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Resumo Processo Civil III
Resumo Processo Civil III
Sentença
Procedimento comum: Sentença é o ato do juiz que põe fim ao ato cognitivo do juiz ou
extingue a execução (execução é o cumprimento de sentença)
Títulos extra judiciais → documento que a Lei confere um valor diferenciado e que se autoriza
um processo de execução imediato
Antes de 1994, havia um processo cautelar para resguardar uma situação Fátima até o
processo de conhecimento. Em 1994, foi inserido no CPC a antecipação de tutela, que permitiu
o juiz dar uma decisão antes da sentença (tutela final) – Se presente a probabilidade do direito,
urgência e reparabilidade, permitiu-se a antecipação de tutela. A partir de 2015, o processo
cautelar deixou de ser um processo autônomo.
1. Declaratória
2. declaratória e condenatória
3. declaratória constitutiva
4. declaratória desconstitutiva.
Indeferimento de PI
Processo ficar parado por prazo superior de um ano sem manifestação das partes – abandono
de causa
Quando o autor não promove os atos e diligências necessárias por mais de 30 dias
Ausência de pressupostos de constituição ou desenvolvimento do processo
Existência de perempção (ajuizamento repetitivo da demanda sem nenhuma mudança) ou
coisa julgada ou litispendência
Verificar ausência de legitimidade ou interesse processual
Acolher alegação de convenção arbitral
Homologar desistência da ação
Em caso de morte da parte em ação intransmissível
Nesses casos o juiz poderá examinar de ofício, exceto na situação de abandono de causa,
desistência da ação e existência de convenção de arbitragem, necessitando manifestação das
partes
→ Em regra, ao sentenciar, o juiz não poderá voltar atrás da decisão. Porém, há possibilidade
de retratação nas decisões que não resolvem mérito, isso porque o processo não é um fim em
si mesmo e não pode atrapalhar o reconhecimento de um direito. Art. 485, §7
Art. 488 → o juiz pode deixar de pronunciar uma nulidade quando o mérito for decidido a
favor de quem alegou a nulidade. Em eventual nulidade alegada pelo réu, sendo que o mérito
será decido a favor do réu, o juiz deixará de pronunciar tal nulidade, não extinguirá o processo
sem resolução do mérito e analisará o mérito.
1. Relatório
Deve conter o nome das partes, identificação do caso, o resumo do pedido e da contestação. É
um resumo dos principais acontecimentos do processo
2. Fundamentação
Analisa as questões de fato e de direito. Pode ser feita junto ao relatório, a sentença não
precisa ser escrita em tópicos. O juiz expõe os motivos que o levaram a decidir daquela
maneira. A fundamentação é importante para entender o raciocínio lógico do juiz naquela
controvérsia.
3. Dispositivo
É a parte de conclusão. O juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
O juiz deverá decidir e tratar dos ônus de sucumbência
→ O legislador busca evitar decisões genéricas. As decisões podem ser sucintas, mas devem
analisar o caso concreto e serem fundamentadas
→ A sentença deve ser assinada pelo juiz e não pode conter rasura, devendo a rasura, se
ocorrer, ser ressalvada
§3º - A decisão deve ser analisada em seu conjunto, não bastando apenas interpretar um
tópico. Necessitando interpretar a decisão em todo seu conjunto para obter uma melhor
compreensão.
→ O juiz, ao sentenciar o processo, resolve o conflito. Via de regra, o juiz não poderá alterar
sua sentença após a sua decisão, cabendo apenas ao tribunal poder modificá-la. Nas decisões
sem resolução de mérito é uma exceção, podendo o juiz, após a decisão e interposição de
apelação, retratar-se. Também haverá possibilidade de retratação no caso de julgamento
liminar de procedência.
