Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
J O R G E C E S A R M O TA
A hipótese de trabalho
Fontes
A lógica estóica
(2) [9] p. 83 .
Paulo de Tarso
( 1 0) [ 1 8] p . 69 ; [ 1 5 1 pp . 1 9-22 .
(11) [ 56- A ] p . 1 7 .
( 12) [80] vol. I pp. 1 7855 .
( 13) [ 36] p . 4 1 .
( 1 4) Apud Lowrie, Kierkegaard, vol . I p . 1 67 .
T H A Cl S / F 0 1D [ / AÇAO 1 173-214
- 1 84 -
T R A N S / F O R M / AÇÃO 1 173-214
- 185 -
( 19) [ 79 ] pp . 2 1 655 .
TRANS / F O R M / AÇÃO 1 17 3 - 2 1 4
- 1 86 -
TRAN S / F O R 11 / A Ç Ã O 1 173-214
- 187 -
(21 ) [ 1 1 O] vol . I pp . 53 e 7 1 .
(22 ) S/r . 19.5.
(23 ) c f . (8) .
não foi sim e não, mas nele houve sim . Porque todas quan
tas promessas ha de Deus, são nele sim . " (2 Co 1 , 18-20) .
Ora, a despeito de a teologia de São Paulo ser total
mente diversa da do estoicismo, há nesses textos citados de
um e de outro autor, algo idêntico : a certeza das coisas fu
turas que predizem depender exclusivamente da promessa
de Deus, o qual é fiel. O lo cus classicus da teologia paulina
nesse respeito está em Rm 4, 1 8 : "Como está escrito : Por
pai de muitas nações te constitui" (a Abraão) perante aquele
no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e cha
ma as coisas que não são como se já fossem. O qual (Abraão) ,
em esperança, creu contra a esperança, que seria feito pai de
muitas nações, conforme o que lhe fora dito [ . . . ] e não du
vidou da promessa de Deus . " (Rm 4, 17-20) . A clareza do
texto dispensa qualquer comentário .
O segundo dos aspectos acima mencionados é de natu
reza lingüística, e o fato de ambos os autores terem usado
o mesmo idioma facilita o estudo .
O substantivo 7ríanç ( gen . 7ríaT€(�, ) que aparece no texto
citado de Sextus Empiricus é o mesmo que se encontra
também no Novo Testamento, em 24 dos seus 27 livros .
Treze são as epístolas de Paulo, e em todas o termo ocorre,
nada menos que 138 vezes das 234 em que é empregado .
S ó quatro vezes o termo se refere a Deus no sentido de fide
lidade : fidelidade de Deus . Todas provêm da pena do após
tolo Paulo, em dois versículos da epístola aos Romanos ( 1 ,
17 e 3,3) .
O adj etivo 7'WTÓ, (fiel ) aparece em 1 9 livros do Novo Tes
tamento (dos quais 10 são epístolas de Paulo, 64 vezes
ao todo; dessas, 33 por São Paulo . Apenas 8 vezes se usa o
termo em referência a Deus e 5 em referência a Jesus Cristo,
sendo Paulo responsável por 4 no primeiro caso (em l .a e 2.a
Coríntios e l .a Tessalonicenses) e 2 no segundo (em 2.a Tes
salonicenses e 2.a Timóteo) .
* * *
( 24 ) p. 35 .
(25) Sextus Empiricus, Hyp. Pyrr1h. I I 1 57ss ; Adv. Math. VIII 224 ss . :
Diógenes Laércio, Vitae V I I 79-8 1 .
T R A N S / F O R M / AÇAO 1 17 3.2 14
- 1 92 -
T R A N S / F O R M / AÇÃO 1 173·214
- 1 93 -
citou dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não há
ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mor
tos, também Cristo não ressuscitou .
