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Gran Juris Informativo Dezembro 2020 STJ
Gran Juris Informativo Dezembro 2020 STJ
Recursos Repetitivos.......................................................................7
Direito Processual Civil........................................................................7
Recursos Repetitivos.......................................................................8
Direito Administrativo.........................................................................8
Recursos Repetitivos..................................................................... 10
Direito Civil, Direito Marítimo............................................................. 10
Primeira Seção.............................................................................. 13
Direito Administrativo....................................................................... 13
Direito Tributário.............................................................................. 14
Segunda Seção.............................................................................. 15
Direito Civil, Direito do Consumidor, Direito Bancário............................. 15
Segunda Turma............................................................................. 18
Direito Administrativo, Direito Constitucional, Direito Processual Civil...... 18
Terceira Turma.............................................................................. 20
Direito Civil...................................................................................... 20
Direito Civil...................................................................................... 21
Direito Civil...................................................................................... 22
Direito Civil...................................................................................... 24
Direito Civil e Processual Civil............................................................. 26
Direito Civil e Processual Civil............................................................. 27
Direito Civil e Processual Civil, Direito Empresarial, Direito Falimentar..... 29
Direito do Consumidor, Direito Bancário............................................... 30
Direito Processual Civil...................................................................... 32
Direito Processual Civil, Direito Empresarial, Direito Falimentar............... 33
Direito Processual Civil, Direito Empresarial, Direito Marcário.................. 34
Quinta Turma................................................................................ 38
Direito Processual Penal.................................................................... 38
Sexta Turma.................................................................................. 40
Direito Penal, Direito Processual Penal................................................. 40
Direito Processual Penal.................................................................... 41
Direito Processual Penal.................................................................... 42
Proposta de Revisão de Entendimento Firmado em Tema Repetitivo... 44
Direito Processual Civil...................................................................... 44
Recursos Repetitivos..................................................................... 46
Direito Administrativo....................................................................... 46
Direito Processual Civil...................................................................... 47
Recursos Repetitivos..................................................................... 51
Direito Processual Penal.................................................................... 51
Terceira Seção............................................................................... 54
Direito Penal.................................................................................... 54
Primeira Turma............................................................................. 57
Direito Tributário.............................................................................. 57
Terceira Turma.............................................................................. 59
Direito Civil...................................................................................... 59
Direito Civil e Processual Civil............................................................. 61
Direito Civil e Processual Civil............................................................. 62
Direito Civil e Processual Civil, Direito Falimentar.................................. 64
Direito Civil, Direito Empresarial......................................................... 65
Direito do Consumidor....................................................................... 67
Direito Processual Civil...................................................................... 68
Direito Processual Civil...................................................................... 69
Quarta Turma................................................................................ 71
Direito Processual Civil...................................................................... 71
Quinta Turma................................................................................ 74
Direito Processual Penal.................................................................... 74
Sexta Turma.................................................................................. 75
Direito Penal, Direito Processual Penal................................................. 75
Direito Processual Penal.................................................................... 77
Recursos Repetitivos - Afetação.................................................... 79
Direito Tributário.............................................................................. 79
Proposta de Revisão de Entendimento Firmado em Tema Repetitivo...80
Direito Processual Civil...................................................................... 80
Apresentação Gran Juris Informativos do stj
Com a ajuda do Gran Cursos Online, vamos demonstrar que não tem mistério
para estudar informativos! Vejamos algumas dicas rápidas.
Nós sabemos que o volume de matéria é bastante significativo e, por esse mo-
tivo, fazer revisões frequentes é imprescindível para a aprovação.
Com isso, tenha o hábito de revisar os estudos dos informativos para que você
tenha uma clara compreensão acerca do posicionamento dos tribunais superiores.
Aproveite o Gran Informativos para auxiliá-lo na revisão!
Boa leitura!
RENATO BORELLI
Juiz Federal Substituto do TRF1. Foi Juiz Federal Substituto do
TRF5. Exerceu a advocacia privada e pública. Foi servidor público
e assessorou Desembargador Federal (TRF1) e Ministro (STJ).