O juiz, ao preferir a sentença, deve voltar à PI para analisar os pedidos. O juiz se vincula a
aquilo que foi pedido. O Juiz pode julgar:
→ esses vícios possuem pouca utilidade prática porque os tribunais decidem e reformar a
sentença sem a necessidade de retorno ao juiz de primeira instância para sentenciar
novamente
Art. 491 → o CPC exige que a decisão condenatória em pagar quantia em dinheiro, o juiz
deverá definir a extensão da obrigação na sentença e o termo final da correção monetária,
juros de mora
Tutela específica (Art. 497) → a sentença vale por si só, isto é, não necessita de antecipação de
tutela para que ela seja cumprida
O Juiz deverá considerar o fato novo na sentença, mesmo que ele não tenha sido debatido
durante o processo, colhendo manifestação das partes, conforme o princípio da não-surpresa
Hipoteca judiciária
Nas decisões que condenam a pagar uma quantia em dinheiro, aquela sentença tem força de
hipoteca judiciária. A sentença poderá ser registrada na matrícula do imóvel do devedor,
prevendo futura execução. Art. 495 - o Legislador procuro estabelecer uma garantia para
decisões com esse tipo de obrigação
Remessa necessária
● A sentença contra a Fazenda Pública deverá ser reexaminada pelo segundo grau
● Fazenda Pública = entes federados, autarquias e Fundações Públicas
● Diferentemente da apelação, em que só serão analisadas pelo juízo de segundo grau
as questões impugnadas pela parte, a sentença será totalmente reexaminada
● Na remessa necessária, o juízo de segundo grau, reexaminará todo o processo
● O proveito obtido na sentença for menor que 1000 SM para a união e suas autarquias
e fundações
● O proveito for menor que 500 SM para os Estados, DF e suas respectivas autarquias e
fundações
● O proveito for menor que 100 SM para os municípios
● A sentença for fundada em súmula de tribunal superior, acordão proferido pelo
STF/STJ em julgamento de recursos repetitivos, IRDR, entendimento vinculante firmado no
âmbito administrativo do ente público
→ O reexame necessário também está previsto na legislação extravagante ao CPC, como por
exemplo, na lei do Mandado de Segurança (Lei 12.016/09) - Em caso da concessão da
segurança, o juiz deverá determinar o reexame necessário da sentença. Ex2: Ação Civil Pública
Coisa Julgada
CF - Art. 5, XXXVI
Coisa julgada material → Impede a discussão em qualquer tipo de demanda daquilo que foi
objeto de decisão. É mais ampla que a coisa julgada formal. Sempre que houver coisa julgada
material, haverá coisa julgada formal. Quando a sentença é provida com resolução de mérito.
Art. 505:
→ Toda vez que houver uma relação jurídica de trato sucessivo (que se mantem no tempo) e
houver alteração Fática, não tem que se falar em formação de coisa julgada. Ex: Condenação
de pagamento por alimentos, é uma relação que se mantem no tempo. Ex2: ações que
envolvem posse e usucapião. Ex3: demandas por benefício de incapacidade por doença
Teoria da Relativização da coisa julgada → Tese elaborada para permitir nova discussão da
demanda quando houver coisa julgada de sentença decidida em sentido contrário ao
entendimento dos Tribunais Superiores. Os tribunais não aderiram a essa tese
DOS RECURSOS
O que é um recurso?
É um:
● Remédio → No sentido de ser via própria para consertar um erro de uma decisão
judicial. Dentro dos remédios há a categoria dos recursos (Art. 994 do CPC) e das ações
impugnarias autônomas (Ações que podem discutir decisões judiciais mas que não são
recurso: ação decisória, reclamação e MS)
● Voluntário → Só há recurso se uma das partes tem vontade de recorrer. Desse modo,
a remessa necessária não pode ser considerada um recurso.
● Idôneo → Não se pode utilizar dos recursos um fim que seja de fraudar a lei
● Dentro do mesmo processo → Não há necessidade de nova citação
● Que enseja a:
Integração → Sentido de esclarecimento
Invalidação
Reforma
De um decisão judicial
● Efeito devolutivo → Efeito por meio do qual a questão impugnada é transferida para
um órgão jurisdicional distinto. É por força desse efeito que é possível discutir aquela decisão
judicial. O efeito devolutivo está presente em todos os recursos.
Permite que o Tribunal analise a decisão, estando limitado ao que consta nas razões recursais.
Quando houve defeitos processual, poderá a questão ser analisada de ofício. Para isso, deverá
intimar a parte contraria para tentar sanar a nulidade. Caso for insanável, cabe ao Tribunal
Independentemente da atribuição de feito suspensivo pelo CPC, é possível pedir ao juiz que
ele atribuía efeito suspensivo àquele recurso, e se o recurso atribuir efeito suspensivo, os
efeitos da decisão se suspendem. Isso foi uma virada no CPC a partir da década de 90, antes
tudo era recebido tanto no efeito devolutivo, quanto no efeito suspensivo, mas concluiu-se
que a atribuição de efeito suspensivo automático atrasava muito a resolução dos processos.
