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E mais adiante, disserta quanto ao risco que sofre a pessoa que negocia com a sociedade
limitada, tendo em vista que teria apenas o patrimônio social como garantia da quitação
do negócio. Desse existem credores que podem embutir uma taxa de risco ao
negociarem seus preços, como forma de socializar a possibilidade de insucesso das
atividades econômicas. Entretanto, ressalta que existem credores não negociais, como o
Fisco, INSS, trabalhadores, consumidores, entre outros, que não possuem meios de
negociar o preço e agregar qualquer taxa de risco, ficando sujeitos a prejuízos que vem a
se desenvolver a insolvência da sociedade empresária.
A segunda exceção surge com a integralização das quotas, por meio de bens. Neste
caso, compete à sociedade estimar o valor do patrimônio que está sendo transferido.
Caso algum credor discorde dos valores atribuídos poderá levar o litígio à Justiça,
solicitando a correção da estimativa e a condenação dos sócios pelo valor faltante. Esta
regra encontra-se inserta no § 1º do artigo 1.055:
Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou
diversas a cada sócio.
§ 1o Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem
solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da
sociedade.
A terceira exceção trazida pelo Código Civil reside na distribuição fictícia de lucros ou
a realização de outras retiradas às custas da redução do capital social. Esta regra
encontra-se inserta no artigo 1.059:
Art. 1.059. Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias retiradas, a
qualquer título, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se
distribuírem com prejuízo do capital.