Atuou no CARF/Ministério da Fazenda como Conselheiro (antigo
Conselho de Contribuintes). É formado em Direito e Economia,
com especialização em Direito Público, Direito Tributário e
Sociologia Jurídica.
Obs.: Esse material é distinto àquele elaborado pelos professores dos informativos, sendo o
*Informativo: 682
RECURSOS REPETITIVOS
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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RECURSOS REPETITIVOS
DIREITO ADMINISTRATIVO
Licitação/pregão. Cláusula editalícia. Taxa de administração. Fixa-
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RECURSOS REPETITIVOS
DIREITO CIVIL, DIREITO MARÍTIMO
Ação de cobrança por sobre-estadia de contêineres. Transporte
marítimo. Unimodal. Despesas de sobre-estadia. Previsão contratual.
Prazo prescricional. Art. 206, §5º, inciso I, do Código Civil. Tema 1035.
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PRIMEIRA SEÇÃO
DIREITO ADMINISTRATIVO
Processo administrativo disciplinar. Depoimento de testemunha
depois erguida à condição de investigado. Nulidade por inobservância
do direito à não autoincriminação. Inexistência.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
ITBI. Negócio jurídico de compra e venda de imóvel. Declaração
judicial de nulidade. Insubsistência do fato gerador do tributo. Resti-
tuição dos valores recolhidos a título de imposto.
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De acordo com os arts. 156, II da CF, e 35, I, II, e III do CTN, o fato
gerador do ITBI ocorre, no seu aspecto material e temporal, com a efetiva
transmissão, a qualquer título, da propriedade imobiliária, o que se perfec-
tibiliza com a consumação do negócio jurídico hábil a transmitir a titularida-
de do bem, mediante o registro do título translativo no Cartório de Registro
de Imóveis. Todavia, no caso verifica-se que o negócio jurídico que ensejou
a transferência de propriedade do imóvel e, por conseguinte, a tributação
pelo ITBI, não se concretizou em caráter definitivo devido à superveniente
declaração de nulidade por força de sentença judicial transitada em julgado.
Logo, não tendo havido a transmissão da propriedade, já que nulo o negócio
jurídico de compra e venda de imóvel entabulado pelas partes, ausente fato
gerador do imposto em apreço, sendo devida a restituição do correspondente
valor recolhido pelo contribuinte a tal título.
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SEGUNDA SEÇÃO
DIREITO CIVIL,
DIREITO DO CONSUMIDOR, DIREITO BANCÁRIO
Cédula de crédito bancário. Capitalização diária de juros remune-
ratórios. Taxa diária não informada. Violação ao dever de informação.
Art. 46 do CDC.
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dia a dia, ficando sujeitos a nova incidência de juros nos dias seguintes. Tra-
tando-se de financiamentos de longo prazo e com taxas de juros elevadas, o
incremento causado pela capitalização diária se mostra significativo, confor-
me demonstrado no já citado REsp 1.568.290/RS. Apesar dessa constatação
intuitiva, é matematicamente possível calcular uma taxa de juros diária que
não represente incremento da dívida em relação a à taxa efetiva mensal, as-
sim como também é possível calcular uma taxa mensal que produza resultado
equivalente à taxa efetiva anual, não gerando, portanto, incremento da dívida
para além dessas taxas efetivas. Com base nessa equivalência entre taxas,
este colegiado chegou à tese do duodécuplo, segundo a qual a previsão de
taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para infor-
mar o consumidor sobre a existência de capitalização de juros. Observe-se
que a própria informação das taxas anual e mensal já permitem ao consu-
midor aferir a equivalência entre as taxas. Esse raciocínio poderia ser trans-
portado para a capitalização diária, pois a equivalência matemática entre
as taxas pode ser obtida em qualquer periodicidade de capitalização. Nesse
passo, aplicando-se o mesmo raciocínio da tese do duodécuplo à hipótese de
capitalização diária, o fator de multiplicação seria “30” (pois o mês tem trinta
dias), em vez de “12” (que é o número de meses do ano), e a conclusão se-
ria de que a previsão de taxa efetiva mensal superior 30 vezes a taxa diária
denotaria a existência capitalização diária. É dizer que, havendo previsão da
taxa diária, o consumidor poderia aferir a existência de capitalização diária
mediante cotejo entre a taxa mensal pactuada e a taxa resultante a multipli-
cação da taxa diária por 30, pois se a taxa mensal for superior ao resultado
dessa multiplicação, é evidência de que os juros diários foram capitalizados.