A doutrina ainda estabelece outros efeitos próprios dos recursos, mas o CPC enumera apenas
esses 2.
A doutrina chama um efeito de efeito substitutivo, mas isso não é efetivamente um efeito do
recurso.
Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver
sido objeto de recurso. há necessidade de saber, uma vez proferida a decisão em 1° Grau,
se toda vez que é proferida em outra decisão em grau recursal, se essa decisão recursal
substitui a decisão de 1° Grau. O interesse prático disso é saber qual a decisão que vai ser
executada, ser objeto de cumprimento de sentença e qual decisão que será objeto de uma
futura ação rescisória, se for o caso.
A regra é a de que a decisão objeto do recurso substitui a decisão de 1 Grau, então se foi
proferida uma sentença de procedência da demanda e o Tribunal dá provimento para julgar
improcedente a demanda, nesse caso, é claro que a decisão de 1° Grau foi completamente
substituída pela de 2° Grau.
Mas pode ser que a decisão de 1 Grau tenha sido proferida no mesmo sentido da do 2° Grau:
sentença de procedência da demanda e o Tribunal nega provimento à Apelação. Este Acórdão
do Tribunal também substituiu a sentença de 1° Grau, mesmo sendo no mesmo sentido que a
anterior. Isso é importante porque é essa decisão de 2° Grau que é objeto de cumprimento de
sentença: a decisão de 1° Grau deixou de existir, o que existe agora é
A não ser que o Tribunal declare expressamente que vale alguma coisa da sentença, não vale
nada da sentença mais. Às vezes, no cumprimento de sentença, não estamos cumprindo a
sentença, mas sim o Acórdão.
Se o Acórdão do Tribunal foi objeto de recurso, a decisão do STJ também substitui o Acórdão.
Antes: toda vez que se analisa um recurso, o recurso é analisado sob 2 óticas distintas, de uma
primeira, se observam se estão presentes requisitos previstos na lei para análise do recurso
(juízo de admissibilidade, cujo objeto são os pressupostos de admissibilidade). Se estiverem
presentes os pressupostos, passa-se ao exame para a 2ª ótica: verificar se o juiz que proferiu a
decisão acertou ou errou, e para isso, passa-se ao juízo de mérito, cujo objeto é análise a
correção da decisão. Obs.: pode ser que o juízo de mérito não seja mérito da causa, mas é a
correção da decisão. O efeito substitutivo acontece toda vez que o Tribunal analisar o juízo de
mérito do recurso. Não se chega ao juízo de mérito quando não estão ou não está presente
um pressupostos de admissibilidade. O Acordão do Tribunal que não conhece do recurso por
falta de juízo de admissibilidade não substitui a decisão de 1° Grau.
Às vezes, pode ser que a decisão seja substituída em parte: quando a decisão decide mais de
um ponto, mas a a parte recorre apenas de uma dela. Nesse caso, opera a coisa julgada em
relação á parte da decisão que não foi recorrida, e há a substituição parcial da decisão pela
decisão de 2° Grau que decidir a parte que foi recorrida.
Preliminares: matérias que devem ser alegadas antes do mérito da causa. Na fase recursal, o
que se tem como preliminar pode ser uma nulidade do processo. Essa nulidade do processo
faz parte do juízo de mérito.
Questão prejudicial: é uma questão que tem que ser analisada como pressupostos de
reconhecimento e análise do mérito. A questão prejudicial em uma ação de alimentos é o
reconhecimento de paternidade. A preliminar, não, ela é uma matéria que pode ser processual
ou de mérito que, uma vez acolhida, tem a função de extinguir o processo. Então, nesse
conceito, prescrição e decadência são preliminares, e não prejudiciais de mérito.
Foram sistematizadas pelo Prof. Nelson Nery, que fez um apanhado de doutrina e
Jurisprudência sobre recursos, e chamou isso de princípios fundamentais.
1. Princípio do Duplo Grau de Jurisdição toda pessoa tem direito a um 2° exame da
matéria por um órgão jurisdicional. E esse recurso será julgado por um órgão, em
regra, superior a quem proferiu a decisão.
Por muito tempo se discutiu na doutrina se esse era um princípio constitucional ou se era
infraconstitucional. Para uma parte mais radical da doutrina, que entendia que o princípio era
constitucional, não era viável estabelecer requisitos, ainda que pela lei, para exame de
recursos. Outra parte da doutrina dizia que é um princípio infraconstitucional, extraído do CPC
e, assim, a lei poderia impor requisitos para que o recurso fosse analisado. Isso chegou à
análise do STF, que entendeu que este princípio não é constitucional, podendo a lei
estabelecer requisitos para análise do recurso.