Temos, no versículo 1 3 , outro exemplo da primeira for
ma canônica : [Não há ressurreição] = p . [Cristo não res
suscitou] q =
[ « p ::J q) . p) ::J q]
Há, portanto, incoerência em se pregar que a nossa es
perança se baseia na ressurreição de Cristo, e que Cristo de
fato ressuscitou (como Paulo irá demonstrar no capítulo 1 5
desta mesma carta) , e, a o mesmo tempo, afirmar que não
há ressurreição de mortos (como está no versículo 1 2 ) . Te
mos, pois, aqui um bom exemplo da segunda forma : [Cristo
ressuscitou] = p : [os mortos ressuscitam] q. =
(26) [ 4 1 ] p . 95 .
tamos com ele) , como por estarmos integrados, por essa mes
ma e única razão, na comunidade dos crentes - é inconce
bível que possamos pretender aproveitar-nos da infinita
misericórdia de Deus revelada em Cristo para permanecer
mos no pecado . Podemos formalizar a alternativa, suben
tendida no texto, desta maneira : Viveremos para o pecado,
por uma das seguintes razões : ou porque estamos sob o im
pério da lei ou porque vivemos debaixo da j urisdição da
graça . Ora, fica, certamente, eliminada a segunda . Logo,
permanece a primeira . A enfática negativa de Paulo -
T R A N S / F O R lIf / A ÇÃO 1 1 7 3 · 2 14
- 197 -
* * *
(27) [ 1 5 ] p . 22 .
( 28 ) [ 1 5 ] p . 23 .
( 29 ) cf . [ 44 ]
( 30) [83 - A ] p . 233 .
(3 1 ) [39] ; [ 42 ] .
(32 ) [ 1 1 3 ) p . 76 .
* * *
a) O cerimonial .
{ 39) Ver Buf fiere . Felix, Les Mythes d'Homere et la Pensée Crecque, P a
ris, 1 956, pp . 228 ss . ' ; G . van der Leeuw, Fenomenologw d e la Reli
gion, §§ 34, 52, 56, 64 e 85 . Sobre a ausência de sentido ou de m�sa
gem "históricos "nas festas religiosas dos povos he1enos, ver. P. Maxlme
Schüll, Essai sur la formation de l,a pensée grecque, passim.
(40) La Religion Romaine A rcha"ique, Paris, 1 %6, p . 1 4 1 .
(41 ) [87-A) .
T R A N S I F O R M I AÇÃO 1 173·214
- 202 -
b) A língua hebráica
( 42) [ 57 1 pp . 1 745S .
(43 ) Ver sobre este tema, [ 76-A] vols. 1 1 1 e IV, passim; [73 1 PI>. 1 39- 1 43 .
c) D ialética e teologia
(44) Ver sobre essa questão [ 5-A] bem como [ 1 1 ] que o primeiro citado
critica .
(45) [ I m-A l .
( 46) [37] p . 1 23 .
( 50) Encontro, num t ratado de lógica norte-am ericano - Lionel Ruby, Logic
- An Introduction, Ch icago, 1 960 - entre os ex e rcícios em torno do
problema das definições um s obr e a que São Paulo teria oferecido d a fé,
,
teza, não foi São Paulo quem escreveu a epístola aos H eb reu s . . . •
Conclusão :
(53) [ 6] voi . 1 . p. 1 39 .
( 54 ) i d o p . 1 44 .
(55) i d o vai . X V p . 26 .
(56) i d . X V I I p . 1 64 .
( 57 ) ibid . p . 328 .
( 58 ) i d o p . 1 65 .
( 59 ) id o vol . XIX p .
(60) id o vo1 . X X p . 2 1 3 .
(6 1 ) [ 7 1 ] pp . 1 32- 1 39 .
(62) [ 1 1 2 ] 6 . 52 .
T R A N S / F O R M / AÇÃO I 173·214
- 209 -
( 63 ) [8] p . 6 .
Sobre a questão da "historicidade" da ressurrelçao d e Cristo, de que
Paulo trata em I Co 1 5, 1 -8, ve r (49-A) loc o cit. ; Karl Barth, Credo,
p . 1 25 ss ; O . Cullmam. K . Ba'rth, et ali., C01nprendre Bultmann, P aris,
1 970, passiln ; sobre toda a q uestão do problema h i stórico ou mítico, ver
R . M eh l, Tr a i t é de Socioloqie du Protestan tisme, Neuchatel, pp. 76-97 .