No caso dos autos, esse cotejo não é possível, uma vez que o contrato so-
mente prevê uma cláusula genérica de capitalização diária, sem informar a
taxa diária de juros remuneratórios, surgindo daí a controvérsia sobre o de-
ver de informação. Assim, a informação acerca da capitalização diária, sem
indicação da respectiva taxa diária, subtrai do consumidor a possibilidade de
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SEGUNDA TURMA
DIREITO ADMINISTRATIVO, DIREITO CONSTITUCIONAL,
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Lei de acesso à informação. Dados sobre óbitos relacionados a ocor-
rências policiais. Caráter público incontroverso. Imprensa. Direito de
acesso às informações. Vedação judicial de uso da informação em re-
portagem noticiosa. Descabimento. Censura prévia. Impossibilidade.
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TERCEIRA TURMA
DIREITO CIVIL
Contrato de concessão de venda de automóveis. Infrações contra-
tuais graves por parte da concessionária. Condenação da montadora
ao pagamento da indenização prevista no art. 24 da Lei Ferrari (Lei n.
6.729/1979). Descabimento.
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DIREITO CIVIL
Sociedades cooperativas. Prejuízos que superam o fundo de reser-
va. Responsabilidade dos ex-associados. Rateio na razão direta dos
serviços usufruídos. Limitação somente até dois anos do desligamen-
to (arts. 1.003 e 1.032 do Código Civil/2002). Inaplicabilidade.
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DIREITO CIVIL
Custeio de medicamento importado, devidamente registrado na AN-
VISA. Limitação do tratamento. Indevida negativa de cobertura. Rol de
procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. Ca-
ráter exemplificativo. Ratificação da jurisprudência da Terceira Turma.
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DIREITO CIVIL
Contrato de prestação de serviços advocatícios. Revogação unila-
teral do mandato. Previsão de penalidade consubstanciada no paga-
mento integral dos valores pactuados. Impossibilidade. Direito po-
testativo de revogar o mandato.
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conferiu fiel cumprimento ao art. 526 do CPC/2015 que enfatiza ser “lícito ao
réu, antes de ser intimado para o cumprimento da sentença, comparecer em
juízo e oferecer em pagamento o valor que entender devido, apresentando
memória discriminada do cálculo”. Destaca-se que o CPC/2015 cuidou das
“Ações de Família” no Capítulo X, do Título III, do Livro I da Parte Especial
em seus artigos 693 a 699, os quais dispõem acerca dos procedimentos es-
peciais de jurisdição contenciosa no Direito de Família. À luz do princípio da
autonomia de vontade, o mencionado diploma estimula, como não deveria
deixar de ser, a solução consensual dos conflitos familiares, o que pode ser
viabilizado por meio do auxílio interdisciplinar (arts. 694 do CPC/2015). A
opção do devedor, contudo, foi admitir parte da obrigação já firmada ante-
riormente ao propor o pagamento das 2 (duas) parcelas devidas, o que foi
homologado em juízo. Por fim, o Tribunal de Justiça ponderou que a oferta
equivaleria à confissão plena e total do débito. De fato, não há falar no insti-
tuto da confissão, mas sim em reconhecimento parcial do débito no limite do
valor ofertado, que vincula o proponente. Tal ponderação, contudo, não alte-
ra a conclusão a que chegou a Corte local. A proposta de procedência parcial
do pedido executivo não impede que as partes realizem futura composição
quanto ao valor remanescente, à luz dos princípios da boa-fé objetiva e da
vedação de comportamento contraditório.