Houve uma discussão sobre a prerrogativa do foro (julgado pelo STJ ou pelo STF), se isso
ofendia o princípio do duplo grau de jurisdição. Isso é péssimo para o ocupante do cargo,
porque o processo é julgado só uma vez. Teve um caso penal (mensalão), em que se admitiu a
interposição de Embargos Infringentes, para que o caso fosse rejulgado pelo STF, e isso é
interessante porque a composição do Tribunal pode mudar, então com isso alguns réus foram
absolvidos.
Lei dos Juizados Especiais Recurso Inominado contra as sentenças proferidas nos Juizados.
Art. 34 da Lei Embargos infringentes contra sentença do juiz que decide 6.834/80 da LEE
que decide Embargos Execução Fiscal de até 50 OTN (mais ou menos 500 reais)
Livre: Aqueles que basta a insurgência da parte d forma simples dizendo que
houver erro na decisão proferida para que o Tribunal possa avaliar a decisão.
São recursos mais simples de serem interpostos, bastando simples
impugnação. Ex: Apelação e agravo de instrumento → Ainda que seja de
fundamentação livre, há a necessidade de se expor de forma analítica, qual foi
a insurgência da parte, deve permitir que a parte contrária possa discutir
acerca dessa impugnação
Vinculada: Necessidade de indicação expressa da impugnação de
determinados pontos do recurso. Necessita de impugnação específica. Ex:
Recurso Especial e recurso extraordinário
7. Princípio da consumação → Uma vez exercido o direito recurso, a parte não pode mais
alterar a sua fundamentação. É o reconhecimento de uma preclusão. O advogado não
poderá, após ter feito a interposição do recurso, alterar as argumentações
2. Juízo de mérito:
a) Dar provimento
b) Dar parcial provimento
c) Negar provimento
Recurso adesivo
→ É utilizado muitas vezes quando uma das partes perde o prazo recursal
A chegada dos recursos ao tribunal
Da sessão de julgamento
Art. 937. Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente
dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção,
ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada
um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do
caput do art. 1.021 (olhar o rol do artigo)
→ §4 possibilita a sustentação oral por vídeo conferência para o advogado que se encontre em
cidade diversa. O advogado deverá previamente fazer requerimento (até o dia anterior da
sessão). Para que isso ocorra, o Tribunal deverá possuir a infraestrutura necessária
Voto de vista
O relator ou outro juiz, poderá solicitar vista dos autos por 10 dias, prorrogados por mais 10.
Após esse tempo, os autos serão reintegrados automaticamente e deverão ser julgados. Se os
autos não forem devolvidos, o Presidente poderá designar outro relator para votar – Art. 940
Julgamento e julgamento estendido
Importância: A partir o momento que se sabe quem serão os julgadores, o advogado poderá
elaborar melhor sua estratégia.
O CPC de 73 previa um recurso chamado Embargos infringentes para o caso de não houver
unanimidade da decisão
Decisão monocrática
Em regra, os recursos devem ser julgados de forma colegiadas em juízo de instância superior.
Contudo, em alguns casos a decisão poderá ser tomada monocraticamente, pelo relator
III – não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado
especificamente os fundamentos da decisão recorrida; → Trata-se de pressupostos de
admissibilidade recursal. Nesse caso o recurso é, pelo relator, resolvido desde o início
Sessão de julgamentos
Os adv deverão ser intimados em até 5 dias úteis antes das sessões
I - no recurso de apelação;
II – no recurso ordinário;
III – no recurso especial;
IV – no recurso extraordinário;
V – nos embargos de divergência;
“VI – na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação;
VII – (vetado);
VIII – no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre
tutelas provisórias de urgência ou da evidência;
IX – em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do tribunal.”
I – aqueles nos quais houver sustentação oral, observada a ordem dos requerimentos;
II – os requerimentos de preferência apresentados até o início da sessão de julgamento;
III – aqueles cujo julgamento tenha iniciado em sessão anterior; e
IV – os demais casos.
