D). Questio11113Íre, qualidade do sono no Post-Sleep lnventOly,
A fibromialgia provoca um impacto negativo importante entre outros(32l (D). O questionário genérico que apresenta
na qualidade de vida dos pacientes(30l(B). O impacto global maior número de referência de uso na 6bromialgia é o Medicai
envolve aspectos pessoais, profissionais, familiares e sociais. Outcome Survey 36 itens Short FOl1JJ Study-SF36(33 l (B).
O impacto na qualidade de vida correlaciona-se fortemente Os autores recomendam que o paciente seja acompa-
com a intensidade da dor, fadiga e decréscimo da capacidade nhado utilizando-se os seguintes instrumentos: 1 - escalas
funcional. Dessa forma, a utilização desses instrumentos analógicas numéricas, de O à 10, para os principais sintomas
enquanto método de acompanhamento clínico é bastante que incluem a dor, fadiga, qualidade do sono, ansiedade e
interessante, quando associada às medidas de avaliação dos depressão; 2 - o FIQ, instrumento específico de impacto
sintomas. da doença sobre a qualidade de vida.
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