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mesma lei preveja uma exceção a essa regra nos arts. 56, § 1º, e 118, res-
salvando expressamente a possibilidade de arguição da nulidade de patentes
e de desenhos industriais como matéria de defesa em ações de infração, de
competência da Justiça Estadual, dispensando, nesses casos, a participação
do INPI. Ademais, pontua-se que o reconhecimento incidental de nulidade em
ação de infração de patentes e de desenhos industriais não faz coisa julgada
material e não tem, por óbvio, efeito erga omnes, servindo apenas de funda-
mento para, examinando-se de forma ampla a defesa apresentada, julgar-se
improcedente o pedido formulado pelo titular do direito de propriedade indus-
trial. Seus efeitos, portanto, não se estendem para fora do processo.
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QUINTA TURMA
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Prisão em flagrante. Conversão de ofício em prisão preventiva.
Vigência da Lei n. 13.964/2019 (Pacote Anticrime). Ilegalidade.
Necessidade de prévio requerimento.
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SEXTA TURMA
DIREITO PENAL, DIREITO PROCESSUAL PENAL
Estupro de vulnerável. Ambiente doméstico e familiar. Vítima do
sexo feminino. Idade. Irrelevância. Competência. Juizado de Violên-
cia Doméstica e Familiar contra Mulher.
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*Informativo: 682
RECURSOS REPETITIVOS
DIREITO ADMINISTRATIVO
Licitação/pregão. Cláusula editalícia. Taxa de administração. Fixação
de percentual mínimo. Descabimento. Tema 1038.
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RECURSOS REPETITIVOS
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Tráfico de drogas. Momento do interrogatório. Último ato da ins-
trução. Maior efetividade a princípios constitucionais. Desrespeito.
Nulidade do processo. Comprovação de prejuízo. Desnecessidade.
Preclusão. Inaplicabilidade.
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da ampla defesa. Dito isso, para que eventual nulidade seja reconhecida em
decorrência da inversão da ordem do interrogatório, remanescem dois pontos
a serem previamente analisados: a) para que seja reconhecida a nulidade do
feito, é necessário haver a demonstração de efetivo prejuízo à defesa, à luz
do princípio pas de nullité sans grief? e b) a matéria deve ser alegada no pri-
meiro momento processual oportuno, sob pena de preclusão?Em relação ao
primeiro ponto, registra-se que não se desconhece a existência de julgados
desta Corte Superior de Justiça que, mesmo depois do julgamento do referido
HC 127.900/AM, passaram a exigir, em relação aos processos com instrução
ainda em curso, que, naqueles casos em que o interrogatório tivesse sido
realizado no início da instrução, deveria haver a comprovação de efetivo pre-
juízo à defesa para que fosse reconhecida a nulidade processual. No entanto,
ressalta-se que o Supremo Tribunal Federal, ante a magnitude constitucional
de que se reveste o interrogatório judicial, já teve diversas oportunidades
de assentar que esse ato processual representa meio viabilizador do exer-
cício das prerrogativas constitucionais do contraditório e da ampla defesa.
Se o interrogatório é um ato essencialmente de autodefesa, não se deu aos
recorrentes a possibilidade de, ao final da instrução criminal, esclarecer ao
Magistrado eventuais fatos contra si alegados pelas testemunhas, manifes-
tar-se pessoalmente sobre a prova acusatória a eles dirigida e influenciar na
formação do convencimento do julgador. Portanto, se nem a doutrina nem a
jurisprudência ignoram a importância de que se reveste o interrogatório ju-
dicial - cuja natureza jurídica permite qualificá-lo como ato de defesa -, não
há como acolher o argumento do Tribunal de origem, no sentido de que a
ausência de demonstração de prejuízo impossibilitaria o reconhecimento da
apontada nulidade. Não há como se imputar à defesa do acusado o ônus de
comprovar eventual prejuízo em decorrência de uma ilegalidade, para a qual
não deu causa e em processo que já resultou na sua própria condenação.
Isso porque não há, num processo penal, prejuízo maior do que uma conde-
nação resultante de um procedimento que não respeitou as diretrizes legais e
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TERCEIRA SEÇÃO
DIREITO PENAL
Sementes de maconha. Importação de pequena quantidade. Atipicidade.
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PRIMEIRA TURMA
DIREITO TRIBUTÁRIO
Imposto sobre Renda de Pessoa Jurídica e Contribuição Social
sobre Lucro Líquido. Lucro presumido. Despesas com “reembolso de
materiais”. Dedução. Descabimento.