Supressão de instância? Não há que se falar porque a lei autoriza que essa questão seja
resolvida na segunda instância
Se não houver publciação do Acórdão em 30 dias, o acordão será redigido a partir das notas
taquigráficas
DA APELAÇÃO
1) Abaixo de 50 ORTMs, a sentença que julga execuções fiscais deverá ser recorrida por
embargos infringentes
3) Na CF, Art.109, II, a justiça federal será competente para julgar ações entre estados
estrangeiros e org. Internacionais x pessoas físicas ou municípios → Nesse caso, o
recurso vai direto ao STJ, nos moldes da CF. A CF chama esse recurso de Recurso
Ordinário e não apelação
Cabimento da apelação
- Sentença
- Decisões intelocutórias não agraváveis (não sujeito a preclusão imediata)
Preliminar de apelação
Contrarrazões de apelação. Ex: litigância de má-fé
As decisões interlocutórias que não são passíveis de agravo, mas que são recorríveis em
preliminar de apelação/contrarrazões não estará sujeira a preclusão antes da possibilidade da
apelação/contrarrazões
Ex: Decisão interlocutória condenando o autor por multa de litigância de má fé, é irrecorrível
por agravo.Vindo a sentença, o autor, mesmo sendo vencedor, poderá em sede de
contrarrazões, poderá recorrer em preliminar, obtendo caráter autônomo. Caso, por exemplo,
o réu desista da apelação, a contrarrazões do autor deverá ser analisada, já que em o recurso
acerca da decisão interlocutória
Classificação
Fundamentação livre – A parte pode deduzir quaisquer matérias, podendo fazer impugnações
do fato, direito etc. Ex: recursos ordinários, menos os EDs
Fundamentação vinculada – A matéria impugnável é definida em lei e só ela será aceita para
conhecimento do recursos. Ex: Rext, Resp, Eds e embargos infringentes
A apelação é um recurso ordinário de fundamentação livre. A única matéria que não pode ser
impugnada é aquela que não foi proposta e alegada na ação, contudo, ela poderá ser aceita se
não foi alegada por motivos de força maior (Art. 1014 CPC). Quando determinadas matérias
não forem contempladas pela lei recursal, a apelação atuará subsidiariamente
Vícios sanáveis
Interposição
Prazo: 15 dias
Juízo de admissibilidade: No NCPC, o juízo de admissibilidade é único e será feito pelo órgão de
julgamento. O juízo de primeiro grau, não analisará a admissibilidade dos recursos. Obs: para
os rext e resps, há um duplo juízo de admissibilidade.
Efeitos
Em regra, os recursos não tem efeito suspensivo automático, contudo, a apelação tem, em
regra, efeito suspensivo. As decisões atacadas pela apelação, em regra, não podem ser
executadas
Exceção:
§1 do Art. 1012
I – homologa divisão ou demarcação de terras;
II – condena a pagar alimentos;
III – extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do
executado
IV – julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V – confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI – decreta a interdição.”
Possibilidade de requerimento
Ao tribunal
Ao relator
Extensão x profundidade
Questão suscitada e discutida, embora ainda não decidida – São questões dispositivas,
isto é, em regra não podem ser discutidas de ofício
Teoria de que quando houver determinados erros de procedimentos que alugaram a decisão,
o Tribunal poderá seguir na análise do processo para julgar o mérito da causa → Julga-se o
mérito da causa, e não o mérito do recurso
Causa madura: Quando os fatos estão incontrovertido, quando as provas foram produzidas e o
contraditório foi exaurido
Quando ocorre erro de procedimento (Art. 1.013, §3) → Anulação → Julgamento do mérito da
causa
→ Haverá necessidade de requerimento? - Não é pacífico na doutrina. STJ tende a achar que
não precisa de requerimento
Agravo de Instrumento
Art. 1015
Cabimento contra decisões interlocutórias
Apenas as decisões interlocutórias previstas no art. 1.015
O rol do 1015 diz respeito a decisões da fase de conhecimento do processo de
conhecimento
→ Segundo o STJ, o 1015 é numerus cláusus “mais ou menos”, entendo que podem haver
outras decisões que podem prejudicar muito uma das partes, podendo ser passível de recurso.
Abriram portas para que outras decisões possam ser recorríveis.