(64) Morris Bishop, Pascal, Th e Life of a Genius, New York, 1 936, p p . 1 72- 1 73.
A conhecida edição dos Opuscules e dos Pensées, d e Léon B runschvicg,
insere o texto nos Opúsculos sob o n.O 1 3 da 2.a parte ( pp. 1 42- 1 43 ) .
(65) Ca te cism o Holandês, p . 65 .
B I B L I OGRAFIA
[1] Albright . William Foxwell, From the Stone Age to Christianity, Bal
timore, 1 940 .
[2] AP.�TOY <I>41'I NOME �A , Harvard U n i versity Press, Londres, Loeb
Classical Library, 1 960 .
[3] Ard t . William F . ; & Gingrich . F . Wilbur, A Greek-English L ex-icon
of the New Testamen t an·d olher Early C hristian Litera ture, Chicago,
1 957 .
[4] Arnold . E. Vernon, Roman Stoicism, Londres, 1 9 1 1 .
[5] Bailbé . Jacques, A grippa d'A ubigné e f l e sfo�cisme. Bulletin d e l'Asso
ciation Guillaume Budé . 4e Série, n.O 2 . 1 965 .
[5-A] Barr. James, The S emant·ics of Biblical Language .
[6] Barth . Karl, Dog'mll tique ( trad. f rancesa ) , Geneve, 1 953 - 1 974 . 28 vo
lumes .
[7] Barth . Karl, The Epistle to the Rom,ans, O xford University P ress,
Londres, 1 9,50 .
[ 7-A] Blanch é . R . , La Logique et son Histo ire, Paris, 1 970 .
[8] Bloch. Marc, Apologie p our I'Hist01're ou Mé tier d'Historien, P a ri s ,
1 952 . ( Cahiers des A n nales. N.o 3 ) .
[9] Boschenski . J . M . , A n cien t Formal Logic .
[9-A] Boschenski . J . M . , Historia de la Lógica Formal, Madrid, 1 %6 .
Trad. esp . de M . B . Lozano .
[ 1 0] Boschenski . J . M . , La Lóg ica de la Religion, Buenos Aires, 1 967 .
[11] Thorlie f, B oman . Hebrew Thoug h t compared with Greek, Londres,
1 960 .
3 .a ed., Paris, 1 %2 .
[ 1 6] Bréhier. Émi l e, La Philosopltie dtt Moyen Age, Paris, 1 94 9 .
[ 1 7] Bréhier . Émile, Etudes d e Ph ilosoph ie A ntique, PUF, 1 955 .
[ 1 8] Bréhier . Émile, C h rysippe et I'Anci.m Sto"icis'me. Paris, 1 95 1 .
[ 1 9] B run . Jean, Les Sto�ciens. Textes Ch oisis . Paris, 4.a ed . , 1 968 .
[20] B runner . Emil, The Divine-Human En co r m ter, Londres, 1 944 .
[2 1 ] Brunot . Amédée, Le Cénie Litfe'raú-e de Sain t Paul, Paris, 1 955 .
[22 ] Bultmam1 . Rudol f, Le Christinnisme Pri11'titif dans le cadre des reli
g ions anliques. Paris, 1 950 .
[ 23 ] Bultmann . Rudolf, Existence and Fa i/h, Londres, 1 960 .
[24] Bultmann . Rudolf, Tlzeology o f th e New Testamen t . Londres, 1 952 .
[ 25 ] Cadbury . Henry J . , The Book of A cts in H is to ry , Londres, 1 955 .
[ 26 ] Cary . M . , The Ceograph ic Background of Creek and Roman His tory,
Ox ford, 1 949 .
[2 7 ] Chalus . Paul, L'Homme et la R eligion. Recherches sur In Sources
Ps}'ch ologiques des Croyences. Paris, 1 963 .