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TERCEIRA TURMA
DIREITO CIVIL
Condomínio. Coisa comum indivisa. Alienação de quinhão. Direito
de preferência. Notificação prévia. Inobservância. Prazo decadencial.
Termo inicial. Registro de escritura pública de compra e venda.
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uma vez que a lei não prevê forma específica para tal ato, muito embora se
entreveja certa dificuldade de se comprovar a ciência inequívoca mediante
outra prova que não seja a documental. No caso, o direito de preferência só
foi oportunamente exercido após o aperfeiçoamento da venda da fração ideal
do imóvel comum indiviso com a celebração da escritura pública de compra
e venda e o registro no Cartório de Registro de Imóveis. A escritura pública,
lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé pública, fazendo
prova plena das informações que nela contiverem, nos termos do art. 215,
caput, do CC/2002, sobretudo com a manifestação clara de vontade das par-
tes e dos intervenientes (art. 215, § 1º, IV, do CC/2002). Essa formalidade,
enfatiza-se, deve ser observada na compra e venda de imóveis, em regra,
segundo estabelece o art. 108 do diploma substantivo. Além disso, pontua-se
que a perfectibilização do negócio, com a transferência da propriedade imo-
biliária, pressupõe o registro do título translativo no Cartório de Registro de
Imóveis (art. 1.245 do CC/2002, c/c o art. 172 da Lei n. 6.015/1973), ocasião
em que produzirá efeitos erga omnes, alcançando terceiros, notadamente em
virtude do atributo da publicidade. Desta feita, surgem dois desdobramentos:
enquanto não registrado o título, a avença produz efeitos apenas em relação
àqueles que dela participaram; ao passo que, realizado o registro, tais efeitos
atingem toda a sociedade. Diante disso, outra não pode ser a conclusão senão
aquela em que a ausência de comunicação prévia aos demais coproprietários,
pelo condômino alienante, acerca da venda do seu quinhão do imóvel comum
indiviso ao terceiro estranho à relação condominial, é suprida pelo registro da
escritura pública de compra e venda, iniciando-se, a partir daí, o transcurso
do prazo decadencial do direito de preferência, porquanto presumida a ciência
do negócio, nos limites das informações constantes do título levado a registro.
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será ultra, extra ou infra (ou citra) petita, ou seja, terá julgado além, fora ou
menos do que o postulado. Como causa de pedir, a demandante destaca a
oposição intempestiva dos embargos monitórios e a ausência de informações
quanto à revelia decretada nos autos, levando ao andamento de demanda
temerária e impossibilitando, inclusive, a viabilidade de acordo judicial para
pôr fim ao processo. Dessa forma, por mais que não se tenha falado expres-
samente acerca da perda de uma chance, a situação fática narrada leva o
julgador a compreender que o dano decorreu de uma atuação que poderia
ter sido evitada se o advogado tivesse sido diligente na atuação do processo.
Diante disso, é nítido que a causa de pedir, no caso, faz referência à perda
da chance de sair vencedor na ação monitória ou, pelo menos, de reduzir os
efeitos de eventual procedência dos pedidos autorais. A conduta de não ob-
servar o prazo para apresentar defesa em autos judiciais equivale à perda da
chance de obter uma situação mais favorável na demanda judicial. Ademais,
a postulação na demanda é de indenização por danos materiais, tanto que
o autor esclareceu, como exige a legislação processual civil, a extensão da
lesão provocada pelo advogado e o valor do ressarcimento pretendido. Dife-
rentemente é o caso do Recurso Especial n. 1.190.180-RS, no qual a Quarta
Turma deste Tribunal assentou a ocorrência de julgamento extra petita na hi-
pótese em que o autor formula indenização por danos materiais e a sentença,
ao aplicar a teoria da perda de uma chance, condena o réu a pagar a repa-
ração por danos morais. Nesse aspecto, ainda cabe ressaltar que os pedidos
formulados devem ser examinados a partir de uma interpretação lógico-siste-
mática, não podendo o magistrado se esquivar da análise ampla e detida da
relação jurídica posta, mesmo porque a obrigatória adstrição do julgador ao
pedido expressamente formulado pelo autor pode ser mitigada em observân-
cia aos brocardos da mihi factum dabo tibi ius (dá-me os fatos que te darei o
direito) e iura novit curia (o juiz é quem conhece o direito). Assim, inexiste o
alegado julgamento extra petita, pois o autor postulou indenização por danos
materiais e as instâncias ordinárias condenaram o réu em conformidade com
o pedido, apenas concedendo a reparação em menor extensão.
