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NOTAÇÕES alternativa A
C: conjunto dos números complexos. I. Verdadeira.
R: conjunto dos números reais. 2iz 2 + 5z − i
Z: conjunto dos números inteiros. Se ω = 2
, então
1 + 3z + 2iz + 3 |z |2 + 2 | z |
N = {0, 1, 2, 3, ...}.
N ∗ = {1, 2, 3, ...}. ( 2iz 2 ) + (5 z ) − ( i )
ω = =
z: conjugado do número z ∈ C.
(1 ) + (3z 2 ) + ( 2iz ) + (3 |z |2 ) + ( 2 |z |)
i: unidade imaginária; i2 = −1.
arg z: um argumento de z ∈ C \ {0}. −2i z 2 + 5z + i
= , lembrando que
[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b}. 1 + 3z 2
− 2iz + 3 |z |2 + 2 |z |
]a, b[ = {x ∈ R; a < x < b}. |z | = |z |.
∅: conjunto vazio.
Nota: temos 1 + 3z 2 + 2iz + 3 |z |2 + 2 |z | ≠ 0 ,
A \ B = {x ∈ A; x ∉ B}.
X C = U \ X, para X ⊂ U, U ≠ ∅. pois Re (1 + 3z + 2iz + 3 |z |2 + 2 |z | ) =
2

I: matriz identidade n × n. = 1 + 3 |z |2 + 2 |z | + Re (3z 2 + 2iz) e


A −1 : inversa da matriz inversível A. |Re(3z 2 + 2iz)| ≤ |3z 2 + 2iz | ≤ 3 |z |2 + 2 |z |.
T
A : transposta da matriz A. Logo1 + 3z 2 + 2iz + 3 |z |2 + 2 |z | ≥ 1, para todo
AB: segmento de reta unindo os pontos A e B. z ∈ C.
m(AB) : medida (comprimento) de AB. II. Verdadeira.
2iz + 3i + 3
Se z ≠ 0 e ω = , então
(1 + 2i) ⋅ z
|2iz + 3i + 3 | |2iz | + |3i + 3 |
Questão 1 |ω | =
|(1 + 2i) ⋅ z |

|1 + 2i | ⋅ | z |
=

2 |z | + 3 2
Seja z ∈ C. Das seguintes afirmações indepen- = .
5 |z |
dentes:
III. Verdadeira.
2 i z2 + 5 z − i
I. Se ω = , então Temos que:
1 + 3 z2 + 2 i z + 3|z|2 + 2|z|
 2 2 
1+i = 2 + i =
2
−2 i z + 5 z + i  2 2 
ω = .
1 + 3 z2 − 2 i z + 3|z|2 + 2|z|  π π
= 2  cos + i sen  ;
 4 4
2i z + 3i + 3
II. Se z ≠ 0 e ω = , então  3 1 
(1 + 2 i) z 4 3 + 4i = 8  + i =
 2 2 
2|z| + 3 2
|ω|≤ . π π
5|z| 
= 8  cos + i sen 
 6 6
(1 + i) z2 π
III. Se ω = , então 2 arg z + é 1+i
4 3 + 4i 12 e, portanto, =
4 3 + 4i
um argumento de ω.
2  π π π π 
é (são) verdadeira(s): =  cos  −  + i sen  −  =
8  4 6 4 6 
a) todas. b) apenas I e II.
c) apenas II e III. d) apenas I e III. 2  π π 
=  cos + i sen .
e) apenas II. 8  12 12 

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2002 22:58:02
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matemática 2

x −2 2(2x + 1) 2x + 5
(1 + i)z 2
Logo ω = = ⇔ 3 2 ⋅3 2x = 3 x ⇔
4 3 + 4i
x −2 2(2x + 1) 2x + 5
2  π π 2 +
= cos + i sen  ⋅ ( |z| (cos θ + i sen θ)) = ⇔ 3 2 2x = 3 x ⇔
8  12 12 
2 x −2 2(2x + 1) 2x + 5
2 |z |   π   π  ⇔ + = ⇔
=  cos  2 θ +  + i sen  2 θ +  , 2 2x x
8  12   12 
onde θ é um argumento de z. x 2 − 2x − 8 = 0
⇔ ⇔ x = −2 ou x = 4.
x ≠0
A soma pedida é −2 + 4 = 2.
Questão 2

O valor de y2 − xz para o qual os números Questão 4


π
sen , x, y, z e sen 75°, nesta ordem, for-
12 Considere uma função f : R → R não-cons-
mam uma progressão aritmética, é: tante e tal que
2− 3 f ( x + y ) = f ( x )f ( y ), ∀x , y ∈ R.
a) 3−4 b) 2−6 c) 6−2 d) 2−5 e)
4 Das afirmações:
I. f ( x ) > 0, ∀x ∈ R.
alternativa D II. f ( nx ) = [ f ( x )]n , ∀x ∈ R, ∀n ∈ N ∗.
 π  III. f é par.
Seja r a razão da PA  sen , x , y , z , sen 75 o  .
 12  é (são) verdadeira(s):
Deste modo, 4r = sen 75 o − sen 15 o ⇔ a) apenas I e II. b) apenas II e III.
75 o − 15 o 75 o + 15 o c) apenas I e III. d) todas.
⇔ 4r = 2 ⋅ sen ⋅ cos ⇔
2 2 e) nenhuma.
o o 2
4r = 2 ⋅ sen 30 ⋅ cos 45 ⇔ r = .
8 alternativa A
Portanto: I. Verdadeira. Inicialmente, vamos mostrar que
2
 2  f(x) ≠ 0 para todo x ∈ R .
y 2 − xz = y 2 − (y − r )(y + r ) = r 2 =   =
 8  Supondo, por absurdo, que f(a) = 0 para
algum a ∈ R, então, para todo x ∈ R,
= 2 −5 f(x) = f((x − a) + a) = f(x − a) ⋅ f(a) = 0 , ou seja,
f é constante, o que contraria uma das hipóteses
do enunciado.
Questão 3 Assim, para todo x real,
2
x x   x 
f(x) = f  +  = f    > 0
Considere a função 2 2   2 
f : Z \ {0} → R, II. Verdadeira. Provaremos tal afirmação usando
o P.I.F.:
f ( x ) = 3x − 2 (92 x + 1 )1 / (2 x) − (32 x + 5 )1 / x + 1.
• Para n = 1, é imediato que
A soma de todos os valores de x para os quais f(1 ⋅ x) = f(x) = [f(x)]1 .
a equação y2 + 2 y + f ( x ) = 0 tem raiz dupla • Supondo a afirmação verdadeira para k ∈ N ∗ ,
é: f((k + 1) ⋅ x) = f(kx + x) = f(kx) ⋅ f(x) =
a) 0 b) 1 c) 2 d) 4 e) 6 = [f(x)] k ⋅ f(x) = [f(x)] k + 1 .
Isso completa a demonstração.
III. Falsa. Temos que f(0) = f(0 + 0) = f(0) ⋅ f(0) ⇔
alternativa C ⇔ f(0) = 1, pois f(x) > 0 , para todo x ∈ R .
2
A equação y + 2y + f(x) = 0 admite raiz dupla Supondo, por absurdo, que f é par, ou seja,
f(x) = f( −x), então f(0) = f(x − x) =
se, e somente se, seu discriminante é nulo, ou
= f(x) ⋅ f( −x) ⇔ f (x ) ⋅ f (−x ) = 1 ⇔ f 2 (x) = 1 ⇔
seja, 2 2 − 4 ⋅ 1 ⋅ f(x) = 0 ⇔ f(x) = 1 ⇔
⇔ f(x) = 1, para todo x ∈ R , o que contraria a hi-
⇔ 3 x − 2 (9 2x + 1 )1/(2x) − (3 2x + 5 )1/ x + 1 = 1 ⇔ pótese de f ser não constante.

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2002 22:58:03
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matemática 3

ab
tem-se que o valor de é igual a:
Questão 5 c
a) −6 b) −4 c) 4 d) 7 e) 9
Considere o polinômio P(x) = 2 x + a2 x2 + . . . +
+ an x n , cujos coeficientes 2, a2 , . . ., an for- alternativa E
mam, nesta ordem, uma progressão geomé- Pelo teorema do resto, temos:
1 P(1) = 2
trica de razão q > 0. Sabendo que − é uma
2 P( −1) = 3 ⇔
raiz de P e que P(2) = 5 460, tem-se que o va-
P(2) = 0
n2 − q3
lor de é igual a:
q4 1
5
+ a ⋅1
4
+ b ⋅1
2
+ c ⋅1 + 1 = 2

5 3 7 11 15 5 4 2
⇔ ( −1) + a ⋅ ( −1) + b ⋅ ( −1) + c ⋅ ( −1) + 1 = 3 ⇔
a) b) c) d) e)
4 2 4 6 8 2
5
+ a ⋅ 2
4
+ b ⋅ 2
2
+ c ⋅ 2 + 1 = 0

alternativa C a +b +c =0
⇔ a + b − c = 3 ⇔
Sendo (2, a 2 , . . . , an ) uma PG de razão q > 0, te-
16a + 4b + 2c = −33
mos a 2 = 2 ⋅ q , a3 = 2 ⋅ q 2 , ..., an = 2 ⋅ q n − 1 .
Assim, P(x) = 2x + 2q ⋅ x 2 + 2q 2 ⋅ x 3 + . . . + 3
c = −
n 2
(qx) − 1
+ 2q n − 1 ⋅ x n = 2x ⋅ . ⇔ 2a + 2b = 3 ⇔
qx − 1
 3
1  1 16a + 4b + 2  −  = −33
Como − é raiz de P, P  −  = 0 ⇔  2
2  2
n 3
  1  c = − a = −3
 q ⋅  −   − 1 2
 1  2  9
⇔ 2 ⋅ −  ⋅ = 0 ⇔ ⇔ 2a + 2b = 3 ⇔ b =
 2  1 2
q ⋅ −  − 1 8a + 2b = −15
 2 3
c = −
n n 2
 q  q
⇔ −  − 1 = 0 ⇔ −  =1 ⇔
 2  2 9
−3 ⋅
ab 2 = 9.
n =0 Portanto =
c 3

ou 2
⇔ q = −2 ⇔ q = 2 e n é par .
ou
Questão 7
(q = 2 e n é par)
(2 ⋅ 2) n − 1
Temos ainda P(2) = 5 460 ⇔ 2 ⋅ 2 ⋅ = Das afirmações abaixo sobre a equação
2 ⋅ 2 −1
z4 + z3 + z2 + z + 1 = 0 e suas soluções no
= 5 460 ⇔ 2 2n = 4 096 ⇔ n = 6.
plano complexo:
n2 − q3 36 − 8 7 I. A equação possui pelo menos um par de raí-
Logo = = .
q4 16 4 zes reais.
II. A equação possui duas raízes de módulo 1,
uma raiz de módulo menor que 1 e uma raiz
Questão 6 de módulo maior que 1.
III. Se n ∈ N* e r é uma raiz qualquer desta
Dividindo-se o polinômio P(x) = x 5 + ax4 + bx2 + n k
r 1
+ cx + 1 por (x − 1), obtém-se resto igual a 2. Di- equação, então ∑ 3
<
2
.
vidindo-se P(x) por (x + 1), obtém-se resto igual k =1
a 3. Sabendo que P(x) é divisível por (x − 2), é (são) verdadeira(s):

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2002 22:58:04
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matemática 4

a) nenhuma. b) apenas I.
c) apenas II. d) apenas III. Questão 9
e) apenas I e III.
Considere o conjunto S = {(a, b) ∈ N × N :
alternativa D a + b = 18}. A soma de todos os números da
18 !
z5 − 1 forma , ∀(a, b) ∈ S, é:
z4 + z3 + z 2 + z + 1 = 0 ⇔ = 0 ⇔ a ! b!
z −1
a) 86 b) 9! c) 96 d) 126 e) 12!
z5 − 1 = 0 z5 = 1
⇔ ⇔ ⇔
z −1 ≠ 0 z ≠1 alternativa A
z 5 = cos 0 + i ⋅ sen 0 Temos
⇔ ⇔
z ≠1 S = {(a, b): a = 18 − b, b ∈ N , 0 ≤ b ≤ 18}.
Assim, a soma de todos os números da forma
2kπ 2kπ
⇔ z = cos + i sen ; k = 1, 2, 3 ou 4. 18! 18
18!
5 5 , (a, b) ∈ S, é igual a ∑ =
2kπ a!b! b = 0 (18 − b)!b!
I. Falsa. Como sen ≠ 0 , para k = 1, 2, 3 e 4,
5 18
18 
todas as raízes da equação são números comple- = ∑   = 2
18
= (2 3 ) 6 = 8 6 .
xos não reais. b =0  b 
II. Falsa. Para todas as raízes z da equação, |z | = 1.
III. Verdadeira. Sendo r uma raiz dessa equação,
n k Questão 10
r |r | 1 r
temos que = = . Logo ∑ =
3 3 3 k =1 3
O número de divisores de 17 640 que, por
1 sua vez, são divisíveis por 3 é:
n k +∞ k
1  1  1
= ∑  3  < ∑  
3 
= 3
1
=
2
. a) 24 b) 36 c) 48 d) 54 e) 72
k =1 k =1 1−
3
ver comentário
Como 17 640 = 2 3 ⋅ 3 2 ⋅ 51 ⋅ 7 2 , os divisores de
Questão 8 17 640 que são divisíveis por 3 são da forma
± 2 a ⋅ 3 b ⋅ 5 c ⋅7 d , onde 0 ≤ a ≤ 3; 1 ≤ b ≤ 2;
Seja k ∈ R tal que a equação 2 x 3 + 7 x2 + 4 x + 0 ≤ c ≤ 1 e 0 ≤ d ≤ 2.
+ k = 0 possua uma raiz dupla e inteira x1 e Logo a quantidade pedida é 2 ⋅ 4 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 3 = 96.
uma raiz x2 , distinta de x1 . Então, (k + x1 )x2 Nota: o número de divisores positivos de 17 640
é igual a: que são divisíveis por 3 é 4 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 3 = 48.
a) −6 b) −3 c) 1 d) 2 e) 8
Questão 11
alternativa B
Sejam A e P matrizes n × n inversíveis e
Sendo P(x) = 2x 3 + 7x 2 + 4x + k , uma raiz du-
B = P −1 AP. Das afirmações:
pla de P(x) = 0 também é raiz de
I. BT é inversível e (BT )−1 = ( B−1 )T .
P’ (x) = 0 ⇔ 6x 2 + 14x + 4 = 0 ⇔ x = −2 ou
1 II. Se A é simétrica, então B também o é.
x = − . Como x1 ∈ Z , x1 = −2 . III. det(A − λI) = det(B − λI), ∀λ ∈ R.
3
Das relações entre coeficientes e raízes, é (são) verdadeira(s):
7 −7 1 a) todas. b) apenas I.
x1 + x1 + x 2 = − ⇔ x2 = − 2( −2) = .
2 2 2 c) apenas I e II. d) apenas I e III.
Finalmente, sendo −2 uma raiz da equação,
e) apenas II e III.
2 ⋅ ( − 2 )3 + 7 ⋅ ( − 2 ) 2 + 4 ⋅ ( − 2 ) + k = 0 ⇔
⇔ k = −4. alternativa D
1
Assim, (k + x1 )x 2 = ( −4 + ( − 2 )) ⋅ = −3.
2 I. Verdadeira. det (BT ) = det B = det(P −1 ⋅ A ⋅ P ) =

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2002 22:58:05
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matemática 5

1 x + 2y − 5z = sen 2a
= det(P −1 ) ⋅ det A ⋅ det P = ⋅ det A ⋅ det P =
det P ⇔ 9y − 26z = cos 3a + 4 sen 2a
= det A. − 9y + 26z = −2 cos a − 6 sen 2a
Logo, como A é inversível, det(BT ) ≠ 0 e BT é in- O sistema é possível se, e somente se,
versível. cos 3a + 4 sen 2a = −( −2 cos a − 6 sen 2a) ⇔
Por outro lado, (B −1 )T ⋅ BT = (B ⋅ B −1 )T = IT = I . ⇔ cos 3a − 2 sen 2a − 2 cos a = 0 ⇔
Portanto (B −1 )T é a inversa de BT , ou seja, ⇔ cos 3a − 3 sen 2 a cos a − 4 sen a cos a − 2 cos a = 0 ⇔
2 2
⇔ cos a(cos a − 3 sen a − 4 sen a − 2) = 0 ⇔
(BT ) −1 = (B −1 )T .
II. Falsa. Uma matriz An × n é simétrica se, e so- ⇔ cos a( −4 sen 2 a − 4 sen a − 1) = 0 ⇔
mente se, AT = A. ⇔ −cos a(2 sen a + 1) 2 = 0 ⇔
1 1  1 π
Tomando-se a matriz A =   , simétrica e in- ⇔ cos a = 0 ou sen a = − ⇔ a = ou
1 2  2 2
3π 7π 11π
2 0  a = ou a = ou a = .
versível, e a matriz P =   , inversível, temos 2 6 6
0 1  Além disso, o sistema é homogêneo se, e somen-
1  te se,
que P −1 =  2
0 −1
 e B =P ⋅ A ⋅ P = cos 3a = 0
 0 1 π 3π
sen 2a = 0 ⇔ a = ou a = .
1   1  2 2
0  1 1  2 0 − 2 cos a = 0
=  2  ⋅ 1 2  ⋅ 1
 =  2
 . Como

0 1 Logo o sistema é possível e não homogêneo se,
0 1 2 2 
7π 11π
e somente se, a = ou a = , um total de 2
1 2 6 6
BT =  1  ≠ B, concluímos que B não é simé-
valores.
2
2 
trica.
III. Verdadeira. Sendo λ ∈ R, det(B − λI) =
Questão 13
= det(P −1 ⋅ A ⋅ P − λ ⋅ P −1 ⋅ P) = Para todo x ∈ R, a expressão
−1 −1 2 2
= det(P ⋅ (AP − λP)) = det(P ⋅ (A − λI) ⋅ P) = [cos(2 x )] [ sen(2 x )] sen x é igual a:
= det P −1 ⋅ det(A − λI) ⋅ det P = a) 2−4 [sen (2x) + sen (5x) + sen (7x)].
1 b) 2−4 [2 sen x + sen (7x) − sen (9x)].
= ⋅ det (A − λI ) ⋅ det P = det( A − λI)
det P c) 2−4 [−sen (2x) − sen (3x) + sen (7x)].
d) 2−4 [−sen x + 2 sen (5x) − sen (9x)].
e) 2−4 [sen x + 2 sen (3x) + sen (5x)].
Questão 12
alternativa B
O número de todos os valores de a ∈ [0, 2π ],
Para todo x ∈ R ,
distintos, para os quais o sistema nas incóg-
nitas x, y e z, dado por [cos(2x) ]2 ⋅ [sen(2x) ]2 ⋅ sen x =
 − 4 x + y − 6 z = cos 3a = [cos(2x) ⋅ sen(2x) ]2 ⋅ sen x =

 x + 2 y − 5 z = sen 2a  sen(4x) 
2
 6 x + 3 y − 4 z = −2 cos a , =   ⋅ sen x =
  2
é possível e não-homogêneo, é igual a: sen(4x)
= ⋅ sen(4x) ⋅ sen x =
a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6 4
sen(4x)  cos(3x) − cos(5x) 
alternativa A = ⋅  =
4  2
x + 2y − 5z = sen 2a = 2 −3 [sen(4x) ⋅ cos(3x) − sen(4x) ⋅ cos(5x)] =
−4x + y − 6z = cos 3a ⇔  sen(7x) + sen x sen(9x) − sen x 
= 2 −3  −  =
6x + 3y − 4z = −2 cos a  2 2

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2002 22:58:06
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matemática 6

= 2 −4 [2 sen x + sen(7x) − sen(9x)]. c) de uma hipérbole.


π d) de duas retas concorrentes.
Tomando x = , verificamos que as demais al-
4 e) da reta y = −x.
ternativas são falsas.
alternativa C
Seja C = (x; y) o centro de uma das circunferên-
Questão 14 cias da família.

