Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Índice
I. Anotações da aula
II. Lousas
ANOTAÇÕES DA AULA
1C – Não: Nélson Hungria. O juiz deve usar toda a lei nova, ou toda a lei velha. Argumento: a
combinação de leis penais ofende o princípio constitucional da separação dos poderes Em
Portugal, essa teoria é chamada de Teoria da Ponderação Unitária ou Global.
2C – Sim: José Frederico Marques. Se o juiz pode aplicar toda a lei nova e toda a lei velha, poderia
ele também aplica-las em partes, visto que beneficiam o réu. Em Portugal, essa teoria é chamada
de Teoria da Ponderação Diferenciada.
- STJ: Súmula 501 é cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343/06, desde que o resultado da
incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da
aplicação da Lei 6.368/76, sendo vedada a combinação de leis.
O CP não trata dessa matéria, mas o COM DL 1001/1969 – proíbe expressamente a combinação de
leis penais – art. 2º, §2º.
Conceito: Não é a lei que estava em vigor, nem ao tempo da sentença, mas é a lei mais favorável
ao réu. A lei intermediária goza de retroatividade. Retroage para alcançar um fato passado e ao
mesmo tempo ela goza de ultratividade, ela continua aplicável mesmo depois de vogada.
Neocriminalização: é a nova lei que cria um crime, que até então não existia. “Novatio legis”
incriminadora.
Novatio legis in pejus (“lex gravior”): É a nova lei que de qualquer modo prejudica o réu. O crime
já existia, mas essa nova lei vem para agravar o tratamento penal dispensado ao réu (aumenta a
pena, regime criminal mais severo, etc).
A “novatio legis” incriminadora e a “novatio legis in pejus” nunca retroagem e só se aplicam a fato
futuros (desdobramento lógico do princípio da anterioridade).
1. Tempo do crime
Consequências:
a) Imputabilidade: deve ser analisada ao tempo da conduta. Pouco importa a data do resultado.
*Crimes materiais e causais.
b) Crime permanente: é aquele cuja consumação se prolonga no tempo, pela vontade
do agente. Súmula 711 do STF.
3
c) Crime continuado – art. 71, CP.
Súmula 711 do STF A LEI PENAL MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO
CRIME PERMANENTE, SE A SUA VIGÊNCIA É ANTERIOR À CESSAÇÃO DA CONTINUIDADE OU
DA PERMANÊNCIA.
2. Lugar do crime
Somente se aplica aos crimes à distância ou de espaço máximo: são aqueles que a conduta e o
resultado acontecem em países diversos.
Conceito: é a situação que se verifica a um único fato praticado pelo agente, duas ou mais leis
penais, se revelam aparentemente aplicáveis.
Requisitos:
Finalidades:
Princípios:
- Especialidade
- Subsidiariedade Pacíficos na doutrina e na jurisprudência
- Consunção/Absorção
Princípio da Especialidade
A norma geral e a norma especial, podem estar previstas no mesmo diploma legislativo ou ainda
em diplomas legislativos diversos.
Princípio da Subsidiariedade
Enquanto a especialidade era utilizada no plano abstrato, pouco importando a gravidade dos fatos,
o princípio da subsidiariedade deve ser utilizado no caso concreto.
Espécies de subsidiariedade:
- Expressa ou explícita: a própria norma penal se apresenta como subsidiária. Ex.: Dano
qualificado (art. 163, parágrafo único, II, CP).
- Tácita ou implícita: a norma penal não se apresenta como subsidiária, mas esta característica é
extraída da sua interpretação.
Princípio da Consunção/Absorção
Hipóteses
a) Crime progressivo: é aquele que para ser cometido o agente deve necessariamente também
praticar um crime menos grave.
*delito de ação de passagem* - é o crime menos grave no contexto do crime progressivo. –
Itália.
b) Progressão criminosa: a diferença entre crime progressivo e progressão criminosa é a mudança
do dolo. O agente pratica o crime menos grave e posteriormente pratica um crime mais grave.
Ex.: o agente queria bater na vítima (dolo de lesionar), ele bate na vítima, e depois de bater
nela, encerrado o crime menos grave, ele decide mata-la. Aqui, o agente só responde pelo
crime mais grave.
c) Atos impuníveis (mesmo contexto fático):
a. Prévios: “antefactum” impunível. São aqueles anteriores a um fato principal, e
funcionam como meio de preparação ou de execução deste.
No crime progressivo o crime menos grave é imprescindível, obrigatório, para a prática
do crime mais grave.
b. Simultâneos: são aqueles que ocorrem concomitantemente ao fato principal e
funcionam com o meio de execução deste. Não são punidos porque são absorvidos por
um fato principal.
c. Posteriores: são aqueles que ocorrem após a prática do ato principal, que
funcionam com o mero desdobramento deste. “post factum” impunível.
5
Princípio da Alternatividade
a) Própria: ocorre nos chamados tipos mistos alternativos (crimes de ação múltipla ou de
conteúdo variado). São aqueles tipos penais que contém mais de um núcleo e se o agente
praticar mais de um núcleo contra o mesmo objeto material, ele responde por um único
crime.
b) Imprópria: o mesmo crime é disciplinado por dois ou mais tipos penais Falta de
técnica legislativa.
II. LOUSAS
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22