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O segurador, por sua vez, tem por atribuição precípua garantir os interesses
do segurado, sempre que houver a implementação dos riscos devidamente
especificados no contrato de seguro de vida em grupo, cuja abrangência,
por ocasião da contratação, deve ter sido clara e corretamente informada ao
estipulante, que é quem celebra o contrato de seguro em grupo.5. O grupo
de segurados é composto pelos usufrutuários dos benefícios ajustados, as-
sumindo suas obrigações para com o estipulante, sobretudo o pagamento
do prêmio, a ser repassado à seguradora.6. É relevante perceber que, por
ocasião da contratação do seguro de vida coletivo, não há, ainda, um grupo
definido de segurados. A condição de segurado dar-se-á, voluntariamente,
em momento posterior à efetiva contratação, ou seja, em momento em que
as bases contratuais, especificamente quanto à abrangência da cobertura e
dos riscos dela excluídos, já foram definidas pelo segurador e aceitas pelo
estipulante. Assim, como decorrência do princípio da boa-fé contratual, é
imposto ao segurador, antes e por ocasião da contratação da apólice coletiva
de seguro, o dever legal de conceder todas as informações necessárias a sua
perfectibilização ao estipulante, que é quem efetivamente celebra o contrato
em comento. Inexiste, ao tempo da contratação do seguro de vida coletivo - e
muito menos na fase pré-contratual - qualquer interlocução direta da segura-
dora com os segurados, individualmente considerados, notadamente porque,
nessa ocasião, não há, ainda, nem sequer definição de quem irá compor o
grupo dos segurados.7. Somente em momento posterior à efetiva contrata-
ção do seguro de vida em grupo, caberá ao trabalhador ou ao associado ava-
liar a conveniência e as vantagens de aderir aos termos da apólice de seguro
de vida em grupo já contratada. A esse propósito, afigura-se indiscutível a
obrigatoriedade legal de bem instruir e informar o pretenso segurado sobre
todas as informações necessárias à tomada de sua decisão de aderir à apólice
de seguro de vida contratada. Essa obrigação legal de informar o pretenso se-
gurado previamente à sua adesão, contudo, deve ser atribuída exclusivamen-
te ao estipulante, justamente em razão da posição jurídica de representante
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DIREITO DO CONSUMIDOR
Intermediação pela internet na venda de ingressos de eventos cul-
turais e de entretenimento. Validade. Ausência de informação prévia
e adequada do valor da taxa de conveniência. Configuração de prática
abusiva e prejudicial à livre concorrência. Analogia com a tese firma-
da no julgamento do Tema 938/STJ (corretagem imobiliária).
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QUARTA TURMA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Exceção de suspeição de juiz. Interesse jurídico e legitimação
recursal do magistrado. Existência. CPC/1973.
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QUINTA TURMA
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Acordo de não persecução penal (ANPP). Fatos ocorridos antes da Lei
n. 13.964/2019. Aplicabilidade. Denúncia já recebida. Impossibilidade.
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SEXTA TURMA
DIREITO PENAL, DIREITO PROCESSUAL PENAL
Habeas corpus individual e coletivo. Tráfico privilegiado. Art. 33,
§4º, da Lei n. 11.343/2006. Crime não hediondo. Substituição da pena
privativa de liberdade por restritivas de direitos. Regime prisional.
Proporcionalidade. Súmulas e jurisprudência consolidada dos Tribunais
Superiores. Força normativa. Desrespeito ao sistema de precedentes.
Necessidade de segurança jurídica, estabilidade e isonomia do juris-
dicionado. Busca da racionalidade punitiva.
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