Considere os contradomínios das funções ar-


π π
co-seno e arco-cosseno como sendo  − ,
 2 2 
e [0, π], respectivamente. Com respeito à fun-
ção
π 3π 
f : [ −1, 1] → − , ,
 2 2 
f ( x ) = arcsen x + arccos x,
temos que:
a) f é não-crescente e ímpar.
b) f não é par nem ímpar.
c) f é sobrejetora. Como a circunferência tangencia o eixo y, R = |x|.
d) f é injetora. Além disso, no triângulo CMB, temos CM 2 + 2 2 =
e) f é constante. = R 2 ⇔ y 2 + 2 2 = | x |2 ⇔ x 2 − y 2 = 4.
Assim, visto que C está no segundo quadrante,
alternativa E o lugar geométrico dos centros das circunferên-
cias da família são os pontos da hipérbole
 π 3π  x 2 − y 2 = 4 situados no segundo quadrante.
Dada a função f : [−1;1] →  − ; tal que
 2 2 
f(x) = arcsen x + arccos x , fazendo-se x = sen t ,
 π π
t ∈  − ;  , temos f(x) = arcsen sen t + Questão 16
 2 2
π  π
+ arccos sen t = t +  − t = .
2  2 A área do polígono, situado no primeiro qua-
Assim, f é uma função constante e, portanto, não drante, que é delimitado pelos eixos coorde-
 π 3π  nados e pelo conjunto
é injetora nem sobrejetora em  − ; .
 2 2  {(x, y) ∈ R2 : 3x2 + 2y2 + 5xy − 9x − 8y + 6 = 0},
π
Além disso, ∀x ∈[−1; 1], f(−x) = f(x) = , de onde é igual a:
2 5 10
temos que f é par. Como f(−x) ≠ −f(x), ∀x ∈[−1; 1], a) 6 b) c) 2 2 d) 3 e)
f não é ímpar.
2 3

alternativa B
Questão 15 3x 2 + 2y 2 + 5xy − 9x − 8y + 6 = 0 ⇔
⇔ 3x 2 + (5y − 9)x + (2y 2 − 8y + 6) = 0 . Con-
Considere a família de circunferências com siderando tal igualdade como uma equação na
centros no segundo quadrante e tangentes variável x, ∆ = (5y − 9) 2 − 4 ⋅ 3 ⋅ (2y 2 − 8y + 6) =
ao eixo Oy. Cada uma destas circunferências
= (y + 3) 2 e 3x 2 + 2y 2 + 5xy − 9x − 8y + 6 =
corta o eixo Ox em dois pontos, distantes en-
tre si de 4 cm. Então, o lugar geométrico dos  −(5y − 9) + (y + 3) 
= 3 x −  ⋅
centros destas circunferências é parte:  2 ⋅3 
a) de uma elipse.  −(5y − 9) − (y + 3) 
⋅ x −  =
b) de uma parábola.  2 ⋅3 

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matemática 7

= (3x + 2y − 6) ⋅ (x + y − 1). No triângulo APQ, temos cos θ =


4
, e no triângu-
Logo 3x 2 + 2y 2 + 5xy − 9x − 8y + 6 = 0 ⇔ l
1
⇔ (3x + 2y − 6)(x + y − 1) = 0 ⇔ lo BPR, temos cos(120 o − θ) = . Logo
l
3x + 2y − 6 = 0
cos θ = 4 cos(120 o − θ) ⇔
⇔ ou e podemos esboçar a re-
⇔ cos θ = 4(cos 120 o cos θ + sen 120 o sen θ) ⇔
x + y −1 = 0
 1 3 
gião: ⇔ cos θ = 4  − cosθ + senθ  ⇔
 2 2 
⇔ 3 cos θ = 2 3 senθ ⇔
3
⇔ tg θ = .
2
3
Portanto AQ = AP ⋅ tg θ = 4 ⋅ = 2 3 cm e, as-
2
sim, l2 = 4 2 + (2 3 ) 2 = 28 cm 2 .
Conseqüentemente, a área do triângulo PQR é
l2 3 28 3
= = 7 3 cm 2 .
4 4

Questão 18
Supondo, então, que ABCD é o polígono, sua Considere três polígonos regulares tais que
área é igual à diferença entre as áreas dos triân- os números que expressam a quantidade de
2 ⋅3 1 ⋅1 5 lados de cada um constituam uma progres-
gulos ABO e CDO, ou seja, − = .
2 2 2 são aritmética. Sabe-se que o produto destes
três números é igual a 585 e que a soma de
todos os ângulos internos dos três polígonos
Questão 17
é igual a 3 780°. O número total das diago-
nais nestes três polígonos é igual a:
Sejam r e s duas retas paralelas distando
entre si 5 cm. Seja P um ponto na região in- a) 63 b) 69 c) 90 d) 97 e) 106
terior a estas retas, distando 4 cm de r. A
área do triângulo equilátero PQR, cujos vérti- alternativa D
ces Q e R estão, respectivamente, sobre as re-
Sejam n − r, n e n + r, com n, r naturais, n − r ≥ 3,
tas r e s, é igual, em cm2 , a: os números de lados dos polígonos, respectiva-
a) 3 15 b) 7 3 c) 5 6 mente. Temos:
15 7 (n − r)n(n + r) = 585
d) 3 e) 15
2 2 (n − r − 2)180 o + (n − 2)180 o +
alternativa B + (n + r − 2)180 o = 3 780 o
Seja l, em cm, o lado do triângulo. (n − r)n(n + r) = 585
⇔ ⇔
3n − 6 = 21

(9 − r)9(9 + r) = 585
⇔ ⇔
n =9

81 − r 2 = 65
⇔ ⇔
n =9

r =4

n =9

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matemática 8

Assim, os três polígonos têm 5, 9 e 13 lados e o nú- alternativa B


5(5 − 3) 9(9 − 3)
mero total de diagonais é + + A aresta da base da pirâmide tem medida igual a
2 2
13(13 − 3) 8 = 2 2 cm.
+ = 5 + 27 + 65 = 97.
2

Questão 19
Considere o triângulo isósceles OAB, com la-
dos OA e OB de comprimento 2 R e lado AB
de comprimento 2R. O volume do sólido, obti-
do pela rotação deste triângulo em torno da
reta que passa por O e é paralela ao lado AB,
é igual a:
π 3 4π 3
a) R b) πR3 c) R
2 3
d) 2 πR3 e) 3 πR3

alternativa C

2 2
O apótema da base, OA, tem medida =
2
= 2 cm e o apótema da pirâmide, PA, tem medi-
da ( 2 ) 2 + 5 2 = 27 = 3 3 cm. A distância
OB de uma face lateral ao centro O de sua base
corresponde à altura relativa à hipotenusa do
triângulo retângulo POA e é tal que PA ⋅ OB =
= OA ⋅ OP ⇔ 3 3 ⋅ OB = 2 ⋅ 5 ⇔
5 6
⇔ OB = cm.
Seja M o ponto médio de AB. Temos 9
OM 2 = OA 2 − AM 2 = (R 2 ) 2 − R 2 ⇔ AS QUESTÕES DE 21 A 30 DEVERÃO
⇔ OM = R. Assim, ao rotacionarmos o triângulo SER RESOLVIDAS NO CADERNO DE
OAB em torno da reta r paralela a AB e que pas- RESPOSTAS ANEXO.
sa por O, obtemos um sólido cujo volume é igual
ao de um cilindro de raio OM = R e altura
AB = 2R menos a soma dos volumes de dois co- Questão 21
nes com raio da base OM = R e altura AM = R .
Portanto o volume procurado é igual a Sejam U um conjunto não-vazio e A ⊂ U,
1 4π 3 B ⊂ U. Usando apenas as definições de igual-
πR 2 ⋅ 2R − 2 ⋅ πR 2 ⋅ R = R .
3 3 dade, reunião, intersecção e complementar,
prove que:
I. Se A ∩ B = ∅, então B ⊂ AC .
Questão 20
II. B\AC = B ∩ A.
Considere uma pirâmide regular de altura Resposta
igual a 5 cm e cuja base é formada por um I) A ∩ B = ∅ ⇔ ( ∃ x ∈ U : x ∈ A e x ∈ B) ⇔
quadrado de área igual a 8 cm2 . A distância ⇔ ( ∀x ∈ U , x ∈ B ⇒ x ∉ A) ⇔
de cada face desta pirâmide ao centro de sua
⇔ ( ∀x ∈ U , x ∈ B ⇒ x ∈ AC ) ⇔ B ⊂ AC
base, em cm, é igual a:
15 5 6 4 3 7 II) B\ AC = {x ∈ U : x ∈ B e x ∉ AC } =
a) b) c) d) e) 3
3 9 5 5 = {x ∈ U : x ∈ B e x ∈ A} = B ∩ A

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matemática 9

da em linha reta, correndo com velocidades


Questão 22 constantes v A e vT , com 0 < vT < v A . Como a
tartaruga é mais lenta, é-lhe dada uma van-
Determine o conjunto dos números complexos tagem inicial, de modo a começar a corrida no
z para os quais o número instante t = 0 a uma distância d1 > 0 na fren-
z+ z+2
w = te de Aquiles. Calcule os tempos t1 , t2 , t3 , . . .
|z − 1| + |z + 1| − 3 que Aquiles precisa para percorrer as distân-
pertence ao conjunto dos números reais. cias d1 , d2 , d3 , . . . , respectivamente, sendo
Interprete (ou identifique) este conjunto geo- que, para todo n ≥ 2, dn denota a distância
n −1
metricamente e faça um esboço do mesmo.
entre a tartaruga e Aquiles no instante ∑ tk
k =1
Resposta
da corrida.
Seja z = x + yi; x, y ∈ R. Como z + z + 2 = 2x + Verifique que os termos tk , k = 1, 2, 3, . . . , for-
z +z +2 mam uma progressão geométrica infinita, deter-
+ 2 ∈ R, temos w = ∈R ⇔
|z − 1| + |z + 1| − 3 mine sua soma e dê o significado desta soma.
⇔ |z − 1 | + | z + 1 | > 3 ⇔ (x − 1) 2 + y 2 +
Resposta
+ (x + 1) 2 + y 2 > 3 ⇔ PF1 + PF2 > 3 , onde
P = (x; y), F1 = (1; 0) e F2 = (−1; 0), o que define a O tempo tk que Aquiles precisa para percorrer a
d
região externa de uma elipse de centro (0; 0), distância dk é tk = k . Nesse intervalo de tem-
eixo maior 3, contido no eixo x, e distância fo- vA
cal 2. Sendo b o semi-eixo menor, temos po, a tartaruga obtém uma vantagem de vT ⋅ tk ,
3 
2
2
2
5 ou seja, dk + 1 = vT ⋅ tk .
b2 =   −   ⇔ b = . Assim, o con-
2 2 2 dk + 1 v ⋅t v 
Logo tk + 1 = = T k =  T  ⋅ tk .
junto dos números complexos z = (x; y) para os vA vA vA 
x2 y2
quais w ∈ R satisfaz 2
+ 2
>1 ⇔ Assim, a seqüência (t1 , t 2 , ..., tn , ...) é uma pro-
3   5  vT
    gressão geométrica infinita de razão ,
2  2  vA
v d
x2 y2 1 0 < T < 1, e primeiro termo t1 = 1 .
⇔ + > , que graficamente pode ser vA vA
9 5 4
representado por k −1
v 
Conseqüentemente, tk = t1 ⋅  T  =
vA 
k −1
d1  vT 
= ⋅  .
vA vA 

A soma dos termos da seqüência é


d1
vA d1
= e é igual ao intervalo de tem-
vT v A − vT
1−
vA
po necessário para que Aquiles alcance a tartaru-
ga.

Questão 23
Questão 24
Considere a seguinte situação baseada num
dos paradoxos de Zenão de Eléia, filósofo gre- Mostre que toda função f : R \ {0} → R, sa-
go do século V A.C. Suponha que o atleta tisfazendo f ( xy ) = f ( x ) + f ( y ) em todo seu
Aquiles e uma tartaruga apostam uma corri- domínio, é par.

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matemática 10

Resposta
Questão 26
Para todo x ∈ R ∗ , temos:
f(x) − f( −x) = f(( −x) ⋅ ( −1)) − f(x ⋅ ( −1)) = Sejam a, b, c e d números reais não-nulos.
= [f( −x) + f( −1)] − [f(x) + f( −1)] = f( − x) − f(x). Exprima o valor do determinante da matriz
Logo f(x) = f( −x), ou seja, f é par.  bcd a2 
1 a
 
 acd b2 
1 b
 abd
1 c c 2
 
Questão 25 1 d d2 
 abc
na forma de um produto de números reais.
Sejam a, b, c e d constantes reais. Sa-
bendo que a divisão de P1 (x) = x4 + ax2 + b por Resposta
2
P2 (x) = x + 2x + 4 é exata, e que a divisão de Temos
P3 (x) = x 3 + cx2 + dx − 3 por P4 (x) = x2 − x + 2 bcd 1 a a2 abcd a a2 a3
tem resto igual a −5, determine o valor de acd 1 b b2 1 abcd b b2 b3
= ⋅ =
a + b + c + d. abd 1 c c2 abcd abcd c c2 c3
abc 1 d d2 abcd d d2 d3

Resposta 1 a a2 a3 1 1 1 1
abcd 1 b b2 b 3 a b c d
= ⋅ = 2 ,
Temos: abcd 1 c c2 c 3 a b2 c2 d2
−x 4 + 0x 3 + ax 2 + 0x + b x 2 + 2x + 4 1 d d2 d3 a3 b3 c3 d3

−x 4 − 2x 3 − 4x 2 x 2 − 2x + a que é um determinante de Vandermonde cujo va-


3 2 lor é (b − a) ⋅ (c − a) ⋅ (d − a) ⋅ (c − b) ⋅ (d − b) ⋅
− 2x + (a − 4)x + 0x + b ⋅ (d − c).
2x 3 + 4x 2 + 8x
2
ax + 8x +b Questão 27
2
−ax − 2ax − 4a
π π
(8 − 2a)x + b − 4a Encontre todos os valores de a ∈  − , 
 2 2 
Como a divisão é exata,
para os quais a equação na variável real x,
8 − 2a = 0 a =4  ex   ex 
⇔ . arctg  2 − 1 +  + arctg  2 − 1 −  = a,
b − 4a = 0 b = 16  2   2 
Temos também: admite solução.
3 2
−x + cx + dx − 3 x 2
−x +2
Resposta
−x 3 + x2 − 2x x + c +1
 π π   ex 
Como a ∈  − ;   +
(c + 1) x 2 + (d − 2)x − 3  2 2 , arctg  2 − 1 + 2 
−(c + 1)x 2 + (c + 1) x − 2c − 2  ex 
+ arctg  2 − 1 −  = a ⇔
(c + d − 1)x − 2c − 5  2 
Como a divisão tem resto igual a −5,   ex 
⇔ tg  arctg  2 − 1 +  +
c + d −1 = 0 d =1   2 
⇔ .
− 2c − 5 = −5 c =0  ex 
+ arctg  2 − 1 −   = tg a ⇔
Logo a + b + c + d = 4 + 16 + 0 + 1 = 21.  2  

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matemática 11

ex ex x2 y2
2 −1 + + 2 −1 − + =1
2 2 2 5
⇔ = tg a ⇔ Assim, b = 5 e a tem solução úni-
 ex  ex  x y
1 −  2 − 1 +   2 − 1 −  + =1
 2  2  2 3
 e 2x  ca P = (x; y).
⇔ 2 2 − 2 = 1 − ( 2 − 1) 2 +  tg a ⇔
4 
2
  3x 
3 − 
x  2
2 
e 2x Então 2 + =1 ⇔
⇔ 2 2 − 2 − ( −2 + 2 2 )tg a = ⋅ tg a ⇔ a 5
4
⇔ 4(2 2 − 2)(1 − tg a) = e 2x tg a ( ∗ )  1 9  2 9 4
⇔ 2 +  x − x + = 0 e, como ∆ = 0 ⇔
Como 4(2 2 − 2) > 0 , a equação ( ∗ ) admite so- a 20  5 5
2
tg a ≠ 0  9  1 9  4
⇔ −  − 4 2 +  = 0 ⇔
lução se, e somente se, 1 − tg a ⇔  5 a 20  5
> 0
tg a 1 9 81
π ⇔ 2
+ = ,
⇔ 0 < tg a < 1 ⇔ 0 < a < . a 20 80
4
 9
− − 
 5 8 3x
x = = ey = 3 − =
Questão 28 2 ⋅
81 9 2
80
Sabe-se que uma elipse de equação 3 8 5 8 5 
= 3 − ⋅ = , ou seja, P =  ;  .
x2 y2 2 9 3 9 3
2
+ 2 = 1 tangencia internamente a cir-
a b
cunferência de equação x2 + y2 = 5 e que a
reta de equação 3 x + 2 y = 6 é tangente à elip-
Questão 29
se no ponto P. Determine as coordenadas de P.
Considere um quadrado ABCD. Sejam E o
Resposta ponto médio do segmento CD e F um ponto
Como a reta de equação 3x + 2y = 6 ⇔ sobre o segmento CE tal que m (BC) + m (CF )
x y
⇔ + = 1 tangencia a elipse de equação = m (AF). Prove que cos α = cos 2β, sendo os
2 3 $ e β = E AD.
$
ângulos α = B AF
x2 y2
2
+ 2 = 1 e esta tangencia internamente a
a b
Resposta
circunferência dada por x 2 + y 2 = 5 , a situação
descrita pode ser representada por:

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matemática 12

Sejam l a medida do lado do quadrado e x a me- Seja ABCD o tetraedro cujos vértices são os
l centros das esferas e seja AG = h a sua al-
dida de CF. Então DE = , BC + CF = AF ⇔
2 tura. Como G é o centro da face BCD, temos
⇔ AF = l + x e DF = l − x. 2 3 2 3R
CG = ⋅ 2R = . Logo, aplicando o
Aplicando o Teorema de Pitágoras ao ∆ADF, temos 3 2 3
AF 2 = DF 2 + AD 2 ⇔ ( l + x) 2 = ( l − x) 2 + l2 ⇔ Teorema de Pitágoras ao triângulo ACG, temos
2
$ ) = m(BAF $ ) =α 2 3  2R 6
⇔ l = 4x. Como AB // CD, m(DFA h2 +  R  = (2R) 2 ⇔ h = .
 3  3
DF l − x 3x 3
e assim cos α = = = = .
AF l + x 5x 5 A distância do centro do tetraedro ABCD a cada
AD l 2 h
=
R 6
No ∆ADE, cos β = = = e uma de suas faces é .
AE 2 2 5 4 6
l + ( l / 2)
A distância entre faces paralelas do tetraedro
3 ABCD e do tetraedro que circunscreve as esferas
portanto cos (2 β) = 2 cos 2 β − 1 = .
5 é R. Assim, os centros dos dois tetraedros coinci-
Logo cos α = cos (2 β). dem e, portanto, a distância do centro a cada face
do tetraedro que circunscreve as esferas é
R 6
+ R.
Questão 30 6
Como os tetraedros são semelhantes, sendo V o
volume desejado temos:
Quatro esferas de mesmo raio R > 0 são tan- 3
gentes externamente duas a duas, de forma  R 6 
 +R
V
que seus centros formam um tetraedro regu- =  6  = (1 + 6 ) 3 ( ∗)
lar com arestas de comprimento 2R. Determi- VABCD  R 6 
 
ne, em função de R, a expressão do volume do  6 
tetraedro circunscrito às quatro esferas. Visto que o volume do tetraedro ABCD é
1 (2R) 2 3 1 2R 6 4R 2 3
Resposta h⋅ = ⋅ ⋅ =
3 4 3 3 4
2R 3 2
= , temos
3
2R 3 2
( ∗ ) ⇔ V = (1 + 6 ) 3 =
3
R 3 ⋅ 2 2 (19 + 9 6 )
= .
3

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2002 22:58:14
Caso necessário, use os seguintes dados: alternativa C
π = 3,14. Aceleração da gravidade =
Considerando o sistema formado pelas partículas
= 9,8 m/s2 . Velocidade do som no ar = I e II, a resultante externa atuante nesse sistema
= 340 m/s. 1 atm = 1,0 × 105 N/m2 . 1 cal = é a tração T ao longo da haste. Como a haste
está inicialmente na direção y, apenas o compo-
= 4,2 J.
nente x do momento linear (quantidade de movi-
mento) do sistema é conservado.
Questão 1

Sobre um plano liso e horizontal repousa um Questão 2


sistema constituído de duas partículas, I e II,
de massas M e m, respectivamente. A partí- A partir do repouso, uma pedra é deixada
cula II é conectada a uma articulação O so- cair da borda no alto de um edifício. A figura
bre o plano por meio de uma haste que ini- mostra a disposição das janelas, com as per-
cialmente é disposta na posição indicada na tinentes alturas h e distâncias L que se repe-
figura. Considere a haste rígida de compri- tem igualmente para as demais janelas, até o
mento L, inextensível e de massa desprezí-
térreo. Se a pedra percorre a altura h da pri-
vel. A seguir, a partícula I desloca-se na dire-
meira janela em t segundos, quanto tempo le-
ção de II com velocidade uniforme VB , que vará para percorrer, em segundos, a mesma
forma um ângulo θ com a haste. Desprezando altura h da quarta janela? (Despreze a resis-
qualquer tipo de resistência ou atrito, pode-se tência do ar).
afirmar que, imediatamente após a colisão
(elástica) das partículas,

a) a partícula II se movimenta na direção de-


finida pelo vetor VB .
b) o componente y do momento linear do sis- a) [( L+ h − L) / ( 2L + 2h − 2 L + h )]t.

tema é conservado. b) [( 2L + 2h − 2L + h) / ( L + h − L )]t.


c) o componente x do momento linear do sis-
tema é conservado. c) [( 4 (L + h) − 3 (L + h) + L ) / ( L + h − L )]t.

d) a energia cinética do sistema é diferente d) [( 4 (L + h) − 3 (L + h) + L ) / ( 2 L + 2 h − 2 L + h )]t.


do seu valor inicial.
e) n.d.a. e) [( 3 (L + h) − 2 (L + h) + L ) / ( L + h − L )]t.
física 2

alternativa C 8g(L + h) − 2g [3(L + h) + L]


t’ =
2g(L + h) − 2gL
t
 4(L + h) − 3(L + h) + L 
t’ =   ⋅t
 L +h − L 

Questão 3

Variações no campo gravitacional na super-


fície da Terra podem advir de irregularida-
des na distribuição de sua massa. Considere
a Terra como uma esfera de raio R e de den-
sidade ρ, uniforme, com uma cavidade esféri-
ca de raio a, inteiramente contida no seu in-
terior. A distância entre os centros O, da Ter-
ra, e C, da cavidade, é d, que pode variar de 0
Sabendo que a pedra partiu do repouso (v 0 = 0) (zero) até R − a, causando, assim, uma varia-
e que ela descreve um MUV, a velocidade v1 é ção do campo gravitacional em um ponto P,
dada por sobre a superfície da Terra, alinhado com O e
v12 = v 02 + 2gL ⇒ v1 = 2gL C. (Veja a figura). Seja G1 a intensidade do
Da mesma maneira, a velocidade v 2 da pedra campo gravitacional em P sem a existência
após ter percorrido a altura h da primeira janela é: da cavidade na Terra, e G2 , a intensidade do
v 22 = v 02 + 2g(L + h) ⇒ v 2 = 2g(L + h) campo no mesmo ponto, considerando a exis-
tência da cavidade. Então, o valor máximo da
Da equação da velocidade no MUV e sabendo variação relativa: (G1 − G2)/G1 , que se obtém
que t é o tempo gasto pela pedra para percorrer a
ao deslocar a posição da cavidade, é
altura h da primeira janela, temos:
v 2 = v1 + gt ⇒ 2g(L + h) = 2gL + gt ⇒

2g(L + h) − 2gL
⇒g = (I)
t
A velocidade v7 da pedra ao atingir o início da
quarta janela é dada por:
v72 = v 02 + 2g [3(L + h) + L] ⇒
⇒ v7 = 2g [3(L + h) + L]
Analogamente, a velocidade v 8 da pedra ao atin-
gir o final da quarta janela é:
v 82 = v 02 + 2g [4(L + h)] ⇒ v 8 = 8g(L + h)
a) a 3 /[(R − a)2 R]. b) (a/R) 3 . c) (a/R)2 .
Logo, o tempo t’ que a pedra levará para percor- d) a/R. e) nulo.
rer a mesma altura h da quarta janela é dado por:
v 8 = v7 + gt’ ⇒ alternativa D
⇒ 8g(L + h) = 2g [3(L + h) + L] + gt’ ⇒ A intensidade do campo gravitacional G1 é dada
por:
8g(L + h) − 2g [3(L + h) + L]
⇒ t’ = (II) 4
g G ⋅ρ⋅ πR 3
3 4
G1 = 2
⇒ G1 = Gρ πR
Substituindo I em II, temos: R 3
física 3

A intensidade do campo gravitacional G’ gerado b) T = 8 πM c2 / kB .


por uma esfera de raio a e densidade ρ, a uma
distância de P igual a (R − d), é dada por: c) T = M c2 / 8 π kB .
4 d) T = hc 3 / 8 π G M kB .
G ⋅ρ⋅ πa 3
G’ = 3 e) T = 8 πhc 3 / G M kB .
(R − d) 2

A intensidade do campo gravitacional G2 é dada alternativa D


por:
Para um processo reversível, utilizando a expres-
4  a3  são da variação da entropia ( ∆S) e o 1º Princípio
G2 = G1 − G ’ = Gρ π R − 2 
3  (R − d)  da Termodinâmica, temos:

G − G2 Q ∆U ∆M c 2
Assim, a variação relativa 1 é dada por: ∆S = = ⇒ ∆S =
G1 T T T

G1 − G2 ∆S 8 π G M kB
= Sendo = , temos:
G1 ∆M hc

4 4  a3  ∆M c 2 8 π G M kB hc 3
Gρ πR − Gρ π R −  = ⇒ T =
3 3  2
(R − d)  ∆MT hc 8 π G M kB
= ⇒
4
G ρ πR
3
G1 − G2 a3
⇒ = =X Questão 5
G1 R(R − d) 2

Assim, a variação relativa X é máxima quando Qual dos gráficos abaixo melhor representa a
(R − d) é mínimo e isto ocorre para d = R − a. taxa P de calor emitido por um corpo aqueci-
Logo, R − d = R − (R − a) = a. do, em função de sua temperatura absoluta T?
Assim, temos:
a) b)
a3 a
X máx. = ⇒ X máx. =
R(a) 2 R

Questão 4

Considerando um buraco negro como um sis- c) d)


tema termodinâmico, sua energia interna U
varia com a sua massa M de acordo com a
famosa relação de Einstein: ∆U = ∆M c2 .
Stephen Hawking propôs que a entropia S de
um buraco negro depende apenas de sua mas-
sa e de algumas constantes fundamentais da
natureza. Desta forma, sabe-se que uma va-
e)
riação de massa acarreta uma variação de
entropia dada por: ∆S / ∆M = 8π G M kB / hc.
Supondo que não haja realização de trabalho
com a variação de massa, assinale a alterna-
tiva que melhor representa a temperatura
absoluta T do buraco negro.
a) T = hc 3 / G M kB .
física 4

alternativa C
Questão 7
Sendo o poder emissivo de um corpo proporcio-
nal à quarta potência da sua temperatura absolu-
ta, o gráfico que melhor representa a taxa P de Sabe-se que a atração gravitacional da lua
calor emitido por um corpo aquecido em função sobre a camada de água é a principal respon-
de sua temperatura absoluta é o que consta na sável pelo aparecimento de marés oceânicas
alternativa C. na Terra. A figura mostra a Terra, suposta-
mente esférica, homogeneamente recoberta
por uma camada de água. Nessas condições,
considere as seguintes afirmativas:
Questão 6 I. As massas de água próximas das regiões A
e B experimentam marés altas simultanea-
Uma certa massa de gás ideal realiza o ciclo mente.
ABCD de transformações, como mostrado no II. As massas de água próximas das regiões A
diagrama pressão-volume da figura. As cur- e B experimentam marés opostas, isto é,
vas AB e CD são isotermas. Pode-se afirmar quando A tem maré alta, B tem maré baixa e
que vice-versa.
III. Durante o intervalo de tempo de um dia
ocorrem duas marés altas e duas marés baixas.