→ Todas as decisões interlocutórias não agraváveis, poderão ser recorridas via preliminar de
apelação
O prazo do agravo é de 15 dias, o agravado tem também 15 dias para contra minutar o
agravo
O agravante precisa demonstrar, em 3 dias, no juízo de primeiro grau, que ele interpôs
no tribunal o Agravo de instrumento → Serva para que o juiz de primeiro grau possa se
retratar
Agravo interno
Especificidades:
Embargos de declaração
1) Finalidade
a) Esclarecimento
b) Integração/complementação
c) Correção de erro material
2) Razão de ser
3) Objeto de ataque
Despachos em regras não são embargáveis, porém parte da doutrina considera que é
embargável
4) Interposição
Petição escrita
Dirigida ao juiz ou ao relator
o Se for decisão do juiz, ao juiz
o Se for contra decisão monocrática, ao relator
o Se for contra decisão colegiada, órgão colegiado
Prazo: 5 dias
- não há preparo
5) Hipóteses de cabimento
5.1) Esclarecimento
Fundamentação
Dispositivo
Fundamentação x dispositivo
Ementa e corpo do Acórdão
5.2) Integração
→ Erro de cálculo
5) Caráter infringente
7) ED e princípio da singularidade
Consequências:
Efeito suspensivo
o Não tem
o Pode ser obtido
Recurso já interposto
Cabimento:
b) Crime político
II. E se a decisão for concessiva? → Não caberá recurso ordinário, mas cabe recurso
extraordinário
III. E se a decisão for parcial → O impetrante que teve a denegação parcial poderá
interpor recurso extraordinário
Processamento:
Decisão → RO → Despacho de vista → Contrarrazões ao recurso (15 dias) → Envio ao STF (não
há Admissibilidade no tribunal a quo)
Fungibilidade: RO e REXT → Súmula 272 do STF → Nesse caso, há erro grosseiro e, portanto,
não se admite a admissibilidade
Efeitos:
Não possui efeito suspensivo automático → mas pode ser conseguido mediante
requerimento:
Diretamente no STF, entre a publicação da decisão e a
distribuição ao relator
Ao relator no STF
Recurso Ordinário para o STJ
“Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e
coerente.” → Dá importância diferenciada aos precedentes
Modulação de efeitos: Possibilidade de, quando um tribunal for julgar casos repetitivos,
modular os efeitos da decisão, isto é, determinar quando a decisão daquele julgamento valerá
para os outros casos → §3º do 927
Julgamento de casos repetitivos: Art. 928 → São aqueles julgados em incidente de resolução
de demandas repetitivas, recurso especial e recurso extraordinário repetitivos.
Cabimento:
Possuem fundamentação constitucional → Art. 102, III (RE); Art. 105, III (REsp)
O REsp só cabe para acordãos de TJs e TRFs. Os acordãos das turmas recursais dos
juizados especiais não podem sofrer controle por meio de REsp
O RE cabe para decisões de qualquer Tribunal, inclusive da justiça especial, desde que
não caiba nenhum outro recurso nas instâncias inferiores e que envolva matéria
constitucional
RE
REsp
Conhecer
o Dar provimento
o Negar provimento
o Dar provimento parcial
Não conhecer
Ex: agravo contra decisão que decidiu sobre incompetência, o tribunal decidiu
que não cabe agravo de instrumento, com base no Art. 1115 do CPC, que é
numerus cláusus. Nesse caso não preciso preocupar com prequestionamento
em questão de REsp, já que o acordão já disse qual é o entendimento do
tribunal acerca da lei federal (Art. 1115)
→ admitido o RESP/RE pelo presidente do TJ/TRF, os autos sobem ao STJ/STF para dar
prosseguimento ao processo
Quando o recurso é inadmitido pelo presidente, devemos analisar o
fundamento da inadmissão:
→ O agravo do 1042 é um agravo que subirá aos tribunais superiores e será decidido pelos
ministros da turma
Do agravo em RE e em RESP
Embargos de divergência
É julgado sempre por um órgão maior ou igual aquele que apreciou a norma
Deve haver Relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem
repetição em múltiplos processos
O incidente serve para que a questão com grande repercussão seja analisa por um
órgão superior do Tribunal. Ao ser decidia, a questão se vincula a todos julgadores
Reclamação
1. Considerações iniciais
Preservação de competência
Garantir a autoridade das decisões
2. Competência
3. Objeto
o Decisão judicial
o Ato administrativo
o Decisão judicial
o Ato administrativo
o Omissão administrativa
4. Natureza jurídica
Não é recurso
o Enseja nova relação processual
o Cabe contra ato administrativo
Ação autônoma
d) Observância de:
IRDR
IAC
Garantir a observância:
Há duas interpretações: