Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
R. AMBELAIN
Grão-mestre do Rito de Memphis-Misraim
Grão-mestre de Honra do Grande Oriente do Brasil
SCALA PHILOSOPHORUM
ou
NA ARTE REAL
1965
SCALA PHILOSOPHORUM
ÍNDICE
Introdução (Parte 1) 3
Prefácio 4
A Arte Real 8
A Escada Filosófica 12
As Origens da Franco Maçonaria 19
Noções Gerais de Alquimia (Parte 2) 29
Da Alquimia a Androquimia 32
2
INTRODUÇÃO
1
La Kabbale Pratique (Niclaus éditeur, Paris 1951).
2
L’Alchimie Spirituelle (La Difusion Scientifique éditeur, Paris 1963)
3
PREFÁCIO
“Um dos horizontes mais importantes que nos abre esta obra é o das
projeções. A projeção é este fenômeno singular, singular mas original, pelo qual
um indivíduo imprime sobre um objeto ou um ser do mundo ambiente um conteúdo
ou uma tonalidade psíquica que é em si mesma em verdade um traço da sua vida
interior. A projeção revelou-se de uma importância igual à percepção. Hoje em
dia é necessário afirmar-se que o indivíduo tem duas ligações com o mundo: a
percepção e a projeção. Estes dois liames, embora se exercendo em direção
inversa, têm igual importância e também igual irracionalidade”
Mais adiante ele nos precisa a natureza dos arquétipos estudados por Jung:
4
intelectuais, e provavelmente condutores ocultos das corporações operativas que
neles haviam depositado confiança.
Citaremos antes de mais nada esta inscrição iraniana, cuja idade deve estar
perto dos vinte e cinco séculos:
“O que eu entendo aqui por beleza das formas não é o que o profano
entende geralmente por esse nome, mas sim aquilo que reside no sábio e
judicioso emprego do Compasso, do Cordel e do Esquadro ...
“Eu me esforço por levar uma vida amorosa e sábia, guiando-me pelo Nível
e o Esquadro...” 6
5
associando o Instrumento da salvação e o símbolo da retidão moral 7?
Nós ainda nos permitiremos fazer observar a alguns Maçons franceses que
talvez o ignorem, que é somente em França que as Obediências Maçônicas de
tendência racionalista representam maioria considerável. No plano internacional é
bem diferente. A Franco-maçonaria dita espiritualista constitui imensa e
esmagadora maioria. Não nos cabe absolutamente tirar disso conclusões ou fazer
julgamento. Limitamo-nos a constatar, e isto implica evidentemente em que esta
obra tenha isso em conta na natureza e na escolha das citações. Antecipadamente
pedimos desculpas aos nossos leitores.
7
Citados por Louis Lachat: “A Franco Maçonaria Operativa” (Figuière éditeur, Paris
1934).
8
Convém observar que a versão vétero-testamentária que possuímos foi estabelecida por Esdras
após o Cativeiro na Babilônia e de memória . Não será impossível supor que tenham sido
estabelecidos contatos entre as corporações judaicas e as da Babilônia. Mas isto implica
igualmente em relações entre a casta sacerdotal de Israel e essas mesmas corporações judaicas.
E aí voltamos à possibilidade de existência de “membros aceitos”, já naquela época, em Israel. O
que é confirmado pelo fato de que todo israelita, inclusive os levitas e os doutores da Lei, deviam
praticar um ofício manual, e portanto pertencer a uma corporação. Não era Jesus companheiro
carpinteiro, e filho de companheiro carpinteiro?
6
Ordem escrevia: “A Franco- Maçonaria é o homem, livre em seu pensamento e em
sua consciência, que forma para si sua moral e a impõe a si mesmo como um
imperativo categórico...” 9
Que homenagem mais bela, ainda que involuntária, esta definição tão exata
vinda de um adversário...
Retenhamos apenas desta declaração tão nítida que querer ser “livre em
seu pensamento e em sua consciência” é, aos olhos desse católico, um erro
imperdoável. A oposição permanece pois, total, irredutível, entre os que querem a
sociedade sob seus absolutos dogmáticos e aqueles que se recusam a impor
qualquer entrave à introspecção humana.
9
Citado por Antônio Cohen e Michel Dumesnil de Grammont, antigos grão-mestres da Grande
Loja de França, em “A Franco-maçonaria Escocesa” (Figuière éditeur, Paris 1934).
10
Os anticlericais fazem geralmente suas críticas apenas contra a Igreja Romana, mas parecem
muito indulgentes para com o Islam, o Judaísmo ou as Igrejas Reformadas. Nós o seremos
menos! Por volta de 1950, em Aden, tendo um jornalista árabe rompido, por um dia, o jejum
ritual do Ramadan, foi condenado a vinte e quatro chibatadas, à confiscação de seus bens, e a
cinco anos de prisão. Ele havia comido em público, ao meio dia, um sanduíche. Uma
condenação tão severa equivale praticamente ali a uma condenação à morte. Na Europa
ninguém se comoveu.
Em alguns estados protestantes (ignoramos a seita exata) dos Estados Unidos, leis arcaicas,
redigidas há três séculos por imigrantes puritanos, recalcados e pudibundos, pretendem
controlar e dirigir a vida sexual e mais secreta de casais legítimos. Toda infração a essas leis,
revelada, conhecida e demonstrada, leva à justiça o homem e a mulher culpados...
Na Grã Bretanha, nos Países Baixos, toda infração ao repouso dominical é sancionada por leis,
leis tendo em conta o papel privilegiado de uma religião de estado.
7
A ARTE REAL
8
denominação de “dons”. Esta palavra vem do Latim “Donum” e tem por sinônimo
no próprio latim “facultas”, significando capacidade, talento, meio, força de ação,
faculdade. A imprensa católica fez predominar, na Idade Média, o termo DOM,
subentendido “do Espírito Santo”. Observemos todavia que a palavra VIRTUDE
deriva do latim virtus: força, poder.
12
Sabe-se que foi Louis Claude de Saint-Martin, um dos criadores do Martinismo, quem deu à
Franco-maçonaria do XVIII século a célebre divisa: “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, que.
depois se tornou a da França!!
9
dispendiosos. A invenção da imprensa nada lhes deveria facilitar nesse domínio.
As Bíblias impressas eram raras, de alto custo, volumosas e incômodas. Se sua
posse e sua leitura eram acessíveis às pessoas instruídas e opulentas, isto
acontecia somente nos Estados totalmente afeiçoados à Reforma. As nações
católicas (França, Itália, Espanha, Alemanha, Áustria) eram obrigadas a respeitar
a interdição romana, formulada e apoiada pelo braço secular.
13
Uma tradição da Idade Média diz que um bispo alemão do Reno, tendo conseguido
aprender do filho de um Mestre de Obra o essencial de alguns ritos e operações secretos que
haviam sido praticados à meia-noite dois dias antes no canteiro de uma nova catedral, pelos
Companheiros - Construtores, este bispo foi misteriosamente executado por eles algumas
10
desta Arte Real que constitui a Maçonaria Especulativa, e veremos logo que a
Alquimia é o seu esquema de aplicação no plano espiritual, moral e intelectual.
O que quer que pensem os Maçons, este segredo existe. Ele tem relação
com diversos aspectos do pensamento e do conhecimento esotérico, e com
diversas aplicações destes. Foi uma das armas essenciais da Rosa-Cruz no
décimo sétimo século. E continua sendo!
horas mais tarde. Sem dúvida, a sua tagarelice punha em perigo a liberdade e provavelmente
a vida desses Maçons Operativos.
11
A ESCADA FILOSÓFICA
a) quais são seus deveres para com um Ser Supremo, que o mundo profano
denomina Deus, e que a Maçonaria qualifica de Grande Arquiteto do Universo,
b) quais são seus deveres para com o Universo, considerado como o conjunto
das criaturas que desenvolvem sua existência própria paralelamente à sua,
- um pedaço de pão,
- um galo,
12
- uma foice,
- a palavra “V.I.T.R.I.O.L.U.M”,
- diversas sentenças:
“Se o teu coração está invadido pelo medo, não vás adiante”
“Aquele que souber vencer os horrores da Morte, saíra vivo do seio da terra e
tomará lugar entre os Deuses” 14
* * *
14
Esta máxima encontra sua explicação na página 156, com o comentário sobre a obtenção da
Integridade póstuma.
15
Ou ainda: medicina de verdade.
13
Ele receberá então, e antes de qualquer outra coisa, um Avental de pele
absolutamente branca, cuja abeta triangular ele de verá conservar levantada
enquanto for Aprendiz. E os cinco lados desse Avental lhe lembrarão as cinco
fases essenciais da sua Recepção.
16
Fulcanelli, cujo nome verdadeiro era Jean-Julien Champagne (ele acrescentou o prenome
Hubert em um período de sua vida) , ilustrador do “Mistério das Catedrais” e das “Mansões
14
Assim, pois, com seus nove Instrumentos, a Franco--Maçonaria
Especulativa oferece aos seus filiados sua Matéria Prima e um Instrumental que
devem, judiciosamente utilizados, levá-los a uma luz interior, de que a luz
elementar ofuscante da cerimônia da sua recepção como Aprendiz foi um pálido
reflexo.
* * *
Filosofais”, é também o autor. Foi ele quem redigiu os prefácios iniciais, que foram assinados
por um de seus alunos, M.E.Canseliet. A vida de Jean-Julien Champagne foi publicada, ilustrada
com fotografias, no numero IX dos “Cadernos da Torre Saint-Jacques” consagrados à
parapsicologia, em 1962. Nasceu em 23/01/1877, morreu em 26/8/1932. Seus dois únicos
discípulos foram M.E. Canseliet e Jules Boucher (autor da “Simbólica Maçônica” e do “Manual
de Magia Prática”). Possuímos uma série de documentos e de fotografias atestando a
veracidade desta identificação de Fulcanelli e de Champagne, não publicados.
15
Sua significação é pois: “constância no labor”. Deve-se notar ainda que os
Maçons que abandonam o uso do Avental para usar simplesmente o Colar ou a
Faixa reconhecem que o fazem por negligência ou por esquecimento.
* * *
Vê-se por esta distribuição que cada um dos três graus da Franco-
maçonaria Especulativa tem por símbolos próprios três Instrumentos.
O Aprendiz desbasta a Pedra Bruta. Para isso ele utiliza o Cinzel, cuja
ação é aplicada ou amplificada com o auxílio do Maço. A Alavanca lhe é
indispensável se ele quiser desbastar o bloco informe em suas diferentes
superfícies, o que exige virá-la e revirá-la.
- a Régua, necessária para a obtenção de uma linha reta perfeita, e para toda a
medição linear retilínea;
- o Compasso, que lhe permitirá obter perpendiculares sobre toda a reta obtida
pela Régua, realizar toda linha curva de que ele tenha necessidade para a obra
à qual se dedica, trasladar toda medida sobre qualquer linha, reta ou curva, e
traçar toda figura poligonal. O Compasso, usando-se um de seus braços, servirá
como ponta de traçar e pode ser usado sobre a Pedra cúbica talhada pelo
Companheiro, cada uma de suas seis faces servindo como prancha de traçar.
“A Trolha, nos diz Plantagenet, é o símbolo do amor fraternal que deve unir
todos os Maçons, único cimento que os obreiros podem empregar na edificação
do Templo...”
E nas mãos desse Mestre particular que é o Venerável de uma Loja, ela é,
por sua forma triangular, a imagem do Delta Luminoso ao Oriente do Templo,
símbolo da Causa Primeira não precisada e indefinida, segundo o verdadeiro
costume maçônico, e que é designada pelo nome de Grande Arquiteto do
Universo.
17
Tal deve ser, cremos nós, e à luz das correspondências analógicas
tradicionais, a repartição dos nove Instrumentos através dos três graus. Todas
as divisões modernas destes são tão pouco racionais e lógicas que os três Ritos
mais difundidos: Escocês, Francês e Memphis-Misraim divergem entre si quanto
às divisões no que diz respeito à recepção ao Grau de Companheiro.
Não é absolutamente necessário fazer figurar o que quer que seja dentro do
Triângulo Luminoso (Delta) radiante, ao Oriente da Loja, acima da Cadeira do
Venerável. Ele se basta a si mesmo e é diminuir a grandeza deste símbolo
acrescentar-lhe as quatro letras hebraicas do Tetragrama (Jehovah), ou inserir
nele um olho. Pois, lembremos aos Maçons ligados a um Rito que impõe a
presença da Bíblia sobre o Altar, a luz é a própria imagem de DEUS nas
Escrituras:, “Por tua luz, nós vemos a luz...” (Salmo XXXVI, 10), “Eu sou a luz do
mundo...” (JOÃO VIII, 12) e “a vida era a luz dos homens...” (João 1: 4).
18
AS ORIGENS DA FRANCO-MAÇONARIA
17
R. Ambelain: “Templários e Rosa—Cruzes” (Adyar Editores, Paris 1955).
18
R. Ambelain: “Templários e Rosa—Cruzes” (Adyar Editores, Paris 1955).
19
Em relação com as XXXII Vias da Sabedoria, da Cabala.
19
Mestre dos maçons operativos do reino de Escócia.
No ano seguinte, Míchel Maier, vai tomar contato em Londres com Robert
Fludd e sir Francis Bacon representando os rosacrucianos ingleses (1616)
“1646, 16º dia de outubro, 4 horas e 30 minutos após o meio dia, fui feito
Franco-maçom em Warrington, no Lancashire, com o coronel Henry Mainwring,
de Karticham (condado de Chester). Os que se encontravam então na Loja eram:
Sir Ríchard Penkett Warden, Sir James Colher, Sir Richard Stankey, Henry Littler,
20
John Elam e Hugh Brewer”.
Além desses Maçons Aceitos, mais antigos que ele, havia um núcleo de
Maçons Operativos que havia recebido estes outros? Não o sabemos. Mas é
possível. Elias Ashmole de fato toma o cuidado de distinguir as categorias sociais
entre aqueles que cita como seus predecessores na Loja. O “Sir” que precede os
três primeiros nomes realmente significa de uma forma particular a polidez
inglesa: “SENHOR” 20 , que Elias Ashmole não emprega para os últimos três
Maçons Aceitos. Estes eram, sem dúvida, plebeus. Também nada há de estranho
no fato de que ele não mencione os nomes dos verdadeiros Maçons da Loja
primitiva.
Como quer que seja, é aproximadamente nessa época que devemos situar a
penetração insidiosa e silenciosa das Lojas da Franco-maçonaria Operativa
inglesa pelos rosacrucianos.
* * *
21
Roma!), nossos rosa-cruzes remontam aos Apóstolos, por filiações das quais a
Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa mantém cuidadosamente em dia a seqüência
oficial. E pelos Apóstolos esses “poderes” remontam ao Cristo, que se diz
“pontífice segundo a ordem de Melchisedek”, unindo assim a iniciação que partiu
de Abraham (oferenda do pão e do vinho - Gênesis: 14:18) com a dos sacrifícios
sangrentos da Antiga Aliança. Tudo isso é muito importante aos olhos de nossos
rosa-cruzes, imbuídos do misticismo bíblico. E Abraham se situa, segundo os
historiadores e os exegetas, lá pela décima segunda dinastia, quanto à história
do Egito, em pleno Médio-império, e pouco depois da época heracleopolitana.
Isto nos leva a mais ou menos dezenove séculos antes da nossa era, ou seja, há
quase quatro mil anos...
Mas essa filiação espiritual, tão antiga quanto seja, não lhes basta. Se eles
têm objetivos muito ambiciosos: regeneração espiritual do Homem, da Criação
toda, restituição da Matéria Universal ao seu estado sutil inicial, etc., também têm
um problema político muito claramente colocado.
Mas não será somente aos poderes temporais que os rosa-cruzes pedirão
assistência para a realização de seu plano gigantesco, com alcance de vários
séculos. Não esqueçamos que eles recorrerão a todo o conjunto das ciências
ditas ocultas: alquimia, astrologia, magia, etc.
Contudo seria vão supor que sua fonte iniciática o fosse! Muito antes, a
tradição maçônica havia sido veiculada pelos Collegia greco-romanos, que
repousava sobre o mito dos Cabires, ou o de Hércules e de seus “trabalhos”. E
antes destes Collegia, os depositários da tradição maçônica haviam constituído
as célebres e antigas corporações fenícias de construtores, então colocadas sob
22
a proteção de Kousor, o Hefaisto de Filon de Biblos. Muito provavelmente estes
deram a iniciação às corporações judaicas. E nós reencontramos um eco da
presença destas últimas na célebre visão de Ezequiel (capítulos XL a XLIV),
onde se vê o Arquiteto Celeste, portador da cana de medir e do cordel de linho,
tomar todas as medidas para a realização da Jerusalém do Alto. Aliás é provável
que o patrono dessas corporações judaicas fosse o Metatron da Cabala, o
“Mediador” de quem fala São Paulo, Sar-ha-Olam (Príncipe do Mundo), ainda
chamado El Acher (o Outro Deus).
Assim sendo (e o leitor nos perdoará esta colocação), por que aureolar com
um ambiente religioso, particular e absoluto, um esoterismo que se apresenta de
fato como um universalismo iniciático? Assim como não poderia existir uma
geometria protestante, uma gramática católica, uma matemática judaica, uma
física islâmica, o esoterismo maçônico não poderia ser aprisionado dentro de
uma crença particular e codificada.
Essa teoria leva a uma outra. Assim como a Alma constrói sua morada de
carne no decorrer dos nove meses de gestação, e (talvez...) transmigra de
formas em formas, também se pode imaginar que o Espírito Universal, ordenador
de sua própria morada, este universo, transmigra do mesmo modo de criações
em criações, e de universo para universo...
24
O aspecto inferior dos demiurgi em relação ao Demiurgo, o Ordenador
supremo, perpetuou-se na linguagem artesanal com o termo pejorativo de
“instrumento”, que os bons obreiros aplicam aos aprendizes e aos companheiros
tecnicamente “insuficientes”...
Essa exclusão turbulenta havia sido precedida de uma outra, mais discreta.
Na Convenção de Kholo, em 1742, uma série de expulsões havia tido lugar,
pelos mesmos motivos.
22
Até o XIX século, na Rússia, o Martinismo, a Maçonaria Templária, a Rosa-Cruz, constituíram
a hierarquia clássica do encaminhamento iniciático tradicional, em três etapas principais.
25
Em França rapidamente aparecerão as Obediências de um caráter iniciático
muito marcante: os Elu-Cohen de Martinez de Pascuallis; os “Rosa-Cruzes do
Grande Rosário” do Rito Primitivo, fundado pelo marquês de Chefdebien, cuja
fonte eram os Rosa-Cruzes de Praga, e que serviu de Obediência de base ao
Rito Primitivo de Memphis-Misraim; os Philalèthes, de Savalette de Lange; os
“Iluminados de Avignon”, de Dom Pernety, etc., todas Obediências altamente
esotéricas, e que repousam agora no seio desse Rito de Memphis-Misraim.
23
Encontra-se o texto completo das “Recreações Herméticas” na bela obra de Bernard Husson:
“Dois Tratados Alquímicos do XIX século: Curso de Filosofia Hermética”, por Cambriel, e
“Hermes Desvelado”, por Cyliani (Omnium Littéraire, Paris 1964). As “ Recreações
Herméticas” aparecem como aditivo, ao fim da obra. As duas primeiras obras, esgotadas,
encantaram nossa juventude, e Jules Boucher, assim como seu mestre Fulcanelli, as tinham
em alta estima.
26
quadrado. Um dragão repousa sobre o globo, e sobre ele se apóia uma forma
humana tendo duas mãos e duas cabeças. A forma humana está. rodeada pelo
sol, a lua e cinco estrelas representando os sete planetas. Uma das cabeças é a
de um homem, e a outra a de uma mulher. A mão que se encontra do lado
masculino da figura segura um Compasso, e a que se encontra do lado feminino
segura um Esquadro.
Há muitos maçons modernos, espalhados pelo mundo, que não sabem “nem
ler, nem escrever”, e freqüentemente apenas “soletrar”...
* *
28