Então, está(ão) correta(s), apenas


a) o ciclo ABCD corresponde a um ciclo de a) a afirmativa I.
Carnot. b) a afirmativa II.
b) o gás converte trabalho em calor ao reali- c) a afirmativa III.
zar o ciclo. d) as afirmativas I e II.
e) as afirmativas I e III.
c) nas transformações AB e CD o gás recebe
calor. alternativa E
d) nas transformações AB e BC a variação da
Considerando somente a influência da Lua, que é
energia interna do gás é negativa. praticamente 2,5 vezes a do Sol, e a inércia da
e) na transformação DA o gás recebe calor, massa de água, temos a seguinte distribuição de
cujo valor é igual à variação da energia inter- marés:
na.

alternativa E

Na transformação DA temos variação de volume


nula e conseqüentemente trabalho τ = 0, com
variação de temperatura positiva e portanto varia-
ção da energia interna (∆U) positiva.
Utilizando o 1º Princípio da Termodinâmica Assim, as massas de água próximas das regiões
(Q = τ + ∆U), temos Q = ∆U > 0, ou seja, o gás re- A e B experimentam marés altas simultaneamen-
cebe calor. te e durante o intervalo de tempo de um dia (uma
Assim, na transformação DA o gás recebe calor, rotação completa) ocorrem duas marés altas e
cujo valor é igual à variação da energia interna. duas marés baixas.
física 5

Obs.: é importante lembrar que somente nas ma- Nessa situação, as forças em relação ao referen-
rés de sizigia (lua cheia e lua nova) temos duas cial do vagão (acelerado) são dadas por:
marés altas e duas marés baixas bem definidas.
Nas marés de quadratura (lua crescente e lua
minguante) ocorrem praticamente quatro marés
altas e quatro marés baixas, com pouca variação,
diariamente. Isso ocorre devido à influência solar.

Questão 8
No referencial acelerado, há o equilíbrio de for-
Um balão contendo gás hélio é fixado, por ças, como segue:
meio de um fio leve, ao piso de um vagão E ’ = T ’ + Pap . ⇒ µar ⋅ V ⋅ g ap . = T ’ + M ⋅ g ap . ⇒
completamente fechado. O fio permanece na
vertical enquanto o vagão se movimenta com ⇒ T’ = ( µar V − m) g 2 + a 2 (II)
velocidade constante, como mostra a figura. Comparando as equações I e II, temos que T’ > T.
Se o vagão é ace- Assim, o balão se movimenta para frente e a tra-
lerado para fren- ção no fio aumenta.
te, pode-se afir-
mar que, em re-
lação a ele, o ba- Questão 9
lão
a) se movimenta para trás e a tração no fio Durante uma tempestade, Maria fecha as ja-
aumenta.
nelas do seu apartamento e ouve o zumbido
b) se movimenta para trás e a tração no fio
do vento lá fora. Subitamente o vidro de
não muda.
uma janela se quebra. Considerando que o
c) se movimenta para frente e a tração no fio
aumenta. vento tenha soprado tangencialmente à ja-
d) se movimenta para frente e a tração no fio nela, o acidente pode ser melhor explicado
não muda. pelo(a)
e) permanece na posição vertical. a) princípio de conservação da massa.
b) equação de Bernoulli.
alternativa C c) princípio de Arquimedes.
d) princípio de Pascal.
Enquanto o vagão se move com velocidade cons-
e) princípio de Stevin.
tante, temos a figura a seguir:
alternativa B
O vento soprando tangencialmente à janela repre-
senta um aumento de velocidade do ar sobre a
superfície externa do vidro. De acordo com a
Equação de Bernoulli, haverá uma diminuição da
pressão na superfície externa do vidro.
Esse diferencial de pressão entre as superfícies
externa e interna do vidro pode causar seu rompi-
Do equilíbrio, vem:
mento.
E = T + P ⇒ µar ⋅ V ⋅ g = T + mg ⇒
⇒ T = (µar V − m)g (I)
Quando o vagão possui uma aceleração (a) para Questão 10
frente, surge um gradiente de pressão que deslo-
ca o balão no mesmo sentido. Tomando o vagão A figura mostra um sistema óptico constituí-
como referencial (acelerado), temos o surgimento do de uma lente divergente, com distância fo-
de um campo gravitacional aparente (g ap .) cujo cal f1 = −20 cm, distante 14 cm de uma lente
módulo é dado por g ap. = g 2 + a2 . convergente com distância focal f2 = 20 cm.
física 6

Se um objeto linear é posicionado a 80 cm à deve ser corrigida pelo uso de uma lente que
esquerda da lente divergente, pode-se afir- lhe permita ver com clareza objetos no “infi-
mar que a imagem definitiva formada pelo nito”. Qual das afirmações é verdadeira?
sistema a) O paciente é míope e deve usar lentes di-
vergentes cuja vergência é 0,2 dioptrias.
b) O paciente é míope e deve usar lentes con-
vergentes cuja vergência é 0,2 dioptrias.
c) O paciente é hipermétrope e deve usar lentes
convergentes cuja vergência é 0,2 dioptrias.
d) O paciente é hipermétrope e deve usar len-
tes divergentes cuja vergência é −0,2 dioptrias.
e) A lente corretora de defeito visual desloca
a) é real e o fator de ampliação linear do sis- a distância mínima de visão distinta para
tema é −0,4. 8,1 cm.
b) é virtual, menor e direita em relação ao ob-
jeto. alternativa E
c) é real, maior e invertida em relação ao ob- Para o paciente ver com clareza objetos no infini-
jeto. to, a lente deve ser divergente e apresentar a se-
d) é real e o fator de ampliação linear do sis- guinte vergência (V):
tema é −0,2. 1 1
e) é virtual, maior e invertida em relação ao V = − ⇒V = − ⇒ V = −0,2 di
p pr 5,0
objeto.
A posição do ponto próximo (p pp ), que é a distân-
alternativa A cia mínima de visão distinta, é dada pela equação
de Gauss, como segue:
Pela Equação dos Pontos Conjugados, temos:
1 1 1 1
1 1 1 V = + ⇒ −0,2 = + ⇒
= + p p’ p pp ( −0,08)
f p p’
• Para a lente divergente: ⇒ p pp = 8,1 cm
1 1 1
− = + ⇒ p1 ’ = −16 cm
20 80 p1 ’
• Para a lente convergente, e sendo Questão 12
p 2 = |−16 | + 14 = 30 cm, temos:
1 1 1
= + ⇒ p 2 ’ = 60 cm
20 30 p2 ’ A figura 1 mostra o Experimento típico de
Sendo p 2 ’ > 0 , a imagem definitiva formada pelo Young, de duas fendas, com luz monocromá-
sistema é real. tica, em que m indica a posição do máximo
A ampliação do sistema (A) é dada por: central. A seguir, esse experimento é modifi-
 p ’  p ’ cado, inserindo uma pequena peça de vidro
A = A1 ⋅ A2 =  − 1  ⋅  − 2  = de faces paralelas em frente à fenda do lado
 p1   p 2 
direito, e inserindo um filtro sobre a fenda do
 ( −16)   60 
= A = −  −  ⇒ A = −0,4 lado esquerdo, como mostra a figura 2. Supo-
 80   30 
nha que o único efeito da peça de vidro é alte-
rar a fase da onda emitida pela fenda, e o
Questão 11 único efeito do filtro é reduzir a intensidade
da luz emitida pela respectiva fenda. Após es-
Num oftalmologista, constata-se que um cer- sas modificações, a nova figura da variação
to paciente tem uma distância máxima e da intensidade luminosa em função da posi-
uma distância mínima de visão distinta de ção das franjas de interferência é melhor re-
5,0 m e 8,0 cm, respectivamente. Sua visão presentada por
física 7

e)

alternativa A
Devido ao filtro, a intensidade de luz será reduzida,
gerando uma diminuição na amplitude de interfe-
rência construtiva e a não-possibilidade nem de in-
terferência completamente destrutiva (amplitude
nula), nem de interferência construtiva com ampli-
tude A. A peça de vidro é responsável por alterar a
fase da onda provocando o deslocamento de m.
Portanto, nessas condições, a única figura que
pode demonstrar o experimento modificado é a
mostrada na alternativa A.

a)
Questão 13
Quando em repouso, uma corneta elétrica
emite um som de freqüência 512 Hz. Numa
experiência acústica, um estudante deixa
cair a corneta do alto de um edifício. Qual a
distância percorrida pela corneta, durante a
b) queda, até o instante em que o estudante de-
tecta o som na freqüência de 485 Hz? (Des-
preze a resistência do ar).
a) 13,2 m b) 15,2 m c) 16,1 m
d) 18,3 m e) 19,3 m

alternativa E
c) Da equação do efeito Doppler e orientando a tra-
jetória do observador para a fonte, temos:
fo v + vo 485 340 + 0
= ⇒ = ⇒
fF v + vF 512 340 + v F
⇒ v F = 18,9 m/s
No instante em que a fonte atinge essa velocida-
de, ela já percorreu uma distância (S0 ), dada pela
equação de Torricelli, como segue:
d) 0

v F2 = v 02 + 2 gS0 ⇒
⇒ 18,9 2 = 2 ⋅ 9,8 ⋅ S0 ⇒ S0 = 18,3 m
O som emitido pela corneta leva um certo tempo
(t) para chegar ao observador, dado por:
S 18,3
v = 0 ⇒ 340 = ⇒ t = 0 ,0538 s
t t
física 8

Nesse intervalo de tempo, a corneta continua do dispositivo mostrado na figura, é possível


caindo. Assim, a distância final (S) até o observa- medir a espessura e de cada filme. Na figura,
dor é dada por: os dois geradores são idênticos, de f.e.m.
t2 E = 1,0V e resistência r = 1,0Ω, estando liga-
S = S0 + v F ⋅ t + g =
2 dos a dois eletrodos retangulares e paralelos,
9,8 ⋅ 0,0538 2 P1 e P2, de largura b = 1,0cm e separados por
=18,3 + 18,9 ⋅ 0,0538 + ⇒
2 uma distância a = 3,0cm. Um amperímetro
⇒ S = 19,3 m ideal A é inserido no circuito, como indicado.
Supondo que após certo tempo de deposição é
formada sobre o vidro uma camada uniforme
de alumínio entre os eletrodos, e que o ampe-
Questão 14 rímetro acusa uma corrente i = 0,10A, qual
deve ser a espessura e do filme? (resistivida-
Considere as afirmativas:
de do alumínio ρ = 2,6 x 10−8 Ω ⋅ m).
I. Os fenômenos de interferência, difração e
polarização ocorrem com todos os tipos de
onda.
II. Os fenômenos de interferência e difração
ocorrem apenas com ondas transversais.
III. As ondas eletromagnéticas apresentam o
fenômeno de polarização, pois são ondas lon-
gitudinais.
IV. Um polarizador transmite os componen-
tes da luz incidente não polarizada, cujo ve-
tor campo elétrico E é perpendicular à dire-
ção de transmissão do polarizador.
Então, está(ão) correta(s)
a) nenhuma das afirmativas.
a) 4,1 x 10−9 cm b) 4,1 x 10−9 m
b) apenas a afirmativa I.
c) 4,3 x 10−9 m d) 9,7 x 10−9 m
c) apenas a afirmativa II.
d) apenas as afirmativas I e II. e) n.d.a.
e) apenas as afirmativas I e IV.
alternativa C
alternativa A Sendo R a resistência elétrica do filme, da Lei de
I. Falso, a polarização ocorre somente em ondas Ohm-Pouillet temos:
transversais. 2E 2 ⋅ 1,0
i = ⇒ 0,10 = ⇒ R = 18 Ω
II. Falso, interferência e difração ocorrem também 2r + R 2 ⋅ 1,0 + R
em ondas longitudinais, como as sonoras, por
Assim, a espessura (e) é dada por:
exemplo.
III. Falso, as ondas eletromagnéticas apresentam a
R =ρ ρ⋅a
o fenômeno de polarização, pois são ondas trans- A ⇒R = ⇒
b ⋅e
versais. A = b ⋅e
IV. Falso, o polarizador transmite apenas os com- ρ⋅a 2,6 ⋅ 10 −8 ⋅ 3,0 ⋅ 10 −2
ponentes da luz cujos vetores do campo elétrico ⇒e = = ⇒
vibram paralelamente à direção de transmissão b ⋅R 1,0 ⋅ 10 −2 ⋅ 18
do polarizador.
⇒ e = 4,3 ⋅ 10 −9 m

Questão 15
Questão 16
No Laboratório de Plasmas Frios do ITA é
possível obter filmes metálicos finos, vapori- A figura mostra dois capacitores, 1 e 2, ini-
zando o metal e depositando-o por condensa- cialmente isolados um do outro, carregados
ção sobre uma placa de vidro. Com o auxílio com uma mesma carga Q. A diferença de po-
física 9

tencial (ddp) do capacitor 2 é a metade da Podemos afirmar então que a ddp do arranjo final
ddp do capacitor 1. Em seguida, as placas ne- 2
é igual a da ddp inicial do capacitor 1.
gativas dos capacitores são ligadas à Terra e, 3
as positivas, ligadas uma a outra por um fio
metálico, longo e fino. Pode-se afirmar que
Questão 17

Na figura, uma barra condutora MN (de


comprimento l, resistência desprezível e peso
Pb ) puxada por um peso Pc , desloca-se com
velocidade constante v, apoiada em dois tri-
lhos condutores retos, paralelos e de resistên-
cia desprezível, que formam um ângulo θ com
o plano horizontal. Nas extremidades dos tri-
lhos está ligado um gerador de força eletro-
motriz E com resistência r. Desprezando pos-
síveis atritos, e considerando que o sistema
a) antes das ligações, a capacitância do capa- está imerso em um campo de indução magné-
citor 1 é maior do que a do capacitor 2. tica constante, vertical e uniforme B, pode-se
b) após as ligações, as capacitâncias dos dois afirmar que
capacitores aumentam.
c) após as ligações, o potencial final em N é
maior do que o potencial em O.
d) a ddp do arranjo final entre O e P é igual a
2/3 da ddp inicial do capacitor 1.
e) a capacitância equivalente do arranjo final
é igual a duas vezes à capacitância do capaci-
tor 1.

alternativa D
Sendo que os dois capacitores têm a mesma car-
a) o módulo da força eletromotriz induzida é
ga e que a ddp do capacitor 2 é metade da ddp
do capacitor 1, da definição de capacitância, te- ε = Blvsenθ.
mos: b) a intensidade i da corrente no circuito é
Q = C1 ⋅ U dada por Pc senθ/(Bl ).
U
U ⇒ C1 ⋅ U = C 2 ⋅ ⇒ C 2 = 2C1 c) nas condições dadas, o condutor descola
Q = C2 ⋅ 2
2 dos trilhos quando i ≥ Pb /(Bltgθ).
Em seguida os dois capacitores são ligados em
d) a força eletromotriz do gerador é dada por
paralelo e o valor da capacitância equivalente
(Ceq.) vem de: E = rPc senθ / (Bl ) − Blvcosθ.
e) o sentido da corrente na barra é de M para
Ceq. = C1 + C 2 = C1 + 2 ⋅ C1 ⇒ Ceq . = 3C1
N.
Do Princípio da Conservação da Carga Elétrica,
temos que a carga do conjunto é 2Q e o valor da
ddp do mesmo (Ueq .) é dada por: alternativa C
2Q = Ceq . ⋅Ueq . ⇒ 2Q = 3C1 ⋅Ueq . ⇒ Na iminência de perda de contato entre a barra e
os trilhos, a força de reação normal entre eles é
2 Q 2
⇒ Ueq . = ⋅ ⇒ Ueq. = U nula. Então, as forças atuantes sobre a barra são
3 C1 3 as indicadas na figura a seguir:
física 10

a) E = (m2 − m1 )c2 . b) E = (m1 ’ − m2 ’ )c2 .


c) E = (m2 ’ − m2 )c2 /2. d) E = (m2 ’ − m2 )c2 .
2
e) E = (m1 + m1 ’ )c .

alternativa D
Do cálculo da força magnética (Fmag .) e do equilí-
brio das forças, temos: A energia do fóton é equivalente à variação de
massa (m) das placas. Assim, para a placa 2, te-
Fmag. = Pc cosθ mos:
Pb = Pc senθ ⇒ E = p ⋅c
o 1
p = m ⋅c ⇒ E = (m ⋅ c ) ⋅ c ⇒
Fmag. = Bilsen 90
m = m2 ’ − m2
1
tgθ 2
P ⋅ cosθ Pb ⇒ E = (m 2 ’ − m 2 ) ⋅ c
⇒ Bil = b ⇒i =
senθ Bltgθ

Pode-se afirmar então que o condutor "descola"


dos trilhos quando: Questão 19
Pb
i ≥ Considere as seguintes afirmações:
Bltgθ
I. No efeito fotoelétrico, quando um metal é
iluminado por um feixe de luz monocromáti-
ca, a quantidade de elétrons emitidos pelo
metal é diretamente proporcional à intensi-
Questão 18 dade do feixe incidente, independentemente
da freqüência da luz.
Experimentos de absorção de radiação mos- II. As órbitas permitidas ao elétron em um
tram que a relação entre a energia E e a átomo são aquelas em que o momento angu-
quantidade de movimento p de um fóton é lar orbital é nh/2π, sendo n = 1, 3, 5... .
E = pc. Considere um sistema isolado forma- III. Os aspectos corpuscular e ondulatório são
do por dois blocos de massas m 1 e m 2 , res- necessários para a descrição completa de um
pectivamente, colocados no vácuo, e separa- sistema quântico.
IV. A natureza complementar do mundo
dos entre si de uma distância L. No instante
quântico é expressa, no formalismo da Mecâ-
t = 0, o bloco de massa m 1 emite um fóton
nica Quântica, pelo princípio de incerteza de
que é posteriormente absorvido inteiramente Heisenberg.
por m 2 , não havendo qualquer outro tipo de Quais estão corretas?
interação entre os blocos. (Ver figura). Supo- a) I e II. b) I e III. c) I e IV.
nha que m 1 se torne m 1’ em razão da emissão d) II e III. e) III e IV.
do fóton e, analogamente, m 2 se torne m 2 ’
devido à absorção desse fóton. Lembrando alternativa E
que esta questão também pode ser resolvida
I. Incorreta. O efeito fotoelétrico só ocorre a partir
com recursos da Mecânica Clássica, assinale de uma determinada freqüência (limiar fotoelétri-
a opção que apresenta a relação correta entre co). A partir do momento em que o fenômeno co-
a energia do fóton e as massas dos blocos. meça a acontecer, a quantidade de elétrons emiti-
física 11

dos pelo metal é proporcional à intensidade da luz Por outro lado, ainda de acordo com o modelo de
incidente. Para outras freqüências abaixo do li- Bohr, em vez da infinidade de órbitas que seriam
miar, o efeito inexiste, qualquer que seja a inten- possíveis segundo a Mecânica clássica, um elé-
sidade da luz incidente. tron só pode se mover em órbita na qual seu mo-
II. Incorreta. De acordo com o modelo de Bohr, as mento angular orbital (L = mvr ) é um múltiplo in-
órbitas permitidas ao elétron em um átomo são h
nh teiro de , ou seja, L deve ser uma constante,
aquelas em que o momento angular é , sen- 2π

do n = 1, 2, 3, ... pois a força que atua sobre o elétron é central.
III. Correta. A teoria quântica especifica quais as Assim temos:
h
leis do movimento que as partículas de qualquer mv nrn = n
sistema microscópico obedecem. Para isso, cada 2π
sistema tem especificada a equação que controla Dessa forma obtemos:
o comportamento da função de onda, e também a v nrn h
relação entre esse comportamento e o comporta- =
mento da partícula. A teoria é uma extensão do n 2 πm
postulado de De Broglie (dualidade on- Supondo a massa M do núcleo infinitamente
da-partícula). grande comparada à massa m do elétron de for-
IV. Correta. O princípio da incerteza nos permite ma que o núcleo permaneça fixo no espaço, te-
compreender como é possível que a radiação e a h
mos que é uma constante de forma que:
matéria tenham uma natureza dual (on- 2 πm
da-partícula). Se tentarmos determinar experi- v1r1 v r 2v1r1
mentalmente se radiação é onda ou partícula, por = 2 2 ⇒ v2 = ⇒
1 2 r2
exemplo, veremos que uma experiência que force
a radiação a revelar seu caráter ondulatório, su- 2 ⋅ 2,2 ⋅ 10 6 ⋅ 5,3 ⋅ 10 −11
prime fortemente seu caráter corpuscular, e vi- ⇒ v2 = ⇒
2,1 ⋅ 10 −10
ce-versa. Esta é a essência do princípio da com-
plementaridade de Bohr: as idéias de onda e par- ⇒ v 2 = 1,1 ⋅ 10 6 m/s
tícula se complementam em vez de se contradize-
rem. Sendo v 2 a velocidade do elétron no primeiro es-
tado excitado, temos:
2 πr2 2 π ⋅ 2,1 ⋅ 10 −10
v2 = ⇒ T2 = ⇒
Questão 20 T2 1,1 ⋅ 10 6
⇒ T2 = 1,2 ⋅ 10 −15 s
Utilizando o modelo de Bohr para o átomo,
calcule o número aproximado de revoluções Assim, o número aproximado de revoluções efe-
efetuadas por um elétron no primeiro estado tuadas por um elétron no primeiro estado excitado
excitado do átomo de hidrogênio, se o tempo do átomo de hidrogênio se o tempo de vida do
de vida do elétron, nesse estado excitado, é de elétron nesse estado excitado é t = 10 −8 s é
10−8 s. São dados: o raio da órbita do estado t 10 −8
fundamental é de 5,3 × 10−11 m e a velocidade N = = ⇒
T 1,2 ⋅ 10 −15
do elétron nesta órbita é de 2,2 × 106 m/s.
a) 1 × 106 revoluções. b) 4 × 107 revoluções. ⇒ N = 8 ⋅ 10 6 revoluções
7
c) 5 × 10 revoluções. d) 8 × 106 revoluções.
6
e) 9 × 10 revoluções.
As questões dissertativas, numeradas de
alternativa D 21 a 30, devem ser respondidas no ca-
derno de soluções.
Sendo r1 = 5,3 ⋅ 10 −11 m o raio da órbita do es-
tado fundamental (Raio de Bohr) e sabendo
que, de acordo com o modelo de Bohr, os elé-
trons podem ocupar apenas órbitas permitidas Questão 21
(estados estacionários) cujos raios são
rn = n 2 ⋅ r1 , para um elétron no primeiro estado Na figura, o carrinho com rampa movimen-
excitado (n = 2) do átomo de hidrogênio, temos ta-se com uma aceleração constante A. Sobre
que r2 = 2 2 ⋅ 5,3 ⋅ 10 −11 = 2,1 ⋅ 10 −10 m. a rampa repousa um bloco de massa m. Se
física 12

µ é o coeficiente de atrito estático entre o blo- de massa M. Após a colisão, o bloco desliza
co e a rampa, determine o intervalo para o sobre uma superfície rugosa, cujo coeficiente
módulo de A, no qual o bloco permanecerá em de atrito dinâmico é igual a 0,3. Considere
que após a colisão, ao retornar, o pêndulo al-
repouso sobre a rampa.
cança uma posição angular máxima de 30o.
Determine a distância percorrida pelo bloco
em função de m, M e L.