[28] Charles. R. H . , Rel igious Develofrmen t between , fhe Old and fh e N ew
Testaments. Londres, 1 948 .
[ 29] Cheva·lier . Jacques, Histoire de la Pen sé e, Paris, 1 95 5 .
[ 30] Chevall ie r . R . ,
Le Milieu sto"ieien à Rome 01' ler siecle ap. J . -C . .
T R A N S I F O R M I AÇÃO 1 173·214
- 212 -
T R A N S / F O R M / AÇÃO 1 173·214
- 213 -
[9 1 ] Schlatter. Adol f, The Church in th e Ne"1.u Testa rne n t Period, Londres, 1 955.
[92 ] Scholz . H einrich, E squisse d'une histoire de la! Log ique, Paris, 1 968 .
[ 93 ] Schul1. P. Maxime, Essai mr la f ormation de l a pens é e grecque. Paris,
1 949 .
[94 ] Schweitzer. Albert, Paul and his in t e rp reters. A c ritic a I history. Londres,
1 91 2 .
[ 95 ] Scott . E . F . , The Pastoral E p istles.
[96] Senar c 1ens . Jacques de, Le Mystere de I'Histoire, Introduction à une
con cep tion christolog ique du devenir . Geneve, 1 949 .
[9 7 ] Stacey. W. David, T h e Pauline vie"1.u o f Man, i n 1Oelation to its Judaic
and H ellenistic Bad groun d . Londres, 1 956 .
[ 98] Stau f fe r . Ethelbert, New Te stament Theology, 1 955 .
[99] ':i. rpaf3wvo,> reoypá</>ucwv , Londres, Loeb Classical Library, 1 960 .
[ 1 00 ] Stucki . P ierre-André, H erm en e u tique e t Dialetiq1te. Geneve, 1 970 .
[ 101 ] Tcherikiver . Victor, Hellenistic Civ i liza t ion ond th e J ews . Philadel-
phia, 1 959 .
[ 1 02 ] Thévenaz. Pierre, L'Homme et sa Raison, Neuchâtel, 1 9.52 .
[ 1 03 ] Til1ich . Paul, Systematic Theology, Chicago, 1 953 .
[ 1 03-A ] Torrance . T . F . , Royal Priesthood.
[ 1 04 ] Ueberweg. F . , H istory of Philosophy. T r . G . S . Morris . N . York, 1 87 1 .
[ 1 05 ] Vaux . R . de, O . P . L e s Institutions de I'A ncien Testament, P a ris , 1 96 1 .
[ 1 06] Verweyen. M., Histo rw de la Filosofia Medieval. Buenos Aires, 1 957 .
[ 1 07 ] Viano . Carlo Augusto, Dial e c t i ca estoica in Abbagnano . Nicola, et an,
La evolu cion de la dialetica . Barcelona, 1 97 1 .
[ 1 08 ] Virieux-Reymond . Antoin ette, La Logique et I'Epistemologie des Stoi
c iens. Leurs rappor ts avec la log iqu e d'A ristote, la 10gistiquJ(! et la
pensée contemporaines. Chambery, s/d o
[ 1 01 ] Varieux-Reymond. Antoinette, Q ue lques remarql4eS à p rop os de la
théo rie du langag e c/tez les sto "ic iens . in Le langage. Actes du X I I
Congres d e s Sociétés de Philosophie de Langue Françaoise. Geneve,
( Agosto de 1 9(6) .
[ 1 10] Zahn . Theodor, lntroduction to t h e New Testament, Edinburg, 1 909 .
[1 1 1] Windelband . W . , His tor ia de la Filosofia Antigua , Buenos Aires, 1 955 .
[ 1 12] Wittgenstein. Ludwig. TractatltS Log ico-Philosophicus, trad. José Arthur
Gia'll n otti, U . S . P . , 1 968 .
[ 1 13] W right . G . Ernest, Cod who acls . Biblical Th eology as re ci tal . Londres,
1 954 .
T R A N S / F O R M / AÇÃO 1 173.214