Resposta
As forças que atuam sobre o bloco são dadas
por:

Resposta
Sendo H = L(1 − cos 45 o ) e h = L(1 − cos 30 o )
as alturas das quais o pêndulo cai e sobe, respecti-
vamente, na situação descrita, do Princípio da Con-
servação da Energia, as velocidades do pêndulo
imediatamente antes e após o choque são dadas
respectivamente por v = 2gH = gL(2 − 2)
Enquanto o bloco estiver em repouso em relação e v ’ = 2gh = gL(2 − 3 ) .
à rampa, temos: Orientando positivamente o sentido dado pela
Na horizontal: fat . ⋅ cosα − N ⋅ senα = mA (I) velocidade v, do Princípio da Conservação da
Na vertical: fat . ⋅ senα + N ⋅ cosα = mg (II) Quantidade de Movimento, vem:
Qi = QF ⇒ mv = MV’ − mv’ ⇒
Na situação limite (Amáx .), temos que
m
fat . = fat .emáx . = µ ⋅ N . ⇒ V’ = (v + v’) ⇒
M
Dividindo-se I por II, vem: m
⇒ V’= ( gL(2 − 2 ) + gL( 2 − 3 ) ) (I)
µ N cosα − N senα m Amáx . M
= ⇒ Sendo d o deslocamento do bloco após a colisão,
µ N senα + N cosα mg
aplicando o Teorema da Energia Cinética para o
 µ cosα − senα  movimento do bloco, temos:
⇒ Amáx . = g  
 µ senα + cosα 
τ = ∆E c ⇒ fat .τ = E cF
0
R − E ci ⇒
Assim, o intervalo para o módulo de A, no qual o
MV’ 2 MV’ 2
bloco permanecerá em repouso sobre a rampa, ⇒ −fat. ⋅ d = − ⇒ µMgd = ⇒
sendo µ ≥ tgα, é dado por: 2 2
V’ 2
⇒d = (II)
 µ cosα − senα  2 µg
0 ≤ A ≤ g 
 µ senα + cosα  Das equações I e II, obtemos:
m2
d= ( gL(2 − 2 ) + gL(2 − 3 ) ) 2 ⇒
2 µM 2 g
Questão 22 m 2L
⇒d = ( 2 − 2 + 2 − 3 )2 ⇒
2 ⋅ 0,3 ⋅ M 2
Quando solto na posição angular de 45o (mos- 5 m 2L
trada na figura), um pêndulo simples de mas- ⇒ d = ( 2 − 2 + 2 − 3 )2
3 M2
sa m e comprimento L colide com um bloco
física 13

Resposta
Questão 23
O trabalho (τ) realizado pelo gás é dado por:
Calcule a variação de entropia quando, num kx 2
processo à pressão constante de 1,0 atm, se
τ = Fel . τ + Fat . τ = + pat.∆V =
2
transforma integralmente em vapor 3,0 kg de
kx 2
água que se encontra inicialmente no estado = + pat .Ax
2
líquido, à temperatura de 100o C.
Dado: calor de vaporização da água: A variação da energia interna (∆U) do gás é dada
por:
Lv = 5,4 × 105 cal/kg.
3
∆U = Uf − Ui = (p V − piVi ) ⇒
2 f f
Resposta
3  kx  
Sendo o processo reversível, a variação de entro- ⇒ ∆U =   pat. + A  ⋅ (Vi + Ax) − pat.Vi  ⇒
pia ( ∆S ) é dada por: 2  
Q m ⋅ Lv
∆S = ⇒ ∆S = ⇒ 3  kx
T T ⇒ ∆U =   pat.Vi + pat.Ax + A Vi +
2 
3,0 ⋅ 5,4 ⋅ 10 5
⇒ ∆S = ⇒ ∆S = 4,3 ⋅ 10 3 cal/K 
(100 + 273) kx 
+ Ax  − pat.Vi  ⇒
A  
3  
Questão 24 ⇒ ∆U =  p Ax +
kx
V + kx 2  ⇒
2  at. A i 
A figura mostra um recipiente, com êmbolo, 3 3 3 kVi
⇒ ∆U = kx 2 + p Ax + x
contendo um volume inicial Vi de gás ideal, 2 2 at. 2 A
inicialmente sob uma pressão Pi igual à pres-
Utilizando o 1º Princípio da Termodinâmica, te-
são atmosférica, Pat . Uma mola não defor-
mos:
mada é fixada no êmbolo e num anteparo
kx 2
fixo. Em seguida, de algum modo é fornecida Q = τ + ∆U ⇒ Q = pat .Ax + +
3
kx 2 +
ao gás uma certa quantidade de calor Q. Sa- 2 2
bendo que a energia interna do gás é 3 3 kVi x
+ p Ax + ⇒
U = (3/2)PV, a constante da mola é k e a 2 at. 2 A
área da seção transversal do recipiente é A, 5 3 kVi x
determine a variação do comprimento da ⇒ Q = 2kx 2 + p Ax + ⇒
2 at. 2 A
mola em função dos parâmetros intervenien-
5 3 kVi 
tes. Despreze os atritos e considere o êmbolo ⇒ 2kx 2 +  pat.A + x − Q = 0 ⇒
sem massa, bem como sendo adiabáticas as 2 2 A 
paredes que confinam o gás.  3kVi 
⇒ 4kx 2 +  5pat.A +  x − 2Q = 0
 A 
2
 3kVi   3kVi 
− 5pat.A +  ± 5pat.A +  + 32kQ
 A   A 
x =
2 ⋅ 4k

Como x > 0, temos:

2
 3kVi   3kVi 
− 5pat. A +  + 5pat. A +  + 32kQ
 A   A 
x =
8k
física 14

ii) Para o barômetro mergulhado no líquido com


Questão 25 X = h:

Num barômetro elementar de Torricelli, a co-


luna de mercúrio possui uma altura H, que
se altera para X quando este barômetro é
mergulhado num líquido de densidade D,
cujo nível se eleva a uma altura h, como mos-
tra a figura. Sendo d a densidade do mercú-
rio, determine em função de H, D e d a altu-
ra do líquido, no caso de esta coincidir com a
altura X da coluna de mercúrio.

p A = pB
⇒ patm + Dgh = dgh (II)
h = X
Substituindo I em II, vem:
dgH + Dgh = dgh ⇒ h(d − D) = dH ⇒
dH
⇒ h =
(d − D )

Questão 26

Resposta Uma onda acústica plana de 6,0 kHz, propa-


gando-se no ar a uma velocidade de 340 m/s,
Sendo g a aceleração da gravidade, utilizando a atinge uma película plana com um ângulo de
Lei de Stevin, temos: incidência de 60o. Suponha que a película se-
i) Antes do barômetro ser mergulhado no líquido: para o ar de uma região que contém o gás
CO2 , no qual a velocidade de propagação do
som é de 280 m/s. Calcule o valor aproxima-
do do ângulo de refração e indique o valor da
freqüência do som no CO2 .

Resposta
Da 2ª Lei da Refração, temos:
sen i1 v sen 60 o 340
= 1 ⇒ = ⇒
sen i 2 v2 sen i 2 280
0,86 340
⇒ = ⇒ sen i 2 = 0,71 ⇒
sen i 2 280

⇒ i 2 = 45 o (ângulo de refração)

Na refração não ocorre mudança da freqüência,


p A = pB ⇒ patm = dgH (I) portanto a freqüência do som no CO 2 é 6 kHz.
física 15

O número n de células solares associadas em pa-


Questão 27 ralelo para obtermos uma corrente mínima
I = 0,35 A é dado por:
Uma flauta doce, de 33 cm de comprimento, I 0,35
= = 2,45 ⇒ n = 3 células.
à temperatura ambiente de 0 oC, emite sua i 1
7
nota mais grave numa freqüência de 251 Hz.
Verifica-se experimentalmente que a veloci- O número N de células solares que devemos as-
sociar em série para obtermos uma tensão total
dade do som no ar aumenta de 0,60 m/s para
U = 2,8 V vale:
cada 1 oC de elevação da temperatura. Calcu- U 2,8
= = 4 ⇒ N = 4 células.
le qual deveria ser o comprimento da flauta ε 0,7
a 30 oC para que ela emitisse a mesma fre- Assim, podemos associar em série 4 conjuntos de
qüência de 251 Hz. 3 células solares associadas em paralelo ou, de
modo equivalente, associar em paralelo 3 conjun-
Resposta tos de 4 células solares associadas em série.
Considerando que o som mais grave possível é
obtido com λ = 4L, a velocidade do som (v) a 0 o C Questão 29
é dada por:
v = λ ⋅ f ⇒ v = 4 ⋅ 0,33 ⋅ 251 ⇒ v = 331 m/s. Um gerador de força eletromotriz ε e re-
Para 30 o C , a sua velocidade (v’) é dada por: sistência interna r = 5R está ligado a um
v’ = v + 30 ⋅ 0,60 = 331 + 18 ⇒ v’ = 349 m/s. circuito conforme mostra a figura. O elemen-
to R s é um reostato, com resistência ajustada
Supondo a flauta emitindo no modo fundamental
para que o gerador transfira máxima potên-
a 30 o C , seu comprimento (L’) é dado por:
cia. Em um dado momento o resistor R1 é
v ’ = λ ’ ⋅ f ⇒ 349 = 4 ⋅ L’ ⋅ 251 ⇒ L’ = 0,348 ⇒
rompido, devendo a resistência do reostato
⇒ L’ = 34,8 cm ser novamente ajustada para que o gerador
continue transferindo máxima potência. De-
termine a variação da resistência do reostato,
em termos de R.
Questão 28
Em sua aventura pela Amazônia, João porta
um rádio para comunicar-se. Em caso de ne-
cessidade, pretende utilizar células solares de
silício, capazes de converter a energia solar
em energia elétrica, com eficiência de 10%.
Considere que cada célula tenha 10 cm2 de
área coletora, sendo capaz de gerar uma ten-
são de 0,70 V, e que o fluxo de energia solar
médio incidente é da ordem de 1,0 × 103 W/m2 .
Projete um circuito que deverá ser montado
com as células solares para obter uma tensão
de 2,8 V e corrente mínima de 0,35 A, neces-
sárias para operar o rádio.

Resposta Resposta
A corrente elétrica i em uma célula solar é dada Para que o gerador transfira máxima potência é
por: necessário que a resistência elétrica do circuito
(RS + R AB ) tenha valor idêntico ao da resistência
P = εi ⇒ η φ A = εi interna do gerador (r = 5R).
1
⇒ 0,1 ⋅ 1,0 ⋅ 10 3 ⋅ 10 ⋅ 10 −4 = 0,7 ⋅ i ⇒ i = A O cálculo de R AB antes do rompimento de R1
7 vem do circuito a seguir:
física 16

Assim, R AB ’ é dado por:


5R ⋅6R 30
R AB ’ = = R
5R +6R 11

Então, o novo valor da resistência do reostato


(RS ’ ) é dado por:
30
r = 5 R = RS ’ + R AB ’ ⇒ 5 R = RS ’ + R ⇒
11
25
⇒ RS ’ = R
11
Portanto, a variação da resistência do reostato
( ∆RS ) pode ser calculada por:
25 20
∆RS = RS ’ − RS = R − R ⇒
11 7

⇒ ∆RS = −0,58 R

A resistência (R p ) da ponte de Wheatstone em


equilíbrio é dada por: Questão 30
(2 R + 2 R) ⋅ (R + R) 4R
Rp = ⇒ Rp = Situado num plano horizontal, um disco gira
(2 R + 2 R) + (R + R) 3
com velocidade angular ω constante, em tor-
Assim, R AB é dada por:
no de um eixo que passa pelo seu centro O. O
 4R
2 R +  ⋅6R disco encontra-se imerso numa região do es-
 3  15
R AB = ⇒ R AB = R paço onde existe um campo magnético cons-
 4R 7
2 R +  +6R tante B, orientado para cima, paralelamente
 3 
ao eixo vertical de rotação. A figura mostra
Para a potência máxima transferida pelo gerador, um capacitor preso ao disco (com placas me-
temos: tálicas planas, paralelas, separadas entre si
15 de uma distância L) onde, na posição indica-
r = 5 R = RS + R AB ⇒ 5 R = RS + R ⇒
7 da, se encontra uma partícula de massa m e
20 carga q > 0, em repouso em relação ao disco,
⇒ RS = R
7 a uma distância R do centro. Determine a di-
Após o rompimento de R1 temos o seguinte circui- ferença de potencial elétrico entre as placas
to: do capacitor, em função dos parâmetros in-
tervenientes.
física 17

Resposta Rcp = Fel. − Fmag.

Da regra da mão esquerda e desprezando os atri- Rcp = mω 2 R


tos, as forças que atuam sobre a carga q, no pla- Fmag. = q ⋅ ω ⋅ R ⋅ B ⇒
no horizontal são mostradas a seguir:
Fel. = q ⋅ E
E = U/L
U
mω 2 R = q ⋅ −q ⋅ω⋅R ⋅B ⇒
L

Como a carga realiza um MCU devemos ter uma  mω 


⇒ U =  + B ⋅ ω ⋅ R ⋅ L
resultante centrípeta dada por:  q 
CONSTANTES Cr 24 52,00
23 −1
Constante de Avogadro = 6,02 x 10 mol Mn 25 54,94
Constante de Faraday (F) = 9,65 x 104 C mol −1 Fe 26 55,85
Volume molar de gás ideal = 22,4 L (CNTP) Zn 30 65,37
Carga elementar = 1,602 x 10−19 C Br 35 79,91
Constante dos gases (R) = Ag 47 107,87
= 8,21 x 10−2 atm L K −1 mol −1 = Sb 51 121,75
I 53 126,90
= 8,31 J K −1 mol −1 =
Xe 54 131,30
= 62,4 mmHg L K −1 mol −1 =
Ba 56 137,34
= 1,98 cal mol −1 K −1
Pt 78 195,09
DEFINIÇÕES Hg 80 200,59
Condições normais de temperatura e Pb 82 207,21
pressão (CNTP): 0 oC e 760 mmHg.
As questões de 01 a 20 NÃO devem ser resol-
Condições ambientes: 25 oC e 1 atm.
vidas no caderno de soluções. Para respon-
Condições-padrão: 25 oC, 1 atm, concentra- dê-las, marque a opção escolhida para cada ques-
ção das soluções: 1 mol L −1 (rigorosamente: tão na folha de leitura óptica e na reprodu-
atividade unitária das espécies), sólido com ção da folha de leitura óptica (que se encon-
estrutura cristalina mais estável nas condi- tra na última página do caderno de soluções).
ções de pressão e temperatura em questão.
(s) ou (c) = sólido cristalino; (l) = (l) = líquido;
(g) = gás; (aq) = aquoso; (CM) = circuito metá-
Questão 1
lico; [A] = concentração da espécie química A
em mol L−1 e (ua) = unidades arbitrárias. O abaixamento da temperatura de congelamen-
to da água numa solução aquosa com concentra-
MASSAS MOLARES ção molal de soluto igual a 0,100 mol kg −1 é
Elemento Número Massa Molar 0,55 oC. Sabe-se que a constante crioscópica
Químico Atômico (g mol −1) da água é igual a 1,86 oC kg mol −1 . Qual das
H 1 1,01 opções abaixo contém a fórmula molecular
C 6 12,01 CORRETA do soluto?
a) [Ag(NH 3 )]Cl. b) [Pt(NH 3 )4 Cl2 ]Cl2 .
N 7 14,01
c) Na[Al(OH)4 ]. d) K 3 [Fe(CN)6 ].
O 8 16,00
e) K4 [Fe(CN)6 ].
F 9 19,00
Na 11 22,99 alternativa B
Al 13 26,98
O fenômeno crioscópico pode ser descrito pela lei:
Si 14 28,09 ∆TS = K S ⋅ W ⋅ i
P 15 30,97 Aplicando os dados do exercício temos:
S 16 32,06 0,55 = 1,86 ⋅ 0,100 ⋅ i ∴ i ≅ 3
Cl 17 35,45 Considerando que as substâncias apresentadas
estão totalmente dissociadas, somente o comple-
Ar 18 39,95 xo da alternativa B tem i ≅ 3:
K 19 39,10 H2O
1[Pt(NH3 )4 Cl 2 ]Cl 2
Ca 20 40,08
2+
Ti 22 47,88
H2O
1[Pt(NH3 )4 Cl 2 ](aq) + 2 Cl−(aq)
química 2

Sendo assim, a fração molar de B na fase gasosa


Questão 2 será:
pB 76,2
xB = = = 0,52 .
p A + pB 69,2 + 76,2
Qual das opções apresenta uma substância
que ao reagir com um agente oxidante ([O]),
em excesso, produz um ácido carboxílico?
a) 2-propanol. b) 2-metil-2-propanol. Questão 4
c) ciclobutano. d) propanona.
e) etanol. Uma mistura de azoteto de sódio, NaN 3 (c), e
de óxido de ferro (III), Fe2O 3 (c), submetida a
alternativa E uma centelha elétrica reage muito rapidamen-
Na oxidação do etanol, temos: te produzindo, entre outras substâncias, nitro-
gênio gasoso e ferro metálico. Na reação entre
o azoteto de sódio e o óxido de ferro (III) mis-
turados em proporções estequiométricas, a re-
lação (em mol/mol) N2 (g)/Fe2O 3 (c) é igual a
1 3
a) . b) 1. c) . d) 3. e) 9.
2 2

alternativa E
Cálculo da relação mol/mol entre N 2(g) / Fe 2 O3 (c),
Questão 3
não considerando as demais substâncias forma-
das:
Uma solução líquida é constituída de Através do balanceamento por redox temos:
1,2-dibromo etileno (C2 H2 Br2 ) e 2,3-dibromo 0
6 NaN3(c) + 1 Fe 2 O3(c) → 9 N 2(g) + 2 Fe(s) +K
propeno (C3 H4 Br2 ). A 85 o C, a concentração do
9
1,2-dibromo etileno nesta solução é igual a Logo a relação N 2(g) / Fe 2 O3(c) = .
0,40 (mol/mol). Nessa temperatura as pressões 1
de vapor saturantes do 1,2-dibromo etileno e do
2,3-dibromo propeno puros são, respectivamen- Questão 5
te, iguais a 173 mmHg e 127 mmHg. Admitin-
do que a solução tem comportamento ideal, é
Uma determinada substância cristaliza no
CORRETO afirmar que a concentração (em
sistema cúbico. A aresta da célula unitária
mol/mol) de 2,3-dibromo propeno na fase ga-
dessa substância é representada por z, a
sosa é igual a
massa específica por µ e a massa molar por
a) 0,40. b) 0,42. c) 0,48.
M. Sendo Nav igual ao número de Avogadro,
d) 0,52. e) 0,60.
qual é a expressão algébrica que permite de-
terminar o número de espécies que formam a
alternativa D célula unitária desta substância?
A = 1,2-dibromo etileno z3 µ z3 M z3
B = 2,3-dibromo propeno a) b) c)
M µ µ
Então:
Numa solução a soma das frações molares é 1: z 3 M Nav z 3 µ Nav
d) e)
x A + xB = 1 µ M
0,4 + xB = 1
∴ xB = 0,6 alternativa E
Aplicando a lei de Raoult: m
p(solução) = x(solvente) ⋅ p(solvente) , temos: Temos: V = (I)
µ
p A = 0,4 ⋅ 173 = 69,2 mmHg m
n = ⇒ m = n ⋅M (II)
pB = 0,6 ⋅ 127 = 76,2 mmHg M
química 3

x III. Errada. A afinidade eletrônica é a energia en-


n = (III)
Nav volvida quando adiciona-se um elétron a um áto-
onde x é o número de espécies. mo gasoso e isolado.
n ⋅M A afinidade eletrônica é diferente do potencial de
Substituindo (II) em (I): V = (IV) ionização porque a energia do orbital 1s muda em
µ
função do número de elétrons:
x
⋅M E ≠ E 2
Substituindo (III) em (IV): V = Nav 1s1 1s
µ IV. Errada. Na molécula H 2 , os elétrons encon-
3
Como em uma célula unitária V = z , conclui-se tram-se em um orbital molecular de energia dife-
x rente do orbital atômico 1s.
⋅M
3 Nav z 3 µNav V. Correta. A energia para excitar um elétron de
que z = ⇒ x = . 1s para 2s (n = 2) é menor que a energia de ioni-
µ M
zação (n = ∞).

Questão 6
Questão 7
Sabendo que o estado fundamental do átomo Qual das substâncias abaixo apresenta o
de hidrogênio tem energia igual a −13,6 eV, menor valor de pressão de vapor saturante
considere as seguintes afirmações: na temperatura ambiente?
I. O potencial de ionização do átomo de hidro- a) CCl4 . b) CHCl 3 . c) C2Cl6 .
gênio é igual a 13,6 eV. d) CH2Cl2 . e) C2 H 5Cl.
II. A energia do orbital 1s no átomo de hidro-
gênio é igual a −13,6 eV. alternativa C
III. A afinidade eletrônica do átomo de hidro-
gênio é igual a −13,6 eV. De modo geral, a pressão de vapor a temperatura
ambiente diminui com o aumento de duas grande-
IV. A energia do estado fundamental da mo-
zas:
lécula de hidrogênio, H2 (g), é igual a 1ª) A massa molecular.
−(2 × 13,6) eV. 2ª) A intensidade de forças de atração intermole-
V. A energia necessária para excitar o elétron culares.
do átomo de hidrogênio do estado fundamen- O C 2 Cl6 apresenta a menor pressão de vapor a
tal para o orbital 2s é menor do que 13,6 eV. temperatura ambiente porque:
Das afirmações feitas, estão ERRADAS • apresenta uma massa molecular muito maior
a) apenas I, II e III. que os demais compostos;
b) apenas I e III. • apesar do fato de suas moléculas serem apola-
res, as dimensões moleculares e o número de
c) apenas II e V.
elétrons permitem a formação de apreciáveis di-
d) apenas III e IV. polos induzidos e, em decorrência, forças inter-
e) apenas III, IV e V. moleculares de atração que dificultam a mudança
de estado físico.
alternativa D
I e II. Corretas. Observe o gráfico:
Questão 8
Considere as seguintes espécies químicas no
estado gasoso, bem como os respectivos áto-
mos assinalados pelos algarismos romanos:
I II III IV
↓ ↓ ↓ ↓
ONNO2 , FClO2 , ICl 3 e F4ClO −

Os orbitais híbridos dos átomos assinalados


por I, II, III e IV são respectivamente:
química 4

a) sp2 , sp 3 , dsp 3 e d2 sp 3 . d) Na temperatura de 195 K e pressões me-


2 2 3
b) sp , sp , sp e dsp . 3 nores do que 1 atm, tem-se que o estado mais
estável do CO2 é o sólido.
c) sp 3 , dsp 3 , d2 sp 3 e sp 3 .
e) Na temperatura de 298 K e pressões maio-
d) sp 3 , sp2 , dsp 3 e d2 sp 3 . res do que 67 atm, tem-se que o estado mais
e) sp, dsp 3 , sp 3 e dsp 3 . estável do CO2 é o gasoso.

alternativa A alternativa A
Uma estrutura possível e a hibridação correspon- Com os dados fornecidos, podemos construir o
dente ao átomo indicado são: seguinte diagrama genérico de fases:

Assim, podemos observar que a pressão do pon-


to triplo está acima de 1 atm.

Questão 10

Considere os equilíbrios químicos abaixo e


seus respectivos valores de pK (pK = −log K),
válidos para a temperatura de 25 oC (K re-
presenta constante de equilíbrio químico).
pK
Fenol: C6 H 5 OH (aq) 9,89
+ −
H (aq) + C6 H 5 O (aq)
Questão 9
Anilina: C6 H 5 NH2 ( l ) + H2O( l ) 9,34

Na pressão de 1 atm, a temperatura de subli- C6 H 5 NH 3+ (aq) + OH (aq)
mação do CO2 é igual a 195 K. Na pressão de
67 atm, a temperatura de ebulição é igual a Ácido CH 3COOH(aq) 4,74
298 K. Assinale a opção que contém a afirma-
acético: CH 3COO − (aq) + H + (aq)
ção CORRETA sobre as propriedades do Amônia: NH 3 (g) + H2O( l ) 4,74
CO2 .
NH4+ (aq) −
+ OH (aq)
a) A pressão do ponto triplo está acima de
o
1 atm. Na temperatura de 25 C e numa razão de
b) A temperatura do ponto triplo está acima volumes ≤ 10, misturam-se pares de soluções
de 298 K. aquosas de mesma concentração. Assinale a
c) A uma temperatura acima de 298 K e na opção que apresenta o par de soluções aquo-
pressão de 67 atm, tem-se que o estado mais sas que ao serem misturadas formam uma
estável do CO2 é o líquido. solução tampão com pH próximo de 10.
química 5

a) C6 H 5 OH(aq) / C6 H 5 NH2 (aq). alternativa B


b) C6 H 5 NH2 (aq) / C6 H 5 NH 3Cl(aq). Para a situação descrita, temos:
c) CH 3COOH(aq) / NaCH 3COO(aq). v I = k I [A]0 (I)
d) NH 3 (aq) / NH4Cl(aq). v II = k II [A]0 (II)
e) NaCH 3COO(aq) / NH4Cl(aq). A concentração de meia-vida é metade da inicial:
[A]0
[A]1/ 2 =
2
alternativa D
Substituindo em (I) e (II) e resolvendo, temos:
A 25 o C , misturando-se volumes iguais (razão en- ln2
tre volumes menor que 10) de soluções de mes- (t1/ 2 )I = (III)
kI
ma concentração de NH3(aq) e NH4Cl(aq) , tere-
ln2
mos a seguinte situação: (t1/ 2 )II = (IV)
k II
NH3(aq) + H 2 O( l) NH + −
+ OH(aq) Então, a razão entre (III) e (IV) é:
4(aq)
[NH3 ] (t1/ 2 )II
[OH − ] = ⋅ K b , como [NH3 ] ≅ [NH4+ ] kI
= .
[NH4+ ] k II (t1/ 2 )I
temos:
[OH − ] ≅ K b ≅ 10 − pK b ≅ 1,82 ⋅ 10 −5
[OH − ] ⋅ [H + ] = 10 −14 Questão 12
10 −14
[H + ] ≅ ≅ 5,5 ⋅ 10 −10 Para minimizar a possibilidade de ocorrên-
1,82 ⋅ 10 −5
cia de superaquecimento da água durante o
pH ≅ −log [H + ] = −log 5,5 ⋅ 10 −10 processo de aquecimento, na pressão ambien-
pH ≅ 9,3 (valor próximo de 10) te, uma prática comum é adicionar pedaços
de cerâmica porosa ao recipiente que con-
tém a água a ser aquecida. Os poros da ce-
râmica são preenchidos com ar atmosférico,
Questão 11 que é vagarosamente substituído por água
antes e durante o aquecimento. A respeito
A decomposição química de um determina- do papel desempenhado pelos pedaços de
do gás A (g) é representada pela equação: cerâmica porosa no processo de aquecimen-
A (g) → B (g) + C (g). A reação pode ocorrer to da água são feitas as seguintes afirma-
numa mesma temperatura por dois caminhos ções:
diferentes (I e II), ambos com lei de velocida- I. a temperatura de ebulição da água é au-
de de primeira ordem. Sendo v a velocidade mentada.
da reação, k a constante de velocidade, ∆H a II. a energia de ativação para o processo de
variação de entalpia da reação e t1/ 2 o tempo formação de bolhas de vapor de água é dimi-
de meia-vida da espécie A, é CORRETO nuída.
afirmar que
III. a pressão de vapor da água não é aumen-
kI (t ) tada.
a) ∆HI < ∆HII . b) = 1 / 2 II .
kII (t1 / 2 )I IV. o valor da variação de entalpia de vapori-
[B][C] [B][C] zação da água é diminuído.
c) kI = . d) vII = kII . Das afirmações acima está(ão) ERRADA(S)
[A] [A]
a) apenas I e III. b) apenas I, III e IV.
vI k
e) = II . c) apenas II. d) apenas II e IV.
vII kI e) todas.
química 6

alternativa B
Um líquido pode ser aquecido momentaneamente
Questão 14
a uma temperatura superior à sua Te sem entrar
em ebulição. Esse fenômeno é conhecido como Considere a reação representada pela equa-
superaquecimento. Nessas condições, pode ocor- ção química 3A(g) + 2B(g) → 4E(g). Esta
rer a formação de bolhas grandes, o que é incon- reação ocorre em várias etapas, sendo que a
veniente para os procedimentos de laboratório. etapa mais lenta corresponde à reação re-
A colocação de cacos de cerâmica porosa ou ou- presentada pela seguinte equação química:
tros materiais permite uma formação mais fácil de A(g) + C(g) → D(g). A velocidade inicial desta
pequenas e numerosas bolhas de vapor de água
última reação pode ser expressa por
(diminuição da energia de ativação). Portanto, a
∆[ A ]
afirmação II é correta. − = 5,0 mol s−1 . Qual é a velocidade ini-
A temperatura de ebulição e o ∆H de vaporização ∆t
não são alterados pela presença da cerâmica cial da reação (mol s−1 ) em relação à espécie
(afirmações I e IV são erradas). E?
Durante o aquecimento da água e o conseqüente a) 3,8. b) 5,0. c) 6,7. d) 20. e) 60.
aumento da temperatura ocorre um aumento da
pressão de vapor (afirmação III está errada). alternativa C
Em um processo químico com várias etapas, a
etapa mais lenta é a determinante da velocidade
Questão 13 de todo o processo. Então, ocorre o consumo de
5 mols de A por segundo.
Considere as seguintes comparações de calo- Usando-se os coeficientes estequiométricos, te-
mos:
res específicos dos respectivos pares das
5 mols A 4 mols E mols E
substâncias indicadas. ⋅ ≅ 6,7
s 3 mols A s
I. tetracloreto de carbono (l, 25 oC) > metanol
∆[A ]
(l, 25 oC). Obs.: considerando a notação − do enuncia-
∆t
II. água pura (l, −5 oC) > água pura (s, −5 oC).
do, a unidade de velocidade seria mol ⋅ l−1 ⋅ s −1 .
III. alumina (s, 25 oC) > alumínio (s, 25 oC).
IV. isopor (s, 25 oC) > vidro de janela (s, 25 oC).
Das comparações feitas, está(ão) CORRE- Questão 15
TA(S)
a) apenas I e II. b) apenas I, II e III. Indique a opção que contém a equação quí-
c) apenas II. d) apenas III e IV. mica de uma reação ácido-base na qual a
e) apenas IV. água se comporta como base.
a) NH 3 + H2O NH4OH.
alternativa E b) NaNH2 + H2O NH 3 + NaOH.
O calor específico (J/g ⋅ oC ) de um material de- c) Na2CO 3 + H2O NaHCO 3 + NaOH.
pende fundamentalmente da composição, da es- d) P2O 5 + 3H2O 2H 3 PO4 .
trutura e do relacionamento entre as partículas e) TiCl4 + 2H2O TiO2 + 4HCl.
existentes.
Então: alternativa D
I. Incorreta. O metanol apresenta atrações inter-
moleculares (ligações de hidrogênio) mais fortes Um esquema para visualizar a água comportan-
que o CCl4 . do-se como base (doador de par de elétrons) é:
II. Incorreta. O gelo apresenta um número maior
de ligações de hidrogênio que a água líquida.
III. Incorreta. Os cristais iônicos (Al 2 O3 ) apresen-
tam, tipicamente, menores calores específicos
que os cristais metálicos (Al).
IV. Correta. O isopor é constituído de macromolé-
culas ao passo que o vidro é um material amorfo
formado de partículas menores.
química 7

e) Durante a realização do Experimento 1, a


Questão 16 concentração de íons manganês presentes no
sólido diminui.
Dois compartimentos, 1 e 2, têm volumes
iguais e estão separados por uma membrana alternativa D
de paládio, permeável apenas à passagem de
No experimento 1, temos:
hidrogênio. Inicialmente, o compartimento 1
contém hidrogênio puro (gasoso) na pressão MnO 2(s) + 4 HCl(aq) →
PH2 , puro = 1 atm, enquanto que o comparti- → MnCl 2(aq) + Cl 2(g) + 2 H 2 O( l)
mento 2 contém uma mistura de hidrogênio O gás liberado foi Cl 2 .
e nitrogênio, ambos no estado gasoso, com No experimento 2, temos:
pressão total Pmist = (PH2 + PN2 ) = 1 atm. Cl 2(g) + 2 KI(aq) → I 2(g) + 2 KCl(aq)
Após o equilíbrio termodinâmico entre os (violeta)
dois compartimentos ter sido atingido, é Portanto a concentração de iodeto diminui.
CORRETO afirmar que:
a) PH2 , puro = 0.
b) PH2 , puro = PN2 , mist . Questão 18
c) PH2 , puro = Pmist .
d) PH2 , puro = PH2 , mist . Duas soluções aquosas (I e II) contêm, res-
pectivamente, quantidades iguais (em mol) e
e) Pcompartimento 2 = 2 atm. desconhecidas de um ácido forte, K >> 1, e de
um ácido fraco, K ≅ 10−10 (K = constante de
alternativa D
dissociação do ácido). Na temperatura cons-
Haverá passagem de H 2(g) do compartimento 1 tante de 25 o C, essas soluções são tituladas
para o compartimento 2 até a pressão de H 2 puro com uma solução aquosa 0,1 mol L−1 de
(PH 2 , puro) igualar-se à pressão parcial do H 2 na NaOH. A titulação é acompanhada pela me-
mistura (PH 2 , mist .). dição das respectivas condutâncias elétricas
das soluções resultantes. Qual das opções
abaixo contém a figura com o par de curvas
Questão 17 que melhor representa a variação da condu-
tância elétrica (Cond.) com o volume de
A uma determinada quantidade de dióxido de NaOH (VNaOH ) adicionado às soluções I e II,
manganês sólido, adicionou-se um certo volu-
respectivamente?
me de ácido clorídrico concentrado até o desa-
parecimento completo do sólido. Durante a a) b)
reação química do sólido com o ácido obser-
vou-se a liberação de um gás (Experimento
1). O gás liberado no Experimento 1 foi bor-
bulhado em uma solução aquosa ácida de io-
deto de potássio, observando-se a liberação de
um outro gás com coloração violeta (Experi- c) d)
mento 2). Assinale a opção que contém a afir-
mação CORRETA relativa às observações
realizadas nos experimentos acima descritos.
a) No Experimento 1, ocorre formação de
H2 (g).
b) No Experimento 1, ocorre formação de e)
O2 (g).
c) No Experimento 2, o pH da solução aumen-
ta.
d) No Experimento 2, a concentração de iode-
to na solução diminui.
química 8

alternativa C
As curvas de titulação devem ter pontos de infle-
Questão 20
xão num mesmo volume de base, já que as titula-
ções são feitas nas mesmas condições (exclui-se Considere o elemento galvânico mostrado
a alternativa B). na figura a seguir. O semi-elemento A con-
Após a inflexão das curvas as condutividades au- tém uma solução aquosa, isenta de oxigê-
mentam devido ao excesso de íons Na + e OH −
nio, 0,3 mol L −1 em Fe2 + e 0,2 mol L −1
que não reagem (excluem-se as alternativas D e E).
Um ácido forte tem alta condutividade e um ácido em Fe 3 + . O semi-elemento B contém uma
fraco tem baixa condutividade (exclui-se a alter- solução aquosa, também isenta de oxigênio,
nativa A). 0,2 mol L−1 em Fe2 + e 0,3 mol L−1 em Fe 3 + .
M é um condutor metálico (platina). A tempe-
Questão 19 ratura do elemento galvânico é mantida cons-
tante num valor igual a 25 oC. A partir do
instante em que a chave “S” é fechada, consi-
Num cilindro, provido de um pistão móvel sem
dere as seguintes afirmações:
atrito, é realizada a combustão completa de
carbono (grafita). A temperatura no interior I. O sentido convencional de corrente elétrica
do cilindro é mantida constante desde a in- ocorre do semi-elemento B para o se-
trodução dos reagentes até o final da reação. mi-elemento A.
Considere as seguintes afirmações: II. Quando a corrente elétrica for igual a
I. A variação da energia interna do sistema é zero, a relação de concentrações [Fe 3 + (aq)] /
igual a zero. [Fe2 + (aq)] tem o mesmo valor tanto no semi-
II. O trabalho realizado pelo sistema é igual elemento A como no semi-elemento B.
a zero. III. Quando a corrente elétrica for igual a zero,
III. A quantidade de calor trocada entre o sis- a concentração de Fe2 + (aq) no semi-elemento
tema e a vizinhança é igual a zero. A será menor do que 0,3 mol L−1 .
IV. A variação da entalpia do sistema é igual IV. Enquanto o valor da corrente elétrica for
à variação da energia interna. diferente de zero, a diferença de potencial en-
Destas afirmações, está(ão) CORRETA(S)
tre os dois semi-elementos será maior do que
a) apenas I. b) apenas I e IV.
0,118 log (3/2).
c) apenas I, II e III. d) apenas II e IV.
V. Enquanto corrente elétrica fluir pelo circui-
e) apenas III e IV.
to, a relação entre as concentrações
[Fe 3 + (aq)] / [Fe2 + (aq)] permanece constante
alternativa D nos dois semi-elementos.
A combustão completa (total) da grafite é repre-
sentada por:
C(s) + O 2(g) → CO 2(g)
A relação entre as grandezas termodinâmicas,
energia interna (∆U), variação de entalpia (∆H) e o
trabalho realizado é expressa pela relação:
∆H = ∆U + τ
Nas condições do experimento, o trabalho (τ) é
exercido em função da variação do número de
mols de gás (∆n). Observando a equação quími-
ca, concluímos que ∆n = 0 (1 mol O 2 → 1 mol
CO 2 ).
Então: Das afirmações feitas, estão CORRETAS
τ=0 a) apenas I, II e III. b) apenas I, II e IV.
∆U = ∆H c) apenas III e V. d) apenas IV e V.
As únicas afirmações corretas são II e IV. e) todas.
química 9

alternativa A As questões dissertativas, numeradas de


o 3+ 2+ 21 a 30, devem ser respondidas no ca-
Como o E red . do Fe(aq) é maior que o do Fe(aq) e derno de soluções.
como o valor do potencial depende da concentra-
ção molar da espécie, a semi-célula que tiver a
3+
maior concentração molar de íons Fe(aq) será o
cátodo da pilha. Nesse caso, o eletrodo B atuará Questão 21
como cátodo e o eletrodo A como ânodo.
As semi-reações de eletrodo serão:
Quando submersos em “águas profundas”, os
red.
3+
Catódica: Fe(aq) + 1e − 2+
Fe(aq) (B) mergulhadores necessitam voltar lentamente
oxi. à superfície para evitar a formação de bolhas
2+ 3+
Anódica: Fe(aq) Fe(aq) + 1e − (A) de gás no sangue.
I. Correta. Numa pilha o sentido convencional da i) Explique o motivo da NÃO formação de bo-
corrente é do cátodo (B) para o ânodo (A). lhas de gás no sangue quando o mergulhador
II. Correta. Quando a corrente for nula, a célula desloca-se de regiões próximas à superfície
entrou em equilíbrio, desse modo, o E red. (A) é
para as regiões de “águas profundas”.
igual ao E red. (B). Assim sendo, aplicando-se a
equação de Nernst tem-se que: ii) Explique o motivo da NÃO formação de
3+ bolhas de gás no sangue quando o mergulha-
o [Fe ]
E red. (B) = E red. + 0,0592 log (I) dor desloca-se muito lentamente de regiões
[Fe 2 + ]
de “águas profundas” para as regiões próxi-
o [Fe3 + ] mas da superfície.
E oxi. (A) = E oxi. − 0,0592 log (II) ou
[Fe 2 + ] iii) Explique o motivo da FORMAÇÃO de bo-
3+ lhas de gás no sangue quando o mergulhador
o [Fe ]
E red. (A) = E red. + 0,0592 log (III)
[Fe 2 + ] desloca-se muito rapidamente de regiões de
“águas profundas” para as regiões próximas
Para que (I) seja igual a (III), a relação
da superfície.
[Fe3 + ]/ [Fe 2 + ] deve ser a mesma nas duas
equações.
III. Correta. No eletrodo A ocorrerá consumo dos Resposta
íons Fe 2 + até que o sistema entre em equilíbrio
(i = 0). Desse modo, a [Fe 2 + ] , no equilíbrio, será I. O deslocamento da superfície para a região das
menor que no início, ou seja, inferior a 0,3 mol ⋅ L−1 . águas profundas aumenta a pressão sobre o mer-
IV. Incorreta. O cálculo da ddp entre os eletrodos gulhador ( p = patm. + págua ). Em decorrência
pode ser feito usando-se a expressão: disso, a quantidade de N 2 dissolvido no sangue
ddp = E red.(B) − E red.(A) = aumenta devido à maior solubilidade de N 2 no
[Fe3 + ]B [Fe3 + ] A sangue.
= 0,0592 log 2+
− 0,0592 log =
[Fe 2 + ] A
II. Devido à maior presença de gases dissolvidos
[Fe ]B
no sangue, o mergulhador precisa voltar lenta-
[Fe3 + ]B ⋅ [Fe 2 + ] A mente de modo que ocorram as trocas gasosas,
= 0,0592 log
[Fe 2 + ]B ⋅ [Fe3 + ] A permitindo o decréscimo gradativo de N 2 dissolvi-
Substituindo os valores das concentrações iniciais do sem atingir a saturação.
tem-se: III. Em "águas profundas", a quantidade de gases
0,3 ⋅ 0,3 3 dissolvidos no sangue é significativamente maior
ddp = 0,0592 log = 0,1184 log V
0,2 ⋅ 0,2 2 (devido à maior solubilidade de gases a altas
Como a ddp diminui com o funcionamento da pi- pressões) do que na superfície.
3 O deslocamento rápido para superfície impõe um
lha, ela nunca será maior do que 0,1184 log V.
2 decréscimo na pressão sobre o mergulhador e,
V. Incorreta. Até o equilíbrio ser atingido, a relação portanto, na solubilidade, provocando saturação e
[Fe3 + ]/ [Fe 2 + ] aumenta em A e diminui em B. formação das bolhas.
química 10

(4) No condensador ocorre a condensação dos


Questão 22 vapores de cada uma das frações.
(5) Este recipiente contém a mistura álcool comer-
Descreva um processo que possa ser utilizado cial mais benzeno, a ser destilada (balão de desti-
na preparação de álcool etílico absoluto, 99,5 % lação).
(m/m), a partir de álcool etílico comercial, (6) Balão que contém a fração destilada.
95,6 % (m/m). Sua descrição deve conter: iii) Após a destilação com benzeno, a fração rica
i) A justificativa para o fato da concentração em álcool é colocada para reagir CaO(s) ou outro
reagente que combine-se rapidamente com a
de álcool etílico comercial ser 95,6 % (m/m).
água residual.
ii) O esquema da aparelhagem utilizada e a
iv) CaO + H 2 O → Ca(OH) 2
função de cada um dos componentes desta
v)
aparelhagem.
iii) Os reagentes utilizados na obtenção do ál-
cool etílico absoluto.
iv) As equações químicas balanceadas para
as reações químicas envolvidas na prepara-
ção do álcool etílico absoluto.
v) Seqüência das etapas envolvidas no pro-
cesso de obtenção do álcool etílico absoluto.

Resposta
i) O álcool etílico comercial 95,6% (m/m) é uma
mistura azeotrópica que não pode ser desdobra-
da por uma destilação comum. Questão 23
ii) A operação básica é a destilação fracionada
com adição de benzeno, que forma um azeótropo
novo (água, álcool e benzeno) com temperatura Determine a massa específica do ar úmido, a
de ebulição menor que o álcool: 25 o C e pressão de 1 atm, quando a umidade
relativa do ar for igual a 60 %. Nessa tempe-
ratura, a pressão de vapor saturante da
água é igual a 23,8 mmHg. Assuma que o ar
seco é constituído por N2 (g) e O2 (g) e que as
concentrações dessas espécies no ar seco são
iguais a 79 e 21 % (v/v), respectivamente.

Resposta
Na mistura gasosa que constitui o ar atmosférico
úmido (N 2 , O 2 e H 2 O ) as pressões parciais das
espécies são:
60
pH 2 O = ⋅ 23,8 = 14,28 mmHg
100
79
pN 2 = ⋅ (760 − 14,28) = 589,12 mmHg
100
(1) Leitura de temperatura para identificação das 21
frações: pO 2 = ⋅ (760 − 14,28) = 156,60 mmHg
100
Tmenor : fração azeótropo.
Na mistura, essas pressões apresentam as se-
Tmaior : fração álcool com teor maior que 95,6%. guintes porcentagens:
(2) Permite um resfriamento prévio que leva a fra- 14,28
ção de maior Te (álcool) de volta ao estado líquido % pH 2 O = ⋅ 100% = 1,88%
760
e, por gravidade, ao frasco de destilação. 589,12
(3) Água de refrigeração. % pN 2 = ⋅ 100% = 77,52%
760
química 11

156,60 b) As enzimas são proteínas e dependem de uma


% pO 2 = ⋅ 100% = 20,60%
760 temperatura ótima para realizar as reações. Antes
Sendo a pressão parcial de um gás na mistura di- de atingir o ponto ótimo (maior velocidade) a velo-
cidade cresce conforme aumento da temperatura.
retamente proporcional ao seu número de mols,
Após atingir o ponto máximo, a enzima tem sua
temos que a massa molar média do ar atmosféri-
estrutura protéica alterada pela temperatura (des-
co úmido será: naturação) de modo que perde eficiência na catá-
1,88% M H 2 O + 77,52% M N 2 + 20,60% M O 2 = lise da reação, ocorrendo decréscimo na veloci-
= 1,88% ⋅ 18,02 + 77,52% ⋅ 28,02 + dade.
g
+ 20,60% ⋅ 32 = 28,65
Assim:
mol Questão 25
m
pV = RT onde M = massa molar média do A corrosão da ferragem de estruturas de
M
concreto ocorre devido à penetração de água
ar atmosférico úmido
através da estrutura, que dissolve cloretos
pM
d = e/ou sais provenientes da atmosfera ou da
RT
própria decomposição do concreto. Essa solu-
760 ⋅ 28,65
d = = 1,17 g L−1 ção eletrolítica em contacto com a ferragem
62,4 ⋅ 298
forma uma célula de corrosão.
A Figura A, a seguir, ilustra esquematica-
mente a célula de corrosão, formada.
Questão 24 No caderno de soluções, faça uma cópia desta
figura no espaço correspondente à resposta a
esta questão. Nesta cópia
A figura a seguir apresenta esboços de curvas
i) identifique os componentes da célula de
representativas da dependência da velocida-
corrosão que funcionam como anodo e catodo
de de reações químicas com a temperatura.
durante o processo de corrosão e
Na Figura A é mostrado como a velocidade de
ii) escreva as meia-reações balanceadas para
uma reação de combustão de explosivos de-
as reações anódicas e catódicas.
pende da temperatura. Na Figura B é mostra-
do como a velocidade de uma reação catalisa-
da por enzimas depende da temperatura. Jus-
tifique, para cada uma das Figuras, o efeito
da temperatura sobre a velocidade das res-
pectivas reações químicas.

A Figura B, a seguir, ilustra um dos métodos


utilizados para a proteção da ferragem metá-
lica contra corrosão.
No caderno de soluções, faça uma cópia desta
figura, no espaço correspondente à resposta a
Resposta esta questão. Nesta cópia
i) identifique os componentes da célula ele-
a) A velocidade da reação aumenta lentamente
trolítica que funcionam como anodo e catodo
até atingir a temperatura de explosão. A partir
durante o processo de proteção contra corro-
desse ponto, a velocidade cresce bruscamente
devido à energia fornecida pela própria reação e são e
ao aumento da superfície de contato com o oxigê- ii) escreva as meia-reações balanceadas para
nio do ar. as reações anódicas e catódicas.
química 12

• Reação catódica:
Fe 2 + + 2 e − → Fe
• Reação anódica: nas baterias e/ou 2 Cl− →
→ Cl 2 + 2 e − .
Outra maneira de proteção contra corrosão está
esquematizada a seguir:

Sugira um método alternativo para proteção


da ferragem de estruturas de concreto contra
corrosão.
Resposta

Questão 26
Escreva a estrutura de Lewis para cada uma
das moléculas abaixo, prevendo a geometria
molecular (incluindo os ângulos de ligação) e
os orbitais híbridos no átomo central.
a) XeOF4 b) XeOF2 c) XeO4 d) XeF4

Resposta
Dependendo da concentração de oxigênio e im- A estrutura possível, a geometria e a hibridação
purezas, serão formadas áreas de oxidação e re- correspondentes ao átomo central para cada
dução ao longo da estrutura de Fe. composto é:
• Áreas anódicas: baixa concentração de O 2(g) e
alta concentração de íons.
a)
• geometria qua-
2+ − drado piramidal
Equação anódica: Fe(s) → + 2e
Fe(aq)
• hibridação
• Áreas catódicas: alta concentração de O 2(g) e sp3 d 2
baixa concentração de íons.
Equação catódica: O 2 + 2 H 2 O + 4 e − → 4 OH − b)

• geometria em T
• hibridação sp3 d

c)
• geometria tetraé-
drica
• hibridação sp3
d)
• geometria qua-
Nessa figura, temos representada uma proteção drado planar
catódica, isto é, uma fonte de tensão é instalada hibridação
na estrutura e impõe sobre ela uma sobrevolta- sp3 d 2
gem, fornecendo elétrons no lugar do Fe.
química 13

0
II. 40
19 K +
40
−1 e → 18 Ar
Questão 27
O processo representado pela equação I é res-
Explique por que a temperatura de hidroge- ponsável por 89,3 % do decaimento radioativo
nação de ciclo-alcanos, catalisada por níquel do 40
19 K , enquanto que o representado pela
metálico, aumenta com o aumento da quanti- equação II contribui com os 10,7 % restantes.
dade de átomos de carbono presentes nos ci- Sabe-se, também, que a razão em massa de
clo-alcanos. 40 40
18 Ar e 19 K pode ser utilizada para a datação
de materiais geológicos.
Resposta
Determine a idade de uma rocha, cuja razão
Os ciclo-alcanos tornam-se mais estáveis confor- em massa de 40 40
18 Ar/19 K é igual a 0,95. Mostre
me aumenta o número de átomos de carbono no
ciclo. Deste modo, a temperatura necessária para os cálculos e raciocínios utilizados.
a hidrogenação catalisada por níquel metálico
será maior nos ciclo-alcanos superiores. A expli-
Resposta
cação destes fatos pode ser encontrada nos ân-
gulos de ligação dos átomos de carbono nos ci- A cada tempo de meia-vida, 10,7% da metade da
clos. Lembrando que um carbono saturado (sp3 ) 40
massa do potássio é convertida em 18 Ar. Dessa
é mais estável com ângulos de ligação de109o 28’ forma, pode-se montar uma tabela relacionando a
temos: 40 40
massa de 19 K e a massa formada de 18 Ar.

t1
0 1 2 3
2

40 M M M
19 K M
2 4 8
40 M M M
18 Ar O 0,107 0,107 0,107
2 4 8
A partir do ciclo-butano, as moléculas não são
Passados n tempos de meia-vida, a massa de
planas permitindo que os átomos de carbono 40
apresentem ângulos de ligação mais próximos do 18 Ar total na rocha é a soma de uma PG de ter-
valor mais estável (109o 28' ). M 1
mo inicial 0,107 e razão , isto é,
Por exemplo, no ciclo-hexano temos dois isôme- 2 2
ros conformacionais   1 n 
   −1
M 2   =
m Ar = 0,107 ⋅
2  1 −1 
 2 
 
 1 
n
= 0,107M ⋅ 1 −   

nos quais os ângulos de ligação conferem à es-  2  
trutura uma maior estabilidade.
M
e a massa de potássio é mK = .
2n
Logo:
Questão 28 m Ar
= 0,107 ⋅ (2 n − 1)
mK
O tempo de meia-vida (t 1/2 ) do decaimento
m Ar
radioativo do potássio 40 ( 40
19 K) é igual a Para = 0,95 , temos 0,95 = 0,107 (2 n − 1) ⇔
mK
1,27 x 109 anos. Seu decaimento envolve os
⇔ 8,88 = 2 n − 1 ⇔ 2 n = 9,88 ⇔ n = log 2 9,88 ~
dois processos representados pelas equações
seguintes: ~ 3,3 tempos de meia-vida.
0 Logo, a rocha tem aproximadamente 3,3 ⋅ 1,27 =
I. 40
19 K →
40
20 Ca + −1 e = 4,19 bilhões de anos.
química 14

iii) Adicionando-se, gota a gota, NH4OH(aq) à mis-


Questão 29 tura final, observa-se a formação de um precipita-
do gelatinoso verde-azulado de Cr(OH)3 :
Os seguintes experimentos foram realizados 3+ +
Cr(aq) + 3 NH4OH(aq) Cr(OH)3(s) + 3 NH4(aq)
para determinar se os cátions Ag+ , Pb2 + ,
Em excesso de solução amoniacal, ocorre a dis-
Sb2 + , Ba2 + e Cr 3 + eram espécies constituin- solução do precipitado devido à formação de
tes de um sólido de origem desconhecida e complexos amoniacais solúveis de cromo violeta
solúvel em água. ou rosado:
a) Uma porção do sólido foi dissolvida em Cr(OH)3(s) + 6 NH4OH(aq) →
água, obtendo-se uma solução aquosa chama-
da de X. → [Cr(NH3 )6 ](OH)3(aq) + 6 H 2 O ( l )
b) A uma alíquota de X foram adicionadas al- Já os íons Ba 2 + não precipitam em meio amonia-
gumas gotas de solução aquosa concentrada cal. Logo, o único íon presente na amostra inicial
em ácido clorídrico, não sendo observada ne- é o Cr 3 + .
nhuma alteração visível na solução. Comentário: a literatura afirma que as formas
c) Sulfeto de hidrogênio gasoso, em quantida- mais comuns dos íons de antimônio são Sb3 + e
de suficiente para garantir a saturação da Sb5 + e não Sb 2 + como indicado no enunciado
mistura, foi borbulhado na mistura resultan- do exercício.
te do Experimento B, não sendo observada
nenhuma alteração visível nessa mistura.
d) A uma segunda alíquota de X foi adiciona- Questão 30
da, gota a gota, solução aquosa concentrada
em hidróxido de amônio. Inicialmente, foi ob- Um elemento galvânico, chamado de I, é
servada a turvação da mistura e posterior de- constituído pelos dois eletrodos seguintes,
saparecimento dessa turvação por adição de separados por uma membrana porosa:
mais gotas da solução de hidróxido de amônio. IA. Chapa de prata metálica, praticamente
A respeito da presença ou ausência dos cátions pura, mergulhada em uma solução 1 mol L−1
Ag+ , Pb2 + , Sb2 + , Ba2 + e Cr 3 + , o que se pode de nitrato de prata.
concluir após as observações realizadas no IB. Chapa de zinco metálico, praticamente
i) Experimento B? puro, mergulhada em uma solução 1 mol L−1
ii) Experimento C? de sulfato de zinco.
iii) Experimento D? Um outro elemento galvânico, chamado de II,
Sua resposta deve incluir equações químicas é constituído pelos dois seguintes eletrodos,
balanceadas para as reações químicas obser- também separados por uma membrana poro-
vadas e mostrar os raciocínios utilizados. sa:
Qual(ais) dentre os cátions Ag+ , Pb2 + , Sb2 + , IIA. Chapa de cobre metálico, praticamente
Ba2 + e Cr 3 + está(ão) presente(s) no sólido? puro, mergulhada em uma solução 1 mol L−1
de sulfato de cobre.
Resposta IIB. Chapa de zinco metálico, praticamente
puro, mergulhada em uma solução 1 mol L−1
Analisando-se a seqüência feita, têm-se:
i) A adição de HCl(aq) à mistura de cátions provo- de sulfato de zinco.
caria a precipitação dos cloretos de prata e de Os elementos galvânicos I e II são ligados em
chumbo (II). Como isso não foi observado, con- série de tal forma que o eletrodo IA é conecta-
clui-se que não há Ag + ou Pb 2 + na mistura inicial. do ao IIA, enquanto que o eletrodo IB é co-
ii) A ausência de um precipitado após a adição de nectado ao IIB. As conexões são feitas atra-
H 2 S(g) à mistura resultante indica que a solução vés de fios de cobre. A respeito desta monta-
não contém íons de antimônio, pois estes formam gem
sulfetos alaranjados insolúveis. Já os sulfetos de i) faça um desenho esquemático dos elemen-
bário e cromo (III) são solúveis ou não se formam tos galvânicos I e II ligados em série. Neste
em presença de água. desenho indique:
química 15

red .
ii) quem é o elemento ativo (aquele que forne- +
v) IA : 2 Ag (aq) + 2 e− 2 Ag (s)
ce energia elétrica) e quem é o elemento pas-
oxi .
2+
sivo (aquele que recebe energia elétrica), IB : Zn(s) Zn(aq) + 2 e−
iii) o sentido do fluxo de elétrons,
oxi .
2+
iv) a polaridade de cada um dos eletrodos: IA, IIA : Cu (s) Cu (aq) + 2 e−
IB, IIA e IIB e
red .
v) as meia-reações eletroquímicas balancea- 2+
IIB : Zn(aq) + 2 e− Zn(s)
das para cada um dos eletrodos.

Resposta
O esquema representativo desta associação em
série é:
do curso de Comunicação Social da UNITAU
Questão 21 (...) mencionou que o Vale do Paraíba é inex-
plorado e tem potencial de absorver os for-
Leia o texto abaixo e assinale a alternativa mandos.
correta: (Jornal ComunicAção, n.1, março 2002, p.3)

Sonolento leitor, o jogo do Brasil já


aconteceu. Como estou escrevendo ontem,
não faço idéia do que ocorreu. Porém, tentei Questão 22
adivinhar a atuação dos jogadores. Cabe ao
leitor avaliar minha avaliação e dar-me a Um leitor pode relacionar o conteúdo da cons-
nota final. trução “com tantos universitários saindo para
(TORERO, José Roberto. Folha de S. Paulo,
o mercado de trabalho...” com o que é mencio-
13/06/2002, A-1)
nado pelo coordenador do curso de Comunica-
Com o uso do advérbio em “Como estou escre- ção Social da UNITAU. No entanto, essa lei-
vendo ontem...”, o autor tura torna-se problemática, pois o leitor pode-
a) marcou que a leitura do texto acontece si- ria esperar, a partir daquela construção, uma
multaneamente ao processo de produção do a) conseqüência. b) causa.
texto. c) finalidade. d) condição.
b) adequou esse elemento à forma verbal e) proporção.
composta de auxiliar + gerúndio, para guiar a
interpretação do leitor. alternativa A
c) não observou a regra gramatical que impe- O período sugere que a oração “com tantos uni-
de o uso do verbo no presente com aspecto versitários saindo para o mercado de trabalho”
durativo juntamente com um marcador de possua valor de causa, solicitando, portanto, uma
passado. conseqüência.
d) sinalizou explicitamente que a produção e
a leitura do texto acontecem em momentos
distintos.
Questão 23
e) lançou mão de um recurso que, embora
gramaticalmente incorreto, coloca o leitor e o Considerando ainda o período abordado na
questão anterior, assinale a alternativa que,
produtor do texto em dois momentos distin-
completando a oração abaixo, apresenta a
tos: passado e presente, respectivamente.
relação mais coerente entre as idéias.
O coordenador do curso de Comunicação So-
alternativa D cial mencionou que,
O texto que o leitor lê hoje no jornal foi escrito on- a) à medida que muitos universitários saem
tem pelo jornalista. Assim, o momento da produ- para o mercado de trabalho, o Vale do Paraí-
ção do texto não é o mesmo de sua leitura. ba tem potencial de absorver os formandos,
pois ainda é um mercado inexplorado.
As questões 22 e 23 referem-se ao texto b) como muitos universitários saem para o
abaixo. mercado de trabalho, o Vale do Paraíba tem
potencial de absorver os formandos, pois ain-
A universidade de Taubaté (UNITAU) da é um mercado inexplorado.
conta, no total, com 720 universitários [no c) há muitos universitários saindo para o
curso de Comunicação Social], sendo 130 for- mercado de trabalho, de modo que o Vale do
mandos. Com tantos universitários saindo Paraíba tem potencial de absorver os forman-
para o mercado de trabalho, o coordenador dos, pois ainda é um mercado inexplorado.
português/redação 2

d) muitos universitários saem para o merca- tar a língua do mundo real”, diz
do de trabalho; portanto, o Vale do Paraíba 30 Antônio Suárez Abreu, livre-docente
tem potencial de absorver os formandos, pois pela Universidade de São Paulo (...)
ainda é um mercado inexplorado. (JOÃO GABRIEL DE LIMA. Falar e
e) embora muitos universitários estejam sain- escrever, eis a questão. Veja,
do para o mercado de trabalho, o Vale do Pa- 7/11/2001, n. 1725)
raíba tem potencial de absorver os forman-
dos, pois ainda é um mercado inexplorado.

alternativa E Questão 24
Como há muitos universitários saindo para o mer-
Aponte a alternativa que contém uma infe-
cado de trabalho, uma conseqüência possível se-
rência que NÃO pode ser feita com base nas
ria o rápido esgotamento desse mercado.
Para expressar que esta conseqüência esperada idéias explicitadas no texto.
não se realizará, deve-se usar uma oração con- a) Freqüentemente, uma boa escola é uma es-
cessiva, com o uso de conectivos como embora, pécie de passaporte para a ascensão.
ainda que, etc. b) O conjunto que abrange “gente de nível
superior” não contém o subconjunto “secre-
As questões de 24 a 26 referem-se ao tex- tárias”.
to abaixo. c) No âmbito da Universidade, os estudos da
língua estão prioritariamente voltados para a
(...) prática lingüística.
1 As angústias dos brasileiros em relação d) A escola de qualidade inferior não favorece
ao português são de duas ordens. Para o aprendizado da gramática.
uma parte da população, a que não teve e) O conhecimento gramatical não garante
acesso a uma boa escola e, mesmo as- que as pessoas se expressem com clareza.
5 sim, conseguiu galgar posições, o pro-
blema é sobretudo com a gramática. É alternativa C
esse o público que consome avidamente Segundo o texto, a prática lingüística dá-se fora
os fascículos e livros do professor Pas- da Universidade, quando os professores deixam
quale, em que as regras básicas do idio- "de viver a teoria para enfrentar a língua do mun-
10 ma são apresentadas de forma clara e do real".
bem-humorada. Para o segmento que
teve oportunidade de estudar em bons
colégios, a principal dificuldade é com Questão 25
clareza. É para satisfazer a essa de-
15 manda que um novo tipo de profissional
Considerando que o autor do texto apresenta
surgiu: o professor de português especia-
os fatos a partir da perspectiva daqueles que
lizado em adestrar funcionários de em-
procuram um curso de língua portuguesa,
presas. Antigamente, os cursos dados
aponte o sentido que a palavra “demanda” as-
no escritório eram de gramática básica
sume no texto.
20 e se destinavam principalmente a se-
a) busca b) necessidade c) exigência
cretárias. De uns tempos para cá, eles
d) pedido e) disputa
passaram a atender primordialmente
gente de nível superior. Em geral, os
professores que atuam em firmas são Ver comentário
25 acadêmicos que fazem esse tipo de tra- No contexto, a palavra "demanda" equivale a:
balho esporadicamente para ganhar um • necessidade que um profissional tem de saber
dinheiro extra. “É fascinante, porque comunicar-se com clareza nas empresas em que
deixamos de viver a teoria para enfren- trabalha;
português/redação 3

• exigência de que o profissional saiba escrever alternativa A


corretamente e com clareza;
• busca por cursos que forneçam subsídios para Em "obra grandiosa" e "grandiosa obra" não há
os profissionais preencherem os quesitos mencio- alteração de classe gramatical, já que o termo
nados. "grandiosa", mesmo deslocado, é adjetivo.

Questão 26
Questão 28
O adjetivo “principal” (linha 13) permite in-
ferir que a clareza é apenas um elemento Há algum tempo, apareceu na imprensa a
dentro de um conjunto de dificuldades, tal- notícia de uma controvérsia sobre a Lei de
vez o mais significativo. Semelhante inferên- Aposentadoria, envolvendo duas teses que
cia pode ser realizada pelos advérbios: podem ser expressas nas sentenças abaixo:
a) avidamente, principalmente, primordial- I. Poderão aposentar-se os trabalhadores com
mente. 65 anos e 30 anos de contribuição para o
b) sobretudo, avidamente, principalmente. INSS.
c) avidamente, antigamente, principalmente. II. Poderão aposentar-se os trabalhadores
d) sobretudo, principalmente, primordialmen- com 65 anos ou 30 anos de contribuição para
te.
o INSS.
e) principalmente, primordialmente, espora-
dicamente. Aponte a alternativa que apresenta a inter-
pretação que NÃO pode ser feita a partir des-
alternativa D sas sentenças:
a) de acordo com (I), para aposentar-se, uma
A partir dos significados de sobretudo (especial-
pessoa deve ter simultaneamente, pelo me-
mente, mormente), de primordial (que é importan-
nos, 65 anos de idade e, pelo menos, 30 anos
te ou mais importante) e de principal (de maior
importância), verifica-se a formação dos advér- de contribuição para o INSS.
bios primordialmente e principalmente pela ane- b) de acordo com (II), para aposentar-se, uma
xação do sufixo "mente". pessoa deve ter simultaneamente, pelo me-
nos, 65 anos de idade e, pelo menos, 30 anos
de contribuição para o INSS.
Questão 27 c) de acordo com (II), uma pessoa que tenha
65 anos de idade e 5 anos de contribuição
Durante a Copa do Mundo deste ano, foi vei- para o INSS poderá se aposentar.
culada, em programa esportivo de uma emis- d) de acordo com (II), para aposentar-se, bas-
sora de TV, a notícia de que um apostador in- ta que uma pessoa tenha 65 anos de idade,
glês acertou o resultado de uma partida, por- pelo menos.
que seguiu os prognósticos de seu burro de
e) de acordo com (II), para aposentar-se, bas-
estimação. Um dos comentaristas fez, então,
ta que uma pessoa tenha contribuído para o
a seguinte observação: “Já vi muito comenta-
rista burro, mas burro comentarista é a pri- INSS por, pelo menos, 30 anos.
meira vez.” Percebe-se que a classe gramati-
cal das palavras se altera em função da or- alternativa B
dem que elas assumem na expressão. Assina-
le a alternativa em que isso NÃO ocorre: O texto II deixa claro que as duas condições para
a) obra grandiosa a aposentadoria dos trabalhadores não necessi-
b) jovem estudante tam ser combinadas, ou seja, basta a ocorrência
c) brasileiro trabalhador de uma delas (ter 65 anos de idade ou 30 anos
d) velho chinês de contribuição) para que o benefício seja conce-
e) fanático religioso dido.
português/redação 4

As questões de 29 a 31 referem-se ao alternativa E


poema “Canção”, de Cecília Meireles.
I. Há uma sinestesia, pois associa-se o tato
Canção (mãos molhadas) à visão (azul das ondas).
II. Ocorre metonímia no processo de substituição
Pus o meu sonho num navio
da coisa (água) pela cor (azul).
e o navio em cima do mar; III. A aliteração fica caracterizada na repetição do
– depois, abri o mar com as mãos fonema v (vento vem vindo), sugerindo o som do
para o meu sonho naufragar vento.
Minhas mãos ainda estão molhadas IV. A autora atribui à noite uma dimensão huma-
na, fazendo-a sentir frio, como uma pessoa.
do azul das ondas entreabertas
V. O polissíndeto aparece na repetição da conjun-
e a cor que escorre dos meus dedos
ção e.
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
Questão 30
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio... Pode-se apontar como tema do poema
a) a transitoriedade das coisas.
Chorarei quanto for preciso, b) a renúncia.
para fazer com que o mar cresça, c) a desilusão.
e o meu navio chegue ao fundo d) a fugacidade do tempo.
e o meu sonho desapareça. e) a dúvida existencial.
Depois, tudo estará perfeito; alternativa B
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras O eu-poemático é responsável pelo naufrágio do
seu próprio sonho ("... abri o mar com as mãos /
e as minhas duas mãos quebradas
para o meu sonho naufragar"), renunciando a ele
("e o meu sonho desapareça"). Sem o sonho, o
"eu" chega à perfeição, que seria um estado de
Questão 29 quietude, paz, ausência de sofrimento ("... tudo es-
tará perfeito; / ... meus olhos secos..."). Portanto,
Neste poema, há algumas figuras de lingua- infere-se que o sonho, de alguma forma, provoca a
gem. Abaixo, você tem, de um lado, os versos dor e, para evitá-la, é preciso abrir mão dele.
e, do outro, o nome de uma dessas figuras.
Observe:
I. “Minhas mãos ainda estão Questão 31
molhadas / do azul das on-
das entreabertas” ............. sinestesia Cecília Meireles, poeta da segunda fase do
II. “e a cor que escorre dos Modernismo Brasileiro, faz parte da chama-
meus dedos” ...................... metonímia da “Poesia de 30”. Sobre esta autora e seu
III. “o vento vem vindo de lon- estilo, é CORRETO afirmar que ela
ge” ..................................... aliteração a) seguiu rigidamente o Modernismo Brasi-
IV. “a noite se curva de frio”... personificação leiro, produzindo uma poesia de consciência
V. “e o meu navio chegue ao histórica.
fundo / e o meu sonho de- b) não seguiu rigidamente o Modernismo
sapareça” .......................... polissíndeto Brasileiro, produzindo uma obra de traços
Considerando-se a relação verso/figura de lin- parnasianos.
guagem, pode-se afirmar que c) seguiu rigidamente o Modernismo Brasilei-
a) apenas I, II e III estão corretas. ro, produzindo uma poesia panfletária e mu-
b) apenas I, III e IV estão corretas. sical.
c) apenas II está incorreta. d) não seguiu rigidamente nenhuma corrente
d) apenas I, IV e V estão corretas. do Modernismo Brasileiro, produzindo uma
e) todas estão corretas. poesia lírica, mística e musical.
português/redação 5

e) não seguiu rigidamente nenhuma corrente vérbio quanto conjunção (= ora) e que o termo "in-
do Modernismo Brasileiro, produzindo uma temporalidade foi utilizado impropriamente.
poesia histórica, engajada e musical. e) Não há lógica nessa afirmação.

alternativa D Questão 33
Cecília Meireles recorre a versos extremamente
melódicos para dar vazão a seu veio lírico: ex- Com relação ao texto abaixo:
pressão do fugaz, do espiritual, do místico e do Primeira mulher: Trabalhar o tempo inteiro
metafísico.
e tomar conta da casa está me levando à
loucura! Depois do trabalho, cheguei em
Questão 32 casa e lavei a roupa e a louça. Amanhã te-
nho de lavar o chão da cozinha e as janelas
da frente.
Quanto ao tempo verbal, é CORRETO afir-
Segunda mulher: Então? E teu marido?
mar que, no texto a seguir,
Primeira mulher: Ah! Isso eu não faço de
João e Maria maneira alguma! Ele pode muito bem se la-
Agora eu era herói var sozinho!
(ILARI, Rodolfo. Introdução à Semântica.
E o meu cavalo só falava inglês
São Paulo: Contexto, 2001)
A noiva do cawboy
Era você além das outras três podemos afirmar que, do ponto de vista das
Eu enfrentava os batalhões funções gramaticais, a piada fundamenta-se
Os alemães e os seus canhões num mal-entendido, nascido do fato de
Guardava o meu bodoque a) a primeira mulher ter usado o pronome
Ensaiava o rock “isso” para retomar um predicado que ficou
Para as matinês (...) implícito na fala da segunda mulher.
(CHICO BUARQUE DE HOLANDA) b) a segunda mulher não ter enunciado uma
frase completa com a pergunta “E teu marido?”
a) a relação cronológica, no primeiro verso, c) a primeira mulher ter usado, na sua justi-
entre o momento da fala e “ser herói” é de an- ficativa para a recusa, o verbo “poder”, indi-
terioridade. cando que o marido tinha condições de se la-
b) o pretérito imperfeito indica um processo var sozinho.
concluído num período definido no passado. d) a primeira mulher ter atribuído a “teu ma-
c) o pretérito imperfeito é usado para instau- rido” o papel de alvo e não de agente.
rar um mundo imaginário, próprio do univer- e) a primeira mulher confundir as funções
so infantil. sintáticas pertinentes, evidenciadas na fala
d) o conflito entre a marca do presente – no da segunda mulher.
advérbio “agora” – e a do passado – nos ver-
bos – leva à intemporalidade. alternativa D
e) o pretérito imperfeito é usado para expri- A graça da piada surge da má interpretação que a
mir cortesia. primeira mulher faz da pergunta incompleta da
segunda: "E teu marido?", isto é, ela toma-o como
ver comentário alvo da ação de lavar.
a) A alternativa não deixa clara a referência do
que é anterior.
b) O pretérito imperfeito indica uma ação passada
Questão 34
não concluída.
c) A generalização do enunciado incorre em dois Para uma pessoa mais exigente no que se re-
problemas: não é essa a marca do imperfeito e o fere à redação, especificamente a constru-
imaginário infantil pode ser ativado com a utiliza- ções em que está em jogo a omissão do sujei-
ção de qualquer tempo (e modo) verbal. to, só seria aceitável a alternativa
d) A utilização concomitante do imperfeito "era" e
a) As mulheres devem evitar o uso de produtos
do "agora" causa estranheza, mas permite o trân-
sito (in)temporal do poeta pelos vários momentos de higiene feminina perfumados, pois podem
lançados nos versos subseqüentes. No entanto, causar irritações (...) (Infecção urinária. In A
deve-se levar em conta que o agora tanto é ad- Cidade. Lorena, março/2002, ano IV, n. 42)
português/redação 6

b) É recomendável também não usar roupas E quem há de negar que esta lhe é superior?
justas, pois assim permite uma boa ventila- E deixa os portugais morrerem à míngua
ção (...), o que reduz as chances de infecção. “Minha pátria é minha língua”
(Infecção urinária. In A Cidade. Lorena, mar- Fala, Mangueira!
ço/2002, ano IV, n. 42) Flor do Lácio, Sambódromo
c) Alguns medicamentos devem ser ingeridos Lusamérica, latim em pó.
ao levantar-se (manhã), e outros antes de O que quer
dormir (noite), aproveitando assim seu efeito O que pode
quando ele é mais necessário. (Boletim infor- Esta língua?
mativo sobre o uso de medicamentos, produ- (...)
zido por M & R Comunicações)
d) Já a rouquidão persistente é sinal de abu-
so excessivo da voz, o que pode levar à forma-
ção de nódulos (calos) ou pólipos, e merecem Questão 35
atenção especial. (Rouquidão: o que é e como
ela afeta sua saúde vocal. Panfleto de divul- A idéia central é que
gação do curso de Fonoaudiologia. Lorena, a) a língua portuguesa está repleta de dificul-
abril de 2001) dades, principalmente prosódias e paródias,
e) As seqüelas [causadas pelo herpes] variam para os falantes brasileiros.
de paciente para paciente e podem ou não ser b) autores de língua portuguesa, como Fer-
permanentes. (Folha Equilíbrio. Folha de S. nando Pessoa, Guimarães Rosa e Camões,
Paulo, 27/06/2002, p. 3) têm estilos diferentes.
c) a pátria dos falantes é a língua, superando
alternativa E
as fronteiras geopolíticas.
Segundo o enunciado, um leitor exigente levanta- d) na língua portuguesa, é fundamental a as-
ria os seguintes problemas na omissão do sujeito: sociação de palavras para criar efeitos sono-
a) A forma verbal "podem" remete a "as mulheres" ros.
ou "produtos", causando imprecisão de sentido.
b) A forma verbal "permite" refere-se à recomen- e) a escola de samba Mangueira é uma legíti-
dação ou "roupas justas", gerando ambigüidade. ma representante dos falantes da língua por-
c) As formas verbais "levantar-se" e "dormir" tuguesa.
apontam tanto para "medicamentos" como para a
pessoa que toma o medicamento. alternativa C
d) A forma verbal "merecem" pode associar-se
tanto a "nódulos (calos) ou pólipos" quanto a "rou- Para Caetano, a língua propicia aos indivíduos a
quidão". formação de uma comunidade que ultrapassa as
fronteiras geopolíticas.
As questões 35 e 36 referem-se ao texto
“Língua”, de Caetano Veloso, exposto
abaixo. Questão 36
Gosto de sentir a minha língua roçar
A língua de Luís de Camões Caetano Veloso, em determinado ponto do
Gosto de ser e de estar texto, refere-se à Língua Portuguesa de
E quero me dedicar modo geral, sem considerar as peculiarida-
A criar confusões de prosódia des relativas ao uso do idioma no Brasil e
E uma profusão de paródias em Portugal. Para fazer tal referência, utili-
Que encurtem dores za-se da seguinte expressão:
E furtem cores como camaleões a) Língua de Luís de Camões.
Gosto do Pessoa na pessoa b) Lusamérica.
Da rosa no Rosa c) Minha língua.
E sei que a poesia está para a prosa d) Flor do Lácio.
Assim como o amor está para a amizade e) Latim em pó.
português/redação 7

alternativa B a) Penso, logo existo. / Penso, logo desisto.


Caetano emprega o termo "Lusamérica", formado b) Quem vê cara não vê coração. / Quem vê
criativamente a partir do adjetivo "luso" (referente a cara não vê Aids.
Portugal) e do topônimo "América", por associação c) Nunca deixe para amanhã o que pode fazer
com o equivalente espanhol "hispano-américa", hoje. / Nunca deixe para amanhã o que pode
com a intenção evidente de dissociar a língua por- fazer depois de amanhã.
tuguesa de seu aspecto geográfico – o que já ha- d) Em terra de cego, quem tem um olho é rei. /
via sido resumido na citação do verso de Pessoa: Em terra de cego, quem tem um olho não
"Minha pátria é minha língua".
abre cinema.
e) Antes só do que mal acompanhado. / Antes
Questão 37 mal acompanhado do que só.

alternativa E
A expressão “Flor do Lácio” também faz parte
de um famoso poema da Literatura Brasilei- "Paródia" é uma imitação jocosa, crítica, maliciosa
ra, intitulado “Língua Portuguesa”, produzi- ou engraçada de um texto ou, no caso, de provér-
do na segunda metade do século XIX. bios. Assim não se cria nenhum dos efeitos
citados em "(estar) só é melhor do que (estar) mal
Assinale a alternativa que apresenta caracte-
acompanhado" e sim de alteração de sentido:
rísticas pertencentes ao estilo da época em "(estar) mal acompanhado é melhor do que (es-
que foi produzido esse poema. tar) só".
a) Subjetivismo, culto da forma, arte pela
arte. As questões 39 e 40 referem-se às propa-
b) Culto da forma, misticismo, retorno aos gandas abaixo.
motivos clássicos. I. Aproveite o Dia Mundial da Aids e faça
c) Arte pela arte, culto da forma, retorno aos
um cheque ao portador. Bradesco, Ag. 093-0,
motivos clássicos.
C/C 076095-1. (Agência Norton)
d) Culto da forma, subjetivismo, misticismo.
II. Bi Bi – General Motors: duas vezes bicam-
e) Subjetivismo, misticismo, arte pela arte.
peã do carro do ano. (Agência Colucci e Asso-
alternativa C ciados)

Na segunda metade do século XIX ocorrem, pela


ordem: a continuidade da poesia romântica (cujo
início se dá na década de 1830), o Parnasianismo
Questão 39
e, no final do século, o Simbolismo. Desses três
movimentos, o que mais se caracterizou pela de- Os anúncios apresentam semelhanças porque
fesa da língua – vista, muitas vezes, como um
seus criadores
templo que deve ser preservado da ação dos
"bárbaros" – foi o Parnasianismo. Além dessa ca- a) exploram, na construção do texto, o poten-
racterística, o movimento apresentou várias ou- cial de significação das palavras, com criati-
tras, como a defesa da arte como um fim em si vidade.
mesmo (arte pela arte); a exigência de cuidados
excepcionais na construção do texto, como voca- b) exploram expressões consagradas, negan-
bulário invulgar, frases com sintaxe elaborada, ri- do, no entanto, o sentido popular de cada
mas ricas e raras, métrica perfeita (culto da for- uma delas.
ma); e revalorização de temas ligados à antigui- c) utilizam processos de abreviação vocabu-
dade greco-romana, como episódios históricos ou
mitológicos. lar, representados, respectivamente, por uma
sigla e uma onomatopéia.
d) apostam nas sugestões sonoras produzidas
Questão 38 pelos textos e no conhecimento vocabular dos
leitores.
No texto, Caetano Veloso fala de “paródias”. e) elaboram textos que, apesar de criativos,
Em qual das alternativas abaixo o segundo apresentam a redundância como um proble-
texto NÃO parodia o primeiro? ma de redação.
português/redação 8

alternativa A da graúna, e mais longos que seu talhe de


Nos dois anúncios, há a exploração, com criativi- palmeira.
dade, dos significados das palavras: no primeiro, O favo da jati não era doce como o seu
o termo "portador" pode ser interpretado como sorriso; nem a baunilha recendia no bosque
"aquele que porta, possui o cheque" e como
"aquele que porta, carrega o vírus da AIDS"; no como o seu hálito perfumado.
segundo, a construção "Bi Bi" faz alusão à buzina Mais rápida que a ema selvagem, a mo-
do carro e ao título de "duas vezes bicampeã" que rena virgem corria o sertão e as matas do
a General Motors conquistou. Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da
grande nação tabajara. O pé grácil e nu,
mal roçando, alisava apenas a verde pelú-
Questão 40 cia que vestia a terra com as primeiras
águas.
Nos anúncios, os publicitários utilizaram re- (JOSÉ DE ALENCAR)
cursos gramaticais diferentes para possibili-
tar, ao menos, duas leituras. Aponte o tipo de
recurso utilizado em cada um desses anún- MACUNAÍMA – CAPÍTULO I
cios, respectivamente, No fundo do mato-virgem nasceu Ma-
a) sintático, pela função de adjunto adnomi- cunaíma, herói de nossa gente. Era preto e
nal de “ao portador”, e fonético, pela explora- retinto e filho do medo da noite. Houve mo-
ção da repetição de som. mento em que o silêncio foi tão grande es-
b) semântico, pela polissemia do termo “che-
cutando o murmurejo do Uiracoera, que a
que”, e sintático, pela elipse do verbo de liga-
índia tapanhumas pariu uma criança feia.
ção “ser”.
Essa criança é que chamaram de Macunaí-
c) morfológico, pela utilização de sigla, e foné-
tico, pela exploração da repetição de som. ma.
d) semântico, pela polissemia de “portador’’, e Já na meninice fez coisas de sarapan-
morfológico, pela formação de palavra por tar. De primeiro passou mais de seis anos
prefixação. não falando. Se o incitavam a falar excla-
e) sintático, pela elipse de um termo, e morfo- mava:
lógico, pela exploração de um prefixo latino. – Ai! Que preguiça...
(MÁRIO DE ANDRADE)
alternativa E
a) Romantismo e Modernismo são dois movi-
A elipse de um termo que esclareça a palavra mentos literários de fundo nacionalista. Com
"portador" possibilita a polissemia dessa pala- base nessa afirmação, indique pontos de con-
vra: Portador do cheque ou portador do vírus da
AIDS. tato entre as obras “Iracema” e “Macunaíma”
Em bi bi, há a recursividade do prefixo latino "bi" que podem ser comprovados pelos excertos
para reforçar a idéia de repetição, remetendo à acima.
onomatopéia bibi que imita o som da buzina de b) Encontre nos textos, ao menos, uma dife-
um automóvel. rença entre o estilo de Mário de Andrade e o
As questões de número 41 a 45 devem de José de Alencar.
ser respondidas no caderno de soluções.
Resposta
Questão 41 a) Tanto Iracema quanto Macunaíma são perso-
nagens indígenas, protagonistas das respectivas
Leia com atenção os textos a seguir. obras e apresentados de forma descritiva.
b) José de Alencar sobredoura sua heroína enal-
IRACEMA – CAPÍTULO II tecendo-lhe as características de forma idealiza-
dora, com adjetivação abundante e excessos de
Além, muito além daquela serra, que comparações. Já Mário de Andrade é mais direto,
ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. utiliza linguagem mais coloquial e adjetivos que
Iracema, a virgem dos lábios de mel, apresentam a personagem de forma mais realis-
que tinha os cabelos mais negros que a asa ta.
português/redação 9

A ciência vive atrás de truques para dar


Questão 42 uma rasteira genética no câncer, mas desta
vez parece que pesquisadores americanos
Leia o texto seguinte. deram de cara com um ovo de Colombo.
Desligando um só gene, eles pararam o cres-
Graciliano Ramos: cimento do tumor. Melhor ainda: quando a
Falo somente com o que falo: substância que suprimia o gene parava de
Com as mesmas vinte palavras agir, ele se ativava, outra vez – mas a favor
girando ao redor do sol do organismo, ordenando a morte do câncer.
que as limpa do que não é faca: (JOSÉ REINALDO LOPES. Gene “vira-casaca”
derruba tumor. Folha de S. Paulo, 5/07/2002, A-16)
de toda uma crosta viscosa,
resto de janta abaianada, Resposta
que fica na lâmina e cega
Existem várias possibilidades de redação, bastan-
seu gosto da cicatriz clara.
do substituir expressões coloquiais como "vive
(...) atrás de truques", "dar uma rasteira", "deram de
(JOÃO CABRAL DE MELO cara" e "ovo de Colombo" por outras mais formais.
NETO)
Uma redação possível: A ciência tem procurado
a) No poema, João Cabral faz referência ao mecanismos genéticos para combater e vencer o
câncer, e, recentemente, pesquisadores america-
estilo de Graciliano Ramos. Destaque um tre-
nos chegaram a uma grande descoberta.
cho do excerto acima e comente a caracteriza-
ção feita pelo autor do poema.
b) Justifique a colocação dos dois pontos
Questão 44
após o nome Graciliano Ramos no título do
poema.
Leia o texto abaixo.
Resposta
Boleiros sob medida
a) O estilo de Graciliano Ramos – conciso, muitas
Ciência e futebol é uma tabelinha rara-
vezes reduzido ao essencial e, por isso mesmo,
muito eficaz – está metaforizado na faca limpa
mente esboçada no Brasil. A academia não
que não perde o corte: "...limpa (...)/de toda uma costuma eleger os gramados como objeto de
crosta viscosa/(...) que fica na lâmina e cega". estudo e o mundo dos boleiros tampouco
Com isso, João Cabral quer dizer que a lingua- tem o hábito de, digamos, dar bola para o
gem de Graciliano Ramos não apresenta elemen- que os pesquisadores dizem sobre o esporte
tos desnecessários ("crosta viscosa", "resto de mais popular do planeta. Numa situação
janta") que prejudicariam sua eficiência. privilegiada nos dois campos, tanto na ciên-
b) Os dois-pontos sugerem que o que vem a se- cia quanto no futebol, Turíbio Leite de Bar-
guir é uma explicação ou definição de Graciliano ros, diretor do centro de Medicina da Ativi-
Ramos (ou de seu estilo). Outra leitura possível é dade Física e do Esporte da Universidade
entender que João Cabral usa o recurso teatral Federal de São Paulo (Cemafe/Unifesp) e fi-
de indicar a fala de um personagem, no caso,
siologista da equipe do São Paulo Futebol
Graciliano Ramos falando de si mesmo.
Clube há 15 anos, produziu um estudo que
traça o perfil do futebol praticado hoje no
Questão 43 Brasil do ponto de vista das exigências físi-
cas a que os jogadores de cada posição do
time são submetidos numa partida.
O texto abaixo, de divulgação científica, apre- (MARCOS PIVETTA. Pesquisa. FAPESP,
senta termos coloquiais que, apesar de muito maio de 2002, p. 42)
expressivos, não são comuns em textos cientí-
ficos. Reescreva o primeiro período, utilizan- a) O texto contém termos do universo do fute-
do a linguagem no nível formal. bol, como, por exemplo, “tabelinha”, uma jo-
português/redação 10

gada rápida e entrosada normalmente entre


estilo... O cientista não deve falar. É o obje-
dois jogadores. Retire do texto outras duas
to que deve falar por meio dele. Daí o estilo
expressões que, embora caracterizem esse
impessoal, vazio de emoções e valores:
universo, também assumem outro sentido.
Explique esse sentido. Observa-se
b) O título pode ser considerado ambíguo de- Constata-se
vido à expressão “sob medida”. Aponte dois Obtém-se
sentidos possíveis para a expressão, relacio- Conclui-se.
nando-os ao conteúdo do texto. Quem? Não faz diferença...
(RUBEM ALVES. Filosofia da ciência. São Pau-
Resposta lo: Brasiliense, 1991, p. 149)
a) • academia: grupo de intelectuais ou equipe de
futebol muito talentosa; a) Do primeiro parágrafo, que simula um ar-
• dar bola: dar atenção e passar a bola para um tigo científico, extraia os aspectos da forma e
companheiro; do conteúdo que vão contra a idéia de que “o
• nos dois campos: no âmbito da ciência e no gra- cientista não deve falar”.
mado (do jogo).
b) • na medida certa: os jogadores são prepara- b) O autor exemplifica com uma seqüência de
dos adequadamente de acordo com os preceitos verbos a idéia de que o estilo deve ser impes-
estabelecidos pelos fisiologistas; soal. Que estratégia de construção é usada
• subordinados às medidas estabelecidas: estas para transmitir o ideal de impessoalização?
estabelecem se o jogador é ou não apto para
uma certa função.
Resposta
Questão 45 a) Quanto à forma, vão contra o padrão do texto
científico o predomínio de verbos conjugados na
Leia o texto seguinte. 1ª pessoa do singular ("fui", "pendurei") e o uso
abusivo de apostos ("dia cinzento e triste") que
“No dia 13 de agosto de 1979, dia cinzento tornam o texto menos claro e mais pessoal.
e triste, que me causou arrepios, fui para o Quanto ao conteúdo, seriam impensáveis num
texto puramente acadêmico a referência a aspec-
meu laboratório, onde, por sinal, pendurei
tos pessoais ("uma terrível dor de dentes") ou a
uma tela de Bruegel, um dos meus favori- citação de assuntos não-pertinentes ao estudo
tos. Lá, trabalhando com tripanossomas, e científico ("pendurei uma tela de Bruegel, um dos
vencendo uma terrível dor de dentes...” meus favoritos...").
Não. De saída tal artigo seria rejeitado, b) A construção utilizando a voz passiva sintética
ainda que os resultados fossem soberbos. O "observa-se, constata-se", etc.
português/redação 11

REDAÇÃO

Leia os seguintes textos e, com base no que abordam, escreva uma dissertação em prosa, de
aproximadamente 25 (vinte e cinco) linhas, sobre

A importância da ética nas atividades e relações humanas.

1. “O que se deve fazer quando um concorrente está se afogando? Pegar uma mangueira e
jogar água em sua boca”. (Ray Kroc, fundador do McDonald’s, em Tudo, n. 11,
15/04/2001, p. 23)
2. “Temos de dar os parabéns ao Rivaldo. A jogada dele foi a mais inteligente da partida
contra os turcos. São lances como esses que te colocam na Copa do Mundo. Tem de ser
malandro. Só quem joga futebol sabe disso.” (Roberto Carlos, jogador da seleção brasi-
leira de futebol, comentando a atitude de Rivaldo, que fingiu ter sido atingido no rosto
pela bola chutada por um adversário. Folha de S. Paulo, 06/06/2002)
3. Ética. s.f. Estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível
de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada so-
ciedade, seja de modo absoluto. (Dicionário Aurélio Eletrônico. Versão 2.0 [199_] Rio de
Janeiro: Lexikon Informática, Nova Fronteira, CD-ROM)
4. Como toda descoberta científica exige que o pesquisador suspenda seus preconceitos,
ela comporta riscos éticos. Mas a ciência não produz automaticamente efeitos nocivos
no plano ético. A aplicação da ciência ao mundo prático nunca é mecânica ou automáti-
ca. Ela depende das escolhas humanas. (Renato Janine Ribeiro. In Pesquisa: clonagem.
FAPESP, n. 73, março 2002. Suplemento Especial)

Comentário
O candidato é convidado a fazer uma reflexão sobre ética, enfocando-a nas relações e atividades hu-
manas. A partir da definição dicionarizada, fazem-se citações que revelam posturas antiéticas e aéti-
cas. Para redigir a dissertação, o vestibulando deve ponderar os prós e contras de atitudes como a de
Rivaldo, das falas como as de Roberto Carlos e de Ray Kroc e das posições de pesquisadores que,
pela ciência, admitem "riscos éticos", mas defendem-na como independente e acima da prática. O
tema é recorrente, mas é sempre válido meditar sobre assuntos de tal importância.
As questões de 1 a 4 referem-se às tiras O malvado diretor de Recursos Humanos Catbert
abaixo: "Wally, nossos auditores encontraram 40 gigabits
de fotos de mulheres de biquíni no seu PC."
CATBERT EVIL H. R. DIRECTOR THAT IS GROUNDS "Isso é motivo para demissão. Como você se de-
WALLY, OUR AUDITORS FOR DISMISSAL. clara?"
FOUND 40 GIGABITS HOW DO YOU "Inocente. Tecnicamente eles não encontraram
OF BIKINI PICTURES PLEAD? nenhuma foto."
ON YOUR PC. "O que eles encontraram foram zeros e uns re-
pousando inofensivamente em mídia magnética."
"Foram os próprios auditores que ativaram aque-
les bits inofensivos para formarem fotos na tela!"
"Exijo que esses auditores ateus sejam demitidos!"
INNOCENT. WHAT THEY FOUND "E se não for trabalho demais, gostaria dos meus
WERE ZEROES AND zeros e uns de volta."
TECHNICALLY, THEY
ONES RESTING "A justiça foi feita?"
DIDN’T FIND ANY
HARMLESSLY ON "É uma questão indefinida!"
PICTURES.
MAGNETIC MEDIA.

Questão 2

IT WAS THE AUDITORS


A palavra fired, (6º quadrinho) no contexto
I DEMAND THAT
THEMSELVES WHO THOSE GODLESS em questão:
ACTIVATED THOSE AUDITORS BE a) significa "alvejado" (por arma de fogo).
HARMLESS BITS TO FIRED!
FORM PICTURES ON
b) tem o significado de "interrogados".
THE SCREEN! c) pode ser traduzida pelo particípio "presos".
d ) é sinônimo de "dismissed".
e) é particípio passado do verbo queimar.

WAS
AND IF IT’S NOT
JUSTICE
IT’S A alternativa D
TOO MUCH TROUBLE. GRAY
I’D LIKE MY ZEROES SERVED?
AREA. to fire (US) = to sack (GB) = to dismiss (demitir).
AND ONES BACK.

Questão 3

Das considerações abaixo:


Star Tribune – Comics – SCOTT ADAMS
I. Wally fazia uso indevido do computador.
Sunday, June 4, 2000
II. Wally era inocente da acusação dos audi-
tores.
Questão 1 III. Os argumentos de defesa de Wally foram,
provavelmente, acatados pela justiça.
A palavra grounds (2º quadrinho) quer di- IV. A atitude de Wally pode ser expressa pelo
zer: provérbio “a justiça tarda mas não falha”.
a) chão. b) possibilidade. estão corretas:
c) motivo. d) terra.
e) necessidade. a) apenas as I e II.
b) apenas as I, III e IV.
c) apenas as I e III.
alternativa C d) apenas as II, III e IV.
Tradução completa do cartum: e) todas.
inglês 2

alternativa C percent. I am titillated with each newer,


lower number, as if it were an inverse
Veja tradução do texto.
indication of my self-worth.
(...)
Questão 4 At some point, in passing from computer to
computer, my name even got smudged, so now
many of the offers are coming not to Erik A.
Assinale a opção cujo adjetivo melhor descre-
Lundegaard but to Erik A. Lundefreen. He
ve a atitude de Wally no referido contexto:
may not exist, but he has already been
a) intempestiva. b) dissimulada.
preapproved for a $4,200 credit line on one of
c) corajosa. d) recatada.
America’s best credit card values. After
e) precipitada.
several of these letters, I began to wonder:
What if Erik A. Lundefreen did sign up for
alternativa B their cards? What if he went on a major
Veja tradução do texto. spending spree, maxing them out and never
paying them off? What would happen when
the authorities finally arrived at his door?
As questões de 5 a 13 referem-se ao texto (...)
abaixo: In the old days, it was necessary to hide
About Men behind trees or inside farmhouses to outwit
Card Sharks the authorities. Now it seems there’s no better
By Erick Lundegaard
hiding place than an improperly spelled,
computer-generated name. It is the ultimate
If all my relatives suddenly died and all camouflage for our bureaucratic age.
my friendships dried up and all of my Meanwhile, the offers keep coming. A
subscriptions were cancelled and all of my $2,000 credit line, a $3,000 credit line, a
bills were paid, I I guaranteed mail – two $5,000 credit line. If a paltry income can’t
pieces a week, by my estimation – for the keep them away, what will? Death? Probably
credit card companies II me. They are the not even death. I’ll be six feet under and still
one constant in my ever-changing life. They receiving mail. “Dear Mr. Lundefreen.
are hot for what they think lies in my wallet. Membership criteria are becoming
They are not just hot for me, either. I realize increasingly stringent. You, however, have
this. They want everyone, send mail to demonstrated exceptional financial
everyone. Everyone, that is, except those who responsibility. Sign up now for this once in a
need them most. lifetime offer.”
The absurdity in my case is the puny sum A.P.R. = Annual Percentage Rate
being sought. I work in a bookstore
warehouse, lugging boxes and books around,
at $8 per hour for 25 hours per week. That’s
Questão 5
roughly $10,000 per year. One would think
that such a number could not possibly Assinale a opção que poderia preencher res-
interest massive, internetted corporations pectiva e corretamente as lacunas I e II nas
and conglomerations. Yet they all vie for my linhas 4 e 6 do texto:
attention. Visa, Mastercard, Discover Card – a) would still be / would still want
it doesn’t matter – American Express, b) will still be / will still want
People’s Bank, Citibank, Household Bank c) would still have been / would still have
F.S.B., Choice, the GM Card, Norwest, Chevy wanted
Chase F.S.B. Not only am I preapproved, d) still am / still want
they tell me I’ll have no annual fee. Their e) may still be / may still want
A.P.R. keeps dipping, like an auction in
alternativa A
reverse, as each strives to undercut the
other: from 14.98 to 9.98 to, now, 6.98 Tradução completa do texto:
inglês 3

Sobre os Homens Estarei sete palmos embaixo da terra e ainda rece-


Os Tubarões dos Cartões bendo correspondência. "Caro Sr. Lundefreen. Os
critérios de adesão estão se tornando cada vez mais
Se meus parentes morressem todos de repen- rigorosos. Você, entretanto, tem demonstrado uma
te, meus amigos sumissem, todas as minhas assi- excepcional responsabilidade financeira. Filie-se ago-
naturas fossem canceladas e todas as minhas ra para a melhor oferta da sua vida."
contas, pagas, eu ainda receberia correspondên-
cia fielmente (duas vezes por semana, pelas mi- Lembre-se das if clauses
nhas contas), pois as administradoras de cartões Oração Condicional Oração Principal
de crédito ainda iriam me querer. Elas são a Simple Past Simple Conditional
constante por excelência na minha vida cheia de (died) (would still be)
variáveis. São loucas pelo que acham que tem na
minha carteira. E elas não estão atrás só de mim,
agora eu vejo. Querem todos, mandam corres- Questão 6
pondência para todos, menos, é claro, para os
que mais precisam delas.
O absurdo de meu caso é o valor insignificante
O significado da palavra hot, nas linhas 8 e
que buscam. Trabalho num armazém de livros, le- 9, é semelhante, em português, a:
vando caixas e livros de lá para cá, ganhando oito a) insistentes. b) quentes.
dólares a hora, 25 horas por semana. O que dá c) ávidos. d) ousados.
uns 10 mil dólares por ano. Em princípio, essa e) competitivos.
quantia não interessaria a corporações e conglo-
merados enormes e conectados à internet. No en-
tanto, competem por minha atenção. Visa, Mas- alternativa C
tercard, Discover Card – não importa – American
Veja tradução do texto.
Express, People’s Bank, Citibank, Household
Bank F.S.B., Choice, GM Card, Norwest, Chevy
Chase F.S.B. Dizem não só que meu nome já foi Questão 7
aprovado, mas que não terei de pagar nenhuma
anuidade. Os juros vão caindo, como num leilão ao
contrário, à medida que um tenta passar a perna no A palavra for, na linha 5, poderia ser
outro: de 14,98% para 9,98% e, agora, para 6,98%. substituída por:
Fico animado cada vez que o número cai, como se a) yet. b) why.
minha auto-estima crescesse na razão inversa. c) still. d) but.
(...)
A certo ponto, ao passar de computador para e) because.
computador, meu nome até ficou errado; então
agora muitas das ofertas não estão vindo para alternativa E
Erik A. Lundegaard, mas para Erik A. Lundefreen.
Ele talvez não exista, mas já foi pré-aprovado for = because = porque
para uma linha de crédito de U$ 4.200 em uma
das mais respeitadas empresas de cartões de
crédito dos EUA. Depois de várias dessas cartas Questão 8
comecei a pensar: e se Erik A. Lundefreen real-
mente aceitasse os cartões? E se ele começasse Cada uma das opções abaixo é iniciada com
a gastar freneticamente, usando-os no limite sem uma palavra extraída do texto, devendo ser
nunca pagá-los? O que aconteceria se as autori-
dades finalmente batessem à sua porta?
seguida de outras duas palavras que lhe
(...) sejam sinônimas. Assinale a opção em que
No passado, era necessário se esconder atrás isso não ocorre:
de árvores ou dentro de casas de fazenda para a) puny (linha 13) à small, limited.
enganar as autoridades. Agora parece que não b) spree (linha 43) à bank, institution.
há melhor esconderijo do que um nome grafa- c) outwit (linha 47) à trick, cheat.
do incorretamente e gerado por computador. É
o máximo em camuflagem para a nossa era d) paltry (linha 54) à insignificant,
burocrática. unimportant.
Enquanto isso, as ofertas continuam che- e) stringent (linha 59) à severe, restrictive.
gando. Uma linha de crédito de U$ 2.000, de
U$ 3.000, de U$ 5.000. Se uma renda irrisória
alternativa B
não consegue mantê-los afastados, quem os
fará? A morte? Provavelmente nem a morte. To go on a spree = sair gastando dinheiro.
inglês 4

III. O autor do texto é usuário contumaz de


Questão 9 cartão de crédito.
está(ão) correta(s):
O pronome it, na linha 50 do texto, refere-se a: a) apenas as I e II. b) apenas as II e III.
a) hiding place. c) apenas as I e III. d) nenhuma.
b) improperly spelled, computer-generated name. e) todas.
c) bureaucratic age.
d) ultimate camouflage. alternativa A
e) the authorities. Veja tradução do texto.

alternativa B
Questão 12
Veja tradução do texto.
De acordo com o texto:
Questão 10 I. Só a morte do destinatário pode interrom-
per o envio frenético de correspondência feito
Das afirmações abaixo: pelas administradoras de cartões de crédito.
I. The puny sum being sought, nas linhas II. A correspondência gerada pelas adminis-
13 e 14, equivale, na voz ativa, a "the puny tradoras de cartão de crédito atenua a sensa-
sum they seek". ção de abandono de um número considerável
II. Yet, na linha 20, tem função de conjunção. de pessoas.
III. Os comparativos newer e lower, nas li- III. Erick acredita que a avalanche de corres-
nhas 30 e 31, referem-se às administradoras pondência enviada pelas administradoras de
de cartão de crédito que entram no mercado a cartão de crédito tem o mérito de manter os
cada ano. usuários de seus serviços informados sobre as
IV. Em he has already been preapproved, taxas por elas praticadas.
nas linhas 37/38, o autor faz uso do Present está(ão) correta(s):
Perfect Tense porque se refere a uma ação que a) apenas as I e II. b) apenas as II e III.
começou no passado e continua no presente. c) apenas a III. d) nenhuma.
estão corretas: e) todas.
a) todas. b) apenas as I, II e IV.
c) apenas as II e III. d) apenas as III e IV. alternativa D
e) apenas as I e II. Veja tradução do texto.

alternativa E
Questão 13
I. Na voz ativa, o sujeito executa a ação (é o caso
de they em “the puny sum they seek”); na passi- Assinale, entre as considerações abaixo, a
va, sofre a ação (“the puny sum being sought”).
que não pode ser depreendida da leitura do
II. Yet, como conjunção, indica ressalva.
texto:
a) As administradoras de cartão de crédito
Questão 11 não se interessam por aqueles indivíduos que
mais necessitam delas.
Das afirmações abaixo: b) A vida de Lundegaard é marcada por cons-
I. Determinadas práticas das administrado- tantes mudanças.
ras de cartão de crédito mencionadas pelo au- c) O autor considera seu trabalho bastante
tor parecem fazê-lo sentir-se reduzido a uma interessante.
cifra. d) Operadoras de cartão de crédito oferecem
II. Erick Lundegaard vislumbrou a possibili- isenção de taxa a seus clientes.
dade de "calote" em administradoras de car- e) Inovações tecnológicas podem influir para
tão de crédito. a mudança de comportamentos criminosos.
inglês 5

alternativa C d) Não é aconselhável tentar repetir, na ida-


de adulta, o padrão de atividade física exerci-
Veja tradução do texto.
do na infância.
e) Os homens nunca entendem o que as mu-
As questões 14 e 15 referem-se ao texto lheres pretendem comunicar-lhes.
abaixo, extraído da internet:
alternativa E
I want to be six again Tradução completa do texto:

A man asked his wife what she’d like for her Quero ser pequena de novo
birthday. “I’d love to be six again,” she
Um homem perguntou à esposa o que ela gosta-
replied.
ria de ganhar de aniversário. “Adoraria voltar a
On the morning of her birthday, he got her ser pequena”, respondeu ela.
up bright and early and off they went to a Na manhã de seu aniversário, ele a despertou
local theme park. What a day! He put her on bem cedinho e dirigiram-se a um parque temático.
every ride in the park: the Death Slide, the Que dia! Ele fez que ela entrasse em todos os
Screaming Loop, the Wall of Fear – everything brinquedos do parque: o Escorregador da Morte,
there was! a Curva do Grito, a Parede do Medo – tudo o que
havia.
Wow! Five hours later she staggered out of
Uau! Cinco horas depois ela se arrastou para fora
the theme park, her head reeling and her do parque, zonza, com o estômago virado.
stomach upside down. Right to a Foram direto ao McDonald’s onde o marido pe-
McDonald’s they went, where her husband diu-lhe um Big Mac com uma porção maior de ba-
ordered a Big Mac for her along with extra tatas fritas e um revigorante milk shake de choco-
fries and a refreshing chocolate shake. late. Em seguida partiram para o cinema – a últi-
Then it was off to a movie – the latest Star ma epopéia de Guerra nas Estrelas, e cachor-
ros-quentes, pipoca, Pepsi Cola e M&Ms. Que
Wars epic, and hot dogs, popcorn, Pepsi aventura fabulosa!
Cola and M&Ms. What a fabulous Finalmente ela chegou em casa cambaleante
adventure! com o marido e desabou na cama.
Finally she wobbled home with her husband Ele se curvou em sua direção e perguntou cari-
and collapsed into bed. nhosamente, “Bem, querida, o que achou de ser
He leaned over and lovingly asked, “Well, pequena de novo?”
dear, what was it like being six again?” Com apenas um olho aberto. “Seu tonto, eu me
referia ao tamanho de minha roupa.”
One eye opened. “You idiot, I meant my dress O moral dessa estória é: se uma mulher fala e um
size.” homem ouve, ele vai entender tudo errado de
The moral of this story is: if a woman speaks qualquer forma.
and a man is there to hear her, he will get it
wrong anyway.

Questão 15
Questão 14 O texto revela uma mulher:
a) imatura.
Segundo o texto: b) jovial.
a) O marido em questão tem por costume pro- c) rancorosa.
porcionar à esposa experiências que a fazem d) “de mal com a vida”.
sentir jovem e feliz. e) preocupada com a forma física.
b) Voltar a ser criança era o desejo da referi-
da esposa no dia de seu aniversário.
alternativa E
c) A esposa em questão é do tipo de pessoa
que come compulsivamente. Veja tradução do texto.
inglês 6

nucleus, wherein is also contained the


Questão 16 genetic ‘code’, the chemical blue print that
20 enables the bacterium to replicate. The
A frase: "My father once told me that chemical structures that control and
there were two kinds of people: those direct all this activity may involve
who do the work and those who take the molecules with as many as a million
credit. He told me to try to be in the first atoms strung together in a complicated
group; there was much less competition 25 yet highly specific way. (...)
there" é atribuída a Indira Gandhi. A It is important to appreciate that a
intenção do pai de Indira, em relação à filha, biological organism is made from perfectly
era provavelmente ordinary atoms. (...) An atom of carbon,
hydrogen, oxygen, or phosphorus inside a
a) fazê-la saber da existência de conflitos em
30 living cell is no different from
ambiente de trabalho.
a similar atom outside, and there is a
b) transmitir-lhe valores relativos à atitude
steady stream of such atoms passing into
diante do trabalho.
and out of all biological organisms.
c) preveni-la contra a competição no mercado
Clearly, then, life cannot be reduced to a
de trabalho.
35 property of an organism’s constituent
d) apontar-lhe um caminho curto para a ob-
parts. Life is not a cumulative phenomenon
tenção do sucesso profissional.
like, for example, weight. For though we
e) prepará-la para a crescente competição no
may not doubt that a cat or a geranium is
mercado de trabalho.
living, we would search in vain for any
40 sign that an individual cat-atom or
alternativa B geranium-atom is living.
Sometimes this appears paradoxical.
Tradução completa da frase: How can a collection of inanimate atoms
“Meu pai uma vez me disse que há dois tipos de
be animate? Some people have argued
pessoas: aquelas que trabalham e aquelas que
levam o crédito. Ele me disse para eu tentar estar 45 that it is impossible to build life out of
no primeiro grupo; havia muito menos concorrên- non-life, so there must be an additional,
cia aí.” non-material, ingredient within all living
things – a life-force – or spiritual essence
which owes its origin, ultimately, to God.
As questões de 17 a 20 referem-se ao 50 This is the ancient doctrine of vitalism.
texto a seguir: An argument frequently used in
support of vitalism concerns behaviour. A
1 What is life? To the physicist the two characteristic feature of living things is
distinguishing features of living systems that they appear to behave in a purposive
are complexity and organization. Even a 55 way, as though towards a specific end.
simple single-celled organism, primitive
5 as it is, displays an intricacy and fidelity PAUL DAVIES. God and the New Physics.
unmatched by any product of human N. Y. – Simon & Schuster, Inc., 1984.
ingenuity. Consider, for example, a lowly
bacterium. Close inspection reveals a
complex network of function and form.
10 The bacterium may interact with its Questão 17
environment in a variety of ways,
propelling itself, attacking enemies,
Assinale a opção cuja afirmação contenha a
moving towards or away from external
informação correta:
stimuli, exchanging material in a
15 controlled fashion. Its internal workings a) living, na linha 2, tem a função de verbo.
resemble a vast city in organization. b) single-celled, na linha 4, é adjetivo.
Much of the control rests with the cell c) lowly, na linha 7, é advérbio.
inglês 7

d) close, na linha 8, significa "fechada". vivas é que elas parecem comportar-se de


e) stimuli, na linha 14, está no singular. maneira intencional, como que em busca de
um fim específico.

alternativa B
Questão 18
Tradução completa do texto:

O que é vida? Para o físico os dois traços Qual das palavras abaixo constitui um falso
distintivos dos sistemas vivos são complexida- cognato?
de e organização. Mesmo um simples organis- a) physicist (linha 1).
mo unicelular, por primitivo que seja, apresenta b) fidelity (linha 5).
complexidade e fidelidade não igualadas por c) ingenuity (linha 7).
nenhum produto da engenhosidade humana. d) reveals (linha 8).
Considere, por exemplo, uma reles bactéria.
e) external (linha 13).
Uma observação atenta e detalhada revela
uma complexa rede de função e forma. A bac-
téria pode interagir com seu ambiente de várias alternativa C
formas, movimentando-se, atacando inimigos,
ingenuity = engenhosidade
aproximando-se ou afastando-se de estímulos
externos, trocando material de modo controla-
do. Suas estruturas funcionais internas se as-
semelham em organização a uma vasta cidade. Questão 19
A maior parte do controle é responsabilidade
do núcleo, dentro do qual está contido o “códi- A expressão rests with, na linha 17 do texto,
go” genético, a base química que permite à quer dizer:
bactéria replicar-se. As estruturas químicas a) resta ao.
que controlam e dirigem toda essa atividade
b) é responsabilidade do.
podem envolver moléculas contendo até mi-
lhões de átomos interligados de maneira com- c) responde pelo.
plexa, porém extremamente específica. (...) d) interage com.
É importante observar que um organismo bio- e) descansa no.
lógico é constituído de átomos perfeitamente
comuns. (...) Um átomo de carbono, hidrogê- alternativa B
nio, oxigênio ou fósforo dentro de uma célula
viva não difere em nada de um átomo similar Veja tradução do texto.
fora dela, e há um fluxo contínuo de entrada e
de saída desses átomos em todos os organis-
mos biológicos. Obviamente, então, a vida não Questão 20
pode ser reduzida a uma propriedade das par-
tes constituintes de um organismo. Não é um
De acordo com o texto:
fenômeno cumulativo como, por exemplo, o
peso. Porque, muito embora possamos não ter a) as formas superiores de vida caracteri-
dúvidas de que um gato ou um gerânio estejam zam-se pela complexidade e organização.
vivos, buscaríamos inutilmente um sinal de b) o comportamento dos organismos biológi-
vida em um determinado átomo de gato ou de cos é definido pela forma com que os átomos
gerânio. se organizam no interior das células.
Às vezes isso parece paradoxal. Como um c) a vida resulta pura e simplesmente de uma
conjunto de átomos inanimados pode ser ani-
combinação química.
mado? Alguns argumentam que é impossível
gerar vida de matéria inanimada, portanto deve d) é possível obter vida a partir de átomos
existir um ingrediente não-material, adicional, inanimados.
em todas as coisas vivas – uma força vital – ou e) o comportamento das coisas vivas parece
essência espiritual que deva sua origem, em úl- corroborar a doutrina do vitalismo.
tima instância, a Deus. Essa é a antiga doutrina
do vitalismo. alternativa E
Um argumento freqüentemente usado para
respaldar o vitalismo diz respeito ao comporta- Veja tradução do texto.
mento. Um traço característico das coisas

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